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Resumo de assuntos abordados para P2 VETT 375

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Natáli� Baron� Spach�
Resumo de assuntos abordados para P2 VETT 375
Fluidoterapia:
AFECÇÕES COM INDICAÇÃO DE TRATAMENTO COM FLUIDOTERAPIA
Afecção a
ser tratada
Causas Informações adicionais Como identificar? Achados
laboratoriais
Tratamento
Fluidoterápico
(REGIME DE
REPOSIÇÃO) - quadros
leves de desidratação
(5 a 10%)) onde não há
hipotensão e choque
associados
Desidrataçã
o
→ Quando
ocorrem
alterações na
entrada de líquido
no organismo,
mas
principalmente de
aumento de
perdas de líquido
do organismo, o
paciente entra em
desequilíbrio
hídrico
(desidratação).
A causa mais
comum de
desidratação é
pelo aumento de
perdas de
líquido,
principalmente
perdas pelo TGI
(vômito e
diarréia).
A perda maior de
água pelo corpo
associada a uma
menor ingestão
hídrica (animal
com vômito e
diarreia fica
prostrado,
deixando de
ingerir água e
alimentos), faz
com que se instale
um quadro de
desidratação.
→ A desidratação, de
início, atua com maior
intensidade no espaço
intersticial. Isso ocorre pois
com a perda de água
corpórea generalizada,
mecanismos de manutenção
hídrica dentro das células e
dos vasos são ativados, já
que a presença de
quantidades normais de
líquido nos vasos e dentro
das células é fundamental
para o indivíduo se manter
vivo. Como a água do
espaço intersticial é de
menor importância no
organismo do que a dos
outros espaços citados, o
organismo primeiramente
faz uso dessa reserva
intersticial de líquido, o que
gera um Déficit de líquido no
Espaço Intersticial.
→ Através da anamnese e
do exame físico já se pode
classificar o paciente em
percentual/grau de
desidratação:
-Indetectável: < 4%;
-Grau leve: 4-5%;
-Grau moderado: 6-8%;
-Grau grave: 10-12%;
-Grau gravíssimo
(desidratação severa,
hipovolemia, choque, risco
iminente de morte): 12-15%.
→ Objetivo de realizar
Fluidoterapia:
- Animais com grau leve,
moderado e grave:
Reposição de volume
perdido. Pode ser feita
lentamente.
- Animais com
desidratação severa
(>12%): Regime de
Ressuscitação (há
necessidade de reversão
rápida do quadro). São
administrados grandes
volumes de fluido e de forma
rápida no intuito de retirar o
paciente do estado de
choque hipovolêmico.
→ Sinal clássico de
desidratação:
O sinal mais clássico de
desidratação pode ser
observado através do
Turgor cutâneo
(pregueamento de pele
na região toracolombar).
Como há pouca
quantidade de líquido no
espaço intersticial no
paciente desidratado, ao
puxar e soltar a pele do
animal, a mesma
demora a voltar a seu
estado natural.
→ Identificação da
desidratação:
É feita através da
anamnese + exame
físico + exames
laboratoriais
complementares.
-Anamnese: relato do
tutor referente a falta de
ingestão hídrica e
alimentar sugere
paciente desidratado;
-Exame físico: é onde
podemos confirmar o
relato do tutor através da
utilização de parâmetros
clínicos para avaliar grau
de hidratação ou
desidratação dos
pacientes. São
observados: turgor
cutâneo, umidade de
mucosas, posição do
globo ocular e nível de
consciência do paciente;
-Exames
complementares
laboratoriais:
Hematócrito e Proteína
total. Ambos mensuram
sólidos totais presentes
no sangue. Sendo
assim, um paciente
desidratado apresenta
esses marcadores
aumentados.
→ ⬆Ht
→ ⬆Pt total
→ ⬆Densidade
Urinária
(considerando um
paciente com função
renal normal)
→ ⬆Uréia e
Creatinina
(Azotemia
pré-renal): pela
diminuição do fluxo
sanguíneo renal por
conta de hipotensão
e hipovolemia
geradas pela
desidratação
(mecanismo do
organismo para
preservar volume de
sangue para
coração, cérebro e
grandes vasos,
causando
vasoconstrição para
os demais órgãos e
tecidos).
→ Não se deve usar
solução hipertônica.
→ São utilizadas
soluções cristalóides
isotônicas (de tonicidade
semelhante à do
plasma);
→ Para casos de
vômito e diarréia
(perdas
gastrointestinais) as
soluções de
preferência são
soluções com
eletrólitos. Essas
soluções são mais
balanceadas, ou seja, a
sua composição em
termos de eletrólitos é
parecida com a
composição plasmática:
● Solução Ringer
com lactato;
● Solução Ringer
simples;
● Solução
fisiológica e
glicofisiológica.
→ A solução glicosada a
5% pode ser usada
também, porém ela não
possui eletrólitos, e
quando estamos diante
de pacientes com vômito
e diarréia é importante
que se faça a reposição
de eletrólitos. Sendo
assim, a solução
glicosada é utilizada
mais para manutenção,
exceto se o paciente tiver
hipoglicemia associada
(mas nesses casos
geralmente não se usa a
solução de glicose a 5%,
mas sim ampolas de
glicose com
concentrações bem
maiores).
Afecção a
ser tratada
Causas Como identificar? Tratamento Fluidoterápico (REGIME DE
RESSUSCITAÇÃO)
Hipovolemia → A hipovolemia Alguns achados clínicos indicam situações de → Com uso de CRISTALÓIDES:
Natáli� Baron� Spach�
se instala quando
há perda aguda
de volume
circulante. Isso
pode ser
decorrente de:
-Desidratação
grave;
-Grandes
hemorragias
(politraumatismos)
.
hipovolemia e choque. Esses sinais são conhecidos
como Estágios do Choque:
→ Estágio 1 - paciente compensado: Há atuação de
mecanismos compensatórios tentando restabelecer
volume sanguíneo e pressão sanguínea:
-Liberação de adrenalina e noradrenalina. A maior
liberação de catecolaminas provoca vasoconstrição
periférica, concentrando o fluxo de sangue para grandes
vasos, cérebro e coração;
- FC e FR de normais a aumentadas (taquicardia e
taquipnéia), pois pacientes estão sob o efeito de
adrenalina;
-Paciente alerta, assustado, atento (estado de luta ou
fuga).
→ Estágio 2 - paciente com descompensação
inicial:Nessa fase também ocorre atuação dos
mecanismos compensatórios com liberação de muita
adrenalina e noradrenalina, mas o paciente começa a
apresentar outros sinais como:
- Taquicardia e Taquipnéia mais pronunciadas;
- Mucosas pálidas;
- TPC < 2seg (dentro da normalidade) → isso
ocorre graças a liberação de adrenalina e
noradrenalina;
- Pulso fraco com sinais iniciais de hipotensão e
hipotermia;
- Nível de consciência diminuído em relação ao
do estágio 1.
→ Estágio 3 - paciente em descompensação
terminal:Esta é a fase tardia do choque. Os pacientes
nessa fase apresentam:
- FC reduzida;
- Mucosas pálidas ou cianóticas;
- TPC ausente;
- Pulso fraco;
- Hipotensão severa;
- Hipotermia;
- Alto nível de alteração de consciência (estado
de estupor).
● Faz-se o volume de fluido em bolus IV
de 20ml/kg, podendo chegar até a
valores de 90ml/kg em cães e de 10 a
50ml/kg em gatos.
● Preconiza-se estabilizar os animais
antes de se chegar aos valores “teto”
de administração.
● O risco dessa prática é uma
administração de fluido em excesso, o
que pode gerar edemas.
● Exemplificando em cães:
○ Inicia-se com um bolus de
20ml/kg durante 10 minutos;
○ Se em 10 minutos o animal
não apresentar melhora,
deve-se acrescentar 10ml/kg
de fluido a cada 10 minutos;
○ Se após 30 minutos o
paciente ainda não tiver
respondido à terapia, é
indicada a associação de
simpatomiméticos como
Efedrina, Dopamina ou
Dobutamina, no intuito de
elevar a PA;
○ Deve-se monitorar os sinais
vitais do paciente,
principalmente a Pressão
Arterial, que em pacientes em
choque é menor do que
80mmHg.
○ O paciente se mostra
estabilizado quando possui
PA igual ou maior do que 80
mmHg.
→ Com uso de COLÓIDES:
● São realizados bolus menores do que
os de cristalóides. São bolus de 5 a
10ml/kg EV durante 10 a 20 minutos
(tempo maior do que quando se usa
somente cristalóides);
● Além do colóide, administra-se
conjuntamente 10mg/kg de solução
cristalóide e se observa a resposta do
paciente durante o processo;
● A diferença básica da ressuscitação
com colóides é que o fluido colocado
dentro dos vasos possui também
macromoléculas que tendem a
permanecer mais tempo no espaço
vascular. Por conta disso os colóides
são chamados de expansores de
volume plasmático → levam ao
aumento da PA (desejado em paciente
com hipovolemia);
● Os colóides sintéticos possuem maior
quantidade de moléculas maiores do
que os colóides naturais, como o
plasma. Sendo assim, os colóides
sintéticos possuem maior capacidade
de expansão do volume plasmático.
Além disso, há menos risco de reaçõesadversas quando se trabalha com
colóides sintéticos, em relação aos
naturais.
→ Com uso de SOLUÇÃO SALINA
HIPERTÔNICA 7,5%:
● Essa solução é uma solução cristalóide
que pode ser utilizada em pacientes
com choque, porém não é indicada
para uso em pacientes com
desidratação;
● É aplicada em menor volume do que as
duas soluções anteriormente citadas: 3
a 5 ml/kg em bolus IV;
Natáli� Baron� Spach�
● Essa solução tem alta osmolaridade
pois contém muito sódio.
Administrando, então, essa solução por
via endovenosa o sódio aumenta a
osmolaridade plasmática e acaba
atraindo água para dentro dos vasos.
Isso aumenta o volume circulante e
aumenta a PA.
● Em uma situação de hipotensão é
desejável. Porém, quando temos um
paciente que já está desidratado (como
no caso das gastroenterites), a solução
hipertônica já não surte tanto efeito. →
O efeito da solução hipertônica é de
atrair para o meio vascular, a água
presente no interstício, porém os
animais com desidratação intensa
possuem pouca água no interstício,
tornando o efeito da solução hipertônica
nulo ou gerando agravamento da
desidratação intersticial e intracelular.
● A solução hipertônica, portanto, terá
melhor resultado em pacientes com
condição hídrica normal. Sendo assim,
ela é mais utilizada para pacientes que
cursam SOMENTE com hipovolemia
(casos de pacientes politraumatizados
e com choques hipovolêmicos em
decorrência dos traumas). Em
pacientes desidratados por uma
gastroenterite não se utiliza a solução
hipertônica, pois pode agravar a
desidratação intersticial e pode gerar
problemas intracelulares.
Tipos de Fluido para Fluidoterapia
Soluçõe� Cristalóide� Soluçõe� Colóide�
● Compostas basicamente por água com eletrólitos e
glicose
○ exceto a solução glicosada, que não contém
eletrólitos;
● São baratas;
● Exemplos:
○ Solução ringer;
○ Solução ringer com lactato;
○ Solução fisiológica (NaCl 0,9%);
○ Solução glicosada a 5%;
○ Solução glicofisiológica.
● As soluções cristalóides são líquidos que quando
administrados em via endovenosa, permanecem pouco
tempo no espaço vascular, extravasando rapidamente
para o interstício → por esse motivo são muito
empregadas para correção de desidratação;
● Cuidados em relação ao volume de fluido
administrado:
○ Não administrar volume excessivo pois isso
pode gerar formação de edemas. Se gerar
edema pulmonar, há risco de óbito.
○ Calcular bem o volume a ser administrado em
gatos e em cães muito pequenos.
● Contém moléculas de peso molecular elevado;
● São mais caras do que as soluções cristalóides;
● Exemplos:
○ Colóides Naturais:
■ Sangue total ou Derivados do
sangue (ex.: plasma) → líquido +
células + albumina (alto peso
molecular), etc.
○ Colóides Sintéticos:
■ Soluções de amido a 6% (solução
composta por Amilopectina. Seu
nome comercial é Voluven);
■ Soluções à base de hidroxietilamido
a 6% (nome comercial: Plasmin).
Vias de Administração de fluidos
Intravenosa ou
Endovenosa
Intramedular/Intraóss
ea
SC Intraperitoneal Oral (enteral)
Natáli� Baron� Spach�
É a via de
administração
preferencial, sobretudo
em casos mais graves
(hipovolemia).
É uma boa opção para
administração em
pacientes muito
pequenos, como
neonatos, nos quais a
punção das veias é
difícil.
Realiza-se a
administração com a
colocação de uma
agulha no canal
medular de ossos como
fêmur e crista ilíaca.
Quando feito por essa
via de administração, o
fluido tem absorção
bastante lenta, por
conta disso essa via
não é indicada para
pacientes em estado
grave.
Podem ocorrer reações
cutâneas no local de
administração.
Utilizada para volumes
de aplicação entre 50 a
100ml.
Via não muito
recomendada por ser
mais invasiva, com
risco de contaminação
e mais dolorida.
É a via de
administração “mais
fisiológica”, mas possui
a limitação do paciente
estar apresentando
quadro de vômito, por
exemplo.
(Cães e Gatos
apresentam vômito com
um problema muito
frequente. Nesses
pacientes com vômito a
administração oral não
é suficiente).
ETAPAS DA FLUIDOTERAPIA
1) Reposição de déficit
➔ A estipulação/cálculo do déficit hídrico é feita a partir do percentual
de desidratação observado no exame físico do paciente:
Volume de fluido a ser administrado (mL) = (% de desidratação x peso do animal x 10)
➔ Quando a reposição do déficit ocorre em situação de emergência ela
é chamada de Regime de Ressuscitação.
➔ Quando a reposição do déficit ocorre em situação não emergencial,
apenas para reidratação, e não para restabelecimento rápido da
volemia e da pressão, ela é chamada de Regime de Reposição.
2) Manutenção
➔ Ocorre depois da reposição do déficit
considerando requerimentos basais de
líquido em 24h e uma estimativa das
perdas.
1a) Regime de Ressuscitação 1b) Regime de Reposição Basal + Perdas
● Regime de reposição de
déficit para pacientes
emergenciais
(hipovolêmicos e com
hipotensão severa - com
risco iminente de morte);
● Consiste na administração
de grandes volumes de
fluido (em bolus) por via
endovenosa em um curto
espaço de tempo (5 a 10
min. por bolus).
● Regime de reposição de
déficit para pacientes não
emergenciais.
● É realizada infusão lenta, ao
longo de várias horas (6 a 8
horas iniciais do primeiro dia
de internação)
● Administra-se uma quantidade específica
de fluido determinada pelo cálculo que
leva em consideração:
○ o requerimento basal do volume
de líquido que o animal precisa
ingerir em 24h ;
○ e a estimativa das perdas de
líquido que estão ocorrendo (se
for perda por vômito e diarréia
intensos, utilizam-se valores de
perda de 40 a 60ml/kg/dia)
● Requerimento basal:
○ Calculado em média por
50mL/kg/dia.
○ Cães de porte grande: esse
valor pode ser menor, pois o
animal é mais pesado → 30 a
40mL/kg/dia
○ Gatos ou Cães de porte
pequeno: considerar um volume
de requerimento basal maior →
60 a 70 mL/kg/dia.
● Perdas gastrointestinais:
○ São perdas não muito sensíveis,
ou seja, de difícil mensuração
exata. Por conta disso,
utilizam-se valores estimados
entre 40 a 60 mL/kg/dia (média
de 50mL/kg/dia).
Ordem das etapas da fluidoterapia:
● Paciente Desidratado gravemente e hipovolêmico (em choque): 1 → 1a → 1b → 2
○ Pacientes que são acometidos por gastroenterites geralmente cursam com desidratação (déficit de líquido no
espaço intersticial) por conta de perda por vômito e diarréia, e hipovolemia (déficit no volume vascular) associados.
São casos emergenciais.
Natáli� Baron� Spach�
○ Nesses casos, a hipovolemia deve ser corrigida prioritariamente, e isso é feito através do Regime de ressuscitação
(ETAPA 1a), onde parte do fluido a ser administrado (definido pelo cálculo do déficit (ETAPA 1) é realizado.
○ Após o Regime de ressuscitação, o paciente recebe o restante do fluido calculado anteriormente na ETAPA 1b, a de
Regime de Reposição.
○ Exemplo de caso → Animal com 10kg da entrada no HOV no dia 1, com 12% de desidratação:
■ 1) Cálculo do déficit hídrico (ETAPA 1):
● 12 x 10 x 10 = 1200 mL
■ 2) Regime de ressuscitação (ETAPA 1a):
● No regime de ressuscitação o animal recebeu 400 ml de fluido em 30 min, que deve ser subtraído
do volume total calculado→ 1200 - 400 = 800mL
■ 3) Regime de reposição (ETAPA 1b):
● Os 800ml restantes do volume de déficit serão administrados de forma mais lenta (nas primeiras 6
a 8h), pois o paciente já saiu do estado de choque e portanto não precisa mais do regime de
ressuscitação;
■ 4) Fluidoterapia de manutenção (ETAPA 2):
● Nesse ponto acabamos de repor o déficit hídrico do animal e nas horas seguintes até completar
as primeiras 24h faz-se o volume de fluidoterapia basal + perdas.
■ 5) No caso de o animal precisar ficar internado mais de 1 dia (mais de 24h):
● Se o animal necessitar ficar mais de um dia internado, no segundo dia a fluidoterapia instituída
será somente com o volume basal + perdas, pois nesse dia o paciente já não tem mais déficit
hídrico (ele está em equilíbrio hídrico desde que foi aplicado o volume de fluidoterapia referente a
reposição de déficit).
● Paciente Desidratado, mas não em estado de choque: 1 → 1b → 2
○ Exemplo de caso → Animalcom 10kg dá entrada no HOV as 8h00 da manhã, com 8% de desidratação:
■ 1) Cálculo do déficit hídrico:
● 8 x 10 x 10 = 800mL
■ 2) Reposição do déficit hídrico (ETAPA 1 e 1b):
● A reposição do déficit deve ser feita nas primeiras 6h de internação do animal, ou seja, 800mL
distribuídos das 8h00 da manhã até as 14h00 da tarde.
■ 3) Cálculo do requerimento basal e das perdas (ETAPA 2):
● requerimento basal médio = 50ml/kg/dia
○ animal com 10kg → requerimento basal = 500ml/dia
● perdas médias = 50mL/kg/dia
○ animal com 10kg → perdas = 500ml/dia
■ 4) Estabelecimento do volume de manutenção (ETAPA 2):
● Volume de manutenção = requerimento basal + perdas = 500ml/dia + 500ml/dia = 1000mL/dia
■ Em resumo:
● Para esse animal deveria ser feito 800mL para reposição do déficit nas primeiras 6h (até as 14h),
e durante as 18h restantes do dia (24h de internação) administrar 1L (até às 8h do dia seguinte).
● Volume total administrado em fluidoterapia = 1,8L
Observações quanto às etapas de fluidoterapia:
● A reposição de déficit e a manutenção basal e de perdas devem ser realizadas durante as primeiras 24 horas de internação
do paciente.
○ Opções de administração:
■ administrar o volume de reposição de déficit durante as primeiras 6 horas de internação e o volume de
manutenção durante as 18 horas finais do dia.
■ dividir o volume total a ser administrado na fluidoterapia (reposição + manutenção) durante as 24 horas do
primeiro dia de internação.
○ Apesar de termos estas duas opções, o mais recomendado é que se faça o cálculo em separado do volume de
reposição e do de manutenção pois muitas vezes, no fluido de manutenção necessita-se de adicionar cloreto de
potássio, já que os animais que cursam principalmente com vômito e diarréia e que não estão se alimentando bem,
precisam de reposição deste sal (estão hipocalêmicos). Para a reposição de potássio temos que nos atentar a
velocidade de administração (existe uma velocidade que não pode ser ultrapassada). A velocidade deve ser lenta
para não ter risco de causar arritmias.
Fluidoterapia de MANUTENÇÃO:
● Na fluidoterapia de manutenção deve-se evitar que todo o volume de manutenção seja baseado somente em ringer e
ringer+lactato, pois se isso ocorrer, há risco de acabarmos fornecendo sódio em excesso para o paciente;
● A administração de sódio em excesso gera muita sede no animal e pode causar alterações cardíacas e edemas;
Natáli� Baron� Spach�
● É recomendado então, que para a fluidoterapia de manutenção se intercale solução de ringer com solução glicosada na
proporção 1:2 respectivamente;
● O volume de manutenção deve ser recalculado por dia (a cada 24h) e a fluidoterapia de manutenção é realizada até o
momento de alta hospitalar.
● A alta hospitalar ocorre a partir do momento que o animal vai aceitando os volumes necessários de fluido por via oral, e
portanto não há mais necessidade de administração IV e nem de internação.
Transfusão sanguínea (HEMOTERAPIA):
Transfusão Sanguínea ou Hemoterapia
Definição Ato de transferir sangue ou hemocomponente de um doador para um receptor.
Material
Transfusionado
Sangue total Mais comum de ser transfusionado.
Hemocomponentes São derivados do sangue.
A transfusão de Hemocomponentes é mais comum na medicina humana.
Exemplos:
● Concentrado de hemácias;
● Plasma fresco congelado;
● Crioprecipitado (rico em fator VII e usado para tratar hemofilia)
Tipos sanguíneos Cães Os tipos sanguíneos caninos são denominados de DEAs (Antígenos Eritrocitários
Caninos, traduzidos do Inglês). Existem ⅞ subtipos sanguíneos de cães:
● DEA 1.1, 1.2 e 1.3;
● DEA 3
● DEA 4
● DEA 5
● DEA 7
Em relação aos gatos, os cães toleram melhor a transfusão sanguínea do que os
gatos, sendo que na 1ª transfusão, os cães raramente apresentam reação
transfusional.
Gatos ● Tipo A
● Tipo B
● Tipo AB
Seleção do
doador
Cães ● O cão doador deve:
○ Ser saudável;
○ Ter mais de 25kg;
○ Ter fácil acesso a jugular;
○ Ter bom temperamento e boa condição física;
○ Não ter histórico de recepção de transfusão sanguínea anterior;
○ Ser negativo para DEA 1.1, DEA 1.2 e DEA 7, que são os
subtipos sanguíneos mas reativos;
○ Possuir Ht > 40%.
Gatos ● O gato doador deve:
○ Ter mais de 4,5kg;
○ Ter bom temperamento e boa condição física;
○ Possuir Ht > 35%;
○ Ser negativo para FIV e FeLV
Coleta Cães ● O animal deve estar posicionado em decúbito lateral ou esternal;
● A coleta é feita por punção da veia Jugular;
● Coleta de 450ml de sangue
○ ATENÇÃO: A bolsa de 450ml de sangue possui quantidade de
coagulante específica para esse volume. Se não se consegue
coletar 450mL, o sangue dentro da bolsa fica com alta
concentração de anticoagulante e isso gera maior potencial de
geração de reações adversas/trasnfusionais.
Gatos ● O animal deve ser sedado (Quetamina + Diazepam) para a realização da
coleta, mesmo que seja um animal dócil;
● Posicionamento do animal em decúbito dorsal;
● É feita a coleta de 60mL de sangue diretamente em seringa com
anticoagulante.
Natáli� Baron� Spach�
Reação Cruzada
(Teste de
Compatibilidade)
Em laboratório,
primeiramente, é
feita a
centrifugação dos
sangues de
doador e receptor.
Maior Mistura-se hemácias do doador com plasma do receptor.
Menor Mistura-se hemácias do receptor com plasma do doador.
Controle O controle é o sangue total do doador (hemácias + plasma)
Análise da Reação
cruzada
Reação cruzada positiva:
● Aglutinação Macroscópica: observação de aglutinação de hemácias (indica
que existem Acs se ligando a Hemácias)
● Aglutinação microscópica: formação de grumos de células vermelhas
(hemácias não podem ser individualizadas)
Em caso de reação cruzada positiva, o sangue não deve ser usado no paciente
(exceção se for um cão em primeira transfusão!)
Reação cruzada negativa:
● Aglutinação ausente
Formas de
administração do
sangue
Via A via mais usada é a endovenosa (EV), e é feita em veias como:
● Safena;
● Cefálica;
● ou Jugular.
Tempo Nos primeiros 15 minutos fazer a infusão mais lenta e observar se o receptor
apresenta sinais adversos de reação transfusional. Se isso ocorrer deve-se
suspender o uso daquele sangue naquele paciente.
A transfusão total é feita ao longo de 3 a 4 horas ○ não se deve aumentar muito o
tempo para transfusão do sangue pois os componentes do sangue vão se
degradando, principalmente com a temperatura ambiente.
Natáli� Baron� Spach�
Dose Estima-se 20ml de sangue / kg de PV animal, ou pode se realizar um cálculo
utilizando a fórmula:
A dosagem por cálculo e não por estimativa, é recomendada para animais que
cursam com anemia muito severa (Ht < 15 - 12%).
Outro método de calcular a dosagem a ser administrada é utilizando a proporção de
que a cada 2,2 ml de sangue/ kg de animal, gera-se um aumento de 1% no Ht.
Reações
Transfusionais
Tipos ● Febres;
● Tremores;
● Vômito;
● Urticária;
● Angioedema;
● Anafilaxia;
● Choque;
● Infeções;
● Tromboembolismo;
● Hipocalcemia (pode ocorrer por excesso de anticoagulante no sangue
transfundido).
Procedimentos em
caso de reações
● Interrupção imediata da transfusão;
● Fluidoterapia;
● Glicocorticóides;
● Adrenalina, em caso de choque anafilático.
Dermatologia:
Abordagem direcionada ao problema (principais sintomas dermatológicos associados às doenças nas quais aparecem)
Enfermidades causadoras Abordagem diagnóstica geral
Prurido ● Ectoparasitoses (Escabiose, Queiletielose, Pediculose,
Otocaríase, Demodiciose);
● Hipersensibilidades (Dermatite alérgica à picada de pulga,
Alergia alimentar, Dermatite atópica);
● Infecções (Piodermites bacterianas; Malasseziose;
Dermatofitose)
Investigação do prurido:
1. Descartar
ectoparasitismo: pente
fino, Exame
Parasitológico por
Raspado Cutâneo e
teste terapêutico;
2. Avaliar para piodermite e
malasseziose com
auxílio de citologia,
cultivos e testes
terapêuticos;
3. Investigar doenças
alérgicas através do
controle de
ectoparasitos, dieta
teste, ambiente e teste
terapêutico;
4. Se até esse ponto não
se chegou a nenhum
diagnóstico, pode-se
recorrer a realização de
exames complementaresauxiliares: cultivo fúngico
ou biópsia e
histopatologia..
Alopecia ● Localizada:
○ Demodiciose e Dermatofitose
● Multifocal:
○ Demodiciose
○ Dermatofitose
Na alopecia, independente da
distribuição das lesões, sempre
há suspeita de Demodiciose e
Dermatofitose:
● sugestivo de
Natáli� Baron� Spach�
○ Piodermite
● Difusa Simétrica:
○ Demodiciose
○ Dermatofitose
○ Hipotireoidismo
○ Hiperadrenocorticismo
demodíciose e
dermatofitose.
○ Todo paciente
dermatopata,
com ou sem
prurido, deve
ser avaliado
para
demodiciose E
dermatofitose
SEMPRE,
através de
raspado
cutâneo e
cultivo para
dermatófitos.
Lesões Ulcerativas em
felinos
As úlceras geram exposição do colágeno dérmico.
Os diagnósticos diferenciais são feitos de acordo com a área
anatômica acometida pelas lesões.
● Úlcera focal:
○ Úlcera indolente;
○ Placa eosinofílica;
○ Esporotricose:
○ Granuloma eosinofílico;
○ Picadas de inseto;
○ Queimaduras;
○ Farmacodermia
→ Para esses casos realizar Citologia, Biópsia e Cultura.
● Nariz e face:
○ Esporotricose;
○ Criptococose;
○ Carcinoma de Células Escamosas (CEC);
○ Hipersensibilidade à picada de inseto;
○ Pênfigo;
○ Linfoma;
○ Farmacodermia;
○ Queimadura.
→ Para esses casos realizar Citologia, Biópsia e Cultura.
● Generalizada:
○ Dermatite miliar;
○ Farmacodermia
○ Neoplasia
○ Queimadura.
→ Para esses casos realizar Citologia, Biópsia e Cultura.
● Mucocutânea:
○ Uremia;
○ Pênfigo vulgar;
○ Lúpus sistêmico;
○ Farmacodermia;
○ Infecção viral;
○ Infecção bacteriana.
→ Para esses casos realizar Citologia, Biópsia e Bioquímica
sérica.
Doenças dermatológicas
Características Diagnóstico Tratamento
Escabiose canina
(zoonose)
→ Enfermidade parasitária
contagiosa e bastante pruriginosa;
→ Agente etiológico: Sarcoptes
scabie var. canis;
→ O diagnóstico da
escabiose é formado
pelos
sintomas/histórico do
→ Sabonete tópico a base de
enxofre, Monossulfiram tópico e
Amitraz tópico: são medicamentos
mais antigos e que não são mais
Natáli� Baron� Spach�
→ Pode ocorrer inflamação
secundária ao prurido gerando o
aparecimento de lesões
eritematosas (vermelhidão);
→ Sinais comuns:
● Pápulas;
● Alopecia;
● Eritema;
● Crostas (formadas a partir
da secagem de
exsudatos);
● Escoriação;
● Liquenificação,
Hiperpigmentação e
alterações de
ceratinização como
descamação exacerbada
(na forma crônica da
doença) e
● Linfadenopatia.
→ Principais locais acometidos:
● Pavilhão auricular;
● Membros;
● Região látero-ventral do
corpo do animal.
→ Dermograma da escabiose
canina:
● Lesões distribuídas de
forma simétrica e bilateral,
acometendo o segmento
cefálico, principalmente a
margem do pavilhão
auricular.
● Lesões nas articulações
dos membros torácicos e
pélvicos e acometimento
de toda a região lateral e
ventral em casos
avançados da doença.
● O dorso do animal não é
acometido na maioria
dos casos.
Dermograma da Escabiose Canina
→ A escabiose é uma doença
pouco responsiva à
glicocorticóides.
animal de prurido muito
importante não
responsivo à
corticoterapia,
associados à Exame
parasitológico do
Raspado Cutâneo.
Quando não se
consegue resgatar o
ácaro causador no
raspado cutâneo,
realiza-se o diagnóstico
terapêutico.
→ Achado negativo no
exame parasitológico
NÃO DESCARTA a
possibilidade de ser um
caso de escabiose, pois
o agente é difícil de ser
isolado.
→ No exame físico se faz
o teste do Reflexo
Otopodal:“O reflexo
otopodal, é um exame de
fácil realização, sendo
altamente subjetivo para
a escabiose, mas que
apresente 80% de
exatidão. Ele consiste em
se friccionar o pavilhão
auricular do animal,
desencadeando assim
um reflexo automático de
coceira (HNILICA,
2012).”
(http://www.uece.br/cienciaanima
l/dmdocuments/12.%20V%20CE
SMEV%20-%20RELATO%20CA
SO.pdf)
tão utilizados atualmente. Obs.:
Amitraz NÃO pode ser usado em
felinos!
→ Fipronil: É uma droga segura
para filhotes, gestantes e lactantes.
● Também é utilizada para
tratamento de infestação
por pulgas e carrapatos;
● É feita aplicação tópica do
Fipronil em 3 doses
separadas entre sí por 3
semanas cada.
→ Contactantes e
Ambiente:Desinfecção do ambiente
e tratamento de animais e humanos
que entraram em contato com
animal e meio contaminados.
→ Ivermectina (avermectina):
● Não utilizar nas raças
sensíveis à droga (Collies,
Shetland Sheepdog, Old
English Sheepdog,
Australian Sherpherd,
Border Collie e seus
mestiços);
● Para raças não sensíveis à
droga, é um fármaco
eficiente e seguro;
● Ivermectina por via oral ou
parenteral pode ser feita
semanalmente ou
quinzenalmente,
respectivamente, e o
tratamento deve ser por 4
a 5 semanas.
→ Selamectina (avermectina):
● Aplicação tópica;
● É uma medicação segura
até para as raças
sensíveis à Ivermectina;
● É eficaz no tratamento de
escabiose;
● Além de combater o
Sarcoptes scabiei, atua pra
outros agentes etiológicos
também: Otodectes
cynotis, Ctenocephalides
spp., carrapatos e
parasitas gastrointestinais.
→ Moxidectina + Imidacloprida:
● Aplicação tópica;
● Possui mesma restrição de
raças da Ivermectina.
→ Fluralaner (Bravecto): é uma
opção terapêutica para tratamento
de sarna sarcóptica. Atua contra
pulgas, carrapatos e escabiose.
→ Sarolaner (Simparic): Eficaz para
tratamento de escabiose.
Pediculose - Piolhos → A Pediculose é uma afecção que
ocorre em baixa frequência, pois é
automaticamente tratada por
medicamentos endoparasiticidas
usados comumente em rotina
http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/12.%20V%20CESMEV%20-%20RELATO%20CASO.pdf
http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/12.%20V%20CESMEV%20-%20RELATO%20CASO.pdf
http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/12.%20V%20CESMEV%20-%20RELATO%20CASO.pdf
http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/12.%20V%20CESMEV%20-%20RELATO%20CASO.pdf
Natáli� Baron� Spach�
antiparasitária.
→ A pediculose tem como agentes
etiológicos, alguns piolhos
mastigadores ou sugadores de
sangue:
● Trichodectes canis
(mastigador);
● Heterodoxus spiniger
(mastigador);
● Linognatus setosus
(sugador);
(https://www.sciencedirect.com/topics/agricult
ural-and-biological-sciences/trichodectes-cani
s)
DAPP (Dermatite
Alérgica à Picada de
Pulga)
→ É uma dermatite
pápulo-crostosa que gera prurido;
→ Causada por
hipersensibilidade a componentes
proteicos da saliva da pulga
(Ctenocephalides canis).
→ É uma enfermidade muito
frequente no Brasil e pouco
frequente ou ausente em países
onde os invernos são rigorosos.
→ Sinais:
● Pápulas;
● Crostas;
● Escoriações;
● Alopecia;
● Eritema;
● Hiperpigmentação;
● Dermatite Úmida Aguda
(DUA)
→ Localização das lesões em
cães: Lesões primárias e
secundárias na região dorsal e
ventral da metade caudal do corpo
do animal. Forma-se um "triângulo"
da DAPP na região dorsocaudal do
animal.
Podem ocorrer enfermidades
seborreicas secundárias à DAPP e
liquenificação em quadros crônicos.
As lesões poupam o segmento
cefálico e os membros dianteiros,
Dentre os fármacos disponíveis
para tratamento da DAPP, a escolha
é pela preferência pessoal do
veterinário.
→ Fipronil;
→ Imidacloprida;
→ Lufeneron +/- milbemicina;
→ Selamectina;
→ Nitempiram;
→ Isossalazinas (Fluralaner e
Sarolaner): são drogas mais
recentes e que podem ser utilizadas
para tratamento da DAPP, assim
como da escabiose;
→ Controle do ambiente: não tratar
o ambiente significa ausência de
controle da pulga no ambiente e,
portanto, também nos animais;
→ Anti-histamínicos e
glicocorticóides: são utilizados para
controle sintomático do prurido
gerado pela DAPP.
→ Tratar infecções associadas com
uso de ATBs tópicos ou sistêmicos.
https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/trichodectes-canis
https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/trichodectes-canis
https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/trichodectes-canis
Natáli� Baron� Spach�
se concentrando na região médio -
caudal em arranjo mediodorsal e
ventral
→ Localização das lesões em
gatos:
Em felinos a DAPP se manifesta
principalmente na região cervical,
dorsal e ventral e é caracterizada
pela presença de inúmeras pápulas
escamocrostosas.A patologia também leva à
hiperpigmentação.
Alergia Alimentar
(Reação adversa a
alimentos (RAA) ou
intolerância alimentar)
→ A alergia alimentar é uma
doença pruriginosa não sazonal
que se instala por
hipersensibilidade a alérgenos
alimentares;
→ Quando já se descartou
diagnóstico de DAPP, escabiose,
infecções bacterianas e de
infecções micóticas, há suspeita de
que o animal possua alguma
alergia alimentar;
→ A alergia alimentar não
apresenta padrão de reação típico,
como ocorre nas doenças referidas
anteriormente);
→ Não há predisposição racial ou
sexual para a alergia alimentar;
→ As alergias alimentares são mais
comuns de serem relativas à
proteínas.
→ Alérgenos alimentares mais
frequentes:
● Carne bovina;
● Leite;
● Frango;
● Ovos;
● Laticínios.
→ Sinais clínicos
dermatológicos:
● Otite externa somente;
● Lesões dermatológicas
generalizadas;
● Lesões somente em
região lombossacra;
períneo e/ou axila;
● Lambedura;
● Pododermatite;
● Piodermite ou
malasseziose associadas;
● Fístula perianal;
● Resposta variável à
corticoterapia;
● Sinais gastrointestinais
estão presentes em
apenas 10 a 15% dos
pacientes. Nesses casos
ocorrem vômitos e
constipação.
● Em gatos: a região cranial
do corpo é acometida
pelas lesões. Animal pode
apresentar alopecia
simétrica e bilateral.
→ A RAA é diagnóstico diferencial
para várias doenças pruriginosas
como otite, escabiose, DAPP, etc.
→ 1) Descartar a
possibilidade de outras
doenças causadoras de
prurido;
→ 2) Reconhecer se o
animal possui infecções
no momento do exame
físico;
→ 3) Tratar o animal com
anti-pulgas.
→ 4) Administração de
dieta caseira com
proteína nova “A restrição
dietética é a única forma
de confirmar ou eliminar
hipersensibilidade
alimentar e deve ser
inicialmente prescrita por
seis a oito semanas,
porém pode-se estender
por até doze semanas.
Consiste em fornecer ao
animal alimentos com os
quais tenha tido pouco, ou
nenhum contato,
como carne de coelho,
peixe, cordeiro ou rã como
fonte de proteína, e arroz
e/ ou batatas como fonte
de carboidratos. A dieta
caseira com esses
ingredientes deve ser a
primeira opção para o
diagnóstico, pois tem-se
uma maior controle das
substâncias que o animal
está ingerindo. Caso não
seja possível, opta-se por
rações hipoalergênicas
comerciais. Após esse
período é ideal realizar a
exposição provocativa
com o alimento anterior,
para assim confirmar a
hipersensibilidade
alimentar . O retorno dos
sinais clínicos, que pode
ocorrer horas ou dias após
a dieta provocativa,
confirma a
hipersensibilidade
alimentar.
Se após o período de teste
o prurido e os sinais
tegumentares persistirem,
conclui-se que o paciente
apresenta dermatite
atópica”
(Caderno Técnico UFMG,
Nº71)
→ Introdução de dieta
hipoalergênica;
→ Uso de anti-histamínicos e
glicocorticóides (têm eficiência
limitada);
→ Se existirem infecções
associadas, estas devem ser
tratadas.
Natáli� Baron� Spach�
(Caderno Técnico UFMG, Nº71)
DA (Dermatite Atópica) → É uma doença alérgica
geneticamente programada
causada por hipersensibilidade aos
antígenos ambientais;
→ A doença é mediada por
anticorpos reagínicos (IgEs).
→ A DA não tem cura, mas tem
controle.
→ Possui patogênese complexa:
● É uma patologia
multifatorial que depende
de uma interação
imunológica bizarra do
indivíduo somada a uma
barreira epidérmica
defeituosa, gerando uma
reação exuberante à
alérgenos.
● Animais geneticamente
predispostos à Dermatite
Atópica possuem
deficiência na produção de
filagrinas e ceramidas, que
formam a barreira
epidérmica no extrato
córneo. Este fator
determina um defeito na
barreira cutânea que
propicia a entrada e
absorção de alérgenos na
camada córnea podendo
gerar reação de
hipersensibilidade.
● Por conta do efeito da
barreira epidérmica o
alérgeno consegue chegar
até os queratinócitos,
sensibilizando-os.
● Ao serem sensibilizados,
os queratinócitos e as
células dendríticas reagem
com resposta imunológica
tipo TH2, produzindo uma
série de interleucinas de
atividade pró-inflamatória
e pruridogênica. Além
disso, essas interleucinas
→ O diagnóstico da
Dermatite Atópica é um
diagnóstico de
EXCLUSÃO.
(Caderno Técnico UFMG, Nº71)
→ O diagnóstico
definitivo de Dermatite
Atópica é determinado
quando há se excluiu
todas as demais causas
possíveis de prurido
(escabiose, alergia
alimentar, DAPP,
Infecções como
piodermites e
malasseziose).
→ Uma das formas de tratamento
da DA é a preparação de vacinas
dessensibilizantes com base no
alérgeno causador, que aplicadas
repetidamente ao longo de um
prazo extenso no paciente, fazem
com que ele fique menos
responsivo ao alérgeno. Mas para
essa abordagem temos que saber a
qual alérgeno o animal possui
hipersensibilidade.
→ Testes in vitro e intradérmicos
possuem utilidade terapêutica, mas
não diagnóstica.
Nesses testes não se estabelece
diagnóstico de DA em sí, mas sim
se diagnostica a qual alérgeno o
animal reage produzindo IgE
reacional.
Tratamento - Dermatite atópica
aguda (INDUÇÃO DE REMISSÃO):
***Indução de remissão:
→ casos mais graves: uso de
corticóides.
→ casos menos graves: uso de
oclacitinib.
Para o tratamento da DA aguda,
deve-se realizar uma abordagem
multifatorial.
● Evitar contato do animal
com potenciais alérgenos
como ácaros, fungos,
pólens, ectoparasitos e
infecções. Esse manejo
ambiental pode ajudar
bastante ao animal ter uma
menor carga alergênica de
contato e portanto sinais
mais brandos;;
● Tratar as infecções que
estiverem presentes;
● Utilizar xampus
hipoalergênicos e
restauradores de barreira
cutânea (xampu
ceramidas, colesterol,
Natáli� Baron� Spach�
provocam ainda maior
deficiência na barreira
epidérmica.
● O prurido gerado leva a
um alto trauma do tecido
acometido, lesando ainda
mais a barreira.
● Uma das IL produzidas
pelos queratinócitos e
células dendríticas
sensibilizadas é a IL 31,
uma IL pruridogênica e
que é um alvo potencial de
tratamento da doença.
● Atenção: A DERMATITE
ATÓPICA CANINA NÃO
RESPONDE BEM A
ANTI-HISTAMÍNICO,
POIS A HISTAMINA É
APENAS UM DOS
FATORES ENVOLVIDOS
NESSA PATOLOGIA.
→ Segundo os autores Prelaud e
Favrot:
● A DA se manifesta em
pacientes com menos de 3
anos de idade;
● A DA pode ser bem
responsiva aos
glicocorticóides;
● É recorrente haver
infecção fúngica ou
bacteriana secundária
associadas à DA.
● Os pacientes com DA
podem apresentar
mordeduras ou
lambeduras dos membros
torácicos e da região
central do pavilhão
auricular;
● A DA não acomete a
margem do pavilhão
auricular, como ocorre na
escabiose. Ela acomete a
região central,
semelhantemente à otite
externa;
● Diferentemente da DAPP,
na DA não há formação de
estruturas pápulo
crostosas.
→ Locais típicos de prurido na
Dermatite Atópica canina:
● Região interdigital ventral
das patas; → gerando
pododermatite;
● Base côncava da pina;
● Meato acústico → gerando
uma otite externa, pelo
comprometimento do
meato acústico;
● Superfície flexora do
metacarpo e metatarso;
● Flexura do cotovelo;
● Axila;
● Abdome
● Região Inguinal
● Região periocular →
ácidos graxos);
● Xampus de fitoesfingosina
(restauradores de barreira
cutânea e
anti-inflamatórios);
● Uso de emolientes e
umectantes para atuar na
diminuição da perda
transepidérmica de água
(TEWL):
○ O Aumento de
TEWL ocorre pela
barreira
epidérmica
defeituosa.
Diminuindo-se o
TEWL, a pele fica
mais hidratada, o
que reduz o
prurido.
● O uso de glicocorticóides
tópicos (como aceponato
de hidrocortisona,
acetonida de triancinolona
e fluorato de mometasona)
de alta ação local e baixa
absorção sistêmica e por
curto espaço de tempo é
interessante para tratar
lesões localizadas;
● Para pacientes com lesões
generalizadas, pode ser
realizada terapia sistêmica
com glicocorticóide ou com
Oclacitinib via oral por
curto período (Oclacitinib:
fármaco que atua contra a
IL 31, que é uma IL pró
inflamatória);
Produtos com pouco ou nenhum
efeito na crise aguda de DA:
● Anti-histamínicos tipo 1;
● Ácidos Graxos essenciais;
● Inibidores de calcineurina
tópico ou sistêmico:
○ Tacrolimus é um
exemplo de
inibidor de
calcineurina. Só
atua bem em
lesões muito
localizadas.Tratamento - Dermatite atópica
crônica (Prevenção e
Manutenção):
Nos casos crônicos, deve-se evitar
fatores que possam ocasionar a
agudização do caso.
● Manejo do ambiente:
Identificar os fatores de
agudização (possíveis
provocadores de
infecções, infestação por
pulgas, poeira com ácaros
etc) e evitá-los;
● Realizar dieta de exclusão
para descartar alergia
alimentar;
● Realizar controle rígido de
Natáli� Baron� Spach�
ocasionando blefarite
(inflamação das
pálpebras);
● Região perioral →
gerando queilite
(inflamação da pele do
lábio)
● Região perianal →
gerando anusite.
→ Em resumo: as 5 “ites”
geralmente presentes em pacientes
com DA são:
● Otite;
● Pododermatite;
● Queilite;
● Anusite e
● Blefarite
ectoparasitos (pulgas e
carrapatos);
● Quando possível, investir
nos testes diagnósticos
para saber a qual alérgeno
o animal é sensível e
então podermos realizar a
Imunoterapia alérgeno
Específica (ITAE) →
Oferece melhora de
qualidade de vida ao
animal e tem poucos
efeitos colaterais em
comparação com os
fármacos que podem ser
utilizados para tratamento;
● Utilização de xampus
hipoalergênicos ou anti
seborréicos de 1 a 2
x/semana;
● Na DA crônica, a
suplementação oral com
Ácidos Graxos Essenciais
é recomendada;
● Ou se faz essa
suplementação oral de
AGEs ou se faz a
suplementação da barreira
cutânea através de AGEs
tópicos;
● Ciclosporina via oral para
controle dos sintomas
(gera menos efeitos
colaterais do que os
corticoesteróides):
○ A ciclosporina via
oral leva de 4 a 5
semanas para
fazer efeito.
Sendo assim, se
o animal precisar
de tratamento
imediato
podemos usar
inicialmente
corticóide
associado à
ciclosporina e, a
partir da 4ª
semana de
tratamento reduzir
o corticóide e
manter a
ciclosporina.
Piodermites
bacterianas
(enfermidade
dermatológica
mais frequente.
É classificada de
acordo com a
camada de pele
acometida)
→ O principal
agente
etiológico das
piodermites
caninas é o
Staphylococcus
pseudintermediu
s
Piodermites
de
superfície
(DUA e
Intertrigo
[das dobras
cutâneas])
● Acometem a camada mais
externa da pele, a
Epiderme;
Dermatite Úmida Aguda:
➢ Também conhecida como
dermatite piotraumática;
➢ É uma dermatite
localizada e de início
muito agudo;
➢ Ocorre formação de placa
alopécica, eritematosa e
exsudativa por conta do
ato de coçar do animal,
que traumatiza o local;
Diagnóstico das
piodermites no geral:
● Histórico do
animal
associado ao
exame físico;
● DEVEM SER
REALIZADOS
SEMPRE:
Exame
citológico,
Cultura fúngica
para Dermatófito
e raspado
Dermatite Úmida Aguda (DUA) -
Tratamento:
● Tricotomia da região;
● Limpeza de crostas e
sujidades com soro
fisiológico;
● Realização de compressas
frias com substâncias
adstringentes;
● Banhos com xampus anti
sépticos à base de
clorexidine ou peróxido de
benzoíla;
● Aplicação de pomadas ou
Natáli� Baron� Spach�
➢ A partir do momento que a
lesão chega no estado
relatado acima, a dor
passa a substituir o
prurido, então o animal
para de se coçar e a
doença pode até ter um
curso autolimitante a partir
daí;
➢ Durante a consulta, o
diagnóstico clínico da DUA
é relativamente fácil. O
que deve ser investigado é
o motivo pelo qual o
animal está causando
trauma à si mesmo;
➢ Condições que
determinam prurido
importante, intenso,
focal e localizado:
○ DAPA (Dermatite
Alérgica à Picada
de Artrópodes);
○ Hipersensibilidad
es (DA,
Alimentar, etc.);
○ Saculite anal
(inflamação das
glâmndulas
adanais);
○ Otite externa;
○ Dor (doenças
ortopédicas);
○ Pelagem
comprida mal
manejada (mal
higienizada).
Animais de
pelagem média a
longa como
Labrador,
Golden, Pastor
Alemão, etc) são
mais
predispostos a
terem DUA;
➢ A DUA tem maior
incidência nas épocas do
ano que são mais quentes
e úmidas.
cutâneo;
● Cultura
bacteriana → a
cultura
bacteriana não
precisa
necessariament
e ser feita em
todos os caso.
Se faz por conta
do aumento de
resistência
bacteriana a
ATBs que vem
ocorrendo;;
● Resposta
terpêutica.
sprays contendo ATBs e
glicocorticóides que devem
ser prescritos para
aplicação/tratamento
domiciliar até a redução do
caso;
● Tratar a base da
autotraumatização,, senão
a doença está fadada a
recorrência.
Impetigo - Tratamento:
● Reconhecimento e
tratamento das
enfermidades
imunossupressoras de
base;
● Tratamento da lesão de
pele propriamente dita:
○ Na grande
maioria das
vezes, o
necessário para
tratamento é uso
de xampus anti
sépticos à base
de clorexidine ou
peróxido de
benzoíla;
○ Utilização de
cremes, géis ou
sprays a base de
antibióticos para
lesões mais
focais;
○ A utilização de
antibioticoterapia
sistêmica é pouco
frequente, salvo
casos de animais
adultos
acometidos.
Piodermites
superficiais
(Impetigo,
Foliculite
superficial,
Piodermite
superficial
extensiva,
Piodermite
mucocutâne
a)
● Grupo de piodermites de
maior prevalência;
Impetigo (dermatite pustulosa
superficial):
➢ Acomete a região ventral e
de pouco pêlo de animais
jovens;
➢ Toda vez que houver
manifestação de dermatite
pustulosa superficial
devemos pensar em
bases imunossupressoras
que possam ter
predisposto ao impetigo:
○ parasitismo;
○ cinomose
○ má nutrição
○ ambiente mal
Natáli� Baron� Spach�
cuidado;
➢ Se a manifestação da
doença for em animais
adultos, e não jovens,
podemos pensar nas
bases imunossupressoras:
○ Síndrome de
Cushing;
○ Diabetes melito;
○ Hipotireoidismo;
○ Imunodeficiência
s.
➢ O Impetigo não acomete
folículo piloso
Foliculite Superficial:
➢ É a inflamação do folículo
piloso;
➢ Não possui padrão típico
de distribuição,
dependendo da doença de
base;
➢ Podem aparecer pápulas,
pústulas foliculares,
alopecia,
hiperpigmentação,
colaretes epidérmicos e
escamo crostas.;
➢ Pode ou não ocorrer
prurido;
➢ A pelagem do animal se
apresenta com aspecto
falhado (“padrão como
roído por traça”).
Piodermite superficial extensiva
(ou esfoliativa):
➢ Doença altamente
esfoliativa na qual ocorre a
coalescência dos
colaretes epidérmicos;
➢ Lesões acometem áreas
ventrais, intertriginosas,
axilar e inguinal;
➢ As lesões são
ocasionadas pela toxina
esfoliativa produzida por
Staphylococcus.
Piodermite mucocutânea:
➢ Acomete junções
mucocutâneas da boca,
nariz, pálpebras e anus;
➢ Cães dolicocefálicos
(como pastores) têm
predisposição à essa
afecção;
➢ Aparecimento de edema,
eritema, despigmentação
e crostas.
Piodermites
profundas
(Foliculite e
Furunculose
,
Pododermat
ites)
● Grande grupo denominado
Síndrome de Foliculite e
Furunculose, cuja
nomenclatura varia de
acordo com a região
anatômica acometida;
● Em piodermites profundas
muito complicadas, além
do agente Staphylococcus
pseudintermedius, tem-se
frequentemente a
Natáli� Baron� Spach�
associação com outras
bactérias, principalmente
as G- (E. coli, Proteus,
Pseudomonas, etc.)
● Piodermites profundas se
caracterizam por 3 fatores
principais:
○ Tratos drenantes;
○ Nódulos
fistuloses
○ Produção e
eliminação de
material
purulento ou
sanguinolento.
Foliculite e Furunculose
Mentoniana:
➢ Presença de pus com
sangue que drena das
lesões profundas;
➢ Mais frequente em cães
jovens e de pelagem
curta;
➢ Não tem cura, somente
controle;
➢ Etiologia desconhecida.
Foliculite e Furunculose Nasal:
➢ Acomete
predominantemente o
plano nasal e ocorre mais
em cães dolicocefálicos;
➢ A afecção é de rápida
progressão e gera lesões
em forma de pápulas e
placas ulcerativas ao redor
do focinho (o focinho
propriamente dito não é
acometido pela lesão de
piodermite nasal).
Foliculite e Furunculose
Generalizadas:
➢ As lesões acometem todo
o corpo do animal;
➢ Sempre devemos nos
atentar a possíveis causas
de base que possam ter
predisposto o animal ao
desenvolvimento da
piodermite profunda:
○ Imunossupressão
○ Demodiciose
○ Dermatofitose
○ Endocrinopatias
○ Seborréia
○ Alergias
○ Infecções
bacterianas
mistas G+ e G-
○ Sepse
Foliculite e Furunculose do
Pastor Alemão:
➢ É uma afecção de cunho
genético;
➢ Acomete animais de meia
idade;
➢ Deve-se tricotomizar todo
o animal para que as
lesões possam ser
mapeadas.
Natáli� Baron� Spach�
Pododermatites:
➢ Piodermite profundaque
acomete patas e região
interdigital;
➢ É uma afecção mais
frequente em machos de
raças de pelame curto;
➢ Acomete mais pastor
alemão, labrador e golden
retriever;
➢ Ocorre formação de
edema, pápulas, nódulos,
bolhas hemorrágicas,
tratos drenantes,
ulcerações, secreção
purulenta e crostas;
➢ Animal tem apoio
dificultado pela dor
causada pelas lesões e
por isso apresenta
claudicação
➢ Etiologia das
pododermatites:
○ Existem diversas
causas para
pododermatites.
Quando a
pododermatite
envolve não
apenas a parte
interdigital, mas
também os
coxins, pode-se
pensar em uma
maior gama de
doenças para
diagnósticos
diferenciais.
Foliculite Piotraumática:
➢ A foliculite piotraumática
aparenta ser uma DUA,
mas não é pois não é
piodermite da superfície,
mas sim profunda
causando foliculite e
furunculose.
Malasseziose Canina ● É uma infecção superficial
causada por fungo
leveduriforme lipofílico
denominado Malassezia
pachydermatis;
● O fungo (agente
etiológico) utiliza gordura
como alimento.
● O fungo é dependente de
oleosidade, atrito,
aumento de temperatura e
aumento de umidade na
pele;
● As lesões são causadas
por hipersensibilidade que
o corpo do animal
desenvolve sobre os
antígenos de superfície do
fungo (proteases, lipases,
fosfolipases,
lipoxigenases, fosfatases)
gerando prurido;
A primeira coisa a ser
investigada em um
diagnóstico de
malasseziose é a causa
base, assim como nas
piodermites.
Sinais clínicos da
malasseziose em cães:
➔ Pode ser
localizada ou
generalizada;
➔ Pode acometer
lábios, canal
auditivo, axila,
região cervical
ventral, região
interdigital,
perianal e região
medial dos
membros;
➔ A doença gera
prurido
O tratamento da malasseziose
consiste em reconhecimento e
eliminação da causa base (primária)
seguido de tratamento tópico da
infecção fúngica em si.
Tratamento tópico:
● Sulfeto de selênio a 1%
(não utilizar em gatos);
● Solução de 2% de
clorexidine + 2% de
miconazole
● Loção, creme ou pomada
a base de miconazole a
2%.
Quando a terapia tópica não é
suficiente para debelar a infecção
fúngica, acrescenta-se o tratamento
sistêmico em associação ao
tratamento tópico.
Tratamento sistêmico:
● Podem ser utilizados
Itraconazole ou
Natáli� Baron� Spach�
● A malasseziose é uma
doença oportunista e, por
isso, na maioria dos casos
ocorre associada a
doenças de base como
seborréicas, alergias,
endocrinopatias;
● Pacientes
imunossuprimidos ou que
fazem uso crônico de
antibioticoterapia ou
corticoterapia possuem
predisposição ao
desenvolvimento de
malasseziose.
Fatores predisponentes à
Malasseziose:
➢ Raças predispostas:
basset hounds, cocker
spaniels, etc;
➢ Hipersensibilidades;
➢ Dermatoses seborreicas;
➢ Em felinos, a
malasseziose é mais rara
e pode ser marcador
cutâneo infeccioso de uma
doença de base mais séria
como o timoma ou a
alopecia paraneoplásica
(indica algum tipo de
neoplasia pancreática ou
hepática);
➢ Clima úmido e quente e
regiões anatômicas
úmidas (como região
axilar, interdigital e
inguinal);
➢ Imunossupressão (por
retrovírus em gatos, por
antibioticoterapia ou por
corticoterapia);
Em uma parcela dos casos, a
enfermidade ocorre de maneira
primária, sendo idiopática.
importante que
pode ser
ocasionado por
hipersensibilidad
e (como doença
de base) ou
primariamente
pela
malasseziose;
➔ Ocorre
aparecimento de
alopecia,
pápulas,
eritema,
descamação,
crostas,
liquenificação,
hiperpigmentaç
ão e
hiperceratose
(sendo as
últimas 3,
características
de cronicidade
da doença);
➔ Quando a
afecção
acomete a unha,
é denominada
de Paroníquia
(secreção
amarronzada
se espalha pela
placa da unha
ficando bem
aderida).
Diagnósticos
diferenciais para
malasseziose:
❖ Dermatite
Atópica;
❖ Alergia
alimentar;
❖ Dermatite de
contato;
❖ Piodermite;
❖ Demodiciose;
❖ Dermatofitose;
❖ Dermatite
seborreica;
❖ Linfoma
epiteliotrópico;
❖ Acne felina.
Diagnóstico da
malasseziose:
O diagnóstico da
Malasseziose é clínico e
citológico.
Por meio do exame
citológico, o
microrganismo causador
pode ser encontrado.
→ Coleta do material:
● Raspado
cutâneo;
● Haste
algodonosa
(material do
ouvido);
Ketoconazole. Deve-se
priorizar o uso de
Itraconazole, pois ele é
mais eficiente e provoca
menos efeito colateral,
principalmente em felinos.
Usar por 3 a 4 semanas.
Natáli� Baron� Spach�
● Fita de acetato
(coleta em
região
interdigital).
→ Processamento:
● O material
coletado é
fixado na lâmina
em chama e
corado
→ Diagnóstico positivo:
● >10 leveduras /
15 campos de
imersão (coleta
com fita);
● >2 leveduras /
campo de 400x
(qualquer
método de
coleta)
O diagnóstico positivo
de malasseziose se dá
então por, animal com
clínica compatível +
malassezia encontrada
na lâmina citológica.
Demodiciose
Canina/Felina
● Doença parasitária,
inflamatória e não
contagiosa;
● Possui base genética em
algumas raças e base
imunológica (há uma
alteração genética que faz
com que o animal tenha
imunidade celular,
mediada por células T,
alterada ao ácaro. O
paciente apresenta
deficiência na produção de
ILs, o que determina uma
má resposta celular. Isso,
associado a uma grande
população de ácaros gera
um ciclo vicioso entre
imunossupressão e
elevação da população de
agentes)
● Agente etiológico é um
ácaro folicular (vive dentro
do folículo piloso)
○ cães: Demodex
canis, Demodex
injai, Demodex
cornei.
○ gatos: Demodex
cati, Demodex
gatoi.
→ O D. gatoi é responsável pela
forma contagiosa da sarna
demodécica em felinos.
Tipos de demodiciose canina:
-Classificadas por distribuição
de lesão:
❖ Demodiciose localizada:
aparecimento de placas
ou massas alopécicas em
pouca quantidade (até 5
ou 6 placas no
Exame parasitológico
por Raspado Cutâneo:
● Como o ácaro é
folicular, o
raspado é feito
de forma mais
profunda e
pontual do que
na escabiose.
Na escabiose é
realizada uma
área maior de
raspado e uma
raspagem mais
superficial, já,
na demodiciose
se faz uma
menor área de
raspado, e um
raspado mais
profundo em
vários pontos
distintos.
● Há a
necessidade de
certo nível de
sangramento
capilar para que
o raspado seja
eficiente em
termos
diagnósticos.
Exame tricográfico:
● O exame
tricográfico é
realizado em
áreas onde é
difícil de se
realizar o
raspado, como a
região palpebral
ou interdigital.
Demodiciose localizada:
● Na forma juvenil, é comum
a regressão espontânea
da enfermidade (90% dos
casos).
● Recomenda-se manter o
animal em observação ou
com tratamento tópico de
amitraz em óleo mineral
1x/semana.
Demodiciose generalizada:
Envolve substâncias que possuem
ação acaricida:
● Banhos com Amitraz
(250-500 ppm/1x/semana);
Existem inúmeros
cuidados que devem ser
tomados ao se utilizar o
Amitraz, e o medicamento
também pode gerar muitos
efeitos colaterais. Em
casos de pacientes que
apresentem depressão e
ataxia (efeitos colaterais
neurológicos do uso do
Amitraz), utiliza-se a
Ioimbina como antídoto.
● Avermectinas e
Milbemicinas →
substitutas do amitraz,
usado antigamente, por
conta de possuírem fácil
administração.
As avermectinas possuem
limitações em relação às
raças sensíveis a elas.
“As avermectinas e as
milbemicinas são lactonas
macrocíclicas, classificadas
como endectocidas. As
primeiras incluem ivermectina,
abamectina, doramectina e
Natáli� Baron� Spach�
tegumento total do
animal)
❖ Demodiciose generalizada
-Classificadas por idade do
animal acometido:
❖ Demodiciose juvenil (3 a
18 meses): é mais
frequente do que a adulta.
❖ Demodiciose adulta (>4
anos): pior prognóstico,
pois indica presença de
doença de base
imunossupressora e de
natureza grave.
Sinais clínicos demodiciose
canina:
★ alopecia;
★ comedos;
★ descamação;
★ discromias;
★ piodermite secundária
(frequente) → acomete
principalmente regiões
envolta das aberturas
oculares, comissura labial,
região distal de membros
e orelha externa.
★ Demodiciose por D. injai
→ seborréia oleosa na
face e dorso, mais
frequente em Terriers.
Sinais clínicos demodiciose
felina:
→ Demodiciose por D. cati:
★ Eritema;
★ Hipotricose;
★ Escamo-crostas;
★ Localizada ou
generalizada.
→ Demodiciose contagiosa (por
D. gatoi):
★ O D. gatoi éum ácaro
superficial e portanto não
vive no folículo piloso,
como os demais
Demodex. É um ácaro
menor, translúcido e difícil
de ser encontrado em
raspado cutâneo.
★ O principal sinal é prurido
no tronco.
○ o prurido gera
uma alopecia
simétrica auto
induzida e
hiperpigmentação
Observação: Demodiciose não
acomete focinho (somente seu
contorno), pois ele propriamente
dito, não tem folículo piloso.
Variações em relação ao
acometimento por sarna
demodécica:
➢ Sarna demodécica
generalizada ou sarna
selamectina, sendo a própria
milbemicina e a moxidectina
duas milbemicinas. São
produtos derivados da
fermentação de actinomicetos
do gênero Streptomyces, de
ação anti-helmíntica e
ectoparasiticida (Ayres e
Almeida, 1999)”.
(https://www.scielo.br/j/abmvz/a/
k3MwQXhcSRzynCNvDtjTZSf/?f
ormat=pdf&lang=pt)
Avermectinas:
★ Doramectina: é
utilizada de forma
semanal ou por
2x na semana. É
eficaz no
tratamento de
sarna
demodécica
Milbemicinas:
★ Aplicação tópica
de
Moxidectina:pode
ser útil em cães
que apresentem a
forma mais
discreta da
demodiciose.
Pelo fato dessas lactonas
macrocíclicas serem
potencialmente
causadoras de efeitos
colaterais neurológicos, o
tratamento com esses
fármacos deve ser
introduzido em doses
graduais.
● Isoxazolinas (ex.:
Bravecto) → drogas mais
usadas atualmente para o
tratamento.
As Isoxazolinas são
eficientes e seguras para
todas as raças. O uso
rotineiro desses fármacos
nos dias atuais resultam
em diminuição da
incidência de sarna
demodécica.
O tratamento deve ter continuidade
até 30 dias após a obtenção de
raspados negativos sequenciais
para a doença.
A cura clínica da doença, precede a
cura parasitológica;
Deve ser feito acompanhamento do
animal por 1 ano.
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/k3MwQXhcSRzynCNvDtjTZSf/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/k3MwQXhcSRzynCNvDtjTZSf/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/k3MwQXhcSRzynCNvDtjTZSf/?format=pdf&lang=pt
Natáli� Baron� Spach�
negra;
➢ Sarna vermelha → eritema
generalizado em região
ventral;
➢ Sarna demodécica
furunculose → presença
de piodermite secundária
a demodiciose:
○ lesões
papulonodulosas,
exsudação,
crostas
melicéricas
hemorrágicas;
○ quadro extenso e
generalizado.
➢ Pododemodiciose:
acometimento dos
interdígitos.
Dermatofitose
(dermatozoonose)
● É uma micose superficial
provocada por um fungo
micelial que utiliza a
ceratina como alimento.
● Esse gênero de fungo
micelial pode causar
doença em animais
(fungos zoofílicos), em
humanos (antropofílicos)
ou podem decompor a
ceratina que cai no solo,
podendo infectar também
tanto humanos quanto
animais (geofílicos).
● A dermatofitose em cães e
gatos pode ser
ocasionada por:
○ Microsporum
canis;
○ M. gypseum;
○ Trichophyton
mentagrophytes
● O contágio pode ocorrer
de forma direta (por
contato com o animal
infectado), ou de forma
indireta (por fômites).
● Animais jovens (filhotes) e
idosos apresentam
sistema imunológico
imaturo e fraco
(respectivamente), por
conta disso estão
predispostos à
dermatofitose.
● O fungo entra na pele do
animal através de uma
microlesão presente.
Adentra o folículo piloso
(que contém ceratina) e
vai até a zona profunda do
folículo piloso, onde ocorre
a ceratogênese.
● O fungo pode ser
encontrado na pele e nos
folículos pilosos e, além
disso, pode acometer
unhas, determinando uma
Onicomicose.
A dermatofitose deve ser
considerada diagnóstico
diferencial em TODOS os
cães e gatos que
apresentarem problemas
de pele → deve-se
realizar exame
micológico direto e
cultivo.
O diagnóstico da
dermatofitose é
composto por:
● Anamnese +
exame físico;
● Exame da
Lâmpada de
Wood para
identificação de
Microsporum sp.
→ nesse exame
o pêlo fica verde
fluorescente
quando
contaminado
pelo fungo;
● Exame
tricográfico
(micológico
direto);
Exame micológico direto em óleo
mineral. A seta vermelha indica
um pêlo doente. As estruturas
circulares refráteis apontadas
pela seta azul são artroconídeos
(esporos do fungo).
● Cultura fúngica
em ágar
sabouraud:
Esse é o exame
padrão ouro
para o
diagnóstico da
● Retirada dos pelos
contaminados presentes
no animal através de
depilação;
● Idealmente, deve - se
associar um tratamento
tópico com miconazol na
forma de xampu a um
tratamento sistêmico.
○ Xampus a base
de miconazole +
clorexidine
○ Fármacos
sistêmicos:
Itraconazole ou
Terbinafina.
● O tratamento deve ser
mantido até se ter 2
culturas sequenciais
negativas em intervalo de
1 a 2 semanas entre elas.
Natáli� Baron� Spach�
● Os sintomas da
dermatofitose aparecem
cerca de 1 a 3 semanas
após a exposição ao
agente etiológico.
● O fungo causa
lesões/alterações
epidérmicas e foliculares
no paciente acometido
Sinais clínicos da dermatofitose
em cães:
➔ Alopecia anular, crostas,
descamação, pápulas e
pústulas foliculares;
➔ Foliculite-furunculose
nasal ou facial simétrica;
➔ Foliculite-furunculose
acral;
➔ Seborréia;
➔ Onicomicose (paroníquia
ou onicodistrofia);
➔ Granuloma dermatofítico:
ocasionalmente o fungo se
aprofunda na pele, rompe
o folículo piloso, se instala
na derme e forma um
granuloma dermatofítico
(quérion ou
pseudomicetoma
dermatofítico, que é mais
profundo).
Focinho de cão com Granuloma
Dermatofítico.
Neoplasia é um diagnóstico diferencial. A
biópsia é a melhor forma de diagnóstico
neste caso, e não o cultivo celular.
Área anular de alopecia, com descamação
e crostas presentes na periferia da lesão.
Centro da lesão mais inativo.
dermatofitose;
Cultivo fúngico em ágar
Sabouraud complementado com
medidor de pH → o fungo
dermatófito gera uma substância
ácida que vira o pH, deixando o
meio vermelho. Colônias de
fungo são coletadas e coradas
em lâmina com azul de algodão.
Visualização de hifas e de
macroconídios em forma de
canoa do Microsporum canis.
● PCR;
● Exame
histopatológico
com coloração
que core o
fungo em
questão → Para
casos de lesões
granulomatosas/
nodulares e
atípicas.
Histopatologia de lesões
nodulares atípicas. A seta azul
aponta um folículo piloso. A
parte corada com preto pelo
corante Grocott indica a
presença de fungo.
Natáli� Baron� Spach�
Lesão anular com crescimento centrífugo
de centro inativo e região da periferia
apresentando lesões. É da borda da lesão
que se recolhe o material para o exame
micológico direto e para cultivo.
Sinais clínicos da dermatofitose
em gatos:
➔ Os gatos têm relação de
convivência com o fungo
dermatófito, podendo ser
portadores
oligossintomáticos
(apresentando apenas
poucos sinais clínicos), ou
aparentarem gatos
normais (sem a doença),
mas possuindo potencial
de espalhar a
dermatofitose para
humanos e para o
ambiente.
➔ Gatos sintomáticos podem
apresentar:
◆ Alopecia com ou
sem
descamação;
◆ Dermatite miliar:
formação de
lesões papulosas
muito pequenas
que são mais
facilmente
sentidas/palpada
s do que vistas,
durante o exame
físico;
◆ Foliculite
recidivante do
queixo;
◆ Seborréia;
◆ Onicomicose
(raro) e
pododermatite;
◆ Granuloma (baixa
frequência)
➔ Infecções generalizadas
são mais frequentes em
gatos do que em cães.
◆ A exceção à
regra é a raça de
cão Yorkshire
Terrier, que pode
apresentar a
forma mais
severa da
dermatofitose, de
Natáli� Baron� Spach�
forma parecida
com a como os
gatos são
acometidos pela
doença.
Yorkshire Terrier com áreas multifocais e
coalescentes de lesão de dermatofitose →
Doença generalizada
Esporotricose
(ZOONOSE)
● Doença fúngica causada
por fungos do complexo
Sporothrix.
● Sporothrix spp. são fungos
termodimórficos, ou seja,
estão em forma
leveduriforme no corpo e
em forma miceliana no
ambiente.
● A doença se dá por
inoculação do fungo em
feridas. Nos gatos,
também ocorre infecção
por inalação.
Sinais clínicos em gatos
● Nódulos ulcerados;
● Tratos drenantes;
● Lesões (erosões) em
face, membros, região
perineal e base da
cauda;
● Linfangite;
● Exposição de tendão,
ligamento ou osso pela
extensão da ulceração;
● Acometimento do trato
respiratório;
● A doença pode se
manifestar na forma
cutânea, linfocutânea ou
disseminada.
Sinais clínicos em cães:
● É mais benigna em cães;
● Presençade nódulos e
úlceras no segmento
cefálico;
● É incomum a forma
linfocutânea da doença,
em cães.
Tanto em cães quanto em gatos é
comum o aparecimento de
infecções bacterianas secundárias
às feridas abertas pela
esporotricose.
Diagnósticos
diferenciais para
esporotricose:
● Outras doenças
granulomatosas
como
Criptococose,
Histoplasmose,
Micobacteriose,
Leishmaniose e
Micetomas;
● Neoplasias
como linfoma e
Carcinoma de
Células
Escamosas;
● Doenças
imunomediadas
como
farmacodermias,
lúpus e pênfigo
Diagnóstico da
esporotricose:
➢ Preferencialmen
te se faz o
diagnóstico de
esporotricose
com o exame
micológico
direto (cultivo do
fungo em ágar
sabouraud).
➢ Outras opções
para diagnóstico
são: Citologia,
Histopatologia,
Sorologia ou
PCR.
Exame citológico. O núcleo
grande no centro da imagem é
o núcleo de um macrófago. As
leveduras do Sporothrix são
as estruturas fusiformes
presentes dentro do
Tratamento (duração de 16 a 80
semanas):
● Isolamento;
● Uso de luvas avental e
óculos;
Uso de uma das seguintes opções:
● Uso de iodetos de
potássio em cães:
○ gatos são mais
sensíveis ao
iodismo que pode
ocorrer por esses
fármacos →
podem ser
usados mas com
cautela de
dosagem.
● Cetoconazol
● Itraconazol (é o mais
usado)
● Terbinafina
● Tratamento combinado
● Criocirurgia + tratamento
medicamentoso → para
lesões mais localizadas
Para casos refratários: combinar o
uso de iodeto de potássio com
itraconazole.
Assim se obtém melhores
resultados, mas também são
gerados mais efeitos colaterais.
Para os casos refratários também
pode ser feita aplicação
intralesional de anfotericina.
Cura clínica VS Cura micológica:
Cura clínica e cura micológica são
coisas distintas. Para o animal,
mesmo depois de cura clínica,
deve-se estender o tratamento por
mais 1 ou 2 meses, e depois de
alguns anos da cura clínica ainda
pode ocorrer reativação da
enfermidade por algo que afete o
sistema imune do animal.
Natáli� Baron� Spach�
macrófago.
Histopatológico com corante
PAS→ cora o fungo em cor
magenta
PIODERMITES
Causas base Testes Tratamento
● Ectoparasitismo (especialmente
sarna demodécica);
● Alergias (DAPP, DA, Dermatite
de contato, Alimentar);
● Endocrinopatias
(Hiperadrenocorticismo);
● Distúrbios de ceratinização
(síndromes seborreicas);
● Alterações de desenvolvimento
(displasias foliculares ou
epidérmicas);
● Distúrbios nutricionais e de
manejo (nutrição inadequada,
manejo inadequado da
pelagem);
● Imunodeficiências (primárias ou
adquiridas);
● Fatores ambientais e
traumáticos.
● Deve-se fazer cultura bacteriana
e antibiograma quando:
○ Há redução de menos
de 50% das lesões
apresentadas pelo
paciente após duas
semanas de tratamento
antibacteriano;
○ Aparecimento de novas
lesões durante o
tratamento com
antibiótico;
○ Permanência de lesões
residuais ativas após 4
a 6 semanas de
tratamento com
antibiótico;
○ Presença de
bastonetes e, citologia;
○ Histórico prévio de
resistência microbiana.
● Os testes de sensibilidade são
recomendados a serem feitos
com o seguintes antibióticos:
○ Eritromicina;
○ Clindamicina;
○ Tetraciclina/doxiciclina;
○ Gentamicina;
○ Cefalexina/Cefalotina;
○ Cefpodoxima
○ Amoxicilina +
Clavulanato;
○ Oxacilina;
○ Enrofloxacina.
1. Identificar e tratar a(s) causa(s)
base;
2. Realização de antibioticoterapia
tópica e sistêmica: Tratamento
tópico com xampu ou, para
lesões localizadas, com uso de
cremes, pomadas ou sprays
3. Realizar imunomodulação em
animais imunocomprometidos.
Piodermites NÃO COMPLICADAS
(Piodermites da superfície e
Piodermites superficiais):Para o
tratamento dessas piodermites, a terapia
tópica com antibióticos de ação anti
estafilocócica é recomendada como
FORMA ÚNICA de tratamento,
particularmente para aquelas lesões
localizadas, em casos de otite e em
feridas superficiais infectadas.
→ Para piodermites não complicadas, o
melhor tratamento em termos de saúde
pública é a abordagem tópica, evitando o
uso de antibióticos sistêmicos, no intuito
de evitar geração de resistência
microbiana.
→ Substâncias utilizadas para tratamento
tópico com atividade antibacteriana:
● Clorexidine
○ demonstra ser mais
eficiente que os outros
produtos quando usado
na forma de xampu
contra piodermite;
● Peróxido de benzoíla;
● Hipoclorito de sódio
○ Redescoberto
atualmente para ser
utilizado em função do
aparecimento de
quadros infecciosos de
difícil controle
terapêutico → Uso do
Dakin com preparação
a 0,5%;
● Triclosan;
● Mupirocina;
● Ácido fusídico
Usados nas formas de xampus (2 a 3
vezes por semana) ou na forma de
pomadas ou sprays ( 7 a 14 dias de
tratamento com 2 a 3 aplicações por dia).
Natáli� Baron� Spach�
Piodermites complicadas: Para casos
mais complicados, pode ser realmente
necessário o uso de antibioticoterapia
sistêmica para o tratamento. Nesse caso,
existem 3 linhas de ATBs de escolha que
têm atividade conhecida contra
estafilococos.
Os fármacos de terceira linha só devem
ser utilizados em infecções
multirresistentes. São fármacos altamente
controlados pois são muito potentes. Se
desencoraja fortemente o uso rotineiro
dos mesmos.
Otopatias - Otites e Dermatoses do pavilhão auricular:
OTITE EXTERNA
Processo patológico inflamatório que acomete o ouvido externo, que vai desde o poro acústico da entrada do ouvido até a membrana
timpânica.
Fatores
Predisponentes
(não causa a
otite em sí, mas
aumentam o
RISCO de
ocorrência da
doença)
Anatomia
Esquema ouvido de cão: P.A. = Pavilhão Auricular ou Pina; C.V. = Canal Vertical; C.H.
= Canal Horizontal; M.T. = Membrana Timpânica; B.T. = Bula Timpânica; O.E. = Ouvido
Externo; O.M. = Ouvido Médio
● Pela própria característica anatômica do ouvido do cão, em
que mesmo o menor dos cães possui um ouvido com o
conduto bem maior em comprimento do que o de nós
humanos, percebe-se que algo que entre nessa região ou
seja produzido/secretado nessa região, tem muito mais
dificuldade em sair por conta da longo comprimento do ouvido
de cães e gatos.
Estenose ● Fator predisponente de otite externa comumente presente em
algumas raças como Sharpay e Rottweiller (raças de ouvido
muito estreito);
● A estenose ocorre como resultado de algum processo
inflamatório que concursa com edema, hiperplasia dos
anexos, fibrose e calcificação (mais tardiamente);
● Essa estenose que ocorre em decorrência do próprio
processo inflamatório também é responsável por agravar o
quadro de otite externa, pois diminui o lúmen do meato
acústico, aumentando a dificuldade de aeração, de drenagem
Natáli� Baron� Spach�
e de ventilação, o que provoca a elevação da umidade local e
das propriedades que facilitam a multiplicação de uma flora
bacteriana ou fúngica;
● A estenose impede a realização do exame físico de otoscopia,
impede a drenagem/migração epitelial (para um ouvido que
está em tratamento, é importante que se consiga realizar a
retirada da secreção que é produzida em seu interior) e
também dificulta o acesso medicamentoso ao local de
inflamação.
Pêlos ● Comum em todos os Poodles e seus cruzamentos;
● O excesso dos pêlos deve ser retirado quando impedir a
drenagem do conteúdo do meato acústico e em casos de
animais com muito pelo que apresentem otites recorrentes.
Excessiva produção de cerúmen ● Algumas raças produzem muito cerúmen, como o Cocker
Spaniel, Setter e o Pastor Alemão (animais que podem ser
seborreicos e terem distúrbios de ceratinização). Isso facilita o
aparecimento e instalação de inflamações;
● A superprodução de cerúmen com alteração de sua
composição faz com que se percam propriedades
antimicrobianas desse componente. Um cerúmen saudável,
além de proteção mecânica, também tem função de equilibrar
substâncias lipídicas que inibem o crescimento da microbiota.
Em animais seborréicos, esse equilíbrio é alterado no sentido
de favorecer o crescimento de microrganismos, podendo
gerar uma otite ceruminosa.
Trauma ● Traumas externos, internos, iatrogenias por limpeza de ouvido
com substância ou equipamento não apropriado que causa
lesão no epitélio do ouvido externo, trauma por mordidas, por
arranhaduras, porpancada, por atropelamento, entre outros;
Obstrução
dentro do meato
acústico
Tumores/Neopl
asias
● Pode ocorrer em qualquer parte do trajeto do meato acústico;
● Esses neo crescimentos predispõem o aparecimento da otite
externa crônica;
● Os animais que possuem neoplasias ou pólipos, podem
cursar com quadro assimétrico (acometimento de apenas um
ouvido). Além disso, esses animais chegam ao atendimento
clínico com muito desconforto, meneios cefálicos (chacoalhar
a cabeça), e podem apresentar sintomas neurológicos
dependendo da intensidade do quadro (sinais vestibulares);
● As neoplasias podem aparecer de diversas apresentações
clínicas:
○ pedunculadas
○ ulceradas
○ lobuladas
○ em placas
● As neoplasias mais frequentes são os tumores de glândulas
ceruminosas, tanto em cães (adenomas
ceruminosos-benignos), quanto em gatos (adenocarcinomas
ceruminosos - malignos). Apesar disso, qualquer outra
estrutura cutânea pode ser acometida;
● O ouvido externo é revestido pela mesma pele que reveste o
resto do corpo e por isso é muito estudado na dermatologia.
Dessa forma, um animal que apresenta um quadro
dermatológico em qualquer porção do tegumento, pode ter
manifestações de otite;
● Especialmente no ouvido, existem as glândulas ceruminosas
(produtoras de cerúmen), e elas são frequentemente
acometidas por processos neoplásicos quando ocorre
neoplasia no Meato Acústico.
○ Adenomas ceruminosos (benignos);
○ Adenocarcinomas ceruminosos (malignos).
Pólipos
Inflamatórios
● Pode ocorrer em qualquer parte do trajeto do meato acústico;
● Em felinos, os pólipos inflamatórios mais comuns são os
pólipos nasofaríngeos. Esses pólipos se originam no ouvido
Natáli� Baron� Spach�
médio e podem tanto ir para ouvido externo quanto para a
faringe, acometendo cavidade nasal, faringe e por conta disso
causando um misto de sintomas otológicos e sintomas
respiratórios como:
○ Head tilt;
○ Meneios cefálicos;
○ Nistagmo;
○ Otite crônica;
○ Otorréia;
○ Prurido e desconforto na região do ouvido;
○ Dispneia;
○ Respiração de boca aberta;
○ Espirros;
○ Respiração estertorosa e ruidosa
● Não se conhece com precisão qual é a causa (patogênese)
desses pólipos inflamatórios, mas existe certa suspeita da
participação de vírus e de ácaros de ouvido;
● O pólipo também pode ser uma resposta à inflamação e
irritação crônica que se instala em função desses possíveis
agentes patogênicos.
● O tratamento dos pólipos inflamatórios é cirúrgico. Não há
tratamento medicamentoso eficaz para esses quadros.
Pólipo Auricular Auditivo em Cão: Localizado no póro acústico (saída do meato
acústico) e por isso fácil de ser diagnosticado, Em gatos o pólipo, muitas vezes, se
localiza no fim do meato acústico e pode ser visto apenas por otoscopia. Ele é
visualizado no fim do meato acústico e entrando no ouvido médio. Por conta disso,
em gatos, os sinais vestibulares como andar em círculos, head tilt e nistagmo são
frequentes.
Fatores
Primários
(são aqueles que
CAUSAM
DIRETAMENTE a
otite externa,
independente da
presença de fator
predisponente ou
perpetuante.
Podem atingir
tanto a pele do
resto do corpo
quanto a pele do
ouvido externo)
A pele do ouvido
externo tem a
mesma origem
embriológica do
restante do corpo do
paciente, por isso, é
muito frequente que
um paciente
dermatológico
Parasitas (otite parasitária) ● O parasita Otodectes cynotis comumente pode causar
Otocaríase (sarna de ouvido) em cães e gatos;
● O animal acometido apresenta cerúmen enegrecido com
aspecto de borra de café e sintoma pruriginoso uni ou
bilateral.
● Para tratamento da Otocaríase, antigamente eram utilizados
acaricidas tópicos (Piretróides e Tiabendazole),
posteriormente passou a se usar as avermectinas e
atualmente se faz uso das Isoxazolinas (atividade anti
acaricida).
Corpos estranhos ● Ocorre principalmente em animais de vida livre, que têm
acesso à campos e áreas externas (acesso a possíveis
corpos estranhos vegetais).
Hipersensibilida
des
(As alergias como
Dermatite Atópica,
Dermatite alimentar,
Dermatite de
contato,
Autoimunidades
(pênfigo, lupus),
endocrinopatias
(hipertireoidismo,
Desordens de
ceratinização
(enfermidades
seborréicas)
● As enfermidades seborréicas podem ser primárias ou
secundárias;
● Existem raças que são seborréicas idiopaticamente, como
Cockers, Pastores, Setters e alguns Labradores;
● As causas mais frequentes de desordens de ceratinização
são as causas secundárias (endocrinopatias como
hipertireoidismo, hiperadrenocorticismo, desbalanço de
hormônio sexual com frequência aparecem associadas com
otite externa, pois tem alteração da produção de sebo
(aumento da produção) com desbalanço de seu componente
lipídico, favorecendo então o crescimento de uma flora
Natáli� Baron� Spach�
apresente otite
externa como
sintoma associado.
Sendo assim,
animais alérgicos,
com
endocrinopatias,
seborreicos ou que
possuem alguma
enfermidade
imunomediada ou
autoimune,
frequentemente
apresentam
inflamação do
ouvido externo como
parte de todo o
quadro sintomático
do paciente.
hiperadrenocorticis
mo) também podem
acometer o ouvido
externo da mesma
forma que
comentem o resto da
pele do paciente).
Das
hipersensibilidades,
a Dermatite Atópica
(Atopia) e a Alergia
Alimentar são as
campeãs em causar
otite externa. Sendo
que alguns animais
podem apresentar
apenas o otite do
ouvido externo como
sintoma da
enfermidade, não
apresentando
lambedura de patas,
nem coceira no
corpo, nas patas e
na pálpebra.
bacteriana e de leveduras que acabam por causar
inflamação).
Doenças
Imunomediadas
● São pouco frequentes, mas podem acometer meato acústico
e pavilhão auricular.
Paciente com farmacodermia (reação medicamentosa). Além de corpo (focinho,
cabeça e membros) estarem bem acometidos, foram acometidos também o pavilhão
auricular e o meato acústico.
Cocker Spaniel preto. Crostas e escamas presentes no pavilhão auricular. Esse
animal possui Pênfigo. O pênfigo é uma doença pustulosa, que quando rompe deixa
as escamas e crostas grudadas na pelagem do animal.
Fatores
perpetuantes ou
secundários
(são aqueles que
uma vez
instalada a otite
externa,
IMPEDEM A
RESOLUÇÃO da
mesma a menos
que eles também
sejam tratados,
Bactérias (Otites Bacterianas
Agudas)
● Staphylococcus intermedius coagulase negativos ou positivos
e Streptococcus alfa e beta hemolíticos.
Bactérias (Otites Bacteriana
Crônicas)
● Bacilos gram negativos, como Pseudomonas aeruginosa,
Proteus mirabilis, E.coli e Klebsiella spp.
Fungos (Malasseziose) ● A malasseziose se estabelece por conta do microclima
alterado por conta de otites eczematosas, otites ceruminosas
ou quando há muita maceração (pele fica em contato com
umidade ou com algum fluido por longo período de tempo,
ficando mais fragilizada é sujeita à lesões).
Alterações Patológicas
Progressivas
● Ocorrem na pele do meato acústico na cronicidade da otite e
impedem a pronta resolução da afecção;
Natáli� Baron� Spach�
além de tratar os
fatores primários
da doença)
Bactérias e fungos
assumem papel
importante na
perpetuação da
afecção. Mas eles não
são fatores primários,
ou seja, há alguma
afecção que está
favorecendo o
crescimento
bacteriano ou fúngico.
Em casos de otites
bacterianas ou
fúngicas SEMPRE
devemos investigar o
motivo do animal
estar infectado por
bactéria ou fungo.
(Hiperplasia epidérmica,
Hiperqueratose, Edema, Fibrose,
Hidradenite, Hiperplasia e dilatação
de glândulas ceruminosas)
● Quando se tratar pela primeira vez uma otite aguda deve-se
tratá-la muito bem, para evitar que essas alterações
patológicas progressivas se instalem e dificultem a resolução
do problema.
● Essas alterações patológicas levam ao espessamento da pele
por fibrose, por edema, por infiltrado inflamatório e/ou por
hiperplasia das glândulas, levando a uma estenose que
dificulta a drenagem e a aeração criando assim um ambiente
adequado para a multiplicação bacteriana e também fúngica.
Conceito de migração epitelial:
À esquerda, ouvido normal.
À direita, ouvido cronicamente doente apresentando hiperplasia

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