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Sistema Nervoso

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FISIOLOGIA VETERÍNARIA. 
Sistema nervoso – Primeira parte, aula ministrada em 21/10. 
 
 
O sistema nervoso, se formos considerar, ele vai controlar praticamente todo funcionamento do 
nosso corpo, principalmente o eixo hipotalâmico e hipofisário, teremos uma conexão do 
sistema nervoso com o sistema endócrino, e eles acabam juntos controlando praticamente tudo 
no organismo. 
Então, detectar, transmitir, analisar, e utilizar informações geradas por estímulos sensoriais, 
que vão ser representadas por calor, luz energia, tato, dor, distensão, ou modificações hídricas 
no ambiente externo e interno, então, concentrações de eletrólitos, alterações de temperatura, 
pressão, tudo isso vai acionar o sistema nervoso. 
Além disso, de uma certa forma, podemos dizer que ele vai organizar direta e indiretamente o 
funcionamento de praticamente tudo, função motora, endócrina, psíquica e visceral; Até por 
que em eixo hipotalâmico e hipofisário, o estímulo pra liberação de uma serie de neuro-
hormônios, na região da hipófise, que é a neuro-hipófise, nós vamos ter a porção da glândula 
verdadeira e a neuro-hipófise,e isso nada mais é, do que uma extensão do tecido nervoso, 
então há uma mistura alí do sistema nervoso e endócrino. 
O tecido nervoso: O que vai compor nossos tecido nervosos? Hoje vamos conhecer os tipos 
celulares e as condições. 
Primeiro, a gente vai ter os neurônios e as células da glia, obviamente os tipos celulares mais 
importantes, eles que vão conduzir o estímulo nervoso, mas se eu não tiver as células da glia 
pra dar suporte físico e químico, e manter esse ambiente do sistema nervoso quimicamente 
estável,o neurônio não vai funcionar, porque ele é extremamente sensível, então alterações de 
PH, na concentração de eletrólitos, osmolaridade, diminuição no fornecimento de glicose ou 
oxigênio, leva essas células a morrer rapidamente, então uma das funções da célula da glia, 
que irão compor tecido nervoso é exatamente criar esse ambiente o mais quimicamente 
estável possível para o funcionamento dos neurônios. 
Então, por meio dos prolongamentos que normalmente são numerosos vão formar diversos 
circuitos e esses circuitos podem ter diversos tamanhos e complexidade, então podemos ter 
um circuito de vários neurônios, um neurônio motor (interneuronio) e um outro neurônio motor 
inferior, e podemos ter os neurônios em circuito sendo que o neurônio final motor, vai estar 
conectado a um órgão efetor, quem são os que serão estimulados? Os músculos estriado, liso 
e o ângulo (Confirmar se é esse mesmo o nome do último, pq foi o que entendi no áudio) que é 
aonde vai chegar resposta eferente motora, propriamente dita. 
O tecido nervoso, do grego, neurônio, quer dizer nervo, e neuroglia, quer dizer, cola. Então o 
neurônio vai ser a célula nervosa, que vai conduzir o potencial de ação, e as célula da glia, 
como a neuroglia, elas vão literalmente estar entre os neurônios, unindo eles, colando, dando 
suporte estrutural físico e químico. 
Dado a sua heterogenicidade morfológica vemos o quanto complexo é SN, e os neurônios e 
células da glia, vão ter funções diferentes, a gente vai especificar a função de cada uma 
dessas células da glia e localização delas, e vamos falar também da função primordial dos 
neurônios como mais detalhes, a partir da próxima aula. 
Os neurônios tem como principal função levar esse impulso nervoso, esse potencial de ação 
que vai desencadear uma resposta, a comunicação entre um neurônio e outro, chamamos de 
sinapse. A sinapse é a forma como o neurônio comunica com outro ou neurônio vai comunicar 
com o órgão efetor. 
Hoje de manha os alunos pergutaram: ‘’ Professora, na sinapse, um neurônio encosta em 
outro?’’ 
- Não! Por que na verdade quem vai pegar a comunicação não é o neurônio, é o 
neurotransmissor. 
Temos um neurônio, depois outro neurônio que está recebendo esse sinal, a comunicação 
entre os dois chama-se sinapse, o neurônio que está anterior a ela, se chama neurônio pré 
sinaptico, e que vem depois, pós sináptico. Esse espaço entre eles chamamos de fenda 
sináptica, e é na fenda que o neurônio é liberado, então o neurônio pré sináptico ao checar 
um impulso nervoso e despolarizar a membrana, ele libera o neurotransmissor, e o 
neurotransmissor, vai ligar com o receptor de membrana, no neurônio pós sináptico e aí temos 
uma cascata de eventos que vai ser desencadeada mediante a ligação do neurotransmissor, e 
aí veremos que tem neurotransmissor que é inibitório e excitatório. 
Então, por exemplo, patologicamente falando, já ouvimos falar de tétano, o que a neuro toxina 
produzida pelo clostidium tetânico faz? 
Contraí a musculatura, há uma contração sustentada da musculatura que o animal fica igual 
cavalo de pau, todo rígido, e o que está acontecendo com esse animal? É a neuro toxina que 
literalmente bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios, se eu não inibo a contração 
eu tenho uma contração muscular sustentada. A neurotoxina ela viaja pelo fluxo axoplasmatico 
principais neurotransmissores do SNC, por isso é importante a fisiologia, pra gente entender 
a patologia. 
Uma coisa que é importante, quando falamos de neurônios, é que os neurônios depois que o 
bebê nasce em torno de 6-8 meses depois do nascimento, eles não dividem mais , as células 
da glia, mantém uma alta taxa de mitose, e se temos uma lesão de SNC, caso ocorra a morte 
do neurônio, lesão do corpo celular onde está o núcleo, ACABOU! Aquela região vai ser 
substituída pela célula da glia, e essas células da glia, não tem a função de condução nervosa, 
é daí que vem a sequela de quando temos lesão no SNC, e a gravidade da lesão depende da 
área que foi lesionada, uma vez que o neurônio não se regenera,porém, a células da glia 
continua sua divisão ao longo de toda a vida, o AVC esquêmico, hemorrágico, trauma.. na 
massa encefálica, aquela região que teve morte celular, essas células é que vão limpar a 
bagunça, se multiplicar e preencher o defeito, então se foi uma área que tinha corpo celular, ela 
vai perder a função. 
Se for uma área que só tinha axônio, fibra nervosa, é passível da gente ter uma reenervação, 
as fibras conseguem de uma certa forma regenerar. 
Lembrem que, existe um liquido que banha todo SN, o liquido céfalorraquidiano, ou o liquido 
espinhal, é um liquido que vai ser produzido pela cel. da glia, pelas células ependimárias do 
epitélio especializado, que formam o plexo coroide, dentro do cérebro a gente tem varias 
cavidades, essas cavidades são revestidas por epitélio especializado, junto com células 
ependiamárias, que é uma das células da glia do SNC, e ali vai ter a produção do liquor, que 
vai cair nessas cavidades e preencher e banhar todo o SNC, o liquor que é coletado, esse 
liquido que é coletado, é produzido pelas células da glia, e ele vai banhar todo SN e de uma 
certa forma quando ele preenche e banha ele vai funcionar como um colchão pra amortecer 
impactos. Obvio que se for forte demais o impacto, ele não vai absorver. 
Então,na verdade vai ter outras funções, mas uma das funções é formar esse amortecimento. 
O sistema nervoso é dividido em periférico e central. A gente tem no SNC: cérebro, 
cerebelo, tronco encefalico e medula espinhal, lembrando que esses juntos se chamam 
de encéfalo. 
No SNP, a gente vai ter os nervos e os gânglios, nada mais do que um conjunto de 
corpos neuronais fora do SNC, então vamos ter o gânglios simpáticos paravertebrais, 
colaterais e terminais, e vai ter da medula espinhal partindo os nervosos, que são os 
nervos espinhais,e do tronco encefálico vão partir os pares de nervos cranianos. Nos 
temos 12 pares de nervos cranianos, desses 12, 2 partem do tronco encefálico, o nervo 
olfatório e óptico, o resto parte do tronco cefálico, e cada nervo enerva uma região 
especifica e uma função especifica. 
Por exemplo, hipoglosso enerva a base de língua então quando temos lesão de hipoglosso, os 
animais ficamcom a língua caída, perde o tônus, lesão facial, ele inerva a parte motora da 
face, então vai ter ramo auricolar, pampebral,etc.. 
As divisões do SNC, vai ser dividido em 6 regiões principais: Medula espinhal, bulbo ou 
medula obilonga (mesma coisa), ponte, mesencéfalo, e os três juntos formam o tronco 
encefálico. 
O diencéfalo, mesencéfalo e cerebelo, que é considerado pequeno cérebro ou a sétima 
região, então temos o cérebro dividido em telecéfalo e diencéfalo. 
 O tronco encefálico: mesencéfalo,ponte e bulbo. E depois do bulbo já parte a medula 
espinhal e cerebelo. 
 
 
Funcionalmente falando,cada região dessa vai ter uma função epecifica. 
O cortéx, é responsável por formular e executar movimentos voluntários: Caminhar, andar, se 
um animal tiver uma lesão a nível central vem a alteração de equilíbrio, anda igual um bêbado, 
vai sentir dor central. 
Cerebelo: Vai ter a mesma origem biológica da ponte, e vai ser responsável por cordenar um 
movimento preciso e uniforme, quando falamos em síndrome cerebelar, é aquele animal que 
vai estar completamente desequilibrado, não tem a movimentação cordenada e precisa da 
resposta motora, e as vezes há espamos também. 
A ponte, temos corpos celulares de neurônios que vão transmitir informações do córtex 
cerebral para o cerebelo, vai conectar os dois, uma ponte mesmo entre o córtex do telencéfalo 
ao cerebelo, a informação vai chegar no telencéfalo, chegar na ponte a aí sim passar pro 
cerebelo. 
O Bulbo, medula obilonga, é através daí que os nervos de pares cranianos enviam o comando 
motor para a musculatura lisa e esquelética, então se houver lesão no tronco encefálico, 
teremos uma simatologia clinica associada de vários pares de nervos cranianos sendo 
afetados ao mesmo tempo. E isso remete a uma lesão que é central, não periférica. 
Na medúla espinhal, vamos ter uma resposta eferente sensitiva chegando, e a resposta 
eferente motora saindo. 
Exemplo: Tocar em algo quente. 
Só que esses nervos que levam e trazem informações, vão chegar na medula espinhal em 
pontos específicos, ou seja, teremos duas raízes emergindo da medula pra formar esse meio. 
A raiz dorsal é onde o estimulo sensitivo chega na medula, a raiz central é onde esse estimulo 
parte da medula em direção ao órgão efetor, seja ele músculo liso, esquelético, etc.. 
A medula tem a capacidade de controlar reflexos simples, não precisa ser intregado no 
encéfalo, por exemplo, o teste de reflexo patelar. São reflexos simples que são integrados na 
medula, e que teremos uma resposta efetora rápida. Não precisam ir até o encéfalo. 
O diencéfalo, é a região do SN, que teremos o tálamo, que é responsável pela transmissão e 
modulação de informações. 
Além disso, o hipotálamo é responsável por responsável por regular todo o sistema nervoso 
autônomo, simpático e parassimpático, e é uma extensão do hipotálamo, onde esta a hipófise, 
que é a glândula, daí vem a formação do eixo hipotalâmico-hipofisário (glândula mãe). 
O mesencéfalo, é chamado de cérebro médio e tem função de retrosmissão de informações 
visuias e auditivas, as lesões de mesencéfalo, estarão relacionadas com déficits auditivos e de 
visão. 
 
O cérebro tem dois hemisférios, direito e esquerdo. 
 
 
 
As meninges, são as 3 membranas de tecido conjuntivo, que vão revestir o sistema nervoso. 
Por isso que a inflamação delas se chama meningite. 
Essas 3 membranas são: Duramáter, pia-mater, e aracnoide. 
Na necropsia, elas aparecem todas juntas, mas a duramater da pra ver com facilidade. 
E o liquor, que é secretado vai ficar nesse espaço aracnoide e é nesse espaço que se faz 
pulsão pra diagnostico de algumas doenças, ou também a peridural. 
 
 
Pra nós terá muita importância a divisão funcional do SN. 
Então, o SN é dividido em somático e visceral, sendo que, SN somático dependerá da sua 
reação consciente. Ou seja, inervação de músculos esqueléticos, mexemos o braço, quando 
queremos, movimentamos a perna quando queremos, é totalmente voluntario. E essa 
percepção sensorial é a propiocepção. 
 
E o sistema nervoso visceral ou vegetativo, também vai ter um estimulo eferente e aferente 
motor, mas aqui é involuntário, vai ser controlado pelo sistema nervoso autônomo, simpático e 
parassimpático, e vai inervar no músculo liso, que fica na beixiga, útero, pulmão e outros 
órgãos e obviamente é involuntária, não depende da gente. 
No músculo cardíaco, o sistema simpático e parassimpático vai modular o funcionamento 
cardíaco e glândulas. Tireoide, hipófise, fazem tudo involuntariamente, por exemplo. 
As vezes temos muita dificuldades em enxergar o estimulo eferente sensitivo, temos 
espalhados pelo corpo uma série de sensores sensitivo, mecanoreceptores, paroreceptores.. 
Eles são receptores da dor, por exemplo, supondo que comemos um prato de feijoada, quando 
o estomago distende e faz a distenção, estimula mecanoreceptores de parede, e esse estimulo 
de distenção já gera um cúmulo, sensação de estar cheio demais, causando até dor pela 
distenção, e esse estimulo aferente senitivo chega no SNC e tem uma resposta eferente 
motora de vômito. 
 
EFERENTE E AFERENTE: 
O ESTIMULO SENSITIVO, VAI SAIR DA PERIFERIA, EM DIREÇÃO AO SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL, ENTÃO SEMPRE SERÁ AFERENTE SENSITIVO. 
E QUAL A RESPOSTA?? EFERENTE MOTORA. 
 
 
O sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático, esses dois vão 
trabalhar de forma antagônica, por exemplo, o coração ao ser estimulado pelo sistema nervoso 
simpático, acelera os batimentos cardíacos, ao ser modulado pelo sistema 
parassimpático,reduz o batimento. 
No sistema respiratório, relaxa os brônquios, entrando em taquipnéia,e em compesação o 
parassimpático é o contrario, no sistema digestivo, o sistema nervoso simpático vai diminuir a 
motilidade intestinal e o parassimpático aumenta a motilidade intestinal. 
Associado a eles, temos um tipo de resposta de luta e fulga, causando uma descarga 
adrenérgica, quando somos submetidos a um estresse, temos uma descarga adrenérgica, 
vamos fugir ou lutar, causando esses simtomas: 
Parassimpático, quando o ‘’susto passa’’, simpático acontece no momento do susto, luta, ou 
fulga. 
 
DECORAR:

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