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Aula 06 - Afo I

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Centro Universitário - UNIEURO 
Pró-Reitoria de Graduação 
Cursos: Administração 
Contabilidade 
 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – AFO I 
Aula 06 - Modelos para análise de sensibilidade (investimentos). 
Prof. MSc. Cesar Almeida 
 
ANÁLISES DE SENSIBILIDADE 
Conceito 
A análise de sensibilidade é um método de decisão, estudo técnico de carácter 
financeiro com o objetivo de determinar qual a viabilidade ou sucesso de um determinado 
projeto, quer ele seja de investimento. 
Os aspectos relacionados com o lançamento de um novo produto ou mesmo a 
antevisão do eventual sucesso num novo mercado. Esta análise e, consequentemente, a sua 
conclusão é, muitas vezes, fundamental para a tomada de decisão de um gestor ou investidor 
com vista a perspectivar do interesse ou não em realizar um determinado investimento. 
A avaliação da sensibilidade faz-se por meio de simulações possíveis para diferentes 
variáveis do projeto que constituem maior incerteza no futuro, em regra, varia-se o preço 
e/volume das vendas, alguns custos, taxas de câmbio e as condições de financiamento do 
projeto, tais como taxas de juro e prazos, determinando-se o impacto de tais alterações na 
rentabilidade do projeto. 
As variáveis são consideradas isoladamente, quando alteradas implicam 
consequentemente a alteração do Risco, sendo possível medir a sensibilidade do investimento. 
A análise de sensibilidade identifica as variáveis que determinam o sucesso do projeto, mas 
não mede o risco associado a essas variáveis. 
É evidente que qualquer estudo de viabilidade económica tem inerente sempre um 
fator de incerteza e a análise de sensibilidade não foge a esta regra. Recomenda-se, pois que 
para além de estudos de mercado sobre o setor que a análise de sensibilidade possa avaliar 
diferentes tipos de cenários e não apenas os cenários otimistas onde todas as variáveis são 
perfeitas (vendas elevadas, baixos custos, taxas de juro mais favoráveis, períodos de 
financiamento mais alargados etc.). 
A identificação das variáveis críticas do projeto faz-se deixando flutuar as variáveis do 
projeto segundo uma dada variação de risco, e observando as variações subsequentes, nos 
indicadores de desempenho tanto financeiros como econômicos. 
São críticas as variáveis para as quais uma variação positiva e/ou negativa de 1% 
causa uma variação correspondente de 5% no valor base. Podem ser adotados critérios 
diferentes, se esse for o entendimento. 
 
 
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Avaliar o impacto de certas variações percentuais de uma variável sobre os 
indicadores de desempenho do projeto não reflete a probabilidade de ocorrência dessa 
variação. 
Atribuindo distribuições de probabilidade adequadas às variáveis críticas, podem-se 
estimar distribuições de probabilidade dos indicadores de desempenho financeiros e 
econômicos. Isto permite ao analista apresentar estatísticas interessantes sobre os indicadores 
de desempenho do projeto: valores esperados, desvio-padrão, coeficiente de variação. 
Em alguns casos, como a falta de dados históricos sobre projetos semelhantes, pode 
mostrar-se bastante difícil encontrar hipóteses sensatas sobre as distribuições de probabilidade 
das variáveis críticas. 
Nesses casos, deve ser feita pelo menos uma avaliação qualitativa dos riscos para 
apoiar os resultados da análise de sensibilidade. 
 
Análise de caixa sob condição de incerteza 
Sob condição de incertezas existem basicamente três alternativas para a solução do 
problema. 
a) Uso de regras utilizando matriz de decisão; 
b) Análise de sensibilidade: quando não se dispõe de informação 
c) Simulação: quando se dispõe de alguma informação. 
 
Matrizes de Decisão 
São tabelas que relacionam as alternativas com as diferentes eventualidades futuras. 
Ex. Uma escolha entre três produtos: A, B e C. As receitas dependem das condições 
climáticas, as quais poderão ser boas, médias ou até ruim. 
As informações na matriz referem-se às receitas. 
 
 
 
 
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CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 
ALTERNATIVAS BOM MÉDIO RUIM 
A 
B 
C 
100 
72 
90 
70 
60 
90 
30 
50 
25 
 
1ª Regra – Maximizando receita e minimizando custo 
a) Nesse caso o AGRESSIVO optaria pela cultura A; 
 
b) O MODERADO optaria pela cultura C; 
 
c) O CONSERVADOR pela cultura B. 
 
Nesse caso a melhor escolha depende do nível de risco do investidor. 
 
2ª Regra – Laplace ou razão insuficiente: supondo que todas as situações sejam igualmente 
prováveis. 
I - (100 + 70 + 30) / 3 = 66,77 
II - (72 + 60 + 50) / 3 = 60,67 
III - (90 + 90 + 25) / 3 = 68,33 
Nesse caso a melhor escolha seria a C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Análise de sensibilidade de investimentos 
Nesse caso utilizaríamos outras variáveis que por ventura influenciasse na tomada de 
decisão, como por exemplo. Concorrência. 
Exercício: Uma determinada empresa esta estudando três produtos para ser lançado no 
mercado, cujos dados durante os próximos três meses são os seguintes. 
 
A B C 
Investimento: 100 mil 
Receita mensal: 100 mil 
Custos variáveis: 40 mil 
Valor residual: 30 mil. 
Taxa oportunidade: 10% 
Investimento: 100 mil 
Receita mensal: 90 mil 
Custos variáveis: 36 mil 
Valor residual: 30 mil. 
Taxa oportunidade: 10% 
Investimento: 100 mil 
Receita mensal: 80 mil 
Custos variáveis: 32 mil 
Valor residual: 30 mil. 
Taxa oportunidade: 10% 
 
Fluxo de caixa 
Estuda o efeito que a variação de um dado de entrada pode ocasionar nos resultados: 
 100 
 
 
 
- 100 
 
Admitindo-se queda de 10% nas vendas 
 90 
 
 
 
- 100 
 
Admitindo-se queda de 20% nas vendas 
 80 
 
 
 
- 100 
 
 
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 Nesse caso a melhor escolha depende do nível de risco do investidor: 
 
1. Investimento de mesma monta; 
2. Custos variáveis em mesmo percentual; 
3. Valor residual em mesmo valor monetário; 
4. Taxa de oportunidade em mesmo percentual. 
 
Escolha assertiva, no projeto A, tem sobras monetárias maiores que os investimentos 
iniciais de B e C. 
Qual fator pode ser atribuído a melhor alternativa? 
 Questões climáticas influência no desenvolvimento da receita e dos custos variáveis. 
Qual seria o melhor investimento ou grupo de investimento, utilizando as seguintes 
regras: 
a) Matrizes de decisão; 
b) Análise de sensibilidade. 
 
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 
ALTERNATIVAS Quente Chuvoso Frio 
A 
B 
C 
100 
63 
24 
72 
72 
80 
50 
90 
20 
 
1ª Regra – maximizando receita e minimizando custo da venda de capas de chuva 
a) Nesse caso o AGRESSIVOC, projeta receita de 80; 
b) O MODERADO B, pois projeta maior receita em 72; 
c) O CONSERVADOR C, pois projeta maior receita em 72. 
 
 
 
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2º Regra - LAPLACE OU RAZÃO INSUFICIENTE: supondo que todas as situações sejam 
igualmente prováveis. 
I - (100 + 72 + 50) / 3 = 74,00 
II - (63 + 72 + 90) / 3 = 75,00 
III - ( 24 + 80 + 20) / 3 = 41,33 
Considerando a regra de LAPLACE o melhor investimento seria o produto B 
 
FLUXO DE CAIXA 
 
Avaliação do Fluxo Futuro 
Ao avaliar a projeção do fluxo de um investimento, o investidor considera diferentes 
alternativas para aplicação do capital, e para medir o desempenho de um projeto em termos 
monetários é necessária à execução de uma sobrevivência projetada. 
Dentre os métodos tradicionais, os indicadores Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa 
Interna de Retorno (TIR), comumente utilizados na avaliação de projetos futuros de 
investimento, o fluxo projetado de caixa mantem o processo realimentado garantindo sua 
continuidade. 
A projeção futura de caixa gera valor líquido dos fluxos contínuos. Em outras 
palavras, a capacidade planejada com racionalidade entre as entradas e saídas seja no mínimo 
igual e/ou maior ao valor dos desembolsos. 
 
 CF1 CF2 CF3 Fluxo esperado CF N-1 CF N Tempo 
 
 
CF0= Investimento Inicial 
 
 
 
EXERCÍCIOS - FLUXO DE CAIXA 
 
 
 
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a) Fluxo de caixa disponível em tesouraria: 
 
 1.300 890 950 955 970 620 500 
 
 
-10.000 
 
Qual tipo de tesouraria: 
Qual fluxo de caixa atual: 
b) Fluxo de caixa disponível em tesouraria: 
 
 1.300 1.890 1. 950 1.955 1.970 1.620 1.500 
 
 
-10.000 
 
Qual tipo de tesouraria: 
Qual fluxo de caixa atual: 
c) Fluxo de caixa disponível em tesouraria: 
 
 900 770 920 900 700 600 500 
 
-10.000 
 
Qual tipo de tesouraria: 
Qual fluxo de caixa atual: 
 
 
 
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d) Fluxo de giro de pagamentos disponíveis em tesouraria: 
 
 1.300 2.400 1.300 1.700 955 970 620 
 
-10.000 
Qual tipo de tesouraria: 
Qual fluxo de caixa atual: 
e) Fluxo de caixa disponível em tesouraria: 
 
 1.300 890 950 955 970 620 500 
 
-10.000 
 
Qual tipo de tesouraria: 
Qual fluxo de caixa atual: 
f) Fluxo de caixa projetado em tesouraria: 
 
 
 
 
-10.000 
 
Projete um fluxo de caixa crescente com excedente de 7,5% no gráfico acima: 
 
 
 
 
 
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-10.000 
 
 
Projete um fluxo de caixa crescente com excedente de 13,8% no gráfico acima: 
 
 
 
 
-10.000 
 
 
Projete um fluxo de caixa crescente com excedente de 16,2% no gráfico acima: 
 
 
 
 
-10.000 
 
 
Projete um fluxo de caixa crescente com excedente de 18,7% no gráfico acima: 
 
Bom estudo!!!

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