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René Descartes Filósofo e matemático francês. Criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Autor da obra “O Discurso sobre o Método”. Biografia Nasceu em Haye, na França, em 1596. Estudou Direito, mas nunca exerceu. Afirmou que a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade indiscutível. Só a matemática demonstra aquilo que afirma. Em 1618, iniciou os estudos da matemática. Com 22 anos começou a formular sua geometria analítica e seu método de raciocinar corretamente. Rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propôs uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. Relacionou a álgebra com a geometria, o que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, o Plano Cartesiano. Em “O Tratado do Mundo”, uma obra de física, Descartes aborda a tese do heliocentrismo. Em 1633 abandona o plano de publicá-la, devido à condenação de Galileu pela Inquisição. Descartes e a Filosofia Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza. Sugeriu uma nova visão da natureza, que anula o significado moral e religioso da época. Acreditava que a ciência deveria ser prática e não especulativa. Ideias O Discurso sobre o Método é um tratado filosófico e matemático que lançou as bases do racionalismo como fonte de conhecimento. Acreditava na existência de uma verdade absoluta, incontestável. Para atingi-la desenvolveu o método da dúvida, que questionava as ideias e teorias preexistentes. Expõe 4 regras para se chegar ao conhecimento: 1. Nada é verdadeiro até ser reconhecido como tal; 2. Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente; 3. As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo; 4. O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido. Para isso, Descartes criou o método da dúvida. Ao duvidar de tudo o quanto for possível, alcançaria o conhecimento verdadeiro, algo seguro que não pode ser duvidado (indubitável). Inicialmente, o filósofo dúvida dos sentidos, pois os sentidos podem ser fontes de engano. Chama a atenção para a impossibilidade de reconhecer um sonho. Deste modo, tudo o que chamamos de realidade pode ser apenas elementos integrantes de um sonho. Mas, percebe que mesmo nos sonhos as regras matemáticas não são alteradas. Descartes afirma que a matemática é um conhecimento um pouco mais puro. Entretanto, podemos estar sob a influência de um gênio maligno, um deus enganador, que nos faz acreditar em certas coisas (por exemplo, 2 + 2 = 4 ou que um triângulo possui três lados). Descartes convenceu-se de que a única verdade possível era sua capacidade de duvidar, reflexo de sua capacidade de pensar. Assim, a verdade absoluta estaria sintetizada na fórmula “eu penso”, a partir da qual concluiu sua própria existência. Sua teoria passou a ser resumida na frase “Penso, logo existo” (em latim, Cogito, ergo sum).
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