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Prévia do material em texto

Professor Me. Marcelo Cristian Vieira
Professora Esp. Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Briefi ng
• O local - Diagnóstico
• Estudos preliminares e processo criativo
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as etapas de pré-projeto de designer de 
interiores.
• Reconhecer a aplicação da metodologia de projeto em 
design aplicada a interiores.
• Entender a importância do briefi ng para o design de 
interiores.
• Conhecer o levantamento de dados do ambiente.
PRÉ-PROJETO
Professora Me. Larissa Siqueira Camargo
II
unidade
II
unidade
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a) e futuro(a) designer de interiores. Você já conhece 
em disciplinas do 1º ano do curso a metodologia e as ferramentas que um 
designer utiliza para a criação do seu produto, no caso aqui, o ambiente, 
e agora, vamos aplicar exatamente a metodologia, incluindo o processo 
criativo ao projeto de ambientes residenciais.
A primeira etapa do projeto pode ser chamada de “pré-projeto”, con-
teúdo que será contemplado no primeiro tópico, e é composto pelo pro-
cesso inicial, quando o projeto ainda não tem formas, mas começa a ser 
pensado. Esse momento está bastante relacionado ao processo criativo, 
pois é aqui que você deve estabelecer conceito, definir a “cara” que o am-
biente que você trabalhará terá ao final da execução do projeto. É nesse 
momento, também, que as necessidades do cliente devem ser levantadas, 
para então, nas etapas seguintes, servirem como base para o projeto.
Nos estudos preliminares, abordados no segundo tópico desta uni-
dade, você buscará as referências para seu projeto, suas ideias começam 
a ganhar forma, e tendo como base o pré-projeto, personaliza o dese-
nho do ambiente, estabelecendo possibilidades, melhores soluções, como 
o espaço será ocupado. Essa etapa é também o primeiro contato que o 
cliente terá com o seu trabalho, onde ele irá aprovar, ou não, as ideias 
iniciais, para que depois, você dê prosseguimento.
O terceiro tópico abordará o projeto em si, considerando que, depois 
de apresentar os estudos preliminares, ocorreu a aceitação por parte do 
cliente, e então, você pode trabalhar e elaborar melhor o projeto, criando 
imagens mais detalhadas e passando a especificar melhor formas, ele-
mentos, materiais etc. Uma vez que o projeto foi elaborado, e mais uma 
vez aprovado, é hora de pensar na execução, nos detalhes desse projeto, 
em que você, como profissional, especificará e apresentará aos executores 
exatamente os processos. Essa etapa é fundamental para um bom resul-
tado final. Vamos em frente.
Ótimos estudos!
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
42 
BRIEFING
Quando entro em um ambiente, qualquer um, 
em especial naqueles que em que irei desenvol-
ver o projeto de interiores, já começo a elaborar 
mentalmente a imagem do projeto finalizado, com 
mobiliários, cores, revestimentos e decoração. Já 
imagino como ficará ao final da execução do meu 
projeto. Acredito que você possa compartilhar co-
migo esse hábito. Isso, com certeza, pode ser muito 
interessante e ajudar na elaboração do projeto. Mas 
nós, designers de interiores, devemos atuar com 
foco na funcionalidade do espaço, e não somen-
te na estética, embasar nosso projeto em soluções 
técnicas e profissionais, inclusive, para justificar a 
nossa contratação. 
Dessa maneira, mesmo com as ideias a mil, é 
hora de sentar e organizar as informações mentais, 
colocar em prática os conhecimentos fundamentais 
da teoria, fundamentos e metodologia do design 
em prol da qualidade do nosso projeto, podendo 
assim, oferecer ao final, um ambiente realmente 
funcional com muita qualidade. Mais do que isso, 
se a “solução” estética não aparecer na sua cabeça 
“instantaneamente” ao olhar o espaço, os processos e 
ferramentas metodológicas serão o seu meio de con-
seguir fluir com o seu projeto.
A primeira etapa, em qualquer situação, é o conta-
to com o cliente, o levantamento dos dados importan-
tes para que o briefing possa ser elaborado. Importante 
entender que o levantamento de informações sobre o 
cliente não se faz somente por meio de entrevistas, 
conversas verbais, mas também, e até, principalmente, 
com a observação (PHILLlPS, 2008). 
 DESIGN 
 43
Não existe um modelo pronto para a elaboração 
de um briefing, assim como não é possível estabelecer 
um padrão de itens a serem levantados junto ao clien-
te para a elaboração de um projeto de interiores resi-
dencial. Mas alguns pontos podem ser considerados 
como geral, para qualquer situação, Phillips (2007, 
p.03) diz que um briefing bem elaborado deve ser 
“completo e útil” para então servir como “ponto de 
partida para a descoberta de conceitos criativos”. E o 
que seria um briefing completo? Aquele que apresen-
ta todas as informações necessárias para a elaboração 
do projeto, sem que ocorram dúvidas, atendendo as 
necessidades dos clientes, e um briefing útil, é aquele 
que realmente servirá como base para o projeto.
No site Choco la Design, especializado em con-
teúdos para design, Canha (2014, on-line)1, apresen-
ta 7 itens básicos de um bom briefing: Objetivos e 
metas do novo projeto; Orçamento e prazos; Público 
alvo; Escopo do projeto; Material disponível/neces-
sário; Estilo/look geral; Objeções. A partir de dife-
rentes autores (GURGEL, 2013a; GURGEL 2013b; 
GIBBS, 2016; MANCUSO, 2014) podemos inter-
pretar e detalhar cada um desses itens relacionados 
a projetos de interiores residenciais:
O processo de coleta de informações do clien-
te tendo em vista suas necessidades e estilo 
de vida costuma ser denominado briefing, 
ou programa de necessidades. Não se deve 
subestimar a importância dessa etapa, pois 
é pouco provável que um projeto seja bem-
-sucedido sem a total compreensão das ne-
cessidades do cliente.
(Jenny Gibbs)
REFLITA • Objetivos e metas do novo projeto: o que 
seu cliente deseja com o projeto, qual o uso 
do espaço a ser projetado, o que ele pretende 
sentir e fazer no ambiente. E mais do que o 
cliente expressa como desejo, o designer de 
interiores deve interpretar o que é preciso 
para atender a real necessidade do cliente, 
tendo em vista que nem sempre o verbaliza-
do é o que realmente atende as necessidades 
do cliente.
Vamos conhecer um pouco mais sobre Gurgel 
e Gibbs, duas autoras que serão bastante 
referenciadas em nosso livro, e que indico 
que vocês conheçam seus livros:
Miriam Gurgel é formada em arquitetura pela 
Universidade Mackenzie, em São Paulo, e em 
Training and Assessment pelo Central TAFE 
WA, na Austrália. Fez cursos de aperfeiçoa-
mento em arquitetura d´interni e lighting 
design, em Milão. Foi professora de decoração 
e design em diferentes instituições, incluindo 
algumas australianas. Atualmente atua como 
consultora e palestrante em arquitetura e 
design, destacando-se como uma das mais 
importantes escritoras da área de interiores 
no Brasil. 
Jenny Gibbs é autora de vários livros sobre 
design. Dá conferências e colabora em pro-
gramas de televisão, é diretora da KLC School 
of Design em Londres e ainda publica regu-
larmente artigos na imprensa. 
Fonte: adaptado de Serviço Nacional de Aprendiza-
gem Comercial (SENAC, [2016], on-line)2 e GG Brasil 
([2016], on-line)3. 
SAIBA MAIS
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
44 
Para exemplificar, um cliente expressa que adora 
tons claros, em especial, o branco, que imagina sua 
casa com o máximo possível da cor, porém, esse 
mesmo cliente tem dois filhos pequenos, com idades 
entre um e quatro anos, e ainda, um cachorro de es-
timação. Possivelmente um estofado branco na sala 
de convivência da família logo se tornará um pro-
blema para o dia a dia, pois a manutenção não será 
muito fácil, e você, como profissional, deve diagnos-
ticar e explicar a situação. 
• Orçamento e prazos: considerando que 
um único móvel pode ter uma variação de 
preço significativa, dependendo de matéria-
-prima, acabamentos, fabricante (marca), 
design, entre outros. É importantesaber 
qual é o orçamento previsto para a execução 
do projeto, antes dos passos iniciais, mes-
mo que seja aproximado e não exato, para 
que qualquer tomada de decisão de indi-
cação seja pautada nessa informação. Esse 
dado pode ser levantado de diferentes ma-
neiras, não apenas pela resposta direta do 
cliente a respeito, mas também observando 
seu perfil econômico e o quanto já se gastou 
em outros momentos ou etapas. A própria 
construção da residência pode ser um parâ-
metro, lembrando que nem sempre o cliente 
que construiu uma casa de alto padrão está 
disposto a investir valores muito altos com 
interiores, e vice-versa.
O prazo também é uma informação relevante na 
hora das tomadas de decisões quanto ao projeto, 
considerando que diferentes especificações apresen-
tam prazos diferentes para entrega e execução, e o 
cliente pode ter prazos inextensíveis, e atrasos po-
dem acarretar impactos de custo, e claro, insatisfa-
ção por parte do cliente. 
Um exemplo de consideração quanto a custo e 
prazo pode ser o da escolha de um revestimento de 
piso, vamos simular que para um quarto. Existem 
no mercado inúmeros produtos que podem ser apli-
cados a essa situação, e, entre tudo que você precisa 
considerar para a especificação, deve analisar cus-
to e prazos. Se a opção for uma piso cerâmico, um 
porcelanato, o valor pode diferir muito entre as op-
ções existentes, e junto ao custo do piso deverá so-
mar argamassa, rejunte e mão de obra de instalação, 
e ainda, o tempo despendido para essa instalação, 
entre todos os processos necessários. E a opção de 
um piso laminado de madeira, que a princípio pa-
receu ser mais caro que a anterior, pode sair com o 
valor mais baixo, considerando que a mão de obra 
da instalação já está incluso no valor do produto, e 
mais que isso, seu tempo de instalação é considera-
velmente mais baixo. Assim, é essencial a avaliação e 
análise caso a caso.
 DESIGN 
 45
• Público alvo: quem será o usuário do am-
biente, idade, sexo, profissão, hábitos do 
dia a dia, hobby, características físicas, 
como dimensões e peso, enfim, todas as 
informações possíveis de serem adquiridas 
podem ser utilizadas como instrumento 
para a elaboração do projeto. Importante 
também saber hábitos de visitas, se costu-
mam receber, quantidades e periodicidade, 
além do perfil delas. 
Pensar nos usuários estabelece todas as tomadas de 
decisões do projeto, o exemplo citado acima, da es-
pecificação do sofá branco para casa com crianças, é 
uma amostra. Saber a idade é uma informação rele-
vante não apenas quando há crianças, mas também 
para planejar o uso dos espaços por idosos, que pre-
cisam de cuidados especiais quanto a segurança dos 
espaços. Conhecer as características físicas, define 
dimensões e materiais, por exemplo.
Alguns cuidados devem ser tomados para evi-
tar acidentes com idosos e pessoas que têm 
dificuldades de mobilidade, principalmente 
nos imóveis residenciais. Boa iluminação e 
interruptores de fácil acesso são alguns dos 
cuidados a serem tomados. Locais de circu-
lação e escadas devem ter iluminação ainda 
mais claras e potentes, indicando o caminho.
O banheiro é um ambiente que necessita de 
cuidados especiais, local no qual os idosos 
costumam cair com frequência, e, por isso, 
é preciso ter muito cuidado, pois as louças 
podem provocar acidentes, como fratura de 
membros e crânio. Para prevenir acidentes, 
é preciso a instalação das barras de apoio, 
tapetes somente antiderrapantes e com bas-
tante aderência.
Fonte: adaptado de Encop 
Engenharia ([2016], on-line).4 
SAIBA MAIS
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
46 
Lembro de um projeto que desenvolvi para uma 
família em que o membro mais baixo, no caso a mãe, 
tinha 1,90 mts de altura, e o mais alto, que inclusi-
ve era jogador da seleção estadual de basquete, 2,22 
mts (nunca me esquecerei desses números), maior 
até que a altura padrão de uma porta - que sei que 
você sabe qual é, mas só para relembrar, é de 2,10 
mts - . Outro detalhe era de que a mãe tinha o tipo 
físico endomorfo. Todo o projeto teve como base es-
sas necessidades, considerando que a contratação de 
um designer de interiores pela família, foi, em gran-
de parte, pela necessidade de personalização, já que 
os móveis e outras soluções, como gesso, não aten-
diam às necessidades.
Em se tratando dos mesmos clientes, além do 
basquete do filho mais velho, haviam outros hábitos e 
hobbies que puderem ser utilizados no briefing como 
forma de embasamento para o projeto, como jantares 
com casais de amigos, video game dos filhos, coleções 
de lembranças de viagens e fotografias da família. 
Tudo foi considerado e serviu como base para a pro-
posta, que foi posteriormente aprovada e executada.
Figura 1 - Tipos básicos de estrutura física humana
Ectomorfo Mesomorfo Endomorfo
 DESIGN 
 47
O pesquisador de ergonomia Itiro IIda, apre-
senta em seu livro Ergonomia, Projeto e Pro-
dução (2005), que os três tipos básicos do ser 
humano são definidos como:
• Endomorfo: estrutura corpórea que tem a 
forma de uma pera (estreita por cima e larga 
por baixo) formas arredondadas e macias.
• Mesomorfo: estrutura corpórea musculosa, 
de formas angulosas e apresenta cabeça 
cúbica, maciça, ombros e peito largos e ab-
dome pequeno.
• Ectomorfo: estrutura corpórea de corpo e 
membros longos e finos, com pouca gor-
dura e músculo.
Fonte: Adaptado de IIda (2005). 
SAIBA MAIS
• Escopo, ou sentido, finalidade do projeto: 
você já sabe o que seu cliente deseja com o 
projeto, mas é preciso estabelecer também 
o que você deseja atingir quando o am-
biente estiver pronto. Mais que isso, qual o 
andamento que você deve dar e que priori-
dades determinar como base para alcançar 
o resultado final. Estabeleça o caminhar, o 
andamento e as considerações que achar re-
levante, a profundidade e intervenções ne-
cessárias.
Priorize as necessidades de cada pessoa, de 
modo a garantir que futuros ajustes no pro-
jeto, se necessários, sigam corretamente a 
expectativa do cliente.
(Miriam Gurgel)
REFLITA
No escopo você deve definir qual será a sua real atu-
ação. Às vezes o cliente precisa e te contrata para um 
projeto completo - barba, cabelo e bigode - ou me-
lhor, piso, paredes, teto, iluminação, móveis, com-
plementares e decorativos. Mas em outras situações, 
o que ele precisa, ou o que quer, é apenas uma repa-
ginada nos complementares, sem nem mesmo tro-
car o mobiliário. Existe ainda a possibilidade de ser 
ou não contratado para indicar fornecedores e pres-
tadores de serviços, e mais que isso, acompanhar a 
execução do projeto. 
Parte do escopo já é definido na primeira entre-
vista/conversa com o cliente, mas para que ele real-
mente esteja estabelecido é necessário aprofundar-
-se nas informações, trocar mais dados e observar 
e interpretar situações e o próprio ambiente, objeto 
do projeto.
• Material disponível / necessário: aqui, cabe 
o levantamento de quais são os materiais - 
móveis, objetos, acabamentos - existentes e 
que precisam permanecer e ser inseridos no 
projeto. O que existe como base inicial, ou se 
não existe. No escopo você definiu qual será 
a sua intervenção, assim, pode estabelecer o 
que permanece.
No exemplo de uma reforma, talvez seja necessário, 
por questões financeiras ou por exigência do cliente, 
que um piso seja mantido, e assim, todas as outras 
especificações que fará de projeto deverão consi-
derar as características do piso. Ou às vezes, e não 
pouco comum, o cliente tem uma peça, um móvel, 
relíquia de família, ou com valor sentimental, do 
qual não abre mão, e assim, você terá que encaixá-lo 
no projeto. 
Às vezes, a escolha de permanência de algo pode 
partir de você mesmo, por diferentes motivos. Veja, 
ao chegar ao ambiente a ser reformado, encontra um 
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
48 
piso de madeira, antigo, mas possível de ser restau-
rado, e mesmo que a mão de obra e custo do restau-
ro não seja algo tão simples, com certeza compensa 
em relação a instalar umnovo piso, e no fim, seu 
ambiente ainda terá um piso de ótima qualidade téc-
nica e visual. E imagine, descobrir que seu cliente 
tem guardado peças antigas, que podem ser incor-
poradas à decoração, oferecendo charme e ainda se-
guindo a tendência do estilo vintage.
Vintage
[...] o vintage basicamente é o “oficialmente 
antigo” e de boa qualidade. [...] Como adjetivo, 
vintage é “relacionado a algo de alta quali-
dade, especialmente algo do passado”. Um 
Cadillac 1956 é um carro vintage.
Retro
É a imitação de um estilo antigo nos tempos 
atuais. Para o autor Beat Schneider em De-
sign – Uma Introdução (Ed. Blucher, p. 206), 
o design retro “Ao contrário das reedições, 
trata-se de uma reinterpretação atual de ca-
racterísticas históricas do design. [...] Exem-
plos destacados no design de automóveis: 
o ‘New Beetle’ da Volkswagen ou o ‘Mini’, da 
BMW”. [...]
Fonte: Fratin (2010, on-line).5
SAIBA MAIS
• Estilo / look geral: esse é fácil de compreen-
der no contexto de projeto de interiores, é a 
definição do estilo que se deseja, que pode ser 
clássico, retro, vintage, minimalista, rústico, 
country, provençal, mediterrâneo, náutico, 
despojado, hitch, steampunk, e muitos ou-
tros, que vão e voltam a ser tendência. É claro 
que um ambiente não precisa, e nem sempre 
fica interessante e atende às necessidades do 
cliente, em um único estilo, o que pode até 
levá-lo a parecer uma cenografia, um cenário. 
A definição do estilo é sobre qual irá predo-
minar e servir como base, está relacionado ao 
perfil do seu cliente e ao próprio ambiente e 
necessidades.
O estilo pode ser inserido na escolha dos móveis, no 
tipo de instalações, nos elementos decorativos, pode 
aparecer de forma subjetiva na decoração, o que tor-
na os ambientes temáticos mais interessantes. Um 
ambiente e estilo industrial, por exemplo, não sig-
nifica instalações precárias, móveis desconfortáveis 
e todos de lata. O industrial pode estar inserido no 
contexto geral, percebido como a base principal.
• Objeções: sim, existem objeções quando tra-
tamos de projetos de interiores, e muita coisa 
pode ser uma objeção. Limitadores financei-
ros, de prioridades, necessidades específicas, 
elementos arquitetônicos, que talvez sejam as 
maiores objeções que podem ser encontra-
das, já que, diferente do cliente que pode ser 
convencido, das escolhas que podem baixar 
custos, elementos arquitetônicos não podem 
simplesmente serem eliminados. A melhor 
opção, certamente, é a de pensar no proje-
to introduzindo e considerando a estrutura 
existente. 
Quando, realmente, seu projeto ficar comprometido 
por uma viga, pilar, pontos hidráulicos, elétricos, ou 
outras possibilidades, procure um engenheiro ou ar-
quiteto que possa auxiliá-lo, dentro de suas atribui-
ções, a alterar esses elementos. Em uma reforma de 
banheiro de uma suíte que trabalhei uma vez, o des-
locamento da bacia sanitária em 15 cm não prejudi-
caria o seu uso e tornaria e permitiria a instalação de 
duas cubas na bancada da pia, o que, claro, ofereceria 
maior conforto aos clientes, e foi isso que executei 
após a aprovação de um engenheiro parceiro.
 DESIGN 
 49
Mais do que levantar esses dados, é essencial saber 
interpretar e traduzir no projeto, e certamente um 
bom briefing facilitará o processo projetual e aumen-
tará a satisfação e o assertivo do projeto perante o 
cliente. Importante entender que o briefing pode sim 
ser alterado durante todo o processo, e novas infor-
mações podem ser incluídas, desde que contribuam 
com o trabalho e não tragam mais confusão, e que as 
propostas que elas apresentam possam ainda ser al-
teradas no projeto e na execução. (GURGEL, 2013a; 
GURGEL 2013b; GIBBS, 2016; MANCUSO, 2014)
O processo de criação começa realmente 
após a definição de “O que”, “Para quem” e 
“Onde”. As soluções serão infinitas, portanto 
a existência de um briefing nos fornecerá di-
retrizes, nos manterá nos trilhos e organizará 
o projeto.
(Miriam Gurgel)
REFLITA
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
50 
Tão importante quanto conhecer o seu cliente, é co-
nhecer o local que será a base, o objeto do projeto. 
Somente com todos os dados do local é possível ex-
plorar as possibilidades, e mais que isso, viabilizar a 
execução do projeto. A etapa de levantamento de da-
dos do ambiente pode ser feita antes do briefing, nor-
malmente o espaço é conhecido logo nos primeiros 
contatos com o cliente, mas o levantamento total das 
informações acontecerá com mais visitas e buscas. 
Para Gibbs (2015), o diagnóstico do espaço deve 
ser dividido em duas etapas. Na primeira, deve ser 
levantada e registrada todas as dimensões, iniciando 
pela extensão de parede - largura, comprimento e pé 
direito - depois de todos os outros elementos conti-
dos, incluindo tomadas, entradas de rede, entradas e 
saídas hidráulicas, rodapé (quando esse existe e será 
mantido), peitoris, esquadrias e caixilhos das jane-
las, portas. 
O LOCAL 
DIAGNÓSTICO
 DESIGN 
 51
No segundo momento, o designer deverá realizar 
uma análise do espaço, considerando as informa-
ções que não são mensuráveis. Nessa etapa, inte-
ressante o registro fotográfico ou até filmagens. 
Importante observar qual a incidência solar, em 
quantidade e qualidade, para determinar locali-
zação de mobiliário e identificar a necessidade de 
soluções de filtro. 
Nessa fase, pode-se estabelecer um check list de 
itens a serem verificados, garantindo assim que as 
informações necessárias sejam levantadas (GIBBS, 
2015, p. 51-54):
Croqui: esboço preliminar e simplificado de 
uma composição. 
(GIBBS, 2015, p. 212).
Esquadria: qualquer tipo de caixilho usado 
em uma obra, como portas, janelas, vene-
zianas, etc. 
Pé-direito: altura entre o piso e o teto. 
Peitoril: base inferior das janelas que se proje-
ta além da parede e funciona como parapeito.
Fonte: Mancuso (2014, p. 234;240).
SAIBA MAIS
Figura 2 - Exemplo de croqui com levantamento de medidas
Fonte: os autores
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
52 
1 Teto: possui rebaixamentos, sancas, florões ou 
outros elementos que devem ser restaurados? 
O pé-direito é muito alto em relação ao volu-
me do cômodo? Há vigas que poderiam ficar 
ocultas pelo rebaixamento?
2 Paredes: são constituídas de tijolos, pedras, 
concreto, bloco de concreto, taipa ou placas de 
gesso acartonado? Possuem elementos deco-
rativos de gesso, reboco, frisos ou sancas? Há 
molduras ou painéis decorativos que podem 
ser muito limitadores? Quais são as condições 
e o estilo do rodapé?
3 Lareira: a lareira é do tipo elétrico, a gás, a carvão 
ou a lenha? Para instalar uma lareira a gás, há 
estrutura para o fornecimento de gás? No caso 
de lareiras a lenha ou carvão, há espaço para o 
armazenamento desses combustíveis? A lareira 
precisa ser limpa, restaurada ou substituída? Um 
painel aparentemente oco pode estar ocultando 
uma excelente lareira?
4 Piso: o tipo de piso se adapta ao estilo de vida do 
cliente e é uma escolha ideal para a função do 
cômodo? O revestimento é de madeira, concre-
to, pedra ou lajota? Se o piso é acarpetado, qual 
o seu estado? Qual é o tipo de piso existente sob 
o carpete? Se houver um piso de madeira, ele 
precisa ser polido?
5 Eletricidade: qual a localização das luminá-
rias, interruptores e a quantidade de tomadas? 
Os interruptores são de que tipo? Comuns ou 
dimmers? Precisam ser substituídos? Onde es-
tão situados os pontos para computador, tele-
fone e antena de televisão?
6 Aquecimento: o sistema é a gás, a óleo, por 
acumuladores elétricos, boiler a diesel com 
radiadores de água, boiler combinado ou sis-
tema megaflow? Há radiadores ou piso radian-
te, bomba de aquecimento ou painéis solares? 
É necessário ocultar os radiadores ou subs-
tituí-los por outros mais eficientes e atuais? 
É necessário substituir o boiler ou o tipo de 
sistema alternativo de fornecimento? Os ter-
mostatos dos cômodos estão bem situados e 
permitem a eficiência máxima?
7 Marcenaria: qual a qualidade dos espaços pre-
existentes para armazenamento?Quais são as 
medidas dos elementos de marcenaria existen-
tes? Serão necessários novos componentes de 
marcenaria, como estantes para livros, armá-
rios de cozinha ou outros móveis embutidos?
8 Portas: as portas são lisas, polidas, pintadas, 
tingidas ou precisam ser reformadas? Uma por-
ta lisa simples pode melhorar com o acréscimo 
de molduras? Os marcos são ricamente deco-
rados e exigem atenção? As portas conduzem 
ao centro, às laterais ou às extremidades do 
cômodo? A porta conduz o usuário ao interior 
do cômodo ou seria mais simples que ela abris-
se para o outro lado? As portas corrediças são 
mais indicadas? Há necessidade de aumentar a 
largura ou a altura dos vãos das portas?
9 Janelas: as janelas ou suas vistas exigem aten-
ção? Ou são antiestéticas e precisam ser ocul-
tadas ou mesmo removidas? Há árvores no ex-
terior? Em caso de positivo, como elas afetam 
a iluminação e a vista durante o verão e o in-
verno? Quais são as condições das ferragens? 
Possuem vidro duplo? As janelas combinam 
com o estilo arquitetônico do cômodo? Qual 
é o tipo de abertura das janelas? É possível e 
apropriado remover e substituir as janelas 
existentes por portas articuladas de vidro?
 Outras considerações: no caso de cômodo já 
mobiliado, há alguma porta que abre sobre 
um móvel ou luminária de parede? Há solei-
ras de portas que possam provocar tropeções? 
É difícil a movimentação na área próxima das 
aberturas de janelas, ou das cadeiras e mesas, 
inclusive contando com suas extensões? Há 
uma variedade adequada de assentos? Onde 
estão situados espelhos, luminárias e aparelho 
de televisão? Há fiação aparente? É necessário 
colocar fitas antiderrapantes sob os tapetes 
para maior segurança?
 DESIGN 
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Como um profissional da área, essencial que 
conheça o vocabulário dos termos relacio-
nados à prática. Procure o significado das 
palavras que não conhece, a maioria delas 
você pode encontrar no glossário dos livros 
dos autores citados nesta unidade.
REFLITA
Existem ainda situações em que o designer de inte-
riores é contratado para a elaboração de um projeto 
em imóveis ainda em fase de construção, ou mesmo 
na planta. Nesses casos, quando possível, o desig-
ner pode até participar das escolhas de alguns des-
ses itens, buscando soluções que se adequem já ao 
que se está elaborando para o projeto de interiores. 
Quando não for praticável o levantamento in loco, o 
projeto pode ser elaborado a partir do projeto técni-
co disponibilizado pelo profissional responsável ou 
pela construtora, e claro que, na hora da execução, 
será necessário conferir medidas e detalhes no local, 
que podem variar bastante, até por que, 1 cm de di-
ferença na largura de uma parede interfere e muda a 
instalação de um mobiliário.
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
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ESTUDOS PRELIMINARES 
E PROCESSO CRIATIVO
Para Gurgel (2013a), essa etapa é o momento em 
que todas as informações anteriores são organiza-
das e cruzadas, estabelecendo assim a diretriz do 
projeto. Cada projeto de interior é único e apresen-
ta suas especificidades, e para que um designer de 
interiores atenda aos pontos particulares de cada 
caso, de forma profissional, precisa realizar estudos 
prévios a respeito desses. Por exemplo, para projetar 
um ambiente para pessoas de terceira idade, é pre-
ciso conhecer quais são suas necessidades, e como 
atendê-las, buscar materiais adequados, mobiliários 
apropriados, circulação, que tipo de acessório para 
segurança pode especificar, cores adequadas, ques-
tões ambientais que mais se aplicam, como a ilumi-
nação e temperaturas adequadas.
Importante para esse levantamento, que o desig-
ner tenha um acervo, virtual ou físico, de referên-
cias, em especial de mostruários de materiais, como 
tecidos, MDF, tintas, papéis de parede, entre outros, 
sendo que esses são comumente oferecidos pelos 
fornecedores em lojas ou feiras da área. Interessante 
também atualizar esses mostruários, considerando 
que todo ano novos modelos são lançados e outros 
retirados do mercado (GIBBS, 2015). 
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Outra ferramenta que pode ser utilizada nesse ponto 
é o estudo de correlatos. Considerando que, de acor-
do com o Dicionário da língua portuguesa (on-line), 
correlato é “aquilo que apresenta uma relação entre 
uma coisa e outra; o que expressa correlação ou cor-
respondência”, quando aplicado a interiores, trata 
da busca de ideias que podem ser utilizadas e servir 
como base para a elaboração do seu projeto. Você 
pode buscar referências de correlatos em revistas, na 
internet, ou ao vivo, em mostras ou outros ambientes. 
Uma parte fundamental do trabalho do de-
signer de interiores é a visitação das feiras e 
exposições mais importantes do segmento 
para se manter atualizado sobre às últimas 
tendências, estilos e produtos.
(Jenny Gibbs)
REFLITA
Como forma de padronizar, alguns profissionais ado-
tam a importância de três tipos de correlatos: estético, 
funcional e tecnológico, sendo que não é preciso se-
guir de forma obrigatório essa definição.
O correlato estético diz respeito ao caráter visual 
que se deseja para o ambiente. O funcional é princi-
palmente sobre o layout do espaço, e o tecnológico, 
claro, sobre tecnologias possíveis de serem aplicadas 
em seu projeto, buscando a qualidade. Interessante sa-
ber que às vezes o correlato para seu projeto não está 
exatamente em um ambiente com a mesma finalidade 
do seu, por exemplo, o correlato de inspiração estética 
de um quarto infantil pode vir de uma brinquedoteca, 
de um cenário teatral, até de um circo. Você pode criar 
um acervo pessoal de referências, registrando sempre 
que encontrar algo que chama a atenção e interesse, 
mesmo que no momento não tenha um projeto onde 
aquele princípio pode ser aplicado, mas o registrando, 
poderá consultá-lo em um projeto futuro.
Para que essa etapa seja realizada satisfatoria-
mente, é preciso que as anteriores do processo de 
projeto atendam às suas reais funções, de estabelecer 
perfil do cliente e informações do ambiente, já que 
as pesquisas da etapa do estudo preliminar serão 
embasadas nessas informações. 
Nesse momento o projeto é efetivamente inicia-
do, tendo como base os levantamentos anteriores, 
sendo o processo criativo o start do projeto em si, 
é quando as suas ideias começam a ganhar forma. 
Existem diferentes ferramentas que estimulam e 
auxiliam nesse momento, importante como profis-
sional testar e identificar quais delas você melhor se 
adapta e realmente o auxiliam nessa elaboração.
Como forma de auxiliar na criação, e até de 
apresentar ao cliente o conceito que você pretende 
aplicar ao ambiente, é possível elaborar um painel 
semântico conceitual, que pode ser utilizado por 
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
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você e sua equipe como diretriz para o projeto e 
também para que seu cliente identifique, e até apro-
ve, as ideias inicias, sem mesmo que o projeto tenha 
começado a ser desenhado (GIBBS, 2015). Além do 
painel conceitual, você já conheceu e aprendeu ou-
tras ferramentas e técnicas na disciplina de Processo 
Criativo, teste-as, aproveite as atividades e trabalhos 
durante o curso para conhecer mais a respeito de 
cada um aplicando-os a simulações de projetos e 
clientes. Assim, além de conhecer, conseguirá iden-
tificar qual ou quais deles se adaptam melhor ao seu 
modo de trabalhar ou ao projeto em específico.
A planta do ambiente deixa de ser um croqui, e 
deve ser desenhada em escala, para que o layout do 
projeto seja pensado e desenvolvido. Teste possibili-
dades, utilizando-se de desenho a mão ou softwares. 
Não pare na primeira ideia para o projeto, teste di-
ferentes possibilidades de distribuição dos mobiliá-
rios dentro do espaço, e até a respeito dos tamanhos 
dessas peças. Pode ser que a ideia inicial que apa-
rece mentalmente não seja a melhor solução para o 
projeto, e uma pequena alteração na dimensão ou 
formato de umamesa de jantar, por exemplo, pode 
melhorar a solução para a circulação na sala. 
Figura 3 - Modelo de planta.
 DESIGN 
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Para essa elaboração, você deve resgatar os elemen-
tos e princípios do design, e mais que isso, como um 
bom designer, engajado e conhecedor dessas bases, 
aplicá-las de forma efetiva em seu projeto. Resgate 
esses conhecimentos a cada novo projeto, interpre-
te-os de forma personalizada, buscando qual a so-
lução para o projeto em específico, considerando o 
briefing: um equilíbrio assimétrico cabe melhor a 
um projeto em estilo despojado, assim como, um 
ambiente clássico, preferencialmente deve ter um 
equilíbrio simétrico.
Elementos do design Princípios do design
Ponto, linha e plano. Equilíbrio .
Forma e espaço. Contraste e harmonia.
Direção. Repetição e ritmo.
Movimento. Gradação.
Volume e dimensão. Radiação.
Escala e proporção. Ênfase ou focos visuais.
Textura e Padronagem. Unidade.
Luz e Cor.
Silhueta.
Quadro 1 - Elementos e Princípios do Design
Fonte: adaptado de Pereira e Santos (2015).
Com a pesquisa e layout estabelecidos, é hora de co-
meçar a definir volumes, pensar nos elementos não 
somente em largura e comprimento, mas também 
em altura, além da própria forma e aparência que 
se pretende dar. Mesmo um guarda-roupa, que a 
princípio é apenas um caixote, um retângulo, pode 
ter inúmeras definições de tipo de acabamento, de-
talhes, formas, texturas. Pode ser que quando você 
entrar nesse fazer de “levantar” as formas, até então, 
estabelecidas apenas em planta-baixa, tenha que re-
gressar e alterar algo no layout, porque quando o vo-
lume é aplicado o espaço ganha outras proporções.
Os primeiros desenhos de volume podem ser 
elaborados com croquis mesmo, desenhos a mão, 
para que você tenha uma ideia dessa ocupação e co-
mece a fazer decisões definitivas, e somente depois 
faça a definição. Aproveite para testar também cores, 
texturas e acabamentos. 
Com a definição dos volumes e todos os estudos 
aplicados, Gibbs (2015) diz que o designer de inte-
riores deve preparar o painel de amostras, ou painel 
semântico, que segundo o autor (p. 140), “consti-
tuem uma ferramenta de apresentação muito útil, 
pois os diferentes elementos do projeto são mon-
tados da mesma forma como devem estar no am-
biente”. Ou seja, o que se refere ao piso, deve estar 
abaixo no painel, cores de parede, papéis de parede, 
exemplos de mobiliários e complementos, alocados 
ao centro, e no alto, tudo o que diz respeito ao teto. 
O painel deve reunir amostras e elementos que farão 
parte da composição do projeto, além de palheta de 
cores. Amostras de tecidos, de papel de parede, de 
MDF, modelos de mobiliários recortados, que reme-
tam a ideia. O painel servirá para apresentar a ideia 
ao cliente e também para base da sua própria equipe.
PROJETOS RESIDENCIAIS E DE MOBILIÁRIOS 
60 
Agora sim o projeto deve ser realmente formatado com 
a ideia final, com a proposta que você irá apresentar 
ao cliente, já que ocorreram as definições de volume 
e formas, materiais e acabamentos. Nesse momento é 
importante um desenho mais elaborado, feito a mão 
ou utilizando-se de softwares, como o sketchup, pro-
mob ou 3D Max. Essas imagens, junto com o painel 
semântico, servem para que o cliente aprove o projeto. 
Para Gibbs (2015, p. 101), as perspectivas “constituem 
uma forma de representação gráfica que proporciona 
uma visão realista”. São essas imagens que apresentam 
ao cliente o caráter, a atmosfera e o estilo do projeto.
Esses desenhos iniciais ainda não precisam 
apresentar especificações de materiais e acaba-
mentos, ou qualquer definição de funcionamento, 
montagem, eles têm a função de apresentar a ideia 
da ocupação, a solução de funcionalidade do espa-
ço geral e a estética que se propõe para o espaço, a 
“cara” que se deseja oferecer. Importante a avalia-
ção e parecer do cliente nesse momento para que, 
caso ele não concorde com algo e solicite alguma 
alteração, você a faça antes da elaboração das pró-
ximas etapas, onde já acontecem detalhamentos e 
especificações.
Figura 4 - Painel de amostras.
Fonte: Gibbs (2015, p. 143).
 61
considerações finais
C
aro(a) aluno(a), chegamos ao fim desta unidade, e indico que nesse 
momento você já reflita o quanto foi importante os conhecimentos ad-
quiridos no 1º ano do curso, quando conheceu sobre a teoria e funda-
mentos do design, história da arte e do design, processo criativo, meto-
dologia do projeto, desenho técnico, materiais, ergonomia, enfim, agora é a hora 
de aplicar toda a bagagem adquirida!
Interessante também refletir o quão amplo é o processo de projetar em de-
sign, sendo o fator estética, apenas uma pontinha desse processo, já que a beleza é 
apenas a consequência de um projeto pensado de forma completa, considerando, 
em especial, o cliente como elemento principal e único em cada projeto.
Conhecer seu cliente, necessidades, anseios, perfil faz parte e é o ponto inicial 
do design de interiores, e um projeto em que um briefing não foi bem elaborado 
pode não passar de uma solução decorativa, o que certamente não é o que você 
deseja, como profissional que buscou uma formação de curso superior para a sua 
atuação.
Buscar a melhor solução, pesquisar materiais, entender os processos, limites, 
conhecer bem o espaço a ser projetado, são itens fundamentais para a qualidade 
do resultado final, e quanto melhor engajado na busca dessas informações, um 
melhor briefing é elaborado, o que facilita o aceite por parte do cliente, evitan-
do retrabalho. Teste e simule possibilidades, não fique satisfeito com a primeira 
ideia, sem ao menos testar outra(s).
Atualize-se, isso é essencial para um designer, vá a feiras, mostras, eventos da 
área, leia sobre novidades, novos produtos e soluções, tecnológicas, inovações, 
entenda que o cliente te procurou e contratou buscando aquilo que ele não con-
seguiria sozinho, e quanto mais você traduzir em soluções os anseios que captou 
no briefing, melhor justifica a sua contratação e abre portas como profissional.
62 
LEITURA
COMPLEMENTAR
CLIENTE, SE U MELHOR AMIGO!
Se você chegou aqui esperando um texto com vários tópicos explicando tin-tin por tin-tin a melhor forma de fazer um 
briefi ng, isso não vai acontecer. Não porque eu não quero, mas por não existir uma fórmula, uma receita de bolo, que 
irá solucionar todas suas dúvidas.
Eu estou aqui para nós batermos um papo e juntos compreendermos melhor quais são as questões que não devemos 
deixar passar na hora de elaborar um bom briefi ng. Como já sabemos, a palavra briefi ng vem do inglês, do verbo brief 
que signifi ca resumir. Então, é assim que ele deve funcionar, como um condensado de informações, contendo tudo o 
que é necessário para elaborar um bom projeto.
Mas como fazer para conseguir todas essas informações sem esquecer de nada? Bom, aí você pode criar um padrão, 
uma lista para servir de guia, baseado em alguns tópicos que nós iremos analisar.
Porém, essa lista não precisa ser seguida em forma de questionário. Neste caso, o bom e velho bate-papo pode ren-
der melhores resultados. E para começar vamos falar de um assunto que pode parecer óbvio, mas que muitas vezes 
é esquecido. Pois na hora de planejar as questões que farão parte do briefi ng, devemos ter em mente que elas devem 
nos direcionar a conhecer melhor o estilo do nosso cliente.
Estilo nada mais é do que o gosto do seu cliente. Pode acontecer que nem ele mesmo saiba exatamente quais são as 
suas verdadeiras preferências. Já nós, não podemos limitar nossas ideias a estilos de decoração pré-defi nidos. Por 
exemplo: “em uma dessas conversas ele mencionou que gosta de cimento queimado como acabamento”. Isso não 
quer dizer que ele tenha preferência por um estilo industrial, pois nessa mesma conversa ele pode ter cogitado a 
possibilidade de usar muitas cores.
E aí, como entender qual realmente é o estilo desse cliente?
Neste momento, devemos dar uma de Sherlock Holmes e analisar cada pequeno sinal que o cliente passa.Se você for 
visitar a casa dele, por exemplo, descobrir seus hobbies pode ajudar na composição de um projeto com apelo emocio-
nal, que pode conquistar de vez o seu cliente. Veja bem, não estou falando para elaborar um projeto com tudo o que 
ele propõe, afi nal nem sempre a mistura funciona bem. Bater um bom e detalhado papo com o cliente pode ajudar 
muito, pois algumas vezes ele vem com uma lista pré-defi nida de móveis e acessórios (bem modernos) que ele gosta.
Nessa conversa você descobre que ele viveu momentos na casa da avó que lhe deram muita alegria, e esses momen-
tos tinham como pano de fundo móveis antigos, coloridos e delicados. Então aí está o “x” da questão. Pense em um 
projeto com móveis modernos e práticos, afi nal eles são de extrema importância hoje em dia, mas tente aliar essa 
memória que ele tem do passado com um papel de parede ou então objetos decorativos vintage, que trarão essa 
sensação de aconchego quando ele olhar. Com certeza seu coração baterá mais forte. Ser empático com seu cliente 
pode lhe gerar grandes ideias, pois nada melhor do que se colocar no lugar da pessoa para entender seus anseios e 
expectativas.
 63
LEITURA
COMPLEMENTAR
Segundo Martin Buber, fi lósofo: “Apesar de todas as semelhanças, cada pessoa e situação de vida exige uma reação 
que não pode ser preparada de antemão. Isto requer presença e responsabilidade.” E quando compreendemos isso, 
nossas escolhas serão muito mais assertivas, pensando como nosso cliente e analisando cada possibilidade, cada 
dúvida que ele possa ter e sua possível solução.
Muitas vezes nós temos que fazer o papel de psicólogos, ouvindo e entendendo o nosso cliente. E é assim que con-
seguimos informações mais pessoais, do tipo: o que as pessoas gostam, o que fazem, suas expectativas e até mesmo 
seus sonhos. E quando nos colocamos no lugar do cliente outra questão que vem em mente é: quanto seu cliente 
quer e pode gastar? 
Saber essa informação faz toda a diferença. Entender quanto seu projeto custará pode guiar todo o seu trabalho, 
evitando desperdício de tempo e determinando prazos e prioridades na sua agenda.
Não que você deva dar menos atenção a um projeto mais barato, mas sabendo exatamente essa informação você 
poderá escolher melhor seus fornecedores, determinar revestimentos e acessórios que se ajustam às necessidades 
do seu cliente.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), o poder de compra do brasileiro 
diminuiu 3,5% em 2016. Compreender essas adversidades pode nos ajudar a captar e conquistar mais clientes. [...]. 
Pronto, agora temos pautadas com clareza várias questões que devemos analisar na hora de elaborar um bom brie-
fi ng, e com elas obter as respostas certas para a elaboração de um bom projeto.
Com todas as respostas em mãos, nós vamos para o escritório, sentamos em frente ao computador e começamos a 
elaborar o tão esperado projeto. Se você não faz parte de um pequeno grupo de pessoas que possuem memória fo-
tográfi ca, provavelmente quando chegar ao escritório não lembrará da maioria dos detalhes dos ambientes nos quais 
você intervirá. Então, imediatamente vai pensar: -Por que eu não tirei uma foto?
No momento atual, com a facilidade em se produzir imagens fotográfi cas, não existe desculpa para não registrar tudo 
o que for possível. O registro fotográfi co é importante pois ali poderemos conferir a cor dos pisos, paredes, esqua-
drias… resumindo: todos os detalhes que devemos considerar na hora de projetar. Afi nal, nem sempre o cliente irá 
colocar um piso novo ou então trocar o papel de parede.
Lembrar das nuances que já existem no ambiente poderá lhe ajudar na escolha dos materiais e a elaborar um projeto 
harmonioso. Em resumo, conheça seu cliente, descubra suas necessidades, sonhos e anseios.
Coloque-se no lugar dele e tente compreender todas as possíveis variáveis envolvidas. Descubra quanto dinheiro seu 
cliente tem reservado para esse projeto. Por fi m, registre tudo em fotografi a. Assim, quando alguma dúvida surgir, 
basta olhar os arquivos.
Fonte: Bertolini (2016, on-line).6
64 
atividades de estudo
1. O Briefing, ferramenta primordial quando se trata de um projeto de de-
sign, pode ser definido, resumidamente, como: 
a. Conjunto de informações sobre o ambiente a ser projetado.
b. Estilos possíveis de serem aplicados a um projeto de interiores.
c. Conjunto de informações a respeito do cliente e do projeto.
d. Desenhos iniciais do projeto. 
e. Programa de necessidades do cliente em relação ao projeto.
2. Entre as informações a serem levantadas para a elaboração do briefing, 
estão: 
I. Hobbys dos moradores. 
II. Idades dos moradores e visitantes mais comuns.
III. Frequência de visitas recebidas.
IV. Antropometria dos moradores.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I, II e III estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas II, III e IV estão corretas.
d. Apenas III está correta.
e. Todas as alternativas estão corretas. 
3. Como profissional da área de design de interiores, é essencial conhecer 
termos empregados a elementos relacionados à prática profissional. Expli-
que ao que se referem as palavras Croqui, esquadria, pé-direito e peitoril. 
4. Dentre os itens a serem verificados na fase de diagnóstico do local, estão: 
I. Piso. 
II. Lareira. 
III. Portas e janelas.
IV. Fachada.
 65
atividades de estudo
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I, II e III estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas III e IV estão corretas.
d. Apenas III está correta.
e. Todas as alternativas estão corretas. 
5. (ENADE, 2015, on-line)7 No design de interiores, a composição espacial é 
expressa por uma série de princípios, como, por exemplo, o ritmo, elemen-
to que ajuda a garantir a harmonia do ambiente, e que pode ser utilizado, 
também, para integrar diferentes espaços de um mesmo projeto.
A partir do exposto, em relação a figura, indique três características que 
representam o ritmo na composição espacial do ambiente.
6. Sobre o painel de amostras, ou painel semântico, descreva sua definição e 
função na elaboração do projeto de interiores.
A cada semana, uma pessoa expõe para o programa qual é o problema com o cômodo que de-
seja reformar e como esse problema impacta a vida das pessoas que moram naquela casa ou 
apartamento. O arquiteto Maurício Arruda, novo apresentador do Decora, visita o local e numa 
conversa informal consegue traduzir no ambiente fi nal os desejos e necessidades dos oradores.
Acesse: <http://gnt.globo.com/programas/decora/>.
Em cada episódio, Candice Olson leva seus 20 anos de experiência em design para os lares 
de milhões de espectadores de todo o mundo. Após se formar em Design de Interiores pela 
Ryerson University, de Toronto, Candice abriu um escritório de design comercial e residencial.
Acesse: <http://discoverymulher.uol.com.br/casa/ao-estilo-de-candice/ao-estilo-de-candice-candice-olson/>.
Dicionário de Artes Decorativas
& Decoração De Interiores
Stella Moutinho, Rúbia Bueno do Prado e Ruth Londres
Editora: Pearson Prentice Hall
Sinopse: o ‘Dicionário de artes decorativas & decoração de interio-
res’ procura estabelecer uma síntese dos diversos elementos que 
compõem a história das artes decorativas, a partir dos objetos, to-
mados quase como seres, permanentes testemunhos do gesto e do tempo do homem. Esse 
dicionário oferece 1.755 verbetes e 716 ilustrações, dando destaque aos assuntos como mo-
biliário, cerâmica, vidro, tapetes etc. Esse plano lexicográfi co deu aos verbetes feição enciclo-
pédica cabível em diversos ramos de atividade. O leitor pode encontrar também informações 
sobre algumas personalidades relevantes e, ainda, detalhes das artes decorativas no Brasil 
e em Portugal.
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referências
GIBBS, J. Design de interiores. São Paulo: GG Brasil, 2015. 
GURGEL, M. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas resi-
denciais. 7. ed. São Paulo: Senac São Paulo,2013a. 
______. Projetando espaços: design de interiores. 5. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 
2013b. 
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
MANCUSO, C. Arquitetura de interiores e decoração: a arte de viver bem. 4. ed. 
Porto Alegre: Sulina, 2002.
______. Guia Prático de Design do Interiores. São Paulo: Sulina, 2014.
PHILLIPS, P L. Briefing: A Gestão do Projeto de Design. São Paulo: Editora Blucher, 
2007.
Referências on-line:
1 Em: <http://chocoladesign.com/7-itens-basicos-de-um-bom-briefing>. Acesso 
em: 18 out. 2014. 
2 Em: <http://www.editorasenacsp.com.br/portal/autor.do?appAction=vwAutor 
Detalhe&idAutor=1118>. Acesso em: 18 out. 2016. 
3 Em: <http://ggili.com.br/pt/tienda/productos/design-de-interiores? persona_
id=705>. Acesso em: 18 out. 2016. 
4 Em: <http://www.encop.com.br/visualizacao-de-noticias/ler/154/pequenas -adap-
tacoes-em-casa-garantem-mais-protecao-aos-idosos>. Acesso em: 18 out. 2016. 
5 Em: <http://designices.com/vintage-ou-retro/>. Acesso em: 18 out. 2016. 
6 Em: <http://refresher.com.br/cliente-seu-melhor-amigo/>. Acesso em: 18 out. 
2016. 
7 Em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2015 /15_
cst_design_interiores.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016.
68 
gabarito
UNIDADE II
1. C
2. E
3. 
Croqui: esboço preliminar e simplificado de uma composição.
Esquadria: qualquer tipo de caixilho usado em uma obra, como portas, janelas, ve-
nezianas etc. 
Pé-direito: altura entre o piso e o teto. 
Peitoril: base inferior das janelas que se projeta além da parede e funciona como 
parapeito.
4. A
5. 
Linhas horizontais do painel de pedras e da janela ao fundo.
Repetição das formas geométricas entre os painéis de madeira atrás do sofá e o 
painel de pedras.
Retângulos de costura do braço do estofado e o piso cerâmico retangular.
Painéis atrás do sofá e mesas de centro (retângulos de madeira).
Textura do tapete e do painel de pedras.
6. Constituem uma ferramenta de apresentação muito útil, pois os diferentes elemen-
tos do projeto são montados da mesma forma como devem estar no ambiente. Ou 
seja, o que se refere ao piso, deve estar abaixo no painel, cores de parede, papéis 
de parede, exemplos de mobiliários e complementos, alocados ao centro, e no alto, 
tudo o que diz respeito ao teto. O painel deve reunir amostras e elementos que farão 
parte da composição do projeto, além de palheta de cores. Amostras de tecidos, de 
papel de parede, de MDF, modelos de mobilíarios recortados, que remetam à ideia; 
o painel servirá para apresentar a ideia ao cliente e também para base da sua pró-
pria equipe.

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