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Apresentação - LEP

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL
(Lei nº 7.210/84)
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Prof. Herissom Almeida
FUNÇÕES DA PENA 
OBJETIVO DA LEI (ART. 1º) 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
STJ: Súmula 192 - Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração Estadual. 
1. (CESPE-2019-TJ-DFT-Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) Competirá ao juízo estadual de execução penal a execução das penas impostas aos sentenciados pela justiça militar quando estes forem recolhidos em estabelecimentos prisionais estaduais. 
QUESTÃO
Correto
CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO E INTERNADO
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social. 
CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO E INTERNADO
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo PODERÁ ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.
EXAME CRIMINOLÓGICO
Desnecessidade para progressão de regime (Lei nº 10.792/03)
STJ (Súmula 439 - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.)
2. (CESPE - 2017 - SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária) Em se tratando de progressão do regime, a elaboração de exame criminológico é obrigatória.
QUESTÃO
Errado
3. (CESPE - 2017 - TJ-PR - Juiz Substituto) A progressão de regime será admitida somente mediante a realização de exame criminológico, que é imprescindível para os condenados por crime hediondo.
Errado
4. (INÉDITA) De acordo com a Lei de Execução Penal, o condenado por crime culposo ou doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional.
QUESTÃO
Errado
Banco de Dados de Perfis Genéticos (Art. 9º-A) 
 Art. 9º-A. O condenado por crime DOLOSO praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, OBRIGATORIAMENTE, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional.
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, observando as melhores práticas da genética forense.
§2º A AUTORIDADE POLICIAL, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.
§3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa.
Banco de Dados de Perfis Genéticos (Art. 9º-A) 
 §4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
§5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar.
§6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos termos do caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro fim.
§7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizadas por perito oficial.
§8º Constitui FALTA GRAVE a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
5. (INÉDITA) De acordo com a Lei de Execução Penal, uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida deverá ser armazenada, de maneira a possibilitar sua utilização para as as práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar.
QUESTÃO
Errado
ASSITÊNCIA AO PRESO E AO INTERNADO
Dever do Estado
Objetivo – “prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.
Estende-se ao egresso
CONCEITO DE EGRESSO
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
- o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
- o liberado condicional, durante o período de prova.
 
fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. [PENITENCIÁRIA] 
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. 
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;
área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
ASSISTÊNCIA MATERIAL
 
compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré- natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
 
Destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir advogado
As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais (UFs prestar auxílio estrutural, pessoal e material).
Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Público.
Núcleos Especializados da Defensoria Pública: Fora dos estabelecimentos Penais, destina-se tb aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. 
ASSISTÊNCIA JURÍDICACompreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado;
O ensino de 1º grau será obrigatório. 
O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. 
Apoio administrativo e financeiro da União.
Oferecimento de cursos supletivos de educação de jovens e adultos.
Programas de educação à distância e de utilização de novas tecnologias de ensino.
As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
Biblioteca em cada estabelecimento (livros instrutivos, recreativos e didáticos)
Censo penitenciário (condições educacionais)
ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL
amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade.
 
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
- conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
- relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; 
III. - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
 - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
- promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
- providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho;
- orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da VÍTIMA.
ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
Garantia de liberdades (liberdade de culto)
Permissão (NÃO OBRIGATORIEDADE) de participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa
local apropriado para os cultos religiosos
ASSISTÊNCIA AO EGRESSO
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
- na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
- na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
Art. 27. O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.
6. (IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário) Segundo a Lei de Execução Penal, a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Sobre o tema, assinale a alternativa INCORRETA.
A assistência estende-se ao egresso.
A assistência será material, à saúde, jurídica, sexual, educacional e religiosa.
A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.
QUESTÃO
Alternativa B
7. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justiça) De acordo com a Lei de Execução Penal, incumbe ao
serviço de assistência material colaborar com o egresso do sistema prisional para que ele obtenha trabalho.
serviço de assistência social relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo preso assistido.
serviço de assistência jurídica acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias dos presos.
serviço de assistência social acompanhar a formação profissional do preso e do internado.
serviço de assistência à saúde conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames.
QUESTÃO
Alternativa B
TRABALHO (art. 29)
Misto de dever e direito;
Dever social e condição de dignidade humana;
Finalidade educativa e produtiva;
Não está sujeito ao regime da CLT;
Preso político: facultativo;
Preso provisório: facultativo, somente no interior do estabelecimento (art. 31, par.único);
Como prestação de serviço à comunidade não será remunerado (sanção) – art. 30;
Remuneração por prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo (Obs! ADPF 338);
As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
TRABALHO (art. 29)
TRABALHO INTERNO
TRABALHO INTERNO: O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade;
Preso provisório: facultativo, somente no interior do estabelecimento (art. 31, par.único);
Jornada não será inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso nos domingos e feriados;
Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo;
 O trabalho externo será admissível para os PRESOS em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina;
O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra;
A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso.;
Requisitos
aptidão, disciplina e responsabilidade;
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena (STF – Inf. 752 à não aplicável aos condenados que se encontrarem em regime semiaberto);
Autorização da direção do estabelecimento;
REVOGAÇÃO:
praticar fato definido como crime;
for punido por falta grave; ou,
tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
TRABALHO EXTERNO
8. (CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público) No que diz respeito a trabalho do preso, assinale a opção
correta.
Compete à direção do estabelecimento prisional autorizar o trabalho externo.
O preso político está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.
O trabalho externo será admissível para os presos em regime semiaberto somente em serviço ou obras públicas.
A Lei de Execução Penal veda a realização de trabalho interno ou externo ao preso provisório.
O trabalho externo é vedado aos presos em regime fechado.
QUESTÃO
Alternativa A
9. (CESPE - 2016 - PC-GO - Conhecimentos Básicos) De acordo com a Lei n.º 7.210/1984 — LEP —, a prestação de trabalho
decorrente de pena restritiva de direito deve ser remunerada.
em ambiente externo tem de ser autorizada pelo juiz da execução penal e depende de critérios como aptidão, disciplina e responsabilidade.
a entidade privada depende do consentimento expresso do preso, que terá sua autorização de trabalho revogada se for punido por falta grave.
é obrigatória tanto para o preso provisório quanto para o definitivo.
externo é proibida ao preso provisório e ao condenado que cumpre pena em regime fechado.
QUESTÃO
Alternativa C
10. (FCC - 2017 - TJ-SC - Juiz Substituto) Sobre o trabalho externo do preso, é correto afirmar que
é possível na realização de serviços e obras públicas prestados por entidades privadas.
só é possível em entidades públicas.
a autorização será revogada com a prática de qualquer infração penal.
somente poderá ser concedida após o cumprimento de 1/3 da pena.
o limite máximo de presos será de 20% do total de empregados.
QUESTÃO
Alternativa A
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
§6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regularou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do §1º deste artigo.
O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. (§5º)
A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa (§8º).
REMIÇÃO (art. 126)
Atividades de estudo presencial ou EaD, certificadas pelas autoridades educacionais competentes (§2º)
Para fins de cumulação, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem (§3º)
O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição (§4º)
STJ (587) - O fato de o estabelecimento penal assegurar acesso a atividades laborais e a educação formal não impede a remição por leitura e resenha de livros.
STJ (613) - O rol do art. 126 não é taxativo. A atividade musical (realizada em coral) profissionaliza, qualifica e capacita o réu, afastando-o do crime e reintegrando-o à sociedade. 
Obs! Há decisão do STJ que NÃO considera prática esportiva.
NÃO é admissível REMIÇÃO FICTA;
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57 (natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão), recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.
REMIÇÃO (art. 126)
11. (CESPE - 2018 - PC-MA - Delegado de Polícia Civil) Quanto ao instituto da remição na fase de execução da pena, assinale a opção correta.
A remição da pena pelo estudo, quando o condenado for autorizado a estudar fora do estabelecimento penal, independerá de aproveitamento satisfatório, bastando a comprovação da frequência escolar.
A	remição	da	pena	pelo	estudo	é	prevista	no	ordenamento	pátrio	apenas	por construção jurisprudencial.
O benefício da remição da pena será suspenso no caso de o condenado, por acidente, ficar impossibilitado para o trabalho ou o estudo.
É possível o acréscimo de um terço do tempo a remir no caso de conclusão, durante o cumprimento da pena, do ensino fundamental, médio ou superior.
O tempo remido não será considerado para a obtenção do benefício do indulto.
QUESTÃO
Alternativa A
12. (CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) A prática de falta grave pelo apenado, no curso da execução penal, acarreta a perda da totalidade dos dias remidos com trabalho, recomeçando-se a contagem a partir da data da infração disciplinar.
QUESTÃO
Errado
DEVERES
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
DIREITOS
Art. 41. Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
Art. 44. A DISCIPLINA consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos
e o PRESO PROVISÓRIO.
 
Art. 45. NÃO HAVERÁ falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
 
§ 1º As sanções NÃO PODERÃO colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
§ 2º É VEDADO o emprego de cela escura.
§ 3º São VEDADAS as sanções coletivas. 
FALTAS DISCIPLINARES
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será CIENTIFICADO dasnormas disciplinares.
  
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela AUTORIDADE ADMINISTRATIVA conforme as disposições regulamentares.
 
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela AUTORIDADE ADMINISTRATIVA a que estiver sujeito o condenado.
Parágrafo único. Nas FALTAS GRAVES, a autoridade REPRESENTARÁ AO JUIZ DA EXECUÇÃO para os fins dos artigos 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.
FALTAS DISCIPLINARES
Art. 49. As FALTAS DISCIPLINARES classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
 
 Art. 50. Comete FALTA GRAVE o condenado à PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime ABERTO, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei;
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo;
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
Parágrafo único. O disposto neste artigo APLICA-SE, no que couber, ao PRESO PROVISÓRIO
FALTAS DISCIPLINARES
Art. 51. Comete FALTA GRAVE o condenado à PENA RESTRITIVA DE DIREITOS que: 
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
FALTAS DISCIPLINARES
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
 
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53serão aplicadas por ato motivado do DIRETOR DO ESTABELECIMENTO e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do JUIZ COMPETENTE.
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. 
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. 
SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui FALTA GRAVE e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD), com as seguintes CARACTERÍSTICAS:
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros: 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade;     
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave.    
RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
Art. 52. (...) :
I - duração máxima de ATÉ 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas;
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de ATÉ 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso;
V- entrevistas sempre monitoradas, EXCETO aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, SALVO expressa autorização judicial em contrário;
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
VII - participação em audiências judiciais PREFERENCIALMENTE por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso.
RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
Art. 52. (...) :
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
10. (CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia) Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela 
A) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
B) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
C) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo. 
D) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
E) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.
QUESTÃO
Alternativa D
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. 
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão EXPROPRIADAS, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
DESTRUIÇÃO DAS DROGAS APREENDIDAS
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, IMEDIATAMENTE, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 4o A destruição das drogas será executada pelo DELEGADO DE POLÍCIA competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.
DESTRUIÇÃO DAS DROGAS APREENDIDAS
11. (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Independentemente de autorização judicial, a autoridade policial deverá proceder de forma a garantir a imediata destruição da plantação — que poderá ser queimada —, devendo preservar apenas quantidade suficiente da droga para a realização de perícia. 
QUESTÃO
Correto
TRÁFICO DE DROGAS 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
Jurisprudência
Para que configure a conduta de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda.
STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 01/9/2015 (Info 569).
TRÁFICO DE DROGAS 
12. (TJSP-2008-VUNESP): O agente que, em ensejo único, prepara e mantém em depósito para vender, algumas porções de cocaína, sem autorização legal ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mas é preso em flagrante antes da prática do ato de comércio, comete crime de tráfico consumado. 
QUESTÃO
Correto
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;III - utiliza local ou BEM DE QUALQUER NATUREZA de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
FIGURAS EQUIPARDAS AO TRÁFICO DE DROGAS 
Auxílio ao Uso Indevido de Drogas
§ 2o INDUZIR, INSTIGAR ou AUXILIAR alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Oferecimento de Drogas a Pessoa de seu Relacionamento
§ 3o OFERECER droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias- multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28 (porte para consumo pessoal).
Jurisprudência
Para que configure a conduta de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda.
STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 01/9/2015 (Info 569).
TRÁFICO DE DROGAS 
13. (MPSC-2019): Para a configuração do crime de oferecimento de droga para consumo conjunto, tipificado no art. 33, § 3º, da Lei 11.343/06, é necessária a prática da conduta mediante o dolo “específico”. 
QUESTÕES
Correto
14. (PCRS-2018-Fundatec): Analise a assertiva a seguir, de acordo com o disposto na Lei 11.343/06, Lei de Drogas, e em cotejo com o entendimento dos Tribunais Superiores: Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica crime de menor potencial ofensivo. 
Correto
§ 4o Nos delitos definidos no caput (tráfico) e no § 1o (tráfico equiparado) deste artigo, as penas poderão ser REDUZIDAS de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (TRÁFICO PRIVILEGIADO)
TRÁFICO PRIVILEGIADO
A condição de "mula" do tráfico, por si só, não afasta a possibilidade de aplicação da minorante do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, uma vez que a figura de transportador da droga não induz, automaticamente, à conclusão de que o agente integre, de forma estável e permanente, organização criminosa.
É inaplicável a causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/06 na hipótese em que o réu tenha sido condenado, na mesma ocasião, por tráfico e pela associação de que trata o art. 35 do mesmo diploma legal. A aplicação da referida causa de diminuição de pena pressupõe que o agente não se dedique às atividades criminosas. Desse modo, verifica-se que a redução é logicamente incompatível com a habitualidade e permanência exigidas para a configuração do delito de associação (art. 35), cujo reconhecimento evidencia a conduta do agente voltada para o crime e envolvimento permanente com o tráfico. STJ. 6ª T. REsp 1199671-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 26/2/13 (Info 517).
TRÁFICO PRIVILEGIADO
15. (TJAP-2022-FGV): A prisão do agente em local conhecido por venda de drogas não afasta a possibilidade de aplicação de tráfico privilegiado.
QUESTÃO
Correto
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, MAQUINÁRIO, APARELHO, INSTRUMENTO ou QUALQUER OBJETO destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
TRÁFICO DE MAQUINÁRIO
Art. 35. ASSOCIAREM-SE duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput (tráfico) e § 1o (tráfico equiparado), e 34 (tráfico de maquinário) desta lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 (financiamento para o tráfico) desta Lei.
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO
16. (TJDFT-2007): Assinale a alternativa correta: O vínculo estável entre agentes com a finalidade da prática de uma série indeterminada de crimes consuma o delito de associação ao tráfico, independentemente da prática de qualquer realização concreta de tráfico ou financiamento ao tráfico de entorpecente, evidenciando o caráter autônomo e formal do delito associativo
QUESTÃO
Correto
Art. 36. FINANCIAR ou CUSTEAR a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput (tráfico) e § 1o (tráfico equiparado), e 34 (tráfico de maquinário) desta Lei:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias- multa.
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. 
INFORMANTE DO TRÁFICO
Art. 38. PRESCREVER ou MINISTRAR, CULPOSAMENTE, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho FEDERAL da categoria profissional a que pertença o agente.
PRESCRIÇÃO CULPOSA DE DROGAS
Art. 39. CONDUZIR embarcação ou aeronave APÓS o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva OU proibição de obtê-la, PELO MESMO PRAZO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
CONDUZIR EMBARCAÇÃO OU AERONAVE SOB EFEITO DE DROGAS
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. 
17. (MPMS-2013): Acerca da Lei 11.343/06 (Lei Antidrogas), assinale a alternativa correta: Quem, depois de consumir cocaína e sob efeito dessa substância, pilota pequena aeronave de sua propriedade, colocando em risco a incolumidade outrem, com manobras perigosas que fazia, comete ilícito previsto no Código de Trânsito Brasileio. .
Errado
QUESTÃO
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são AUMENTADAS de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei 11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras.
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;CAUSAS DE AUMENTO
III - a infração tiver sido cometida nas DEPENDÊNCIAS OU IMEDIAÇÕES de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
CAUSAS DE AUMENTO
Ocorrendo o tráfico de drogas nas imediações de presídio, incidirá a causa de aumento do art. 40, III, da LD, não importando quem seja o comprador.
A causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso III, da Lei 11.343/06 tem natureza objetiva, não sendo necessária a efetiva comprovação de mercancia na respectiva entidade de ensino, ou mesmo de que o comércio visava a atingir os estudantes, sendo suficiente que a prática ilícita tenha ocorrido em locais próximos, ou seja, nas imediações do estabelecimento. STJ. 6ª T. REsp 1.719.792/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 13.03.18.
A majorante do art. 40, III, da Lei 11.343/06 somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior. É a posição majoritária no STF e STJ. STF. 1ª T. HC 122258-MS, Rel. Min. Rosa Weber, j. 19/08/14. STF. 2ª T. HC 120624/MS, Red. p/ o ac., Min. Ricardo Lewandowski, j. 3/6/14 (Info 749).
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente FINANCIAR ou CUSTEAR a prática do crime
CAUSAS DE AUMENTO
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar VOLUNTARIAMENTE com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena REDUZIDA de um terço a dois terços.
COLABORAÇÃO PREMIADA
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, COM PREPONDERÂNCIA sobre o previsto no art. 59 (circunstâncias judiciais) do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
VEDAÇÕES
Jurisprudência
É inconstitucional a expressão e liberdade provisória, constante do caput do artigo 44 da Lei 11.343/2006. 5. Negado provimento ao recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público Federal. (STF, RE 1038925/SP - REPERCUSSÃO GERAL, Plenário, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/08/2017).
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
ISENÇÃO DE PENA
18. (PCGO-2017-CESPE): Vantuir e Lúcio cometeram, em momentos distintos e sem associação, crimes previstos na Lei de Drogas (Lei 11.343/06). No momento da ação, Vantuir, em razão de dependência química e de estar sob influência de entorpecentes, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Lúcio, ao agir, estava sob efeito de droga, proveniente de caso fortuito, sendo também incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Nessas situações hipotéticas, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, Lúcio e Vantuir serão isentos de pena. 
Correto
QUESTÃO
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
REDUÇÃO DE PENA
	 
§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 (porte para consumo pessoal) desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser IMEDIATAMENTE encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
 
§ 3o Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, VEDADA a detenção do agente.
PROCEDIMENTO
Art. 51. O inquérito policial será CONCLUÍDO no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver PRESO, e de 90 (noventa) dias, quando SOLTO.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser DUPLICADOS pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
PRAZO DO INQUÉRITO POLICIAL

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