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Recursos terapêuticos manuais – Resumo p2 Sistema Linfático: FUNÇÃO: Auxilia o organismo a drenar o líquido intersticial e remover resíduos celulares, proteínas, de maior tamanho que o sistema sanguíneo não consegue coletar. - Promove o retorno do fluido presente nos espaços intersticiais para o sangue, atua na defesa do organismo e também na absorção de lipídios. Devolução das proteínas a circulação, quando vazam dos capilares sanguíneos. - Antes da linfa atingir o sistema venoso e retornar para a corrente sanguínea, ela passa através dos chamados linfonodos, os quais atuam removendo partículas estranhas, funcionando, portanto, como filtros. OBS.: Nosso corpo tem por volta de 40 litros, sendo cerca de 25 litros de líquido intersticial COMPOSIÇÃO: Formado por capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos. Associado a ele, temos as tonsilas, o baço e o timo, conhecidos como órgãos linfáticos COMO A LINFA SE MOVE? O sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. QUAL O DESTINO DA LINFA? Transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita. CANAL LINFÁTICO DIREITO: Termina no tronco das veias jugular interna direita e subclávia direita, na altura das clavículas. Recebe linfa do lado direito: da cabeça, do pescoço, do tórax e do membro superior direito. CANAL TORÁCICO ESQUERDO: Trata-se de um tronco coletor de todos os vasos linfáticos do corpo, com exceção do membro superior direito, e da metade direita da cabeça, do pescoço e do tórax. LINFONODOS: Estão dispostos em trajetos nos vasos linfáticos, normalmente em grupos/séries. Os linfonodos possuem a função de produzir linfócitos e filtrar a linfa (conglomerado de tecido linfoide, memória imunológica). MECANISMO: Os vasos linfáticos se contraem periodicamente, a cada 6 a 10 segundos. Quando um vaso é distendido por excesso de linfa ele automaticamente contrai, essa contração empurra a linfa para adiante da válvula linfática seguinte. Além da contração intrínseca dos vasos linfáticos, o bombeamento da linfa também pode ser provocado pelo movimento dos tecidos que cercam o vaso linfático. LINFEDEMA: Ocorre porque os limites de drenagem fisiológica do sistema são extrapolados. EDEMA: O sistema linfático através dos vasos linfáticos está dedicado a suprir o “déficit” do quase equilíbrio de Starling evitando assim que haja acúmulo de líquido nos tecidos do corpo. No entanto, algumas situações permitem que haja um déficit na absorção venosa ou absorção linfática do líquido intersticial. Quando o desequilíbrio não é revertido, ocorre um acúmulo de líquido no espaço intersticial que denominamos EDEMA. EFEITOS: Aumento da capacidade de admissão dos capilares linfáticos; Aumento da velocidade da linfa transportada; Aumento da quantidade de linfa filtrada processada pelos gânglios linfáticos; Aumento da oxigenação e desintoxicação da musculatura esquelética; Aumento do peristaltismo intestinal; Aumento da diurese; Diminuição das aderências e retrações cicatriciais; Maior eficiência celular; Maior eficiência da nutrição dos tecidos. INDICAÇÕES: Circulação de retorno comprometida; Tecido edemaciado; Varizes; Varicoses; Cicatrização; Menopausa; Cansaço nas pernas; Sistema nervoso abalado; Gestação; Celulite; Pré e pós cirurgia plástica; Linfedema. CONTRAINDICAÇÕES: Câncer; Tromboflebite; Trombose; Hipertireoidismo; Reação inflamatória aguda; Insuficiência cardíaca não controlada; Processos viróticos; Febre; Gestação de alto risco; Hipertensão não controlada Insuficiência Renal. PRÁTICA: Sentido proximal-distal; Praticar por maior tempo onde há > retenção de líquido; Ritmo lento, pausado e repetitivo; Não deve ser desagradável e jamais provocar dor; As sessões devem ter o mínimo de 1 hr; Posicionar o corpo de tal maneira que a pele esteja o menos tensa possível; Para Cassar (2001), a pressão da mão sobre o corpo, deve ser leve para não produzir colapso linfático (50 mmHg). TÉCNICAS: Leduc e Vodder são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos; Manobras de captação, reabsorção e evacuação. CAPTAÇÃO: realizada diretamente sobre o segmento edemaciado, visando aumentar a captação da linfa pelos linfocapilares. REABSORÇÃO: nos pré-coletores e coletores linfáticos, os quais transportarão a linfa captada pelos linfocapilares. EVACUAÇÃO: ocorrem nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos. VODDER: CÍRCULOS FIXOS: movimentos circulares, indicados para gânglios linfáticos. Movimento de bombeamento: Movimentos ondulatórios, com a pressão decrescente da palma para os dedos. VODDER: MOVIMENTO DO DOADOR: Mãos perpendiculares às vias de drenagem, realiza-se movimentos de arraste, fazendo uma combinação de movimentos. MOVIMENTO GIRATÓRIO OU DE ROTAÇÃO: Utilizar em superfícies planas apoia-se a mão realizando um desvio ulnar com supinação de antebraço e adução do braço. LEDUC: Drenagem dos linfonodos; MANOBRAS DE CÍRCULOS COM DEDOS: movimentos circulares concêntricos, desloca-se com pressão e relaxamento. MANOBRAS DE CÍRCULOS COM O POLEGAR: semelhante ao anterior porem é realizado, somente com o polegar. MOVIMENTOS COMBINADOS DEDOS E POLEGAR podem trabalhar sobre a região infiltrada. PRESSÃO EM BRACELETE: indicada para grandes áreas, envolvendo todo o segmento. Gânglio linfáticos axilares, Cisterna do quilo, Gânglios linfáticos ilíacos, Linfonodos inguinais, Linfonodos poplíteo e maleolar. Tração: - Processo de esticar ou puxar, produz diversos efeitos sistema músculo esquelético, sendo utilizada técnicas de alongamento e mobilização. - Visa separação dos corpos vertebrais, distração, decoabitação; Alongamento de estruturas elásticas; Alívio das dores, espasmos e contraturas musculares reflexas; Diminuição da carga de força sobre a coluna; Liberação discal; descompressão radicular. TRAÇÃO ESTÁTICA OU CONSTANTE: Uma força constante é aplicada e mantida por um período extenso de tempo. 1. Contínua ou prolongada: A força é mantida por diversas horas a diversos dias. Somente pequenas quantidades de peso podem ser toleradas. Esse tipo de tração, não é efetivo para distanciar estruturas espinhais e é usada primariamente para imobilização. 2 Mantida: A força é aplicada de poucos minutos até meia hora. É útil como um alongamento prolongado nas estruturas espinhais. Pode ser tolerada uma carga maior que a usada na contínua. TRAÇÃO INTERMITENTE: A força é alternadamente aplicada e liberada em intervalos frequentes. Podem ser toleradas forças maiores que as usadas na tração mantida. Formas de aplicação: Mecânica: Através de equipamentos próprios (hospitalar, clínico ou domiciliar), promovem aplicação de força constante e é mantida por longos períodos. Manual: Através de posicionamento e manipulação. Realizada pelo próprio terapeuta. Pode ser realizada por longos períodos. Posicionamento: Realizada pelo próprio paciente através de posições específicas que visam promover alongamento da região. (Kisner, 1998) TIPOS DE MOVIMENTO: Manipulação da coluna vertebral e estruturas elásticas Principais Movimentos Articulares e Músculos: - Movimento passivo; movimento ativo em situações → movimentação articular junto com à tração - Trabalho Muscular: não há movimento - Técnica Mecanismo básico → Lei de HOOKE: “Quando uma força de tração é aplicada sobre uma extremidade de uma estrutura elástica, com o outro extremo fixo, esta estrutura sofre um alongamento proporcional à força aplicada, desenvolvendo simultaneamente uma tração resistiva,igual e oposta a força de tração” PRÁTICA: Determine se a escolha da tração é apropriada, testando com tração manual primeiro; Determine se deve ser usada a tração manual, mecânica ou de posicionamento; Posicione o paciente em uma posição de máximo conforto e relaxamento; Determine a duração e a dosagem da tração. TRAÇÃO CERVICAL: usada no tratamento de várias síndromes cervicais; - Finalidade principal: alargamento dos forames intervertebrais com o propósito de aliviar as forças de irritação que se dão nas raízes nervosas; Tratamento de lesões do tecido mole, manifestadas como espasmo muscular; - Pode ser aplicada: Paciente em decúbito dorsal ou sentado. Em decúbito dorsal é mais vantajoso porque o paciente fica mais relaxado e a estabilidade do paciente permite um menor desvio do alinhamento do aparelho. TRAÇÃO MANUAL: Posicionamento do paciente: Decúbito dorsal sobre a mesa de tratamento. O paciente deve estar o mais relaxado possível; Posicionamento do terapeuta: Em pé na cabeceira da mesa de tratamento, apoiando a cabeça do paciente em suas mãos. A posição das mãos depende do seu conforto. Sugestões: a) Coloque os dedos das duas mãos sob o occipital. b) Coloque uma mão sobre a região frontal e a outra mão sobre a região occipital. Usar uma posição que melhor reduz ou alivia a dor do paciente. A força aplicada geralmente é intermitente, com aumento homogêneo e gradual. A intensidade e duração são geralmente limitadas pela força e resistência do terapeuta. @laradepaulaz