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TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO “A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à geração, sistematização e disseminação do conhecimento, para formar profissionais empreendedores que promovam a transformação e o desenvolvimento social, econômico e cultural da comunidade em que está inserida. Missão da Faculdade Católica Paulista Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo. www.uca.edu.br Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO SUMÁRIO AULA 01 AULA 02 AULA 03 AULA 04 AULA 05 AULA 06 AULA 07 AULA 08 AULA 09 AULA 10 AULA 11 AULA 12 AULA 13 AULA 14 AULA 15 AULA 16 INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CONTRATOS DE OBRAS PRIVADAS CONTRATO DE OBRAS PÚBLICAS ETAPAS DE OBRA DEMOLIÇÃO, LIMPEZA DO TERRENO, LOCAÇÃO DA OBRAS E INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA FUNDAÇÃO ESTRUTURA - FORMAS E ARMADURAS ESTRUTURA - CONCRETAGEM ALVENARIA COBERTURA INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ÁGUA E ESGOTO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS MARCENARIA, SERRALHERIA E ESQUADRIAS REVESTIMENTOS PINTURA E IMPERMEABILIZAÇÃO PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES 05 10 13 22 26 32 38 42 49 59 65 68 72 77 85 90 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4 INTRODUÇÃO A construção civil está sempre se renovando. E são nas renovações que novas técnicas construtivas são criadas ou aprimoradas. Neste livro serão vistos conceitos fundamentais na execução de projetos na construção civil. Os capítulos 1, 2 e 3 tratam das necessidades antes da execução de obra, bem como dos contratos existentes nesse meio. A partir do capítulo 4 são descritas as etapas de obra, com destaque para: demolição, limpeza de terreno, locação de obra, instalação de canteiro de obra, execução de fundação, estruturas (formas, armaduras e concretagem), execução de alvenaria, cobertura, instalações hidráulicas e elétricas, serviços de marcenaria e serralheria, revestimentos, pintura e impermeabilização. No último capítulo são abordadas as patologias em edificações, demonstrando a forma como podem ser evitadas durante a execução da obra. De modo geral, esse livro lhe mostrará as boas práticas dentro da engenharia. Desfrute a leitura!! TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5 AULA 1 INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO A indústria da construção civil movimenta a economia do país e é constituída de atividades que visam a realização de obras civis (as obras militares não são da alçada do engenheiro civil), atendendo demandas de moradia, trabalho e desenvolvimento da região em que está sendo executada, de modo a utilizar todos os recursos possíveis, humanos e tecnológicos. As obras, portanto, podem ser: edificações, obras viárias, hidráulicas, industriais, de urbanização, de minas, de contenção, contemplando as mais variadas possibilidades de execução. Tipos de Construções Dentre os tipos existentes de construção quatro são os mais citadas. Construção Artesanal: utiliza-se métodos empíricos (práticos, intuitivos, com base em experiência). É comum em edificações rurais. Construção Tradicional: utiliza-se métodos já normalizados. É comum em áreas urbanas. Construção Tradicional Racionalizada: utiliza-se métodos normalizados com padronizações e processos mais bem definidos. Construção Industrializada: estágio mais avançado em que os processos são bem definidos e muitos componentes são pré-fabricados. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6 Figura 1 - Construção industrializada em SteelFrame Fonte: https://www.aecweb.com.br/cont/a/construcao-industrializada-rapidez-para-eliminar-o-deficit-habitacional_3356 Sistema Construtivo O sistema construtivo de um empreendimento constitui o processo de execução da obra, ou seja, a forma como a obra será executada, mediante a definição dos materiais, equipamento e modo de execução. Atualmente diversos são os métodos construtivos empregados na construção civil: • Estrutura de concreto armado convencional • Estruturas metálicas: steelframe • Alvenaria estrutural • Drywall • Placas de concreto https://www.aecweb.com.br/cont/a/construcao-industrializada-rapidez-para-eliminar-o-deficit-habitacional_3356 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7 Figura 2 - Sistema construtivo em Drywall Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/projeto-com-drywall-pode-ter-diferentes-condicoes-de-resistencia-ao-fogo/18027 Processo Construtivo O processo construtivo constitui os procedimentos que serão executados em um canteiro de obras, ou seja, a forma como o sistema construtivo será executado. Todo sistema construtivo possui uma normativa (NBR) que direciona o processo construtivo. Técnica Construtiva A técnica construtiva constitui as ações que possibilitarão o andamento dos processos construtivos que deverão ser alinhados com as condições do canteiro de obra. Fases de um Empreendimento O empreendimento, independente de qual for, passa por diversas fases desde o projeto até a entrega final. As principais fases constituintes são: planejamento, execução ou produção e funcionamento (BASTOS, 2019). https://www.aecweb.com.br/revista/materias/projeto-com-drywall-pode-ter-diferentes-condicoes-de-resistencia-ao-fogo/18027 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8 Planejamento Nessa fase são determinados os objetivos da obra sua utilização futura, a viabilidade de implantação de algumas técnicas construtivas e dos sistemas construtivos. É nessa fase, ainda, que são elaborados os pré-projetos, o projeto básico e o projeto definitivo. O Pré-projeto contempla todas as características que devem estar contidas na obra. O Projeto Básico contempla as análises de alternativas para o projeto, os métodos construtivos adotados e a estimativa de orçamento. O Projeto Definitivo contempla o detalhamento do projeto básico, com a definição das plantas, corte, fachada, projeto estruturais, hidráulicos, elétricos, de gás, dentre outros. Execução ou Produção Nessa fase são definidas as datas para início e conclusão de alguma ação é traçado o plano financeiro, plano de compra, definido o cronograma físico-financeiro, definido o layout do canteiro de obra, feito o detalhamento dos processos construtivos e ocorre a execução da obra. Funcionamento Nessa etapa, a obra está em processo de finalização para obtenção do produto final pronto, com liberação de manuais, obtenção de Habite-se e de toda a documentação necessária para sua utilização. Tipos de Obras As obras, de modo geral, podem ser públicas ou privadas. Obras Públicas “É toda realização material da área de Engenharia e Arquitetura a cargo das administrações municipal, estadual ou federal, executada diretamente por seus órgãos ou indiretamente por seus contratados” (BASTOS, 2019, p. 19). Edifícios públicos como sedes de governo, hospitais, ruas, redes de água e esgoto, ETAs, ETEs, podem ser exemplificados. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9 Para a realização de obras públicas deve ocorrer um processo de licitação com base na Lei das Licitações (Lei Federal nº 8666 de 1993). Obras Privadas Obras realizadas com capital próprio da pessoa ou da empresa, sem vínculo com o Poder Público. De modo geral, essas obras são acordadas por meio de contratos particulares fixando valores, serviços, prazos e garantias. Essescontratos podem, ou não, tornarem-se públicos. Isto está na rede “O planejamento de obras deve seguir todas as etapas de um projeto, e a construção industrializada é muito ligada a este quesito. Porque realiza uma série de processos em um ambiente fabril para pós aplicação no canteiro.” O artigo apresenta conceitos importantes voltados para a construção industrializada. Desfrute a leitura!! https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/construcao-industrializada/ https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/construcao-industrializada/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 10 AULA 2 CONTRATOS DE OBRAS PRIVADAS “Contrato de construção é todo ajuste para execução de obra certa e determinada, sob direção e responsabilidade de um construtor, pessoa física ou jurídica legalmente habilitada para construir, que se incumbe dos trabalhos especificados no projeto, mediante condições combinadas com o proprietário” (BASTOS, 2019, p. 20). No contrato deve conter informações como: • Objeto (obra a ser executada). • Executor (responsável pela obra, pessoa física ou jurídica). • Responsável técnico pela obra (que deve estar vinculado a algum conselho de classe, CREA ou CAU). • Beneficiário (proprietário ou usuário). • Projeto aprovado (com todas as plantas e especificações de execução). • Condições particulares (prazos, cronogramas). • Preço com formas de pagamento. Dentro do contrato as especificações constituem um conjunto de informações de ordem técnica que visam auxiliar a leitura de projeto e a execução. As especificações devem ser formalizadas em documento escrito contendo todas as informações pertinentes à obra. Modalidades de Contrato Os contratos privados, mesmo que de caráter público, podem ser divididos em dois tipos: empreitada ou administração. Contrato por Empreitada O empreiteiro (CONSTRUTOR - pessoa física ou jurídica legalmente habilitada), com autonomia na condução dos trabalhos, calcula e assume todos os encargos econômicos do empreendimento, oferecendo TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11 ao contratante um produto de preço fixo (reajustável, em regimes inflacionários). Pode ser contratado somente pela mão-de-obra (BASTOS, 2019, p. 21). O contratante paga um preço fixo unitário ou global, previamente combinado entre as partes para receber a obra pronta de acordo com as condições do contrato. Dentre as formas de pagamento existem algumas possibilidades como: • Preço global. • Preço unitário (pagamento de acordo com o que foi executado). • Séries: preço por parte da obra (estrutura, hidráulico, elétrico). Existe ainda, dentro da empreitada, a possibilidade do construtor subempreitar a obra ou parte dela, contanto que essa possibilidade esteja acordada entre as partes. Contrato por Administração É aquele em que o construtor se encarrega da execução de um projeto (obra) mediante remuneração fixa ou percentual sobre o custo da obra, correndo por conta do proprietário todos os encargos financeiros do empreendimento. O administrador (construtor) é um executor dependente das deliberações do dono da obra no que se refere ao andamento da obra, ressalvada a parte técnica, que é sempre de responsabilidade exclusiva de profissionais habilitados (BASTOS, 2019, p. 22). No contrato por administração não existe um preço fixo determinado, tendo em vista as variações dos custos no mercado. Quadro 1 - Características de contrato Fonte: https://pallottamartins.com.br/2019/12/11/vai-construir-saiba-a-diferenca-entre-o-contrato-de-empreitada-e-o-contrato-de-prestacao-de-servicos/ https://pallottamartins.com.br/2019/12/11/vai-construir-saiba-a-diferenca-entre-o-contrato-de-empreitada-e-o-contrato-de-prestacao-de-servicos/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 12 Quadro 2 - Tipos de contrato Fonte: https://rexperts.com.br/tipos-de-contratos-de-construcao/ https://rexperts.com.br/tipos-de-contratos-de-construcao/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13 AULA 3 CONTRATO DE OBRAS PÚBLICAS Segundo o TCU (2014), a obra pública é considerada toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de bem público. Ela pode ser realizada de forma direta, quando a obra é feita pelo próprio órgão ou entidade da Administração, por seus próprios meios ou de forma indireta, quando a obra é contratada com terceiros por meio de licitação. Neste caso são autorizados diversos regimes de contratação: • Empreitada por preço global: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total. • Empreitada por preço unitário: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas. • Tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. • Empreitada integral: quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias. A obra pública depende de diversas etapas que se iniciam muito antes da licitação. O TCU apresenta as principais etapas constituintes, que serão apresentados no texto a seguir. As etapas a seguir foram retiradas das recomendações apresentadas pelo TCU. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 14 Figura 3 - Fluxograma de procedimentos Fonte: TCU, 2014 Fase Preliminar de Licitação Elas têm o objetivo de identificar necessidades, estimar recursos e escolher a melhor alternativa para o atendimento dos anseios da sociedade local. Passar para as demais fases de uma licitação sem a sinalização positiva da viabilidade do empreendimento pode resultar no desperdício de recursos públicos pela impossibilidade de execução da obra, por sua conclusão ou efetiva utilização. Programa de necessidades Antes de iniciar o empreendimento, o órgão deve levantar suas principais necessidades, definindo o universo de ações e empreendimentos que deverão ser relacionados para estudos de viabilidade. Esse é o programa de necessidades. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 15 Estudos de viabilidade Os estudos de viabilidade objetivam eleger o empreendimento que melhor responda ao programa de necessidades, sob os aspectos técnico, ambiental e socioeconômico. No aspecto técnico devem ser avaliadas as alternativas para a implantação do projeto. Durante esta etapa deve ser promovida a avaliação expedita do custo de cada possível alternativa. Anteprojeto Após a escolha do empreendimento a ser realizado pode ser necessária a elaboração de anteprojeto. O anteprojeto deve ser elaborado no caso de obras de maior porte e consiste na representação técnica da opção aprovada na etapa anterior. Deve apresentar os principais elementos de arquitetura, da estrutura e das instalações em geral do empreendimento, além de determinar o padrão de acabamento e o custo. Fase Interna da Licitação Definido o empreendimento é necessário iniciar os preparativos para a contratação que deve ocorrer, usualmente, por meio de licitação. As etapas preparatórias para a publicação do edital de licitação constituem a fase interna do certame. É nesta fase que se especifica detalhadamente o objeto a ser contratado e se definem os requisitos para o recebimento de propostas dos interessados em contratar com a Administração, observadas regras que possibilitem a máxima competitividade entre os participantes, com o fim de obter a proposta mais vantajosa para a Administração. Projeto básico O projeto básico deve ser elaborado anteriormente à licitação e receber a aprovação formal da autoridade competente. Ele deve abranger toda a obra e possuir os requisitos estabelecidos pela Lei das Licitações. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICAPAULISTA | 16 Projeto executivo Após a elaboração do projeto básico a Administração deve providenciar o projeto executivo que apresentará os elementos necessários à realização do empreendimento com nível máximo de detalhamento de todas as suas etapas. Para a execução desse projeto deve-se ter pleno conhecimento da área em que a obra será executada e de todos os fatores específicos necessários à atividade de execução. Recursos orçamentários É fundamental que o órgão contratante preveja os recursos orçamentários específicos que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados no curso do exercício financeiro, de acordo com cronograma físico-financeiro presente no projeto básico. Edital de licitação O edital de licitação é o documento que contém as determinações e posturas específicas para determinado procedimento licitatório, obedecendo à legislação em vigor. O artigo 40 da Lei nº 8.666/1993 relaciona os elementos e as informações que devem constar deste documento. O edital deve ser elaborado de modo a afastar as empresas sem condições técnicas e financeiras de executar a obra, mas evitar restringir o número de concorrentes. Modalidades de licitação O edital deve definir a modalidade de licitação em conformidade com o que estabelece o artigo 22 da Lei nº 8.666/1993: Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17 Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até vinte e quatro horas da apresentação das propostas. Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias. Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação. A escolha da modalidade de licitação para obras e serviços de engenharia deve ser feita em razão do valor estimado para o empreendimento: • convite: até R$ 150.000,00. • tomada de preços: até R$ 1.500.000,00. • concorrência: acima de R$ 1.500.000,00. Fase Externa de Licitações Esta fase começa com a publicação do edital de licitação e termina com a assinatura do contrato para execução da obra. Publicação do edital Para atender ao princípio da publicidade e com o objetivo de alcançar o maior número de licitantes a Lei das Licitações estabelece a necessidade de publicação de avisos com o resumo dos editais das concorrências, tomadas de preços, concursos e leilões, com antecedência, no local do órgão interessado e, pelo menos por uma vez: • No Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18 • No Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal, quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal. • Em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra. Comissão de licitação A Comissão de Licitação tem como objetivo promover o processo licitatório em todas as suas fases, elaborando, publicando e divulgando o edital de licitação, prestando esclarecimentos aos licitantes, recebendo e analisando as propostas. Recebimento das propostas O inciso 2º do artigo 21 da Lei das Licitações estabelece os prazos mínimos para o recebimento das propostas dos licitantes, os quais se encontram resumidos no quadro a seguir: Quadro 3 - Prazos para recebimentos das propostas Modalidade Tipo ou Regime Prazo Concorrência Quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço. 45 dias Nos demais casos. 30 dias Tomada de preço Quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço. 30 dias Nos demais casos. 15 dias Convite - 5 dias úteis Concurso - 45 dias Leilão - 15 dias Fonte: TCU (2014) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 19 Procedimentos da licitação O artigo 43 da Lei nº 8.666/1993 define a sequência de procedimentos que ocorrem após o recebimento das propostas. Fase Contratual Esta fase começa com a assinatura do contrato e a emissão da ordem de serviço e se encerra com o recebimento da obra. Definição de contrato administrativo Considera-se contrato administrativo todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. Fiscalização Fiscalização é a atividade que deve ser realizada de modo sistemático pelo contratante e seus prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas em todos os seus aspectos. Os fiscais poderão ser servidores do órgão da Administração ou pessoas contratadas para esse fim. A empresa contratada para execução da obra deve facilitar por todos os meios ao seu alcance, a ação da fiscalização, permitir o amplo acesso aos serviços em execução e atender prontamente às solicitações que lhe forem dirigidas. Recebimento da obra Após a execução do contrato a obra será recebida provisoriamente pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, no prazo de até quinze dias da comunicação escrita do contratado de que a obra foi encerrada. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 20 Após o recebimento provisório, o servidor ou comissão designada pela autoridade competente, receberá definitivamente a obra, após o decurso de prazo de observação hábil, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, ficando o contratado obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. Fase Posterior à Contratação Após o recebimento definitivo do empreendimento, inicia-se a fase relativa à sua utilização, onde estão incluídas a sua operação e as intervenções necessárias à manutenção das condições técnicas definidas em projeto, de modo que sua vida útil e, consequentemente, seus benefícios, sejam prolongados o mais possível. Garantia dos serviços A Lei das Licitações estabelece que o recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidadecivil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato. Além disso, esse mesmo normativo legal prevê que o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. Manutenção Iniciada a utilização do empreendimento devem ser realizadas atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de desempenho técnico dos seus componentes e sistemas. A manutenção preventiva consiste nas atividades executadas antes da ocorrência de problema. A corretiva, por sua vez, somente é realizada após o aparecimento de alguma falha. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 21 Isto está na rede A Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. O link para acesso desta Lei encontra-se abaixo. Aumente seu conhecimento!! http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 22 AULA 4 ETAPAS DE OBRA Diversos são os serviços que podem ser executados dentro de uma obra. Serão abordados os principais ao longo da disciplina, como: 1. Serviços Técnicos e Administrativos Preliminares. 2. Demolição, Limpeza do Terreno, Locação de Obra e Instalação do Canteiro de Obra. 3. Fundação. 4. Estrutura: Formas, Armaduras, Concretagem. 5. Alvenaria. 6. Cobertura. 7. Instalações Hidráulicas: Água e Esgoto. 8. Instalações Elétricas. 9. Marcenaria, Serralheria e Esquadrias. 10. Revestimentos. 11. Pintura e Impermeabilização. 12. Patologias em Edificações. Serviços Técnicos e Administrativos Preliminares Constituem a escolha do local a ser implantada a obra, a análise do uso do solo de acordo com o Código de Obras da Cidade e o Código de Postura. Após a escolha é feita a aquisição do terreno, a regularização do imóvel, caso necessário, e o registro no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca. A fase inicial da obra se dá com a locação da área, com auxílio de serviço de topografia, de modo a verificar a necessidade de movimentos de terra. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 23 Figura 4 - Desenho de perfis de terreno por meio de topografia Fonte: Bastos (2019) Para conhecimento preliminar do local, furos de sondagem são feitos para possibilitar a execução do projeto de fundação da obra. Esses furos podem ser por meio de abertura de vala, sondagem simples ou SPT. Após o prévio conhecimento procede-se ao projeto (arquitetônico, estrutural, hidráulico, elétrico, de iluminação…) e à legalização junto aos órgãos competentes para o início das obras. A figura a seguir apresenta o passo a passo de um projeto. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 24 Figura 5 - Processo de execução de obra Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 25 Figura 6 - Processo de execução de sondagem Fonte: https://www.h3d.com.br/ Isto está na rede A sondagem SPT é um dos principais ensaios para definição de características de resistência de um solo. O link abaixo apresenta a execução desse ensaio de forma detalhada. https://www.youtube.com/watch?v=zU2soDkSk_k&ab_channel=EngPresleyAndrade https://www.h3d.com.br/ https://www.youtube.com/watch?v=zU2soDkSk_k&ab_channel=EngPresleyAndrade TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 26 AULA 5 DEMOLIÇÃO, LIMPEZA DO TERRENO, LOCAÇÃO DA OBRAS E INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA Demolição Em caso de construções antigas no terreno (fundações, muros divisórios, redes de abastecimento de água e energia elétrica, redes de esgoto) existe a necessidade de demolição. Algumas recomendações devem ser observadas: • Regularização da demolição na prefeitura. • Cuidados para evitar danos a terceiros: realização de vistorias nas edificações vizinhas antes de iniciar a demolição. • Verificação da possibilidade de reaproveitamento dos materiais que saírem da demolição. Figura 7 - Demolição de imóvel antigo Fonte: https://www.cronoshare.com.br/blog/quanto-custa-demolicao-imovel-residencial-precos/ https://www.cronoshare.com.br/blog/quanto-custa-demolicao-imovel-residencial-precos/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 27 Limpeza do Terreno A limpeza do terreno constitui as atividades de capinação, remoção de solo ruim ou rochas, remoção de todo material que não seja de interesse da construção. Ainda abrange cortes de árvores (necessitando para isso uma licença ambiental). Locação da Obra A locação da obra consiste em marcar no terreno a exata posição da edificação, transportando as dimensões desenhadas no projeto arquitetônico em escala reduzida para a escala natural. São marcadas as paredes, fundações, pilares, a partir das plantas apresentadas no projeto. O procedimento básico para locação de obra é, segundo (BASTOS, 2019): • Construir uma “tabeira” (cerca de tábuas em torno da posição da obra no terreno) com o auxílio de um carpinteiro. • Ferramentas e equipamentos: nível de mangueira, nível de mão, teodolito, trena, esquadro, metro, martelo. • Usar pincel ou caneta para escrever informações na tabeira correspondentes à identificação e posição dos pilares. Figura 8 - Construção de tabeira para locação de obras Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 28 Figura 9 - Construção de tabeira em terreno plano Fonte: Bastos (2019) Figura 10 - Localização do eixo do pilar no terreno com auxílio de prumo de centro Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 29 Figura 11 - Locação de obra com tabeira Fonte: http://lccampostopografia.com.br/servicos-que-executamos/locacao-de-obras/ Instalação do Canteiro de Obra A instalação do canteiro é precedida da definição do layout do canteiro, ou seja, arranjo físico de homens, máquinas e equipamentos no espaço disponível do canteiro de obras. A Norma Regulamentadora nº 18 do MTE (Ministério do Trabalho e do Emprego) define algumas diretrizes para implantação do canteiro de obras. As principais instalações no canteiro de obras constituem: tapumes, barracões (container), equipamentos de transporte, oficinas de armação e formas, central de concreto, depósito de agregados, ligações provisórias, refeitório e banheiros. http://lccampostopografia.com.br/servicos-que-executamos/locacao-de-obras/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 30 Figura 12 - Layout de canteiro de obra Fonte: Bastos (2019) Quadro 4 - Máquinas, equipamentos e ferramentas para a construção de edifícios Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 31 Isto está na rede O processo de locação da obra é de fundamental importância para garantir a construção civil. Os vídeos a seguir apresentam como essa locação é feita em campo. Aproveitem! h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = b S N G E N y P i I I & a b _ channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = J v a - r X x U e T 4 & a b _ channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es https://www.youtube.com/watch?v=bSNGENyPiII&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es https://www.youtube.com/watch?v=bSNGENyPiII&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5eshttps://www.youtube.com/watch?v=Jva-rXxUeT4&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es https://www.youtube.com/watch?v=Jva-rXxUeT4&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 32 AULA 6 FUNDAÇÃO A fundação pode ser definida como a parte inferior da estrutura de um edifício que suporta e transmite cargas ao terreno, podendo ser dividida em: Fundações Rasas: sapatas, radier, viga baldrame, bloco de fundação. São fundações apoiadas em camadas mais superficiais. Fundações Profundas: estacas, tubulões e caixões perdidos. São fundações apoiadas em camadas mais profundas. Sapatas Constituem uma espécie de base de concreto armado. O terreno é escavado para concretar essa base que tem a função de transmitir ao maciço uma tensão inferior à tensão atuante na seção transversal do pilar. • Existem sapatas isoladas, corridas e associadas. • As sapatas mais comuns têm área de 3 a 10 m2. • As sapatas de pilares de divisa são excêntricas, o que exige a inclusão de uma viga alavanca vinculada a um pilar central próximo, para se obter o equilíbrio. Figura 13 - Sapatas isoladas em obra Fonte: https://blog.tocaobra.com.br/tipos-de-sapatas/ https://blog.tocaobra.com.br/tipos-de-sapatas/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 33 Radier Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede a metade da área a ser edificada, geralmente é mais econômico reunir as sapatas num só elemento de fundação que toma o nome de radier. É uma sapata associada, tipo laje armada, onde descarregam todos os pilares ou outras cargas. Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a espessura da camada do solo é relativamente profunda. Figura 14 - Radier Fonte: https://br.pinterest.com/pin/683984262127651589/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s Vigas Baldrames Trata-se de fundação corrida em concreto simples ou pedra argamassada indicada para pequenas cargas, distribuídas linearmente sobre terreno superficial de médio a bom (tensão admissível acima de 0,2 MPa). Blocos de fundações Elemento em concreto sem necessidade de armadura de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto. https://br.pinterest.com/pin/683984262127651589/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 34 Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou retangular. Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor significativo (soluções não resolvidas por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 MPa. Fundações por Tubulões Tubulão a céu aberto O tubulão a céu aberto pode ser escavado manualmente utilizando um sarilho, ou mecanicamente, com um trado, restando apenas o alargamento da base como operação manual. Geralmente é escavado sem revestimento por isso é indicado ao caso de solo coesivo, para que não ocorra desmoronamento durante a sua escavação. O diâmetro mínimo do fuste é de 0,70 m para escavação manual e até 0,50 m para escavação mecânica. A profundidade máxima é limitada pelo NA. Pela simplicidade de execução, menor custo e adequabilidade ao perfil do subsolo, a fundação por tubulões a céu aberto é a mais empregada nos edifícios residenciais do interior de São Paulo (CINTRA et al., 2003). Figura 15 - Tubulão a céu aberto Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-tubuloes/ https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-tubuloes/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 35 Tubulão pneumático Com utilização de ar comprimido a escavação abaixo do N.A. é feita manualmente e a seco, em até 30 m de profundidade. O fuste tem revestimento metálico ou de concreto moldado in loco. Na superfície o fuste é coberto por uma campânula que abriga o sarilho. A campânula é provida de dois cachimbos: uma para saída do solo escavado e outro para a concretagem. As condições de trabalho sob ar comprimido são difíceis. Quanto maior a pressão, menor o período de trabalho de cada operário. Para iniciar um novo período o operário deve passar por uma pressurização lenta, na campânula, até equilibrar com a pressão do fuste. No término, a despressurização é que deve ser lenta. Descuidos nessas etapas podem provocar embolia. Fundações por Estacas As estacas geralmente são empregadas em grupo por pilar, exigindo a concretagem de um bloco de capeamento que faz a transição do pilar para o grupo de estacas. Três grandes famílias de estacas podem ser caracterizadas: as cravadas, as escavadas e as estacas de outros tipos que não se enquadram nas cravadas nem nas escavadas. Estacas Cravadas Podem ser de concreto, aço ou madeira. São pré-fabricadas em diferentes bitolas e transportadas para o canteiro de obras onde são cravadas por um equipamento denominado bate-estacas. Através de um martelo, caindo de uma altura fixa, aplicam-se golpes na cabeça da estaca para a sua cravação no terreno. O peso do martelo deve ser pelo menos igual ao peso da estaca e a altura de queda tal que não resulte uma energia excessiva, o que causaria a quebra da estaca. A cabeça da estaca é protegida por um capacete para amortecer o impacto do martelo na estaca. Na sua parte superior é colocada madeira dura (cepo) e na parte inferior madeira mole (coxim). A estaca é cravada até atingir a néga, que normalmente é especificada de 10 a 20 mm para 10 golpes para uma determinada energia de cravação (altura de queda vezes o peso do martelo). Caso a néga resulte superior ao valor especificado, deve-se prosseguir a cravação. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 36 Estacas Escavadas São aquelas que envolvem um processo de perfuração do terreno, com consequente retirada do solo, e posterior concretagem in loco. Não há vibração ou ruído durante sua execução. Ao término da perfuração faz-se a introdução da armadura, quando necessária, cobrindo o trecho superior da estaca solicitado à flexão. São diversos os tipos existentes: estaca tipo broca, escavada a seco, Strauss, estacão, barrete. Estacas Especiais Nesse grupo, temos as estacas que não podem ser consideradas como cravadas nem como escavadas. Alguns exemplos são: estacas apiloadas, Franki, Raiz, Hélice Contínua, Ômega, Mega. Figura 16 - Execução de estaca Fonte: https://blog.apl.eng.br/conheca-aqui-os-principais-tipos-de-estacas-para-fundacoes/ https://blog.apl.eng.br/conheca-aqui-os-principais-tipos-de-estacas-para-fundacoes/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 37 Isto está na rede As fundações podem ser dos mais variados tipos. Os vídeos abaixo apresentam diversos métodos de execução de fundações, aproveitem!! • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = Z p M 9 c v o j Q W c & a b _ channel=SCACSolu%C3%A7%C3%B5esemEstruturaseEngenharia • https://www.youtube.com/watch?v=EK92ovQmPWo&ab_channel=MatheusSilva • https://www.youtube.com/watch?v=JY0jqufqZ_I&ab_channel=zeferinoBaptistaNino • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = R r L a o b S 4 z b w & a b _ channel=Dimens%C3%A3oProjetos • https://www.youtube.com/watch?v=UmYyBHyf5rw&ab_channel=TrisulIncorporadora • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 5 P X 8 u N - v K - Y & a b _ channel=D%C3%A9boraMedeiros • https://www.youtube.com/watch?v=gnshv2ASjCs&ab_channel=LeonardoPalombo • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = C O T r X L K U r s Q & a b _ channel=RAConstru%C3%A7%C3%A3o https://www.youtube.com/watch?v=ZpM9cvojQWc&ab_channel=SCACSolu%C3%A7%C3%B5esemEstruturaseEngenharia https://www.youtube.com/watch?v=ZpM9cvojQWc&ab_channel=SCACSolu%C3%A7%C3%B5esemEstruturaseEngenhariahttps://www.youtube.com/watch?v=EK92ovQmPWo&ab_channel=MatheusSilva https://www.youtube.com/watch?v=JY0jqufqZ_I&ab_channel=zeferinoBaptistaNino https://www.youtube.com/watch?v=RrLaobS4zbw&ab_channel=Dimens%C3%A3oProjetos https://www.youtube.com/watch?v=RrLaobS4zbw&ab_channel=Dimens%C3%A3oProjetos https://www.youtube.com/watch?v=UmYyBHyf5rw&ab_channel=TrisulIncorporadora https://www.youtube.com/watch?v=5PX8uN-vK-Y&ab_channel=D%C3%A9boraMedeiros https://www.youtube.com/watch?v=5PX8uN-vK-Y&ab_channel=D%C3%A9boraMedeiros https://www.youtube.com/watch?v=gnshv2ASjCs&ab_channel=LeonardoPalombo https://www.youtube.com/watch?v=COTrXLKUrsQ&ab_channel=RAConstru%C3%A7%C3%A3o https://www.youtube.com/watch?v=COTrXLKUrsQ&ab_channel=RAConstru%C3%A7%C3%A3o TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 38 AULA 7 ESTRUTURA - FORMAS E ARMADURAS A estrutura pode ser considerada a parte superior da estrutura de um edifício que suporta as cargas dos diversos pavimentos e as transmite à infraestrutura. É regida pelas Normas: • NBR 6118/2014: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. • NBR 12655/2015: Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. • NBR 15696/2009: Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto – Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. A execução da estrutura abrange serviços como: • Formas e escoramentos: confecção e montagem. • Redes embutidas (água, esgoto, energia elétrica, telefone): instalação. • Armadura: corte, dobra, montagem e colocação. • Concreto: preparo, aplicação, cura, controle tecnológico. • Retirada e limpeza das formas. • Conserto de falhas e chapisco da estrutura. Formas Considera-se um consumo de 12 m² de madeira por m³ de concreto, em média. É definida pela NBR 15696/2009: Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto – Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 39 Projeto de Formas Umas das formas de se trabalhar, a mais ideal, é juntamente com o projeto estrutural, existir um projeto de formas, como mostrado na figura a seguir. Esse projeto é apresentado aos carpinteiros para execução prévia à concretagem. Figura 17 - Projeto de Formas Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-edificios/execucao-de-formas Requisitos para Fôrmas Alguns requisitos são fundamentais de modo a possibilitar resistência suficiente para a não deformação sob ação de cargas - peso próprio, peso e pressão do concreto fresco, peso das armaduras, cargas acidentais. A estanqueidade deve ser garantida não permitindo vazamento de argamassa ou pasta. A montagem do sistema deve garantir a fácil desforma, com o reaproveitamento máximo dos materiais (painéis de madeira, gastalhos e pregos). https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-edificios/execucao-de-formas TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 40 A limpeza interna da forma e a molhagem devem ser feitas antes da concretagem. Para facilitar a desforma, deve-se aplicar produto desmoldante. Para pilares altos, acima de 3,0 metros, deve haver janelas intermediárias para lançamento do concreto. Observação quanto às Formas Chapas de madeira compensada são mais usadas, em lugar de tábuas. Apresenta como principais vantagens o maior reaproveitamento, a fácil desforma, o menor número de juntas, menor consumo de pregos e maior produtividade da mão de obra. As chapas de acabamento plastificado são indicadas para concreto aparente e edifícios altos (maior reaproveitamento). O escoramento metálico, nesse contexto possibilita maior produtividade nos serviços, com reaproveitamento total, sem desperdício. As peças são de fácil manuseio, proporcionando rapidez na montagem e desmontagem, com regulagem para o nivelamento preciso dos fundos de vigas e do fundo da laje. Armaduras Estima-se um consumo de 80 kg por m³ de concreto (em média). De modo geral, a sequência de trabalho constitui: Retificação ou alinhamento: consiste em tornar as barras retas, antes do corte. Corte: feito de acordo com as plantas de projeto estrutural, com o auxílio de serra manual, tesoura ou máquina de corte. Dobra: feita manualmente com o auxílio de pinos fixados em bancada de madeira ou máquina automática. Emendas: por trespasse (mais comum), por solda ou por luvas. Montagem: consiste na colocação da armadura nas formas, de modo a permanecerem na posição correta durante a concretagem, garantindo o cobrimento mínimo prescrito - são usados espaçadores de plástico para essa finalidade. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 41 Figura 18 - Armadura em peças de concreto armado Fonte: https://www.ufrgs.br/eso/content/?tag=formas Isto está na rede A correta execução das fôrmas e do posicionamento das armaduras garante uma boa concretagem. Os vídeos abaixo apresentam como essas execuções são feitas! • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = r H L Y g g e Z 9 L A & a b _ channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil • https://www.youtube.com/watch?v=7x0XDi9fFI8&ab_channel=DicasdoMarreta • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = W Q J q i 5 C p a B s & a b _ channel=EngenharianaPr%C3%A1tica • https://www.youtube.com/watch?v=kQ1I1TU8acM&ab_channel=Jos%C3%A9Correia https://www.ufrgs.br/eso/content/?tag=formas https://www.youtube.com/watch?v=rHLYggeZ9LA&ab_channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=rHLYggeZ9LA&ab_channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=7x0XDi9fFI8&ab_channel=DicasdoMarreta https://www.youtube.com/watch?v=WQJqi5CpaBs&ab_channel=EngenharianaPr%C3%A1tica https://www.youtube.com/watch?v=WQJqi5CpaBs&ab_channel=EngenharianaPr%C3%A1tica https://www.youtube.com/watch?v=kQ1I1TU8acM&ab_channel=Jos%C3%A9Correia TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 42 AULA 8 ESTRUTURA - CONCRETAGEM A execução da concretagem precede algumas sequências como: • Nivelamento das fôrmas da laje. • Vedação das juntas das formas, se necessário. • Umedecimento das formas. • Preparação dos caminhos (tábuas) sobre a laje para transporte de concreto por carrinho ou caçamba para não haver deslocamento de armaduras e danos na tubulação de eletricidade. • Montagem de tubulação para bombeamento do concreto, quando for o caso. • Posicionamento das “mestras” ou “galgas” de controle da espessura das lajes. • Lançamento do concreto, com adensamento e “desempeno” (regularização da superfície, com o concreto ainda fresco, tornando-a bem acabada e plana). Alguns cuidados devem ser tomados, como: • Atenção para o posicionamento de aberturas nas lajes para alçapões e passagem de tubos e para o posicionamento de peças para elevadores. • Observação do cobrimento das barras. • Posicionamento de gabaritos (tacos de madeira) para os pilares que seguem. • Recolhimento de corpos-de-prova para controle tecnológico do concreto. • Redução da seção de pilares e “esperas” (pontas de emenda da armadura dos pilares). • Cura: manter o concreto endurecido úmido por 7 dias, no mínimo, para hidratação do cimento e obtenção da resistência de projeto. • Retirada das formas: faces laterais: 3 dias, faces inferiores, com escoramento remanescente (“reescoramento”): 14 dias, faces inferiores, sem reescoramento: 21 dias. Para a produção de um bom concreto devem ser muito bem executadas as seis operações básicas de obtenção deste material: dosagem, mistura, transporte, lançamento, adensamento e cura. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 43 Dosagem É o estudo e indicação das proporções relativas dos materiais constituintes do concreto, paraobtenção de propriedades pré-determinadas em projeto. Existem basicamente dois procedimentos para dosagem do concreto: a dosagem empírica e a racional. A dosagem empírica consiste em determinar as proporções dos materiais em bases arbitrárias, fixadas pela experiência com o auxílio de tabelas prontas de traços de concreto. A dosagem racional baseia-se em resultados de ensaios dos materiais disponíveis e do produto resultante da mistura para obtenção de um traço teórico inicial que é aperfeiçoado em laboratório,até ajustar-se às condições exigidas para seu uso. Quantificação dos Materiais Existem duas maneiras de se quantificar ou medir os materiais constituintes do concreto para, em seguida, misturá-los no canteiro de obras ou numa usina: em volume ou em massa. Medição em volume: tipo de medição da areia, da brita e da água usado nas obras por meio de enchimento de padiolas de madeira (ou latas) em número e tamanho de acordo com a composição (“traço”) do concreto em volume. Em geral, para cada traço a ser “virado” na betoneira, calcula-se a quantidade de materiais correspondente ao volume de um saco de cimento (aproximadamente 40 litros). Algumas tabelas fornecem medidas práticas e números de padiolas a serem usadas para vários traços diferentes. Medição em massa: é o procedimento mais preciso e recomendável, usado nas usinas dosadoras e laboratórios de pesquisa. Toma-se por base o traço expresso em massa dos materiais por metro cúbico de concreto. Mistura É a operação que visa dar homogeneidade ao concreto. A melhor mistura é a mecânica, com o uso de betoneiras. A capacidade de uma betoneira geralmente refere-se ao volume de concreto pronto e homogêneo que ela é capaz de produzir por betonada, o que representa cerca de setenta por cento do volume de seu tambor. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 44 Outra possibilidade é a mistura manual que é pouco eficiente e somente deve ser empregada para volumes muito pequenos ou em serviços de menor importância. Figura 19 - Mistura com uso de betoneira Fonte: https://br.pinterest.com/pin/767230486496457338/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s https://br.pinterest.com/pin/767230486496457338/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 45 Figura 20 - Mistura manual Fonte: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/tracos-concreto-mistura/ Ordem recomendável de carregamento dos materiais na betoneira é: • Parte da água. • Agregado graúdo. • Cimento. • Agregado miúdo. • Restante da água. Nas betoneiras de carregamento automático os materiais devem ser depositados na plataforma de carregamento de maneira que caiam no interior do tambor na ordem recomendada, com adição de água aos poucos. Transporte A principal preocupação no transporte interno do concreto na obra é evitar a segregação dos materiais, ou seja, a tendência de assentamento dos agregados graúdos e a subida dos miúdos e da água (exsudação). https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/tracos-concreto-mistura/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 46 No caso de pequenas obras, onde o transporte é feito por carrinhos, deve-se evitar solavancos e dar preferência ao uso de carrinhos de pneu com câmara de ar. Para o transporte vertical são usados os guinchos que transportam os carrinhos, ou as gruas que transportam caçambas com descarga por comporta de fundo (capacidade até 2,0 m³). O transporte por bombeamento é feito através de tubulações montadas pelas usinas que fornecem o concreto usinado. Para este tipo de transporte o concreto deve ter características adequadas como: abatimento (“slump”) de 10 cm a 12 cm, teor de argamassa maior que o dos concretos comuns, maior porcentagem de brita “zero”, uso de aditivo plastificante. Com o bombeamento pode-se conseguir a produção, em concretagens, de 100, 200, e até 300 m³ por dia, conforme as distâncias verticais e horizontais de transporte interno. Figura 21 - Abatimento do tronco de cone (slump) Fonte: Bastos (2019) Lançamento O lançamento constitui a operação de colocação do concreto no local definitivo. Deve-se atentar às seguintes recomendações: • Umedecer sempre as formas antes do lançamento. • Majorar cuidados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2,0 m, no caso de peças estreitas e altas (pilares) evitando segregação de material. • Para maiores alturas de queda, usar tubos ou calhas para evitar a segregação. • Para remover pequenas porções de concreto, apanhar com a pá e não arrastar. • Em superfícies inclinadas, lançar o concreto da parte mais baixa para a mais alta. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 47 • Evitar que o concreto seja “coado” pelas armaduras, principalmente em pilares. Adensamento O adensamento adequado objetiva eliminar os vazios do interior do concreto fresco. O meio mais eficiente e comum é por vibração mecânica (energia elétrica), com equipamento de agulha de imersão. O adensamento com vibrador de agulha de imersão tem efeito até uma determinada distância (raio de ação). Deve-se trabalhar sempre com o vibrador na posição vertical e nunca com a agulha deitada. Evitar, em concretagem de lajes, arrastar a agulha pelo concreto lançado. Alguns cuidados devem ser tomados na vibração por agulha: • A altura de adensamento não deve ser maior que o comprimento da agulha. • A distância de um ponto a outro de aplicação do vibrador no concreto deve ser, no máximo, igual ao raio de ação do equipamento utilizado. • A agulha deve penetrar rapidamente na massa de concreto e sair lentamente. • O tempo de imersão da agulha no concreto é controlado até que se visualize que não saem mais bolhas de ar do concreto (vibração excessiva é prejudicial). • Não se deve vibrar também as armaduras e formas, pois isto pode afastar o concreto das superfícies onde ele deve aderir, como as barras de aço. Cura A cura constitui a operação para evitar a perda de água do concreto necessária à reação com o cimento nos primeiros dias de idade e, também, para evitar excessiva retração por secagem. O processo consiste em manter o concreto úmido por molhagem direta (meio mais comum), ou por proteção com tecidos umedecidos, ou por aplicação de emulsões que formam uma película impermeável sobre a superfície do concreto. Deve-se promover a cura durante, no mínimo, sete dias. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 48 Figura 22 - Cura de laje de concreto Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/cura-concreto-usinado/ Isto está na rede Os vídeos abaixo apresentam processos de concretagem e o ensaio Slump! Observem os cuidados! • https://www.youtube.com/watch?v=79owpVmrHyI&ab_channel=PAULEMILIODIAS • https://www.youtube.com/watch?v=ppuR0LhzbUI&ab_channel=PAULEMILIODIAS • https://www.youtube.com/watch?v=O3P5dQMAMkQ&ab_channel=PiEco-Sus3D • https://www.youtube.com/watch?v=pLJOl8Ovfk8&ab_channel=VMEngenharia • https://www.youtube.com/watch?v=WX2VK0HXZYw&ab_channel=SuelinWiederkehr https://www.concretousinado.com.br/noticias/cura-concreto-usinado/ https://www.youtube.com/watch?v=79owpVmrHyI&ab_channel=PAULEMILIODIAS https://www.youtube.com/watch?v=ppuR0LhzbUI&ab_channel=PAULEMILIODIAS https://www.youtube.com/watch?v=O3P5dQMAMkQ&ab_channel=PiEco-Sus3D https://www.youtube.com/watch?v=pLJOl8Ovfk8&ab_channel=VMEngenharia https://www.youtube.com/watch?v=WX2VK0HXZYw&ab_channel=SuelinWiederkehr TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 49 AULA 9 ALVENARIA Define-se alvenaria como sendo um maciço constituído de pedras ou blocos, naturais ou artificiais, ligadas entre si de modo estável pela combinação de juntas e interposição de argamassa, ou somente pela combinação de juntas. A alvenaria podeser classificada em: • Alvenaria de pedra natural. • Alvenaria de pedra artificial (bloco cerâmico, de concreto, sílico-calcáreo). A principal finalidade da alvenaria (convencional) é a vedação, divisão e proteção, por meio de paredes externas e internas de casas e prédios, muros de divisa de propriedade. Pode ter finalidade estrutural quando as paredes recebem esforços verticais (de lajes e telhados em construções não estruturadas) e horizontais (por exemplo, empuxo de terra e vento). Tipos de Blocos Bloco de concreto estrutural: permite que as instalações elétricas e hidráulicas fiquem embutidas já na fase de levantamento da alvenaria. Bloco de concreto de vedação: para fechamento de vãos em prédios estruturados. Devem- se projetar vãos modulados em função das dimensões dos blocos para evitar desperdícios com corte dos blocos na execução da alvenaria. Bloco sílico-calcáreo: empregado como bloco estrutural ou de vedação. O bloco é constituído por mistura de cal e areia silicosa, curado com vapor a alta pressão e temperatura elevada. Normalmente é maciço, bastante poroso, leve e de dimensões que proporcionam alta produtividade da mão de obra. Bloco cerâmico de vedação (bloco vazado ou “lajota furada”): também se deve procurar a modulação dos vãos, apesar de ser mais fácil o corte neste tipo de bloco. Dimensões mais encontradas (cm): 9 x 19 x 19 e 9 x 19 x 29. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 50 Tijolo cerâmico maciço: empregado em alvenaria aparente, de vedação ou estrutural em casas térreas e em áreas comuns dos prédios onde sejam necessários cuidados especiais contra propagação do fogo. Devido às suas dimensões, a produtividade da mão de obra na execução dos serviços é mais baixa. Dimensões mais comuns (cm): 5 x 10 x 20. Figura 23 - Tipos de blocos cerâmicos vazados Fonte: https://www.masterhousesolucoes.com.br/conheca-os-diferentes-tipos-de-tijolos-para-construcao/ Figura 24 - Parede em tijolo maciço Fonte: http://44arquitetura.com.br/2020/02/tipos-de-tijolos/ https://www.masterhousesolucoes.com.br/conheca-os-diferentes-tipos-de-tijolos-para-construcao/ http://44arquitetura.com.br/2020/02/tipos-de-tijolos/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 51 Alvenaria de blocos cerâmicos As principais características essenciais desses tijolos são: • Regularidade na forma e dimensões. • Arestas vivas e resistentes. • Som “aberto” quando percutido. • Homogeneidade da massa e cor uniforme. • Ausência de fendas e cavidades. • Facilidade no corte. • Resistência suficiente para esforços de compressão. • Pouca porosidade (baixa absorção). Vantagens do uso do bloco vazado sobre o tijolo maciço: • Maior facilidade de obtenção de parede com superfície plana. • Menor peso por unidade de volume de alvenaria. • Minimiza a propagação de umidade. • Melhor isolamento térmico e acústico. Execução de alvenaria Existem etapas para a execução da alvenaria que serão listadas a seguir: • Efetuar a locação das paredes com base na planta baixa (arquitetônica) da edificação, executando os cantos com uma lajota e, logo após, a primeira fiada com argamassa e com o auxílio de linha, esquadro, prumo e nível. • Nas extremidades das paredes, executar “prumadas” que servem de guia controlando o serviço com o prumo e assentando os tijolos em sistema “mata-junta” (junta vertical desencontrada). • Executar todas as fiadas, seguindo uma linha nivelada para cada uma e presa entre duas prumadas-guia. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 52 Figura 25 - Locação da alvenaria com nivelamento e alinhamento da primeira fiada Fonte: Bastos (2019) Figura 26 - Execução das fiadas Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 53 Figura 27 - Verificação do prumo de paredes Fonte: Bastos (2019) Figura 28 - Verificação do prumo Fonte: https://constructapp.io/pt/ferramentas-medicao-de-obras/ O ideal é que a superfície de uma parede de alvenaria bem executada seja plana, vertical e com pouca necessidade de espessura de argamassa de revestimento. A espessura máxima de argamassa de assentamento é de 2,0 cm. Quando se chega ao final da parede, pode ocorrer de não haver espaço para uma fiada de bloco. Dessa forma, pode-se ter as seguintes alternativas de aperto: https://constructapp.io/pt/ferramentas-medicao-de-obras/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 54 Tijolo maciço: preenchimento da abertura deixada em lugar da fiada superior, antes do encontro com a viga de concreto imediatamente acima da parede. Este aperto comumente é feito com tijolos maciços assentados inclinados com argamassa de baixo teor de cimento. Argamassa aditivada: existe ainda a técnica, muito usada, de deixar um espaço de 2,0 cm entre a última fiada de alvenaria e a viga de concreto para preenchimento com argamassa que contém aditivo expansivo. Figura 29 - Aperto de alvenaria com tijolo maciço e com argamassa expansiva Fonte: Bastos (2019) Figura 30 - Aperto de alvenaria com argamassa expansiva Fonte: https://www.betonexbrasil.com/massaencunhamento https://www.betonexbrasil.com/massaencunhamento TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 55 Outro cuidado que deve-se tomar é garantir que em vãos de portas e janelas (esquadrias de um modo geral), sempre haja vergas e contravergas, impedindo que essas esquadrias se apoiem direto no bloco podendo causar trincas. Figura 31- Vergas e contravergas em vãos de esquadrias. Fonte: Bastos (2019) Figura 32 - Vergas e contravergas em vãos de esquadrias Fonte: https://www.suaobra.com.br/dicas/veja-o-que-sao-vergas-e-contra-vergas-e-qual-sua-funcao-no-portal-suaobra https://www.suaobra.com.br/dicas/veja-o-que-sao-vergas-e-contra-vergas-e-qual-sua-funcao-no-portal-suaobra TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 56 Alvenaria estrutural A construção de uma edificação de alvenaria estrutural segue rigorosamente os projetos arquitetônico, estrutural e de instalações especialmente detalhados para esse sistema construtivo. A execução da obra segue desenhos detalhados que mostram a posição de cada bloco, em planta, na primeira e na segunda fiadas, assim como as elevações das paredes. As fiadas sobem absolutamente na vertical - a falta de prumo modifica a distribuição de cargas no edifício, podendo comprometer a estabilidade da obra (BASTOS, 2019). Figura 33 - Planta de primeira fiada e detalhe de elevação de parede Fonte: Bastos (2019) Na alvenaria estrutural não são admitidos cortes (nem verticais, nem horizontais) para passagem de tubulação. Alguns tubos (instalação elétrica) passam pelo furo vertical dos blocos. Outros (água e esgoto) passam por parede falsa (“Shaft”) ou parede sem função estrutural, posicionadas estrategicamente nos projetos arquitetônico e estrutural. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 57 Figura 34 - Shaft para passagem de tubulação Fonte: Bastos (2019) Para o assentamento dos blocos é muito comum o uso de bisnaga para espalhar a argamassa nos blocos, mantendo um padrão de quantidade controlada. Na alvenaria estrutural a argamassa tem função de ligação entre os blocos, uniformizando os apoios entre eles. A resistência à compressão da argamassa deve ter aproximadamente 70% da resistência do bloco. No Brasil já existem diversas normativas que tratam do projeto em alvenaria estrutural, como citadas abaixo: • NBR 15961-1:2011. Alvenaria estrutural — Blocos de concreto. Parte 1: Projeto • NBR 15961-2:2011. Alvenaria estrutural — Blocos de concreto. Parte 2: Execução e controle de obras • NBR 15812-1:2010. Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 1:Projetos • NBR 15812-2:2010. Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 2: Execução e controle de obras • NBR 15812-2:2017. Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 3: Métodos de ensaio. • NBR 15270-1:2017. Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria. Parte 1: Requisitos. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 58 • NBR 15270-2:2017. Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria. Parte 2: Métodos de ensaios. • NBR 16522:2016. Alvenaria de blocos de concreto–Métodos de ensaio. Figura 35 - Edifício em alvenaria estrutural Fonte: https://www.inovaconcreto.com.br/blog/alvenaria-estrutural-e-convencional-diferencas/ Isto está na rede Os vídeos abaixo apresentam processos de execução de alvenaria! Observem os cuidados! • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = a z y 5 2 l 2 _ y l s & a b _ channel=TRUQUEDEMESTRESergioEduardoConstru%C3%A7%C3%A3o • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = Z S 1 m V F q 2 f - 4 & a b _ channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = _ u v M M j N 4 X e w & a b _ channel=PORDENTRODACONSTRU%C3%87%C3%83O https://www.inovaconcreto.com.br/blog/alvenaria-estrutural-e-convencional-diferencas/ https://www.youtube.com/watch?v=azy52l2_yls&ab_channel=TRUQUEDEMESTRESergioEduardoConstru%C3%A7%C3%A3o https://www.youtube.com/watch?v=azy52l2_yls&ab_channel=TRUQUEDEMESTRESergioEduardoConstru%C3%A7%C3%A3o https://www.youtube.com/watch?v=ZS1mVFq2f-4&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es https://www.youtube.com/watch?v=ZS1mVFq2f-4&ab_channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es https://www.youtube.com/watch?v=_uvMMjN4Xew&ab_channel=PORDENTRODACONSTRU%C3%87%C3%83O https://www.youtube.com/watch?v=_uvMMjN4Xew&ab_channel=PORDENTRODACONSTRU%C3%87%C3%83O TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 59 AULA 10 COBERTURA A cobertura de uma obra tem como principal finalidade proteger a edificação das intempéries. Além disso, uma cobertura (ou telhado) pode compor arquitetonicamente o aspecto de uma construção e também proporcionar conforto térmico no seu interior. Os materiais mais comuns aplicados em coberturas são as pedras naturais, o metal, a cerâmica e o fibrocimento. Para que a finalidade de uma cobertura seja atendida, algumas qualidades devem ser observadas, como: • Impermeabilidade e estanqueidade. • Resistência a esforços mecânicos. • Leveza. • Secagem rápida após as chuvas. • Facilidade de execução e manutenção. Telhas Cerâmicas As telhas cerâmicas são as mais comuns e com maior variedade de formas. Apresentam, ainda, a maior facilidade de colocação. Os tipos mais comuns de telhas cerâmicas são: colonial, francesa, portuguesa, americana, romana. Cada tipo de telha possui um consumo aproximado por metro quadrado. A figura a seguir apresenta o detalhamento de uma tesoura de telhado, composta pelo madeiramento do telhado. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 60 Figura 36 - Detalhamento de tesoura de telhado Fonte: Bastos (2019) Figura 37 - Montagem de telhado de estrutura de madeira e telhas cerâmicas Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 61 Telhas de Fibrocimento São compostas por grandes chapas onduladas, nos mais diferentes perfis, alta resistência mecânica, peso reduzido, excelente estanqueidade, montagem fácil, grande número de peças e acessórios complementares de fixação, vedação. São compostas por cimento reforçado com fibra sintética à base de PVA. Figura 38 - Telhas de fibrocimento Fonte: Bastos (2019) Telhas Metálicas Vem sendo muito utilizadas em telhados embutidos (escondidos), devido ao peso reduzido e fácil execução. Algumas desvantagens como condutoras de calor e desconforto térmico vem sendo corrigidos com o uso de telhas sanduíches (chapas metálicas com material isolante entre elas, isopor na grande maioria das vezes). Figura 39 - Telha metálica termoisolante Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 62 Figura 40 - Telha sanduíche Fonte: https://www.fitecbrasil.com.br/telha-sanduiche/ Telhas de Concreto As principais vantagens de utilização são a fácil aplicação, medidas padronizadas e de bom acabamento. Apresenta, entretanto, como principal desvantagem o maior peso por m², que acaba sendo compensada pela baixa absorção de água. Figura 41 - Telha de concreto Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/telha-ceramica-concreto/ https://www.fitecbrasil.com.br/telha-sanduiche/ https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/telha-ceramica-concreto/ TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 63 Execução de Cobertura Alguns aspectos de execução devem ser considerados no estudo, como: • Peso próprio do telhado. • Sentido de montagem. • Recobrimentos (longitudinal e transversal). • Largura útil das telhas. • Vãos máximos entre dois apoios. • Balanços máximos. • Presença de calhas. • Dimensionamento das estruturas. • Fixação das telhas. • Proteção da madeira da estrutura do telhado e pintura das telhas. • Custos. Quadro 5 - Inclinação necessária e peso por m² de cada tipo de telha Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 64 Figura 42 - Telhado de fibrocimento embutido Fonte: Bastos (2019) Isto está na rede As telhas sanduíches são uma ótima alternativa para os telhados embutidos. Observe como são realizadas!! • https://www.youtube.com/watch?v=6rPj_gWN9AE&ab_channel=ITIODRYWALL • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = _ 3 W o H y i _ F M g & a b _ channel=CasaldaConstru%C3%A7%C3%A3oCivil • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 4 4 I 8 d G C E O d A & a b _ channel=FA%C3%87ASUAOBRA https://www.youtube.com/watch?v=6rPj_gWN9AE&ab_channel=ITIODRYWALL https://www.youtube.com/watch?v=_3WoHyi_FMg&ab_channel=CasaldaConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=_3WoHyi_FMg&ab_channel=CasaldaConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=44I8dGCEOdA&ab_channel=FA%C3%87ASUAOBRA https://www.youtube.com/watch?v=44I8dGCEOdA&ab_channel=FA%C3%87ASUAOBRA TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 65 AULA 11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ÁGUA E ESGOTO As instalações hidráulicas, de água fria ou quente e esgoto são executadas após a alvenaria e devem ser realizadas com base em projeto por profissional competente (encanador). Figura 43 - Distribuição de água fria Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=118 Serviços de Instalações Hidráulicas Alguns serviços são fundamentais para a execução das redes hidráulicas. Ligação provisória de água e esgoto para a obra: requerimento à empresa pública de fornecimento de água tratada e coleta de esgoto (ou abertura de poço, se houver essa possibilidade, e execução de fossa). Execução de reservatórios inferior e superior de água: para abastecimento da edificação, feitos de concreto armado de acordo com projeto estrutural ou simplesmente instalação de caixas d’água de fibrocimento. Execução das tubulações e conexões: embutidas nas paredes e no solo ou aparentes. http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=118 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 66 Instalação de metais e peças sanitárias. Cuidados a serem Tomados • Atenção para o posicionamento correto, durante as concretagens, das aberturas na estrutura para passagem de tubulação. • Atenção para o posicionamento correto, nas paredes, da tubulação, conexões para torneiras, registros, chuveiros (alturas e distâncias horizontais). • Para águaquente: passagem por tubos e conexões de cobre ou PVC especial, requer o dobro de torneiras, requer aquecedor (elétrico, gás, energia solar). • Execução dos trechos horizontais da tubulação de esgoto com caimento suficiente e caixas de inspeção (concreto ou PVC) nas mudanças de direção e trechos longos. • Teste das instalações antes do revestimento das paredes: fechar todas as saídas com conexões (tampão) e encher a caixa d’água e a tubulação. Figura 44 - Tubulação distinta para passagem de água fria e água quente Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 67 Figura 45 - Rede de esgoto predial Fonte: https://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2014/aula14.htm Isto está na rede As redes hidráulicas, água e esgoto demandam alguns cuidados específicos. Observe como são realizadas!! • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = r E S K J t Z 5 _ m Y & a b _ channel=GEARQGOArquitetura%26Gest%C3%A3odeObras • https://www.youtube.com/watch?v=t9pHpkdAKXo&ab_channel=Mosnna • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = G y h P C e c p y 1 0 & a b _ channel=HPCONSTRU%C3%87%C3%95ES • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = Y P S 0 U b W W J q Y & a b _ channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = w L 1 m p B 6 6 J 4 U & a b _ channel=CURSOSOP%C3%87%C3%83O https://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2014/aula14.htm https://www.youtube.com/watch?v=rESKJtZ5_mY&ab_channel=GEARQGOArquitetura%26Gest%C3%A3odeObras https://www.youtube.com/watch?v=rESKJtZ5_mY&ab_channel=GEARQGOArquitetura%26Gest%C3%A3odeObras https://www.youtube.com/watch?v=t9pHpkdAKXo&ab_channel=Mosnna https://www.youtube.com/watch?v=GyhPCecpy10&ab_channel=HPCONSTRU%C3%87%C3%95ES https://www.youtube.com/watch?v=GyhPCecpy10&ab_channel=HPCONSTRU%C3%87%C3%95ES https://www.youtube.com/watch?v=YPS0UbWWJqY&ab_channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=YPS0UbWWJqY&ab_channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil https://www.youtube.com/watch?v=wL1mpB66J4U&ab_channel=CURSOSOP%C3%87%C3%83O https://www.youtube.com/watch?v=wL1mpB66J4U&ab_channel=CURSOSOP%C3%87%C3%83O TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 68 AULA 12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS As instalações elétricas constituem a etapa de instalação de eletrodutos, condutores, chaves, caixas, luminárias e demais meios necessários ao suprimento de energia elétrica no interior das edificações todos dimensionados e especificados em projeto por engenheiro eletricista. É uma etapa da edificação que se inicia com a ligação provisória de energia para o canteiro de obras passa pela instalação de tubos e caixas embutidas durante as concretagens, continua após a alvenaria com trechos embutidos nas paredes e termina com a passagem dos fios pelos eletrodutos e suas ligações em tomadas e interruptores. Figura 46 - Planta de instalação elétrica Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 69 Execução de Rede Elétrica Eletrodutos Instalar os trechos horizontais embutidos nas lajes antes da concretagem e os trechos verticais embutidos nas paredes somente após a alvenaria. Os diâmetros de projeto devem ser obedecidos. Utilizar tubos flexíveis com os devidos cuidados para que não ocorra o seu amassamento durante as concretagens. Figura 47 - Eletrodutos embutidos em laje e paredes Fonte: Bastos (2019) Caixas Utilizadas para pontos de entrada e saída de condutores de tubulação em pontos de emenda ou derivação, instalação de aparelhos e luz, quadros de circuito. São encontradas no comércio em diferentes formatos e tamanhos conforme a utilização. As alturas em relação ao piso devem ser observadas. De modo geral, 1,10 a 1,40 m para interruptores e campainhas; 0,30 m para tomadas baixas e 1,90 a 2,10 m para arandelas, tomadas altas e chuveiros. Condutores / Fiação Execução após o revestimento de paredes com as caixas fixas em seus lugares. Devem ser diferenciados os diversos circuitos do projeto com cores diferentes dos fios sempre que possível. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 70 Em caso de reformas de prédios antigos, entre outras providências de projeto verificar se há possibilidade de passagem de novos circuitos em tubulações antigas, em função da quantidade de fios e do diâmetro da tubulação. Figura 48 - Detalhe das instalações elétricas em laje de concreto e parede Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 71 Figura 49 - Detalhe das instalações elétricas em parede Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/conduites-novos-instalados_1487933 Isto está na rede As redes elétricas demandam alguns cuidados específicos. Observe como são realizadas!! • https://www.youtube.com/watch?v=hHK-Le09vLg&ab_channel=SiStecServi%C3%A7os • https://www.youtube.com/watch?v=Utk45aq8sv4&ab_channel=TelredesCursos • h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 3 W _ D S d j c U V M & a b _ channel=OPULODOGATONACONSTRU%C3%87%C3%83O https://fotos.habitissimo.com.br/foto/conduites-novos-instalados_1487933 https://www.youtube.com/watch?v=hHK-Le09vLg&ab_channel=SiStecServi%C3%A7os https://www.youtube.com/watch?v=Utk45aq8sv4&ab_channel=TelredesCursos https://www.youtube.com/watch?v=3W_DSdjcUVM&ab_channel=OPULODOGATONACONSTRU%C3%87%C3%83O https://www.youtube.com/watch?v=3W_DSdjcUVM&ab_channel=OPULODOGATONACONSTRU%C3%87%C3%83O TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 72 AULA 13 MARCENARIA, SERRALHERIA E ESQUADRIAS Marcenaria A marcenaria constitui a etapa de trabalhos em madeira onde se destacam a colocação de portas e rodapés, serviços esses executados por marceneiros. Ainda constitui serviços de cobertura que já fora citado em capítulo anterior. Portas As portas são fixadas nos batentes por meio de dobradiças metálicas. Encontram-se no mercado portas de diversos tipos quanto ao acabamento: maciças, ocas, para receber pintura, portas prontas, portas almofadadas, portas lisas. Um serviço de qualidade caracteriza-se pelo perfeito abrir e fechar da porta, com encaixe perfeito dos trincos na guarnição. Existem medidas padrões para as guarnições de portas, como apresentado na figura a seguir. Figura 50 - Guarnição de madeira para fixação de porta Fonte: Bastos (2019) TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 73 Figura 51 - Guarnição de madeira para fixação de porta Fonte: https://www.meiacolher.com/2014/08/como-colocar-o-portal-marco-e-batente.html Rodapé A fixação dos rodapés é feita por meio de pregos ou parafusos pré-fixados diretamente na argamassa de revestimento. Figura 52 - Fixação de rodapés de madeira com parafuso e bucha Fonte: Bastos (2019) https://www.meiacolher.com/2014/08/como-colocar-o-portal-marco-e-batente.html TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 74 Serralheria Uma serralheria faz portões automáticos e manuais de ferro ou alumínio, grades de proteção, janelas, mezaninos, portas de aço automáticas e manuais de correr e estruturas metálicas de diversos tipos. As principais matérias-primas utilizadas em uma serralheria são: • Chapas. • Tubos. • Ferro. • Baguetes. • Tintas. • Alavancas. • Puxadores. Esquadrias Esquadrias podem ser portas, janelas ou qualquer abertura que necessite ser fechada. A escolha do tipo de esquadria varia de acordo com os materiais com os quais se pretende trabalhar: madeira, alumínio, aço, PVC e vidro. Os principais critérios para optar por um destes materiais são, principalmente, estética, funcionalidade, durabilidade, manutenção
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