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Física Moderna para vestibulares Militares Tópico 1 – Relatividade especial (restrita) Parte 1 - Resumão: A relatividade especial é uma teoria física criada por Einstein e publicada pela primeira vez em 1905. Descreve a física do movimento na ausência de campo gravitacional, ou seja, sem acelerações. A teoria da relatividade especial é baseada em dois simples postulados: • As leis físicas são idênticas para todos os sistemas de referenciais inerciais. • A velocidade da luz é uma constante física e não depende do referencial inercial no qual a medição esteja sendo feita. Dilatação do tempo: por mais estranho que possa parecer à primeira vista, o tempo é algo relativo. A equação fundamental é: Δt = Δt′ √1 − v2 c2 = Δt′γ onde v é a velocidade relativa entre dois referenciais. O tempo Δt′ é denominado de tempo próprio. Notemos que Δt > Δt′ o que mostra que o tempo se dilata. Por exemplo, suponha que uma pessoa está numa nave espacial viajando a uma velocidade v = 0,8c. O tempo de viagem, em relação a Terra, é de 5 anos. A pergunta é: quanto tempo a viagem irá durar para a pessoa no interior da nave? Note que queremos descobrir qual o tempo Δt′ próprio, já que o evento (para a pessoa no interior da nave) ocorre exatamente nos mesmos pontos (para ele é o espaço que está viajando com velocidade −0,8c). Portanto, Δt′ = Δt ⋅ √1 − v2 c2 = (5 anos)√1 − (0,8c)2 c2 = (5 anos) ⋅ 0,6 = 3 anos A viagem dura, para a pessoa no interior da nave, apenas 3 anos. Em resumo: • Tempo próprio: é o intervalo de tempo medido por relógios que se encontram parados em relação ao local do evento. • O tempo medido é sempre maior do que o tempo próprio. Contração do comprimento: o comprimento, assim como o tempo, é relativo. A equação fundamental é: L = L′√1 − v2 c2 = L′ γ onde L’ é o comprimento próprio medido por um referencial S’ no qual o evento ocorre no mesmo lugar do espaço, L o comprimento medido por um referencial no qual o evento ocorre em diferentes pontos do espaço, e v é a velocidade relativa entre os referenciais S e S’. Note que L < L′, ou seja, o comprimento sofre uma contração. Composição de velocidades: Considere que uma nave está viajando a uma velocidade de v = 0,8c em relação a uma pessoa parada no solo. A nave solta um projétil que se move a v’ = 0,6c em relação a própria nave. Qual será a velocidade, u, do projétil em relação a pessoa? A relatividade de Galilei nos dá a resposta incorreta de que a velocidade do projétil é de 0,8 c + 0,6 c = 1,4c. A maneira correta de se calcular é utilizando a expressão: u = v + v′ 1 + vv′ c2 Massa relativística: Suponha que uma partícula possua massa m0 em relação a um referencial S no qual ela se encontra em repouso. A massa m0 é denominada de massa de repouso. Quando a partícula se move com velocidade v em relação a S, a massa da partícula, medida por S, é dada por m = m0 √1 − v2 c2 = γm0 Note que m > m0. Quantidade de movimento relativística: A quantidade de movimento relativística é dada por p = m0v √1 − v2 c2 = γm0v Note que há um fator de correção γ em relação a mecânica clássica (p = m0v). Dinâmica relativística: A 2° lei de Newton continua valendo para a relatividade. Assim, temos se F⃗ e v⃗ possuem a mesma direção: F⃗ = dp⃗ d𝑡 = d dt { m0v √1 − v2 c2} ∴ |F⃗ | = m0 (1 − v2 c2 ) 3 2 a = γ3m0a onde a é a aceleração. Podemos escrever: a = F m0 (1 − v2 c2 ) 3 2 Quando v → c, a → 0. Assim, uma força F constante não consegue acelerar uma partícula de massa m para velocidade v > c. Conforme a partícula ganha velocidade, sua massa aumenta. No limite de v → ∞ a massa da partícula torna infinitamente grande de modo que seria uma força infinita para que a partícula continuasse acelerando. Se F⃗ e v⃗ são perpendiculares, então v⃗ é constante. Nesse caso, temos que |F⃗ | = γm0a Quando F⃗ não é nem perpendicular e nem paralelo a v⃗ , podemos escrever as componentes de v⃗ paralela e perpendiculares a F⃗ . Por causa da diferença entre os fatores γ e γ3 obtidos anteriormente, temos que a aceleração não terá mesma direção da força resultante. Esse fato contraria a mecânica clássica, na qual a força resultante e a aceleração são sempre paralelas (F⃗ = ma⃗ ; m > 0). Energia relativística: A energia cinética relativística é dada por Ec = (γ − 1)m0c 2 Podemos mostrar que o resultando clássico Ec = 1 2 m0v 2 está contido na expressão acima para v ≪ c. Utilizando (1 + x)n ≅ 1 + nx para x ≪ 1: γ = 1 √1 − v2 c2 ≅ 1 + 1 2 v2 c2 ∴ γ − 1 ≅ 1 2 v2 c2 ⟹ Ec = 1 2 v2 c2 ⋅ m0c 2 = 1 2 m0v 2 O gráfico abaixo mostra as previsões para os valores da energia cinética tanto para a mecânica clássica quanto para a relatividade. Para a mecânica clássica relativística a energia se torna infinita quando v → c. Como nenhuma partícula pode ter energia infinita, segue que uma partícula não pode estar com velocidade v = c. Para v ≪ c há uma ótima concordância das duas teorias. Energia de repouso: toda partícula, que possui massa, possui energia. Tal energia é denominada de energia de repouso E0 = m0c 2 A energia total, E, do sistema é a soma da energia de repouso mais a energia cinética E = E0 + Ec = m0c 2 + (γ − 1)m0c 2 = γm0c 2 ∴ E = γm0c 2 Relação entre energia total, energia de repouso e momento linear Como E = γm0c 2 ∴ E m0c2 = γ ⟹ ( E m0c2 ) 2 = 1 1 − v2/c2 p = m0γv ∴ p m0c = γv c ∴ ( p m0c ) 2 = v2/c2 1 − v2/c2 Subtraindo as expressões, temos ( E m0c2 ) 2 − ( p m0c ) 2 = 1 ∴ E2 = (pc)2 + (m0c 2)2 Efeito Doppler relativístico: uma importante aplicação da relatividade é o cálculo da frequência aparente em que se observa uma onda eletromagnética cuja fonte emissora está se deslocando com uma velocidade v em relação ao observador. A equação é: f = f0√ c ± v c ∓ v onde f0 é a frequência observada por um observador em repouso em relação à fonte emissora. O sinal positivo no numerador ocorre quando a fonte está se aproximando. Note que f > f0 nesse caso. O sinal negativo no numerador ocorre quando a fonte está se afastando. Note que f < f0 nesse caso. O que ocorre caso v ≪ c? Nesse caso, podemos escrever (considere o caso em que f > f0) onde β = v/c: f = f0√ c + v c − v = f0√ 1 + β 1 − β = f0 (1 + β) 1 2 (1 − β) 1 2 ≅ f0 (1 + 1 2 β) (1 + 1 2 β) f = f0 (1 + 1 2 β) 2 ≅ f0(1 + β) ∴ f − f0 = f0β ⟹ Δf f0 = β = v c Assim, temos a relação aproximada para v ≪ c: Δf f0 = v c A equação também é válida caso o observador esteja se aproximando da fonte. Portanto, podemos dizer que v é a velocidade relativa entre o observador e a fonte. As transformadas de Lorentz: São transformações que visam a mudança de um referencial S para um outro referencial S’ que está se movimentando em relação à S. Considere a figura a seguir: Suponha que em t = t′ = 0 as origens coincidam. Para um instante t qualquer (no referencial de S), S’ terá movimentando uma distância ut. No referencial de S a coordenada x’ de S’ irá sofrer uma contração x′√1 − u2/c2. Portanto, x = ut + x′√1 − u2 c2 ⟹ x′√1 − u2 c2 = x − ut x′ = x − ut √1 − u2/c2 = γ(x − ut) (1) Um dos postulados da relatividade nos diz que as leis físicas devem ser exatamente iguais em dois sistemas de referenciais inerciais. Assim, a seguinte relação também deve ser válida: x = γ(x′ + ut′) ⟹ x√1 − u2 c2 − ut′ = x′ (2) onde substituímos u por −u (para S’ é S que se afasta com velocidade −u). Eliminando x’ de (1) e (2), chegamos ao resultado: t′ = γ (t − ux c2 ) Portanto, as transformações de Lorentz para o caso mostrado na figura acima são: x′ = γ(x − ut) y′ = y z′ = z } ⟹ transformações do espaço t′ = γ (t − ux c2 ) ⟹ transformação para o tempo Parte 2 – Exercícios Propostos E1) Mostre que uma partícula que se move com velocidade da luz, c, deve ter massa de repouso,m0, nula. E2) [ITA] Considere um capacitor de placas paralelas ao plano yz tendo um campo elétrico de intensidade E entre elas, medido por um referencial S em repouso em relação ao capacitor. Dois outros referenciais, S’ e S’’, que se movem com velocidade v constante em relação a S nas direções x e y, nesta ordem, medem as respectivas intensidades E’ e E’’ dos campos elétricos entre as placas do capacitor. Sendo γ = 1/√1 − v2/c2, pode- se dizer que E’/E e E’’/E são, respectivamente, iguais a a) 1 e 1. b) 𝛾 e 1. c) 1 e 𝛾 d) 𝛾 e 1/𝛾 e) 1 e 1/𝛾 E3) Prove a relação f = f0√(c ± v)/(𝑐 ∓ v) para o efeito doppler relativístico. E4) Uma amostra I de átomos de 57Fe, cujos núcleos excitados emitem fótons devido a uma transição nuclear, está situado a uma altura d verticalmente acima de uma amostra II de 57Fe que recebe a radiação emitida pela amostra I. Ao chegar a II, os fótons da amostra I sofrem um aumento da frequência devido á redução de sua energia potencial gravitacional, sendo, portanto, incapazes de excitar os núcleos de 57Fe dessa amostra. No entanto, essa incapacidade pode ser anulada se a amostra I se afastar verticalmente da amostra II com velocidade v adequada. Considerando v ≪ c e que a energia potencial gravitacional do fóton de energia 𝜀 pode ser obtida mediante sua “massa efetiva” 𝜀/c2, assinale a opção que explicita v. Se necessário, utilize (1 + x)𝑛 ≅ 1 + nx para x ≪ 1. a) √gd b) gd/c c) 2√gd d) 2dg/c e) gd√gd/c2 E5) [ITA] Um sistema binário é formado por duas estrelas esféricas de respectivas massas m e M, cujos centros distam d entre si, cada qual descrevendo um movimento circular em torno do centro de massa desse sistema. Com a estrela de massa m na posição mostrada na figura, devido ao efeito Doppler, um observador T da Terra detecta uma raia de espectro de hidrogênio, emitida por essa estrela, com uma frequência f ligeiramente diferente da sua frequência natural f0. Considere a Terra em repouso em relação ao centro de massa do sistema e que o movimento das estrelas ocorre no mesmo plano de observação. Sendo as velocidades das estrelas muito menores que c, assinale a alternativa que explicita o valor absoluto de (f − f0)/f0. Se necessário, utilize (1 + x) n ≅ 1 + nx para x ≪ 1. a) √GM2/[d(M +m)c2] b) √Gm2 sen2 α /[d(M +m)c2] c) √Gm2 cos2 α /[d(M +m)c2] d) √GM2 sen2 α /[d(M +m)c2] e) √GM2 cos2 α /[d(M +m)c2] E6) [ITA] Um muon de meia vida 1,5 μs é criado de uma altura de 1 km da superfície da Terra devido à colisão de um raio cósmico com um núcleo e se desloca diretamente para o chão. Qual deve ser a magnitude mínima da velocidade do muon para que ele tenha 50% de probabilidade de chegar ao chão? E7) [ITA] Luz de uma fonte de frequência f gerada no ponto P é conduzida através do sistema mostrado na figura. Se o tubo superior transporta um líquido com índice de refração n movendo-se com velocidade u, e o tubo inferior contém o mesmo líquido em repouso, qual o valor mínimo de u para causar uma interferência destrutiva no ponto P’? E8) Considere um quadrado se deslocando com velocidade v = 270 × 103 km/s na direção ao longo de um de seus lados como mostra a figura a seguir. Calcule o valor do ângulo α entre suas diagonais. E9) Duas hastes, que possuem comprimento L se movimentam uma ao encontra da outra com velocidades v ao longo do eixo x’ no referencial da Terra. Determinar o comprimento L’ de uma das hastes no sistema de cálculos que está relacionado à outra. E10) Qual velocidade terá uma partícula de massa m durante o tempo t sob influência da força F que permanece constante durante todo o movimento? E11) Determinar a massa de uma partícula que se formou a partir da colisão de dois fótons com energias E1 e E2, cujas velocidades faziam ângulo α entre si. Parte 3 – Gabarito E1) Demonstração E2) c E3) Demonstração E4) b E5) e E6) ≅ 2,7 × 108 m/s E7) u = c2 2Lf(n2−1)−cn E8) 2 arctg(2,3) E9) L(c2 − v2)/(c2 + v2) E10) c/√1 + ( cm Ft ) 2 E11) 2 c √E1E2 sen α 2 Parte 4 – Resoluções E1) Para a partícula que se move a velocidade da luz, temos que p = mc onde m é sua massa relativística. Sua energia total é E = mc2 = mc ⋅ c = pc ∴ p = E c Como E2 = (m0c 2)2 + (pc)2 = (m0c 2)2 + ( E c ⋅ c) 2 E2 = (m0c 2)2 + E2 ∴ (m0c 2)2 = 0 ∴ m0 = 0 E2) Lembrando que o campo elétrico entre duas placas paralelas (desprezando os efeitos de borda) é dado por E = Q ε0A . Seja A = y ⋅ z a área do capacitor. Ao mover na direção x, nada o campo elétrico medido não mudará em relação ao referencial em repouso, pois x é perpendicular as medidas y e z: E’/E = 1. Ao mover na direção y, temos que y′ = y/γ, de modo que A′ = y′ ⋅ z = yz γ = A γ . Portanto, segue que E′′ = γ Q ε𝐴 . Segue que E’’/E = γ. E3) Vamos analisar o caso em que a fonte está se aproximando do observador. Suponha que, no referencial da fonte, ondas eletromagnéticas são emitas em um período de tempo T0. Assim, sua frequência é f0 = 1/T0. Agora, considere um intervalo de tempo T medido por um referencial S. A fonte se aproxima de S com velocidade constante de módulo v. O intervalo de tempo T é a medida de tempo entre a emissão de duas ondas sucessivas. Note que T ≠ 1/f, pois a fonte, para S, não emite duas ondas no mesmo ponto. Quando a fonte emite a primeira onda, a onda se desloca uma distância cT e a fonte uma distância vT. Portanto, o comprimento de onda será λ = (c − v)T. Como f = c/λ, segue que f = c (c − v)T ∴ c T = f(c − v) (1) Agora, T0 ≠ T pois são tempos medidos em referenciais distintos. Como T0 é medido no mesmo ponto, segue que T0 é um tempo próprio e vale a relação T = T0 √1 − v2/c2 = T0c √c2 − v2 ⟹ 1 T0 = 1 √c2 − v2 ⋅ c T Como 1/T0 = f0 e c/T é dado por (1), temos f0 = f(c − v) √c2 − v2 ∴ f0 = f(c − v) √c − v√c + v = f√c − v √c + v ⟹ f = √ c + v c − v f0 que é o que queríamos provar. O caso da fonte se afastando é análogo. E4) Seja 𝜀 = hf0 a energia de um fóton. Pela conservação da energia, temos que hf0 + ε c2 gd = hf ⟹ hf0 + hf0gd c2 = hf ⟹ f0 + f0gd c2 = f f − f0 = f0gd c2 ∴ Δf f0 = gd c2 Lembrando que Δf f0 ≅ v c , segue que gd c2 = v c ∴ v = gd c E5) Considere a figura a seguir Cálculo de d1 e d2 i) d1 + d2 = d ii) d1M = d2m Segue que, d1 = md m+M ∧ d2 = Md m+M Devemos calcular a velocidade v de m. Para isso, temos Fg = Fcp ⟹ GmM d2 = mv2 d2 ∴ Gmd2 = v 2d2 ∴ GM( Md m +M ) = v2d2 GM2 m+M = v2d2 ⟹ v = √ GM2 d2(m +M) A velocidade relativa de afastamento entre m e a Terra é v cos α. Assim, da equação do efeito Doppler relativístico para v ≪ c: |f − f0| f0 = |Δf| f0 = vrel c = v cos α c = √ GM2 d2(m +M) cos α c = √ GM2 cos2 α d2(m +M)c2 E6) Para que haja 50% de probabilidade do muon chegar ao chão o tempo de colisão (no referencial do muon) deve ser igual a meia vida, ou seja, 1,5 μs. No referencial do muon, temos que a altura percorrida é menor do que a altura real: L = L0√1 − v2 c2 Portanto, temos que L = vΔt ∴ L0√1 − v2 c2 = vΔt ⟹ L0 2 (1 − v2 c2 ) = v2Δt2 L0 2 = v2 (Δt2 + L0 2 c2 ) ⟹ v2 = L0 2 Δt2 − L0 2 c2 ∴ v = L0 √Δt2 + L0 2 c2 ≅ 2,7 × 108 m/s E7) Para o tubo superior, a velocidade da luz, em um referencial externo, será: v = u + c n 1 + uc nc2 = c(nu + c) nc + u ⟹ { Δtsup = L v = L(nc + u) c(nu + c) Δtinf = nL c Para que a interferência seja destrutiva, Δtinf − Δtsup = T/2, onde T é o período da onda. Segue que nL c − L(nc + u) c(nu + c) = T 2 ⟹ L c (n − nc + u nu + c ) = 1 2f L c ( n2u + nc − nc − u nu + c ) = 1 2f ∴ L(n2u − u)2f = c(nu + c) 2Lf(n2 − 1)u = cnu + c2 ∴ u(2Lf(n2 − 1) − cn) = c2 ∴ u = c2 2Lf(n2 − 1) − cn E8) Veja a figura a seguir (no momento em que o quadrado ainda está em repouso) Ao movimentar o quadrado, o comprimentox sofrerá uma contração. Assim, temos x′ = x√1 − v2 c2 O comprimento y ficará inalterado. Lembrando que, no repouso, α′ = 90°, segue tg α 2 = y x = y x√1 − v2 c2 = y x ⋅ 1 √1 − v2 c2 = tg 45° ⋅ 1 √1 − v2 c2 = 1 √1 − v2 c2 tg α 2 = 1 √1 − ( 27 30) 2 ≅ 2,30 ⟹ α = 2arctg(2,3) E9) Veja a figura Seja u a velocidade da barra da direita em relação à barra esquerda. No referencial da Terra, temos que v é a velocidade da primeira barra e −v da segunda barra. Podemos escrever que −v = v + u 1 + vu c2 ⟺−v− v2u c2 = v + u ∴ −2v = u(1 + v2 c2 ) ⟺ u = − 2vc2 c2 + v2 O comprimento da barra da direita, no referencial da barra da esquerda, será: L′ = L√1 − u2 c2 = L√1 − 4v2c2 (c2 + v2)2 = L√ (c2 + v2)2 − 4v2c2 (c2 + v2)2 = L√ (c2 − v2)2 (c2 + v2)2 ∴ L′ = c2 − v2 c2 + v2 L E10) Temos que Ft = Δp = p − 0 ∴ Ft = p. Como p = mv/√1 − v2/c2, segue que Ft = mv √1 − v2/c2 ⟺ F2t2 (1 − v2 c2 ) = m2v2 ⟺ F2t2(c2 − v2) = c2m2v2 ⟺ F2t2c2 = v2(c2m2 + F2t2) ⟺ v = Ftc √c2m2 + F2t2 = c √1 + ( cm Ft ) 2 Se Ft ≪ cm, então temos que v ≅ ( F m ) t. Se Ft ≫ cm, então v ≅ c mas v nunca será exatamente igual, ou maior, que c. E11) Tanto a energia como o momento linear devem ser conservados. Assim, temos que E = E1 + E2, onde E é a energia da partícula que se formou. p⃗ = p⃗ 1 + p⃗ 2, onde |p⃗ | é o momento linear da partícula que se formou. Observe a figura a seguir: Da figura, temos que p2 = p1 2 + p2 2 − 2p1p2 cos(π − α) ⟺ p 2 = p1 2 + p2 2 + 2p1p2 cos α Lembrando que E2 = (mc2)2 + (pc)2 ⟺m2c4 = E2 − p2c2 m2c4 = E1 2 + E2 2 + 2E1E2 − p1 2c2 − p2 2c2 + 2p1p2c 2 cos α Lembrando que, para um fóton E = pc, então E1 2 = p1 2c2 e E2 2 = p2 2c2. Segue que, m2c4 = 2E1E2 + 2( E1 c ) ( E2 c ) c2 cos α = 2(1 + cos α)E1E2 = 4E1E2 sen 2 α 2 ⟺m = 2 c √E1E2 sen α 2 Arquivo editado por Lucas Pinafi Carvalho Contatos: • lucas.dcarvalho@hotmail.com.br (e-mail) • (44) – 9 9730 – 6994 (WhatsApp) Referências: Young & Freedman, Física IV 12° Ed. Saraeva, Problemas selecionados de Física elementar 2018 mailto:lucas.dcarvalho@hotmail.com.br