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2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (SNVS) ................... 4 3 O caminho histórico da vigilância sanitária: dos primórdios da saúde pública ao SUS 10 4 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ............................ 13 4.1 Modo de atuação da ANVISA ............................................................. 16 5 A VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO CENÁRIO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA ..................................................................................................... 26 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 35 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI , esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (SNVS) Fonte: prefeitura.sp.gov.br A Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, criou o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) no âmbito federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se estabeleceu no seu Art. 7º como coordenadora desse sistema, e remetendo aos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, as atribuições comuns dos entes federados, em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), do qual a vigilância sanitária é componente indissociável. A atuação da vigilância sanitária, baseia-se em um modelo de forma integrada e descentralizada, sendo as responsabilidades da maioria das ações compartilhadas entre os três poderes do governo (união, estados e municípios). No desenvolvimento dessas medidas, reconheceu-se a necessidade de definir as relações e responsabilidades dos três setores de governo no setor saúde, extrapolando o escopo das intenções normativas e englobando o estabelecimento de metas de cobertura e a definição de indicadores de desempenho. Também identificou a necessidade de estratégias para formular e implementar ações de vigilância sanitária de forma integrada de acordo com os princípios do SUS, a fim de tornar o sistema mais eficaz e coordenado, harmonizado, respeitando as especificidades locais. 5 A revisão do marco regulatório para a organização e gestão do sistema é uma estratégia que possibilita fornecer mecanismos para mudar essa realidade. Refletir sobre as tendências globais, para aprimorar a cooperação entre os países e reforçar a importância da inovação na dinâmica atual, através, de processos de convergência regulatória, definições de áreas de conhecimento e currículos regulatórios, harmonização de práticas, ferramentas e terminologia, para destacar a importância da inovação na dinâmica atual das autoridades sanitárias brasileiras, na ação de exercer seus poderes. Desenvolver processos de planejamento, monitoramento e gerenciamento compartilhados e contínuos, nessas três áreas setor governamental, como forma de melhorar a capacidade de gestão e controle sanitário na promoção, proteção da saúde da população e melhorar o processo de exercício de suas responsabilidades. Resultando em ganhos de efetividade ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Assim, múltiplos esforços podem constituir o modelo de atuação da Anvisa e da Visas, como o entendimento dos processos regulatórios entre os entes, a definição de áreas de atuação, a determinação de qualificações e treinamentos, a estratégia de inserir o planejamento VISA nos instrumentos legais para monitoramento da saúde e atuação em outras áreas da saúde (ANVISA, 2022). Portanto, a vigilância sanitária é estabelecida pela Lei Orgânica da Saúde como um conjunto de medidas adequadas para eliminar, reduzir ou prevenir riscos e problemas decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e serviços de interesse para a saúde. Sua importância no campo da prevenção e controle de riscos relacionados à saúde da população é evidente, suas ações são realizadas de forma descentralizada em todo o território brasileiro. No nível estadual, existem 27 Órgãos de Vigilância Sanitária vinculados às secretarias estaduais de saúde, que coordenam os sistemas estaduais e também as principais medidas de controle do sistema nacional, eles também fornecem cooperação técnica aos municípios e comunidades. A coordenação, regulação complementar e implementação das medidas locais de vigilância sanitária ocorrem ao nível) municipal. 6 Historicamente, a Vigilância Sanitária (VISA) tem suas raízes no campo da saúde coletiva, onde se estabeleceu um campo de conhecimento significativo. Por meio da VISA, são desenvolvidas estratégias e regulamentações sanitárias do Sistema Único de Saúde (SUS) para bens e serviços para o aprimoramento tecnológico e científico (SILVA; COSTA; LUCCHESE, 2018). O objetivo de seu trabalho é contribuir para a proteção da saúde das pessoas por meio, de ações de controle sanitário de produtos e serviços fiscalizados pela VISA. Nesse caso, o ambiente, fluxo de trabalho e a tecnologia estão incluídos. A missão institucional da ANVISA é proteger as pessoas e, como tal, conta com uma ferramenta muito importante para buscar a eficiência e eficácia de seus serviços: a ouvidoria. Este é um espaço para fortalecer a democracia, porque permite a participação em massa (BRASIL, 2019). A ANVISA está associada ao MS e ao SUS e, portanto, incorpora seus princípios norteadores. Além dos poderes regulatórios, o órgão também é responsável pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) (O'DWYER; REIS; SILVA, 2010). Constatar-se que no contexto atual, a VISA é uma das áreas mais complexas da saúde pública. Além das práticas regulatórias inerentes ao trabalho realizado pelo órgão, a complexidade e variedade dos serviços gerenciados como (p. ex., alimentos, saneamento, agrotóxico, cosméticos, medicamentos, serviços de saúde, equipamentos e outros), além das práticas regulatórias inerentes ao trabalho realizado pelo órgão, como normatização, autorização, licenças, inspeções, fiscalizações e demais atividades (O'DWYER; REIS; SILVA, 2010). Veja a seguir as principais diretrizes da ANVISA: Missão: Promoção e proteção da saúde da população, intervenção nos riscos decorrentes da fabricação e uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, ação coordenada com os estados, municípios e distrito federal, de acordo com os princípios do SUS, para melhorar a qualidade de vida da população brasileira. 7 Visão: Buscando promover a saúde, a cidadania e o desenvolvimento, atuar com agilidade, eficiência e transparência, e fortalecer como protagonista no campo da regulação e do controle sanitário nacional e internacional. Valores: ética e responsabilidade como ator público, capacidade de articulação e integração, excelência na gestão orientadapara resultados, conhecimento como fonte de ação e transparência. Atuação: Regulamentação das ações de saúde, registro e autorização de funcionamento da empresa e certificação, fiscalização e monitoramento das boas práticas e gestão do SNVS. A Portaria nº 1.378/2013 do Ministério da Saúde, em seu art. 2º, afirma que vigilância, representa um processo contínuo e sistemático de coleta, integração, análise e divulgação de dados, com o objetivo de planejar e implementar ações públicas, para proteger a saúde da população, prevenir e controlar riscos, agravos e doenças, levando a promoção de saúde (BRASIL, 2013). As medidas de vigilância sanitária, são articuladas com outras medidas e serviços desenvolvidos e prestados pelo SUS, para garantir a integralidade da atenção à saúde da população. Tais ações são organizadas para atingir toda a população do Brasil e consistem em práticas e processos de trabalho que visam: Monitorar a vigilância da saúde da população e realizar análises para apoiar o planejamento, estabelecer prioridades e estratégias, monitorar e avaliar as ações de saúde pública; Detectar prontamente e tomar as medidas apropriadas para responder a emergências de saúde pública; Vigilância, prevenção e controle de doenças infecciosas e transmissíveis; Monitoramento em relação à vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, acidentes e violências; Monitorar as populações expostas a riscos ambientais à saúde; A vigilância da saúde do trabalhador; Monitoramento e vigilância sobre sanitários dos riscos decorrentes da produção e uso de produtos, serviços e tecnologias relacionados à saúde; Outras ações de vigilância que podem ser realizadas de forma rotineira e sistemática em todos os níveis dos serviços de saúde públicos e privados, nos 8 vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes de estudo, trabalho e na própria comunidade. A gestão das ações de vigilância em saúde, ocorrem nas esferas federais, estaduais, municipais e dos distritos federais das seguintes maneiras: Federal: o Ministério da Saúde é responsável pela gestão das atividades de vigilância sanitária na União, a Secretaria de Vigilância Sanitária é voltada para coordenação do SNVS e a Anvisa é direcionada pelo sistema de vigilância sanitária. Estadual: as secretarias estaduais de saúde coordenam o componente estadual do SNVS e a vigilância em saúde dentro de seus limites territoriais de acordo com as políticas, diretrizes e prioridades estabelecidas. Municipal: as secretarias municipais de saúde coordenam o componente municipal do SNVS e a vigilância em saúde dentro de seus limites territoriais de acordo com estratégias, diretrizes e prioridades estabelecidas. Distrito Federal: a coordenação dos SNVS e vigilância sanitária pelo Distrito Federal compreenderá, simultaneamente, as competências relativas a estados e municípios. Fonte: a representação da amplitude da vigilância em saúde - esquema representativo da amplitude da vigilância em saúde. Em julho de 2018, foi adotada a Política Nacional de Vigilância Sanitária (PNVS). É um documento que orienta o planejamento das ações de vigilância em saúde. Ele contém definições claras de responsabilidades, princípios, políticas e estratégias a serem seguidas. Esse fato merece destaque, pois é a primeira vez na 9 história do Brasil que haverá um decreto regulamentado para o planejamento das medidas de vigilância sanitária. Promover o controle social, capacitação e educação em vigilância dos trabalhadores de saúde do SUS, desenvolvimento de estratégias de conscientização, ações de comunicações e mobilizações sociais estão entre os principais avanços considerados pela PNVS. Avanços que a PNVS contempla. A PNVS tem como objetivo definir os princípios, políticas e estratégias a serem seguidas pelas três áreas de gestão do SUS, para estimular o desenvolvimento da vigilância em saúde, com o intuito de viabilizar e proteger a saúde, doença e a prevenção de agravos, além de reduzir a morbimortalidade, vulnerabilidades e riscos decorrentes da dinâmica de produção e consumo nos territórios. A PNVS inclui vínculos com conhecimentos, processos e práticas relacionados a: Vigilância epidemiológica; Vigilância em saúde ambiental; Vigilância em saúde do trabalhador; Vigilância sanitária. Além disso, articula-se no âmbito do SUS com o conjunto de diretrizes de saúde, considerando a transversalidade das medidas de vigilância sanitária na determinação do processo saúde-doença. A PNVS influencia todos os níveis e formas de atenção à saúde, incluindo: Todos os serviços de saúde públicos e privados; Estabelecimentos relacionados à produção e circulação de bens de consumo e tecnologias (que se relacionem direta ou indiretamente com a saúde). A contribuição da PNVS para a atenção integral à saúde estará presente em todas as instâncias e pontos da rede de saúde do SUS, através da articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de abastecimento e apoio à matriz de saúde, bem como na definição de estruturas organizacionais, políticas e dispositivos, além de operações de rede de utilidades. Este é um enorme desafio, pois, o Brasil é um país de grande extensão territorial e com diversas disparidades demográficas, econômicas e sociais entre suas regiões, que se refletem no acesso aos serviços de saúde e resultam em perfis de morbidade e mortalidade privada. No entanto, com o objetivo de superar as desigualdades sociais e sanitárias existentes no país, visando uma assistência 10 equânime, a PNVS deve abranger toda a população do território nacional, priorizando áreas, indivíduos e grupos de maior risco e vulnerabilidade. Esses riscos e vulnerabilidades são identificados, conforme a análise da situação de saúde local e regional, diálogo com a comunidade, trabalhadores e demais atores sociais, levando em consideração as características e especificidades culturais e sociais de cada área. Um dos artigos do PNVS trata da garantia de financiamento para assegurar os recursos tecnológicos necessários para atingir seus objetivos. Dada a diversidade de realidade em todo o Brasil, a incorporação de tecnologias em diferentes estratégias e ações podem trabalhar em conjunto para que o processo de coleta, integração e divulgação de dados dos eventos e as ações de saúde pública, sejam adaptadas no contexto da promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos e agravos. Portanto, a PNVS expõe uma proposta diferente: sem foco na doença, mas sim na prevenção e promoção da saúde. 3 O CAMINHO HISTÓRICO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA: DOS PRIMÓRDIOS DA SAÚDE PÚBLICA AO SUS Fonte: secad.com 11 A raiz da palavra vigilância é o verbo vigiar, do latim ‘vigilare’, que pode ser entendido como cuidadoso, cauteloso, preventivo, diligente, entusiasta, etc. No campo da saúde, o termo vigilância está associado aos conceitos de saúde e doença, e ações para prevenir a propagação da doença (ENAP, 2017). A Constituição Federal estabeleceu a competência do SUS, entre outras coisas, para a fiscalização e controle de processos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e para a fiscalização e controle de alimentos, bebidas e água para consumo humano (incisos I, IV e VI do art. 200). Como já mencionada anteriormente, a Lei Orgânica da Saúde de 19 de setembro de 1990 - Lei nº 8.080, regulamenta o SUS e estabelece em seu art. 6º, que inclui, nas áreas de atuação do SUS, vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, saúde do trabalhador e assistência integral ao tratamento incluindo medicamentos, ou seja, a farmacêutica: No § 1º do Art. 6º, a vigilância sanitária foi definida como “um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meioambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: Art. 6º § 1º da Lei 8080/1990 I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990). Uma regulamentação mais recente no Art. 4º da Portaria GM/MS nº 1.378 de 09/07/2013, estabeleceu que as medidas de vigilância em saúde abrangem toda a população brasileira e incluem práticas e processos de trabalho voltados para: I - A vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde pública. II - A detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde pública. III - A vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis. IV - A vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências. V - A vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde. VI - A vigilância da saúde do trabalhador. VII - Vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde. VIII - Outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade (BRASIL, 2013). 12 De acordo com ENAP (2017) as ações de vigilância sanitária, elas têm caráter preventivo e permeiam toda a prática assistencial, da promoção à proteção, restauração e reabilitação, devendo atuar sobre os fatores de risco e danos associados aos produtos, insumos e serviços relacionados à saúde e seus determinantes, como o ambiente e o até mesmo ambiente de trabalho, transporte internacional, circulação de mercadorias e pessoas. Assim, a prática da vigilância em saúde, baseia-se no risco ou ameaça de agravos associados a objetos de atuação, sendo o conceito epidemiológico clássico de risco primordial, mas não suficiente, outros conceitos são fundamentais, como atributos intrínsecos, exigidos pelo objeto do cuidado, como qualidade, segurança, eficácia. Dada a complexidade das medidas que abrangem atualmente as práticas de vigilância em saúde, o conceito de risco é como algo que precisa ser mensurado e ampliado para ser compreendido, relacionados aos os níveis de risco, potenciais de riscos e gestão de risco (COSTA, 2000 apud ENAP, 2017). Assim, além da legislação e normas que tratam do conceito de vigilância sanitária, busca-se também outros conceitos importantes no campo da vigilância em saúde pública, como os de promoção, prevenção e proteção. Para a área de promoção e prevenção, utilizamos o conceito apresentado por ENAP (2017): Promoção: tem o significado de promover; dar impulso; fomentar; originar; desenvolver para gerar. A promoção da saúde tem sido tradicionalmente definida de forma muito mais ampla do que a prevenção, uma vez que se refere a ações que “não abordam uma doença ou distúrbio específico, mas visam aumentar a saúde e o bem-estar geral”. A estratégia de promoção enfatiza a transformação das condições de vida e de trabalho que permeiam a estrutura subjacente dos problemas de saúde e requerem uma abordagem intersetorial. Prevenção: Tem o significado de "preparar; chegar de antemão; providenciar para que (dano, mal) seja evitado; impedir que aconteça". A prevenção da saúde "requer ação precoce com base no conhecimento da história natural para que a progressão da doença seja menos provável". As medidas preventivas são definidas como intervenções que visam prevenir a ocorrência de determinadas doenças e reduzir sua incidência e prevalência na população. O discurso da prevenção é baseado no conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é controlar a propagação de 13 doenças infecciosas e reduzir o risco de doenças degenerativas ou outras específicas. Proteção: a saúde é baseada em ações específicas de natureza defensiva para proteger um indivíduo ou grupo de indivíduos de doenças, ou agravamentos, a fim de reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resistência. Dada a ampla gama de serviços e produtos sujeitos à vigilância em saúde, é, portanto, uma tarefa reconhecer o impacto que eles têm na forma como a sociedade vive e trabalha, e identificar e avaliar os riscos para prevenir a ocorrência de danos e permitir que os interesses e o bem-estar da sociedade prevaleçam. 4 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Fonte: santeconsultoria.com Conforme a definição de vigilância sanitária, percebe-se que esta área é responsável por um grande número de atribuições, portanto, está sob responsabilidade da mesma, desenvolver ações que eliminem, reduzam ou previnam os riscos à saúde, intervir nos problemas de saúde decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde é um desafio dos três poderes, já abordado anteriormente. A Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, define o SNVS e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em substituição à Secretaria de Vigilância Sanitária. Os componentes do SNVS foram definidos nas seguintes esferas de governo (LUCHESE, 2006 apud ENAP, 2017). 14 Federal: Compilado pela ANVISA e INCQS. A Anvisa é responsável por: controle sanitário de portos, aeroportos, fronteiras e instalações alfandegárias; ações relacionadas ao campo das relações internacionais; além disso, promoção da pesquisa e representação de produtos farmacêuticos e patentes de processo antes da aprovação pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A função do INCQS é dar suporte laboratorial às operações de vigilância sanitária de âmbito nacional, regulamentadas na legislação sanitária. Estadual: É composto pelos órgãos de vigilância sanitária das 27 secretarias estaduais de saúde e seus respectivos laboratórios centrais de saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária coordena o sistema nacional e realiza as principais ações de fiscalização do sistema nacional, além de prestar cooperação técnica aos municípios. Municipal: Consiste nos serviços dos municípios brasileiros que têm capacidade de coordenar, complementar a regulação e fazer cumprir as operações locais de vigilância sanitária. Quanto à área de atuação, pode-se dizer que a vigilância sanitária é utilizada para desenvolver uma série de ações relacionadas aos seguintes bens, produtos e serviços descritos pelo mesmo autor acima, segundo as informações do ENAP (2017): Alimentos, bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários; Medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e demais insumos, processos e tecnologias; Cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes; Saneantes destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação em ambientes domiciliares, hospitalares e coletivos; Conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnóstico; Equipamentos e materiais médico-hospitalares, odontológicos, hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por imagem; Imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e hemoderivados; Órgãos, tecidos humanos e veterinários para uso em transplantes ou reconstituições; 15 Radioisótopos para uso diagnóstico in vivo, radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia. Cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. Quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de riscoà saúde, obtidos por engenharia genética, por outro procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação; Serviços voltados para a atenção ambulatorial, seja de rotina ou de emergência, os realizados em regime de internação, os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, bem como aqueles que impliquem a incorporação de novas tecnologias; Serviços de interesse da saúde, como: creches, asilos para idosos, presídios, cemitérios, salões de beleza, cantinas e refeitórios escolares, academia de ginástica, clubes, etc; Instalações físicas, equipamentos, tecnologias, ambientes e procedimentos envolvidos em todas as fases de seus processos de produção dos bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária, incluindo a destinação dos respectivos resíduos. Produtos: alimentos, medicamentos, cosméticos, desinfetantes e outros produtos relacionados à saúde. O controle higiênico de alimentos e bebidas é de responsabilidade tanto da área da saúde, quanto do campo agropecuário relacionado à agricultura, cabendo primeiro o registro higiênico dos alimentícios industrializados, excluindo os de origem animal, dessa forma, é importante que a água também seja fiscalizada para consumo humano. Contudo, essa capacidade é compartilhada com o setor de Minas e Energia. Entretanto, existem vários problemas, em primeiro lugar os que são relacionados com a falta de higiene na produção e manuseamento dos alimentos, que podem ser eliminados e que se tornam permanente, afetando o abate clandestino. Esses problemas podem ser relacionados com a fabricação de produtos lácteos, como por exemplo, a produção de derivados do leite, especialmente leite cru e pasteurizado, comércio ambulante, alimentos enlatados, resíduos químicos e contaminação microbiana nos alimentos, entre outros. 16 A vigilância sanitária desempenha, portanto, um papel importante na implementação desta política pública, sendo necessário reorientar e fortalecer suas ações, constituindo-se, assim, uma ferramenta essencial para a manutenção da qualidade higiênica dos alimentos, a fim de proteger os consumidores em populações saudáveis do acesso a alimentos adequados, sobre os direitos humanos (ENAP, 2017). 4.1 Modo de atuação da ANVISA A missão institucional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é promover a proteção da saúde da população, por meio, de ações de controle sanitário. A partir do modelo de atuação da agência, é possível determinar como os serviços são divididos, entre aqueles que são prestados a públicos-alvo específicos. Baseia-se no eixo de orientação, tais como: (empresa, cidadão, vigilância sanitária, serviço e profissionais de saúde) pode ser visualizado nas figuras abaixo (ANVISA): Fonte: bit.ly/3b60N17 17 Fonte: bit.ly/3b60N17 Fonte: bit.ly/3b60N17 18 Fonte: bit.ly/3b60N17 Além dos eixos que norteiam a oferta de serviços da ANVISA, há quatro pilares fundamentais que orientam a ação: Regulamentação; Registros e autorizações; Fiscalização e monitoramento; SNVS. Essas grandes áreas constituem todo o raio de ação da ANVISA em relação à regularização de serviços e produtos do ponto de vista sanitário, ao controle e divulgação de autorizações, para abertura ou fechamento de serviços para que não coloquem em risco a saúde das pessoas. Durante o momento de atuação, a parametrização de normas que orientam a supervisão, permitem a organização e gestão de um sistema nacional, composto por todas as instituições gestoras de saúde do território brasileiro. Regulamentação: agenda regulatória O papel da Agenda Regulatória (AR) é trazer transparência às ações da VISA e permitir a participação cidadã, além de servir como ferramenta de planejamento da ação regulatória. Alguns dos temas aqui discutidos são: atos normativos (Resolução 19 de Diretoria Colegiada [RDCs], instrução normativa [INs] ou atos normativos em conjunto com outros órgãos) ou instrumentos normativos, não normativos (guias, manuais, perguntas e respostas, etc.). A inserção de um projeto de regulação no AR é a primeira etapa do processo de regulação. Os projetos incluídos abrangem matérias sujeitas à atividade da Anvisa e estão relacionadas a processos de trabalho (cadastro, notificação, fiscalização, acompanhamento, etc.) exigências ou requisitos relacionados a produtos, serviços e instalações regulamentados pelo órgão. Durante o processo normativo, incentiva-se a participação cooperativa de toda a população, para isso é importante acompanhar o desenvolvimento dos projetos normativos da agenda (ANVISA, 2021-2023). No momento em que um tópico é inserido na AR, ele começa a ser discutido e avaliado de acordo com suas regras. A participação cooperativa é incentivada nesses processos, o que legitima o desenvolvimento de um sistema de saúde participativo. A Análise de Impacto Regulatório (AIR) é outra ferramenta fundamental para examinar e avaliar os custos e impactos regulatórios. Essa ferramenta é utilizada no início do processo regulatório e permite que as ações governamentais sejam traduzidas em dados de forma sistêmica. A análise do processo identifica problemas, avalia alternativas e mostra possíveis efeitos relacionados à decisão gerencial. Este procedimento foi introduzido na ANVISA em 2008 (ALVES; PECI; 2011). Registros e autorizações: cadastramento Este exemplo fornece informações sobre AFE, certificação de boas práticas, distribuição e/ou armazenagem, registo de produtos, importação e exportação. No site da ANVISA é possível conhecer os passos para solicitar o registro de empresa. Fiscalização e monitoramento: carta aos profissionais da saúde A ANVISA publica informações técnicas sobre produtos e medicamentos para o conhecimento dos profissionais de saúde, são de responsabilidade exclusiva das empresas, mas se apresentam como uma importante ferramenta de divulgação de técnicas aos trabalhadores da saúde. 20 Características dos objetos de cuidado As medidas de vigilância em saúde incluem objetos de grande variedade, que se ampliam gradativamente à medida que aumenta a produção de bens e serviços, independentemente de se destinarem ao atendimento de necessidades básicas ou supérfluas. E ainda há aqueles que foram absorvidos pelas sociedades, mesmo que sejam apenas prejudiciais, como os derivados do tabaco. A Visa é responsável por “gerenciar” os riscos associados às diversas atividades que envolvem esses ativos e evitar que impactos prejudiciais à população e ao meio ambiente ocorram ou aumentem. No julgamento dos crimes contra a saúde pública, o conceito de nocividade tem duas dimensões: positivo, quando o produto causa dano direto à saúde (aumentando do dano), e a dimensão negativo, quando o produto causa dano indiretamente (reduzindo dano) por subtração de um benefício esperado. A maioria dos itens de cuidados são bens e itens de saúde ou meios de subsistência ao mesmo tempo. Essa natureza híbrida dos objetos é outra razão pela qual as medidas de vigilância em saúde são muito complexas. As intervenções na esfera privada ou pública que envolvam as relações sociais de produção-consumo de bens e serviços para preservar os interesses da saúde, constituem desafio. Além dos vários tipos de produtos e serviços essenciais de saúde, a Visa também deve responder àqueles inventados pelo mercado para atender às necessidades do homem. No primeiro caso, a complexidade aumenta porque, além dos cuidados necessários com as propriedades dos bens essenciais, outros aspectos como disponibilidade, preço e acessibilidade que não podem ser submetidos à lógica de mercado também devem ser regulamentados, como no exemplo dos medicamentos. No segundo caso, pode haver desconhecimento sobre o produto ou serviço e tecnologias para o respectivocontrole, portanto, é difícil avaliar os requisitos de qualidade, eficácia e segurança. Esta situação surgiu quando se tornou necessário regular as câmaras de bronzeamento. Cada objeto tem suas peculiaridades e propriedades historicamente construídas, a saber, identidade, finalidade, eficácia, segurança e qualidade esperada, demostrando o risco que carrega. 21 A emergência e implementação desses conceitos se deu no processo de desenvolvimento científico e tecnológico e no estabelecimento de arranjos da sociedade para a intervenção estatal que não foi impedida pelo desenvolvimento econômico. Em geral, todo objeto deve obedecer ao princípio do interesse, que é uma dominação bioética que rege as atuações em saúde. Dada a diversidade de objetos de cuidado, muitas vezes carregam concepções diferentes e/ou imprecisas de propriedades. O conceito de eficácia, por exemplo, é inerente aos medicamentos: é um dos pré-requisitos técnicos e científicos para a colocação do medicamento no mercado. No entanto, essa mesma noção não se aplica ao caso de um sorvete. Qual seria a eficiência esperada de um sorvete? Esta propriedade nem sempre se aplica a vários objetos. O recurso de segurança, é necessário para todos sob vigilância de integridade, não é mais necessário. Essas questões exigem um esforço para estabelecer a interdisciplinaridade entre os saberes de diferentes áreas e um exame atento de cada objeto à luz desses conceitos. Além do fato de que as avaliações de risco são sempre imprecisas (LUCCHESE, 2008), os objetos são capazes apresentar perigos, que não foram avaliados devido ao conhecimento científico insuficiente. Esse fato também pode ser devido ao desinteresse, investigativo, pois, o mercado está mais interessado em provar a eficácia dos resultados dos estudos quanto as ameaças, benefícios e segurança. A vigilância sanitária deve, portanto, ser capaz de analisar os critérios esses resultados que fundamentam as propostas apresentadas ao órgão regulador junto aos pedidos de registro. Hoje em dia, muitas vezes há uma incompatibilidade entre os dois, são eles: as produções do conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico, ou seja, tecnologia que entra no mercado sem uma avaliação de risco adequada. Nesses casos, deve-se adotar o princípio da precaução, que hoje é uma demanda da sociedade dos segmentos mais sensíveis com preocupações globais de segurança sanitária. É o caso de produtos transgênicos que ainda não possuem conhecimento científico suficiente sobre possíveis riscos, mas estão no mercado consumidor. 22 Mas nem tudo o que representa risco para a saúde está sujeito a vigilância sanitária. Além disso, as organizações de serviços que realizam tais atividades variam de país para país. Essas definições estão vinculadas ao processo social de cada sociedade. Por exemplo, nos Estados Unidos, o controle sanitário de rações e medicamentos para uso veterinário é de responsabilidade da Food and Drug Administration (FDA), que controla os produtos para consumo humano. Já o controle sanitário da atenção à saúde e da área de portos, aeroportos e fronteiras, ao contrário do rol de responsabilidades da vigilância sanitária no Brasil, são de responsabilidade de outros setores institucionais. Observe a questão do tabaco: o Brasil, seguindo os passos de alguns países, iniciou um processo desde o início da década de 1980, visando o controle da publicidade de derivados do tabaco e seu uso em determinados locais. Atualmente, não apenas propagandas, embalagens e rótulos estão sujeitos à vigilância sanitária, mas também produtos de fumaça de tabaco para níveis de substâncias controláveis. Os serviços de saúde, sejam de saúde ou de apoio diagnóstico, representam um objeto de grande complexidade em termos de riscos, quanto maior for a densidade tecnológica e a variedade de serviços que prestam. Os serviços de saúde representam espaços de sobreposição de riscos, pois, incluem a maioria dos produtos sob vigilância sanitária, com uma variedade de processos envolvendo diferentes profissionais e suas subjetividades, e atividades envolvendo pessoas em geral em situações de maior vulnerabilidade por problemas de saúde. Além dessa dimensão dos chamados riscos iatrogênicos, há outros benefícios que interessam à saúde, cuja diversidade também aponta para uma ampliação do problema do risco como item de trabalho da vigilância sanitária. Tecnologias de intervenção ou instrumentos de ação Para controlar o risco e exercer o poder de polícia, a vigilância sanitária inicia um conjunto de técnicas de intervenção ou ferramentas operacionais. Algumas são determinadas por lei e outras fazem parte de outras práticas de saúde. Este conjunto é essencial para cobrir o ciclo de produção-consumo de uma mercadoria em diferentes momentos. 23 As principais ferramentas são: legislação (normas legais e técnicas), fiscalização, controle, vigilância, laboratório, vigilância de eventos adversos e outros agravantes, modalidades epidemiológicas, laboratoriais e outras, e medidas relacionadas à informação, comunicação e educação em saúde. A proteção da saúde e a segurança sanitária significa um sistema de informação organizado em diferentes áreas de gestão, acompanhado da utilização de várias técnicas de intervenção que se complementam num conjunto de práticas organizadas, nas seguintes áreas: Através da utilização dos diversos instrumentos, conforme a tecnologia, cada técnica de intervenção tem seu potencial e limitações no controle de riscos. Sistemicamente, ou seja, ao nível federal, estadual e municipal/local. O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária é um subsistema do SUS, portanto, a Visa segue os mesmos princípios e diretrizes, embora mantenha alguns diferenciais. Intersetorial, ou seja, ação clara com outros setores como os institucionais, com os quais a Visa partilha ou não competências. Ética e moralidade, a saúde é um dos direitos humanos; saúde e a qualidade de vida são imperativos éticos, permanecendo a obrigação de respeitar os princípios que norteiam as ações do Estado e de seus agentes. Na esfera social, em articulação com os diversos atores do aparelho estatal e da sociedade, com participação e controle social. Legislação sanitária Inclui as normas de proteção da saúde coletiva e individual, é de fundamental importância dada a natureza interveniente das medidas e a necessidade de respeitar o princípio da legalidade nas ações do Estado. Estabelece medidas preventivas e repressivas, como, regras para atividades com objetos controlados e para o próprio exercício da vigilância. Fiscalização É uma consequência inevitável da legislação, e se há uma lei, sua implementação deve ser fiscalizada. Este é um dos momentos concreto do exercício do poder de polícia. A inspeção ou fiscalização sanitária, verifica o cumprimento das normas de proteção à saúde, pode ser exercida por meio da inspeção sanitária através 24 de controle sanitário, análise de produtos em laboratório, exame de itens promocionais. Inspeção sanitária pode ser definida como: Uma prática de observação sistemática, guiada pelo conhecimento técnico- científico, tem como finalidade examinar as condições higiênicas de instalações, processos, produtos, meios de transporte, ambientes e sua conformidade com as normas e requisitos de saúde pública, com objetivo de promover à proteção da saúde individual e coletiva. Laboratório Conceitualmente, o Laboratório de Saúde Pública faz parte da estrutura de vigilância sanitária, é uma ferramenta que fornece informações relevantes que permitem analisar o próprio produto e o impacto de seu uso na saúde de indivíduos e populações. O monitoramento e vigilância é ativo e fundamental, pois, dessa maneira, permite o cumprimento da legislação que impõea obrigatoriedade de realizar análises fiscais regulares dos produtos colocados no mercado. Essas análises são eminentemente preventivas para avaliar a qualidade dos produtos e são essenciais para esclarecer suspeitas, esclarecer dúvidas, estabelecer conexões causais e identificar patógenos prejudiciais à saúde. Monitoramento Com esta tecnologia, ou seja, monitoramento, avaliação e controle, a vigilância sanitária pode monitorar situações de risco, processos, qualidade do produto, etc. Identificar riscos iminentes ou potenciais de problemas de saúde e as consequências das medidas de controle. Pesquisas epidemiológicas, de laboratório e de outra natureza São essenciais para conhecer os problemas da região, para elucidar as relações entre os fatores de risco associados aos objetos, sob vigilância sanitária e determinadas doenças e agravos, para subsidiar a regulação de substâncias e produtos, entre outros. 25 Vigilância de eventos adversos e outros agravos A vigilância epidemiológica surgiu como uma importante ferramenta no combate a doenças e agravos. Sua atuação ao nível nacional possibilitou o desenvolvimento de políticas com grande impacto na situação das doenças transmissíveis no país, especialmente aquelas preveníeis por meio da vacinação e imunização. A Lei 8.080/90 ampliou o conceito e a definiu como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. (BRASIL, 1990). Derivadas da vigilância epidemiológica, a farmacovigilância, a hemovigilância, a tecnovigilância, a farmacovigilância, a toxicovigilância etc., são estruturadas com o objetivo de identificar e monitorar a ocorrência de eventos adversos relacionados aos objetos sob vigilância sanitária, sejam eles eventos adversos à saúde ou atos de reclamação técnica. Essas práticas, aliadas com a vigilância de doenças transmitidas por alimentos e infecções hospitalares, permitem a identificação de eventos adversos e fornecem informações valiosas para subsidiar as medidas de controle higiênico dos produtos após sua colocação no mercado consumidor, bem como nos serviços de saúde. Informação, comunicação, educação para a saúde e outras intervenções para a promoção da saúde É imprescindível que estratégias de informações e comunicações sejam implementadas com a população, profissionais de saúde, executivos e agentes do segmento regulamentado sobre questões de vigilância sanitária. Muitos afirmam que as estratégias de comunicações de risco, podem ajudar a mudar atitudes e comportamentos que visam construir, uma consciência de saúde baseada no valor e direito do cidadão. O direito à informação correta sobre os benefícios e riscos dos objetos sob vigilância sanitária, faz parte do rol de direitos dos cidadãos e consumidores. Portanto, a Visa não deve apenas revisar produtos, serviços e estratégias de marketing, como publicidade, mas também divulgar sobre a adequadas e relevantes que contribuam 26 para reduzir as assimetrias de informação e estimular ações mais proativas e participativas dos cidadãos na defesa de seus direitos. Por fim, deve-se lembrar que a gestão da vigilância sanitária é sempre muito complexa em qualquer área do governo, pois, requer profissionais qualificados de diversas origens, notícias atualizadas, infraestrutura qualificada, incluindo instalações laboratoriais, e acesso a conhecimentos atualizados e recursos do poder político. A regulação sanitária de acordo com o mercado Os atores concentram parcelas significativas de poder, coloca um desafio enorme frente à regulação sanitária, pelo próprio Estado, principalmente no que diz respeito aos serviços públicos. Isso acaba levando à desigualdade: o braço forte da vigilância em saúde muitas vezes atua com peso desigual em relação aos serviços de saúde públicos e privados. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: rede sentinela: A Rede Sentinela está comprometida em minimizar os riscos à saúde gerenciando as notificações recebidas. Esta iniciativa é associada ao SNVS. Os serviços da rede monitoram eventos adversos e reclamações relacionadas a produtos e serviços de saúde (por exemplo, medicamentos, vacinas e imunoglobulinas, pesquisa clínica, cosméticos, produtos de higiene pessoal ou perfumes, itens e equipamentos médicos e hospitalares, diagnósticos in vitro, uso de sangue ou ingredientes, desinfetantes e pesticidas). O estudo desses dados leva a diversas discussões sobre a retirada de produtos e serviços do mercado, bem como a inclusão de outros. 5 A VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO CENÁRIO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA Além do planejamento necessário para a realização das atividades cotidianas, a vigilância em saúde é acionada quando surgem circunstâncias anormais, principalmente em surtos e epidemias que constituem emergências de saúde pública (ESP). Nesses casos, as redes de atendimento são organizadas de forma especial, 27 para dar uma resposta rápida e adequada, visando a proteção da população, bem como a redução dos danos à saúde. Emergências em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) são situações em que é necessária a aplicação urgente de medidas para prevenir, controlar e conter riscos, danos e prejuízos à saúde pública como consequência da ocorrência de determinadas ocorrências epidemiológicas, desastres e/ou falta de atenção à população. Neste contexto, as situações epidemiológicas incluem surtos ou epidemias com risco de propagação nacional, decorrentes de uma fonte de infecção inesperada, e representam uma reintrodução de uma doença erradicada, são casos graves que podem exceder a capacidade de resposta da gestão estadual do SUS. As respostas a essas emergências, foram conduzidas até o final da década de 1990 com os recursos humanos engajados nos programas de vigilância e controle de doenças em cada nível do sistema, onde o problema surgiu. Sempre que necessário, buscava-se apoio de outras áreas de gestão. Por exemplo, quando eclodiu a epidemia de cólera no município de Tabatinga, no Alto Solimões, na fronteira Peru-Colômbia, em 1991, o MS teve que mobilizar epidemiologistas de diversos estados e municípios do país para responder a essas questões da ESPIN, gastando um tempo precioso na formação desses grupos de trabalho. Ou seja, o país não possui estrutura ou organização para enfrentar rapidamente situações inusitadas, mais complexas e de maior risco e/ou maior abrangência territorial que exijam a disponibilidade de diversos recursos humanos, físicos, técnicos e tecnológicos, nem sempre é responsabilidade direta de um departamento ou de um setor. As bases de dados alimentadas a partir da demanda espontânea por serviços de saúde muitas vezes não permitem o acompanhamento adequado de situações epidemiológicas especiais. Somente em 2000 foi criado o Núcleo de Resposta Rápida às Emergências Epidemiológicas (NUREP), unidade vinculada à Presidência da Funasa, em colaboração com o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EPISUS) e do Programa de Treinamentos de Dados para Tomada de Decisões (DDM), assumiu a responsabilidade pelo trabalho no ESP com competência para liderar o planejamento, mobilização de recursos e coordenação das ações necessárias. 28 Com a aprovação do novo (RSI - regulamento sanitário internacional) em 2005, a (SVS - vigilância em saúde) criou o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). A função desse centro é a coleta oportuna de boatos e informações estratégicas sobre possíveis eventos de saúde pública, bem como a gestão e análise de dados relevantes para a prática da vigilância em saúde emsituações de emergência com vistas ao aperfeiçoamento desse componente do SUS, para prevenir e controlar esses problemas, protegendo a saúde das populações vulneráveis, cumprindo o disposto no regulamento. Representa a (SVS- vigilância em saúde) como ponto focal do (RSI- regulamento sanitário internacional) perante a OMS e descreve, entre outras coisas, atividades relacionadas à comunicação sobre potenciais emergências de saúde pública que desenvolve resposta. Em 2009, foi criada a rede nacional do (CIEVS - centro de informações estratégicas em vigilância em saúde), composta por polos em todas as (SES - secretarias estaduais de saúde) e (SMS - secretaria municipal de saúde) nas capitais e em outras quatro comunidades estratégicas. Além disso, algumas SES contam com profissionais de saúde em suas regiões ou em outras comunidades prioritárias que atuam como pontos focais para identificar eventos de interesse da saúde pública. Foi publicado um Decreto Presidencial que institui um Grupo Executivo Interministerial (GEI), coordenado pelo (MS- ministério da saúde), para realizar o planejamento e implementação de todas as atividades governamentais relacionadas ao ESP. Em 2011, foram regulamentados critérios para o Brasil declarar que uma ESP se constituí em uma ESPIN, à semelhança das Emergências em Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII). Também regulamentou a Força Nacional do SUS (FN- SUS) e estabeleceu procedimentos para a condução de respostas coordenadas à ESPIN e ESPII nas três áreas do SUS, bem como a estrutura federal de apoio aos estados afetados e em que circunstâncias o país deve buscar atendimento. A estruturação da cadeia de resposta a emergências de saúde pública e o uso de todas as capacidades técnico-científicas do SUS para identificar pontos críticos, refletir sobre a logística e os recursos utilizados, melhorar o desempenho do sistema e tornar os processos decisórios tempestivos e responsivos, como no H1N1 e microcefalia/síndrome congênita do Zika visto em epidemias. 29 De 2007 a 2016, o Brasil sediou grandes eventos internacionais como os Jogos Pan-Americanos, Copa do Mundo, Jornada Mundial da Juventude, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, entre outros. A SVS/MS, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde/OMS, estabeleceu estratégias e ações de prontidão e resposta com as sedes da SES e SMS e manteve estreita comunicação com os países vizinhos e os de origem dos participantes. Essas ações foram cruciais para a vigilância sanitária brasileira e para os milhares de estrangeiros que visitaram o país. Com base nessa experiência, foram estabelecidos regulamentos específicos para a gestão de grandes eventos. Enfim, no processo de implantação da VS no SUS, tanto vitórias quanto obstáculos têm sido observados. Muitas vezes, essas barreiras impedem a mudança desejada para atender a um dos mandamentos da RSB, que é buscar uma atenção integral à saúde que integre primeiro a VS à atenção básica para reduzir a necessidade de moderada a alta complexidade. No final de 2017, uma nova modalidade de repasse de recursos estipulou que haverá apenas dois itens, custo e capital, sem definir ou exigir um teto mínimo nas ações de VS, ficando o gestor responsável pelo planejamento financeiro e execução das atividades. Essa mudança radical coloca a VS em risco de se tornar invisível diante da assistência hospitalar, que consumirá uma parcela maior dos escassos recursos do SUS. À medida que o SV evolui, seus objetos de investigação e intervenção se expandiram, fortaleceram a integração entre as diversas áreas de vigilância e aumentaram sua capacidade de prever e intervir. Passou-se da fiscalização das pessoas para a da doença e agora para a vigilância dos riscos à saúde, embora ainda não no nível ideal, VS emancipatória. A vigilância em saúde e o planejamento A vigilância em saúde possui conhecimentos e métodos que auxiliam a gestão a compreender a realidade, identificar problemas, priorizar ações e utilizar melhor os recursos para alcançar resultados efetivos essenciais ao planejamento. A análise do estado de saúde pode identificar, descrever, priorizar e explicar os problemas de saúde de uma população das seguintes maneiras: 30 Caracterização da população: alterações demográficas, tais como: (número de habitantes com distribuição segundo sexo, idade, local de residência, movimentos migratórios, etc.); as variáveis socioeconômicas (renda, inserção no mercado de trabalho, ocupação, condições de vida etc.); e as culturais (nível de educação, hábitos, comportamentos, etc.); Caracterização das condições de vida: relacionado ao meio em que se viver como: (abastecimento de água, descarte de lixo e lixo, esgoto, condições de moradia, acesso a transporte, segurança e lazer); Características dos sujeitos (nível de escolaridade, inserção no mercado de trabalho, tipo de ocupação, nível de renda, formas de organização social, religiosa e política); Caracterização do perfil epidemiológico: indicadores de morbidade; indicadores de mortalidade; Descrição dos problemas: a primeira questão é focar no problema, de maneira que as investigações sejam voltadas para as seguintes indagações: Se seria uma questão atual, Prevalência, Territorialização, Quais seriam os indivíduos ou grupos sociais. Para a análise da situação de saúde, recomenda-se a utilização dos sistemas de informação disponíveis, indicadores de saúde, diferentes fontes de dados, tratamento estatístico, construção de séries temporais, desagregação por grupos e distribuição territorial. Planejamento e programação em saúde O planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações propositais, integradas, coordenadas e direcionadas para tornar realidade as metas futuras, possibilitando a tomada de decisões com antecedência. Essas ações devem ser determinadas para execução adequada levando em consideração aspectos como tempo, custo, qualidade, segurança, desempenho e outras restrições. 31 O Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (PlanejaSUS) é uma ação contínua, clara, integrada e unificada do SUS que administra as três áreas de planejamento. Tal forma de atuação deve possibilitar a consolidação da cultura de planejamento nas demais ações desenvolvidas no SUS. Promoção da saúde Nas últimas décadas, cuidar da vida tornou-se primordial para reduzir a vulnerabilidade do indivíduo à doença e o potencial de incapacidade, sofrimento crônico e morte prematura. A promoção da saúde reforça a relação com a vigilância em saúde, afirmação que reforça a necessidade de um movimento integral na construção de consensos e implementação das agendas governamentais, para que as políticas públicas favoreçam cada vez mais a saúde e a vida, o papel do cidadão na promoção e empoderamento das mesmas na sua elaboração e implementação que ratifica a exigência constitucional de participação social. Entende-se que a própria promoção da saúde é um mecanismo de fortalecimento e implementação de políticas horizontais, integradas e intersetoriais, que promovem o diálogo entre as diversas áreas do setor saúde, as outras instâncias governamentais, privadas e não governamentais e a sociedade. Dessa forma, forma-se uma rede de compromisso e responsabilidade compartilhada pela qualidade de vida da população, e todos participam da proteção e cuidado da vida. A promoção da saúde visa quebrar a fragmentação excessiva na abordagem dos processos saudáveis de adoecimento, a fim de reduzir a vulnerabilidade, o risco e os danos que eles produzem. Território integrado entre atenção básica e vigilância em saúde Os sistemas de saúde devem ser organizados ao nível territorial, onde a distribuição dos serviços segue uma lógica de cobertura. O territórioda saúde não é apenas um espaço geograficamente definido, mas um espaço no qual as pessoas vivem, socializam, trabalham e cultivam suas crenças e cultura. 32 A territorialização é primordial para o trabalho de vigilância em saúde realizado pela equipe da atenção básica. O objetivo básico desse processo é permitir que ele selecione prioridades para abordar questões identificadas em sua área de atuação, o que refletirá na definição das ações mais adequadas, contribuindo para o planejamento e planejamento local. Para tanto, é necessário identificar e mapear territórios segundo a lógica das relações entre condições de vida, saúde e acesso às ações e serviços de saúde. Isso significa um processo de coleta e sistematização de dados demográficos, socioeconômicos, político-culturais, epidemiológicos e de saúde, que devem ser interpretados e atualizados regularmente pelas equipes de saúde. Planejamento e programação O planejamento e a programação em uma determinada área requerem conhecimento de como as organizações governamentais e não governamentais se organizam e atuam para ter clareza sobre o que precisa ser feito e o que é possível. É importante manter um diálogo permanente com os representantes desses órgãos, com grupos sociais e vizinhos, para buscar o desenvolvimento de ações intersetoriais que proporcionem espaços de participação de todos. Trata-se de abraçar a intersetorialidade como estratégia fundamental na busca pelo cuidado integral. Há necessidade de fortalecer as estruturas de gestão local e estadual não apenas em termos de projetos e programação, mas também de monitoramento, seja por equipes, municípios ou regiões. A articulação desse conjunto de ações se dá de acordo com o conceito de vigilância em saúde, por meio, de processos de uma organização participativa em que a equipe e os representantes da população, como atores sociais, selecionam como ações-alvo os temas prioritários e suas respectivas recomendações de respostas. Nesta proposta, a planificação é entendida como ferramenta de gestão da vigilância em conjunto com dois princípios fundamentais presentes no conceito de atenção básica: a responsabilidade compartilhada pela saúde e a participação social. 33 Participação e controle social Para democratizar a gestão e atender às reais necessidades da população, é importante estabelecer canais e espaços que assegurem a efetiva participação da comunidade e o controle social sobre a gestão do SUS, requisito fundamental para a integração entre atenção básica e vigilância à saúde, pois requer processos de planejamento participativo. Educação permanente em saúde O investimento na reforma do ensino das profissões da saúde, com ênfase em currículos que atendam às necessidades do SUS, especialmente o ensino no contexto real da atenção básica e da vigilância em saúde, é urgente e essencial. Há necessidade de discutir as prioridades para a educação permanente com a Comissão Interinstitucional Ensino-Serviços, requisitos para qualificação de vigilância em saúde da atenção básica para os profissionais que atuam no SUS. Ressalta-se a importância da adoção dos princípios da educação permanente na formação e qualificação profissional. A EP pode ajudar a abordar questões identificadas em ações que integram atenção primária e monitoramento em saúde. Também é necessário estabelecer mecanismos de avaliação do trabalho na atenção básica e no monitoramento da saúde por meio de incentivos formais ou por meio da cogestão, o que significa que os trabalhadores estejam envolvidos no processo decisório. Monitoramento e avaliação O monitoramento pode ser entendido como uma comitiva continua das atividades para avaliar se elas estão se desenvolvendo conforme o planejado. Por outro lado, a análise contínua dos indicadores de morbimortalidade permite detectar mudanças que expressam alterações no estado de saúde da comunidade, identificar suas causas e caracterizar seus efeitos. O monitoramento e a avaliação permitem a elaboração de recomendações para melhorar as ações realizadas. Portanto, 34 ferramentas de gestão como processos de acompanhamento, precisam ser institucionalizadas como reorientações das práticas de saúde. Os sistemas de informação em saúde desempenham um papel importante nas organizações de serviços. Estados e municípios com informações de saúde podem tomar rapidamente medidas de controle de doenças e planejar ações de promoção, proteção e recuperação da saúde para subsidiar a tomada de decisões. 35 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACOSTA, L. M. W. Vigilância sanitária. Unasus, 2012. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Agenda Regulatória. 2021/2023. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. 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