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IMPLANTODONTIA Períodos da Implantodontia: - Empírica: Até 1940 - Fibrointegração: 1930 a 1945 - Osseointegração: 1970 – Período Contemporânio que corresponde até os dias atuais Histórico: Maggilio: Implantes imediatos confeccionados em ouro. Colocados imediatamente após a extração do dente e a prótese era instalada após a cicatrização tecidual. Berry: Elaborou os princípios de biocompatibilidade. Payne: Descreveu o implante de um cesto cilíndrico em ouro, em que o envelope era alargado com uma broca e uma coroa com um núcleo de porcelana foi fixada imediatamente na parte interna e oca do implante. Greenfield: Descreveu o implante cilíndrico e oco de porcelana rugosa em 2 estágios, princípios de cirurgia “limpa”, função após 6 a 8 semanas. Alvin e Strock: Descreveram o implante helicoidal em forma de parafuso feito de vitálio. Preconizou um implante em forma de parafuso com capa de cicatrização. Mais tarde desenvolveram a transfixação endodôntica. Formiggini: Desenvolveu o implante helicoidal em espiral, podendo ser ele em tântalo ou em aço inoxidável, iniciando a implanto aloplástica. Cherchève: Modificou a técnica de Formiggini e desenvolveu a dupla hélice espiral e um kit cirúrgico próprio. Scialom: Pioneiro no uso do implante em tripé (=implante agulhado). Linkow: Desenvolveu o implante laminado Branemark: Estudo sobre reparação tecidual; microcâmeras de titânio e tântalo inseridas no osso. Ao final do experimento as de tântalo foram removidas facilmente, enquanto as de titânio estavam presas. Introduziu o conceito de osseointegração, utilizando implantes de titânio. Após a instalação do implante, no processo de cicatrização, ocorre aposição óssea ao redor implante, que promove uma união entre o osso e o implante, sendo capaz de suportar as cargas funcionais. PLANEJAMENTO - Estudo das áreas edêntulas; - Enceramento diagnóstico; - Mock up; - Confecção de guias; - Confecção de provisórios. OSSEOINTEGRAÇÃO FIBROINTEGRAÇÃO CONCEITO É a união anatômica e funcional que ocorre entre o osso vivo e remodelado e a superfície do implante. É a falta de íntimo contato entre implante e osso, podendo propiciar a proliferação de tecido mole. CAUSA Problemas sistêmicos, superaquecimento. OBS Independe do formato do implante, pois isso não interfere na osseointegração, mas sim no tipo de material (Titânio) OSSEOINTEGRAÇÃO É a coexistência estrutural e funcional contínua entre tecidos biológicos vivos, diferenciados, com remodelamento adequado e componentes sintéticos rigorosamente definidos e controlados proporcionando funções clínicas específicas e duradouras sem iniciar mecanismos de rejeição. Implante NÃO tem rejeição! O que pode ocorrer é quando o nosso organismo entende/diferencia o titânio do osso. O esperado é que a reparação óssea não diferencie o osso do implante. Requisitos para a osseointegração obter sucesso: Biocompatibilidade: A liga metálica dever ser de titânio, pois ele é estável, bioinerte, tem elasticidade próxima à do osso, é resistente à corrosão, não causam processos inflamatórios. É um material osteocondutor (permite aposição óssea) e osteoindutores (induz a neoformação de tecido ósseo). Desenho do implante: O design do implante deve favorecer uma boa área de contato, provocando estabilidade. Superfície do implante: Como a superfície do implante foi tratada influencia na osseointegração. Leito receptor: A qualidade e a quantidade óssea interferem na osseointegração. Técnica cirúrgica: Os tecidos não dever ser traumatizados, e para isso deve-se evitar o superaquecimento, irrigação constante, usar brocas novas e afiadas e velocidade de rotação e torque controlados. Evolução da implantodontia: DOIS ESTÁGIOS ESTÁGIO ÚNICO CARGA IMEDIATA 1º momento – Cirúrgico: Coloca o implante e aguarda. 2 a 4 meses – Maxila 4 a 6 meses – Mandíbula 2º momento – Protético: Exposição do implante para colocar o cicatrizador. Coloca o implante e o cicatrizador na mesma sessão. Coloca o implante, deixa-o exposto e já coloca a carga. Grau de densidade óssea: OSSO TIPO I OSSO TIPO II OSSO TIPO III OSSO TIPO IV Maior presença de osso cortical. Pouco osso esponjoso. Região do mento. Osso cortical espesso ao redor de osso esponjoso trabeculado. Fossa canina Osso cortical fino envolvendo osso esponjoso altamente trabeculado. Área central da maxila e posterior da mandíbula Osso cortical fino ao redor de osso esponjoso com poucas trabéculas. Túber (posterior da maxila) Melhor para se fazer carga imediata, porque se tem estabilidade primaria, tendo assim uma resistência muito maior. Ossos tipo II e III são melhores para osseointegração, pois apresentam osso cortical e esponjoso. Ossos tipo II e III são melhores para osseointegração, pois apresentam osso cortical e esponjoso. Utiliza-se implante cilíndrico, pois ele tem efeito de corte Utiliza-se implante cilíndrico, pois ele tem efeito de corte Utiliza-se implante cônico, pois ele tem efeito de compactar. Utiliza-se implante cônico, pois ele tem efeito de compactar. Grau de reabsorção A B C D E Tem crista óssea Começa a reabsorver Reabsorção avançada Reabsorção do osso basal Reabsorção avançada do osso basal - Paciente fumante tem osso III ou IV; - A falta de osso pode impedir um posicionamento correto dos implantes e também promover um aumento do tecido duro e mole antes do tratamento. - O tamanho da plataforma do implante no nível de emergência do rebordo alveolar deve ser quando possíveis, sendo similar no diâmetro da raiz a ser substituída. - Polígono de Roy: É a disposição de implantes em vários locais, melhorando a estabilidade. - Cantilever: É a distância entre a linha que passa no centro dos implantes mais posteriores com a linha que passa no implantes mais anterior vezes 2. Quanto maior o cantiléver, maior o risco de fratura. - A maxila como é imóvel, então o travamento primário é mais rápido (2 a 4 meses); já a mandíbula é mais demorado (4 a 6 meses). ESTABILIDADE PRIMÁRIA (MECÂNICA): Ausência de movimento no leito ósseo após a colocação do implante e é avaliada no momento de colocação do implante. Depende da macroestrutura do implante. É imediata, dependente do travamento do implante no osso. Vai agir de acordo com o formato do corpo, roscas, ápice do implante (macroestrutura) e da qualidade do tecido ósseo para que quando o implante entrar em contato com o osso ele compacte o trabeculado ósseo. - Uma estabilidade primária adequada é importante para permitir a ocorrência de um processo de cicatrização e de formação óssea sem distúrbios e permitir uma distribuição de cargas oclusais funcionais e mastigatórias. - Uma estabilidade primária fraca é uma das principais causas das falhas dos implantes; ou seja, quanto maior a estabilidade primaria, maior a resistência do implante a micromovimentos. - Para ocorrer uma osseointegação bem sucedida, o implante não deve fazer grandes micromovimentos. - Fatores que influenciam a estabilidade primária: Qualidade óssea, formato do implante, tipo de superfície e técnica cirúrgica. ESTABILIDADE SECUNDÁRIA (BIOLÓGICA): É obtida durante a cicatrização e remodelação óssea na interface osso-implante. Depende da microestrutura do implante. Posterior a estabilidade primaria e dependente da interação celular com a superfície do implante (tratamento de superfície melhora essa interação e acelera o processo de osseointegração). COMPONENTES DO IMPLANTE 1 – Coroa protética 2- Parafuso: Ligação entre o implante e o pilar 3 – Pilar (Abutment): Ligação entre o implante e a coroa 4 – Implante: Peça em titânio que substitui a raiz. O implante é dividido em: ápice, corpo e cervical. *O implante fica a nível ósseo e o pilar a nível transmucoso. O ápice do implante está ligado com o potencial de corte e pode ter formato cilíndrico, cônico ou cilíndrico com extremidade esférica. O corpo do implante tem um certo diâmetro e comprimento, pode ter o formato cilíndrico ou cônico e o padrão de roscas que aumenta a área de contato do osso com o implante. Asroscas podem ser: Simples ou dupla, piramidal ou trapezoidal. Implantes cilíndricos: Causam maior fresagem no tecido ósseo, traumatiza mais os tecidos e é indicado para ossos mais compactos. Implantes cônicos: Compactam mais o tecido ósseo, tem maior estabilidade primária e é indicado para ossos mais densos. PORÇÃO CERVICAL DO IMPLANTE HEXÁGONO EXTERNO (HE) HEXÁGONO INTERNO (HI) CONE MORSE Conexão externa não cônica Conexão interna não cônica Conexão interna Vantagens - É o mais usado - Apropriado para instalação em 2 estágios - Apropriado para instalação em estágio único. - Não apresenta oscrogaps - Diminui saucerização - Diminui afrouxamento do parafuso - Indicado para carga imediata - Extremamente retentivo - Mais estético Desvantagens - Faz micromovimentações - Formação de microgap ocorrendo colonização de bactérias - Saucerização Nível ósseo À nível ósseo À nível ósseo Infraósseo O Cone Morse tem uma estética gengival melhor do que o hexagonal por apresentar menor espessura na região cervical, impossibilitando a visualização da superfície metálica por transparência gengival. O Cone Morse resiste mais às F mecânicas do que o HE porque neste há maior taxa de soltura/afrouxamento do parafuso com relação a coroa. A Saucerização é uma perda de tecido ósseo ao redor do implante na região cervical. A Plataforma Switching é um método usado para preservar o tecido ósseo ao redor dos implantes, para que a saucerização não ocorra. O conceito é usar pilares (abutmentes) com diâmetro menor ao diâmetro do implante. Na interface entre o implante o pilar existe um microgap onde ocorre colonização de bactérias e causa uma reação inflamatória que gera perda de estrutura óssea marginal ao redor do implante (Saucerização). É aceitável uma perda óssea normal que ocorre dentro do 1º ano da instalação do implante em função em torno de 2mm. · Para tentar diminuir esse problema de reabsorção óssea marginal, foi criado uma conexão cônica entre o implante e o intermediário, baseado no princípio de "cone Morse”, onde a conexão cônica serve para vedar completamente e selar contra as bactérias o espaço interior do implante. O intermediário é preso às roscas dentro do implante através da extremidade rosqueada no caso dos intermediários convencionais e através de um parafuso central no caso dos intermediários pré‐angulados. O travamento de ambos os componentes de precisão propicia uma conexão anti-rotacional e completamente asséptica não permitindo o fluxo ou tráfego de bactérias de dentro para fora ou de fora para dentro do implante. · O desenho do implante tipo Cone Morse é mais estreito na interface entre o implante e o pilar, logo, proporcionando uma menor transmissão de luz pela gengiva, impossibilitando a visualização antiestética dos componentes metálicos por transparência através da gengiva. · Essa conexão cônica diminui a área de microgap, reduzindo ou até extinguindo a colonização de bactérias na interface implante-pilar e minimizando a perda óssea marginal ao redor do ombro do implante e melhorando a manutenção da estabilidade tecidual peri-implantar. · O objetivo do implante do tipo Cone Morse é assegurar e manter um alinhamento preciso entre duas estruturas metálicas, criando uma conexão que permita uma separação muito fácil entre elas. Eles tem um melhor desempenho de função e um menor risco de sobrecarga na crista óssea ao redor do ombro do implante, com eventual fratura ou afrouxamento do parafuso do pilar. MICROESTRUTURA DO IMPLANTE A superfície do implante influencia no comportamento das células no que se refere a adesão, proliferação, alterações morfológicas e funcionais do implante, sendo responsável pela estabilidade secundária. O tratamento da superfície do implante: aumenta a atividade celular local; aumenta a irregularidade da superfície, que aumenta a área de contato do implante com o osso após o período de osseointegração; melhoram a retenção do coágulo à superfície do implante; e maior resistência ao torque. COMPONENTES PROTÉTICOS COVER OU PARAFUSO DE COBERTURA - Dispositivo rosqueável conectado ao implante - Objetivo: Proteger as roscas internas do implante durante a cicatrização em casos de implantes de dois estágios, onde o implante fica submerso. - Impede que o tecido ósseo forme ao redor da cervical do implante ou até mesmo dentro dele, pois posteriormente será feita uma outra cirurgia para exposição do implante para colocar o cicatrizador ou o pilar protético. CICATRIZADOR - Tem a função de modelar o tecido gengival na região peri-implantar durante a cicatrização, ficando expostos ao meio bucal e criando o perfil de emergência adequado para assentar a prótese. - A cicatrização do tecido peri-implantar demora entre 7 e 14 dias - O formato do cicatrizador vai determinar o perfil de emergência. - É utilizado em implantes imediatos (após a instalação do implante de 1º estágio) ou após o uso do cover em implantes de 2º estágio (cirurgia de reabertura). - OBS: Se for instalado cicatrizadores mais altos, o tecido gengival não vai ter o perfil de emergência adequado para receber o pilar e pode interferir no assentamento da prótese e na oclusão. Em alguns casos, os provisórios podem substituir os cicatrizadores e adequarem o perfil de emergência durante a fase de cicatrização. Isso ocorre em casos de carga imediata ou de dois estágios (após o cover, usar direto o provisório sem usar o cicatrizador). Após o período de cicatrização peri-implantar, pode-se dar início aos procedimentos para confecção da PSI. então, deve-se selecionar o tipo de configuração protética mais favorável para o caso. A fixação da prótese pode ser segmentada (quando possuem um pilar protético entre a prótese e o implante) ou não segmentada (quando não possui o pilar protético, e a prótese é fixada diretamente sobre o implante). As próteses segmentadas podem ser parafusadas ou cimentadas. PILARES PROTÉTICOS - Também chamado intermediário, abutment, munhão e transmucoso. - É o componente responsável pela união implante e coroa protética. - Cada tipo de fixação da prótese sobre implante (PSI) possui um tipo de pilar protético. PRÓTESE SEGMENTADA PARAFUSADA: VANTAGENS DESVANTAGENS - Biomecânica muito favorável (as duas junções pilar/implante e pilar/prótese dissipam melhor os esforços da mastigação. - Dispõe de uma trava de segurança (parafuso protético) - Reversibilidade (possível de ser desrosqueada) - Previsibilidade de retenção - Desajustes dos componentes protéticos (passividade) - 2 parafusos de fixação - Desaperto do parafuso de retenção da prótese - Fratura do parafuso - Orifício para acesso ao parafuso antiestético - Custo elevado - Dificuldade para obtenção de corretos contornos anatômicos em dentes anteriores PRÓTESE SEGMENTADA CIMENTADA: VANTAGENS DESVANTAGENS - Passividade - Estética - Estabilidade oclusal - Fácil confecção - Menor custo - Menor tempo de consulta - Fácil acesso a região posterior da boca - Irreversibilidade - Pouca retenção em casos de coroa clínica curta - Problemas inerentes à cimentação - Perda da prótese se ocorrer desaperto de parafuso - Não são indicadas para próteses múltiplas CIMENTADA PARAFUSADA - Indicado pra regiões anteriores - Escode o acesso do parafuso - Emergência anatômica ideal - Adaptação passiva - Fácil de confecção por parte do técnico - Não tem correções, logo, é irreversível. - Risco de transbordar cimento - Indicado para regiões posteriores - Anatomia oclusal alterada pelo parafuso - Risco de fratura - Difícil confecção e técnica - Aceita erros - Ausência de cimento PRÓTESES UNITÁRIAS PRÓTESES MULTIPLAS REABILITAÇÃO DE ARCOS TOTALMENTE EDÊNTULOS: - PROTOCOLO DE BRANEMARK: Em mandíbula o nº de implantes é 4 a 6 elemntos. Em maxila o nº de implantes é 6 a 8. - ALL ON FOUR: Objetivo reduzir o comprimento da extremidade livre. - OVERDENTURE: Dois implantes na mandíbula e quatro implantes para a maxila que servem como suporte para a prótese. Sistema compostode duas partes: uma conectada diretamente ao implante ou através de uma barra e a outra dentro da prótese. PROTESE PROTE PRTEPROTPROT PRO PRO TPRO
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