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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX - UNIFACEX ARQUITETURA E URBANISMO VITÓRIA REGINA MARQUES DE OLIVEIRA APLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO NATAL, RN 2022 VITÓRIA REGINA MARQUES DE OLIVEIRA APLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO Trabalho apresentado à disciplina Conforto Ambiental II, do curso de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo do Centro universitário Facex – UNIFACEX, como requisito para a obtenção de nota referente à Unidade II do semestre letivo 2022.2. NATAL, RN 2022 INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda o desenvolvimento do projeto lumínico residencial, mais especificamente de um apartamento, utilizando o software DIALux, considerando as características funcionais, formais, aplicação, dimensão do ambiente, IRC, temperatura de cor e, não menos importante, a melhor configuração de layout e de materiais de acabamento aplicados, para fins de avaliação da disciplina de Conforto Ambiental II do curso de Arquitetura e Urbanismo. 1. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ESCOLHIDO Neste tópico aborda-se a descrição do ambiente, sua configuração, materiais aplicados, refletâncias, mobiliários e layout admitido. O ambiente definido para efetuar este trabalho foi a dependência de uma unidade habitacional: a sala/cozinha de um apartamento de 134m² (figura 1). Na configuração da planta proposta a sala de estar e jantar é integrada com a cozinha e seu layout (figura 2) corrobora com essa integração dos ambientes, ou seja, não há divisórias ou mobílias que buscam delimitar os espaços e seus usos, mas sim que favorecem a relação de unidade, além disso o ambiente é voltado para uma varanda com ampla abertura e permeabilidade visual propiciada pela esquadria de alumínio e vidro. Figura 1 – Planta de layout Fonte: Autor (2022) Com isso, tem-se um ambiente que favorece a iluminação natural e a homogeneidade na forma como a luz – tanto artificial como natural - se reproduz. A sala de estar/jantar possui uma área de 30,27m² quadrado e um pé direito de 2,50, a cozinha conta com uma área de 9,14m² e pé direito de 2,40, a abertura destinada para iluminação e ventilação desse ambiente é de 4,50x2,22 com 3 folhas de correr. Na Tabela 1 foi indicado o detalhamento da esquadria em vista com sua dimensão total e identificação da área efetiva de iluminação do ambiente. Figura 2 – Layout do ambiente Fonte: Autor (2022) Tabela 1. Abertura efetiva para iluminação Fonte - Autor (2022) Legenda: 0000 Área de abertura para iluminação Para efeito de simulação foi considerado os seguintes coeficientes de reflexão (ρ%) de materiais e cores (Fontes CINTRA DO PRADO (1961) E MOREIRA (1982): • Tetos na cor branca 85-95: adotado 90% • Paredes na cor branco gelo: adotado coeficiente de reflexão igual a 79% e painel amadeirado: adotado 30%; • Piso em porcelanato bege claro: adotado 50% 2. PROJETO Neste tópico aborda-se a definição das cenas de iluminação, a escolha dos pontos a serem destacados, do tipo de lâmpada e luminárias, junto com cálculo de lux. Em termos de imagem lumínica há que levar em conta que a iluminação natural deve ser o componente que dá o caráter ao ambiente durante o dia. A iluminação artificial deve ser projetada de modo a satisfazer o aspecto suplementar e atuar como principal somente nos horários em que a luz natural não esteja disponível. Para o ambiente aqui estudado 3 pontos foram destacados no projeto de iluminação: o estar e a ilha com uso de luminárias de embutir com lâmpada de led e fita de led na marcenaria, e a cozinha com fita de led no fôrro e na marcenaria (figura 6) para obter o efeito das cenas de iluminação desejado (figura 7, 8 e 9) conforme a escolha das luminárias (tabela 2). Figura 6 – Pontos de iluminação destacados Fonte: Autor (2022) Tabela 2 – Tipo de lâmpada e luminárias Fonte - Itaim (2022) Destaque da iluminação: geral no estar e focal no quadro e marcenaria Destaque da iluminação: geral na cozinha e pontual na ilha e marcenaria 3. SIMULAÇÃO COMPUTACIOANAL Neste item, demonstrar-se-á por meio de uma análise a partir da simulação computacional o comportamento do fluxo lumínico no espaço e a sua adequação aos critérios normativos. 3.1 Pré-requisito de iluminação natural (NBR-15.575) De acordo com a NBR-15.575, durante o dia, as dependências da edificação habitacional (sala de estar, dormitório, copa / cozinha e área de serviço) devem possuir iluminância geral (lux) ≥ 60 (valor mínimo obrigatório) para atingir desempenho mínimo. No caso de utilização do método de simulação, para o plano horizontal devem considerar: períodos da manhã (9:30h) e da tarde (15:30h), respectivamente para os dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliação deve ser realizada com emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215 –3. 3.2 Simulação de iluminação natural Para a verificação do desempenho de iluminação natural exigido pela NBR- 15.575 foi utilizado o programa computacional RELUX 2020 para modelagem da unidade habitacional. Foi verificado a: sala de estar e jantar/ cozinha. A modelagem no programa computacional foi elaborada com a inserção dos dados de localização da cidade de Natal/RN com latitude de -5,5’, longitude de -35,5’ e UTC -03:00hrs. Foi utilizado plano de referência com 0,75m de altura, bem como, as características geométricas, de superfícies, esquadrias e orientação do norte conforme projeto arquitetônico. O ambiente foi simulado nos horários das 9:30 e 15:30 horas, respectivamente para os dias 23 de abril e 23 de outubro, céu com nebulosidade média (índice de nuvens 50%) e iluminação artificial desligada e sem presença de obstruções opacas, de acordo com o determinado na ABNT NBR 15.575. Os dados da simulação deve satisfazer os limites mínimos de iluminância para a atividade visual conforme prescrito na ABNT NBR 15.575. O valor de referência para análise do desempenho mínimo (M) foi de 60 lux. Os resultados são apresentados através da tabela de iluminância que mapeia os valores alcançados em pontos equidistantes da área avaliada e de gráficos de cores falsas no plano de referência, que identificam as faixas de iluminância no plano de trabalho conforme escala cromática padrão (Figura 9). No resultado é possível visualizar o desempenho lumínico de todo ambiente, sendo salientado que, para a avaliação do critério da norma NBR 15575, considera-se apenas a iluminância obtida no centro geométrico do ambiente. O resultado é apresentado na tabela 3, com indicação da orientação da abertura e data/hora da simulação. No resultado o ambiente atende ao nível mínimo no centro geométrico, através da seguinte legenda. Figura 9 – Escala cromática padrão de atendimento dos níveis de iluminação natural Tabela 3 – Resultado da simulação computacional Fonte: Autor (2022) REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575 Edificações Habitacionais – Desempenho – Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2013.
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