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Ciência da Literatura: Ficção Contemporânea e Música Africana

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CIÊNCIA DA LITERATURA 
2021.1 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: As novas formas do sujeito 
PROFESSOR: Beatriz Resende Siape: 8360503 CÓDIGO: LEL820 
PERÍODO: 2021- 1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA: Quarta-feira, das 17h às 20hs. O link de acesso à 
plataforma digital de transmissão será encaminhado antes do início das aulas. 
TÍTULO DO CURSO: Estratégias de construção da ficção contemporânea 
no Brasil 
EMENTA 
O curso pretende ler e debater obras da ficção brasileira publicadas a partir 
de 2020, ou seja, absolutamente contemporâneas. Nas obras queremos inves-
tigar procedimentos literários que se evidenciam como dominantes no tempo 
atual. 
Principais questões que queremos levantar são: 
1. As estratégias literárias de uso da primeira pessoa em romances e contos. 
2. Questões de raça e de gênero. O entrelaçamento dos temas como trato 
de temas da desigualdade, da subalternidade, do patriarcalismo e do ra-
cismo. 
3. As escritas da cidade e da periferia das grandes cidades. 
4. A retomada de espaços fora da centralidade urbana. Territórios e aspectos 
de língua literária 
5. A mobilidade do conceito de literatura. O trânsito entre diferentes possi-
bilidades das artes da palavra. 
O corpus de leituras a serem estudadas será definido junto com os alunos a 
partir de sugestões fornecidas. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ALMEIDA, Sílvio. Racismo estrutural. Col. Feminismos plurais. SP: Jandaira, 
2020 
ANZALDÚA, Gloria. “Falando em línguas: uma carta para mulheres 
escritoras do Terceiro Mundo”. Rev. Estudos Feministas 229. 1/2000 
BUTLER. Judith. Relatar a sim mesmo. Crítica da violência estética. BH: Au-
têntica, 2015. 
---------- Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria 
performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. 
CANCLINI, Nestor Garcia. O mundo todo como lugar estranho. SP:EDUSP, 
2016 
DERRIDA, JACQUES. Essa estranha instituição chamada literature. BH: Edi-
tora UFMG, 2018. 
GROYS, BORIS. Arte poder. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2015 
HARDING, Sandra. “A instabilidade das categorias analíticas na teoria femi-
nista”. In: Revista Estudos Feministas n. 1/93 pp 7-3 
HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.) Pensamento feminista: conceitos fun-
damentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019 
------------------- (org.) Pensamento feminista hoje. Perspectivas decoloniais. 
Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020 
--------------------(org.) Pensamento feminista hoje. Sexualidades no sul glo-
bal. . Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020 
OSBORNE, Peter. The Postconceptual Condition. N.Y, Verso, 2018. 
ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição. SP: n-1edições, 2018 
SOARES, Luiz Eduardo. O Brasil e seu duplo. SP: Todavia, 2019. 
SPIVAK, GAYATRI C. “Literatura”. Cadernos Pagu, São Paulo, no. 19, ano 
2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Poesia e canção 
PROFESSOR: Carlos Pires Siape: 3081190 CÓDIGO: LEL863 
PROFESSOR: Enrique Menezes Siape: - 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO: Literatura Comparada/Musicologia 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta-feira, às 14h, aula dialogada, se-
minários, audição e exercícios. Avaliação: um trabalho final desenvolvido ao 
longo do curso com apoio dos professores e colegas. 
TÍTULO DO CURSO: Tópicos atuais em teoria e análise da música afri-
cana e sua projeção na música brasileira 
EMENTA 
O curso irá oferecer uma seleção de teorias atuais que tratam da música 
africana – como as de Agawu, Anku, Locke, Kubik, Kolinski, Temperley, Pressing 
e Toussaint – e brasileira – como as de Sandroni, Oliveira Pinto, Lopes, Lacerda, 
Béhague e Kubik – buscando aí suas transformações, inter-relações e afasta-
mentos. Pretende-se oferecer uma bibliografia internacional que tem colocado 
em circulação ideias e conceitos ainda pouco discutidos no âmbito da relação 
entre música brasileira e africana. Ao longo do curso faremos audições de re-
pertórios de diferentes lugares da África, hoje nos arquivos fonográficos de Vi-
ena, Berlim e na International Library of African Music, para considerá-los em 
chave comparada a repertórios brasileiros. Serão realizados exercícios de trans-
crição, análise e performance para a aproximação dos conceitos trabalhados. 
Faremos, quando necessário, a discussão sobre teorias divergentes. O objetivo 
do curso é fornecer recursos interdisciplinares que contribuam para a reflexão e 
pesquisa sobre músicas e canções em perspectiva transnacional e comparada. 
 
BIBLIOGRAFIA (Plano inicial previsto do curso com bibliografia) 
Rotas escravistas do tráfico atlântico: 
ELTIS, David; Richardson, David. “The Transatlantic Slave Trade Database” 
(2006), http://www.slavevoyages.org/ 
______. Atlas of the Transatlantic Slave Trade, Yale University Press, 2010. 
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. “África, números do tráfico atlântico”. Dicionário 
da escravidão e liberdade: 50 textos críticos, Lilia Moritz Schwarcz e Flávio 
dos Santos Gomes (Orgs.). São Paulo: Companhia das Letras, 2018. 
CASTRO, Yeda Pessoa de. “Localização e origem da população negra escravi-
zada em território colonial brasileiro: as denominações banto e iorubá”. Re-
vista Eletrônica: Tempo - Técnica - Território, V.3, N.2 (2012), 45 – 58. 
Conceitos de multidimensionalidade, isomorfismo e complementari-
dade: 
LOCKE, David. “Simultaneous multidimensionality in “african music: musical 
cubism” African Music, vol. 8, no. 3, 2009, pp. 8–37. 
Pressing, Jeff. “Cognitive Isomorphisms between Pitch and Rhythm in World 
Musics: West Africa, the Balkans and Western Tonality” Studies in Music 17 
(1983), p. 38-61. 
ANKU, Willie. “Principles of Rhythm Integration in African Drumming.” Black 
Music Research Journal, vol. 17, no. 2, 1997, pp. 211–238. 
Análise estrutural e/ou cultural: 
AGAWU, Kofi. “Structural Analysis or Cultural Analysis? Competing Perspec-
tives on the ‘Standard Pattern’ of West African Rhythm,” Journal of the Amer-
ican Musicological Society 59 (2006), p. 1-46. 
KUBIK, Gerhard. “The Emics of African Musical Rhythm”, in Cross Rhythms 2, 
ed. Daniel Avorgbedor and Kwesi Yankah (Bloomington, IN: Trickster Press, 
1985), p. 26-66. 
Música instrumental fon e bàtá: 
BRANDA-LACERDA, Marcos. “Instrumental texture and heterophony in a fon 
repertoire for drums”, Trans. Revista Transcultural de Música, 11, julho, 
2007. 
______. “Música de ritual africana e alguns conceitos contemporâneos de 
organização musical.” Seminário Música Ciência Tecnologia 1.4, 2012. 
Questões sobre ritmo na música africana: 
AGAWU, Kofi. “The Invention of African Rhythm”, in Representing African Mu-
sic: Postcolonial Notes, Queries, Positions (New York: Routledge, 2003, 55-
70). 
TEMPERLEY, David. “Meter and Grouping in African Music: A View from Music 
Theory,” Ethnomusicology 44 (2000), p. 65-96. 
KOLINSKI, Mieczslaw. “A Cross-Cultural Approach to Metro-Rhythmic Pat-
terns.” Ethnomusicology 26 (1973): 217-46. 
Opcional: KOLINSKI, Mieczyslaw. “Studies in African Music by A. M. Jones”. 
The Musical Quarterly, Vol. 46, No. 1 (Jan., 1960), pp. 105-110. 
A tradição dos barbeiros no choro e o violão de 7 cordas: 
TINHORÃO, José Ramos. “O som da cidade na música de barbeiros”, em His-
tória social da música popular brasileira, Editora 34, 1998. 
JEHA, Silvana. “Ganhar a vida. Uma história do barbeiro africano Antonio José 
Dutra e sua família. Rio de Janeiro, século XIX.” Revista de História 176, 
2017, p. 01-35. 
Opcional: PALOPOLI, Cibele Odete. Violão velho, Choro novo: processos com-
posicionais de Zé Barbeiro. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. 
Tempo isócrono e não-isócrono: 
KEIL, Charles. “Participatory Discrepancies and the Power of Music”. Cultural 
Anthropology, ano 2, n. 3, p. 275-283, ago. 1987. 
POLAK, Rainer. “Rhythmic Feel as Meter: Non-Isochronous Beat Subdivision 
in Jembe Music from Mali.” Music Theory Online 2010. 
Cuíca, pandeiro e tamborim: 
BARROS,Vinícius de Camargo. O uso do tamborim por Mestre Marçal: legado 
e estudo interpretativo, capítulo 2, Dissertação de Mestrado, Unicamp, 2015. 
KUBIK, Gerhard. “The Pwita and Kwika friction drums”, em Angola in the black 
cultural expressions of Brazil, Diasporic Africa Press, 2013. 
Opcional: BOLÃO, Oscar. Batuque é um privilégio. Irmãos Vitale, 2003. 
Transcrição: 
ELLINGSON, Ter. “Transcription”, em Ethnomusicology: An Introduction, ed. 
Helen Myers (1992), 110-152. 
KOETTING, James. “Analysis and notation of West African drum ensemble 
music”, Selected reports in ethnomusicology 1.3 (1970): 115-46. 
Teorias da música afro-brasileira 1: 
ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre música brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 
2006. 
______. Música de feitiçaria no Brasil. Nova Fronteira, 2015. 
______. “O Samba Rural Paulista”, In: Aspectos da música brasileira. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 
BINAZZI, B. ; MENEZES, E. V. ; ANDRADE, M. ; PIRES, C. Jazz Rural. São 
Paulo: Hedra, 2020. 
Teorias da música afro-brasileira 2: 
MUKUNA, Kazadi W. Contribuição banto à música popular brasileira. Global, 
1978. 
KUBIK, Gerhard. “Angolan traits in black music, games and dances of Brazil. 
A study of African cultural extensions overseas”, Estudos de Antropologia Cul-
tural. Junta de Investigações Cientiacas de Ultramar Lisboa 10 (1979): 1-55. 
Teorias da música afro-brasileira 3: 
LACERDA, Marcos Branda. “Transformação dos processos rítmicos de offbeat 
timing e cross rhythm em dois gêneros musicais tradicionais do Brasil” - 
Opus, Ano 11, 2005. 
PINTO, Tiago Oliveira. "As cores do som: estruturas sonoras e concepção 
estética na música afro-brasileira." África 22-23, 2004, p. 87-109. 
Teorias da música afro-brasileira 4: 
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Ja-
neiro (1917-1933). Zahar, 2001. 
LOPES, Nei. O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical: partido-alto, 
calango, chula e outras cantorias. Vol. 1. Pallas, 1992. 
Teorias da música afro-brasileira 5: 
LUCAS, Glaura. Os sons do rosário: o congado mineiro dos Arturos e Jatobá. 
Vol. 86. Editoria UFMG, 2002. 
SLENES, Robert W. “Eu venho de muito longe, eu venho cavando”: jongueiros 
cumba na senzala centro-africana”, Memória do jongo: as gravações históri-
cas de Stanley J. Stein. Vassouras (1949), In: Lara, Silvia Hunold & Pacheco, 
Gustavo (orgs.), Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley J. 
Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca; Campinas, SP: CECULT, 
2007, p. 109-156. 
Opcional: FROMONT, Cécile. “Dancing for the king of Congo from early mod-
ern Central Africa to slavery-era Brazil”, Colonial Latin American Review 22.2, 
2013, p. 184-208. 
João Gilberto e a tradição do samba urbano brasileiro: 
MAMMI, Lorenzo. "João Gilberto e o projeto utópico da bossa nova", Novos 
estudos CEBRAP 34 (1992): 63-70. 
GARCIA, Walter. Bim bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto, ca-
pítulo 1, Paz e Terra, 1999. 
TINHORÃO, José Ramos. “Problemas”, em Música popular: um tema em de-
bate. Editora 34, 1997. 
A Moderna Música Popular Brasileira e a crise tropicalista: 
SCHWARZ, Roberto. “Cultura e política, 1964-1969”. In: O pai de família e 
outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. 
FAVARETTO, Celso F. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Ateliê Editorial, 
1996. 
PIRES, Carlos. Frio Tropical. São Paulo: Alameda, 2017. 
O RAP e as transformação contemporâneas na canção brasileira: 
TEPERMAN, Ricardo. Se liga no som. São Paulo: Claro Enigma, 2015. 
Garcia, Walter. “Ouvindo Racionais”. In: Teresa: Revista de Literatura Brasi-
leira, São Paulo, n. 4/5, pp. 167-80, 2003. 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Arte e representação na modernidade 
PROFESSOR: Danielle Corpas Siape: 3303029 CÓDIGO: LEL812 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta-feira, 10h, encontros on-line se-
manais via plataforma Meet. 
TÍTULO DO CURSO: Formas do cotidiano 
EMENTA 
O ponto de partida do curso é a noção de realismo sério, proposta por Erich 
Auerbach para designar modalidades bastante distintas de tratamento literário 
do cotidiano, formas de apresentação dos “acontecimentos mais corriqueiros da 
realidade num contexto sério e significativo” em relação às circunstâncias histó-
ricas. A proposta consiste em observar transformações que aquilo que se chama 
vida cotidiana vem sofrendo desde o início do século XX, e discutir modos como 
isso se configura na expressão estética. 
A programação se organiza em três módulos. O primeiro tem como foco 
proposições relacionadas à representação literária da vida cotidiana em Mimesis, 
com ênfase para o contraste entre o realismo do século XIX e a prosa de ficção 
do modernismo europeu, e levando em conta também a retomada de juízos de 
Auerbach em trabalhos de Jacques Rancière, Franco Moretti, Fredric Jameson e 
Siegfried Kracauer. O segundo módulo tem caráter bem mais panorâmico: um 
mapeamento introdutório de perspectivas teóricas a propósito da vida cotidiana, 
com prioridade para aspectos peculiares ao contexto do capitalismo tardio – por 
exemplo, redefinições de coordenadas de tempo e espaço, assim como de regi-
mes de trabalho e de consumo (material e simbólico). Por fim, no terceiro mó-
dulo, os encontros serão dedicados à leitura de obras (a serem selecionadas com 
a turma) que sejam interessantes para a reflexão sobre as relações entre arte e 
cotidiano moderno e contemporâneo – de preferência, objetos de pesquisa dos 
participantes do curso. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA (Bibliografia completa e links para os arqui-
vos serão fornecidos no início do curso.) 
ALVES, Giovanni. Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do ca-
pitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011. 
ALVES, Giovanni; ANTUNES, Ricardo. As mutações no mundo do trabalho na era 
da mundialização do capital. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 87, p. 335-351, maio-
ago. 2004. 
AUERBACH, Erich. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. 
Edição revista e aumentada. São Paulo: Perspectiva, 2021. 
CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu Edi-
tora, 2016. 
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. 
DE CERTEAU, Michel. A vida cotidiana 1 (Artes de fazer). Petrópolis: Vozes, 2014. 
DE CERTEAU, Michel; GIARD, Luce; MAYOL, Pierra. A vida cotidiana 2 (Morar, co-
zinhar). Petrópolis: Vozes, 2013. 
DURÃO, Fabio Akcelrud. Da superprodução semiótica: caracterização e implicações 
estéticas. In: DURÃO, F.; VAZ, A.; ZUIN, A. (Org.). A indústria cultural hoje. São 
Paulo: Boitempo Editorial, 2008. 
HARVEY, David. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mu-
dança cultural. São Paulo: Edições Loyola, 2016. 
HOGGART, Richard. The uses of literacy: Aspects of working-class life with special 
reference to publications entertainments. Londres: Penguin Books, s./d. 
JAMESON, Fredric. O fim da temporalidade. ArtCultura. Uberlândia, v. 13, n. 22, 
p. 187-206, jan.-jun. 2011. 
______. Realism and the dissolution of genre. In: The antinomies of realism. Lon-
dres; Nova York: Verso, 2015. 
JAPPE, Anselm. A crítica da vida cotidiana. In: Guy Debord. Petrópolis: Vozes, 
1999. 
LEFEBVRE, Henri. Critique de la vie quotidienne. T. III: De la modernité au moder-
nisme (Pour une métaphilosophie du quotidien). Paris, L’Arche, 1981. 
______. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo, Ática, 1991. 
LUKÁCS, Georg. Caracterización general del pensamento cotidiano. In: Estetica. 
V. I: La peculiaridade de lo estetico. Barcelona; Mexico, D.F.: Ediciones Grijalbo, 
1966. 
KRACAUER, Siegfried. Film in our time. In: Theory of film: the redemption of phys-
ical reality. Princeton: Princeton University Press, 1997. 
_____. O ornamento da massa. In: O ornamento da massa. São Paulo: Cosac 
Naify, 2009. 
MORETTI, Franco. O século sério. Novos Estudos. São Paulo: CEBRAP, n. 65, pp. 
03-33,mar. 2003. 
RANCIÈRE, Jacques. O efeito de realidade e a política da ficção. Novos Estudos. 
São Paulo: CEBRAP, n. 86, pp. 75-90, mar. 2010. 
______. Le ciel du plébéien (Paris, 1830). In: Aisthesis: scènes du régime esthé-
tique de l’art. Paris: Éditions Galilée, 2011. 
______. O fio perdido do romance. In: O fio perdido. São Paulo: Martins Fontes, 
2017. 
______. Le moment quelconque. In: Les bords de la fiction. Paris: Éditions du 
Seuil, 2017. 
______. Auerbach and the contradictions of realism. Critical Inquiry. Chicago, The 
University of Chicago, v. 44, p. 227-241, Winter 2018. 
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São 
Paulo: Edusp, 2006. 
SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana: estudos de 
Antropologia Social. Rio de Janeiro, PPGAS – Museu Nacional/UFRJ, v. 11 (2), p. 
577-591, 2005. 
WAIZBORT, Leopoldo. Erich Auerbach e a condição humana. In: ALMEIDA, J.; BA-
DER, W. (Org.). O pensamento alemão no século XX: grandes protagonistas e 
recepção das obras no Brasil. v. 2. São Paulo: Cosac Naify, 2013. 
WILLIS, Susan. Cotidiano: para começo de conversa. São Paulo: Paz e Terra, 
1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Historiografia e crítica literária 
PROFESSOR: Eduardo Coelho Siape: 2478182 CÓDIGO: LEL806 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Encontros síncronos às terças-feiras, às 
18h, por meio do app Zoom. Algumas oficinas serão realizadas na modalidade 
síncrona, nesse mesmo dia/hora; outras serão realizadas de forma assíncrona. 
TÍTULO DO CURSO: A escrita acadêmica: dissertação e tese 
EMENTA 
Este curso pretende descrever e analisar estilos de escrita acadêmica; dis-
cutir o bloqueio da escrita; tratar de etapas e processos referentes à produção 
científica na área de Letras; apresentar técnicas e recursos de produção de tex-
tos acadêmicos voltados para o desenvolvimento de dissertações e teses. Uma 
parte dos encontros será destinada a conversas com pesquisadores a respeito 
de suas práticas, de seus modos de fazer e de suas dificuldades na criação tex-
tual; outro módulo deste curso vai consistir na realização de oficinas de produ-
ção textual e copidesque. 
 
BIBLIOGRAFIA 
AIRA, César. Continuação de ideias diversas. Tradução de Joca Wolff. S.l.: 
Papéis Selvagens, s./d. Coleção Archimboldi. 
ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escrito-
ras do terceiro mundo, Estudos Feministas, ano 8, p. 229-236, 1o semestre 
de 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/arti-
cle/view/9880/9106>. Acesso em: 30 mar. 2021. 
BECKER, Howard S. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros 
e artigos. Tradução de Denise Bottmann. Revisão técnica de Karina Kuschnir. 
Rio de Janeiro: Zahar, 2019. 
BEAUD, Michel. A arte da tese: como elaborar trabalhos de pós-graduação, 
mestrado e doutorado. Tradução de Glória de Carvalho Lins. Rio de Janeiro: 
Edições BestBolso, 2014. 
CARLINO, Paula. Escribir, leer y aprender en la universidad. Una introducción 
a la alfabetización académica. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de 
Argentina, 2005. 
CRUZ, Robson. Bloqueio da escrita acadêmica. Caminhos para escrever com 
conforto e sentido. Belo Horizonte: Artesã, 2020. 
DINIZ, Debora. Cartas a uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. 2a 
edição. Brasília: Letras Livres, 2013. 
______. Série Banquinha (IGTV), Instagram. Disponível em: 
<https://www.instagram.com/debora_d_diniz/channel/>. Acesso em: 30 
mar. 2021. 
DOZE ENSAIOS SOBRE O ENSAIO: ANTOLOGIA SERROTE, São Paulo, Insti-
tuto Moreira Salles, 2018. 
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar de Souza. 
27a edição, revista e atualizada. São Paulo: Perspectiva, 2019. Coleção es-
tudos, 85. 
EVARISTO, Conceição. “A Escrevivência e seus subtextos”. In DUARTE, Cons-
tância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita em nós: 
reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Ilustrações de Goya Lopes. Rio 
de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 26-46. 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 2a edição. Rio de Ja-
neiro: Fundação Getúlio Vargas, 1972. 
MORAES, Ana Cristina de; CASTRO, Francisco Mirtiel Frankson Moura. Por 
uma estetização da escrita acadêmica: poemas, cartas e diários envoltos em 
intenções pedagógicas, Revista Brasileira de Educação, v. 23, Rio de Janeiro, 
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, p. 1-15, 
2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S1413-24782018000100276&tlng=pt>. Acesso em: 27 mar. 2021. 
MORICONI, Italo. “O fetiche morreu, viva o fetiche: A questão da crítica”; 
“Circuitos contemporâneos do literário”; “Literatura 00”; “Um pé na acade-
mia, outro no mercado”. Literatura, meu fetiche. Organização de Paloma Vi-
dal e Ieda Magri. Recife: Cepe, 2020. P. 25-29; 31-49; 51-60; 61-71. 
TERCEIRA MARGEM: Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciência da 
Literatura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Letras e Artes, 
Faculdade de Letras, Pós-Graduação, ano IX, n. 13, 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Poiesis: arte e cultura enquanto identidade e diferença 
PROFESSOR: Eduardo Guerreiro 
B. Losso 
Siape: 1721533 CÓDIGO: LEL889 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quarta, das 17h às 20h. 
TÍTULO DO CURSO: Reencantamento do mundo na expressão poética e 
musical: da Belle Époque à contracultura 
EMENTA 
Alguns teóricos da literatura moderna, como Octavio Paz e Michael Löwy, 
entendem que o romantismo inaugurou uma estética revolucionária e liberta-
dora. É comum salientar ligações entre o romantismo e o modernismo que apon-
tam para um comum apagamento da fronteira entre arte e vida e uma revolta 
contra o racionalismo utilitarista em prol do reencantamento do mundo a partir 
do desencantamento dos dogmas e das instituições tutelares. 
Seguindo tal linhagem fundamental da modernidade literária, muitos elidem 
o papel crucial que o período do final do século XIX desempenhou na história. 
Se a boemia artística nasceu no romantismo parisiense dos anos 1830, ela só 
cresceu e se desenvolveu numa ligação indissociável com cafés literários e ex-
perimentação estética no período de efervescência do decadentismo e do sim-
bolismo, especialmente na década de 1880, cuja história em Paris é pouco lem-
brada e deve ser reconstituída. A convivência entre artistas criou uma especial 
valorização da musicalidade, melódica ou harmônica, da estrutura verbal, além 
de uma das principais revistas do movimento ser dedicada somente a Wagner. 
No Brasil, a irrupção do simbolismo se deu nos anos 1890 em todo Brasil, 
com destaque para o Rio de Janeiro de Cruz e Sousa e Gonzaga Duque e para a 
Curitiba da revista Cenáculo. Na comparação da atividade da juventude literária 
do movimento francês e brasileiro, nosso interesse incidirá nas diferenças de 
repercussão que o combate juvenil pelo sonho e pelo mistério encontrou na ci-
dade literária central, onde venceu, e na periferia do capitalismo, onde se man-
teve marginal frente aos parnasianos. O ponto de maior destaque é que, se no 
romantismo a revolta existencial e o pendor antiburguês ainda eram setoriais, 
no simbolismo se tornou basilar. 
Tendo como horizonte as conquistas éticas e estéticas da Belle Époque, as 
vanguardas do século XX puderam radicalizar o efeito de choque e de fragmen-
tação inconsciente. A melodia verbal de mulheres poetas Gilka Machado e Cecília 
Meireles e o surrealismo apocalíptico de Murilo Mendes são manifestações de 
estados de alma que reúnem diferentes tipos de afinidade com o universo mu-
sical, anseio por liberdade verbal e social, bem como inquietação espiritual. 
O ponto de convergênciade toda a trajetória da boêmia artística, sempre 
minoritária e marginal dentro da sociedade, é a contracultura dos anos 60 e 70, 
que deu voz ao jovem contestador, libertário e pacifista e privilegiou o rock 
psicodélico como sua principal manifestação cultural. O grande exemplo brasi-
leiro a ser analisado será a banda tropicalista Os Mutantes, que conseguiu rea-
lizar uma das mais cultuadas séries de álbuns do psicodelismo mundial. Nela, 
podemos reconhecer o ponto culminante da associação entre poesia onírica e 
sonoridade lisérgica. 
O curso pretende atravessar tais momentos históricos para refletir sobre a 
correlação entre pacifismo e feminismo, avanços formais e imersões espirituais, 
cosmopolitismo e naturismo como forma de liberação comportamental, ambi-
guidade verbal e inefabilidade musical, cultivo da solidão para a experiência in-
terior e associação comunitária enquanto defesa política da arte. 
 
BIBLIOGRAFIA (A bibliografia específica será dada durante o curso.) 
ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 
2001. 
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e 
cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. 
BORGES, Jorge Luis. Prólogos: com um prólogo dos prólogos. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1985. 
CALADO, Carlos. A divina comédia dos Mutantes. São Paulo: Editora 34, 
2012. 
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências 
humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
LÖWY, Michael. A estrela da manhã: surrealismo e marxismo. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2002. 
MICHAUD, Guy. Méssage poétique du symbolisme. Paris: Nizet, 1961. 
PAZ, Octavio. Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1984. 
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 
WILLER, Claudio. Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico. Porto Ale-
gre: L&PM, 2014. 
WILSON, Edmund. O castelo de Axel: estudo sobre literatura imaginativa de 
1870 a 1930. Trad. José. Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras. 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Obra de arte: linguagem e verdade 
PROFESSOR: João Camillo Penna Siape: 1311027 CÓDIGO: LEL857 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: A disciplina será ministrada de forma re-
mota. São previstos encontros on-line às quintas-feiras, às 14h, com duração 
média de 3 horas, pela plataforma Zoom. De forma assíncrona, será aberta uma 
“turma” na plataforma Google Sala de Aula com o objetivo de constituir um 
fórum do curso. A bibliografia do curso será disponibilizada sempre que possível 
em arquivos no formato pdf, numa pasta no GSA. 
TÍTULO DO CURSO: O objeto-água: o “estilo tardio” de Clarice. 
EMENTA 
Adorno fala a propósito dos últimos quartetos de Beethoven de um certo 
“estilo tardio”, quando tocado pela mão da morte, os materiais estilhaçados não 
mais absorvidos são simplesmente deixados pelo autor “em pé”, intactos. Quem 
sabe essa noção nos ajude a entender o que acontece com a escrita de Clarice 
Lispector nos últimos anos de sua vida, digamos nos anos 1970. Uma escrita 
absolutamente aberta às coisas do cotidiano, ao tempo “real” da escrita, às in-
terrupções do dia a dia, todos os restos de realidade agregados sem qualquer 
formatação à escrita. Os seus últimos narradores parecem transformar a escrita 
em um registro mecânico, tentando encontrar uma forma de automatismo, que 
imita a máquina de escrever, em que ela frequentemente se queixa de estar se 
tornando. Clarice parece marcada pela escrita profissional jornalística, assober-
bada de trabalho, contabiliza cada palavra como tempo-dinheiro inscrita como 
tal em seu texto, que tematiza seus problemas financeiros. Sônia Roncador em 
um estudo pioneiro flagrou um elemento indicial (Peirce) nessa escrita. Há sem 
dúvida algo da “hora do lixo” a que Clarice se refere na Explicação de A Via 
crucis do corpo. Ali estão as coisas ou objetos como em “O relatório da coisa”, 
que retoma a sintaxe paratática de “O ovo e a galinha” ou do díptico de Brasília. 
Estamos num mundo em que tudo se tornou coisa e aonde ainda assim é preciso 
respirar e nascer; são os espaçamentos dos instantes-já de Água viva. Nesse 
curso nos dedicaremos a ler o mais proximamente possível esses textos tardios 
de Clarice. Trata-se de um curso “em progresso” dedicado à obra de Clarice 
Lispector, mas não é necessário ter estado nos seminários anteriores. 
 
BIBLIOGRAFIA 
Adorno, Theodor W. “The Late Style”. In: Beethoven. The Philosophy of Mu-
sic. Ed.: Rolf Tiedmann; Trad. Edmund Jephcott. Cambridge/ Malden, MA: 
Polity Press, 2002. 
Antelo, Raúl. Objecto textual. São Paulo: Fundação Memorial da América 
Latina, 1997. 
Cixous, Hélène. “Água viva: How to follow a Trinket of Water”. In: Reading 
with Clarice Lispector. Trad e ed. Verena Andermatt Conley. Minneapolis: Uni-
versity of Minnesota Press, 1990. 
Lispector, Clarice. A descoberta do mundo [recurso digital]. Rio de Janeiro: 
Rocco digital, s/d. 
Lispector, Clarice. Água viva. Edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio 
de Janeiro: Rocco, 2019. 
Lispector, Clarice. Água viva. Leticia Beze (digitalização). Rio de Janeiro: 
Rocco, s/d. 
Lispector, Clarice. Objecto gritante. Manuscrito. Arquivo de Clarice Lispector. 
In: Arquivo-Museu da Literatura da Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de 
Janeiro. 
Lispector, Clarice. Todos os contos [recurso eletrônico]. Benjamin Moser 
(org.). Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2016. 
Nodari, Alexandre. “O indizível manifesto: sobre a inapreensibilidade da coisa 
na ‘dura escritura’ de Clarice Lispector”. Revista Letras, UFPR, 
2019.https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/66898. 
Pessanha, José Américo. Carta de 05/03/1972. In: Lispector, Clarice. Água 
viva. Edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco, 2019. 
Roncador, Sônia. Poéticas do empobrecimento. A escrita derradeira de Cla-
rice. São Paulo: Annablume, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: A narrativa do século XX 
PROFESSOR: Luiz Eduardo Soa-
res 
Siape: 1365708 
 
CÓDIGO: LEL801 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sextas-feiras, às 16:00. O acesso re-
moto se dará pela plataforma Zoom, oferecida pelo professor. 
TÍTULO DO CURSO: Ficção e jornalismo literário 
EMENTA 
Por que nos preocupamos com as distinções entre esses tipos discursi-
vos? Somos zelosos com a verdade ou com a classificação da autoridade, 
segundo hierarquias e campos nos quais elas se exercem? Como o autor ou 
a autora, pessoa física, está implicada nesse ou naquele produto de lingua-
gem? Como este produto circula, age e põe em circulação os demais produ-
tos de mesma espécie, no campo cultural, acadêmico e no mercado? Como 
este produto põe em circulação as hierarquias e seus critérios, assim como 
as próprias comunidades e, portanto, as convenções? 
Propomos dois ângulos de abordagem, os quais dizem respeito, em uma 
ponta, à propriedade – ou origem – e, em outra ponta, à propriedade do 
tratamento do tema – postas aqui as questões da verossimilhança, da mí-
mesis, da articulação conceitual, ou da relação referencial, e aquelas relati-
vas à linguagem como prática, como ato. Ato que envolve o objeto livro no 
circuito de suas reapropriações e, voltando à primeira ponta, a propriedade 
jurídico-comercial. 
As prescrições classificatórias não constituem apenas volúpia burocrática 
e apetite micro-político, responsáveis pela reserva de mercado e a distribui-
ção de prebendas congratulatórias que garantem o beneplácito institucional. 
Elas determinam as condições de validade da verossimilhança porque con-
trolam, pelo menos em parte, o circuito das expectativas relativamente ao 
que se lerá no processode leitura. O que está em jogo é a autoridade do 
texto como regente do real, e o pacto que sustenta a credibilidade do dis-
curso (calibrando o êxito de sua pretensão de validade e de verdade). A 
ânsia classificatória converte as categorias taxonômicas em profecias que se 
auto-cumprem, domesticando a experiência estética, o exercício reflexivo, 
as dinâmicas cognitivas, os processos comunicativos e a fruição literária, 
pavimentando carreiras e inibindo circulações criativas ousadas. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ANDERSON, John Lee. A queda de Bagdá. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. 
ANTONIO, João. “Três cunhadas – Natal 1960” In Leão de chácara. São Paulo: 
Cosac & Naify, 2002. 
CAPOTE, Truman. A sangue frio. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 
DAS, Veena. “O ato de testemunhar: violência, gênero e subjetividade” In 
Cadernos Pagu (37), julho-dezembro de 2011:9-41. [Tradução: Plínio 
Dentzien] (“The Act of Witnessing: Violence, Gender, and Subjectivity” In 
Veena Das, Life and Words: Violence and the Descent into the Ordinary. Pub-
lished by the University of California Press, 2007). 
GLENNY, Misha. McMáfia; crime sem fronteiras. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2008. 
HERR, Michael. Despachos do front. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 
HERSEY, John. Hiroshima. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 
KAPUSCINSKI, Ryszard. O Xá dos Xás. São Paulo: Companhia das Letras, 
2012. 
LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Planeta, 2012. 
MAILER, Norman. “O cerco de Chicago”. In O Super-homem vai ao supermer-
cado. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 
MALCOLM, Janet. “Quarenta e um inícios falsos”. In Quarenta e um inícios 
falsos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 
______. Anatomia de um julgamento: Ifigênia em Forest Hills. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012. 
MORICONI, Italo. “Circuitos contemporâneos do literário”. In Literatura, meu 
fetiche. Recife: CEPE, 2020. 
REMNICK, David. “Kid Dynamite explode: Mike Tyson”. In Dentro da floresta. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 
______. “Uma infância stalinista” In O túmulo de Lenin. São Paulo: Compa-
nhia das Letras, 2017. 
RESENDE, Beatriz. “A literatura brasileira na era da multiplicidade”. In Con-
temporâneo; expressões da literatura brasileira no século XXI. Rio de Janeiro: 
Casa da Palavra, 2008. 
______. “Direto para o fim do mundo”. In Apontamentos de crítica cultural. 
Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002. 
RIBEIRO, José Hamilton. “A mina na estrada sem alegria”. In O gosto da 
guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 
ROSS, Lillian. Filme. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. 
SAVIANO, Roberto. Gomorra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 
SILVEIRA, Joel. “Pode uma feijoada derrubar um governo? Pois foi o que 
aconteceu”. In A feijoada que derrubou o governo. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2004. 
SIMAS, Luiz Antonio. O corpo encantado das ruas. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2020. 
TALESE, Gay. “Frank Sinatra está resfriado” e “Como não entrevistar Frank 
Sinatra”. In Fama & anonimato. São Paulo, Companhia das Letras, 2004. 
WOOD, James. Como funciona a ficção. São Paulo: Cosac & Naify, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: O espaço literário 
PROFESSOR: Marcelo Diego Siape: 2731983 CÓDIGO: LEL836 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária / Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Terças-feiras, às 14h, por meio remoto. 
TÍTULO DO CURSO: Vida literária e epistolografia: três estudos de caso 
(Machado, Drummond, Lispector) 
EMENTA 
Assumindo a forma de oficina, o curso se debruçará sobre momentos nodais 
da epistolografia de Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Clarice 
Lispector. O exame de cartas trocadas entre esses autores e destinatários di-
versos, observadas em contexto, servirá de meio tanto para a investigação da 
gênese de obras literárias específicas quanto, principalmente, para a reconsti-
tuição da vida literária desses escritores. A correspondência, portanto, será ana-
lisada menos em função de suas características próprias – de gênero, de estilo, 
de produção, de circulação, de estatuto – e mais como fonte, como via de acesso 
a redes de sociabilidade e a processos de criação. A hipótese sendo testada 
enlaça precisamente essas duas noções: é a de que, na obra dos autores em 
tela, a tomada de consciência e o amadurecimento dos processos de criação 
literária acontece em paralelo à tomada de consciência e ao amadurecimento 
das redes de sociabilidade literária. A fim de comprovar essa hipótese, após um 
breve primeiro momento, de estabelecimento de um enquadro teórico, o curso 
se dedicará à análise, em perspectiva crítica e historiográfica, dos estudos de 
caso. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ANDRADE, Carlos Drummond de. ANDRADE, Mário de. Carlos e Mário: cor-
respondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade. Organi-
zação de Silviano Santiago. Rio de Janeiro: Bem-te-vi, 2002. 
______ . ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade 
a Carlos Drummond de Andrade anotadas pelo destinatário. Posfácio de An-
dré Botelho. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 
______. ANJOS, Cyro dos. Correspondência de Cyro Dos Anjos e Carlos 
Drummond de Andrade. Organização de Wander Melo Miranda e Roberto 
Said. Rio de Janeiro: Biblioteca Azul, 2012. 
______. COUTO, Ribeiro. Carlos Drummond de Andrade e Ribeiro Couto: cor-
respondência. Organização de Marcelo Bortoloti. São Paulo: Editora da Unesp, 
2019. 
______. LIMA, Alceu Amoroso. Correspondência de Carlos Drummond de An-
drade e Alceu Amoroso Lima. Organização de Leandro Garcia Rodrigues. Belo 
Horizonte: Editora da UFMG, 2014. 
______. NAVA, Pedro. Descendo a rua da Bahia: correspondência entre Pedro 
Nava e Carlos Drummond de Andrade. Organização de Eliane Vasconcellos e 
Matilde Demetrio dos Santos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2017. 
ANDRADE, Mário de. Vida literária. Pesquisa, estabelecimento de texto, in-
trodução e notas de Sonia Sachs. São Paulo: HUCITEC/Edusp, 1993. 
______. BANDEIRA, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel 
Bandeira. Organização de Marcos Antonio de Moraes. São Paulo: Edusp, 
2001. 
ASSIS, Machado de. Correspondência. 5 tomos. Coordenação e orientação de 
Sergio Paulo Rouanet; reunida, organizada e comentada por Irene Moutinho 
e Sílvia Eleutério. 2.ed. São Paulo: Global; Rio de Janeiro; Academia Brasi-
leira de Letras, 2019. 
BROCA, José Brito. A vida literária no Brasil – 1900. Introdução de Francisco 
de Assis Barbosa. 3.ed. Rio de Janeiro: José Olympio; Departamento de Cul-
tura da Guanabara, 1975 (Col. Documentos Brasileiros, v. 108). 
CASANOVA, Pascale. A república mundial das letras. São Paulo: Estação Li-
berdade, 2002. 
DIMAS, Antonio. Anotações sobre a correspondência de Machado de Assis. 
Machado de Assis em linha, v. 10, n. 21, São Paulo, Ago. 2016, p. 158-178. 
GALVÃO, Walnice Nogueira; GOTLIB, Nádia Batella (Orgs). Prezado senhor, 
prezada senhora: estudos sobre cartas. São Paulo: Companhia das Letras, 
200. 
GUIMARÃES, Júlio Castañon. Contrapontos: notas sobre a correspondência 
no modernismo. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2004. 
LIMA, Luiz Costa. Questionamento da crítica literária. In: ______. Dispersa 
demanda: ensaios sobre literatura e teoria. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 
1981. p. 199-207. 
LISPECTOR, Clarice. Todas as cartas. Prefácio e notas bibliográficas: Teresa 
Monteiro. Posfácio: Pedro Karp Vasquez. Pesquisa textual e transcrição das 
cartas: Larissa Vaz. Rio de Janeiro: Rocco, 2020. 
______. SABINO, Fernando. Cartas perto do coração selvagem: Fernando 
Sabino e Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Record, 2001. 
MACHADO, Ubiratan. A vida literária no Brasil durante o Romantismo. 2.ed. 
rev. e amp. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar Editorial, 2010. 
MELO NETO, João Cabral. BANDEIRA, Manuel. ANDRADE, Carlos Drummond 
de. Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond. Organização de 
Flora Süssekind. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Fundação Casa de RuiBar-
bosa, 2001. 
MICELI, Sérgio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 
2001. 
______. Poder, sexo e letras na República Velha. São Paulo: Perspectiva, 
1977. 
MORAES, Marcos Antônio. Epistolografia e crítica genética. Ciência e Cultura, 
v.59, n.1. São Paulo, Jan./Mar. 2007, p. 30-32. 
______. Epistolografia de Machado de Assis: escrita de si e testemunhos de 
criação literária. Machado de Assis em linha, v. 4, n. 7, Rio de Janeiro, Jun. 
2011, p. 88-111. 
MOUTINHO, Irene. ELEUTÉRIO, Silvia. Entrevista. Machado de Assis em linha, 
v. 13, n. 29, São Paulo, Abr. 2020, p. 123-147. 
SÜSSEKIND, Flora. O romance epistolar e a virada do século: Lúcio de Men-
donça e João do Rio. Papéis colados. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1993. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA/ LETRAS NEOLATINAS 
DISCIPLINA: Leitura de textos poéticos contemporâneos 
PROFESSOR: Marcelo Jacques 
de Moraes 
Siape: 6377623 CÓDIGO: LEL814 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sextas-feiras, das 14h às 17h, encontros 
síncronos semanais. 
TÍTULO DO CURSO: Bordas e fronteiras, corpos e línguas na poesia fran-
cesa contemporânea 
EMENTA 
O curso estará centrado na reflexão teórico-crítica de base francesa sobre 
os sentidos e modos de sobrevivência da poesia na contemporaneidade e, mais 
especialmente, sobre as relações entre experiência, corpo e linguagem articula-
das sob a perspectiva da tensão entre identidade, alteridade e comunidade. Pro-
poremos paralelamente a leitura de alguns/umas autores/as franceses/as con-
temporâneos/as. 
Um dos problemas subjacentes a tal proposta de articulação é o problema 
teórico da tradução, que consideraremos não apenas em seu sentido prático e 
crítico, mas também, e sobretudo, no sentido mais amplo, poético e político, de 
“partilha” de um mundo, na dupla acepção da palavra “partilha”, remetendo ao 
que une e ao que separa os corpos que coabitam o mundo em questão – como 
o faz à sua maneira a própria tradução stricto sensu ao colocar línguas em rela-
ção e, assim, a um só tempo aproximá-las e criar entre elas um abismo. 
Em um mundo cada vez mais entremeado de “translation zones” (Emily Ap-
ter), isto é, de zonas de contato e de conflito entre povos e línguas, e onde brota 
e se petrifica em toda parte o que Freud chamou de “narcisismo das pequenas 
diferenças”, interessa-nos investigar particularmente, no seio de uma cultura tão 
altiva quanto a francesa, na qual a poesia é um “bem cultural” (Walter Benjamin) 
historicamente associado à própria identidade nacional, a emergência de bordas, 
de fronteiras, de limiares, de zonas de partilha, de passagem e de impasse, de 
saída, de translação, ou de tradução, enfim, entre vozes, corpos e mundos que, 
em língua, se endereçam uns aos outros. 
Para além da investigação em torno das reflexões teóricas sobre os temas 
implicados, o curso se insere no contexto de um projeto de produção de uma 
antologia traduzida de poesia francesa contemporânea. Assim, a proposta é de 
que os participantes possam também participar da escolha e da tradução de 
textos poéticos. 
Em suma, os encontros síncronos semanais, com cerca de 3 horas de dura-
ção, devem alternar discussões de textos teórico-críticos com a discussão dos 
textos poéticos em tradução. 
 
Autores/as: Amandine André, Alexandra Badea, Luc Bénazet, Jerôme Bertin, 
Stéphane Bouquet, Francis Cohen, Jean-Michel Espitalier, Dominique Fourcade, 
Liliane Giraudon, AC Hello, Jacques Jouet, Aurélie Loiseleur, Cécile Mainardi, 
Bernard Noël, Isabelle Sbrissa, Charles Pennequin, Nathalie Quintane. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
ALFERI, Pierre. Chercher une phrase. Paris: Christian Bourgois, 2001. (Tra-
dução em português no prelo) 
BAILLY, Jean-Christophe. “‘Nous ne nous entoure pas”. Association Vacarme. 
2014/4 N° 69 | pages 172 à 195 https://www.cairn.info/revue-vacarme-
2014-4-page-172.htm 
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e 
história da cultura. 8ª ed. rev. Trad. de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: 
Brasiliense, 2012. 
BOULBINA, Seloua Luste. “Le devenir décolonial. Entretien avec Seloua Luste 
Boulbina”. https://www.erudit.org/en/journals/spirale/1900-v1-n1-spi-
rale02683/83617ac.pdf 
CÁMARA, Mário; KLINGER, Diana; PEDROSA; Celia; WOLFF, Jorge (org.). In-
dicionário do contemporâneo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018. 
CASSIN, Barbara. Plus d’une langue. Paris: Bayard, 2012. 
DERRIDA, Jacques. Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar Da 
Hospitalidade. Trad. de Antonio Romane; revisão técnica de Paulo Ottoni. São 
Paulo: Escuta, 2003. 
GLEIZE, Jean-Marie. “Poesia, poor”. Trad. de Alexandre Rosa. Em: 
Alea vol.15 no.2 Rio de Janeiro July/Dec. 2013. 
GLISSANT, Édouard. Introdução a uma poética da diversidade. Trad. de 
Enilce Albergaria Rocha. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005. 
KIFFER, Ana & GIORGI, G. Ódios políticos e política do ódio. Rio de Janeiro: 
Bazar do tempo, 2019. 
LAPOUJADE, David. As existências mínimas. Trad. de Hortencia Santos Len-
castre. São Paulo: n – 1, 2017. 
LEMOS, Masé. “Qualidades para uma poesia sem qualidades”. Aletria, Belo 
Horizonte, v. 27, n. 3, 2017, pp. 129-146. 
LUDMER, Josefina. “Literaturas pós-autônomas”. In: Sopro. Panfleto Político-
Cultural. Trad. De Flávia Cera. Desterro: Cultura e Barbárie, janeiro, 2010, 
p. 01-04. Disponível em: http://culturaebarbarie.org/ sopro/outros/posauto-
nomas.html. 
MACÉ, Marielle. Siderar, considerar. Migrantes: formas de vida. Trad. e apre-
sentação de Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 
2018. 
______. Nos cabanes. Paris: Verdier, 2019 (tradução no prelo). 
NANCY, Jean-Luc. “Fazer, a poesia”. Trad. de Letícia Della Giacoma de França, 
Janaína Ravagnoni e Maurício Mendonça Cardozo. ALEA. Rio de Janeiro, vol. 
15/2, p. 414-422, jul-dez. 2013. 
NOVARINA, Valère. Diante da palavra. Trad. de Angela Leite Lopes. Rio de 
Janeiro: Sete Letras, 2003. 
PERLOFF, Marjorie, O gênio não original. Poesia por outros meios no novo 
século. Trad. de Adriano Scandolara. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2013. 
Poesia e interfaces operações, composições, plasticidades. Lemos, Masé; 
MORAES, Marcelo J.; Glenadel, Paula; GORRILLOT, B. (Org.). 1. ed. Rio de 
Janeiro: 7 Letras, 2017. 
PRIGENT, Christian. Para que poetas ainda? Trad. e organização de Inês 
Oseki-Depré e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie: 
2017. 
SISCAR, Marcos. Jacques Derrida. Literatura, política e tradução. Campinas: 
Autores Associados, 2013. 
TARKOS, Christophe. Enrégistrés. Paris: P.O.L., 2014. 
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. de Jerusa Pires Fer-
reira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Interdisciplinaridade e interpretação 
PROFESSOR: Marco Lucchesi Siape: 0365916 CÓDIGO: LEL864 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: terça-feira, das 9h às 12h, através do app 
Zoom. 
TÍTULO DO CURSO: Dimensões éticas da tradução literária: sujeito, 
mundo, translação 
EMENTA 
Tradução enquanto polifonia. História e estética. A mediação e o significado 
do processo tradutório como intangível. Tradução literária: índices de remissão 
e deslocamento, diferença e repetição. Elementos da oficina. Alquimia e tradu-
ção. 
 
BIBLIOGRAFIA 
AKRICH, Madeleine, CALLON, Michel & LATOUR, Bruno. Sociologie de la tra-
duction: textes fondateurs. Paris: Presses de l'Ecole des Mine, 2006. 
APEL, Friedmar & KOPETZKI, Annette. Literarische Übersetzung. Stuttgart-
Weimar: Metzler, 2003. 
______. APEL, Friedmar, Il movimento del linguaggio. Milano: Marcos Y Mar-
cos, 1997. 
BANTAŞ, Croitoru. Didactica Traducerii. Bucureşti: Teora, 1998. 
BENJAMIN, Walter. Übersetzen. (org. Christiaan Lucas HartNibbrig). Berlin: 
Suhrkamp, 2001. 
BERMAN, Antoine. Pour une critique des traductions: John Donne. Paris: Gal-
limard, 1995. 
BEYLARD-OZEROFF. Translators' Strategies and Creativity. Amsterdam: John 
Benjamins, 1998. 
BUFFONI, Franco. La traduzione del testo poetico. Milano: Guerini, 1989. 
CAMPOS, Haroldo. Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspec-
tiva, 1989. 
CARENA, Carlo. Tradurre la poesia e il testo sacro. Milano: Mondadori, 2010. 
CAVAGNOLI, Franca. La voce del testo. L'arte e il mestiere di tradurre. Milano: 
Feltrinelli, 2012. 
CARMIGANI, Illide. Gli autori invisibili. Incontri sulla traduzione letteraria. 
Città del Castello: Besa, 2008. 
CLUNY, Claude Michel. Le silence de Delphes. Paris: Èditions de la Différence, 
2002. 
DEDECIUS, Karl: Vom Übersetzen. Theorie und Praxis. Frankfurt: Suhrkamp 
1986. 
DIADORI, Pierangela. Teoria e tecnica della traduzione. Strategie, testi e con-
testi. Milano: Mondadori, 2012. 
______. Verso la consapevolezza traduttiva. Perugia: Guerra, 2012. 
DIMITRIU, Rodica. Disocieri şi interferenţe în traductologie. Iaşi: Timpul, 
2001. 
DIZDAR, Dilek. Translation. Um- und Irrwege. Berlin: Frank & Timme, 2006. 
ECO, Umberto. Dire quasi la stessa cosa. Milano: Bompiani, 2004. 
______. L’isola del giorno prima. Milano: Bompiani, 1994. 
______. Baudolino. Milano: Bompiani, 2001. 
ETKIND, Efim. Un art en crise. Essai de poétique de la traduction poétique. 
Lausanne: L’Age d’Homme, 1982. 
FAINI, Paola. Tradurre. Dalla teoria alla pratica. Roma: Carocci, 2004. 
GALLO, Daniele. Elementi di teoria tecnica e tecnica della traduzione lettera-
ria. Milano: Viator, 2012. 
GREINER, Robert. Grundlagen der Übersetzungsforschung: Übersetzung und 
Literaturwissenschaft. Wien: Narr, 2004. 
GUERINI, Andréia; SIMONI, Karine; COSTA, Walter Carlos. Palavra de escri-
tor-tradutor: Marco Lucchesi. Florianópolis: Escritório do Livro, 2017. Prefácio 
de Walter Carlos Costa. 
HEWSON, Lance/Martin, Jacky: Redefining translation. The variational ap-
proach. London: Routledge 1991. 
HIRSCH, Alfred. Übersetzung und Dekonstruktion. Berlin: Suhrkamp, 2001. 
HÖNIG, Hans. Konstruktives Übersetzen. Tübingen: Stauffenburg, 1997. 
JEANRENAUD, Magda. Universaliile traducerii. Studii de traductologie. Iaşi: 
Polirom, 2006. 
HURTADO, Amparo: La notion de fidélité en traduction. Paris: Didier 1990. 
IONESCU, Gelu. Orizontul traducerii. Bucureşti: Editura Institutului Cultural 
Român, 2004. 
JÖRN, Albrceht. Übersetzung und Linguistik: Grundlagen der Übersetzungs-
forschung. Wien: Gunter Narr, 2013. 
KOLLER, Werner. Einführung in die Übersetzungswissenschaft. Stuttgart: 
Utb, 2011. 
KOSELLECK, Reinhart. Begriffgeschichten. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 
2006. 
KYOUNG, Jin Lee. Die deustsche Romantik und das Etische der Übersetzung: 
Die literarischen Übersetzngsdiskurse Herdes, Goethes, Schleiermaches, No-
valis, der Brüder Schlegel und Benjamins. Würzburg: Königshausen und 
Neumann, 2014. 
LARBAUD, Valéry, Sous l’invocation de saint Jérôme. Paris: NRF, 1946. 
LEDERER, Marianne: La traduction aujourd'hui: le modèle interprétatif. Van-
ves: Hachette 1994. 
LUCCHESI. Marco. Cultura da paz. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2020. 
MATTIOLI, Emilio. L’etica del tradurre e altri scritti. Modena, Mucchi, 2009. 
MESCHONIC, Henri. Poétique du traduire. Paris: Verdier, 2012. 
______. Étique et politique du traduire. Paris: Verdier, 2007. 
______. Pour la poétique II. Epistémologie de l’écriture. Poétique de la 
traduction. Paris: Gallimard, 1973. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Literatura e e vida nas cidades 
PROFESSOR: Paulo Roberto To-
nani do Patrocínio 
Siape: 2144382 CÓDIGO: LEL849 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: A disciplina será ministrada de forma re-
mota. São previstos encontros on-line às quintas-feiras, às 18h, com duração 
média de 3 horas, pela plataforma Google Meet. De forma assíncrona será aberta 
uma “turma” na plataforma Google Sala de Aula com o objetivo de constituir um 
fórum do curso. A bibliografia do curso será disponibilizada em arquivos no for-
mato pdf. 
TÍTULO DO CURSO: Formas de interpelação ao estatuto do literário a par-
tir da enunciação de vozes subalternas 
EMENTA 
O curso centra-se na discussão da relação entre literatura e política – ampli-
ando esta abordagem para a compreensão da relação entre literatura e vida – 
tendo como objetivo central a análise das formas de (auto)representação da su-
balternidade, em especial os textos reunidos sob a égide de literatura marginal. 
Nessa perspectiva, busca-se construir um quadro teórico que permita ler as mui-
tas questões que emergem da insurreição dos sujeitos silenciados, dentre elas: 
- o debate sobre os limites da crítica literária de base imanentista para a 
leitura e a interpretação de textos subalternos; 
- a política de construção identitária e formas de subjetivação a partir do texto 
literário e de outras manifestações e produtos discursivos; 
- formas de legitimação e autoridade discursiva na estruturação de uma nova 
alteridade entre intelectuais e subalternos; 
- a na(rra)ção no discurso subalterno e a construção de uma performance 
pedagógica a partir do acionamento de um novo conceito de tempo e povo; 
- as formas de engajamento a partir da representação literária e política do 
texto; 
- a dimensão coletiva do testemunho em oposição ao discurso autotélico da 
autobiografia; 
- os Estudos Culturais como referencial para a leitura e análise dos suportes 
discursivos da voz subalterna: música, texto e audiovisual. 
A partir de uma abordagem multidisciplinar, o curso busca indagar os limites 
do literário frente às vozes subalternas e propor uma discussão sobre os modelos 
teóricos que possam abarcar as especificidades dos discursos minoritários con-
temporâneos tendo como referência exercícios críticos que conjuguem o entendi-
mento entre literatura e política. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ALMEIDA, Júlia; MIGLIEVICH-RIBEIRO, Adelia; GOMES, Heloisa Toller. 
(Orgs). Crítica pós-colonial. Panorama de leituras contemporâneas. Rio de 
Janeiro: 7Letras/FAPERJ, 2013. 
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999. 
CHATTERJEE, Partha. La nación en tiempo heterogeneo. Madrid: Paidós, 
2009. 
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto 
Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. 
________. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sam-
paio. São Paulo: Edições Loyola, 1996. 
MIRANDA, Wander Melo. Nações literárias. Cotia (SP): Ateliê Editorial, 2010. 
MOREIRAS, Alberto. A exaustão da diferença; a política dos estudos culturais 
latino-americanos. Trad. Eliana L. Lima e Gláucia R. Gonçalves. Belo Hori-
zonte: Ed. UFMG, 2001. 
PENNA, João Camillo, PATROCÍNIO, Paulo Roberto Tonani do, FARIA, Alexan-
dre, orgs. Modos da margem: Figurações do da marginalidade na literatura 
brasileira. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2015. 
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento. Política e filosofia. Tradução de Ân-
gela Leite Lopes. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. 
________. Políticas da escrita. Tradução de Raquel Ramalhete. Rio de Ja-
neiro: Editora 34, 1995. 
SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Perspectiva, 
1978. 
________. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005. 
TENNINA, Lucía. Cuidado com os poetas. Literatura e periferia na cidade de 
São Paulo. Tradução de Ary Pimentel. Porto Alegre: Editora Zouk, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Literatura e modernidade 
PROFESSOR: Priscila Matsunaga Siape: 2544259 CÓDIGO: LEL809 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Aulas semanais, sextas-feiras, às 10h, 
pelo Google Meet 
TÍTULO DO CURSO: Mulheres e dívida, dramas e tragédias: noções para 
pensara relação entre a dramaturgia e a crítica do valor 
EMENTA 
O curso pretende pensar a relação entre dramaturgia e processo social a 
partir da hipótese de que é possível articular a teoria e crítica do valor à leitura 
de obras literárias. De um lado, o curso privilegiará autores que apresentam a 
lógica do valor como o centro de todas as crises; valor que é a um só tempo 
forma de consciência, de produção e reprodução (Anselm Jappe). O debate pro-
curará demonstrar que se são as relações fetichistas que conduzem e estrutu-
ram as relações sociais, e que portanto o fetichismo diz respeito ao mundo das 
trocas simbólicas, religiosas e materiais, é possível pensarmos a sujeição das 
mulheres através da dívida, da culpa e do sacrifício, assumindo teorico-critica-
mente a provocação de Luci Cavallero e Veronica Gago: “tirar a dívida do armá-
rio é um movimento político contra a culpa, contra a abstração da dominação 
que as finanças querem exercer e contra a moral de boas pagadoras”. A hipó-
tese está apoiada na leitura de tragédias e dramas, buscando percorrer um arco 
temporal que diz respeito à formação do capitalismo, e buscará apresentar as 
diferenças de composição entre as peças escolhidas. 
Módulo I: Mulheres e crítica do valor 
Aula 1: Apresentação do curso e Introdução do debate teórico. Notas iniciais 
para discussão dramaturgia e processo social. Cultura e capital financeiro, de 
Fredric Jameson. 
Aula 2: Marx e as mulheres. Sobre o suicídio, de Karl Marx. 
Aula 3: Marx e o dinheiro. Dinheiro (Manuscritos econômico-filosóficos); Marx, 
Shakespeare e o dinheiro, de Ana Cotrim. 
Aula 4: Mercadoria e dinheiro. A mercadoria (O Capital); Objetividade valor e 
forma valor. Apontamentos de Marx para a segunda edição de O Capital, de 
Rômulo Lima e Michael Heinrich. 
Aula 5: Para pensar a crítica do valor. Miséria informalizada: sobre a relação 
entre o setor informal e a moderna produção mercantil, de Norbert Trenkle; A 
quarta expropriação, de Ernst Lohoff; A ditadura do tempo abstrato: o trabalho 
como desajustamento da era moderna, de Robert Kurz. 
Aula 6: O valor é o homem. Teses sobre a socialização pelo valor e a relação 
entre os sexos, de Roswitha Scholz. 
Módulo II: A socialização pelo valor e a dívida 
Aulas 7 e 8: Divida os primeiros 5.000 anos, de David Graeber. 
Módulo III: Dramas e tragédias. Estrutura e análise 
Apresentação de seminários: 
Aula 9: A casa de bonecas, de Henrik Ibsen. 
Aula 10: O mercador de Veneza, de Shakespeare 
Aula 11: A tempestade, de Shakespeare/Augusto Boal 
Aula 12: Ifigênia em Áulis, de Eurípides 
Aula 13: Medeia, de Eurípides 
obs: cada peça tem bibliografia específica para discussão. 
Módulo IV: Teatro, performance e os limites da crítica 
O debate será feito a partir das análises de performances e peças teatrais con-
temporâneas. 
 
BIBLIOGRAFIA INICIAL 
ATWOOD Margaret. Payback: a dívida e o lado sombrio da riqueza. Rio de 
Janeiro: Rocco, 2009. 
BENJAMIN, Walter. O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013. 
CAVALERO, L.; GAGO, V. Uma leitura feminista da dívida. Porto Alegre: Cri-
ação Humana, 2019. 
COTRIM, A. (2019). Marx, Shakespeare e o nexo do dinheiro. Signótica, 31. 
<https://doi.org/10.5216/sig.v31.56341>. 
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tra-
dução Coletivo Sycorax, São Paulo: Elefante, 2017. 
GRAEBER, David. Dívida: os primeiros 5.000 anos. São Paulo: Três estrelas, 
2016. 
JAMESON, Fredric. Cultura e capital financeiro. In: JAMESON, F. A cultura do 
dinheiro: ensaios sobre a globalização. Tradução Maria Elisa Cevasco. Petró-
polis: Vozes, 2001. 
KURZ, Robert. Dinheiro sem valor. Linhas gerais para uma transformação da 
crítica da economia política. Tradução Lumir Nahodil. Lisboa: Antígona, 2014. 
LEITE, Taylisi. Crítica ao feminismo liberal: valor-clivagem e marxismo femi-
nista. São Paulo: Editora Contracorrente, 2020. 
LIMA, RÔMULO; HEINRICH, MICHAEL. Objetividade valor e forma valor. 
Apontamentos de Marx para a segunda edição de O Capital. Brazil. J. Polit. 
Econ., São Paulo, v. 38, n. 1, p. 201-214, mar. 2018 . 
LORAUX, Nicole. Maneiras trágicas de matar uma mulher. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1988. 
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos.Tradução: Jesus Ranieri. São 
Paulo: Boitempo, 2004. 
MARX, K. O capital: crítica da economia política: livro I. Tradução: Reginaldo 
Sant’Anna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. 
MARX, K. Sobre o suicídio. São Paulo: Boitempo, 2006. 
REVISTA Margem Esquerda n. 35. 2º semestre, 2020. 
SCHOLZ, R. O valor é homem: teses sobre a socialização pelo valor e a rela-
ção entre os sexos. Novos Estudos. CEBRAP, São Paulo, n. 45, julho 1996, p. 
15-36. 
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). Tradução: Luiz Sér-
gio Repa. São Paulo: CosacNaify, 2001. 
SZONDI, Peter. Teoria do drama burguês (século XVIII). Tradução: Luiz Sér-
gio Repa. São Paulo: CosacNaify, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA 
DISCIPLINA: Arte, manifestação e representação do real 
PROFESSOR: Thiago Rhys B. 
Cass 
Siape: 3062065 
 
CÓDIGO: LEL846 
 
PROFESSOR: Siape: 
PERÍODO: 2021.1 NÍVEL: M/D 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada 
HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Segunda-feira, das 17h às 20h (via Google 
Meet). Avaliação: seminário (10%), participação em aula (20%) e trabalho in-
dividual ao final do curso (70%). Idioma: português. Observação: o curso será 
ministrado em português, mas se supõe que os alunos tenham domínio de lei-
tura de textos em língua inglesa. 
TÍTULO DO CURSO: Teoria do Romance: vertentes inglesas 
EMENTA 
Objetivos 
Propõe-se familiarizar os estudantes com bibliografia fundamental de língua 
inglesa sobre a teoria, a história e a historiografia do gênero novelístico, com 
especial ênfase nas discussões sobre o processo de formação, disseminação e 
institucionalização do romance ao longo dos séculos XVIII e XIX. 
 
Justificativa 
Um dos capítulos privilegiados da teoria do romance é a discussão de como 
a novelística se sedimenta e institucionaliza na Grã-Bretanha dos séculos XVIII 
e XIX. Paradigmaticamente, correlacionam-se as generalizações de críticos ma-
terialistas, como as de Lukács e Bakhtin, à cristalização de procedimentos for-
mais e narrativos que tentam dar conta do advento da revolução comercial, da 
imprensa periódica, da Reforma protestante, das bases do método científico e 
do Estado-nação. Por meio da leitura de teóricos britânicos e norte-americanos, 
a disciplina pretende familiarizar os alunos com algumas das questões recorren-
tes dessa importante discussão em que se diluem as fronteiras entre teoria e 
história literárias. 
 
Conteúdo 
01. Apresentação; — 02. Questões teóricas: uma estética do romance? 
(Texto base: Henry James, “The Art of Fiction”, Longman’s Magazine (1884)); 
— 03. Uma teoria do romance (Texto-base: Percy Lubbock, The Craft of Fiction 
(1921)); — 04. Romance e processo social (Ian Watt, The Rise of the Novel 
(1957)); — 05. Romance e nação (Texto-base: Benedict Anderson, Imagined 
Communities (1983)); — 06. A mulher e o romance (Nancy Armstrong, Desire 
and Domestic fiction (1987)); — 07. O romance como anti-gênero (Michael 
Mckeon, “Generic Transformation and Social Change: Rethinking the Rise of the 
Novel”, (1985)); — 08. Romance e estudos da cultura (Texto-base: J. Paul Hun-
ter, Before Novels (1990)) ; — 09. Romance como entretenimento (Texto-base: 
“The Elevation of the Novel in England: Hegemony and Literary History” (1992)); 
— 10. As inovações formais do romance (Texto-base: Patricia Meyer Spacks, 
Novel Beginnings (2006)); — 11. Romance, União e império (Texto-base: Patrick 
Parrinder, Nation & Novel, (2008)); — 12. Romance e liberalismo (Texto-base: 
Amanda Anderson, Bleak Liberalism, (2016). 
 
BIBLIOGRAFIA 
ANDERSON, Amanda. Bleak Liberalism. Chicago – Londres: The University of 
Chicago Press, 2016. 
HUNTER, J. Paul. Before Novels: The Cultural Contextsof Eighteenth-Century 
English fictions. New York – London: Norton, 1990. 
LUBBOCK, Percy. The Craft of Fiction. Nova Iorque: Charles Scribner’s Sons, 
1921. 
MAITZEN, Rohan (ed.). The Victorian Art of Fiction: Nineteenth-Century Es-
says on the Novel. Peterborough, ON: Broadview, 2009. 
MCKEON, Michael (ed.). Theory of the Novel: A Historical Approach. A Critical 
Anthology. Baltimore – Londres: The Johns Hopkins University Press, 2000. 
PARRINDER, Patrick. Nation & Novel: The English Novel from its Origins to 
the Present Day. Oxford: Oxford University Press, 2008. 
WARNER, William B. “The Elevation of the Novel in England: Hegemony and 
Literary History”. ELH, v. 59, n. 3 (outono, 1992), pp. 577-596.

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