Buscar

COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO
O que é a coação no curso do processo? Quando a gente pensa na palavra COAÇÃO vem à palavra constranger alguém. Coagir é obrigar alguém, impor algo a alguém. Coação no curso do processo é a imposição mediante violência ou grave ameaça em relação a autoridade, parte ou qualquer pessoa que funcione ali no processo. E essa coação acontece, o sujeito ativo ele coage outras pessoas no curso do processo para favorecer interesse próprio ou alheio. 
1. O BEM JURÍDICO protegido é a administração da justiça. 
2. Com relação ao SUJEITO ATIVO, trata-se de crime comum,
3. No que diz respeito ao SUJEITO PASSIVO, o primário é o Estado; o secundário, a vítima que sofre a coação.
4. Trata-se de CRIME VINCULADO, cometido através de violência ou de grava ameaça.
5. A coação PODE SE DAR POR MEIO DA VIOLÊNCIA FÍSICA (vias de fato, lesão corporal, homicídio, etc.). A pena correspondente à violência e será aplicada cumulativamente, por meio de concurso material, conforme entende NUCCI.
6. Tanto a ameaça quanto as vias de fato serão absorvidas pelo delito do art. 344, CP.
7. Em sentido contrário, GRECO entende que se trata de concurso formal impróprio, uma vez que o agente atua com desígnios autônomos.
8. No que tange à AMEAÇA, a mesma deve ser grave, de forma a interferir na autodeterminação alheia.
9. No que diz respeito ao MAL, o mesmo pode ser justo ou injusto, ao contrário do CRIME DE AMEAÇA (art. 146, CP), que exige que o mal seja injusto.
EXEMPLO 1: imaginem que o João, tenha cometido vários crimes, e vamos supor que o policial tenha visto aquele crime acontecer e João tenha fugido da cena do crime, mas o policial viu, ou seja, muito provavelmente quando tiver o julgamento no processo aquele policial vai depor e prejudicar o João. João vai na casa do policial com a arma, coloca a arma na cabeça dele e fala “sabe aquele crime que você viu, foi eu que cometi, agora é o seguinte, se você depor contra mim e me prejudicar no processo, você falar alguma coisa, eu vou matar você e toda a sua família.” 
O que o João, sujeito ativo do art. 344 fez? Coagiu uma autoridade, um policial mediante ameaça no caso, que ia depor no processo, e coagiu para beneficiar a ele, e se proteger, favorecer o interesse próprio, qual interesse? O interesse de João não ser preso ou condenado. 
EXEMPLO 2: O Léo dono de uma empresa, tenha demitido uma pessoa e essa pessoa entrou contra ele na justiça do trabalho pedindo verbas rescisórias e tudo mais, Léo para não ter que pagar as verbas vai até o ex-funcionário e o agride, enche ele de pontapé, chute, soco... e fala com ela, isso é para você aprender a nunca mais entrar com um processo contra mim e no dia da audiência eu quero ver você desmentir tudo que você disse, negue tudo aquilo que você entrou no processo. O que foi feito nesse caso? Coagiu uma parte em um processo, para favorecer o interesse próprio e não pagar o funcionário. 
NO CASO DE A COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO SER PRATICADA MEDIANTE VIOLENCIA, O AGENTE RESPONDERÁ PELA COAÇÃO E TEMBÉM RECEBERÁ AS PENAS REFERENTES À VIOLENCIA EMPREGADA. 
Importante destacar que a LEI 14.245/21 acrescentou o § único ao art. 344, criando uma causa de aumento de pena caso a coação ocorra com vistas a produzir efeito em processo que apure crime contra a dignidade sexual.

Outros materiais