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A ASSISTÊNCIA SOCIAL NAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO

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1 
 
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL ÁREA DA SAÚDE E A SUA 
INSERÇÃO NO PROGRAMA ARQUITETÔNICO DE UMA UNIDADE 
DE PRONTO ATENDIMENTO* 
 
 
Eudócia Rosiene Barreto de Sá 
 
 
 
RESUMO 
 
A assistência social é uma política pública que busca garantir a proteção social 
aos cidadãos mediante serviços, benefícios, programas e projetos de apoio aos 
indivíduos, às famílias e à comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, e 
também dentro, do sistema público de saúde por intermédio do atendimento 
humanizado para promover programas de apoio. 
Nesse contexto, o presente trabalho acadêmico foi elaborado como uma 
pesquisa explicava sobre o trabalho do assistente social nas unidades de pronto 
atendimento com o objetivo de entender o funcionamento das suas ações sociais 
dentro dessas unidades, de modo a ampliar o conhecimento sobre a profissão, 
conhecimento esse, que possa respaldar o processo projetual de um espaço 
arquitetônico adequado para as atividades do assistente social dentro de uma UPA 
na cidade de Petrolina, em Pernambuco. 
Este trabalho se apresenta com a estruturação de um artigo científico e toma 
por aporte teórico os seguintes autores: Goldinho (2021), Brasil (2011), Paixão e 
Correia (2022) e Brasil (1988). 
 
Palavras-chave: assistência social, ações sociais, assistente social e UPA. 
 
 
Artigo científico apresentado em 2022.2 ao curso de graduação de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de 
Tecnologia – Campus Petrolina, como requisito parcial à obtenção de nota da disciplina de Ateliê de Projeto VI 
lecionada pela Profa. Cinthia Lopes dos Santos Luiz. 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O hospital é um local onde se concentram pessoas com a saúde vulnerável em 
busca de um serviço em comum que possa sanar as suas dores, nesse contexto, não 
só o trabalho estritamente médico se faz indispensável, como também, ações de 
humanização em todo o setor hospitalar, assim, o papel dos assistentes sociais é 
igualmente importante, uma vez que estes profissionais contribuem para a humanizar 
o ambiente hospitalar, fazendo o acolhimento do paciente, escuta sensível, e 
instruindo-o os seus direito, fortalecendo, desta forma, os vínculos entre o paciente e 
melhorando a qualidade no atendimento deste paciente e da sua família. 
O trabalho do assistente social não se restringe apenas ao ambiente hospitalar, 
se estende também à comunidade com a prestação de serviços de apoio voluntário 
ao indivíduo, fornecendo e coletando informações junto as famílias para elaborar mais 
serviços adequados às suas necessidades, é o que diz Goldinho em sua entrevista 
ao site “Movimento Saúde”: 
Esse trabalho envolve não só os pacientes e seus familiares, mas também 
colaboradores, prestadores de serviço, as pessoas da comunidade e também 
conta com o apoio de voluntários. Durante todo o ano são realizadas 
campanhas socioeducativas voltadas a divulgar informações sobre saúde, 
bem-estar, direitos, além de ações de integração. 
São muitas as atividades atribuídas aos assistentes sociais dentro dos 
hospitais, dentre elas pode-se destacar a classificação de risco, orientações, 
encaminhamentos, apoio psicológico e familiar, desospitalização, avaliação do 
contexto socioeconômico e coleta de dados dos pacientes, elaboração de relatórios 
sociais e articulações com a rede privada e com a rede pública, tudo isso para melhor 
atender ao indivíduo em um hospital, uma vez que as pessoas estão vulnerabilizadas 
física e psicologicamente precisam de apoio de pessoas que conhecem os seus 
direitos civis, os assistentes sociais exercem um papel importante para garantir os 
direitos civis dos cidadãos. 
 
 
3 
 
2. HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE 
 
Foi na década de 1930 que o serviço social começou a ser instituído e 
requisitado significativamente nos hospitais e ambulatórios. Até então, o Brasil sofria 
com a aglomeração populacional nos grandes centros urbanos decorrente da 
migração em busca de emprego, fato esse que ocasionou o surgimento de doenças e 
epidemias como consequências das condições sanitárias precárias, tornando-se 
necessário controlar e prevenir tais enfermidades que se tornaram uma preocupação 
para sociedade. 
Diante do cenário precário de saúde o Estado interveio com ações educativas 
para controle epidêmico a fim de conscientizar a população sobre os hábitos de 
higiene, foram criadas então a Junta de Higiene Pública, por volta de 1829 e duas 
instituições de pesquisas: a Instituição Soroterápica Federal em 1908 e a Fundação 
Oswaldo Cruz, em 1970, a qual atualmente é o Instituto Oswaldo Cruz. Porém essas 
medidas não foram eficazes para sanar as epidemias que acometiam as pessoas 
tornando-se necessário novas estratégias, é criado então, no governo de Vargas, o 
Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAPs) para a assegurar o atendimento de saúde 
e também atender às reivindicações da classe operária. 
 O IAPs ampliou os serviços prestados aos trabalhadores, pois, além dos 
benefícios sociais, dava o acesso ao seguro por invalidez, auxilio doença e 
atendimento médico, redução no valor dos medicamentos, porém, apenas aos 
segurados que contribuíam com o Instituto. A partir de então previdência e saúde eram 
trabalhadas juntas como um setor único e isso favoreceu a expansão do setor privado. 
Já em 1986, na 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) em 1986, é colocada 
em pauta a proposta de separar o sistema de saúde do sistema de previdência, 
indicando que a “previdência social deveria ater-se ás ações própria do seguro social, 
enquanto a saúde deveria ser entregue a um órgão federal com novas características” 
(BRASIL, 2011, p.22 apud PAIXÃO; CORREIA, 2022 pg. 5). A 8ª CNS trouxe a 
reforma na estrutura da saúde no Brasil resultado na criação do Sistema Único Saúde. 
O SUS foi constituído para promover a igualdade e a justiça social no âmbito 
da saúde baseado no artigo 196 da Constituição Federal que diz: “A saúde é direito 
4 
 
de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, 
1988). 
Assim, segundo Paixão e Correia (2022, pg. 6) compete ao Estado promover 
um atendimento igualitário garantindo os direitos sociais e visando a redução de risco 
de doenças, e ainda, promovendo a prevenção e proteção à população de modo 
uniformizado. 
A partir do contexto histórico do surgimento do serviço social entende-se que 
cabe ao assistente social garantir os direitos e bem estar dos pacientes e a prestação 
de apoio nos diversos casos de adversidades que surgem todos os dias nos hospitais. 
 
3. AS AÇÕES DOS ASSITENTES SOCIAIS NAS UNIDADES DE 
PRONTO ATENDIMENTO 
 
A profissão da assistência social foi legitimada pela Lei nº 8.662 de 07/06/93, 
complementada pela Resolução nº 293/94 do Conselho Federal de Serviço Social 
(CFESS). É dever do assistente social trabalhar para democratizar o acesso as 
unidades e aos serviços de saúde, promovendo a humanização do atendimento ao 
paciente dentro da unidade hospitalar e auxiliando na prestação de serviços médicos, 
assim, cabe aos assistentes sociais fazer visitas ao leito, de acordo com Paixão e 
Correia (2022, p. 21), palestras educativas, relatórios setoriais, marcação de consultas 
para internos, solicitação de transferências, marcação de cirurgia, acompanhamento 
de domiciliar, de pacientes acamados, dentre outros. 
Segundo Farias (2021) há três importantes ações dos assistentes sociais nos 
hospitais públicos, a primeira é a visita aos leitos de internação, feita com objetivo de 
conhecer o paciente, a sua dinâmica familiar, econômica e fragilidades, o profissional, 
preenche, então, uma ficha social com as informações socioeconômicas e sócio 
familiares dos pacientes coletam também dados dos acompanhantes, assim, oassistente pode contatá-los para dar informações dos seus parentes dos internos 
5 
 
quando estes precisam de algo, para informar sobre a alta ou o óbito. Com todas 
essas informações é possível fazer um levantamento dos usuários do pronto 
atendimento para posteriormente elaborar um plano de ação para apoiar os pacientes 
e implementar programas sociais melhorados. 
A segunda ação do assistente social de acordo com a autora supracitada é a 
alta social, que é realizada posterior a alta médica para que a saída do usuário do 
hospital ocorra de forma segura, a família do mesmo ou alguma instituição é contatada 
para busca-lo, evitando, desta forma, o abandono. A terceira ação consiste em 
anotações no livro de ocorrências, onde o assistente escreve as ocorrências, 
intercorrências e demandas ocorridas durante o seu plantão, isso serve como 
documento de prova das suas ações. 
Ademais, o profissional da assistência social desempenha outras atividades, 
que valem ser citadas segundo Catho (2022): participação na elaboração, 
gerenciamento e organização de políticas sociais do hospital; mobilização de recursos 
para o tratamento dos pacientes e orientações ao paciente, familiares e 
acompanhantes quanto aos seus direitos e deveres. 
Vale salientar que estes serviços sociais são próprios de hospitais pequenos, 
de acordo com Farias para hospitais grandes as ações são diferentes para atender a 
maior demanda com poucos profissionais da assistência social para o grande porte. 
Em suma todas estas ações têm o objetivo de apoiar o paciente e sua família 
com sua melhora de saúde no que diz respeito a entrega dos seus direitos e deveres 
como cidadãos no contexto social. 
6 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) pode ou não existir atividade de 
assistência social de acordo com a Portaria GM/MS nº 2.048/2002, não obstante, é 
aconselhado pela referida portaria que seja inserida na UPA 24h, caso não seja 
inserida, deve haver a gestão fornecer referência de apoio na rede de saúde. A partir 
disso, como incluir a assistência social e melhor atende-la, no projeto arquitetônico de 
uma UPA? 
Tratar o trabalho do assistente social nessas unidades a princípio parece um 
assunto impertinente à arquitetura e mais direcionado aos profissionais da área, e aos 
da saúde, porém, a arquitetura é uma profissão multidisciplinar que presta serviços a 
clientes com perfis variados, por isso, é imprescindível estudar funcionamento dos 
espaços que serão projetados, conhecer os seus usuários, o trabalho dos 
administradores e funcionários, portanto, entender como age o assistente social nos 
hospitais auxilia na construção do ambiente adequado para que este possa atender 
às necessidades dos seus usuários. 
Levando em consideração as questões levantadas nos parágrafos anteriores, 
a UPA que estamos projetando para Petrolina, em Pernambuco, se trata de uma 
unidade de porte III e inclui sim um setor de assistência social como um bloco 
separado do pronto atendimento para servir como atendimento seguro para mulheres 
em situação de fragilidade doméstica, mas, próximo ao setor de administração e com 
acesso restrito à todo o corpo do hospital. Há ainda uma sala de educação em saúde, 
sala de imunização e ala vermelha, a inclusão destas áreas decorreu da pandemia da 
COVID – 19 prevendo outras pandemias que possam ocorrer. 
Essa estrutura arquitetônica segue o “Programa Arquitetônico Mínimo: Unidade 
de Pronto atendimento UPA 24h – versão 3.0/2.021”, porte III, opção VXIII, para 
melhor atender à população de Petrolina com serviços na área profissional médica e 
assistência social. 
 
7 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Seção II. Art. 196. Disponível em: 
http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofeder
al.pdf 
 
BRASIL, Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de 
Saúde/Conselho Nacional de Secretário de Saúde. Brasília: CONASS, 2011. 
 
CATHO COMUNICAÇÃO. O que faz um assistente social no hospital? 2022. 
Disponível em: https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/o-que-faz-um-
assistente-social-no-hospital/. Acesso em: 26 out. 2022. 
 
FAESA. Entenda como fazer citação direta e indireta segundo a ABNT. 2020. 
Disponível em: https://ead.faesa.br/blog/entenda-fazer-citacao-direta-indireta-
segundo-
abnt#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20cita%C3%A7%C3%A3o%20indireta,apare
cer%20ao%20longo%20do%20texto.. Acesso em: 27 out. 2022. 
 
FARIAS, Luciana. 3 atividades realizadas pelos assistentes sociais em hospital 
público. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=73NeY2DUD1I. 
Acesso em: 27 out. 2022. 
 
MÃE DE DEUS. Conheça o papel do assistente social dentro de um hospital. 
(S.d.). Disponível em: https://www.maededeus.com.br/conheca-o-papel-do-
assistente-social-dentro-de-um-
hospital/#:~:text=Voc%C3%AA%20sabe%20qual%20o%20papel,import%C3%A2nci
a%20deles%20dentro%20desses%20espa%C3%A7os.. Acesso em: 26 out. 2022. 
 
METZZER. Como fazer citação de citação – apud – nas normas da ABNT? 2018. 
Disponível em: https://blog.mettzer.com/citacao-de-citacao-apud/. Acesso em: 27 out. 
2022. 
8 
 
 
GOLDINHO, Thais. O que faz a assistente social em um hospital? 2021. Disponível 
em: http://movimentosaude.com.br/eventos/2361/o-que-faz-a-assistente-social-em-
um-hospital. Acesso em: 27 out. 2022. 
 
PAIXÃO, Cristiane de Melo; CORREA, Gêyza Cristina Silva. A atuação do assistente 
social em âmbito hospitalar: uma abordagem a partir do hospital e maternidade 
municipal de São José de Ribamar (MA). Instituto de Ensino Superior Franciscano, 
São José de Ribamar, p. 1-24, jan. 2022. Disponível em: https://iesfma.com.br/wp-
content/uploads/2017/10/A-ATUA%C3%87%C3%83O-DO-ASSITENTE-SOCIAL-
EM-%C3%82MBITO-HOSPITALAR.pdf. Acesso em: 27 out. 2022. 
 
REVISÃO 360. Referências sem data de publicação - APA (sétima edição). 2021. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GZlnlWlBONY. Acesso em: 27 out. 
2022.

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