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UNIDADE I Tecnologia das Construções Sistemas, Tecnologia e Processos Estruturas de Concreto Armado- Parte 3 Concretagem Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 2 ABNT NBR 14931-Execução de estruturas de concreto - Procedimento Parte 3- Concretagem de estruturas Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 3 O planejamento da etapa de concretagem requer alguns cuidados, como: Verificação das condições de acesso dos equipamentos; verificação do posicionamento de fôrmas, armaduras e gabaritos para passagem das instalações; Verificação do abastecimento de água e energia no local para ligação de adensadores, réguas e iluminação, se necessário; Verificação da disponibilidade de materiais para realização do controle tecnológico; alocação de carpinteiros, armadores e eletricistas para acso sejam necessários serviços de reparos, reforços e/ou ajustes; Elaboração do plano de concretagem para evitar a interrupção da concretagem e criação de juntas frias. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 4 • PRODUÇÃO DO CONCRETO NA OBRA ou RECEBIMENTO • TRANSPORTE DO CONCRETO NA OBRA • LANÇAMENTO • ADENSAMENTO • ACABAMENTO • CURA Etapas da concretagem Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 5 Produção do concreto na obra ABNT NBR 12655: 2015. Concreto de cimento Portland –. Preparo, controle, recebimento e aceitação. O concreto pode ser produzido na obra ou dosado em central. O preparo no canteiro é indicado apenas para situações de extrema urgência ou em pequena quantidade de concreto. Processos de fabricação: manual e mecânico. Na obra ou dosado em central O concreto dosado em central possui maior controle tecnológico e confiabilidade e permite elevada produtividade. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 6 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Processo manual São utilizados para pequenos volumes ou para pequenas construções (reformas, casas populares, quando não há eletricidade no canteiro de obras). Deverá ser realizado sobre uma superfície plana, impermeável e resistente. Deve-se misturar primeiro a seco, os agregados e o cimento até formar uma cor uniforme, depois acrescentar a água, seguindo sempre a ordem: Espalhar a areia, formando uma camada de uns 15cm; Sobre a areia colocar o cimento; Com uma pá ou enxada, mexer a areia e o cimento até formar uma mistura bem uniforme; Espalhar a mistura, formando uma camada de 15 cm a 20 cm; Colocar a brita sobre esta camada, mexendo muito bem; Formar um monte com uma cratera no meio; Adicionar a água aos poucos, misturando com cuidado para que ela não escorra. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 7 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) É recomendado, para médias e grandes construções. Este processo tem a vantagem de fabricação mais rápida, mais homogênea e de melhor qualidade. Obtida em máquinas especiais, constituídas de um tambor ou cuba, fixa ou móvel em torno de um eixo que pode ser vertical, horizontal ou inclinado. A máquina para preparar o concreto é denominada betoneira. Processo mecânico Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 8 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Classificação das betoneiras Classifica-se as betoneiras de acordo com o processo de mistura em: a - Betoneiras de queda livre ou de gravidade: produzem a mistura através de movimento onde as pás internas da cuba levam o material até a parte superior e de lá deixam cair, pela gravidade ou queda livre. b - Betoneiras de mistura forçada: que produzem a mistura dos materiais componentes do concreto pelo movimento da cuba e/ou das pás, que se movimentam, arrastando todo o material e forçando-o a um contato rápido e completo. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 9 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Processo mecânico Tempo de mistura O amassamento mecânico em canteiro deverá durar, sem interrupção, o tempo necessário para permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos. O tempo mínimo de amassamento, em segundos é mostrado na Tabela a seguir, conforme o eixo da misturadora seja inclinado, horizontal ou vertical, sendo “d“ diâmetro máximo da misturadora (em metros). Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 10 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Tempo mínimo de amassamento, conforme eixo da misturadora/ betoneira Fonte: Bauer (2005, p.244). Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 11 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Ordem de Colocação dos Materiais na Betoneira Não há regras gerais, pois isso depende do tipo e das dimensões dos mesmos. Há, no entanto, algumas regras especificadas que se seguem: a - Não colocar o cimento em primeiro lugar, pois, se a betoneira estiver seca, perder-se-á parte dele, e, se estiver úmida, ficará muito cimento revestindo-a internamente; b - Em primeiro lugar, a água, e o agregado graúdo, pois a betoneira ficará limpa. Estes dois materiais retiram toda a argamassa que geralmente fica retida nas palhetas internas, da betonada anterior. c - Colocar em seguida o cimento, pois, havendo água e pedra, haverá uma boa distribuição de água para cada partícula de cimento; girar ; d - Finalmente, coloca-se o agregado miúdo, que faz um tamponamento nos materiais já colocados. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 12 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Ordem de Colocação dos Materiais na Betoneira OBS: Se for necessário acrescentar aditivos, deve-se seguir essa sequência: a) Aditivos em pó : Junto com o agregado graúdo; b) Aditivos em líquido: Junto com a água. Para as betoneiras que trabalham com caçamba carregadora, é recomendável colocar embaixo e pela ordem sucessiva: Neste caso, a água deve entrar ao mesmo tempo que os outros componentes do concreto Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 13 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) Alguns modelos de betoneiras com e sem caçamba carregadora BETONEIRA 320 L C/C Dados técnicos: -capacidade de mistura : 320 litros -nº de sacos de cimento ( traço 1-2-3 1 1/4 saco -nº de carregamento horários 20/30 -produção horária de concreto 5,75m³ -potência do motor elétrico: 5 CV. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 14 Produção do concreto na obra (ABNT NBR 12655) BETONEIRA 320 L S/C Dados técnicos: -capacidade de mistura: 320 litros -nº de sacos de cimento ( traço 1-2-3 ): 1 1/4 saco -nº de carregamento horários 20/25 -produção horária de concreto 4,5m³ -potência do motor elétrico 3 CV. . Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 15 Recebimento do concreto dosado em central NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central – procedimento Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15030/material/NBR 7212 - 12_aula_sitepuc.pdf Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 16 Recebimento do concreto dosado em central Designar um profissional para conferir na nota fiscal se o volume e as especificações conferem com o pedido de compra; Conferir a integridade do lacre do caminhão, que é uma forma de garantir que o concreto não foi descarregado desde sua saída da central; Conferir o horário de produção do concreto, para garantir que o concreto não entrou em processo de cura- tempo de pega do cimento; Consistência do concreto- por meio do ensaio Slump Test- abatimento de tronco de cone; Fazer ajuste de água se necessário, anotando a alteração; Moldar os corpos de prova para o ensaio de resistência conforme a norma NM- específica. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz BrandãoESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 17 Transporte do concreto O sistema de transporte do concreto, do equipamento de sua fabricação ao local de aplicação, depende do tipo, da localização e do volume da obra. A condição principal imposta ao sistema de transporte é a de manter a homogeneidade do material. Outra condição é a de que seja rápida, a fim de evitar que o concreto perca a trabalhabilidade ou seque. Pode-se classificar de várias maneiras o sistema de transporte: Transporte Horizontal Transporte Inclinado Transporte Vertical Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 18 Transporte horizontal Por exemplo, carrinho de mão de 1 roda (capacidade média de 50 litros); carros de duas rodas, também chamado “cambonas” (capacidade de 160 litros), pequenos veículos motorizados (até 1m³), caminhões agitadores e vagonetas sobre trilhos. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 19 Transporte horizontal Para os carrinhos de mão tipo “jerica” recomenda- se ter rodas de aro de borracha (pneumáticos). Deve-se evitar a vibração durante o transporte, pois se isso ocorrer, haverá compactação do material, e, consequentemente, dificulta na sua saída. FIG.: O transporte do concreto com jerica ou carrinho de mão é pouco usado em situações que exigem rapidez, como a concretagem de uma laje. O rendimento em andares mais elevados, segundo estudos, é de apenas 3 m³/h, em média. Fonte: Revista Téchne. PINI. Ed. 116 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 20 Transporte inclinado Em determinadas obras, o transporte inclinado pode ser economicamente feito por meio de calhas, as quais substituem o transporte vertical de queda livre. Os tapetes rolantes, embora de aplicação limitada, dado o custo do equipamento mecânico, começam a ser feitos e podem tornar-se econômicos para distância constante como, na pavimentação de estradas. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 21 Transporte Vertical Feito em geral por guinchos, de descarga automática ou não, por guindastes equipados com caçambas de descarga pelo fundo, de manobra ou mecanicamente comandada por sistema elétrico ou a ar comprimido. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 22 Transporte- Caminhões- betoneira São veículos providos de betoneiras, geralmente de eixo horizontal ou ligeiramente inclinado, com reversão do movimento para descarga e com capacidade de 5 a 7 metros cúbicos. O tempo de agitação é bastante discutível- até seis horas como limite de prazo entre a carga e a descarga. É indispensável, porém, que não se adicione qualquer quantidade de água, além daquela prevista. Se ocorrer, somente com autorização do Eng. responsável. •Da central dosadora à obra, o construtor deve conhecer o processo de transporte de concreto. Essas informações o ajudam a fazer um planejamento otimizado para que o material chegue às fôrmas nas melhores condições. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 23 Transporte Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 24 Transporte Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 25 Transporte- Bombas/ Caminhão- lança É um sistema bastante utilizado devido à flexibilidade e à rapidez de execução. No caso de transporte por bombas, o diâmetro interno do tubo deverá ser, no mínimo, três vezes o diâmetro máximo do agregado. Em geral, tem capacidade de bombeamento horizontal até 300 metros. O volume médio é de 30 m³/hora, havendo conjuntos com capacidade para proceder à concretagem a 60 m³/ hora. Os parâmetros que influem no bombeamento são: a - natureza, forma, textura superficial e absorção do agregado; b - granulometria; c - dosagem de cimento; d - relação água/ cimento; e - ar incorporado; f - trabalhabilidade. FIG.: De preferência, o canteiro de obras deve ter espaço suficiente para que o caminhão-lança e a betoneira entrem e manobrem com facilidade. Se não for possível, o construtor é responsável pelas autorizações junto aos órgãos de trânsito. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 26 Transporte- Bombas As bombas podem ser do tipo estacionárias ou móveis (ou bombas-lança) Estacionárias móveis ou bombas-lança Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 27 Sistemas de transporte interno - Comparação Sistema de transporte Capacidade Características Carrinho de mão Menos de 80 litros Concebido para movimentação de terra, seu uso é improdutivo. Pois há a dificuldade de equilíbrio em apenas uma roda. Jerica 110 a 180 litros Evolução do carrinho de mão, facilita a movimentação horizontal de concreto. Bombas de concreto 35 a 45 m³/hora Permite a continuidade no fluxo do material. Reduz a quantidade de mão de obra Grua ou caçamba 15m³/hora Realiza a movimentação horizontal e vertical com um único equipamento. Apresenta um abastecimento do concreto descontinuado. Libera o elevador de cargas Fonte: Portal Comunidade da Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 28 Lançamento - ABNT NBR 14931:2004- Execução de estruturas de concreto O lançamento ou a colocação do concreto nas formas ou local de aplicação inclui três operações fundamentais: a preparação da superfície para o receber; a colocação do material transportado no local de aplicação e, a maneira como deve ficar depositado, de modo a receber a compactação. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 29 Lançamento do concreto Plano de concretagem Em geral, a concretagem de obras deve ser precedida por um estudo conjunto entre o engenheiro estrutural e o engenheiro construtor. Esse estudo conjunto estabelecerá o plano de concretagem, prazos e planos de retirada das formas, colocação de ferragem adicional nos locais de paragem forçada da concretagem na estrutura. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 30 Lançamento do concreto No Plano de concretagem deve-se considerar: Capacidade de suporte e deformação das fôrmas e escoramento considerando o peso do concreto fresco e operações de concretagem; Atender às especificações do projeto: dimensões das fôrmas e detalhamento das armaduras; Espessuras de cobrimento – espaçadores em posição e quantidade adequadas; Garantir acesso: Não pisar nas armaduras negativas, usar pranchas; Manter as armaduras na posição correta durante a concretagem. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 31 Plano de concretagem ( Cont...) Deve-se considerar: Ferramentas auxiliares: enxadas, pás, desempenadeiras; funcionamento dos equipamentos elétricos; tipo, volume e dosagem do concreto; horário e tempo de concretagem; interrupções nas juntas, encontros de pilares, paredes com vigas ou lajes. Quando irá fazer o enchimento de concreto de um edifício, recomenda-se encher primeiramente os pilares até o fundo das vigas e em seguida colocar a ferragem das lajes e vigas, para prosseguir a concretagem. O objetivo de tal prática é facilitar o enchimento dos pilares, já que a ferragem das vigas, em geral, atrapalha o seu perfeito enchimento. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 32 Lançamento do concreto Para as juntas de dilatação e de retração: Para prevenir ou limitar as tensões provenientes de variações nas dimensões do concreto, ou permitir a concretagem de grandes peças, mantendo o concreto impermeável a líquido, usam-se vários tipos de juntas elásticas e de apoio. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 33 Tempo de lançamento do concreto O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre o fim deste e o de lançamento, o intervalo superior a uma hora; Se for utilizada agitação mecânica, esse prazo será contado a partir do fim da agitação. Quando houver necessidade de aumentar esse intervalo, deverá ser utilizado um aditivo retardador de pega e endurecimento. Depois desse prazo, o concreto começa a perder a trabalhabilidade. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 34 Lançamento FIG.: Preenchimento do funil com concreto para lançamento nas áreas distantes do caminhão. Altura da queda A altura da queda livre não poderá ultrapassar 2,0m. Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral, ou por meio de funis ou trombas. Quando a altura da queda for superior a 2,5 m, medidas especiais* deverão ser tomadas, para evitar a segregação. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 35 Lançamento do concreto Juntas de concretagem não previstas no projeto estrutural devem ser previamente aprovadas pelo responsável técnico pela obra. Se, por algum motivo, a concretagem tiver que ser interrompida, deve-se planejar o local onde ocorrerá a interrupção da mesma. O concreto novo possui pouca aderência ao já endurecido. Para que haja uma perfeita aderência entre a superfície já concretada (concreto endurecido) e aquela a ser concretada, cuja ligação chama- se de junta de concretagem, deve-se observar alguns procedimentos: deve-se remover toda a nata de cimento (parte vitrificada), por jateamento de abrasivo ou por apicoamento, com posterior lavagem, de modo a deixar aparente a brita/ agregado graúdo, para que haja uma melhor aderência com o concreto a ser lançado; é necessária a interposição de uma camada de argamassa com as mesmas características da que compõe o concreto; as juntas de concretagem devem garantir a resistência aos esforços que podem agir na superfície da junta; Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 36 Outras observações no lançamento do concreto Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 37 Outras Observações na concretagem: Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 38 Lançamento do concreto Concreto submerso Quando o lançamento for submerso, o estudo de dosagem deve prever um concreto auto-adensável, coeso e plástico. Na falta de um estudo de dosagem que garanta essas características, deve-se preparar o concreto com consumo mínimo de cimento Portland maior ou igual a 400 kg/m³ e consistência plástica, de forma que possa ser levado ao local de lançamento por meio de uma tubulação submersa. A ponta do tubo de lançamento deve ser mantida dentro do concreto já lançado, a fim de evitar agitação prejudicial. Após o lançamento o concreto não deve ser manuseado para adquirir uma forma definitiva específica, devendo-se manter continuidade na concretagem. O lançamento de concreto submerso não deve ser realizado quando a temperatura da água for menor que 5°C, mesmo estando o concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade da água for maior que 2 m/s. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 39 Laje pronta para concretagem ? Observar Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 40 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz BrandãoESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 41 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz BrandãoESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 42 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Posicionamento de talisca na laje Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Taliscas com base e haste de PVC e corpo metálico Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Posicionamento de gabaritos metálicos para rebaixo de lajes e gabaritos de madeira para locação das instalações Marcação da alavenaria Conduite Gabaritos para locação de furos Espaçadores Talisca Gabarito de rebaixo da laje Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO concretagem com concreto usinadotecnologia de construção Lançamento de concreto em laje por meio de grua Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 47 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 48 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 49 Adensamento Para obtenção de concreto compacto com o mínimo de vazios, após a colocação do concreto nas formas, há necessidade de compactá-lo através de processos manuais ou mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitam o arranjo interno dos agregados, melhoram o contato do concreto com as formas e as ferragens. Dois tipos de adensamento: manual e mecânico a) Adensamento manual É executado em concreto plástico. A espessura máxima a ser compactada é de 20cm e essa compactação só deve cessar quando aparece na superfície do concreto uma camada lisa de cimento e elementos finos do concreto. É um processo usado apenas em obras menor tamanho ou onde há falta, temporária ou parcial, de energia. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 50 b) Adensamento mecânico No uso de vibradores de imersão, eles devem ser introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada, para não prejudicar o seu funcionamento, mas nunca com inclinação maior que 45° em relação à vertical. •A duração de vibração depende da plasticidade do concreto, garantindo uma boa mistura de agregados, mas deve-se evitar uma duração longa demais, que pode provocar uma desagregação do concreto. As camadas de concreto devem ter altura inferior ao comprimento do vibrador; A imersão da ponta deve ser rápida e sua retirada muito lenta, ambas com o aparelho em funcionamento; a retirada rápida pode deixar um vazio. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz BrandãoESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 51 Adensamento Mecânico b Onde há energia, a compactação mecânica, por sua maior eficiência, é a preferível. O adensamento mecânico é feito com soquetes apropriados, em geral movidos a ar comprimido, utilizados principalmente nas fôrmas, aplicando- se 100 a 150 golpes por minuto, ou sobre o próprio concreto. Esse processo deve ser feito contínuo e perfeitamente, cuidando para que o concreto preencha todos os recantos da fôrma para não formar ninhos e evitar segregações dos agregados. Evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção Prof. Dr. Douglas Queiroz BrandãoESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 52 Adensamento O operador do vibrador deve cuidar para que a massa de concreto penetre em cada canto ou reentrância da forma e envolva completamente as barras da armadura, como também somente ele sabe qual a duração do adensamento. Esta é uma tarefa de grande responsabilidade e deve ser sempre controlada e instruída pelo mestre. Não ser deve vibrar a armadura, para não deixar um vazio ao seu redor e eliminar a aderência. Se isto ocorrer, deve-se dar uma passada final do vibrador no concreto, evitando qualquer contato com a armadura. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 53 Adensamento mecânico O vibrador nunca deve ser utilizado para “transportar” ou “empurrar” o concreto. Nas colunas e paredes recomenda-se usar um vibrador de parede, já nas lajes e pisos até 8cm de espessura, o vibrador de imersão tem pouca eficiência e deve neste caso, ser usada uma régua vibratória. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 54 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO concretagem com concreto usinadotecnologia de construção Adensamento do concreto de pilar com auxílio de vibrador de agulha de imersão Vibrador de agulha Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 56 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 57 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 58 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 59 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 60 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 61 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 62 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 63 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 64 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 65 Nivelamento e acabamento Após o nivelamento é feito o sarrafeamento do concreto em lajes e vigas para garantir o nivelamento da superfície. Iniciada a pega do concreto, deve ser iniciado o processo de acabamento nas lajes. O equipamento empregado para o acabamento superficial dependerá da textura esperada. Laje nível zero Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 66 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO concretagem com concreto usinadotecnologia de construção Sarrafeamento de concreto em lajes Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO concretagem com concreto usinadotecnologia de construção Detalhe de acabamento do concreto junto a gabaritos metálicos para rebaixo da laje Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Execução de mestras de concreto com verificação do nivelamento Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Sarrafeamento do concreto entre mestras Prof. Douglas Brandão SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. ESTRUT. DE CONCRETO ARMADO execução de lajes acabadastecnologia de construção Alisamento da superfície de concreto com rodo-float Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 72 Cura É um conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação da água utilizada na mistura do concreto e que deverá reagir com cimento, hidratando-o. As várias qualidades desejáveis num bom concreto, como: resistência mecânica à ruptura e ao desgaste, impermeabilidade e resistência ao ataque de agentes agressivos, são extremamente favorecidas e até mesmo somente conseguidas através de uma boa cura. O concreto é muito sensível à ação do sol e do vento que, provocando a evaporação da água da mistura, impossibilita a plena hidratação do cimento, além de promover um forte aumento no fenômeno da retração, responsável pelo aparecimento de fissuras e trincas, o que torna o concreto menos resistente e mais suscetível ao ataque de agentes agressivos. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 73 Cura Quanto mais perfeita e mais demorada for a cura do concreto, tanto melhores serão as suas características. O período mínimo de cura deve ser, em média, de 7 a 10 dias, quando se constrói com cimento Portland; quando a temperatura se aproxima de 0°C (zero graus centígrados), este período deve ser duplicado e os dias em que a temperatura descer abaixo de zero, não se concretam nesse intervalo de tempo. Será preciso providenciar uma cura adequada, que deverá ser tão mais perfeita e demorada quanto mais severas forem as condições climáticas. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 74 Detalhes Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 75 Cura Temperatura de cura As temperaturas favoráveis a uma boa cura situam-se no intervalo de 15 a 35° C, no qual se situam também as temperaturas usuais na maioria das obras. Métodos de cura a- Irrigação ou aspersão de água: um dos métodos mais simples de proteção do concreto fresco, é a utilização contínua de irrigação da superfície exposta ou a aspersão de água em intervalos frequentes. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 76 Cura b-Submersão: é sem dúvida, o método ideal de cura, só que sua aplicação é restrita e em geral nada prática. Pode ser empregado com sucesso em lajes, pisos e pavimentos em que há grande superfície exposta e quando não há necessidade da utilização da superfície nos primeiros dias. c – Recobrimento: muito utilizada em obras é a proteção do concreto com recobrimento, para evitar a ação direta do sol e do vento. Esse recobrimento deve ser realizado, mantendo a umidade; Pode utilizar-se, para tal fim, sacos de cimento, tábuas, etc; Embora evite a ação direta do sol e do vento, não impede a evaporação, por absorção, da umidade do concreto pelo ar ambiente, sendo um método muito falho. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 77 Cura d - Recobrimento com plásticos e semelhantes: pode-se utilizar o recobrimento ou envolvimento das peças com plásticos ou papéis impermeáveis, que devem ser vedados e presos nas extremidades, para evitar a passagem de corrente de ar, que favorece a secagem rápida. Ex. uso de manta Bidin => Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 78 Cura e - Conservação das formas: apenas aplicável em peças nas quais as fôrmas protegem a maior parte da superfície, tais como pilares e, em geral, vigas. Ainda assim, tratando-se de fôrmas de madeira ou equivalentes, deve-se tomar precauções de molhá-las em intervalos frequentes, para impedir a evaporação através da madeira. Sendo os moldes metálicos, não há evaporação através deles. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 79 Cura f - Impermeabilização por pinturas: há inúmeras tintas, resinas e produtos asfálticos ou derivados de alcatrão que se prestam a pintura de concretos. Estas têm, em geral, caráter permanente, ou pelo menos não se restringem ao período inicial de cura propriamente dita. g - Aplicação de cloreto de cálcio: a aplicação superficial do cloreto de cálcio, na proporção 800g a 1Kg por m², provoca a absorção de água do ambiente, mantendo úmida a superfície. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 80 Cura h - Membrana de cura: as membranas de cura mantém a impermeabilidade superficial do concreto por um certo período de tempo, em geral 3 a 4 semanas, evitando, assim, a rápida secagem do concreto, através de um filme impermeável que dura aproximadamente esse tempo. Esse processo é de interesse especial quando os concretos são confeccionados com cimentos pozolânicos ou de escórias. As substâncias que permitem obter membranas de cura são emulsão aquosas ou soluções de produtos resinosos ou parafínicos. A cor é clara, para não absorver a radiação solar. O melhor instante para a aplicação da membrana de cura é aquele em que desaparece a água livre da superfície, isto é quando desaparece o brilho característico da água livre. Após três ou quatro semanas, se desintegram e são facilmente removíveis ou argamassa a ser aplicada posteriormente. Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 81 Cura Química Polímeros à base de água Rapidez na secagem Maior custo maior produtividade Menos mão de obra Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 82 CONTROLE DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 83 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 84 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 85 Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 86 Corrosão da armadura devido à carbonatação: falta de proteção Trincas, rachaduras e fissuras: diversas causas Patologias do Concreto armado Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim Sistemas, Tecnologias e Processos de Construção ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO Concretagem 87 Vídeo complementar: Execução de concretagem. Senai/Sinduscon/MG: https://youtu.be/FB9OXWdN7tQ Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão Prof.ª Dra. Adriana Eloá Bento Amorim
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