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Política Nacional de Saúde LGBTT Aluna: Vanessa Andrade Contexto Histórico 1 No final da década de 1970 surgiu diversos movimentos sociais em defesa de grupos específicos e de liberdades sexuais/ grupo Somos. Início dos anos 80: epidemia de HIV/Aids Década de 1990: movimentos de travestis institui-se em coletivos, como no caso da Associação das Travestis e Liberados do RJ (ASTRAL) Em 2004 governo institui o “Brasil sem discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania Homossexual 2004: Comitê técnico de Saúde da População GLTB 3 2006: conquista de representação no Conselho Nacional de Saúde (CNS) 2007: 13° Conferência Nacional de Saúde a orientação sexual e a identidade de gênero são incluídas na análise da determinação social da saúde 2008: Secretaria Especial de Direitos Humanos realizou a I Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais 2009: foi aprovado pelo CNS em novembro de a Política Nacional de Saúde LGBTT 4 Princípios e Diretrizes 2 A Política está embasada nos princípios assegurados na Constituição Federal de 1988 (CF/88), que garantem a cidadania e dignidade da pessoa humana (BRASIL, 1988, art. 1.º, inc. II e III), reforçados no objetivo fundamental da República Federativa do Brasil de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988, art. 3.º, inc. IV). Objetivo Geral Promover a saúde integral dos LGBTT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo. 6 Diretrizes Respeito aos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a eliminação do estigma e da discriminação decorrentes das homofobias. Contribuição para a promoção da cidadania e da inclusão da população LGBT por meio da articulação com as diversas políticas sociais, de educação, trabalho, segurança. Inclusão da diversidade populacional nos processos de formulação, implementação de outras políticas e programas voltados para grupos específicos no SUS, envolvendo orientação sexual, identidade de gênero, ciclos de vida, raça-etnia e território. 7 Eliminação das homofobias e demais formas de discriminação que geram a violência contra a população LGBT no âmbito do SUS, contribuindo para as mudanças na sociedade em geral. Implementação de ações, serviços e procedimentos no SUS. Diretrizes Difusão das informações pertinentes ao acesso, à qualidade da atenção e às ações para o enfrentamento da discriminação, em todos os níveis de gestão do SUS Inclusão da temática da orientação sexual e identidade de gênero nos processos de educação permanente desenvolvidos pelo SUS 8 Produção de conhecimentos científicos e tecnológicos visando à melhoria da condição de saúde da população LGBT. Fortalecimento da representação do movimento social organizado da população LGBT nos Conselhos de Saúde, Conferências e demais instâncias de participação social. Redes de Atenção à Saúde (RAS) 3 10 Atenção Básica Atenção especializada: Ambulatorial e Hospitalar REDES DE SERVIÇOS Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/ Goiânia (GO); Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Hospital Universitário Pedro Ernesto/ Rio de Janeiro (RJ); Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ Porto Alegre (RS); Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina FMUSP/Fundação Faculdade de Medicina MECMPAS – São Paulo(SP); e Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Pernambuco – Recife (PE). Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) – Rio de Janeiro/RJ; Ambulatório do Hospital das Clínicas de Uberlândia – Uberlândia/MG; Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/AIDS – São Paulo/SP; Centro de Pesquisa e Atendimento para Travestis e Transexuais (CPATT) do Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano – Curitiba/PR. Ambulatório AMTIGOS do Hospital das Clínicas de São Paulo – São Paulo (SP); Ambulatório para travestis e transexuais do Hospital Clementino Fraga – João Pessoa (PB); Ambulatório Transexualizador da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecto-Parasitárias e Especiais (UREDIPE) – Belém (PA); Ambulatório de Saúde Integral Trans do Hospital Universitário da Federal de Sergipe Campus Lagarto – Lagarto (SE) Programas Relevantes 4 12 13 Dados Nacionais, Estaduais e Municipais 5 Motivos para menor procura de serviços: 15 1 Existência de Discriminação; Despreparo de profissionais para lidar com as especificidades do grupo; 2 Dificuldades em se assumirem e 3 Negação do risco 4 Abuso de Álcool e Drogas ISTs Saúde Mental e Violência Câncer de Mama e de Colo de Útero 16 17 Artigos Referentes à Política 6 Homossexualidade e o direito à saúde: um desafio para as políticas públicas de saúde no Brasil. Objetivou-se evidenciar a atuação das políticas públicas direcionadas à saúde da população homossexual brasileira. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs. A saúde LGBT é apontada como vulnerável mesmo após a publicação de importantes documentos que garantem o acesso e a inclusão do grupo na saúde. A fragilidade na efetivação das propostas preconizadas vão ao encontro ao atendimento discriminatório e heteronormativo prestado pelos profissionais de saúde. 19 Saúde e população LGBT: demandas e especificidades em questão. A população LGBT – lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros – é vulnerável quanto ao atendimento de seus direitos humanos, incluindo o acesso aos serviços públicos de saúde. A partir da eminente necessidade de formação dos agentes da saúde no tema LGBT, assim como da elaboração de ações voltadas para as demandas específicas dessa população, é nossa intenção contribuir para a reflexão sobre alguns dos fatores que podem interferir de maneira substancial no processo de saúde da população LGBT. Aprofundamo-nos sobre algumas das questões próprias a cada segmento, sublinhando a importância da atenção dos profissionais da saúde frente às reações em cadeia que implicam o processo de vulnerabilidade e que conduzem ao adoecimento dessa população. 20 Nutrição Realização do atendimento de famílias do grupo LGBT; Cuidado aqueles que usam suplementações e Produção junto com o grupo interdisciplinar estratégias para a promoção da saúde da população LGBT. Atuação dos profissionais da: Enfermagem O enfermeiro deve estar sempre pronto para a realização do acolhimento desse público; Casos de violência; Eliminação do preconceito nas unidades de saúde e Orientar sobre assuntos como AIDS e outras DSTs. 21 7 Referências REDE FEMINISTA DE SAÚDE. Saúde das mulheres lésbicas: promoção da equidade e da integralidade. Belo Horizonte, 2006. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Núcleo de Estudos da Violência. 3º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil. São Paulo: NEV-USP; Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos (CTV), 2006. GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS. Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://tecnoblog.net/247956/referencia-site-abnt-artigos/. Acesso em: 03/07/2019. SAÚDE, Ministério. Política Nacional de Saúde LGBTT. Ministério da Saúde, Brasília DF, 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf. Acesso em 03/07/2019. 22 Referências GRAYCE A. A. et al. Homossexualidade e o direito à saúde: um desafio para as políticas públicas de saúde no Brasil. Saúde em Debate • Rio de Janeiro, v. 37, n. 98, p. 516-524, jul/set 2013. MICHELLE R. C.; LUÍS F. F. Saúde e população LGBT: demandas e especificidades em questão. PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2012, 32 (3), 552-563.23