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CONTABILIDADE E GESTÃO DE 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Cassiana Bortoli 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja bem-vindo(a) à aula de Contabilidade e Gestão de Micro e 
Pequenas Empresas. 
Nesta aula, vamos aprender conceitos e objetivos acerca de pequenas e 
médias empresas (PMEs) a partir dos temas: 
1. Contabilidade como ferramenta de controle da gestão de PMEs. 
2. CPC-PME – Contabilidade para PMEs e sua aplicação. 
3. Diferenças entre o CPC-PME e o conjunto completo de pronunciamentos 
contábeis. 
4. Procedimentos necessários na adoção inicial do CPC-PME. 
5. Estrutura e funcionamento de empresas de serviços contábeis. 
Após o estudo dos temas abordados, faça os exercícios para aumentar a 
fixação do conteúdo. 
CONTEXTUALIZANDO 
No cenário brasileiro, as pequenas e médias empresas (PMEs) possuem 
uma representatividade de 99% das 6,4 milhões de empresas brasileiras do setor 
privado (Sebrae, 2018), na qual são responsáveis por gerar 52% dos postos de 
trabalho ofertados no país. Essas empresas são administradas, geralmente, por 
seus próprios donos, o que, de certa maneira, pode tornar-se um problema em 
casos em que o empreendedor não tenha conhecimento especializado em 
gestão empresarial. 
Para garantir o atendimento aos pequenos negócios, a contabilidade 
surge como ferramenta no intuito de obter um direcionamento estratégico, 
buscando fornecer informações relevantes para o processo decisório, 
otimizando as técnicas operacionais a fim de maximizar os resultados das PMEs. 
De modo geral, pequenas e médias empresas acreditavam que a tecnologia era 
uma realidade proeminente somente em grandes organizações, porém, com a 
acessibilidade a novas tecnologias e seu barateamento cada vez mais têm se 
visto a adoção tecnológica por essas empresas. 
 
 
3 
TEMA 1 – CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DA 
GESTÃO DE PMES 
A contabilidade perpassou um longo período evolutivo e transformou-se 
em uma das disciplinas mais complexas e difusas no meio empresarial (Silva; 
Marion, 2013). Um dos impulsionadores dessa difusão é o uso da tecnologia, o 
que proporciona maior agilidade na produção e na emissão de relatórios 
econômico-financeiros. Essa agilidade faz-se importante frente ao acelerado 
desenvolvimento dos modelos de produção das organizações empresariais e a 
transformação do mundo em uma grande “aldeia global” (Silva; Marion, 2013). 
Portanto, a contabilidade precisa acompanhar essa evolução a fim de fornecer 
informações confiáveis sobre os recursos da organização. 
Para cumprir seu papel no mundo moderno, a contabilidade precisa 
mudar a visão tradicional, baseada no simples registro contábil, para uma 
perspectiva gerencial, por meio das informações geradas por esses relatórios 
contábeis e apropriando-se dos avanços tecnológicos para aprimorar-se. Outro 
ponto que cabe destaque é a visão da importância da contabilidade para os 
diversos usuários. Percebe-se que a contabilidade passou a ter relevância no 
cenário econômico como um todo, não tão somente para cálculos e identificação 
de valores base para o recolhimento de impostos, análise de concessão de 
crédito ou pagamento de dividendos e apresentação de relatório de análise, e 
começa a ocupar espaço nas relações sociais (Silva; Marion, 2013). 
Assim, a contabilidade não pode isentar-se dos reflexos das mudanças 
ocorridas no ambiente de negócios. De acordo com Lopes Amorim (1937) a 
contabilidade é uma arte de revelar modificações ocorridas, tanto 
qualitativamente quanto quantitativamente, no patrimônio de qualquer empresa 
e de determinar periodicamente os aumentos e reduções do valor patrimonial. 
Salienta-se que a definição do autor não faz diferenciações referentes ao porte 
da empresa, portanto, não seria diferente seu uso para PMEs. 
Dentre definições da contabilidade, cabe ressaltar as ideias trazidas por 
Guimarães (2001): ênfase no equilíbrio patrimonial como objeto científico da 
contabilidade; preocupação com a identificação e a mensuração dos fatos 
patrimoniais que possam afetar o equilíbrio; a importância da contabilidade para 
a tomada de decisões. Assim sendo, pode-se afirmar que a contabilidade é uma 
 
 
4 
ciência a qual favorece o desenvolvimento econômico dos países, pois 
contribuem para a solidificação das empresas. 
Dada a importância da contabilidade para as nações, torna-se 
imprescindível observar as perspectivas e as tendências da profissão contábil. 
O profissional contábil torna-se peça-chave para detectar impactos causados 
pelo ambiente interno e externo causam nas organizações em que atuam. Para 
essa detecção, esses profissionais necessitam estar preparados, atentos e 
continuamente atualizados com o propósito de tornar-se um comunicador de 
informações as quais tornam-se base para avaliar fatos passados, perceber os 
presentes e predizer eventos futuros (Silva; Marion, 2013). 
No Brasil, a profissão contábil tem evoluído em função das necessidades 
proeminentes da sociedade e tem conquistado espaço no ambiente empresarial, 
tornando-se indispensável para o sucesso de qualquer negócio. Com isso, o 
profissional contábil tem sido reconhecido por adicionar valor tanto ao processo 
produtivo quanto aos aspectos contábeis formais e compromissos sociais. A 
partir do surgimento da Lei nº 6.404/1976, a Lei das Sociedades por Ações 
(Brasil, 1976), esses profissionais passaram a corroborar com o processo de 
gestão empresarial, deixando de ser meros guarda-livros, como eram chamados 
anteriormente, passando a ter voz ativa sobre o controle de gestão do 
patrimônio. 
Os avanços tecnológicos, motivados pela aceleração dos mercados à 
partir da década de 90, influenciaram diretamente as atividades contábeis. Essas 
modificações ocorridas demonstram que a contabilidade tem a necessidade de 
absorver e possibilitar aos gestores um sistema de informações, sendo um 
instrumento capaz de evidenciar e auxiliar as decisões organizacionais. 
1.1 Contabilidade: um instrumento estratégico na gestão organizacional 
A contabilidade é considerada a ciência do patrimônio (Silva; Marion, 
2013). Portanto, possui algumas ferramentas capazes de auxiliar os gestores na 
tomada de decisões, as quais precisam ser implantadas a fim de proporcionar 
um gerenciamento eficaz, com vistas ao funcionamento eficiente capaz de 
fornecer serviços. Para tanto, faz-se necessário a utilização de instrumentos 
como: contabilidade gerencial; planejamento estratégico; sistemas de 
informações gerenciais. 
 
 
5 
No entanto, informações contábeis geradas por tais relatórios são por 
vezes pouco utilizadas pelas empresas de pequeno e médio porte. Uma das 
razões dessa não utilização decorre da linguagem altamente técnica utilizada, o 
que prejudica o entendimento. Nesse sentido, o profissional contábil possui o 
papel dedicado a aperfeiçoar esses relatórios, buscando melhorar a 
comunicação das informações, de modo a ter relatórios precisos, de maneira 
eficiente, eficaz e útil, indo além de classificar as contas patrimoniais, calcular 
impostos. Consequentemente, o gestor poderá contar com informações seguras, 
completas e confiáveis, em uma linguagem acessível. 
Silva e Marion (2013) afirmam que a “informação é poder”. Isso pode 
parecer óbvio, porém, com a globalização, as organizações enfrentam inúmeros 
desafios para alcançar os resultados almejados. Tais desafios podem advir da 
natureza estrutural da organização, dado ao custoso processo de aquisição de 
tecnologias da informação, ou da natureza humana, em que não há gestores 
capacitados que possam utilizar tais informações para fins estratégicos.Com 
isso, destaca-se que, para o futuro do negócio, seja ele micro, pequeno, médio 
ou grande, é indispensável a decisão do gestor em estabelecer qual o papel da 
informação na elaboração, execução e controle das estratégias tomadas pela 
organização. 
Para uma decisão estratégica é necessário que a informação contábil não 
esteja atrelada somente ao setor contábil, mas sim, que possa perpassar por 
todos os demais setores a fim de produzir uma informação contábil integrada, 
cerne para uma análise financeira. Segundo Atkinson et al. (2000) informação 
gerencial contábil possui quatro funções essenciais: 
 Controle Operacional: provê o retorno das informações (feedback) sobre 
a eficiência e a qualidade das atividades realizadas. 
 Custeio do Produto e do Cliente: avalia e mensura os gastos diretamente 
relacionados com a produção dos bens ou serviços, bem como os custos 
com venda e entrega aos clientes. 
 Controle Administrativo: provê informações sobre o desempenho dos 
gerentes bem como das unidades operacionais. 
 Controle Estratégico: provê informações acerca do desempenho 
financeiro, econômico e competitivo ao longo do prazo, condições de 
mercado, preferência dos clientes e novas tecnologias. 
 
 
6 
Essas funções aplicadas à organização podem se tornar estratégicas. A 
estratégia nada mais é do que planos da alta administração os quais possuem a 
intenção de alcançar os resultados em conformidade com a missão e os 
objetivos gerais da organização (Silva; Marion, 2013). Nesse sentido, a 
estratégia é um conjunto de regras de tomada de decisão utilizadas para orientar 
o comportamento de uma organização, podendo ser classificado em quatro 
grupos: 
1. Padrões que permitem avaliar o desempenho presente e futuro da 
empresa de forma qualitativa (objetivos) e quantitativas (metas). 
2. Regras para aperfeiçoamento e desenvolvimento da relação da empresa 
com seu ambiente externo, a qual questiona-se: O quê? Onde? Quando? 
Para quem? 
3. Regras para o estabelecimento das relações e dos processos internos da 
organização, frequentemente denominado conceito organizacional. 
4. Regras pelas quais a empresa irá desenvolver suas atividades do dia a 
dia, denominadas políticas organizacionais. 
A gestão estratégica “é um processo sistemático, planejado, gerenciado, 
executado e acompanhado sob a liderança da alta administração da instituição, 
envolvendo e comprometendo todos os gerentes e responsáveis e 
colaboradores da organização” (Costa, 2002, p. 43). Nesse sentido, a gestão 
estratégica é utilizada como meio para especificar e direcionar as ações da 
organização, considerando as forças e fraquezas do ambiente interno, bem 
como detecção das oportunidades e ameaças eminentes do mercado externo, a 
fim de cumprir com os objetivos fixados. 
TEMA 2 – CPC-PME – CONTABILIDADE PARA PMES E SUA APLICAÇÃO 
Com a internacionalização da economia brasileira aos demais mercados, 
e a importância crescente das PMEs para a economia mundial, surge a 
necessidade de convergência das normas brasileiras de contabilidade para os 
padrões internacionais, criando uma linguagem contábil única para o mundo dos 
negócios. A partir de julho de 2009, o International Accounting Standard Board – 
IASB emitiu o IFRS para pequenas e médias empresas (PMEs) a NBC TG 
1000/10. Em dezembro do mesmo ano o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
– CPC emitiu uma norma equivalente às PMEs brasileiras, o CPC – PME. O CPC 
 
 
7 
– ME é um conjunto completo de princípios contábeis, com uma linguagem 
simplificada, ao comparar-se com o CPC pleno. O CPC – PME foi aprovado pelo 
Conselho Federal de Contabilidade – CFC – por meio da NBC T 19.41, em vigor 
a partir de 1º de janeiro de 2010, com o intuito de dispor a respeito da forma 
como devem ser guiadas as práticas contábeis destas empresas. 
A aplicação do CPC – PME dá-se somente para as empresas as quais 
não têm obrigação pública de prestação de contas, independentemente da forma 
jurídica. Assim, ficam proibidas de utilizar a norma: companhias abertas 
reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); sociedades de grande 
porte (empresas com ativo superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual 
superior a R$ 300 milhões); sociedades reguladas pelo Banco Central do Brasil, 
pela Superintendência de Seguros Privados; e outras sociedades cuja prática 
contábil é regida pelo seu órgão regulador. 
Klein Júnior e Souza (2013) destacam que uma das principais ênfases da 
legislação contábil patrimonial, no Brasil, é que o balanço patrimonial é para a 
gestão da empresa e não para atender ao fisco. Nesse contexto, as alterações 
introduzidas pelas normas contábeis contribuem para uma melhor gestão 
patrimonial das PMEs. Nesse sentido, o CPC – PME tem como objetivo melhorar 
o nível de confiabilidade e objetividade das informações contábeis, no intuito de 
equiparar-se com relatórios de empresas de grande porte (Deloitte, 2007). 
Dessa forma, a compatibilização das normas contábeis facilita a análise 
das demonstrações contábeis das PMEs por parte de estrangeiros e 
investidores, bem como dá transparência e proporciona comparabilidade às 
informações financeiras entre empresas, tanto nacionais quanto internacionais. 
TEMA 3 – DIFERENÇAS ENTRE O CPC-PME E O CONJUNTO COMPLETO DE 
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
Algumas diferenças podem ser observadas entre o CPC-PME e o CPC 
conjunto pleno, as quais podem ser observadas na classificação dos custos de 
empréstimos, na classificação dos ativos e passivos financeiros e ativos 
intangíveis. 
Quanto aos custos de empréstimos, o CPC-PME considera todos os 
custos com empréstimos como despesas. No CPC pleno, os custos dos 
empréstimos são diretamente atribuídos à aquisição, construção ou produção de 
 
 
8 
um ativo qualificado, devem ser capitalizados e os demais custos de 
empréstimos são considerados despesas. 
Um instrumento financeiro pode ser entendido por “um contrato que gera 
um ativo financeiro para a entidade, e um passivo financeiro ou instrumento 
patrimonial para outra entidade” (CPC, 2009). No que tange à classificação de 
ativos e passivos financeiros, o CPC-PME classifica instrumentos financeiros 
entre básicos e complexos. Assim, instrumentos que se enquadram em critérios 
específicos são avaliados ao custo ou custo amortizado, os demais são 
avaliados pelo valor justo com contrapartida no resultado. Já o CPC pleno 
classifica os ativos financeiros em quatro categorias: ativos e passivos 
financeiros avaliados ao valor justo com contrapartida no resultado; 
investimentos mantidos até o vencimento; empréstimos e recebíveis; ativos 
financeiros disponíveis para a venda. 
Referente a classificação e ativos intangíveis, o CPC-PME classifica todos 
os custos de pesquisa e desenvolvimento são reconhecidos como despesa. 
Todos os ativos intangíveis (incluindo ágio) são considerados como tendo vidas 
úteis definidas e são amortizados. No CPC pleno, os custos de pesquisa e 
desenvolvimento devem ser capitalizados quando critérios específicos não 
atingidos, os ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas (incluindo ágio) não 
são amortizadas, mas devem ser testados por impairment anualmente, 
independente de evidência de perda de valor. 
Consequentemente, há benefícios para as PMEs visto que suas 
demonstrações contábeis se tornam comparáveis com outras sociedades, deve 
haver melhor qualidade e atendimento das necessidades dos usuários e, por 
consequência, a possibilidade de reduzir o custo de acesso a capital de terceiros. 
As normas são mais simples quando comparadas ao CPC pleno e para 
assegurar a estabilidade para as normas, o CPC prevê a revisão após dois anos,depois desse período, as revisões ocorrem a cada três anos. Essa condição 
torna-se vantajosa uma vez que para as demais empresas as normas podem ser 
revisadas a qualquer momento. 
TEMA 4 – PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS NA ADOÇÃO INICIAL DO CPC-
PME 
Alguns procedimentos que foram observados e seguidos quando da 
adoção inicial do CPC – PME para a elaboração das demonstrações contábeis 
 
 
9 
da organização. A seguir, alguns dos procedimentos que foram adotados, 
conforme seção 35, que trata da adoção inicial do pronunciamento contábil 
acerca das PMEs. 
4.1 Adoção inicial 
35.4 As primeiras demonstrações contábeis deviam conter uma 
declaração, explícita e não reservada, de conformidade com o CPC - 
PME. Estas demonstrações são as primeiras da entidade se, por 
exemplo, a entidade: 
(a) não apresentou demonstrações contábeis para os períodos 
anteriores; 
(b) apresentou suas demonstrações contábeis anteriores mais 
recentes de acordo com outras exigências que não são consistentes 
com este Pronunciamento em todos os aspectos; ou 
(c) apresentou suas demonstrações contábeis anteriores mais 
recentes em conformidade com o conjunto completo dos 
Pronunciamentos Técnicos do CPC. CPC_PME_R1 202 
35.5 O item 3.17 deste Pronunciamento define o conjunto completo de 
demonstrações contábeis. 
35.6 O item 3.14 exige que a entidade tenha divulgado, no conjunto 
completo de demonstrações contábeis, informações comparativas com 
relação aos períodos comparáveis anteriores para todos os valores 
monetários apresentados nas demonstrações contábeis e também 
para as informações descritivas e narrativas especificadas. (CFC, 
2011) 
4.2 Procedimentos para elaboração de demonstrações contábeis 
35.7 Exceto pelo evidenciado nos itens 35.9 a 35.11, a entidade 
deveria colocar, no seu balanço patrimonial de abertura: 
(a) o reconhecimento de todos os ativos e passivos, que são exigidos 
pelo CPC - PME; 
(b) não efetuar o reconhecimento de itens como ativos ou passivos que 
o CPC - PME não permitiam; 
(c) reclassificação dos itens que reconheceu, anteriormente, como 
certo tipo de ativo, passivo ou componente de patrimônio líquido, mas 
que seja um tipo distinto de ativo, passivo ou componente de 
patrimônio líquido; e 
(d) aplicação do CPC - PME na mensuração de todos os ativos e 
passivos reconhecidos. 
35.8 As políticas contábeis que a entidade utiliza em seu balanço 
patrimonial de abertura sob o CPC - PME podem divergir daquelas que 
a entidade utilizou na mesma data usando as práticas contábeis 
anteriores. Os ajustes resultantes derivam de transações, outros 
eventos ou condições antes da data de transição. Portanto, a entidade 
deveria reconhecer esses ajustes diretamente em lucros ou prejuízos 
acumulados (ou, caso apropriado e determinado, em outro grupo do 
patrimônio líquido) na data de transição. 
35.9 A entidade não deveria alterar retrospectivamente o tratamento 
contábil que seguiu sob a prática contábil anterior, para quaisquer das 
seguintes transações: 
(a) desreconhecimento (baixa) de ativos e passivos financeiros; 
(b) contabilidade para operações de hedge; 
(c) estimativas contábeis; 
(d) operações descontinuadas; 
(e) mensuração da participação dos não controladores; 
(f) empréstimos do governo; 
 
 
10 
35.10 A entidade poderia usar uma ou mais das seguintes isenções na 
elaboração de suas primeiras demonstrações contábeis que se 
adequarem ao CPC - PME: 
(a) Combinação de negócios. Não deve aplicar a Seção 19 
Combinação de Negócios e Ágio por Expectativa de Rentabilidade 
Futura (goodwill) para as combinações de negócios efetivadas antes 
da data de transição. 
(b) Transações de pagamento baseado em ações. Não necessita 
aplicação da Seção 26 – Pagamento Baseado em Ações para os títulos 
patrimoniais que foram concedidos antes da data de transição, ou para 
os passivos provenientes de transações de pagamento baseado em 
ações que foram liquidados antes da data de transição. 
(c) Custo atribuído. A entidade poderia optar por mensurar o ativo 
imobilizado ou a propriedade para investimento, na data de transição, 
pelo seu valor justo e utilizar esse valor justo como seu custo atribuído 
nessa data. 
(d) Reavaliação como custo atribuído. A adotante pela primeira vez 
poderia ter estabelecido o custo atribuído de acordo com seus 
princípios contábeis anteriores para a totalidade ou parte de seus 
ativos e passivos mensurando-os pelo seu valor justo em data 
específica devido a evento, como, por exemplo, avaliação do negócio, 
ou de partes do negócio, para as finalidades de venda planejada. Se a 
data de mensuração: (i) for até a data de transição para este 
pronunciamento, a entidade pode utilizar essas mensurações ao valor 
justo direcionadas por evento como custo atribuído na data dessa 
mensuração; (ii) for após a data de transição para este 
pronunciamento, mas durante os períodos cobertos pelas primeiras 
demonstrações contábeis que estejam em conformidade com este 
pronunciamento, as mensurações ao valor justo direcionadas por 
evento poderiam ser utilizadas como custo atribuído no momento em 
que o evento ocorrer. A entidade deveria reconhecer os ajustes 
resultantes diretamente em lucros acumulados (ou, se apropriado, em 
outra categoria do patrimônio líquido) na data da mensuração. Na data 
de transição para este pronunciamento, a entidade deveria estabelecer 
o custo atribuído aplicando os critérios dos itens 35.10(c) e (d) ou 
deveria mensurar esses ativos e passivos de acordo com os outros 
requisitos nesta seção. (Incluída pela Revisão CPC 11) 
(e) Variações de conversão cumulativas. A Seção 30 – Efeitos das 
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis exige que a entidade classifique as variações de conversão 
como componente separado do patrimônio líquido. A entidade que 
adotou pela primeira vez poderia optar em considerar todas as 
variações de conversão cumulativas de todas as operações no exterior 
como sendo zero na data de transição para a este Pronunciamento. 
(f) Demonstrações contábeis separadas. Quando a entidade elaborou 
demonstrações contábeis separadas, o item 9.26 exigia que ela 
contabilizasse todos os seus investimentos em controladas, coligadas 
e entidades controladas em conjunto: (i) pelo custo menos 
desvalorização; (ii) pelo valor justo, com as alterações no valor justo 
reconhecidas no resultado; ou (iii) pelo método da equivalência 
patrimonial após os procedimentos do item 14.8 (incluído pela Revisão 
CPC 11). Se a entidade adotou pela primeira vez mensurar o 
investimento pelo custo, ela deveria mensurar esse investimento por 
um dos seguintes valores na data de transição: (Alterado pela Revisão 
CPC 11) (i) custo, determinado de acordo com a Seção 9 – 
Demonstrações Consolidadas e Separadas; ou (ii) custo atribuído, que 
deveria ser o valor remensurado na data de transição para a este 
Pronunciamento ou o valor contábil nessa data de acordo com a prática 
contábil anterior. 
(g) Instrumentos financeiros compostos. O item 22.13 exigiu que a 
entidade separe um instrumento financeiro composto em seus 
componentes de passivo e de patrimônio líquido na data de emissão. 
A entidade não precisa, na adoção inicial, separar esses dois 
 
 
11 
CPC_PME_R1 205 componentes se o componente de passivo não 
estiver em aberto na data de transição para este Pronunciamento. 
(h) Tributos diferidos sobre o lucro. A entidade poderia aplicar a Seção 
29 prospectivamente a partir da data de transição. (Alterada pela 
Revisão CPC 11) 
(i) Acordos de concessão de serviços. A entidade que adotou pela 
primeira vez não necessitou aplicar os itens 34.12 a 34.16 para os 
acordos de concessão de serviços iniciados antes da data de transição. 
(j) Atividades de extração. A entidade que utilizou o tratamento contábil 
do custo total, de acordo com as práticas contábeisanteriores, poderia 
optar por mensurar os ativos de petróleo e gás (aqueles utilizados na 
exploração, avaliação, desenvolvimento ou produção de petróleo e 
gás), na data de transição para este Pronunciamento pelo valor 
determinado de acordo com as práticas contábeis anteriores da 
entidade. A entidade deveria testar esses ativos para desvalorização 
por redução ao valor recuperável, na data de transição, em 
conformidade com a Seção 27 – Redução ao Valor Recuperável de 
Ativos. 
(k) Contratos que contêm arrendamento mercantil. A entidade poderia 
optar em analisar se um contrato existente na data de transição contém 
arrendamento mercantil (ver item 20.3) com base nos fatos e 
circunstâncias existentes nessa data, ao invés da data em que o 
acordo se iniciou. 
(l) Passivos por desativação incluídos no custo do ativo imobilizado. O 
item 17.10 (c) menciona que o custo de item do ativo imobilizado inclui 
a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e 
de restauração da área na qual o item está localizado, bem como a 
obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou 
como consequência de ter utilizado o bem durante determinado 
período para finalidades que não a produção de estoques durante esse 
período. A entidade poderia optar em mensurar este componente do 
custo do ativo imobilizado na data de transição, ao invés da data em 
que a obrigação inicialmente se originou. 
(m) Operações sujeitas à regulamentação de tarifas. Se a adotante 
pela primeira vez detinha itens do imobilizado ou ativos intangíveis que 
são ou foram anteriormente utilizados, em operações sujeitas à 
regulamentação de tarifas (ou seja, fornece mercadorias ou presta 
serviços a clientes por preços/tarifas estabelecidos por órgão 
autorizado), ela poderia escolher utilizar o valor contábil desses itens 
de acordo com os princípios contábeis anteriores na data de transição 
como seu custo atribuído. Se a entidade aplicasse essa isenção ao 
item, ela não precisaria aplicar para todos os itens. A entidade deveria 
testar esses ativos quanto à redução ao valor recuperável na data de 
transição de acordo com a Seção 27. (Incluída pela Revisão CPC 11) 
(n) Hiperinflação severa. Se a organização tem moeda funcional que 
estava sujeita à hiperinflação severa: (i) se sua data de transição para 
este pronunciamento for a partir da data de normalização da moeda 
funcional, a entidade poderia escolher mensurar todos os ativos e 
passivos mantidos antes da data de normalização da moeda funcional 
ao CPC_PME_R1 206 valor justo na data de transição para este 
pronunciamento e utilizar esse valor justo como custo atribuído desses 
ativos e passivos naquela data; e (ii) se a data de normalização da 
moeda funcional se encontra dentro do período comparativo de 12 
meses, a entidade poderia utilizar um período comparativo inferior a 12 
meses, desde que o conjunto completo de demonstrações contábeis 
(conforme requerido pelo item 3.17) seja fornecido para esse período 
mais curto. (Incluída pela Revisão CPC 11) 
35.11 Caso fosse impraticável para a entidade realizar, no seu balanço 
patrimonial de abertura na data de transição, um ou mais ajustes 
exigidos pelo item 35.7, a entidade deveria aplicar os itens 35.7 a 35.10 
para tais ajustes nos períodos mais antigos para os quais isso seja 
praticável, e deveria identificar as informações apresentadas para os 
períodos anteriores que não sejam comparáveis com as informações 
 
 
12 
do período para o qual ela elabora suas primeiras demonstrações 
contábeis em conformidade com este Pronunciamento. Caso fosse 
impraticável para a entidade fornecer quaisquer divulgações exigidas 
por este Pronunciamento para qualquer período anterior ao período 
para o qual a entidade elaborar suas primeiras demonstrações 
contábeis em conformidade com este Pronunciamento, a omissão 
deveria ser divulgada (CFC, 2011). 
TEMA 5 – ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE EMPRESAS DE SERVIÇOS 
CONTÁBEIS 
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 1998), em sua resolução nº 
825/1998, utiliza o nome organização contábil tanto para empresa como para 
escritório individual, fazendo quando necessário, a devida diferenciação. 
A evolução percebida nos escritórios de contabilidade, incluindo o modo 
com que os mesmos prestam seus serviços, deu-se a partir do crescimento das 
empresas. Nesse sentido, o profissional contábil passou a ser também 
empresário, dividindo seu tempo entre supervisão, controle e fiscalização dos 
serviços executados por seus colaboradores aos seus clientes e a administração 
do próprio negócio (Thomé, 2001). Diante disso, cabe destacar alguns aspectos 
inerentes à estrutura e ao funcionamento das empresas de serviços contábeis, 
mediante a evolução tecnológica ocorrida nesse meio. 
A evolução tecnológica implica em algumas mudanças que incluem a 
estrutura e o funcionamento. A estrutura representa a parte física da empresa 
contábil a qual engloba o local, os móveis, as instalações, as máquinas, os 
equipamentos, os utensílios, entre outros. 
A atenção para o local onde a empresa está localizada é merecida, pois 
a escolha do local para a instalação deve considerar a acessibilidade, a 
facilidade de localização e principalmente a localização da maioria dos clientes. 
Outro ponto importante, é relacionado a existência de espaço suficiente para o 
desenvolvimento de todas as tarefas de uma empresa contábil e a disposição 
racional do espaço (recepção, departamento pessoal, departamento fiscal, 
departamento contábil, expediente, arquivo, sala para sócios, sala de reunião, 
sala de treinamento, copa/cozinha/refeitório, área de serviço e banheiros). 
Quanto aos equipamentos utilizados em empresas contábeis, é 
interessante lembrar a evolução ocorrida ao longo dos tempos. Passando das 
escriturações manuais para modernas máquinas da era da informática. Sendo a 
tecnologia muito utilizada no meio contábil, pois além do uso de computadores, 
 
 
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impressoras, modems, os programas (softwares) de contabilidade, de pessoal 
(folha de pagamento), fiscal, mala-direta, imposto de renda, entre outros. 
Esses recursos estruturais proporcionam o funcionamento da empresa 
contábil e a prestação dos serviços contábeis. Por muito tempo tinha-se a visão 
que a contabilidade tinha fins meramente fiscais, ou seja, atender a legislação 
fiscal e prestar conta dos tributos aos órgãos governamentais responsáveis. No 
entanto, os serviços contábeis não se limitam à área tributária. 
Serviços como consultoria, contabilidade, administração de pessoal, 
escrituração contábil, auditoria e perícia auxiliam os clientes na administração de 
seus funcionários e na administração do seu negócio (Thomé, 2001). 
A consultoria tem a função de aconselhar os clientes da empresa contábil 
e geralmente é atribuição do sócio da empresa contábil. Segundo Thomé (2001), 
pode-se definir consultoria como a capacidade do consultor de transformar sua 
experiência em conselhos úteis a seus clientes, o que, consequentemente, pode 
ocasiona em resultado econômico a esses clientes. Cabe destacar que há alguns 
tipos de consultoria, as quais são comumente encontradas em três fases 
distintas da existência das pessoas jurídicas: 
 Na constituição e na fase pré-operacional. 
 Durante sua atividade. 
 No encerramento da empresa. 
Os principais serviços prestados pelo departamento de contabilidade são: 
escrituração contábil, conciliação de contas, demonstrações financeiras, 
declarações fiscais, contabilidade gerencial, arquivo magnético e arquivo de 
documentos. O departamento contábil tende a ser o mais caro entre os 
departamentos de uma empresa contábil. Embora tenha essa realidade, por 
vezes não é possível transmitir a importância e o volume de serviços executados 
por essedepartamento aos seus clientes. 
Ao contrário do departamento de contabilidade, o departamento pessoal 
possui uma atenção maior por parte dos clientes. Isso ocorre porque os erros e 
as omissões cometidas por esse setor são detectados mais rapidamente. Um 
erro no cálculo do salário de um funcionário, por exemplo, em caso de valor 
significante, é detectado antes mesmo que o empregador faça o pagamento. 
Caso falar ocorram corriqueiramente, poderá levantar suspeita a respeito dos 
demais serviços prestados pela empresa contábil. Em adicional, uma vez ao ano 
 
 
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o departamento pessoal precisa preparar a Relação Anual de Informações 
Sociais (RAIS). 
O departamento fiscal tem como principais atribuições a escrituração dos 
documentos fiscais, a apuração dos impostos e contribuições e o fornecimento 
das informações fiscais obrigatórias. Normalmente o programa utilizado para 
escrituração dos livros fiscais apura automaticamente os valores dos impostos e 
contribuições a recolher, desde que o profissional forneça os dados necessários. 
Em consequência da evolução tecnológica, e a quebra das barreiras 
físicas, considerando a internacionalização das normas contábeis, observa-se 
algumas vantagens aos profissionais da área contábil. Porém, o profissional 
contábil necessita estar preparado para encarar essa nova realidade tecnológica 
e globalizada, saber outras línguas e dominar as ferramentas e mecanismos 
contábeis. 
TROCANDO IDEIAS 
Você sabia da representatividade das pequenas e médias empresas 
(PME’s) no cenário brasileiro? Qual seu conhecimento a respeito do uso da 
contabilidade como ferramenta de gestão para as PME’s? Diante desses 
questionamentos pode-se afirmar que a contabilidade possui algumas 
ferramentas capazes de auxiliar os gestores na tomada de decisões, as quais 
precisam ser implantadas a fim de proporcionar um gerenciamento eficaz, com 
vistas ao funcionamento eficiente capaz de fornecer serviços às PME’s. 
Diante do exposto, imagine as empresas que você conhece – pode ser a 
que você trabalha. Tente relacionar os temas abordados neste material no 
contexto dessas organizações. Verifique, se possível, se as decisões 
estratégicas dessa(s) organização(ões) são tomadas a partir das informação 
contábil, atreladas não somente ao setor contábil, mas, sim, a todos os demais 
setores. 
NA PRÁTICA 
Responda às questões propostas. 
1. O CPC – PME tem como objetivo melhorar o nível de confiabilidade e 
objetividade das informações contábeis, no intuito de equiparar-se com 
 
 
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relatórios de empresas de grande porte. Diante disso, aponte quais as 
principais diferenças entre o CPC – PME e o CPC pleno. 
2. Classifique as seguintes funções da informação gerencial contábil: 
(a) Controle operacional 
(b) Custeio do produto e do cliente 
(c) Controle administrativo 
(d) Controle estratégico 
FINALIZANDO 
Na nossa aula, conhecemos um pouco sobre a relevância das PMEs e o 
uso da contabilidade como ferramenta de gestão para essas empresas. Foi 
possível perceber a evolução ocorrida na contabilidade com vistas a atender as 
necessidades das organizações após a globalização dos negócios. Vimos, 
portanto, que a contabilidade possui papel fundamental para o fornecimento de 
informações úteis aos seus usuários. 
Em relação a regulamentação das PMEs, conhecemos o CPC – ME, seu 
procedimento para a adoção e as diferenças dele em relação ao CPC pleno, 
aplicado às empresas de capital aberto. Essas diferenças são observadas na 
classificação dos custos de empréstimos, na classificação dos ativos e passivos 
financeiros e ativos intangíveis. 
Também foi observado nesta aula a estrutura e o funcionamento das 
empresas de serviços contábeis e sua evolução ao longo do tempo. 
Posteriormente, aprofundaremos nossos conhecimentos a respeito dos 
tratamentos contábeis específicos relacionados a pequenas e médias empresas. 
 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
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Mosselman Du Chenoy Castro. São Paulo: Atlas, 2000. 
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Prática. Porto Alegre: Bookman, 2005. 
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, 
1976. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. Acesso em: 2 out. 
2019. 
CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.255. 
Diário Oficial da União, 17 dez. 2009. 
_____. Resolução CFC nº 1.336, de 18 de março de 2011. Diário Oficial da 
União, 22 mar. 2011. 
_____. Resolução nº 825, de 30 de junho de 1998. Diário Oficial da União, 28 
jul. 1998. 
COSTA, E. A. da. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2002. 
CPC – COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamentos 
Técnicos. CPC, 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos>. Acesso em: 2 out. 2019. 
DELOITTE, T. T. IFRS para PMEs ao seu alcance: um guia para sua jornada 
rumo ao padrão contábil global. Deloitte, 2007. 
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jan./fev. 2001. 
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SMEs. IASB, 2009. Disponível em: <https://www.ifrs.org/issued-standards/ifrs-
for-smes/>. Acesso em: 2 out. 2019. 
KLEIN JÚNIOR, G. R.; SOUZA, A. R. L. de. Adequação das novas normativas 
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Pensar Contábil, Rio de Janeiro, v. 15, n. 56, p. 22-28, jan/abr. 2013. 
 
 
17 
LOPES AMORIM, J. Elementos de contabilidade e escrituração comercial. 
2. ed. Porto: Empresa Industrial Gráfica do Porto, 1937. 
SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS. Pequenos negócios em números. Sebrae, 7 jun. 2018. Disponível 
em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/sebraeaz/pequenos-
negocios-em-numeros,12e8794363447510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. 
Acesso em: 2 out. 2019. 
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e Médias Empresas. São Paulo: Atlas, 2013. 
THOMÉ, I. Empresas de Serviços Contábeis: estrutura e funcionamento. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
 
 
 
 
18 
GABARITO 
1. Resposta: as principais diferenças entre o CPC-PME e o CPC pleno são 
observadas na classificação dos: custos de empréstimos, ativos e passivos 
financeiros, e ativos intangíveis. 
Quanto aos custos de empréstimos, o CPC-PME considera todos os 
custos com empréstimos como despesas; e o CPC pleno considera que os 
custos dos empréstimos devem ser atribuídos à aquisição, à construção ou à 
produção de um ativo qualificado, devendo ser capitalizados e os demais custos 
de empréstimos são considerados despesas. 
Em relação à classificação de ativos e passivos financeiros, o CPC-PME 
classifica instrumentos financeiros entre básicos e complexos, sendo avaliados 
ao custo ou custo amortizado, ou pelo valor justo com contrapartida no resultado. 
Já o CPC pleno classifica os ativos financeiros em quatro categorias: ativos e 
passivos financeiros avaliados ao valor justo com contrapartida no resultado; 
investimentos mantidos até o vencimento; empréstimos e recebíveis; ativos 
financeiros disponíveis para a venda. 
Já quanto à classificação e ativos intangíveis, o CPC-PME considera que 
todos os custos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) sejam reconhecidos 
como despesa; e todos os ativos intangíveis (incluindo ágio) sejam considerados 
como tendo vidas úteis definidas e sejam amortizados. Já para o CPC pleno, os 
custos de P&D devem ser capitalizados quandocritérios específicos não 
atingidos; os ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas (incluindo ágio) não 
são amortizadas, mas devem ser testados por impairment anualmente, 
independente de evidência de perda de valor. 
Consequentemente, há benefícios para as PMEs, visto que suas 
demonstrações contábeis se tornam comparáveis com outras sociedades; deve 
haver melhor qualidade e atendimento das necessidades dos usuários e, por 
consequência, a possibilidade de reduzir o custo de acesso a capital de terceiros. 
As normas são mais simples quando comparadas ao CPC pleno e para 
assegurar a estabilidade para as normas, o CPC prevê a revisão após dois anos, 
depois desse período, as revisões ocorrem a cada três anos. Essa condição 
torna-se vantajosa uma vez que para as demais empresas as normas podem ser 
revisadas a qualquer momento. 
 
 
 
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2. Resposta: 
(b) avalia e mensura os gastos diretamente relacionados com a produção 
dos bens ou serviços, bem como os custos com venda e entrega aos 
clientes. 
(a) provê o retorno das informações (feedback) sobre a eficiência e a 
qualidade das atividades realizadas. 
(d) provê informações acerca do desempenho financeiro, econômico e 
competitivo ao longo do prazo, condições de mercado, preferência dos 
clientes e novas tecnologias. 
(c) provê informações sobre o desempenho dos gerentes, bem como das 
unidades operacionais.

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