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Minicurso 1
A Segunda Guerra Mundial: um conflito que mudou o
mundo
Guilherme Nercolini Miranda (Doutorando, UFPR)
Heitor Esperança Henrique (Doutorando, UFPR)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História do Brasil, Relações 
Internacionais, Geopolítica, História Econômica, História Militar e da Guerra
Resumo:
A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito bélico da história da humanidade e teve como pior
consequência a morte de mais de cinquenta milhões de pessoas entre militares e civis. Este minicurso
busca apresentar as origens deste grande conflito, que remontam desde o fim do século XIX e início
do XX, até as consequências da Primeira Guerra Mundial. Abordar-se-á também o protagonismo das
principais potências econômico-industriais e militares que se dividiram em duas alianças antagônicas:
os Aliados (França, Inglaterra, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
O papel do Brasil também é um objetivo do minicurso, mostrando como um país periférico pode
enviar duas unidades militares para atuarem numa guerra desta magnitude. Por fim, expor a conclusão
do conflito que modificou sensivelmente o tabuleiro das relações internacionais, retirando da Europa o
centro do protagonismo internacional e colocando Estados Unidos e União Soviética como grandes
vencedores da guerra.
Conteúdo programático: 
Estão previstos 4 vídeos de aproximadamente 40 minutos cada, somando duas horas e quarenta
minutos de minicurso, divididos em dois vídeos para cada ministrante. O primeiro vídeo tratará das
motivações da guerra; o segundo do desenvolvimento inicial das batalhas; o terceiro do desfecho e das
consequências da guerra e o quarto e último vídeo da participação brasileira no geral. O conteúdo dos
vídeos será desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e apresentados com o auxílio de slides,
mapas e imagens para corroborar na exposição do conteúdo pelo ministrante.
Bibliografia:
BERTONHA, João Fábio. A Primeira Guerra Mundial: o conflito que mudou o mundo (1914-1918).
Maringá: Eduem, 2011.
_____________________. A Segunda Guerra Mundial. Que História É Esta? São Paulo: Saraiva,
2001.
FERRAZ, Francisco Cesar Alvez. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2005.
GILBERT, Martin. A Segunda Guerra Mundial: os 2174 dias que mudaram o mundo. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2014.
HENRIQUE, Heitor Esperança. Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial: a participação de
um país periférico em uma guerra moderna. Dissertação História, UEM, 2014.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: O breve século XX: 1914-1991. SANTARRITA, Marcos
(trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
JORDAN, David e WIEST, Andrew. Atlas da Segunda Guerra Mundial: Volume Único. São Paulo:
Editora Escala, 2008.
KENNEDY, Paul. A Ascensão e Queda das Grandes Potências. Transformação econômica e conflito
militar de 1500 a 2000. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
OLIVEIRA, Dennison de. Aliança Brasil-Estados Unidos: nova história do Brasil na Segunda Guerra
Mundial. Curitiba: Juruá, 2015.
_____________________. Para Entender a Segunda Guerra Mundial: Síntese Histórica. Curitiba:
Juruá, 2020.
Minicurso 2
História e Historiografia da Guerra dos Trinta Anos
(1618 - 1648)
Vítor Bianconi Menini (Doutorando, UNICAMP)
Áreas:
História Moderna, História Militar e da Guerra
Resumo:
Apesar de se tratar de um dos episódios mais relevantes da época da primeira Modernidade, a Guerra
dos Trinta Anos (1618 – 1648), recebeu pouca atenção da historiografia em língua portuguesa. Esse
minicurso, em paralelo à tendência de publicações emergida pelo quadricentenário do conflito, busca
introduzir os principais debates historiográficos que permitem identificar os potentados envolvidos,
assim como as tensões políticas, religiosas, sociais e culturais que a antecederam, engendraram e
alimentaram. Por meio da discussão bibliográfica e seleção de algumas fontes documentais, objetiva-se
promover um exame crítico dos motivos que levaram à guerra e à paz, a fim de desmontar explicações
generalizantes e esquemáticas em detrimento de intepretações matizadas e ecléticas.
Conteúdo programático: 
Vídeos gravados com exposição de interpretações historiográficas e análises de fontes relativas ao
recorte estabelecido, buscando responder as seguintes questões:
• Quais as origens da Guerra dos Trinta Anos? 
• Foi uma guerra de religião?
• Quais foram os principais envolvidos no conflito?
• Quais as principais transformações entre 1517 – 1618 que antecederam e alimentaram o conflito? 
Conteúdo Programático
Bloco I
1. Apresentação;
2. Nova História Militar;
A guerra como problemática histórica;
A Revolução Militar.
Bloco II 
3. As dinâmicas constitucionais do Sacro Império Romano Germânico;
4. As reformas religiosas e seus substratos ideológicos;
Guerras de religião?
5. “A Guerra dos Oitenta Anos”: a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos .
Boco III 
6. De Praga à Montanha Branca;
7. Os dinamarqueses e o Édito de Restituição;
8. O Leão do Norte: a campanha militar da Suécia;
9. A intervenção francesa;
10. Westphalia: as negociações pela paz.
Bibliografia:
CARNEIRO, H. “Guerra dos 30 Anos”, in: MAGNOLI, D. (org.) História das Guerras. São Paulo:
Contexto, 2006 pp. 163 – 188.
CROXTON, Derek. Westaphalia: The last Christian Peace. London: Palgrave MacMillan 2013.
Greengrass, Mark. Christendom Destroyed: Europe 1517-1648. New York: Penguin Books, 2014. 
HELFFERICH, T. The Thirty Years War: a documentary history. Indianapolis: Hackett Pub, 2009. 
LANGER, Herbert. The Thirty Years' War. Dorchester: Dorset Press, 1990.
LEE, S. J. A Guerra dos 30 anos. São Paulo: Ática, 1994.
Parker, G. The Thirty Years' War (2nd ed.). London: Routledge, 1997. 
POSSAMAI, P. “As guerras de reis e príncipes do século XV ao XVIII”, in: DA SILVA, F. C. T.;
LEÃO, K. S. S. (org.) Por que a guerra? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018, pp. 219 – 252.
RUBLACK, Ulinka (ed.). The Oxford Handbook of the Protestant Reformations-Oxford University
Press, 2017.
STROLLBERG-RILINGER, Barbara. The Holy Roman Empire: a short History. Princeton.
Princeton University Press, 2018.
WHALEY, Joachim. Germany and the Holy Roman Empire, volume 1 (1493 – 1648). Oxford: Oxford
University Press, 2012. 
KEEGAN, John. Uma História da Guerra. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
WEDGEWOOD, Cicely V. The Thirty Years War. New York: New York review books, 2005.
WILSON, Peter H,. The Thirty Years War: Europe’s Tragedy. Cambridge, Mass: Harvard University
Press, 2009. 
Minicurso 3
Brasil Brasileiro? O comentarista esportivo Ary Barroso
e o nacionalismo
Helcio Herbert Moreira da Silva Neto (Doutorando, UFRJ)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História do Brasil
Resumo:
O compositor, cantor e apresentador Ary Barroso (1903 - 1964) construiu uma sólida carreira como
comentarista esportivo no rádio. Se em sua obra musical as temáticas relativas ao Brasil são frequentes,
o propósito do minicurso é lançar um olhar, a partir de uma aproximação histórica, sobre as
expressões do nacionalismo em sua atuação na cobertura radiofônica especializada em esportes. Ao
assumir como recorte temporal a década de 1940, a proposta é adotar o conceito de partidarismo,
utilizado por McCargo (2012) para analisar os registros sobre os posicionamentos do radialista. Esse
horizonte de pesquisa contribui para o entendimento a respeito da construção do ideal nacional no
país e de suas implicações políticas. 
Conteúdo programático: 
A proposta será apresentar a relação entre a trajetória partidária de Ary Barroso, vereador do Distrito
Federal e militante udenista, com a sua inserção no campo esportivo. Embora criteriosa, essa
investigação tem a intenção de ser interativa: os participantes poderão examinar fragmentos dos relatos
biográficos e memorialísticos a respeito do comentarista e relacioná-loscom a sua produção musical.
Para isso, serão também consultados registros em publicações contemporâneas ao compositor.
Bibliografia:
BENEVIDES, Maria Victória de Mesquita. A UDN e o udenismo: ambiguidades do liberalismo
brasileiro (1945 - 1965). Paz e Terra: São Paulo, 1981.
CABRAL, Sérgio. No Tempo de Ari Barroso. Lumiar Editora: Rio de Janeiro, 2002.DRUMOND,
Maurício. Estado Novo e Esporte: a política e o esporte em Getúlio Vargas e Oliveira Salazar (1940 -
1945). Editora 7 Letras: Rio de Janeiro, 2014
GOMES, Ângela de Castro. A Invenção do Trabalhismo. Editora FGV: Rio de Janeiro,
2008.MCCARGO, Duncan. Partisan Polyvalence: Charaterizing the Political Role of Asian Media. In
HALLIN, Daniel; MANCINI, Paolo. Comparing Media Systems Beyond the Western World. Nova
York: Cambridge University Press, 2012. 
MORAES, Mário. Recordações de Ary Barroso. Edição Funarte: Rio de Janeiro, 1971.NETO, Helcio
Herbert. "‘Chamou o VAR!’: mesas-redondas na TV, comentário esportivo e o recurso visual na estreia
brasileira no Mundial de 2018. Ação Midiática. Curitiba, n. 21, jan./jun. 2021[. 
NETO, Helcio Herbert. José Maria Scassa e o Golpe de 1964: partidarismo no comentário esportivo
na TV. Seminário Online de Pesquisa em História da Universidade Estadual de Goiás. Anais...Uruaçu,
2020.
NETO, Helcio Herbert. Tanto a comentar: método comparado e os comentaristas esportivos no
Brasil. In: XIII Simpósio de História Comparada. Anais... Rio de Janeiro, 2019.OLINTO, Antonio. Ary
Barroso: A história de uma paixão. Mondrian: Rio de Janeiro, 2003.
Minicurso 4
Fotografia documental nos Museus - debates e dilemas
contemporâneos
Bruna Trautwein Barbosa (Mestranda, UFPR)
Áreas:
História Cultural, Geopolítica, Diálogos com outras áreas (marque outras opções também), 
Descolonização, Diálogos com outras áreas
Resumo:
A fotografia é fonte de pesquisa em muitas áreas científicas, afinal, ela se constitui como forma de
conhecimento visual do mundo. Na história, podemos observar estudos sobre o seu papel no
colonialismo do século XIX até debates sobre acervos de museus e usos de imagem em casos como o
dos Daguerreótipos de Zealy. Primeiro, pretendemos trazer apontamentos sobre mudanças na área do
fotojornalismo nos anos 1970 e os novos lugares de circulação dessas imagens. Esses novos espaços
acabam privilegiando a narrativa do fotógrafo sobre as realidades retratadas pois não possui a
mediação de editores de jornais e revistas. Ao mesmo tempo, a museologia, principalmente após a
Mesa de Santiago em 1972, passou a pensar o papel dessas instituições nas sociedades contemporâneas
procurando uma renovação, surgindo conceitos como ecomuseu, museu de comunidade. A proposta
desse curso é abordar os principais aspectos dos debates e movimentos iniciados em 1970, tanto na
fotografia quanto nos museus, e fazer uma análise de alguns estudos de caso para pensar os debates
contemporâneos do campo. Para isso dividiremos as aulas em duas partes: na primeira iremos
aprofundar sobre a difusão da fotografia documental a partir dos anos 1970, a nova forma de atuação
do fotojornalista e sua relação com o museu (acervos, exposições). Na segunda aula faremos o estudo
de quatro casos: Daguerreótipos de Zealy e o Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia de Harvard ,
fotografias do genocídio do Camboja no MoMA em Nova York, o projeto "Gênesis" de Sebastião
Salgado e o Projeto "Kurdistan: In the Shadow of History" de Susan Meisellas.
Conteúdo programático: 
Aula 1 - Para introduzir o tema, iremos abordar as novas formas de difusão das imagens
fotojornalísticas a partir da década de 1970 e o que isso representa para uma mudança de narrativa
sobre os acontecimentos retratados. Quando essas imagens passam a ocupar novos espaços elas
potencializam o seu alcance. Sendo assim, quanto aos debates no campo da museologia, procuraremos
abordar os dilemas que surgem dessa nova relação entre museu e fotografia. Algumas questões não são
exclusivas a essa relação, mas a partir dela temos casos significativos para estudos na área. 
Aula 2 - Para ilustrar e ajudar na compreensão dos aspectos apresentados na aula 1, essa aula focará em
analisar 4 casos com debates sobre a relação museu e fotografia. Sendo eles: Daguerreótipos de Zealy e
o Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia de Harvard , fotografias do genocídio do Camboja no
MoMA em Nova York, o projeto "Gênesis" de Sebastião Salgado e o Projeto "Kurdistan: In the
Shadow of History" de Susan Meisellas.
Bibliografia:
AZOULAY, Ariella. Unlearning the Position of the Photographer as Expert. In.: MEISELAS, Susan.
Mediations. Damiani Editore, Bologna - IT, 2018.
AZOULAY, Ariella. Potential History: Unlearning Imperialism. Londres, Verso Books, 2019. 
CASTRO-GÓMEZ, S. La hybris del punto zero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada.
Bogotá: Editorial Pontificia Universidad Javeriana, 2005
CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R (orgs). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad
epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 13 2007.
DE DUVE, Thierry. A arte diante do mal radical. ARS (São Paulo), São Paulo , v. 7, n. 13, p. 64-87,
June 2009 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
53202009000100005&lng=en&nrm=iso . access on 09 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S1678-
53202009000100005.
FEHRENBACH, H.; RODOGNO, D. (Org.) Humanitarian photography: a history. New York:
Cambridge University Press, 2015.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: Episódios do Racismo Cotidiano. Rio de Janeiro, Cobogó,
2019.
MESSINA, M.; DI SOMMA, T; NOBRE, J. N; OLIVEIRA, C. F. S. A. Sebastião Salgado, ou a lógica
enervante do colonialismo tardio. Revista de Estudos de Literatura, Cultura e Alteridade - Igarapé, v.11,
n. 1, 2018. Disponível em: http://www.periodicos.unir.br/index.php/igarape/article/view/3378/2697
Acesso em: 18/08/2019
ROUILLÉ, A. A fotografia entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2015. 
SANTOS, L. D. Fotografia e exploração geográfica: diálogos com Gênesis, de Sebastião Salgado.
Goiânia: Ateliê Geográfico, v. 12, n. 1, abr/2018. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/atelie/article/view/43722/25985 Acesso em: 18/08/2019
SEGAL, P. Fotos de escravos do século XIX levantam questões sobre a ética das imagens. In.:
https://alias.estadao.com.br/noticias/geral,fotos-de-escravos-do-seculo-19-levantam-questoes-sobre-a-
etica-das-imagens,70003459879?utm_source=facebook%3Anewsfeed&utm_medium=social-
organic&utm_campaign=redes-sociais%3A102020%3Ae&utm_content=%3A%3A
%3A&utm_term=&fbclid=IwAR2xEK8n4mr79ZWnXnVFVwMwn5iRsBnYur5k09Fk5cVFw6doJsa
ZOBcb-Hs
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da Imagem Eurocêntrica. São Paulo; Cosac Naify, 2006.
SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Minicurso 5
Aprender História com o cinema: o uso de filmes como
recursos didáticos
Bruno José Yashinishi (Mestre, UEPG)
Áreas:
Ensino de História, Mídia Digital, Cinema e Imagem
Resumo:
A relação entre História e cinema vem ganhando cada vez mais notoriedade, tanto por parte de
historiadores, quanto por teóricos e profissionais do próprio cinema. Entre as diversas aproximações e
entrecruzamentos entre essas duas áreas, destaca-se a possibilidade do uso de filmes como recursos
didáticos em aulas de História, que fomenta a consciência histórica dos estudantes e torna o processo
de ensino/aprendizagem mais dinâmico, efetivo e prazeroso. Dessa forma, o presente trabalho
pretende suscitar reflexões teóricas e oferecer alternativas metodológicas quanto à utilização de filmes
em sala de aula abordando conteúdos referentes à disciplina de História. O objetivo do trabalho é
corroborar com a prática docente, com a relação entre História e cinema, bem como pensar os filmes
além do mero entretenimento, mas antes, como ferramentascapazes de despertar a aprendizagem e a
consciência histórica. 
Conteúdo programático: 
O presente minicurso consiste em uma aula sobre as possibilidades da utilização de filmes em aulas da
disciplina de História. Esse trabalho será exposto através de um único vídeo com duração de 2 (duas)
horas, fazendo uso de slides e de vídeos complementares trazendo cenas de filmes selecionadas
previamente e que se relacionem com o conteúdo discutido, a fim de ilustrá-lo e suscitar reflexões
teóricas e sugestões metodológicas. Dessa forma, em um primeiro momento serão expostos alguns
pressupostos teóricos sobre a relação Cinema-História, em seguida, reflexões sobre a adoção de filmes
como recursos didáticos na disciplina de História e, por fim, algumas sugestões de filmes atendendo a
um roteiro de aula específico elaborado para contribuir com a prática docente que pretenda adotar o
trabalho com as fontes fílmicas em sala de aula. 
Bibliografia:
BARROS, José D`Assunção. Cinema e História: entre expressões e representações. In: NÓVOA, Jorge;
BARROS, José D`Assunção. Cinema-História: teoria e representações sociais no cinema. Rio de
Janeiro: Apicuri, 2012. p. 55-106. 
BERNADET, Jean-Claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 2006. 
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004. 
FERRO, Marc. Cinema e História. Tradução de Flávia Nascimento. São Paulo: Paz e Terra, 2010. 
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2003. 
HOBSBAWM, Eric. A Era dos impérios. Tradução de Sieni Maria Campos e Yolanda Steidel de
Toledo. São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
INGLIS, Ruth. O papel social do cinema. In: STEINBERG, Charles (Org.). Meios de comunicação de
massa. São Paulo: Cultrix, 1970. p. 257-259.
KORNIS, Mônica Almeida. Cinema, televisão e História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
LAGNY, Michèle. O cinema como fonte da História. In: NÓVOA, Jorge; FRESSATO, Soleni
Biscouto.; FEIGELSON, Kristian (Orgs.). Cinematógrafo: um olhar sobre a História. Salvador:
EDUFBA; São Paulo: Ed. da UNESP, 2009. p. 99-132.
MOCELLIN, Renato. O cinema e o ensino da História. Curitiba: Nova Didática, 2002.
MULLER, Eduardo Grahl. O uso de filmes nas aulas de História. 2012. 45 f. Monografia
(Especialização em Mídias na Educação) – Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/95848. Acesso em 29 mai. 2021. 
NASCIMENTO, Jairo Carvalho do. Cinema e Ensino de História: realidade escolar, propostas e
práticas na sala de aula. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, v. 5, ano V, n. 2, p. 1-23,
abr./mai./jun. 2008. Disponível em: https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/34.
Acesso em 29 mai. 2021.
NÓVOA, Jorge. Apologia da relação cinema-história. In: NÓVOA, Jorge; BARROS, José D’Assunção
(Orgs.). Cinema-História: teoria e representações sociais no cinema. Rio de Janeiro: Apicuri, 2012.
p.19-54.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma História prazerosa e consequente. In: KARNAL,
Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2016. p.
17-36.
REIS, José Carlos. Escola dos Annales: a inovação em História. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
ROSENSTONE, Robert A. A história nos filmes, os filmes na história. Tradução de Marcello Lino.
São Paulo: Paz e Terra, 2010. 
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Tradução de
Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. 
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
SILVA, Marcos. História, filmes e ensino: desavir-se, reaver-se. In: NÓVOA, Jorge; FRESSATO, Soleni
Biscouto; FEIGELSON, Kristian. Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador: EDUFBA; São
Paulo: Ed. Da UNESP, 2009. p. 147-158.
VESENTINI, Carlos Alberto. História e ensino: o tema do sistema de fábricas visto através de filmes.
In: BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2006. p.
163-175. 
Minicurso 6
Escritas de terror e medo: diálogos entre o gótico
feminino da Inglaterra e Brasil
Elen Biguelini (Doutora, Universidade de Coimbra)
Ana Luiza Mendes (Doutora, UFPR)
Roberta Bentes (Mestra, UFPR)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História Política e Social, Diálogos 
com outras áreas
Resumo:
A autoria feminina começou a se tornar uma atividade rentável para algumas autoras britânicas do final
do século XVIII, início do século XIX, através dos romances góticos. A mais famosa entre elas foi
Mrs. Radcliffe, que inspirou outras a escreverem romances para um publico feminil; incluso Jane
Austen, que tem uma obra escrita em paródia/homenagem à literatura gótica. Mary Shelley, no entanto,
foi o nome que mais marcou esta literatura, através de seu romance que iniciou também a ficção
científica. Sua autoria foi questionada, na época, devido ao brilhantismo feminino não ser aceito
quando o espaço público ainda era dominantemente masculino. No Brasil, assim como em outros
países, a literatura gótica também passou a ser uma forma rentável de autoria. Obras como Ursula, de
Maria Firmina dos Reis (a primeira autora negra de língua portuguesa); "D. Narcisa de Vilar" de Ana
Luiza Azevedo e Castro e "A Rainha do Ignoto" de Emília Freitas trazem influências claras do
movimento inglês, mas transportadas para o universo/mente brasileira. 
Baseado na história das mulheres, no gênero como categoria de análise histórica, na Crítica Literária
Feminista, e no conceito de gótico feminino; este minicurso tem o objetivo de apresentar nomes de
autoria feminina ligada a literatura gótica, assim iluminando um pouco estas autoras que foram
apagadas da história e do cânone literário, conscientemente ou não.
Palavras -chave: história das mulheres, autoria feminina, gótico brasileiro
Conteúdo programático: 
O curso foi separado em 4 aulas de 1 hora, sendo que cada uma terá um tema e assuntos específicos.
As aulas serão expositivas, relacionando teoria com trechos dos livros de literatura gótica de autoria
feminina. Serão utilizadas apresentações de powerpoint (ppt/canva/google) como modo de auxiliar e
exemplificar as explicações. As aulas serão ministradas pelas 3 proponentes, dividindo assuntos e
temáticas entre estas. 
Como exercício, será proposto um trecho de livros analisados, pedindo que cada participante do
minicurso faça uma análise destes trechos, ou de obras de seu conhecimento que conversem com estas;
ou que relacionem estes mesmos textos com livros de teoria, seja da história das mulheres, seja da
crítica literária. 
Seguem as temáticas separadas por aula:
1ª aula: Introdução 
A literatura de autoria feminina
A crítica literária feminina
2ª aula
Mrs. Radcliffe. O romance da Floresta e Udolpho
Outras autoras que publicaram na Inglaterra de finais do XVIII e início do XIX, como atividade
remunerada
Northanger Abbey: Catherine Morland e a leitora de romances góticos
Outras obras de autoria feminina influenciadas pela literatura gótica, em Portugal
3a aula
Mary Shelley. Sua vida (uma vida gótica)
Frankenstein
Seus outros romances. 
4ª aula
A literatura gótica brasileira. 
Ursula, de Maria Firmina dos Reis 
D. Narcisa de Vilar de Ana Luiza Azevedo e Castro 
A Rainha do Ignoto de Emília Freitas
Bibliografia:
ANASTÁCIO, Vanda.‘O que é uma autora? Reflexões sobre a presença feminina no campo cultural
luso-brasileiro antes de 1822’. In. Mattraga Vol 18 nº29. (Rio de Janeiro, 2011), 215-224.
Branco, Lúcia Castello. O que é escrita feminina (São Paulo: Brasiliense, 1991).
Brandon, Ruth. Other People's daughters: The life and times of the governess (London:Phoenix,
2009).
Burke, Peter (2008). What is cultural history? (London: MPG Book Group, 2012).
Butler, Judith. ‘Variações sobre sexo e género. Beauvoir,Wittig e Foucault’, in. Ana Isabel Crespo (org).
Variações sobre sexo e género. (Lisboa: Livros Horizonte, 2008), pp. 154-170.
Calixto, Maria. Literatura Negra e de Terror em Portugal nos séculos XVIII e XIX, (Tese de
Doutoramento, Universidade de Coimbra, 1955).
Coelho, Nelly Novaes. ‘A literatura feminina no Brasil- das origens medievais ao século XX’. In.
Duarte, Constância Lima; Duarte, Eduardo de Assis; Bezerra, Kátia da Costa (org.). Gênero e
representação: teoria, história e crítica. (Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2002), 89-106.
Copeland, Edward; McMaster, Juliet. The Cambridge Companion to Jane Austen. (Cambridge:
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Minicurso 7
História e cultura: as historicidades no pensamento
antropológico 
Pedro Caique Rodrigues (Graduado, UNESP)
Juliana Sousa Payão (Graduada, UNESP)
Áreas:
História Cultural, História das Ideias, Diálogos com outras áreas (marque outras opções também)
Resumo:
Este minicurso tem como proposta apresentar diferentes momentos do pensamento antropológico em
que se refletiu sobre a história, de modo a construir um diálogo entre as duas disciplinas. Destacando
diferentes maneiras de compreender a própria história, seja enquanto uma categoria analítica, um
modo específico de cada cultura conceber a história, enquanto disciplina e enquanto uma categoria
básica para o entendimento humano. O pensamento antropológico pensou e apresentou a história de
diversos modos, ao pensar com a alteridade, a antropologia não pode deixar de ter a história como uma
questão. O percurso do minicurso se inicia com o pensamento do evolucionista e compreensão da
história única, seguido da crítica culturalista de Franz Boas. Depois será apresentado a visão
funcionalista, que tentou ignorar a história para produzir etnografias. No momento seguinte o foco
será o pensamento estruturalista de Lévi-Strauss. No próximo momento, será apresentado o
pensamento da antropologia interpretativa de Geertz. E, para encerrar, o “estruturalismo histórico” de
Marshall Sahlins, o qual situa a história dentro do estruturalismo. 
Conteúdo programático: 
A proposta é dividir o conteúdo das aulas em 7 vídeos, sendo o primeiro uma breve apresentação do
minicurso. Em seguida 5 vídeos contendo os conteúdos do minicurso. Destes o primeiro será uma
apresentação da escola do Evolucionismo cultural e a crítica de Franz Boas a essa escola e como ele
tenta equacionar a história dentro da antropologia. O segundo terá como tema a antropologia
funcionalista e como os antropólogos desta escola lidaram com a história na teoria antropológica, com
destaque para Malinowski, Radcliffe-Brown e Evans-Pritchard. O terceiro vídeo de conteúdos terá
como foco a história no pensamento estruturalista de Lévi-Strauss. No quarto dessa sequência será
apresentado como Clifford Geertz insere a questão da história em sua antropologia interpretativa. E o
último vídeo de conteúdos terá o foco em como Marshall Sahlins tratou a respeito da história dentro
da antropologia estrutural. E por fim um breve vídeo de conclusão para encerrar o minicurso. 
Para a apresentação das aulas do minicurso, os vídeos contarão com slides em tópicos que sintetizem
as ideias trabalhadas que possibilitem uma organização e sistematização para a exposição oral do
conteúdo do minicurso.
As fontes utilizadas para o minicurso são a bibliografia selecionada, com textos dos autores
considerados chaves para a explanação do tema. 
Bibliografia:
BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2006
_______. A mente do ser humano primitivo. 2. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
EVANS-PRITCHARD, Edward. Os Nuer. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1978.
GEERTZ, Clifford. Negara. O Estado Teatro no século XIX. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
_______. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas, SP: Papirus, 1989.
_______. Antropologia estrutural dois. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2013.
_______. Antropologia estrutural. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2015.
MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da
aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. 2 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
RADCLIFFE-BROWN, Alfred Reginald. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis – RJ:
Vozes, 1973.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1990.
_______. Metáforas histórias e realidades míticas: estrutura nos primórdios da história do mito das
Ilhas Sandwich. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
SCHWARCZ, Lília. Questões de Fronteira: sobre uma antropologia da história. Novos Estudos
Cebrap, n. 72: 119-135, 2005.
Minicurso 8
A Busca pela Identidade Nacional das Artes Visuais
Brasileiras: do Pau-Brasil à Idade da Pedrada (1920-
1970)
Milena Fransolino (Mestranda, UNESPAR - FAP)
Áreas:
História Moderna, História Cultural, História do Brasil, História Política e Social, Descolonização
Resumo:
Minicurso teórico na área de teoria, história e crítica de arte, com foco na questão da cultura brasileira e
da identidade nacional nas artes visuais, nos períodos do modernismo brasileiro (anos 1920 e 1930) e
posteriormente, com as novas vanguardas (anos 1960 e 1970). O minicurso pretende propiciar aos
participantes a compreensão da forma como se dava a busca por uma identidade nacional nas artes
visuais do período do modernismo brasileiro até os anos 1970, tanto a partir da narrativa quanto a
partir da técnica. Partindo da investigação e identificação dos principais artistas e críticos/as
interessados/as pela inserção do “nacional” nas artes visuais brasileiras, serão feitas análises de textos e
obras dos períodos contemplados. Buscando entender de que forma os agentes problematizavam as
relações, no campo das artes visuais, entre identidade nacional e as interferências artísticas e culturais
externas ao Brasil.
Conteúdo programático: 
Este minicurso parte de uma investigação bibliográfica. Aula teórico-expositiva com a utilização de
slides como material de apoio.
A respeito da relação artes visuais e identidade nacional dentro do contexto do modernismo brasileiro,
apoia-se no livro de Carlos Zílio, "A querela do Brasil" e do texto "Manifesto Antropófago" de Oswald
de Andrade. A partir das pesquisas de Carlos Zílio, Renato Ortiz e Ferreira Gullar, espera-se entender
o conceito de identidade nacional dentro do contexto brasileiro do período da ditadura militar. Sobre
as novas vanguardas dos anos 1960, apoiar-se-á nos autores Marilia A. Ribeiro, Walter Zanini e o livro
"Arte & Política: algumas possibilidades de leitura" organizado por Annateresa Fabris. O texto de
Hélio Oiticica "Esquema Geral da Nova Objetividade Brasileira" será um importante suporte também
para criar uma relação entre a arte de vanguarda brasileira e a busca por uma identidade nacional no
período das novas vanguardas.
Pretende-se gravar 3 vídeos de 1 hora, divididos da seguinte maneira:
Tópico I - O modernismo brasileiro (anos 1920)
A partir da identificação dos principais nomes e obras do modernismo brasileiro, busca-se
compreender de que maneira esses artistas e críticos/as pretendiam inserir os elementos nacionais em
suas obras.
Tópico II - Cultura brasileira, “importação” e “originalidade”
Partindo do problema da imitação e da cópia das ideias estrangeiras, debate antigo dentro das artes
visuais brasileiras,serão debatidas as questões de “importação” e “originalidade” dentro dos contextos
do modernismo brasileiro, passando rapidamente pelo concretismo e o neoconcretismo. E por fim,
através das novas vanguardas dos anos 1960 e 1970.
Tópico III - Anos 1960/1970 no Brasil, novas vanguardas, política e identidade nacional.
Apartir de análises de textos da época, como o "Esquema Geral da Nova Objetividade Brasileira" de
Hélio Oiticica (1967), ou "Contra a arte afluente : o corpo é o motor da 'obra'." de Frederico Morais
(1970), entre outros, pretende-se mapear os modos de articulação entre arte e política durante os
primeiros anos de vigência do regime militar brasileiro, e compreender de que maneira isso interfere na
formulação de uma arte "tipicamente brasileira", nas palavras de Oiticica. 
Bibliografia:
ANDRADE, Oswald de. O manifesto antropófago. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda
europeia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. 3ª ed.
Petrópolis: Vozes; Brasília: INL, 1976.
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FABRIS, Annateresa. Arte moderna: algumas considerações. In: Arte Moderna. São Paulo:
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ZÍLIO, Carlos. O nacional e o popular na cultura brasileira: Artes plásticas. São Paulo: Brasiliense,
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Minicurso 9
História do Tempo Presente: teoria, procedimentos e
fontes de um campo do conhecimento histórico
Pedro Carvalho Oliveira (Doutor, UEM)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História Política e Social, História 
das Ideias, História Oral
Resumo:
O minicurso tem como objetivo discutir a História do Tempo Presente como campo do conhecimento
histórico. Este campo, organizado no ocaso dos anos 1970, almejava compreender a densidade
histórica do presente partindo de um grave problema: qual havia sido o efeito, dentro das sociedades
contemporâneas, dos traumas resultantes da Segunda Guerra Mundial, especialmente os crimes de
guerra do nazismo, anos após 1945? Era possível, em meio às "décadas de crise do capitalismo", que os
fascismos recuperassem seu vigor? Neste sentido, conhecer o presente seria reconhecer a presença
daquele passado para evitar um possível retorno dos fascismos. Os traumas do século XX atravessaram
os anos e chegam aos nossos dias, representados não apenas pelas testemunhas - fontes privilegiadas
pela História do Tempo Presente em sua gênese -, mas também em fontes do presente, como o
cinema, a música, a internet, entre outras. Nosso objetivo é discutir os meandros do referido campo do
conhecimento histórico, apresentando seu quadro teórico, metodológico e as fontes pertinentes ao
estudo do presente.
Conteúdo programático: 
O minicurso provavelmente será dividido em três vídeos de uma hora cada. No primeiro, realizaremos
uma apresentação sobre o que é História do Tempo Presente, como ela surgiu e de que forma tem se
desenvolvido. Acompanhará esta trajetória um exame sobre o quadro teórico que consolidou este
campo. No segundo vídeo, discutiremos especificamente a relação da História do Tempo Presente com
os testemunhos orais, como isso era de grande relevância para um campo no qual a
contemporaneidade entre o historiador e seu objeto é imprescindível, e finalmente como lidar com esta
fonte em específico gera problemas que necessitam ser cuidadosamente pensados pelo historiador. Por
fim, no último vídeo apresentaremos fontes do presente - cinema, música, internet -, nas quais os
traumas do século XX, que definiram em muito nossa contemporaneidade, ainda são tratados sendo
vistos como ameaças, reconstituídos sob novas formas em nossos dias. A ideia é percebermos como
presente e passado dialogam, bem como os processos de mudanças aos quais um determinado objeto
está sujeito para ser apresentado de forma singular no presente - caso dos fascismos, surgidos nos anos
1920 e ainda hoje atuantes em diferentes sociedades. Trataremos de abordagens corriqueiras entre os
historiadores deste campo no trato metodológico das fontes. Todo o minicurso será realizado com
base em slides acompanhados de exposições e explicações detalhadas sobre o conteúdo.
Bibliografia:
BÉDARIDA, François. Tempo presente e presença na história. In: FERREIRA, Marieta de M.,
AMADO, Janaína (Orgs.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p. 219-231.
BLOCH, Marc. A estranha derrota. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.
LAPUENTE, Rafael S. et al (Orgs.). Diálogos do Tempo Presente: historiografia e história. Porto
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CHAUVEAU, A; THETARD, P. (Orgs.) Questões para a história do presente. Bauru: EDUSC, 1999.
DOSSE, François. História do Tempo Presente e Historiografia. Tempo e Argumento, v. 4, n. 1, p. 05-
22, 2012. Disponível em: http://www.periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2703 
FICO, Carlos. História do Tempo Presente, eventos traumáticos e documentos sensíveis: o caso
brasileiro. Varia História (Belo Horizonte), vol. 28, n. 47, p. 43-59, jan./jun. 2012.
LACOUTURE, Jean. A história imediata. In: LE GOFF, Jacques; CHARTIER, Roger; REVEL, Jaques
(Orgs.). A nova história. Coimbra: Almedina. 1978.
MAYNARD, Dilton C. S. História em horas extremas: anotações sobre o tempo presente. In:
MAYNARD, Dilton C. S.; MAYNARD, Andreza S. C. (Orgs.). Visões do mundo contemporâneo, vol.
2. São Paulo: LP Books, 2011, p. 157-170.
NORA, Pierre. O retorno do fato. In: LE GOFF, Jacques (Org.). História: novas abordagens. Rio de
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REMOND, René. Uma história presente. In: REMOND, René (Org.). Por uma história política. Trad.
Dora Rocha. Rio de Janeiro: FGV, 2003, p. 13-36.
ROUSSO, Henry. A última catástrofe. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.
Minicurso 10
Religiões de Matriz Africana: da Diáspora à
Contemporaneidade
José Luiz Xavier Filho (Mestrando, UPE)
Áreas:
História Cultural, História do Brasil, História Oral, Ensino de História, História da África
Resumo:
Os africanos que vieram para a América, em sua maioria na condição de escravos, provinham de
diferentes povos que pertenciam a variadas culturas. As suas práticas religiosas eram, alguns casos,
assemelhadas e, em outros bastantes diferenciadas. Um grande número de africanos e seus
descendentes buscaram recriar suas religiões de origem, formando grupos para a prática religiosa dos
rituais e para a transmissão das tradições. Candomblé, umbanda, xangô pernambucano, batuque
gaúcho, tamborde mina maranhense, os cultos afro-ameríndios e entre outros, assemelhados do norte
e nordeste, são religiões resultantes desses diálogos. Logo, o objetivo desse minicurso é em prol da
diversidade religiosa, do respeito e da boa convivência entre “iguais e diferentes”, pois é necessário
descontruir certas pré-noções difundidas oralmente e através de poderosos meios de comunicação de
massa que perseguem as religiões afro-brasileiras. Analisaremos metodologicamente, em uma breve
narrativa histórica, desde a diáspora africana até a chegada em terras brasileiras, a permanência de uma
ancestralidade africana milagrosamente preservada e reelaborada graças à memória coletiva de homens
e mulheres, de escravos e libertos, como também a visão sob o negro e as religiões afro-brasileiras pós
abolição, e as vivências e resistências na contemporaneidade. Amparados pela Lei Federal 11.645,
sancionada em 2008 (antiga lei 10.639/03), que obriga o ensino da História da África e da Cultura
Afro-brasileira nas escolas públicas e privadas, cabe sobretudo aos docentes, mas não apenas a eles,
discutir a importância dessas religiões na formação da cultura e da sociedade brasileira. 
Conteúdo programático: 
O presente minicurso se encontra dividido em quatro momentos, respectivamente em quatro vídeos. 
No primeiro, iniciamos uma breve análise historiográfica sobre a diáspora africana, a forma que foi
estudada e analisada ao decorrer do tempo até os dias atuais. Ressaltando que uma das características
mais marcantes da sociedade brasileira é o fato de ela ser resultado da mistura dos povos e das culturas
que vieram para o Brasil, por vontade própria ou à força. 
Logo em seguida, apresentamos aspectos e passos para construção de uma narrativa em história, sob
uma ótica negra, através das pesquisas em livros, artigos e revistas científicas, embasadas nas trilhas
metodológicas que aqui serão apresentadas: memória, tradição oral e história oral. Sempre fazendo
alusão à tradição oral africana e como esta sobreviveu em território brasileiro. 
No terceiro momento, daremos ênfase as religiões de matriz africana e as discussões sobre origens,
rituais e simbolismos das mesmas. Leigos se põem a falar delas sem conhecê-las minimamente.
Recorrem a surrados estereótipos que além de reforçar preconceitos, não têm validade sociológica,
antropológica, nem tampouco religiosa. Empregam definições preestabelecidas desprovidas de
fundamentação e contextualização histórica. Nesse ponto, esclareceremos as abordagens históricas a
respeito e favoreceremos um diálogo em combate ao preconceito e racismo. 
Por fim, no quarto momento, abrir um diálogo e discussão sobre a vida dos negros e de suas religiões
pós-abolição. A medida que o africano se integrou à sociedade brasileira tornou-se afro-brasileiro e,
mais do que isso, brasileiro. Usamos o termo afro-brasileiro para indicar produtos das mestiçagens para
os quais as principais matrizes são africanas e as lusitanas, frequentemente com pitadas de elementos
indígenas, sem ignorar que tais manifestações são acima de tudo brasileira. Logo, as religiões de matriz
africana foram transformadas, ritos e crenças de alguns povos se misturaram com os de outros, e com
os dos portugueses, mas nesses processos muitas características africanas foram mantidas. Então
abordaremos essa trajetória pelo território brasileiro, o sincretismo religioso e como as religiões de
matriz africana são vistas na contemporaneidade. 
Bibliografia:
ALBERTI, Verena. Ouvir contar: textos em história oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
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BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
BENISTE, José. Òrun Àiyé: o encontro de dois mundos: o sistema de relacionamento nagô-yorubá
entre o céu e a Terra. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. 
BENJAMIN, Roberto E. C. A África está em nós: história e cultura afro-brasileira. Paraíba: Grafset,
2004. 
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África
Atlântica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Global, 2007. 
FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia
patriarcal. São Paulo: Global, 2006a. 
LIMA, Adriana Luzia. Filhos-de-santo, história e candomblé: narrativa e experiência do Xangô em
Alagoas. Dissertação (mestrado em História). Maceió, Universidade Federal de Alagoas, 2016. 
MARIANO, Ricardo. Pentecostais em Ação: a demonização dos cultos afro-brasileiros. In SILVA,
Vagner G. da (Org.). Intolerância religiosa: impactos do neopentencostalismo no campo religioso afro-
brasileiro. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.
MCALISTER, Robert. Crentes endemoninhados: a nova heresia. Rio de Janeiro: Nova
Vida, 1975.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São
Paulo: perspectiva, 2017. 
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. In: Tanto preto
quanto branco: estudos de relações raciais. São Paulo: T.A. Queiroz, 1954-1985.
ORO, Ari P. O Neopentecostalismo macumbeiro: um estudo acerca do embate entre
a Igreja Universal e as Religiões Afro-brasileiras. Paper apresentado na XXIV Reunião da ABA, Olinda,
2004.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das letras, 2001. 
Minicurso 11
Uma História da Publicidade no Brasil. Uma História
do Brasil pela Publicidade
Raquel Elisa Cartoce (Mestre, USP)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História do Brasil, História Política e 
Social, Diálogos com outras áreas (marque outras opções também), Ensino de História, Mídia Digital, 
Cinema e Imagem
Resumo:
Nesse minicurso será feito um panorama da história da publicidade e propaganda no Brasil, do início
do século XX à atualidade. Nele serão debatidas a formação do campo publicitário brasileiro, sua
maturação e auge; desenvolvimento das mídias no Brasil; as relações entre propaganda e política na
história republicana brasileira; aspectos do cotidiano e dos imaginários sociais. Também serão
debatidos conceitos teóricos ligados à história social da comunicação, como Indústria Cultural,
Representações Políticas e Imaginários Sociais. Além disso, serão apresentados aspectos metodológicos
da análise de anúncios publicitários, possibilidades didáticas do uso desse documento e uma
apresentação da bibliografia fundamental sobre o tema.
Conteúdo programático: 
O curso será composto de 4 aulas de 1h cada, com os seguintes temas:
1) Publicidade e História: publicidade como documento histórico; publicidade vs. propaganda; a análise
da imagem publicitária; bibliografia básica.
2) Do surgimento à maturação da publicidade: décadas de 1910 a 1950.
3) Da maturação ao auge: décadas de 1950 a 1980.
4) Publicidade e História hoje: publicidade na atualidade; possibilidades didáticas e de pesquisa;
conclusão.
Cada aula será realizada através de vídeos com slides e análises de fontes. Serão utilizados anúncios
impressos reproduzidos, e em caso de anúncios televisivos, serão linkados ‘cards’ de anúncios já
disponíveis no Youtube.
(Obs.: em diversas ocasiões busquei informações sobre direitos autorais de anúncios antigos, sobretudo
impressos, e nunca obtive informações assertivas, mesmo do órgão regulador do governo, pois não há
autoria definida no anúncio publicitário. Já utilizei anúncios desse tipo em vídeos no Youtube e nunca
houve problemas dessa ordem).
Bibliografia:
ABREU, Alzira Alves de; DE PAULA, Christiane Jalles (Coords.) Dicionário histórico-biográfico da
propaganda no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV:ABAP, 2007. 
ARRUDA, Maria Arminda do N. A embalagem do sistema – A publicidade no Capitalismo Brasileiro.
2ª ed. Bauru/SP: Edusc, 2004.
CARTOCE, Raquel Elisa. A publicidade nos anos JK: Consumo de mercadorias e ideias no nacional-
desenvolvimentismo. IN: Revista Cadernos de Clio. Nº 04. Curitiba: Artes & Textos; UFPR, 2013.
Disponível online. 
CARTOCE, Raquel Elisa. O Milagre Anunciado: Publicidade e a Ditadura Militar Brasileira (1968-
1973). Dissertação (mestrado). Programa de pós-graduação em História Social, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2017.
CASTELO BRANCO, Renato; MARTENSEN, Rodolfo Lima; REIS, Fernando (Orgs.) História da
propaganda no Brasil. São Paulo: T.A. Queiroz, 1990.
CRAIDY, Maria da Graça. Do porão ao poder: a ascensão dos criadores publicitários brasileiros (1970-
1990). Dissertação (Mestrado). Pós graduação em Comunicação Social, Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007.
FICO, Carlos. Reinventando o otimismo. Ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 1997.
FIGUEIREDO, Anna Cristina C. M. “Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada”. Publicidade,
cultura de consumo e comportamento político no Brasil (1954-1964). São Paulo: Hucitec, 1998.
GENARO, Thiago de Mello. Práticas publicitárias: linguagem, circuito e memória na produção de
anúncios impressos no Brasil (1951-1965). Dissertação (mestrado). Programa de pós-graduação em
História Social, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
MENESES, Ulpiano T Bezerra de. O fogão da societé anonyme du gaz. Sugestões para uma leitura
histórica da imagem publicitária. IN: Revista Projeto História. nº 21, São Paulo: novembro/2000.
NAPOLITANO, Marcos. Cultura Brasileira: utopia e massificação (1950-1980). São Paulo: Contexto,
2008.
PINHO, José B. Trajetória da publicidade no Brasil: das origens à maturidade técnico-profissional. IN:
__________(Org.) Trajetória e questões contemporâneas da publicidade brasileira. São Paulo:
Intercom, 1998.
ROCHA, Everardo G. Magia e Capitalismo. Um estudo antropológico da publicidade. São Paulo:
Brasiliense, 1990.
SANTOS, Rafael José. Um percurso da mundialização. Publicidade e publicitários no Brasil do curto
século XX. Tese (doutorado). Programa de pós-graduação em Sociologia, Universidade Estadual de
Campinas. São Paulo, 2003.
SILVA, Jaílson Pereira da. Um Brasil em pílulas de 1 minuto: História e cotidiano nas publicidades das
décadas de 1960-80. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010.
Minicurso 12
O Jornal Versus, Imprensa Alternativa e História do
Brasil
Roberto da Silva Rodrigues (Doutorando, UEM)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História do Brasil, História Política e Social
Resumo:
A proposta de minicurso pretende explorar o jornal Versus como expressão da imprensa alternativa e
sua relação com a História do Brasil durante a década de 1970. Especificamente o minicurso se propõe
a possibilitar a apropriação de expressões de um tipo de imprensa que circulou, sobretudo entre a
década de 1970, e que se destacou na oposição e resistência à ditadura civil-militar brasileira. 
Conteúdo programático: 
- Imprensa alternativa
- ditadura civil-militar
- O jornal Versus e a oposição à ditadura
- Versus: um manancial temático
Bibliografia:
ARAÚJO, Luis Carlos Eblak. Versus e a Imprensa Alternativa, em busca de uma identidade latino-
americana. (1978-1979). São Paulo: USP. Dissertação de mestrado, 2002.
ARAÚJO, Maria Paula Nascimento. A utopia fragmentada: as novas esquerdas no Brasil e no mundo
na década de 1970. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.
BARROS FILHO, Omar de. Versus: páginas da utopia. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007.
BUCCHIONI, Xenya. Caminhos cruzados: de Crises (1973-1976) a Versus (1975-1979) - a América
Latina em questão. Revista Brasileira de História da Mídia, v. 5, n. 1. jan-jun. 2016.
BUCCHIONI, Xenya de Aguiar e OGASSAWARA, Juliana Sayuri. Versus A busca por uma identidade
cultural latino-americana. Revista Acadêmica de La Federación Latinoamericana de Faculdades de
Comunicación Social. Diálogos de La Comunicación. Nº 79. Jan-jul. 2009.
CANDIDO, Jeferson. Versus: a arte como arma. Boletim de Pesquisa NELIC. V.5 n. 6/7. Polêmicas.
2003.
CANDIDO, Jeferson. Dois lados da moeda? Versus, um jornal alternativo, e Cultura uma revista do
MEC (1976-1978). Florianópolis. SC: UFSC. Dissertação de mestrado, 2008.
FARIA, Marcos Moutta de. Partido Socialista ou Partido dos Trabalhadores? Contribuição à História
do Trotskismo no Brasil. A Experiência do Movimento Convergência Socialista. Rio de Janeiro, RJ:
UFRJ. Dissertação de Mestrado. 2005.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. In Revista Brasileira de História.
São Paulo, v. 24, nº 47, p. 29-60, 2004. 
FICO, Carlos. Ditadura militar brasileira: aproximações teóricas e historiográficas. Revista Tempo e
Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 05-74. Jan./abr. 2017.
JOFFLY, Mariana. Aniversários do golpe de 1964: debates historiográficos, implicações políticas.
Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 23, p. 204, jan/mar2018. 
KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e revolucionários nos tempos da imprensa alternativa. São Paulo.
Editora da Universidade de São Paulo, 2003.
Minicurso 13
Escritoras negras brasileiras: memória e a resistência da
palavra
Ana Paula Vosne Martins (Doutora, UFPR)
Evander Ruthieri (Doutor, UNILA)
Jessica Brisola Stori (Doutoranda, UFPR)
Áreas:
História do Brasil, Gênero, História das Mulheres
Resumo:
Este minicurso tem como objetivo geral problematizar historicamente a literatura afro-brasileira de
autoria de mulheres. Desde o século XIX mulheres negras recorreram à palavra escrita como meio de
expressão de suas subjetividades e como resistência às diferentes formas de subalternização e
preconceito, pelo gênero, pela raça e pela classe social. Os estudos literários feministas deram uma
notável contribuição à divulgação e à crítica de escritoras desconhecidas pelo público leitor, seja pelos
processos políticos do esquecimento, seja porque as edições esgotadas há muitas décadas impediam o
conhecimento da produção literária das escritoras negras brasileiras. No pujante movimento literário
contemporâneo e do feminismo negro, não só novas escritoras têm acesso ao mercado editorial, mas
as suas antecessoras passaram a ser lidas e ter seus livros editados novamente, como a serem
conhecidas pelo público, especialmente jovens negras e negros. Nossa proposta é um exercício da
perspectiva histórica interseccional sobre a literatura afro-brasileira de três escritoras, abrangendo os
séculos XIX e XX: Maria Firmina dos Reis (1822-1917), Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Geni
Guimarães (1947). Os gêneros analisados são um romance, um livro autobiográfico e um livro de
contos. 
Conteúdo programático: 
Serão realizados três vídeos com duração de 60 minutos, num total de 3 horas de conteúdo. As
gravações abordam a biografia das escritoras, o contexto histórico da produção e a análise das obras
selecionadas recorrendo ao eixo analítico da memória, do gênero e da raça. O formato dos vídeos são
aulas expositivas com inserções de projeções pelo Power Point.
No vídeo introdutório, trataremos da produção literária e da trajetória da escritora maranhense Maria
Firmina dos Reis, com destaque ao seu romance Úrsula, publicado originalmente em 1859, e
considerado como um dos marcos iniciais do abolicionismo na literatura brasileira. Pretende-se
abordar, a partir das sensibilidades e subjetividades de Maria Firmina dos Reis, sua denúncia às
violências de gênero e raça na sociedade oitocentista, com ênfase ao modo como a escritora aborda a
memória e as experiências de africanos e afrodescendentes entre a escravidão e a liberdade.
No segundo vídeo apresentaremos a trajetória de Carolina Maria de Jesus e seu livro Diário de Bitita,
publicado em 1996pela editora Nova Fronteira, com nova edição em 2014 pela SESI-SP. Esta
publicação traz as memórias de infância, adolescência e início da vida adulta de Carolina, portanto, ao
trazer e analisar suas passagens, vamos abordar qual foi a relação de Carolina com a literatura, assim
como os objetivos desta publicação. 
O terceiro vídeo trata da trajetória da professora, poeta e contista Geni Guimarães, premiada e
homenageada com o Jabuti e Adolfo Eisen por sua produção poética e literária. O livro de contos Leite
do Peito foi publicado em 1988 pela Fundação Nestlé de Cultura. São contos costurados pelo fio da
memória da infância da escritora, marcados pelos afetos, pelos sentimentos contraditórios, pelas
lembranças de uma família pobre e pelas experiências da desigualdade e do racismo. 
Bibliografia:
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2019.
ALVES, Iria. “Escritoras do século XIX e a exclusão do cânone literário.” In PASSOS,
Elizete; ALVES, Iria; MACÊDO, Márcia. (Orgs.) Metamorfoses. Gênero na perspectiva
interdisciplinar. Salvador: UFBA/ Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, 1998.
ALVES, Miriam. A literatura negra feminina no Brasil: pensando a existência. Revista da ABPN. V. 1,
N. 3 – novembro de 2010/ Fevereiro de 2011.
bell hooks. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Sele Negro Edições, 2011.
COLLINS, Patricia Hill. O poder da autodefinição. In: COLLINS, Patricia Hill. Pensamento Feminista
Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução de Jamille Pinheiro Dias.
1. ed. – São Paulo: Boitempo, 2019.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
GONZALEZ, Lélia. O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de
Janeiro, RJ: Graal, 1982.
GONZALES, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019
LIMA, Omar da Silva. O feminismo negro em Leito do Peito, de Geni Guimarães.
Disponível:http://unb.revistaintercambio.net.br/24h/pessoa/temp/anexo/1/269/225.pdf.
MENDES, Algemira Macedo. Maria Firmina dos Reis e Amélia Beviláqua na história da literatura
brasileira: representação, imagens e memórias nos séculos XIX e XX. Tese de Doutorado em Letras.
Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul, 2006.
SCHOWALTER, Elaine. “A crítica feminista no território selvagem.” In HOLLANDA, Heloisa
Buarque de. Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
SOUSA, Fabiana dos Santos. Literatura afro-feminina brasileira: uma forma de combate ao
silenciamento e ao racismo. Altre Modernitá/ Otras Modernidades/ Autres Modernités/ Other
Modernities. Universitá degli studi de Milano, fevereiro de 2020, 107-121 Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6897354.
STORI, Jessica. “Quando infiltrei na literatura eu não previa o pranto”: a memória e a escrita de
Carolina Maria de Jesus. Dissertação de Mestrado em História, Curitiba: Programa de Pós-Graduação
em História da Universidade Federal do Paraná, 2020.
Minicurso 14
Introdução à história da linguística no século XIX
Everton Mitherhofer Bernardes (Mestrando, UFPR)
Áreas:
História da Ciência, da Saúde e do Meio Ambiente, Diálogos com outras áreas (marque outras opções 
também), Diálogos com outras áreas
Resumo:
O curso tem como objetivo apresentar e discutir as principais correntes teóricas da linguística no
século XIX. Considerando a natureza interdisciplinar do curso, as aulas também incluirão discussões e
problemas relacionados à história, à filosofia e à sociologia das ciências. Em especial, trataremos de
como a historiografia lidou com o período, considerando aspectos como cientificidade, relações entre
cientistas e grupos científicos, fatores sociais e geográficos, entre outros. Assim, o curso pretende
fornecer um melhor entendimento do que foi a ciência da linguagem praticada no século XIX, além de
como o fazer científico pode ser um objeto de estudo da história.
Conteúdo programático: 
Estão previstos quatro vídeos de aproximadamente 1 hora cada. Serão utilizados slides contendo
gráficos e imagens que possam esclarecer os temas de estudo, além de trechos relevantes das
referências bibliográficas. Os temas dos vídeos estão separados por dois critérios: 1) periodicidade; 2)
afinidades teóricas entre os objetos de estudo. O curso seguirá especialmente Amsterdamska (1987) e
Morpurgo Davies (1998), se valendo das demais referências para eventuais aprofundamentos ou
complementações.
Vídeo 1: Primórdios da linguística: a família indo-europeia e o início da linguística comparativa
Vídeo 2: August Schleicher, a metáfora organicista, árvores linguísticas e a reconstrução do protoindo-
europeu
Vídeo 3: A crítica à teoria schleicheriana: uniformitarismo, psicologismo e a linguagem como elemento
social
Vídeo 4: Os Jovens Gramáticos e as polêmicas científicas das décadas de 1870 e 1880
Bibliografia:
AMSTERDAMSKA, Olga. Schools of thought: The Development of Linguistics from Bopp to
Saussure. Dordrecht: D. Reidel Publishing Company, 1987.
CHRISTY, T. Craig. Uniformitarianism in Linguistics. Amsterdam e Filadélfia: John Benjamins
Publishing Company, 1983.
HAUGER, Brigitte. Johan Nicolai Madvig (1804-1886): The language theory of a classical philologist,
investigated within the framework of 19th-century linguistics. 1990. Tese (Doutorado em Filosofia) –
Faculty of the Graduate School of Georgetown University, Universidade de Georgetown, Washington.
KOERNER, E. F. K. Practicing linguistic historiography: selected essays. Amsterdam/Philadelphia:
John Benjamins Publishing Company, 1989.
KOERNER, E. F. K.; ASHER, R. E. (Ed.). Concise History of the Language Sciences: From the
Sumerians to the Cognitivists. Oxford: Pergamon, 1995.
MORPURGO DAVIES, Anna. History of Linguistics, Volume IV: Nineteenth-Century Linguistics.
London/New York: Longman, 1998.
NERLICH, Brigitte. Semantic Theories in Europe, 1830-1930: From etymology to contextuality.
Amstedam e Filadélfia: John Benjamins Publishing Co., 1992.
NERLICH, Brigitte; CLARKE, David D. Language, action and context: the early history of
pragmatics in Europe and America, 1780-1930. Amsterdam e Filadélfia: John Benjamins Publishing
Co., 1996.
Minicurso 15
A construção da Páscoa Cristã
Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia (Doutoranda, UFPR)
Áreas:
Religião e Religiosidades
Resumo:
A Páscoa é uma das principais celebrações do calendário litúrgico católico. Apesar de acontecer em um
dia móvel no calendário, esse dia baliza uma série de outros dias de ritos litúrgicos (como a Quaresma,
quarenta dias antes da Páscoa, ou Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa). O objetivo desse
minicurso é introduzir de forma geral aspectos sobre o constructo dessa celebração, desde de a
ressignificação do Pessach, a Páscoa judaica, pela memória da Páscoa cristã (em termos de
significantes), até a formação da data da Páscoa, traçando um breve percurso de como a Igreja Romana
chegou a um parâmetro tão complexo de cálculo que envolve essa data.
Conteúdo programático: 
O conteúdo será exposto por meio de exposição oral e/ou slides, na seguinte sequência:
Módulo 1. Introdução ao atual calendário litúrgico da Igreja Católica, abordando o ciclo pascal, com
todas as celebrações que antecedem e sucedem a Páscoa.
Módulo 2. Ressignificação da Páscoa judaica pela Páscoa Cristã. Será abordado um estudo a partir da
fonte bíblica, no qual se apontará a ressignificação dos significantes da Páscoa judaica pela Páscoa
Cristã.
Módulo3. Será tratada a definição da data da Páscoa cristã. Embate dos quartodecimanos e
dominguistas, do século II ao século IV. A análise da possível participação do Concílio de Niceia na
decisão da implementação ou não de um cálculo para a data da Páscoa. O cálculo de Dionísio, o
Exíguo, no século IV.
Bibliografia:
BELMAIA, N. A. W. “Fazei isto em memória de mim”: A ressignificação cristã da Páscoa judaica. Pará
de Minas: Virtual Books Editora, 2017.
BROWN, Raymond E. Introdução ao Novo Testamento. Tradução Paulo F. Valério. São Paulo:
Paulinas, 2004.
FERREIRA, C. A. P. O pacto da memória: interpretação e identidade na fonte bíblica. In: LEWIN, H.
Identidade e cidadania: como se expressa o judaísmo brasileiro [on line]. Rio de Janeiro: Centro
Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009.
HOLDEN, Todd. Resignification and Cultural Re/Production in Japanese Television Commercials. Mc
Journal. V4. Issue 2. Abril 2001. Disponível em:
http://journal.media-culture.org.au/0104/japtele.php . Acesso em: agosto 2014.
JOSSA, Giorgio. Il cristianesimo antico. Dalle origini al Concilio di Nicea. Roma: La Nuova Italia
Scientifica, 1997.
LEVIEILS, Xavier. Contra Christianos: La critique sociale et religieuse du christianisme des origenes
au concile de Nicée (45-325). Berlim: WDG, 2007.
MOSSHAMMER, Alder. The Easter Computus and the Origins of the Christian Era. NY: Oxford
University Press, 2008.
SILVA, Paulo Duarte. Ciclo Pascal e normatização litúrgica no século VI: análise comparativa dos
casos de Arles e Braga. Rio de Janeiro, 2009. Dissertação (Mestrado em História Comparada) –
Programa de Pós-Graduação em História Comparada, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2009.
VIEIRA, Luiz Soares. Lições de Páscoa. Folha de São Paulo. São Paulo 04/04/2010. Caderno Opinião.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0404201008.htm . Acesso em: junho
2015. 
WOODWARD, Kethryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA,
Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis-RJ: Vozes,
2000.
Minicurso 16
História da Moda: A burguesia vislumbra a nobreza
(pré-industrial a era do jazz)
Flavia Jakemiu Araujo Bortolon (Doutora, UFPR)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, História Econômica, Gênero
Resumo:
A moda e o vestuário são fontes de conhecimento histórico, que auxiliam na compreensão do
comportamento por meio das ações e costumes. 
Como o traje tornou se distinção social, empregou regras
de uso, como, por exemplo, leis suntuárias. Artigos pretendiam
distinguir, enaltecer, exemplo, salto alto de rei Luís xv, as anáguas e
anquinhas que modificavam os corpos femininos. Em contraste com a
nobreza a população que possuía poucas peças de roupa. A aula
deve encerrar com inicio da industrialização e a mudança de
vestuário, bem como a nascente moda e estilistas, entre eles surge
Coco Chanel, que propõem novo modo de comportamento.
Conteúdo programático: 
A aula deverá ocorrer de modo expositivo, por meio de slides e de videos para auxiliarem na explicação
oral da matéria. (2 horas)
Atividade realizada pelo professor: Assistir trecho ou ver imagens do filme: Maria Antonieta, dirigido
por Sophia Copola, para assim perceber as roupas da nobreza e, em
contraste trecho do filme Os miseráveis, para observar a roupa do
restante da população (burguesia nascente)
Bibliografia:
CRANE, Diana. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Senac,
2006.
DEJEAN, Joan E. A essência do estilo: como os franceses inventaram a alta-costura, a gastronomia, os
cafés chiques, o estilo, a sofisticação e o glamour. 2. ed. Rio de Janeiro: CivilizaçãoBrasileira, 2011.
FREYRE, G. Modos de homem,modas de mulher. Rio de Janeiro: Record, 1987
LIPOVETSKY, Gilles. O Império do efêmero: a moda e seus destinos na sociedade moderna. São
Paulo: Companhia de Bolso, 2009.
Minicurso 17
História da Moda: fast-fashion ao eco-friendly (anos 90
ao 2000)
Flavia Jakemiu Araujo Bortolon (Doutora, UFPR)
Áreas:
História Contemporânea e do Tempo Presente, História Cultural, Movimentos Sociais, História 
Política e Social, Mídia Digital, Cinema e Imagem
Resumo:
Os anos 1990 nas tendências de consumo da moda forma marcados pelo fim da pirâmide de base
larga, em que a moda era ditada por um grupo pequeno para massificação maior. Os nichos e tribos
urbanas (como eram divididos os grupos consumidores de estilo e cultura) passaram ao que os
sociólogos definiram como "mercado de estilos", não podendo mais ser definidos como consumidores
de culturas únicas, mas híbridas e fluidas. No ano 2000 surge outro conceito, o de fast-fashion no
mundo e no Brasil; bem como o oposto: o consumo consciente (slow fashion) mediados por canais
digitais, em redes sociais pelos pesquisadores de tendências (coohunters).
Conteúdo programático: 
Explanação sobre o assunto: O fim da pirâmide de maslow, fim de grupos culturais bem definidos
suplantada pelo super mercado de estilos. o desenvolvimento do consumo de roupas mais tecnológicas
(tecidos inteligentes), o conceito de fast-fashion no mundo e no Brasil; o consumo verde; o consumo
consciente; pesquisadores de tendências
Para ilustrar o conteúdo, juntamente com slides deverá apresentar trechos dos filmes: O diabo veste
Prada ( mostra a cadeia econômica da tendência de moda) ; trecho do Filme Os incríveis com Edna
moda (mostrando as preocupações ergonomia da nova geração e produtores e consumidores)
Bibliografia:
CALDAS, Dario. Observatório de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências. Rio de Janeiro:
SENAC, 2004.
CRANE. Diana. Ensaios sobre moda, arte e globalização cultural. São Paulo: Editora Senac São Paulo,
2011.
MASLOW, A. H. Uma teoria do comportamento humano. Rio de Janeiro: Globo, 1975. 
PIRES, Dorotéia Baduy. Design de Moda: Olhares diversos. São Paulo: Estação das Letras, 2008.
QUEIROZ, Leila Lemgruber; PORTINARI, Denise B.. A atuação do design no cenário da
(in)sustentabilidade. Tese (Doutorado) ─ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Departamento de Artes e Design, 2009.
Minicurso 18
Todas as estradas levam a Meca: a literatura de viagem
árabe-muçulmana medieval
Matheus Kochani Frizzo (Mestrando, UFPR)
Áreas:
História Medieval, História Cultural, História da África, História da Ásia
Resumo:
A expansão árabe-muçulmana iniciada em 622 pelo Profeta Muhammad (Maomé), e que podemos
dizer que chegou ao seu fim em 750, deu origem ao Califado Omíada, cujo amplo território abarcava
da Península Ibérica ao noroeste da Índia, do sul da atual Rússia até o norte africano. Mesmo com a
fragmentação política desse domínio muçulmano (mamlaka) que ocorreu nas décadas posteriores,
sobretudo a partir do período da dinastia Abássida, a unidade cultural, religiosa e econômica que foi
construída com a expansão da cultura árabe-muçulmana não foi abalada. Pelo contrário, o que
podemos chamar de “mundo árabe-muçulmano” floresceu. Era o epicentro, já no século VIII, não
apenas da produção intelectual, tendo em vista o enorme desenvolvimento das mais diversas ciências,
mas também do poder político e econômico do mundo conhecido (do ponto de vista euro-afro-
asiático). As principais rotas passavam pela terra do Islã e, de acordo com o título de um importante
livro de Beatriz Bissio, o mundo falava árabe! Nesse mundo integrado por inúmeras rotas comerciais, a
viagem era um elemento crucial, ainda mais quando temos em vista a peregrinação obrigatória à Meca
que todo muçulmano, de qualquer parte da mamlaka, deveria fazer. Não à toa, a produção geográfica e
de relatos de viagem, por motivos literários, políticos ou simplesmente utilitários, foi muito comum e
nos legou fontes essenciais para conhecermos e compreendermos esse mundo árabe-muçulmano.
Nesse minicurso estudaremos 4 dos principais

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