Buscar

Prévia do material em texto

ffiAíllA JÕLIA DA COSTA BEL~rn 
E:S TUDO S ISTE rn ÁTICO E HI 3TCL ÕG I CO DE QUATRO 
,~SPtCIES DE ENDOm Y~RI A ( ACTI~IARIA) 
ENCONTR ADAS NO 
, 
ff.UNICIPIO DE ARACRUZ; 
ESPIRITO SANTO, BRASIL. 
Dissertação de mestrado 
Coordenação do Curso de 
em Zoologia da U.F.R.J. 
Rio de Janeiro 
1976 
... 
apresentada a 
,. .... 
Pos-Graduaçao 
\ 
1-
Para ~uth C~istinn, :: c 3 ar e 
'.:J ils ..::.1 r::cus filr.os. 
7 NTR O::>U ÇÃO 
COf\!S IDE í1í\ÇGES 
s u fí1 R I o 
. . . . . . . . . . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
BIBLIO~R~FICAS GERAIS • • • • • • • • • • • • • 
ITTATiRIAL E m{TCDCS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Ordem ACTINIARIA Hertwig, 1882 .... ,.~···l(J······· 
, . 
Pagina 
1 
3 
7 
.. ,. 
J.4 
Sub-Or~em NYNANTHE;E Carlgren, 1889 •• ,.......... 15 
Tribo T~E NAR IA Carlgren, 1889 ••••••••••••••••••• 15 
Sub-Tribo ENDOBYARIA Stepheson 9 1921 •••••••••••• 16 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 
G~nero Actinia Browne 1756 
--~- - ·- 7 
• • • ~ • • • • • • • • • • o • • • • • • 
• • • • • • • • • • 
r-"" .... • ~-- ~ uenero .bJl.S.,r:1_0 .. r~i.9 ~\ isso, 1820 ••••••••••••••••••••• 
16 
17 
24 
Bneoon~-1! saraassen2is Hargitt, 1908 ••••••••••••• 25 
Gênero Pi:i!!.ll§c_t~ f:7ilne-Edwards & Haime, 1851 .... 
. . . . . . . . . . . . . . . 
Familia Hü!:"CSTIC:HP,1--IT\HDf,E Carlgren, 1900 • • • • • • • • 
lSOO • • • • • • • • • • 4 • 
uoncstich o.nth us ~rdeni tarlgren, 19CO • • • • • • • • • 
30 
30 
38 
38 
39 
CCf;CL USÜE:5 ••••••••••••••••••••••••••••••••••••;,• 48 
• • ~ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ~ • • • • o • • • • • • • • • • • • • 
. ,. '- ·) . . , - ,·-
/-\ ü :, I 1 , •• L. 1 ;:) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 
J IB L I CG ~'1AFL1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 
.'1r'"' r·.1\r\rrT :· :'t". Tnr. 
r,u 1\r,Lol~L.,J. i11:.:....t\. lU~ ••••••••••••••••••"'••••••••••••·••• 
... ,. 
:JO 
,. 
, 1 !.'\ 'l •"r "" · :_· e- T r", 1 ~'l r r 
...\. i '-t V ,,J.. \.,~ L...-' rt ..J. ' J.. U U, ~ i'\ J e e e • e a e • • e 4 e e a • • e e • • e • • • e • e • • • 
'· 
·~ .:e- ... •. 
LNTRODUÇÃO 
· O municÍpio de Aracruz, no Estado do Espírito 
. , , 
Santo, parte integrante da Zona Fisiografica de Vitoria, 
m ~or limites o Oceano Atlântico e os municipios de 
ndao, lbiraçu e Linhares. · A sede municipal, na 
----titude sul de 19t49'08 1 ' e na longitude m.Gr. de 
, 
40gl6'43'', dista 56 km de Vitoria, em linha reta 
i (IBGE, 1959:36). 
, , 
O litoral do município de · Aracruz, Es., a 
, , 
caracterizado por falesias com deposites do arenito 
ferruginoso ( concreç;o limonftica) na base, muitas 
vezes expostos em grandes extens~es,manguesais,inclusive 
na orla marinha, e sedimantos a1·f1nosos. de praias e: 
~ r 
restingas 1 alem de madreporarios, em grande parte mortos - ,. , 
e grandes populaçues de zoantideos e algas calcarias~ 
que originam d~versidade de ambientes dentro da regiio. 
A grande sedimentaç;o observada, se n;o constitui corno 
, , 
aos madreporarios urna barreira biologica, acarreta 
- - h flutuaçoes nas populaçoes da anemonas-do-mar,ocasionando 
a co-exist;ncia de esp~cies de ambientes diferentes numa 
, . 
mesma area restrita. 
, ~ 
Atraves de cinco excursoes, realizadas durante 
os anos de 1973-1974 
# • 
e cer.traJ.izadas no U:-,borntor1.o de 
Biologia ~arinha do ~useu de Biologia Prof.~ello-Leitio, 
em Santa Cruz, Aracruz, ES., tivemos oportunidade de 
iniciar o estudo de 
, 
diferentes esp e cios de 
,., 
anemonas--do-mar da regiao ~ 
, 
Com o ffiaterial coletado, foi possivel realizar ... ,. 
preparaçoes histclogicas apropriadas, no sentido de 
esclarecer a refer~ncia Stoichactis holianth.!_J..§. 
(Ellis, 1767) de BEL.~m & PRESLERCRAVO (1973:9-11) que 
2 
COi;;RÊA ( 1973 :464-466) ci tau como H omostichanthus duerdení 
.,. . 
Carlgren, 1900, complementar o estudo de outras especies 
de Endomyaria e mais especialmente desenvolver as 
, . 
tecnicas e 
, , 
me todos histologicos. ·Paralelamente, 
e ecologia das registramos dados sobre a biologia 
, 
especies estudadas, conforme pude~os observar nos ... 
diferentes locais da regiao. 
Ao realizar tal estudo,tivemcs os objetivos de ,,..------..... 
aprender a trabalhar com anêmónas-do-mar e desenvolver 
, . , 
ou adaptar metodos, especialmente os histologicos, que 
nos permitissem pesquisar a respectiva fauna do Brasil 
principalmente do Rio de Janeiro a do Espírito Santo,com 
" matodcs apropriados. 
O presente estudo foi iniciado no 
, . 
propr10 
, 
laboratorio de Biologia marinha Prof. mello-Leitio & 
, 
desenvolvido nos laboratorios do Departamento de 
Invertebrados do museu Nacicnul da Univarsidade Federal 
do Rio de Janeiro, do Departamento de Biologia Animal 
( Disciplina Histologia J da ~niversidade Federal Rural 
do ~ioda Janeiro e do Departamento . de Zoologia do 
Instituto da Biologia da Universidade Federal do Rio da 
Janeiro, com auxílio parcial do CNPq, do qual fomos 
Bolsista de Ap~tfeiçoamento no ~useu Nacional do maio de 
1970 a outubro de 1973 e do C~PG, UFRJs do qual fomos 
Bolsista do Aperfeiçoamento no Instituto da Biologia 
de março de 1974 a junho de 1975 e recebemos auxilio Pi! 
r a pesquisa em 1976. 
f 
1 
3 
CGNSIDERAÇÕiS Bl8Ll0GR~FICAS GERAIS 
· rJa moderna sist~m~tica de anêmonas-do-mar, 
r~sultante principalmento dos trabalhos de T. A. 
STEPHENSON (1920, 1921, 1922. 1928, 1935) e O. CARLGREN 
, 
(1899, 1900 , 1949), na primeira metade deste seculo, 
, 
e de :.HAND (1955, 19ul) mais r8cantemente, e de funda-
mental i~port~ncia que todos os caracteres sejam 
analisados em conjunto, partindo-se da observaç;o do 
animal vivo e considerando-se a morfologia externa - , e interna, a caracterizaçao histologica · a o~ cnidoma. 
"••• anemonos cannot be classified (or even identified 
in many cases) by taking isolated . points 
consideration" _(STEP ~ENSON , 1928r 26). 
· ~ intà 
Os primeiros sistematas a trabalharem com 
an;monas-do-mar , tais como P. BílOWNE (1756), J.D. DANA 
(1846~ 1849), P. DUCHAS5AING (1850), A. ffiILNE -EDWAílDS & 
J. Hi\IfilE ( 1851), P. DU CHASSJ\I NG & íílI CHEL OTTI ( 1861) e 
mesmo A.E. VERRIL (1899,1907) consideraram basicamente 
' t os caracteres relativos a morfologia externa, dai -a 
dificuldade, ou mesmo a impo:::;sibilidade, de se estabelecer . 
, , 
a sinbnimia de rauitas espec ieD com base em suas 
descrições. 
A morfologia interna o a · caracterização 
histol6gica começaram a ser cuidadosamente analisadas e 
associadas aos càrecteres morfolÓgicos externos, a 
pa=tir do final do siculo passado e inicio deste, 
principalmente com os trabalhos de R. HERTWIG (1898) e 
J.E. DU[RDEN (1698• 1900, 1902). 
, 
Na primeira metade do seculo XX, os sistem~tas 
corn1;1'dai-ani o desenvolver as pesquisas relativas aos 
n3motcciztos, seus tipos, tamanhos e distribuição, 
objetivando compreender o significado taxontmico das 
diferenças observadas em an~monas-do-mar. 
em 
4 
T.A. STEPRE NS ON (1920. 1921, 1922, 1928, 1935) 
seus numerosos 
, 
trabalhos, prestou incalculavel 
contribuiç_ão aos estudos sistemáticos de anâmonas-do-mar · 
. I A 
resolvendo varias problemas taxonomicos. Dedicou todo o 
primeiro voluma de sua obra "The British Sea Anamonas" 
(STEPHENSON,19281 ao estudo dos caracteres morfolÓgicos. 
anatômicos e histolÓgicos, além de outros aspectos, 
tais como reprodução, bielegia, desenvolvi~ento,etc. No 
segundo volume do mesmo trabalho . ( . S.Tf: .PHE NSON, 1935 ) , 
consolidou a sistemitica. Entretanto, os nematocistos 
existentes em anêmonas-do-rnar foram então divididos em 
apenas dois grupos: "spiru la1t G "psnicilli". 
o. UATZ L (1922) estudou a distribuição e 
dimens~es dos nematocistos em cerca da vinte e seis 
esp~cieis das Bahamas. "Nio obstante tratar-se de uma 
tabela bem cuidada, cóntendo o exame dos nematocistos de 
" .,. , 
varias portes do corpo: com o riumero de capsulásmedidas 
e a frequ;ncia das masmasi ela desmerece totalmente , 
devido à ausência de discriminação dos tipos medidos. 
Esta nãó foi além de uma subdivisão em cápsul as, de 
. .,. 
parede espessa e capsulas de parede fina,onde diferentes 
tipos de nematocistos foram incluídos em uma s6 med ida" 
. ( CDRRÊA, 1964: 8 - 9). 
, . .,. 
o.CARLGREN, apos Ja ter publicado durante mais 
de cinquenta anos numerosos e importantíssimos trabalhos 
sobre anêmonas-do-mar, realizando uma revisão completa 
, . 
de sua sistematica, publicou um trabalho fundamental 
( CARLGREN, 1949) com pref~cio de T.A. SiEPHENSON, 
" trabalho este sem duvida resultante das atividades de 
pesquisa dos dois autores que, então, encontraram um 
.,. . 
ponto de vista comum. Nesta obra. fundamental ate hoJe, 
apresentou - , . .. . um g~ossario cowpieto de 
termos tsci,icos, distribuiu as anêmonas-do-;nar eru três: 
Ordens (PTICHDDACTI AR IA,CORALLi ffi DílPHA RIA e ACTI NIARIA) • 
caracterizo~ todos os seus grupos - Sub-Ordens, Tribos e 
Sub-Tribos - e apresentou chav~s a caracteriiaçio para 
\ 
\ 
5 
Nos trabalhos de CARLGREN, assim como nos de 
STEPHENSON e CARLGREN & HEDGPETH (1952) sempre foram 
utilizadás, na 
caracterizações 
conceituação dos vários taxa,as 
, , 
morfologica s : histologica, mais tarde 
associada& ao cuidadoso eitudo do cnidoma. 
Na evolução dos conhecimentos sobre estrutura, 
tipos e significado da diversidade 
foram fundamentais os trabalhos 
especialmente os publicados em 1930 e 
dos nematocistos~ 
de.· R. UJEILL, 
1934. Ele estudou, 
# . , . , 
ao m1croscop10 optico, cento e de2oito especies de 
. , . 
Cnidarios e reconheceu dezessete tipos diferentes da 
nematccistos, baseando-se , nas características do tubo 
evertido e criando uma terminologia para os mesmos. mais 
tarde, e. HAND (1961) apresentou um resumo de todos os 
# 
conhecimentos ja existentes sobre os nematocistos, 
consideranco-os as estruturas mais complexas a, talvez~ 
, 
as mais enigmaticas do Reino ~nimal. Os recentes 
trabalhos de Ho SCHmIDT (1969.1972), baseados em 
observações feitas com contraste de fase e microscopia 
eletrônica, introduziram uma nova no menclatura para os 
namatocistos e propuseram rno~ificaç~es em 
, . 
varias 
unidades · taxon~micas. 
trabalho 
literatura 
r • 
Quando CO RRtA (1964) publicou seu primeiro 
sobre anêmonas-do-mar brasileiras, havia na 
a citação de ocorrência de apenas quatro 
todo o litoral brasileiro (CARLGREN, 1949i especies para 
CCRHÊP. (1964) estudou dez 
, . A 
especias de anemonas-do-mar 
brasileiras, todas do Estado de são Paulo, havendo 
- # mençao de uma para o Estado do Ceara e da outra para o 
Estado do Rio de Janeiro. Em trabalhos posteriores 
CO~RÊA (1973, 1973 a) acrescentou a ocorrência de mais 
• # • 
seis especies ao litoral brasileiro: uma de são Paulo, 
duas de Pernambuco, duas da Bahia a uma do 
Santo. Em 1973, BELfm & P~ESLERC~AVO estudaram 
,, 
Espirita 
seis 
espécies de Aracruz, ES .t · duas não identificadas, três 
6 
j~ conhecidas para o Brasil e uma ocorr;ncia nova. DUBE 
(1974) 
, . 
descreveu sete espacies de anemonas-do-mar da 
Bahia, sendo 
para outros 
, 
uma espocia nova e aa 
Estados. COR RÊA & 
, 
demais ja citadas 
SCHLENZ (1975) 
acrescentaram mais u1na ocorr;ncia da an;monas-do-mar no 
Brasil. 
O exame dos trabalhos citados nos permitiu 
, , 
observar que , ata o momento, ha apenas vinte e uma 
, . 
espocies de anemonas-do-mar assinaladas para o Brasil. 
CORRÊA (1964), OUSE. (1974) e CORRÊ~&SCHLENZ (1975) 
apresentaram o estudo cuidadoso do cnidorna das espécies 
1c a t udado5 _ nas ne m nestes trabalhos, nem nos demais 
publicados por autores brasileiros (CORRfA, 1973, 1973 a 
e 8ELÉffi & PRESLERCR AVO, 1973) h~ um estudo detalhado da 
caracterizaçio histol6gica de cada esp~cie ou 
ilustraç~es elucidativas a e s te respeito. 
7 
E rrtrooos 
O material estudado foi coletado durante cinco -excursoes (janeiro, julho e agosto de 1973 e janeiro e - , julho do 1974) roalizados na regiao onde esta situado o 
Laboratório do Biologia marinha do museu de Biologia 
Prof. mallo-Leitão, em Santa Cruz, Aracruz, ES., 
constando da exemplares completos conservados, peçaa 
dissecadas e lâminas histológicas, e está depositado na 
Coleção de Cnidários do museu Nacional , da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (Col. Cnid. ffiN) e na Coleçio 
Cniditrios 8 no 
, , 
Laminaria do Laboratorio de 
Calenterologia 
de Biologia da 
(Cal. Cnid. DZ). 
do Departamento de Zoolbgia d~ Instituto 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Durante as col~tas foram realizadas 
obse vaç~es em funçio princip a lmanta do ambienta; zona 
do litoral, tipo da substrato, proteção, posição, 
, 
relacionamento dos exemplares da mesma especie entre si 
, . 
e com os da outras especies; e da morfologia externa: 
aspecto, ccndiç~es, dimensões, cor, estruturas & 
dese nhos tipices da coluna, disco pedioso, disco oral e 
# ~ ~ A 
tentaculos, eliminaçno ou nao do aconcios. 
A coleta foi feita destacando-se os exemplares 
do substrato com auxilio da uma espátula ou realizando 
escavações para retirar os exemplares que apresentavam a 
coluna enterrada na areia. 
Alguns exemplares foram transportados vivos 
. , 
para o Rio de Janeiro eQ recipiente de isopor, com agua 
, 
po r manonternente arej a da . atr a ves de bombas manuais ou 
elétricas (à pilha). 
, 
Em laboratorio, os exomplaro5 foram colocados 
, 
em com ague 
pormanentemonte arejados, 
do ~cs~c lccnl do calota. 
dotad os de sistema de filtros 
e aob contrclo constante de temperatura o aalinidade. 
8 
As observações referentes à morfologia externa 
. , 
foram completadas diretamente com os animais no aquario 
ou so~ . lupa estcreos~~pica. O eotudo da morfologia 
interna foi feito com a diosecação da animais 
anestesiados ou fixados; cortes transversais em 
diferentes alturas .da coluna. passando ou nio pela 
actinoferinge; corten longitudinais 
cortes com isolamento de cada par de 
Colocamos cada exemplar 
e, em alguns casos, 
mosentérios. 
.... 
em camnra escura e 
aguardamos e sua mnis completa distensão para iniciar o 
processo de anestesia. Foi utilizado o mentol vaporizado 
, 
lentamente atraves de um dispositivo adaptado ao tubo de 
, . 
de . aquario, eo mesmo arejador tampo em 
adicionado Cloreto de magnésio na proporção 
que foi 
de 20 g., 
, , 
para 250 cc. de agua doce, em igual volume de agua do 
mar (CORRfA, 1964: 6). 
a D~ xaç":-' .&. ,ClU f utilizamos Solução de Para 
formalina a 41", ligeiramente aquecida e Bouin. Com 
resultados muito melhores nas preparaç~es histol6gicas, 
utilizamos o Susa de Heidanhain segundo PANTIN (1948: 
O - 9), que permitiu bnns resultados nos m~todos de 
, 
coloração empregadas, alem da· preservar bem as 
estruturas celulares maior0s. 
SUSA da Heidenhain 
Reagentes; 
, 
HgC1 2 
tJaCl 
Agua destilada 
, 
Hcido Tricloro 
Acético 
.,. , 
!.cidc Accti co 
glacial 
formalina 
45.0 g 
s.o g 
800 CC 
20 .e- 9 
40 CC 
2Q(l CC 
• - Os tres primeiros podam ser guardados 
em forma de solução no 
Para alguns animais 
, 
laboratorio. 
marinhos 
; 
8 
v anta joso 
, . 
Sadio, 
confor r:ia 
Esp{ri to 
dostilada 
- fix ar 
colocar 30.0 g da Cloreto de 
em lugar de apenas s.o g, 
varificemos com o material do , 
Santo. ou substituir a é".gua 
, 
por agua do mar filtrada. 
da 3 a 24 ·horas. Transferir 
diretamente para uma soluçio de Iodo em 
Álcool 969 GL. (12 hw) e dai para o 
álcool abscluto, (duas tr~cas), de 12 
em 12 horas . 
- o tempo ideal da fixação para 
.... 
anemonas 
da maior 
varia de 3 a 6 hs. dependendo 
ou menor fragilid ade do 
material. Reduzimos para 6 
do permanência no álcool 
endurecimento do material. 
h .. o tempo 
para evitar 
9 
Nu fixaçio, considerando 
das diferentes partes 
a relativa pe quena 
espessura 
preferimos 
... 
de uma anemona, 
colocar o material anestesiado inteirá no 
fixador, injetando uma quantidade proporcional de 
,, , - , 
fixudor utraves da boca. So apos a fixaçao, ou apos a 
passogem pelo solução da Iodo em Álcool no caso da 
utilização do Susa de Heidenhain. dissecamos o animal e 
soparamos cada parte a ser montada, iniciando a passagem 
, . ,. 
pala sorie Alcool. 
A inclusão em parafina foi feita com os 
; . 
nnr-,;,,sqryr,os 
, . d 
p0SSl.VC3l.6 O 
cuidados par~ a ~liminªç;o de bolhas de ar= 
se formarem, dada a natureza do material, 
, ; 
entre septos mo s ontericos ou nos tontaculcs; e os cortos 
; 
na ospo~sura do S a 1r '. :or.:im foi tos om serie , a fim 
de permitir uma ~econ3tituiçno de cada peça ou exempl~r. 
10 
A utilização da Hemotoxilina-Eosina foi pouco 
, -sotisfatoria, fundamentalmente por nao possibilitar 
distinção entre mosogl;a e processos musculares; foi 
utilizada em algumas lâminas para comparação. 
, -Como desejavamos uma perfeita distinçao antro 
, 
mosogloa e processos musculares, pas-samos a utilizar o 
M~todo Tricr~mico de mallory, segundo PRNTIN (1948:41-
43), introduzindo-o então na histologia d~ Actinieria, 
obtendo assim com a perfeita diferenciação de cada 
lâmina e 
, 
mosogle .a-, 
olen1 do 
am.3,relo a 
a adaptação 
corada em a7ul, 
espirocistos em 
alaranjado. 
dos tempos a cada eopécie. 
, 
muscu)os de vermelho a Je~anja 
amarelo e nematocistos de 
. .. . 
Tricramico .Q.!!... mallorv 
SOLUÇtES : 
preliminar scluç;o n) r,1crde:-1tc 
saturada 
(HgCl~) 
de cloreto da mercúrio 
, 
em agua mais 5% de ácido 
, 
acetico. 
b) Fucsina icida - 1% e~ ~gua destilada 
c) Ãcidc FosfomolibÍdico 1% em ~gua 
destilada 
d) Corante de n:allory; 
Anilina Blue UI .s • (Gurr) - o.s g 
Orange G 2.0 g 
Ácido OxÚlico 2 .. 0 g 
, . 
100 CC Agua destilada -
PfWCED I !.E NTO : 
1) Xilol I e II - l min. 
2) S~rio ~lcool ( 1roc, 900 e Boa GL)-
1 r.,in. coda 
3) 
A , 
Lavar as lomin~s em agua 
4) nordente - 10.min. 
5) 
~ 
L av 2r E>m agua doGtiladn 
11 
6) f ucsina ~e ido - ];i s 
, , ! 
7) Diferenciar os nucloos em ague 
dostileda - lC sou mais 
8) {cido fc•fomolibÍdico 60 s 
9) 
10) 
11) 
12) 
13) 
(evitar contato com metal, 
protegendo a ponta dn pinça com 
parnfina ou coloidina) ro~a 
, 
doscorar a mosogleia 
Lavar em ~gua destilado -
Corante do ffiallory - 75 s 
bem a 
10 s 
(escorrer ,, 
saca-la 
infc:riormonte) 
Água destilada 
secar a lâmina) 
10 s (eGco:x;rer e 
Diferenciar a Anilina Bluo 81':1 , 
alcool 9 0f? - 10 s ou mais - , abooluto , Desidra.taçao Alcool .... 
e 2, 10 s cada 
14) Xilol~Álcool. Xilol I e Xilol II -
l min. cada 
- Os tempos dados -de 6 a 11 sao 
suficie ntes para mate rial fixado em 
Susa. Êle~ podam vuriar, contudo, com 
diferentes tecidos e marcas de 
. , 
corantes e para alguns organismos e 
Qais longo. É importante, então, 
, . 
padronizar os tampes pera codo serie 
do liminas,acompanhando o processo na 
primeira lâmina ao microscópio o - , verificando a diferencinçno apos 7. 9 
e 12. 
O estudo 
12 
dos diferentes tipos de nomatocistos 
, 
e sua distribuiç~o 
c~psulas eclodidas, 
foi realizado atraves .do exame de 
obtidos pela compressão suava c!e .. 
lâminas ume~ecidas com saliva sobre os tantaculos ou - ~ , 
pela dissociaçao, so~ra as l aminas e otraves de fines 
agulhas. de pequenos fragmentos retirados de animais 
vivo ou anes tesiados, das diferentes porçÕa; 9sturladé.s 
em cada exemplar. A classificação dos diferentes tipos 
de nematocistos foi feita com auxilio de microscÓpio 
Óptico ( objetiva de imersão) e de acordo com · a. 
classificação de ~E ILL (1934). As medidas~ feita~ em . 
nemotocistos 
,_ 
eclodidos . ou n a o, neste caso em 
... . 
laminas 
preparadas a partir de ani mais fixados em · formal, foram 
feitas com a utilização de lâmina e ocular micrométricas 
Sempre quo coincidentes com as medidas de outros 
auto~os, preferimos manter estas . pel a mai or diversidade 
de matari~! a~tud~dc palcs ~utores cit~d co e~ cada cnsc. 
. . 
referencias 
autor p ara 
distribuição geográfica é acompanhada de 
dos autores; qt•ando não há referência de 
a distribuição geográfica no Brasil, - , 
significa que a res pe ctiva ampliaçao esta sendo indicada 
pela prin,eira voz. - , 
Os desenhos sao semi-asquematicos 8 foram 
obtidos atrav~s de ci~ara clara 
( l1.' ILD - i1, 4) ou em rr. icr oscÓpio 
[!l l 2) • 
, 
em lupa estereoscopica 
dotado de " zoom" ( WILD 
tiS f otog raf i a s foram obtidas de mater i al 
, 
fixado no Laboratcrio de Fotografia do Guseu NacionaL 
,. 
Achamos dispensavel incluir 
trabalho um gloss~rio de termos tÓcnicos 
, , 
coractorcs morfologicos e histol cgico s , 
A 
no p r esonte 
ou ostudo dos 
be m como dos 
tipos de nc1:1:; toci stcs ccorrontos em oncmcnas -do - mar, 
pulo fato do os musmos se encontrara~ bum registrados 
nos t r a b c:. l h os d a e ü ! \ , i i:: A ( 1<?64 : 11 - 19 fig • 1 ) e D LI : E 
(1 974: 9-20, figs. l - 4)L 
13 
As caractorfsticas do Ordom Actiniaria, da 
Sub-Ordom Nynonthoao, da Tribo Theneria, da .Sub-tribo . 
(nd~myaria e das familias epresentodas estão boseadas 
nos trabalhos de 5TEPHENSON (1928 e 1935), CARLGREN 
(1949) o CORreA (1964), fundamentais na moderna 
sistom~tica de Actiniaria, e no material ostudado. - , -As caracteriza;oes ganerices estno baseadas 
nas rofer;ncias bibliogr~ficas . epresantadas e as 
caracter!sticas específicas foram baseadas nn literatura 
conforma rosp0ctivas listas sinonimicas. e no rnateriàl 
er.tudado. As indicações 
. , ' ... 
bioocologicas estao baseadas 
orn observações diretas do muterial est~dudo. 
No !tem ffinterial Examinado, o n~moro de regis-
tro de coleçio corresponde~ deposiçio de um exemplar. 
14 
Ordom ACTINIACIA Hertciig, lR82 
Anthozoa com ~ extremidada 
arredondada em "physa" ou formando um 
chato. mais ou menos desenvolvido, com o~ 
proximal 
disco pedio5o 
basilares., Colun,_, lis·t ou provida do 
, , 
tentaculos, esforulas marginais, 
outros especializações do estrutura 
, 
sem musculos 
( 
verrugas., vesiculas, 
pseudoesférulas ou 
variável. Coluna 
, , 
raramente com munculos actodermicos, apresenta-se 
frequentemente divisível em regiões; algumas vezes com 
aspirocistos e beteri~s de ncmatocistos; margem distinta - , ou nao, algumas vazes separada dos tentaculos por uma . , . , , 
fossa mais ou menos desenvolvida; tantaculos retrateis 
... 
ou nao, gerulmenta dispostos hexameramente em ciclos 
, 
alternados, algumas. 
simples, algumas 
vozes em series radiais; geralmente 
Vt1 zes cori1 botões no 
, . 
(:tpl.ce. ou 
,. 
ramificados, ou providos da papilas e so 
excep~ionalmonta ausentes. Esfíncter ausente ou presente 
, 
de endodermico a mesogleal. Disco oral geralmente 
circ11lar, algumas, vazesJ se desenvolvendo em 
aspecto variado. Actj.nofaringe curta 
geralmente com sifonÓglifos, tipicamente 
, 
variando de nenhum ou um. ate muitos. 
gerc1lmonte relecion ndos com diretivos. 
.. . 
laminas de 
ou longa, · 
dois. mas 
SifonÓglifos 
Põres de 
mesentérios dispostos geralmente em ciclos (6 - 6 - 12 
) 
, . , 
- e tc com u m nu me ro vari avol da pares perfeitos. Do 
0st~gio com seis pares de mesentérios, ou mais tarde, os 
mesontÓrios subsequontes podem crescer do disco pedioso 
paru cimo, do disco orul pnra baixo ou, mais ou monoa 
simultnnoamonto, do li ~b o e da margem. ~atratores dos 
mosentérios do aspecto voriável, do di+'uso a 
, -
circun~crito; musculos parioto-bosilares mois ou menos 
fartos, formondo g0r~lmente, nos individues alongados, 
, 
um museu lo p ,:ir i e tal . bem diferenciado, juntamente com a 
pnrte parietal do3 m~aculcs ~es~nt~ricos longitudinais. 
15 
Trotas ciliodq~ dos filanonto3 om rogra prosantes. 
AcÔnci os pra sento s . ou ausontos. G Ôn adas situadas no 
mosmo nivol dos filamentos, da distribuição variável, 
, , , 
ocasionol manta prosantes sonos mesonterios do ultimo . 
ciclo, aos quais falta ,n o fil ame nto. Cnidoma : 
, .. , . . , 
espiroci stos , atr~cos, holo tricos, microbasicos b - a p 
- mastígÓforos~ 
omo.stig Óf ores. 
macrobásicose 
, 
microbasicos 
Sub-Ordem N\N~JTHE~E Carlgren.·1899 
Actiniaria com base redonda ou achatada, com 
ou sem múscu los basilares. Coluna lisa ou não; raramente 
e, neste caso, na parte mais alta provida de 
, , . 
1.-iusculos octodsrmicos. Esfíncter presente ou ausenta, 
, , -
endoder míco ou masog leul. Tentaculos simples ou nao, 
geralmente dispostos em ciclos, algu mas vozes em s~ries 
, 
radiais. Sifonoglifos geralmente ligadas a diretivos, 
raramente e neo diretivos~ quando e~tes sÃo ousentas. 
~ . 
Llesonterios, em r egra. dispostos em ciclos, quase sempre 
hexaniaramonte . f,~esentÓrios 
, . 
secunde.rios desenvolvendo-se 
sempre em sxoce lo3 . Pare s de não diretivos consistindo 
, 
sompre em dois masontarioo c ujos rotratores se defrontam 
n1ramento 
F f 
ocorrendo moscn~eri os irnpnro~~ Filamentos 
musenteri si s aempru com tr a tes ciliados. Nernatocistos 
holÓtricos aponas excop cional menta e~ nessa caso, nunca 
no endoder.ma. 
Tribo THtNARIA Carlgren , 18~9 
Nynantheao com músculos bosilaras; extrenidado 
3bcral n~hatarla o g~ralrnenta odcrento, bom diferenciada 
da c oluno.; pcr~cie de aspocto variável,. Õs ve:·o: dividida 
-cn T'r:>n'Ínn~ ---;;---- ben dist5~tasJ fraquPntemente com verrugas~ 
vos!culnsf esf;rulas morginois ou pseudoezf~rul~q ou 
nin~a cutras pr otu bor;ncias ; esfíncter gernlmonte 
cndoc:~ri;: ico OLI r:.o!.,o ·; lo: l. í.lüS a l 9ur.1n!J vezas ausente; 
16 
tont~culos o meso~térios 9oralmanta numerosos. os 
primoiros cíclica ou radialmanta -dispostos; mosent:rios 
rerar.'lente diferenciados em macro e microcnemes; · 
rotratores fracos pu fortes, reremente circunscritos; 
• oconcios pre~ontes ou eusentos. 
Sub-Tribo ENDOMYARIA Stephonson, 1921 
Thenaria sem esfincter ou tom esfincter 
endod~rmico~ o qual ocasionalmente mostra fo~te 
tend;ncia a ser mais ou manos mesogleal; sem nc~ncios. 
FamÍlia ACTINIIDAE Gc~sa, 1858 
Thenaria ( Endomyaria) com coluna lisa ou com 
verrugas, vesiculns, 
, 
esferulas marginais ou 
ps0udo0sf~rulao, sempre .sem 
, 
macrobasicos amastigÓforos. 
C- ,f:' ' + + - - -1 - -•, !_ - - -,• - - -1 .: f t o -. - i • t _:-;, .1.:--ic ..... er nuscn-e cw :..;;]t..,Ln..,~•"•:: ..... ~u, O..!.. _::;w a c_rcunscri .o; 
, . 
tentaculos simples e em ciclos - apenas um para cada 
endo ou exocelo. rescnt~rios n;o divisíveis em macro e 
micronemas; raramente seis e geralmente mais de seis 
, . , , 
pares ~e we~ente~ios perfeitcs. Contem o maio~ numer o de 
GÔnoros da Ordem. 
G~nero Actinia Srowne, 175~ 
fu;ti.ni§! Br ou.me, 1756 ~. 307. 
Actinia: Gotzl, 1922: 22. 
~ctinin: 5tephenson, 1935: 122-113. 
~ctinin: Carlgren . 1949: 49-50 • 
... 
,t'\ct5n~: Lorre.:; 1964; 50 
.Eiçj:._~ : D u u o , . 1 9 7 4 : 3 O 
17 
Actiniidaa com disco podioso largo; coluna 
relativamento baixa e lisa; fossa profunda· com esf;rulas 
marginois simples ou composta s, geralmcnta ccberta3 pela 
, ~ # 
~nrgem; tentaculos retrateis com musculos longitudinais 
, ; 
cctoder micos; mo sentorios perfeitos numerosos, sendo os 
mois fortes, com exceção dos diretivos, férteis; mais 
numoro3os na base; esfincter fraco ou forte, difuso} 
, 
rotratores dos me~enterios difusos.Cnidor:1a:espirocistos, 
átricos, basitricos, microbásicos p.mnstigÓforos. 
{Fig$. 1-5, 23) 
Diplacti_~ bcrmudcnsis mcíi:urrich, 1889: 11-13, f .6 
.r').i.P lact. i..§ _bermud ons is: mcmur r ich, 18 96; 188-18 7; 
pl.17~3 
HCtin~~ b0rmudcnsis: Verrill, 1899: 558;pl.67, 
f.7 
Actinia berrnudonsis: Vorrill, 1907: 256-257; 
f.lr.9-111 
[ctinin ~ c rmudensis: Corr;n. 1964; 50-SS;f.18 
.!}ctinig .bormude_í1,_?_;1E_:_ BeJém l Preslercravo~ 1973; 
2-4; f.1-2 
flctinia 1:E..trnucensii: Dubc, 1974: 31-:,4; f.7 
Base de diâmetro at; 4cm, pouco aderente, um 
pouco ~ais lurg a que u colunat do contorno circular 
liso, quando fix o , e franjado . quando aolta; 
transparente, permitindo u obscrvaçao das 
, 
, 
cor rosen, 
linhas de 
intcrsocç;o moseilturial . Coluna lisa, cilindrica,bnixa 
, 
~as distcnsivolr ~o cor coroja uniforme, trorn,pnronte, 
r, o r ;-1 i ti n d o i 9 u n J r,1 o n te a e l: ::- e r v .:l ç ão dns linh2.s do 
18 
em alguns exemplares maioros, pedemas encontrar um 
corto n~mer~ do olevaç~os irregulares, ·refe ridas por 
~lC filU!:íllCH como 11 frcnds'• (r,1C f:lU.<fUCH, 1 889 : 111 ) ; 
, , 
externí:.'mente,ha uma coroa .do asforulas marginais si mples - , 
ou bip ~rtidas, d0 dimensoos variaveis. 
• A • # 
D1nm0tros da margem a do limbo ate 4cm. Altura 
atá 4cm. · Tant~cu:. os de até 1, Sem do comp rim e r.tt'), rÓse2 
transp arentas no ponto de implantaçio; relativamento 
cu=tos, pontiagudos e simples,càntráteis o r et ráteis, no 
, , 
bordo do disco oral; em n unero variavel, distribuídos em 
quatro ciclos (12-12-24-4 8 ),sendo q u e nos ~ltimos ciclos 
goralmento h~ acr~scimo -encontramo s exemplares com 1 06, 
112 e at~ 120 tent~culos. Disco oral liso .cereja. qu~se 
se~ tran s p arrincia , goralmenta do mesmo diâmetro que a 
, 
coluna no ambiente; quando fixados no fundo do aquario, 
ou exemplares o mostram expandido, tomando ent~o aspecto 
ccliciforma tendo no centro G beca, estreita a alongada. 
CARACTE Rf~ TlC1\S 1. .0.lFOLÔGIC1-\S lNTERNAS 
Actinofarínge long3, com numerosas dobras na 
parte externa, produzidas 
f 
( . 
supar icie 
, 
ectoderm ica. 
- , por elovaçoes da mosoglea na 
Bordos franjados. Dais 
, , 
s~fnnoglifos profundos. [sfinctcr difu30. O num~ro do 
, ; , 
rnese n terios e maior na base. Ha dois pares de diretivos 
unidos a grande extonsio do actinofaringe e dez r aras de 
, , . , 
musentcrios p~r foitos , ferteis, entre os quais ha um 
, , , 
num~ro v~riuvcl de m~so nt c ríos impu r foitos, dividido3 em 
dois ciclos -10 o 19 pares de mosont{rios imperfeitas 
1,1,:lis al tcs , f~rtois, e 30 a 33 p ~ros do mesent~rios 
, 
mnis bnixos, estorois alguns destes apro!>entando-sc 
fundidos ao longo d3 borda livre. 
19 
Esfíncter 
, . 
endodormico, difuso e farto, 
" estendendo-se . da base da fossa ato a 
, 
marginais (fig. J. f) • dos esfarulas -Os retratores seo difusos 
de;;e nvolv idos (fig. 2r), sendo os dois 
ligeiramente mais fortes. 
t ~~culos pariato - basilares 
zona 
e 
-de inserçao 
muito pouco 
diretivos 
,. 
tam:-,em pouco 
desenvolvidos, 
rutratoros. 
na face do mesentério oposta :aos 
m~sculos basilares bem desenvolvidos, de ambas 
, 
as faces do~ masenterios. 
Actinofaringe axtremamcnta pregueada por 
~ 
nu:n ~rosas pregaõ da mosoglaa . 
Na coluna, os m~oculos endod~rrnicos s~o pouco 
dosenvclvidos, porém o disco oral apresenta musculatura 
. , 
radial mosoectodermica muito desenvolvida (fig.4m m), 
inclusivo entro os tent~culos cootiguos (fig.3). Tamb~~ 
, , , ., 
os musculos ectcdcrmicos dos tentaculos sao bem 
desenvolvidos, especialme nte em sua base - (fig.3). 
Csf;rulas marginais (fig.3 os) com epiderma 
o~is espessa qu e a da colu na o pcuco 
ctos te,·iticulos. 
C1J!DO,;,/\ - espirocisto~ , Basitricos , 
, , 
:ricrobasicoe p-r:1nstigoforas. 
menos que a 
# • 
/-1tricos ( 'l) • 
20 
DI.;iT,<lOUIÇ~O E fliCí) ID,15 DOS tJí: :;it'\TOCI5T ~ S 
-(Com excoçno das referentes oos espirocistos 
das esf~rulas marginais, as medidas sio de Cíl ílRfA , 1964: 
53-54). 
, ' 
Tontaculos 
Espirocistos 11.9 - 27,2 
Bas{tricos 11,9 - 22,1 
, 
Esforulas ~ arginais 
Gasitricos 10,2 - 18,7 
Espirocistos 18,0 - 21,0 
Coluna 
Basitricos 
1-\ctin r.f aring o 
Bas itricos 
Filamentos 
Bas i t ricos 
, 
ri1i crcibasicos 
, 
8,5 - 17,0 
13,6 - 28,9 
p-mastigoforos 17, O - 22, 1 
DISLilUUIÇkO GEGGR,~FICl1 
1,7 _ 2,5 r 
1,7 - 2,5 jA-
1, 1 - 2, sr 
1,a _ 2,s r 
1, 1 - 2, s r 
1,7 - 3,4 f-
2, s _ 3,4 r 
Bormudas; , 8 ah amas; 8 rasil ( co r .lÊA , 1964) .Brasil:· 
. -
Sahla - Praia do Farol de ltapoa, 3alva dor (D UEE, 1974); 
Espírito Sonto - 1\ rocr~z ( CE.L~r,; & Pi;ESLL:Cl f1VC,l973); ílio 
de Janeiro - Preinha, :nrnial do Cobo, Cobo Frio; Praia 
do Itucoatiara e Praia de Boa Viagem. ~itor6i; Praia 
Vcnmel ha. ni o; Ilha do r · ara rntw ia. são Paul o - {:'raia de 
It-1Gu~, üu .-:;.t.u uçi; Cc::.L2.o do kr11 lG, llhu de 
~rei~ de s~nho, Itonhnen ( CLRR~A , 1964). 
-5.:io Subut.ti~u· 
' 
21 
05J~ lVAr0E5 810- CCDLÔGICAS ' . 
Em Ar~cruz, encontramos em 1073 esta 
, . 
aspec.te 
apcnns na prain próxima à do:;on1bocadura do ílio Preto, 
Limite Sul de hracruz onde a areia dopositada entre os 
blocos oc concrcçÜo limonltica rocob~rta por umu camada 
r do 10 cm ou mais de argilo caol1nic~. Em 1974 , foi 
, , , . 
oncontrada tam b0m na Praia do Piloto.De habito gregario, 
onccntramcs ati 20 exemplares eo orifícios de grandes 
blocos de concre ção limonitica, volta dos sempre para o 
lado oposto da arrsbentaçãn e,, assim. ~r~tagidD$ desta e 
da luz direta, e com o disco oral sempre voltado para 
baixo. Em jnneiro e julho cie 1973 a popuJ.aç:ão era bem 
grande, perto da desembocadura do Rio Preto; em agôsto 
, 
do mesmo ano, apos grandes ressecas que depositaram 
grandes quuntidúd0s de aroia sobra e entre os blocos de 
reduzida, dispersa em uns poucos blocos,em cnda um dos 
- A quais nac encontramos ma is que tres exemplares, mesmo 
naquJlos cujos orifícios "protetores" distavam cerca de 
lm de solo na rnnr6 vaza:-',to. i eso-litoral. 
Ac tin : n bcr :: u ,'. cnsi s Ó vivipara. Enccntramos de 
dois a quatro exe~plares jovens dentro da cavidade 
, 
gastrica de cada exo~plar adulto aborto (que algumas 
vezes sa libortum nc oqu~rio), e~ ~iferontes estfgios do 
, 
do~envúlviman to, porem, sempre transparentesaposar da 
cor corej & uniforme, permitindo a obsorvaç~o do 
dczonvolvimcnto dos pa.r8s mosent~ricoo. DUL:lé.: (1974:34) 
rouli.:ou um:i intorcssanto observação: 1'Vc:irio5 exemplares 
do ;.;.b~u -~~sis dissecados ccntinha m individuas jovons, 
-or,1 divorsos fc.sos do croscirnonto, r.H.,s na.o foi feita na 
-ocasiao dete:rminoi::ao do sexci dos individues. .. 
, 
E interessante nolar que elos se~pro so enc8ntravamnJ 
# 
parto alt a dos c ~nais mosontoricos . onc'o h avia ur.i a 
plntaformo de scporaç3o cô m -o porc_o.o inferior 
22 
-c~~nras, sugerindo bolses incubadoras internas•. Na 
# • , 
pcgino óntoricr, a autora Ja anotara: •Segundo CHIA & 
f((...,Ti<I í .. (1970), l~rvasplânulus tlo 11•..Qill!!...QE que vivem na - , rcgioo entre-mares, sao liberadas, co rn o as de muitas 
cutras esp~cies d~ 
.. 
oner.ionns, no plancton. Elas entÕo 
entraLl eD individues do r.iosma esp~cie, machos cu f; meas , 
crescem na · c a,~idodo g~strica e voltam ao m,1r como jovenG 
de v~rioa tamanhos .As ra7ics para sugerir osta sequ~ncia 
-muito incomum s~o que c,ua~e todos os 
disoucadcs oram mochos cu f~ae as e que os 
individuas 
jovens 
ocorriam indistintamente em ambos os sexos. Se isso se 
, 
e vivipnridade nosta esae cie 
pro~avelmente em outras onde ela .ocorr~, 
e ·· 
como 
,8 .bcri.1u densis, ser ia subs ti tuicia por um tipo de "cuidado 
~ prole~ (DUBE, 1974: 33). 
Embora, sab iàamo n te, espécie ~ensivcl 
delicada, os 
suportarnm ·bcr.i 
exemplnres do .il• hormuclen~is de Arncruz 
o transporte para o Rio e dois meses 
, . , . 
er:i ac;uarl.o rnêrinho do Lab orntorio do Dep :::i rtnmonto de 
Zcolrr;ia do Instituto de Biologia do u.F. :l.J., onde 
continuaram a sor o~scrvndos. 
. Com a fixação o -postericr ccnsorvaçao em maio 
. l{quido, os exemplares mudam do cor, co rno acorro c om a 
r.ioi cria c1 os 
, . . 
es ro cios cc 
A 
a n e 1~; o n ::1 3 • i'\l g unG exomplnres -tc-moro. r:i entao a cor "verd e --sujo" referida por f.'C 1::u:rn rcH 
{2.CG9a: 111); outros ~e tornQrom cin ~~-cscuro a al guns, 
, 
aindo, cin zc-cl~ros. f1s t0nt2culos ::.e :i1p re perdem 
totalmonte o cor. tcrnu nd o-sc branco-loito~os . 
Da biblioarafi~ ~sµu~Ífica que consultarras, 
T.,, r ,nr)2 ">? 24) C(' '!' ~ " 1 1nr4 r.r- -e) ·t apen as ~·' "-·- \~ ~- : ...... - u " ,::.,\ , _;u : ~1 , -::..J ci .aram 
C.:t1dos hi::;tolÓgicos de 
, 
;, e t i n i a b e r :-, u ~! o n s is , p oro m som 
ú,....rc:.. u nt u ro r:1 qu ... lc; u.:: r i l u s traç u o. O esfinctor dos 
23 
oxomplurus obs urvud09 por n~s corrospondo ~s observoç~os 
úo ~ATZL ( 1S22: 22-23) e se assemelha bostante ao 
ilustrado por STEIJHCljSf,N {192€,: U,fig. 4b) para _a.eriuina 
: (Linn~, 17~7), esp~cia-tipo do G;nero Dctini~ , da qual 
· ~Tt:..H1t:) . ..> Ul (1935: · 113) ccnsiderou d • bcrrnudens is bem 
, . , 
proxima , diferindo dostu pelo numero bem maior de 
, 
tentnculos. 
c,~?<LG :{EN (lf'49: 49) e C[R ltÊA (19 64 : 50 ) 
in~l uiram n a cnractcrizaç~o de G~nero "esfíncter fraco 
f 
A • 
ou forte~ di uso, raraLlente com tendenc1a a 
mcsoectod :;r;nico". Acredi tundo ter havido ai um lapso de 
-· rev.i.Si!C, veri ficornc::; e pcssibilid~ce da u~ esfintt0r 
, , 
mosccndod a rmico, que tambem podo ocorrer ra Su b-Tr ibo 
Endomyaria. Entrotanto o esfincter observado, pelo manos 
em Actínia bermurlensis,; tipicar.1ente eridod~rmico.difuso 
a bem desenvolvido para o tamanho do animal. 
CD:F;Ê.,\ (1 9ô4; 53-54), estudando o cnidorna da 
, , . 
especie 1 acrescGntou : noxnr.iinei o cnidoma do.s esforulas 
marginais ern cerca de 15 exer.1plarct-, resulta ndo a bu3ca 
e m bas{tricos nµ mo roscs espirociotos muito r ,! ros e 
. f t. I" t 't . 11 ~l 1n ru 1 rera. qucin o a.os e:. ricos ., ,-.ossas observaç ões 
coin cidira~ plen ame nte, pcis nuo·e nccntramoo átricos nas 
esf;rulas marginais dos exsmplarus observados. CC ~ílrA 
(1964: 54) sugeriu entao que a ausência deste tipo de 
nomatccisto talvez soja explicada pelo estado muito 
,. 
inci pientu d3 s usftrulLs .-1ciraino.is e que, caso esta 
" . d ausencia a ~tricos so confirmasse em exemplares com as 
esl';rulas n.::ir.gin.:lis mais de~envulvidas,a osp;cie deveria 
ser tranferida para outro G~ncro, pcis trat3r-so-ia de 
,. 
psoudocsfcrulas. E~ nesse mot~rial. an de nponas pcucos 
ílS osfÓrulos mnrginais 
d0sonvolvi~ as . assim mesmo dis po~ta9 irragul~rraonta e rom 
tamanho vnri~vol no rno~~o in di viduo, nÕo julgamos 
.., 
ponsival osclarocer a quostao . 
24 
1., 1i. TE. .1 I AL EX í\1. I tJid)C E l o:. t,L l o.;GES 
Foram exn~inados 25 oxe~plaros coletados om 
Santa Cruzf Aracruz, ES d3s soguintos locnlidades: 
Praio pi~xima ~ desembocadura do Aio Preto 
Col. Cnid. ~N nts 2,3,18-23; Cal. Cnid.DZ n9s 
23C5~ 23 07 - 23C9. 
Praia c!o ~-iloto - Col .Cnid.U-~ n2 39; Col.Cnid. 
OZ nts 23C6t 2310 - 2312. 
Os de: ;, ai;3 exemplares foram utilizados 
dissecaç;o e preparaç;o de l;minas para histologia. 
GÔnero í\nor.1on~fi isso, 1826 
AneLlonin íli~so, lf26: 2Ce 
Ancr1cnia: Stophonson, ).9'..5S: 124 
An~monia: Carlgren, 1S49: 50 
Ane~cnin: Corrêa, 1964: 55 
Anemonia: Duba, 1974: 34-35 
para 
Actiniidae ccn: :;i3co pedioso bem desonvol vido 
coluna lisa, osf;rulas marginais (~s vozes ausentes em 
poquenos indivÍduos), esfincter circunscrito, fraco ou 
Telativam ~nte bem desenvolvido~difuso; tcnt~culoo longos 
goralmcnto 9 n;o rotr;teis e com m~oculos longitudinais 
, # 
e ~ nu mor o var iavel e, nem 
sempre,, liga dos a . dircti vos; 
nu merosos; rotrdtcrcs difuoos; 
,. 
, 
mesentc rios perfeitos, 
gÔnadas a pnrtir do 
primuiro ciclo cio ~o~o nt ~rio3 cm dinnto o estes mais 
r,ur.1erG sos n:i b u::; o que na nc., r gcm . Cr:ic!cma: c3 ~1 irccist.os, 
~triccs, bw.sitrico~,, rr:ic rou~:::icou p-11Gstig;fcros e, 
prcvnvelmentu holétricos. 
,1nc_1fni~ 
Jirl.9~n i n 
i'\nomonia 
;1 no r~. o n i a ---
~\nemonia 
25 
,'\ nom~r,i a sar½ ~,~ soil !j is H org i t t. l SOB 
(Figs. 6-10, 24, 20) 
S(•rnnssensis . ---
s '-' r g 0 s s_q_n!!l_q : 
sa.rgassonsi~: 
Hnrçitt,1SC8: 117-118, figs.19-20 
rlargitt, 1914: 239-240, pl.41-_f3, 
pl .l1t,-fl3 
Cnrlgrcn & Hodgpoth,1952:151- 153 
pl.IV fig.3, k-D 
CorrÔn, 1964: 55-58, Fig.10 - 2C 
Dube, 1974: 35-37t fig.8 
Base bom dcsenvclvida, pouco aderente, 
contorno circular irregular, pouco mais }arga quo 
do 
o 
1 . l • , .f _,.. + "' '1: l.ílhlO~ CVC' I'CJ:::ea Un:L. 0!'!".:8 O de dJ..Onetro envre L. 3 ...,::;r,, 
podendo ultrapassar esta medida, principalrr:cntoOr.l 
# 
aquario. Col una lis.:i o baixa, pregueada transuoroulmante 
qunndo ccntraÍ~a. imbo e morgem ccn di~netro maior 
geralm:Jnte .corro:,pondend o ao nl::ugarnento da bnso e cem 
aspecto cioral calicifcrr..o qu2.ncic' expnndicJo. r~o purapoitc 
h5 .UGD coroa do esf~rulus m~rginni s pc~uonns, altcrnand2 
, , , 
seco~ os tcntnculos do ciclo extorno,om numero var invel 
que podom sar muitc pequenas ou au~ontes em exompl3res 
mcr,ores; fosso r <1 sa; ccr ver;';1clho uniforme, trc.: 1sporon":.o 
quando bem expandjda, mostrando as linhas de intersecç;o 
~osentcrial. üi;matros do limbo e rnargom , la 3cm , 
pouendo ultrap21ssar er.1 aqu;rio. Altura: em r.1;dia 1cm. 
Tcnt5culos lengas, pontiagudos simples. n;o retr~teis. 
de pareda sulcado lc~gitudinalnento, quundo fixados, 
,:llgun~ co1.1 oxtro cüd<.1 ~:o bifurcfü'. n, com grnndr. ~8f" ·'' Cido.d,:i 
6-6-12 e, o ~ltimo co~ 
varié.vel, confor :-1 0 e do:; onvnl vir.1cint.o de, e nimnl; 
ro:,uono cxo: ,plnr co St ::1 .Cruz 
tcnt~culo~ no ciclo o xt c Jno~ 
o n e CT1 t r 2. ··: os , 
# 
Co tontJculcs 
apon.:is, 
dos 
, 
numero 
num 
12 
26 
-intornos sao sonsivolmonto moiorcs quo os dos demais , 
do cor vermelha. podendo hnver, confcrmo alguns dos 
exompl.:iros coloted os nu Praia do. Goa Viagur.i. em r~iterÓi. 
, , 
BJ., alguns tentoculos roseos ou moomo albinos. 
Tont~culos ~aio=es· - at; 1,0cm . Disco oral largo, 
tran$pDr onte, do rÓ~eo claro a um vivo escarlate, com 
f , 
ostrios radiais p~rtindo do periutoma para os tontaculos 
dos ciclos intornos. Boca pequena e circular; di~metro 
2,5cm, podando ultrapassar esta rnodida em aqu~rio. 
Actinofaringe curta ' e extremamente dcbruda 
, 
longitudinnlmonte. Em regra, doze pares de mosenterios 
perfeitos, do~e do imperfeitos e um n~raoro vtiri~vel de 
;)e r.er;hurn a três 
ausentas. 
C1\RACT E HÍS T 1 Ci\5 HI S TOL ~G I CP,5 
de 
,, 
sifo11oglifos. 
diferentes 
Diretivos 
Esfinctor difuso. tendendo a circunscrito, 
fraco (fig. 6 o). situado na fcssa, entro as osférulas 
, , 
margin a i s e os tontaculos do ultima ciclo. 
f1o tr o.tores c! i fu::..cs muito fracos 
(fig. 7 o lfl r). r: Ú~, cu los bnsi lnres dosor1volvondo-se de 
anbos os lados d oo rnose nt;rios ( fig.10 b) o 
, 
r.,uscul os 
pnrieto-has ilurcs bem desenvolvidos nn f~ce do 
r. osent~ ri o cp C' :::; ta à q ue ln er:1 que se do sen vcl vo o m ~~~ cul o 
retrator (fig.7 0 lÓ pu). 
, , 
rnusculcs rcdioi3 dr di s c o c~n l 0ct.ol1urm icos, 
pouco dn s envolvidc3. 
t ont~culos , oc tod:rniccs e 
longi tudin,:üs do~ 
, 
bem do :-rnnvolvidos. f:1u sculoo 
circul c.rc s c1--.c :c c:irr: icos d ei c olur,..1 bom dosonvcl vidc:J 
27 
Pnrodo da coluna (fig. 9) fina, com a epiderme 
, 
muis osposse que a ~ust.glon. 
Esf~rulas murg i~ais (fig. 8) com rnosçgl~a mais 
, 
oDpJ$~a que o do coluna o epidorMe cem menor numero de 
glZmdulas. 
Actinoforinge cxtremQmento pregueada. 
SifonÓglifos tipicos (fig. 28) com 
, 
celulas 
flagcL-.d as, e r:1 n~r:1c rc ce um a três, ou, na ,n ai oria das . 
vezes, ausentes. Diretivos ausentes . 
Cl.IüCí .. i'\ - Espirocistcs, Átricos, Basitricos~ r:licrobási · -
, 
cos o-mnstigoforos, 
ülST ;il8 UIÇ;'.\O E mE DIDA DOS [~EmATOCISTUS 
(S egunde cr. ;IL.G:·:EN &H::DGr·:: TH (1952:152), com as 
quai~ se B$Sernolham bastante as de Cfíl~tA (1964:58) e as 
-o----' 1, V;:» t:.==> .. I • 
Tent~culos 
Espirocistos 
, 
:.:;usitrico!J 
,.. 
Esfcrulas ~arginais 
Espirccistcs 
, 
Atricos 
Co::,itricos 
Coluna 
, 
n~1sitricos 
:ictinof:::ringo 
'.:asit.::-icos .. 
r: i e.::- c'bus i e os 
p-nw::.tig ;f ore::. 
e- .; , ~, ,..... -. - .&.. - ,,... 
1 J,.J..'-4 ,l....; 11 t.t...J 
, 
~asit:::-icc:., 
' 1.· e ,· e b _, e• -; e o c-
1 • (...,,J_ .;.J: 
.11,9 -
11,9 -
18, 7 -
26,9 -
lJ,9 -
11,9 -
10,7 -
lC,7 -
8,5 -
17,0 -
32,3 1,7 - 3.4 ~ 
32,3 1,7 - 3, 4 r 
22,5 1,7 - 2,5 ~ 
39,l 3,4 - 5,1 f 
20,4 1,7 - 2,5 r 
30,6 1,7 - 2,5 r 
34,0 2,5 - 3,4 f 
').... 1 
.:. .; f 5,1 - r 
17,C 1,7 - 2,5 / 
:3,C 3' /~ - 5, l f' 
/ 
26 
Est~ ~c~ Unidos d~ ~m6rica do Norte : 1.:ioods 
Hole, .~assachusscts; Ceau f ort, ~crth Corc l i na ; Port 
Ar::.rnsa s o St~ Jc~ oph Isl., Tex a s (CC:i f:f:A , 1~64:55); 
Cur nç~o : trn stpunt l1 ::2. i ( cC .;HÊ,; , 1964: 56) ; Or~sil: Qnh ia 
- Praia do Faro l de It npo; e Praia do Bugarin, Salvador 
( JU8[ , 1974: 35) . :sp irito Santo - rraia do riloto, 5antn 
Cruz, Arocruz (ocorr ênc i a nova ); r.io da J ~neir o -Arraial 
do Cc.bo, CLlb O Frio , Saqu~rema , Prnia da Ooa Viagem , Nit~ 
, - , 
roi; 3ao Püulo - f.ra ia de Itagua, Enseada do Flamengo, 
Pr a i a da Fort~lcza , Porto Velho, Prai a do f-cre~ uê, Prai~ 
do Sog=;dc ( cr~~f~ , 1S b4 : 55). 
-Uma cbocrvaçao importante nesta , . 0spcc10 
, 
sido feita por rriscila Araci Grah ma nn, e s tagi aria 
te m 
do 
cln Depart a:,c nto do Zoologia do Instituto de Bio) ogi a 
U., •• • 1 • :1 • : 
, . 
em nr;u:.1rios tem atingido 
dimons~a s maiores quo as cbse rvndns em sou aDbiente , e 
em det.rmi n ~do mo~ento, realiza uma r~ pida di visio 
lon;itu di n3l, c cn firmando-so assim o pravioto por 
C1\íU.G:lEíJ & HE.;G[PIIT ( 1952: 152): "Evidently -l::ho spocias 
propagn.t8S as::,uxually , probably by longitudinnl fission", 
Os ox0!,,pl.:iros de 1'\racruz fcr· r.1 en contrndos 
b t l i • - l . r t . "l' . l so r0 J ocos 2::i.1,:os do cc,, c reç<1c 1r,,on1 ·:i.ca 1 na rnia ( o , _,.,. ~ , 
t ati o ri1torion cn do nao ocorria ate 1973. Comurno,~to, pt'rem 
, 
o oncontr~1du s o:-,r:1 alg::is cu aw,,.rc:; s u'.,:..trütcs ; coleto.nos 
;)lgun::. oxcw.plaros, cart.:t f3ita, sCltiro ulg;:is :..ovo.c:::i.s po l a 
1r.,.;.r~ onchon te para dentro do c an .:.1 do J a1u nren1C\ ( 1 ;J) • 
; ,o:J o-Litcrol. 
29. 
H,, :!GITT ( 1914: 240 Fl. XLIV-Fig.13} registrou 
e ilustrou a prAnença do dirotivos, comentada por CO~~tA 
(19 64: 58): ",1 prcsonça de diretivos o. talvez. do 
, . - . r • , 
sifonoglifos (t. 44) sao 1ncc~procns1vo1s, mas tnmbern 
foram oncontredas num materia l do Pí\X (1.926) do Curn r:no . 
Tod avia , nÕc hesito em incor porar nnt.illonsis a 
, 
pois o nunoro do caractores 
concordantes é muito r.iaior que o do discrepnncia~. No 
.., 
mou material, da mas~a localidade do Curaçao, nao 
on;:on Lrei diretivos o sifcnÓglifos são du•Jidoso::; quanto 
~ prese~ça. Diretivos tamb6m s5o ausentas no ~atorial do 
:::arolino. do ,~orte (Fiold, 1Ç149, segundo Ci\.1LG ::EIJ & 
HEDGPETH 1952, p.152) e no texano (C ARLGf?EN & .HE:D:;f.,[TH , -]O). Estes autoras, tao pouco quanto eu conseguiram 
reconhecer sifon6glifos 
, 
nesta eSpQcie e duvidam da 
presenç a delas no materi a l de Fiold (f .38)." 
Para compl u mentor cs cb~arvaç~os reali:ada3 
co~ os ppucos exemplares coletados em nracruz.cor.iparamos 
os nesíilcs C·Dí:l cxcr:i plnres do ;(io de Jo1ieiro. Isto nos 
pormitiu constator a presençn ae 1 a 3 sifon6glifos, 
~nut~nica o hi~tclogicnm ~nte diforonci3dcs. em alguns 
exeuplore5. 
enc cntrüd os. 
Direti vo::., entretanto, -nDO foram 
for nr.i exs1n.inados 7 cxerr.plnrcs colot.ndos om 
Santa Cruz,Aracruz, ES,todos na Praia do Piloto:Col.Cnid. 
,. , ; 4 3, 4 4 ; C o 1 • S 11 i ci • D Z n t 2 3 4 C .. rs demais foram 
-f'c:ra co ~.ipai o ç uo, foram utiJ izadcs nuatro 
, 
e>:omplaros colotc:idcn na r,raia dn Goa 1Jiagern , l~itcroi, íD, 
to dos utili7 ü·'. o:. 
his tologia. 
-p:r op 0r 3:-C'cs r : ra 
30 
ç_éi_no ro Ph vll aill§! f;~ilne-Edwards & Haimo, 1B51 
_ph_ylloctis 1r. ilno-Edl'.lards &: HairlO, 1051: 12. 
rhJlJ)<1cti1: Carlgron, 194S' : 6G-57 
Plwll.:ictis: Corrêu, 1964: 85 
P h )11,1 "e ti s : D u b e , l 9 7 4 : 4 5 
Actiniidae co~ disco pedioso bom dosenvolvido; 
colu~a mais ou manos alongada, com varru9as em sua parte 
mais alta. Entre esta o a maraem h~ um colarinho 
, 
cnracturistico constituído por margineis 
modificadas e forr ,rndns por sé1,i;os de pequenas vaniculas 
contendo bas!tricoa, · acima· das quais h~ uma fossa 
distinta. Esfíncter de forte a muito fraco,circunscrito. 
mJsculos longitudinaisdos tont;culos ectod~rmicos. Dois 
, 
sifonoglifos. Retratores fortes~ difusos a rAstrito8~ 
., 
~wsculos parioto-basilares bem denonvolvidos. 
, , 
CfHDCL.1\: E spiroci stos, Basi tricos, ~licrobasicos p-masti-
,, 
goforos. 
Phvl la1:ti~ pr ao -tnxta ( Dana, 184 6) 
(Figs. 11-14, 25) 
L:E~ridiu.!TI preot.2-:xt~ ~ana, l8t16: 150 pl.5,fig.39,39a"39b . 
,!:,J1 , 11 ::1 e tis .Q r o. e :to~~: 1: , i J. n 0 -E d l'Hl r d s , 10 5 7 : 2 91- 2 9 2 ; t 1 .2 
fi9.l 
Jl s te r ;:i e ti~ n . s 2 • J u crd O n , 1 8 9 E; : 4 5 5 
.l.U~ractis Q2S.D.f!l].G_ê Duorden,1902: 343-347; pl.2, fig,3 ; 
pl.e, fig. 20-31 
1}E t '.; r n e tis f 1 os eu 1 i for n: ··: a t z 1 , 1 9 2 2 : 3 O- /1 5, fig • 2 - 5 • 
fl h \. 1 ~-;1 e t :i ~J r r "'':! t ~ '< +. :::-. : 
... 
Corrc.3,, ., "",,.. ,. .L ::·o ~; 25-90, 
Oól i ~ & Prcslorcr~vo , 1973:6-7 
fig.4 
1,_h :,:) l ..:.l :: ti~ r r ~~ 1 :t::U >~~u i :.' u lJ o , l S17 ti : 4 G- 51, fig. 6 
, 
31 
Oa~0 bom dosenvolvida, com 4cm de diâmotro, 
qunso sempro um pouco mais larga quo o parto prcxirnal dn 
colun~, 11;0 fc.cter.anto 
irregular udaptondo-~o 
scmpro sob aroia, cor 
ade ron ta, do cc)ntr-rn o circulor 
~5 irrogularidodos do s~b3trato, 
esbrenruiçorlo ou acin:ontado, ... 
trensporonto, permitindo a ob~arv~çao ~as quarenta o 
oito linhas aver~olhbdas, corrospondentcs ~ intersecç~o 
, . 
basal dos rn0senter10s,que produ zem outr as tantns franjas 
no bordo da basa. Coluna longa, cil!ndrica , grandomente 
, distensiveJ~ otingindo doze centimetros de comprimente, , ... . , 
o quntro centimotroe de dia~otro; cor variavol: parte 
inferior 1J_~;a ; goralment.e cinz a-clar o transparento. a a 
distal, r~sea ou cinza-rosado, tarnb;m transparente a 
permitindo a observaç;o das linhas de i~tarsccçio 
, 
mos o :,teri al; com quarenta e oi to seriss l ongi tud inais de 
, " ' ... ,,.. 
verrug as e :n n uí:le: r o vo.r ia\Jo 1, ns 'lua.is estno f irr.~e1r:e"lt3 
adoridos frag1;1entos de conchns e rochas ( r;uc camuflam o 
, t ' animal quando no ambiente, com os tontaculos retraidOSJ• 
~a margem,nci~a das vorrugas,hi um colarinho constitu!do 
por quarenta o oito s;ries radiais de esf~rulas 
margínni:J 11odificada~ 
, 
a forraadas da peque nas vosiculas, 
goral~onto coLl altern~ ncia entre vinto o quutro s;ries 
mais claras o vinto e quntro s~rios mais escurns, a cor 
, . 1 ' vari ando do verde a roseo-acin:ontada ou c1n1a-c nra, as 
, 
vezes .ainda um vcrde-pardac0nto 8irnctico ao su~strato;as 
f - , 
vo~iculos de col (. rinhc.i SüO porfuri:!d:is o atruvc3 delas o 
, 
anir:ial elimino ngue çiunndo tocado, ' a r· . .cdida que sa 
· contrai, antas do a coluna dosa~aro~er sob o substrato. 
, . 
series de osf~rulos 111arginais corro:JjJOr~dcm QS sÓrie5 
de vcrru9~s da coluna; 
totnl~unto cnturrada 
a ~~rto prnximal da coluna fica 
oroia o a superior ~ob o 
,. 
colarinho quo,cxpnndido,fica ao nivol do fundo, om formo 
do um disco achatado a circular de até oi to conti•n0tros 
32 
do di~motr o e com os tont~culo3 qu3so sempre totolmonto , , . . 
retra1dos se expostos nas moros mais baixas; fossa 
rclatiuamonte profunda entra o colarinho e os tont~culos 
#' 
do ciclo mais cxt~rn o. Quarento o oito tantoculos do cor 
, 
rosca ou vordo-cl a ra, gornlr:ionto tran3parentes e cem 
manchas ovais esbranquiçadas na foca oral; rolntivamonto 
curtos, c;nicos, nontiogudos o si ~plo s, ~iJtribu{dos orn 
quatrc• ciclo3 ( 6-G- 12-24) · (J com ccmprime!')to máx imo do 
r um centime tro e moi o. Disco oral estreito. poqueno, nu. 
, 
da cor rosea ou cinza-clara, tendo ao centro a pequena 
A A f 
boca circular, diametro de tres centim0tros. 
Dois profundos sifonÓglifos, aos quais estao 
fixados os dois parCJS d0 diretivos, vinte u dois paros 
do 
, ,. 
m030ntarin s ordinariosf dez p~rf8itos e do~e 
imperfeitos, simotrico.:.1onte presos 
... . 
a p~rodo frnnJada dn 
soí, dO que, ao ni ve l m~di o desta. os do ze 
paros de i mparfoitos sa soltam o apresentam os bor dos 
livres, cora ccrd;o triplo , at~ se tornare~ filamentds 
simples na 
de$up:irecerom 
disco pedioso. 
parte inferior da actinofaringo 
um pouco acima do ponto da fixaçno 
E) · 
no 
CARACTERÍSTICAS HIJ~OLÓGICAS 
, 
Esfincte r endod crm ico forte, circunscrito, -oval cn ao çco tran3v~rs~1. situado na rasa fossa entro 
ns csf[rulns m:::t rgin:Ji~ do col::lrlnho e os to n~ ;culos do 
~ltirno ciclo (fig . llof). 
r ~~culos retratorus 
(Fig. 12d). 
r0stritos e f ::-rtos 
33 
f ~sculo3 ~arioto-bosilares bom do Jon volvidos. 
form ~ndo " na p~rto sup e rior da coluna uma plataform3 
ostreita, espc~3~ , bom distinta, voltada pora o oposto 
dos rotrntoros mc:::.cnto ri ais . torn~:rnd o-so mais largos e 
lilOiG_ f in s on di r oç'ã o ao disco podalº (CCR~Ê,\ ,19 64:88 ·), 
o quo cc r ros ponde ~s noss as obsorvaç~es (fig. 12 pb). 
i~ ~rlos b~siloros bom dosenvolv_i don em am ba5 as faces 
do3\mcscnto:ios. _, 
~ ffiusc ulo s circulares endodormicos da coluna bem 
desenvolvi dos. O disco oral . apresenta, igualmente 
, , 
dosanvolvidos,rnusculos onda e octodormicos, partindo .da 
rnesogléa (moso-en do d;rmicos e meso-ectodérmicos). 
í l~scul os l ong i tu dinais dos ten tâ.cul os 
f orte1:1ento desen volvidos. Suo epidcrmo apresenta -se 
profund 81íl.:i nte progueada~ dando ao 
, 
microscopio 
-iQprossao de apro~entnr faixas urticantes. 
As pcrfuraç ~es das esf6rulas aarginai s dó 
.. • f - • '\ -coiorinho ~Tig. 13J nno foram ob~ or vad as am nenhuma 
lâ mi r,a , e mbora visive is ao olho nu om alguns oxor.ipl a res, 
em aq~ário; as esf~rulas apresen tam basitricos em peque-
, 
no nurn0ro ospolhados pelo epido rme, mais larga que a 
" mcso2loa, aqui bastante e ~trcita. 
As verru9as da pa rto distal da coluna se 
asse mo lh am a ventes as, pos su indo u ma depressão cen tral 
( fig.14); S30 form adas por cvagi n nçÕes da m~sog l~a e 
, 
opre f'9 nt,m naior r.umoro d e. nematocistos na epiderme . 
l ate ral o, principa~monto, na q uo rovoste a de pressão' 
, # A 
Ci:!ntral; 
l,l UCOSas . 
n:i oxtrc1.:idodo ~ h a maior nu mero de glandulas 
O ondodorma apresenta-as, na parte supe rior' 
. , , 
da c ol unJ o no disco oral e tentnculos, com ornndo numara 
de zcoxnntolo~ . 
Esp ir e- e i::; to:., 
r.i.:,stig~fcro::. . 
, 
mic r cbo::.icos p -
OL,TIUUUI�O E Dli: E:!J�tl�s Dr.3 r.'E t\TOCI:>TflS 
(Segundo CCf�:fÊA ( 1964: 09), 
, ' 
referontos os vorrugos). 
Tentcculos 
Espirocistos 
Oas!tricos 
Colorinho 
Oasitricos 
Coluna 
Oasitricos 
Vorrugas 
Bnsitricos 
Actinofaringe 
3ositricos 
inicrOb.J.sicos 
p-mastigofcros
Filamsntos 
Oas·itricos 
í.!icrobasicos 
. , p-nastigoforos
�IST�IOUI�O GEOGR�fICA 
13,3 - 25,8
10,8 - 27,2
8,1 - 3,6
12,2 - 19,0
lC,O - 16,S
17.6 - 32,6
23,1 - 2s,e
lD,8 - 40,8
21,7 - 24,4
-
com excoçoo 
1, :1 - 2,7 j>-
1,3 - 2,7 )>-
1,3 - 2,7 f'
2,0 - 2, 1 r
1, 5 ,.. 
2, (1 r
2,0 - 2,7 
r
5,4 - 6,8 /
2,0 - 4,0 
y
4,0 - 5,4 
r
34 
das 
Curaçao, Bormudas, Bahamas, Cuba, Jamaica, 
Haiti, Guadoloupo, Borbados. P.rnsil (con,IÊA,1964).Sra::.ili 
Oahia - Praia do forol do Itap�â. Prãia da Pitubo, Pr?ia 
do Cndina, Praia do nugnrin, Solvador (�uriE, 1974) ; 
Espiri to Sar.tc - ,1racr'JZ (GEL t,. � F�i:.SLEf: Cíl,,VO, 1973) ; 
ílio do Janoiro (D,�tli,, 1845): f-raia da Ooa Viagom�Mit0rÓi.; 
llnu da haranbaia; s;o Paulo - Praia do Itagui a Enseada 
do flancngo (Ub3tuba), Praia de ScgrÔdo (São Sobostino) 
o Ilh;:1 d3 Santo ;,maro (Cíl�?í.2l\, 1954)�
3 5 
Cü.~[.tV; çC.:..:i OIO-CC1L6GICt'\S 
!:• prnotoxta foi encontrada em toda a extensão 
d~ Praia. do riloto, fixar,rlc-::.e n.{ sobre algas co.lcár i as, 
; 
scixoc o lil ocN, uo · 1 2.dro p orar i n:. rr. or tos entor rad os na 
o:reiu, entro grnnc'C'.s blocos do concreção lirnonitica, ou 
A • I 
entro colonias do Zcantideos vordos. SeQpre cem o coluna 
totalmente ontcrroda no. areia, o disco sobre o substra 
to mo~tra cponas as esf~rulns marginais, o cclarinho.poi.s 
, - I' , 
cs tentaculos geralmente estao retraidos durante a more 
va . ante.Cor.io se fixa 9er ê J. r.1e r,te em lugares bem 
: protrJç:iidri~~ sua col et1" aauifai bo~taritC? dificil. 
~ 
Apos as 
ressacas de agôsto de 1973, sua população diminuiu 
sensivelmente, tendo finalmente se extinguido no trecho 
; , 
logo atras do Laborntcrio de Oiolcgia r.:arinha, onda 
ocorreu grande depo5ição de nreia. 
, ' 
~:a praia proxima él d3sembocorlura do r.io Preto, 
fcrar.·, t:H,t:Cií'LT.'fHJus er,: fendas, entre gra .-i des blocos de 
cC1ncreçÕo limoniticn ou ont.re e:,st0s e, nesse caso, 
fixadas sobre ª!Qila caolinica que reveste a areia nasta 
,.. . 
rcgiao, e q.ue , emboi' a a cC'luna ostoja norr:rn.l mente 
, 
er1t c..: rr.::i dat tcrnn nH:.iG f ,1cil sun coleta. e --.,er,1p,~o no í.laso-
litoral. 
~; ,,TLL ( 1s:::2:<H'-/1l), C!x a::iir.nrido o o~;f:i.nctor de 
seis exe npl ares de ~tcr.:'.c ti s f 1 os cu) i fc rn ( Losu e ur 1 ) 617) 
, ~ 
o::q. ocio hoje trar.sferida pnra o Gonoro I.hs]J_?_ci-.i.E_ 
encontrou 
cxtrcDn v~r i nç;c indivijunl que elo Dcsmo atribuiu, em 
p ~:ri..o , ac gnrndo grnu ::Jo contr.içuo o o.crcsco11tou: " de 
um ~ado goral, o ~~finctcr ~ uifuso, difu~c-circunscrito 
a ligcirur.~a nta circunscrito, na maioriri dos 
um a n{tido haste comum, 25 lamelas via de 
- , 
vo :-os nno ha 
36 
pouco ra;,ificadas mas, con frequÔr1ciu, so onootomosom • 
, , 
Em olguni:l c osas , uma pnrto do musculo anular o 
, 
clern010nto circunJcri .... o cu ato todo o esfinctor, em 
corte tronsvorsol, ; dosonvolvido era forma do arlusto.~. 
G,'\TZL (1S'22: !10 - til, figs. 2 - 5) n1 ro~ontou ont~o qua-
tro figures com os difero11t.0s aspGctos do asfinctor 
que o:;n,cr vcu. CC::.t:1 (1S'64: 9C), ccnsid0rcu ost;:i e outras 
v ~riuçÕ o s oncontraJ~s nu coscri çÜo do. 
insignificantes concluindo: nrunto quanto so pode 
dadu~ir •••• todo o material do Atl5ntico ílosta Tropical .. , ( ,. 
pertence a mcsna ospecie" CORílEA, 1964: gu). 
, , . 
Pnra noa, f• eraetcxta foi a c~poc1a mnis 
difÍcil de proporcionur boas prepnrnç~os para histologia 
reagir.do mal aos anent~sicos; por outro lado, a 
localização do e0fincter nü rasa fossa,entre o colarinho 
e os tont~culos do Último ciclo, exige quo estas -preparaçoes sejam feitas con o animal bem distendida, o 
, ~ 
~uc nc~ se~prc so conso g uc. Porem, en todas as laminas 
feita9, da quat r o blocos distintos e com exemplares em 
diferentes estndos de contração ou distensão,o esfincter 
se mcstrou circunscrito, apenas mais facilmente 
obs31·v~vel nas l nmi nas do bloco de onde fiz emos O desenho 
(fig. 11), quo so assome]hn b:Jstante ao feito por lilATZL 
(1922, fig. 4). 
.. . r . Do vi do a cc~plicada s1non1m1a, rosult. nnte 
, , 
nuitos vc:os ele cJÓscriçrco incc r.tplota s, a especie ja foi 
• , A I • 
colocada er.1 vo.rios G,cH,oros e con vari.os no r.ios diforontos. 
C.u,: .. :H (1S'J4: L:5-S' L) .C..:cnot,,h,c:..u-a í' hvllGctis CC'nch ilega 
( Luch u~s.:i.ing ,, ;. ic:holott~, lOGr), por s:;r ent...i a 
dost9naçoo mais cn,hecido na bibJio9rafia ( CO l~i1Ê i'l., 
l S64 : cs). üll ~ .. & f<iCJL::::·:c::. c1VO (1S7 3 : 6) optc::ram po lo 
rest~b o loci Go n t o do prioridada, n r-esar dns 
r . possivois 
objoçcos à dcscri ~ao . originul, donor.,inan do-n 
.Ebl'._J.1<lE'.:..ti~ rranh1>:t_~ ( Do11 a, 1046) ;osto procadi r ento foi 
ncoito :~o r Dll''E (1~74: 46-50), que ocrcsccnt.ou: 
1 
\ 
37 
, 
"Provuvelrno,~ta as damnis cspocies do Coribo, 
flo~_liforn Lesuour, 1017 (Cahcmns, 8 ormudns, St. 
Thomas), ,e.. fo~G-9_ Duchass ning . 1C5C (Guodeloupc) e E..:,. 
.Ll• d i a tu D u e • tt L. i eh • , l O 61 ( I n d i os e e i d o n to is ) , ( e ar 1 g r e n 
1 S t~ 9 , p • 6 7 ) 9 ::> ã o e e, o s p e: e i f i e o :J e o m r_ • Dr n e te ;,s if!" ( D U G E , 
1974: 50). r;o.Jsos obs0rvuçÕos histolé1gicns nos f a70r:i cror 
, , . 
tnnbo;-;i na sinoni1:iia ctir:i í\:::.t :~rictis oxn\!.!1§..Q Duorc0n,19G2. 
i\ de se r iç';o or ig inol de D,\i, /,( 1646) fcil bose ada 
ern e>:er:iplaros do ílio de Jonoirc, coLJtaclcs entre Praia 
Gr8.ndc e Santa Cruz. Em no~sas col et.:.1s ncis diferentes 
pontos do li torol do ílio de Janoiro, somente 
rc oncontr an:os 12· _Qr no t.::: ~~ nc sorrente ema$ um exemplar 
na Praia da Goa Vi agem ,. r,;i t créi , e outro na Ilha da 
l1i ara;:ibaia. 
Foram oxa~ inndos vinte e tr;s exemplares de 
Aracruz, ES., doo seguintes locnlidodos: Pr aia do Piloto 
- Cal. Cnid., ;~: : nts ir, 11, lti-17 .. 32, 40; Cal. Cnid. DZ 
, " 
n is 2322 , 23:23. :~rni n pro;.;i11i:.: a dcso~.; bC'caciura de Rio 
Freto - Col. Cnid . r r: nl's 12, 13, 33 ; Col. Cnid. DZ nis 
2321, 2324-2326. íls de~3is exemplares forBm utiliz ados 
para dissecar;:ces er:r0p:1roçÕes para hi stcJ.ogia . 
38 
F nmi 1 i n li fi · r•STI CH/\r·; n11 '.:>11E Carlg ren . 19 00 
ThonJria ( Endcrr.yaria) com base bem 
desenvolvida.. Coluna lisa, com a parte distal um tonto 
dobrada.- Esfinctor restrito muito fraco. 
, 
Tentocul os 
todos idÔnticos, simples e curtos 1 radial~ente dispostos 
tan to sobrbl o s nndoco los quanto sobre os 
L e se r, t; r i os por f o i tos nu r.i, . r ~ s os • 
r'lX o cal os·. 
Gên oro Homostich anthus Duerden, 1900 
~~ticJ.~hus Du2Jrdon, 1900: 1G6 
HoLlosti ch anthus:Carlgren, 1949: 72 
Hornostichanthidne com coluna muito alongada e 
parte distal muito do broda . : .argem mnis ou menos 
L, r e nu) ... uJ o , f os~; d 1-i u que nu , e s f .i r 1 e ter m u i t. o f r a e o r e s t r i to, 
, 
com nu rio rc~;os t;osit:r icos cm sua extremidade, dispostos 
,,. 
e,n u ma unica fila sobro cada and o ou oxo celo;mus culatura 
, 
lt:'n g i tud i na l ectcdcrm i.ca. J rii s si f on Óg li f os bem 
dos t: nvolvidos., r;umo rc ::; os p aras do mcscnt;rics perfeitos 
, 
c em r c: tr.:;toros difu::;c n. ; usculos pcirieto-basila r os boi;, 
doscnvG)vi d cs. Todos cs ~cs0nt~rios fortes s;o f~rtefu. 
,,. 
Ccnsid or o.velr.1cntc mais r.wsentorios dis t.il que prcxi1,1 ü.l -
monte~ 
CidJL .. H: Espirocistos, Basitricos . i1i crob~sicos p -
,. 
ma!Jti(Jof rr os. 
~stich,<:1"":__thl!~- cluerdo ni Car) g ren, 19()0 
(Figs. 15-22; 26-27} 
.!J~o_:!_:ich:rnthus duordeni Cé:rlgren, 1900: 117 
.!:i• nucrdcni.1. Cc.rl9::-on , 1~49: 72 
39 
Stcichnctj._~ ho1innth~~: GolÓr.i t ... Proslcrcravo, 19í3: 9-11 
fig.5-7. 
Hc r-, cst.ict-úrnthus rlucrdcni: Corrôn, 1973: 463, fig.ti 
Onse bem adnront.e quando em substrato duro 
podendo -f.i.x::lr-sc em fragmentas de rochns · ou conchas 
enterradas na areia,quando entio a ader~ncia ~ menor, um 
pouco mais larga que o limbo, do contorno circular 
, 
irregular e cor rcsoa clara transparente; diâmetro do 
limbQ de at; cinco centfnatrcs. Colunn elongada, 
, , 
cilindrica,extremuraonte distonsivel, entorrada na areia, 
alargando-se extraorclinnriame11re na purte distol para 
suportar o disco oralt 
f 
atingindo quinze centimctros de 
comprimento, de cor 
prateada nü sup0rior, 
roaa na parte inferior a cinza 
sob o disco oral; transparenta 7 
sobretudo di$talmcnte , permitindo a obso!:'voçuo das 
linhas d0 i:1torsocção mesentoriol. r,a narr;:or.1. 0r.1 cadu 
,. , ... 
espaço corresponJento nos exocelos, ha una serio de tros 
, 
esforulas riarginais, claras~ transparentas, achatadas e 
OVGis, t.;o 
outras orn 
fixados 
, , 
prcximas quu so so terna~ distintas uGas dos 
# 
dnimnis bor.1 distendidos cm o.quario, pcis nos 
Alguns 
U>(C:J i1pl:ircs albinos fC'r;).r.1 ,rncontr3dos na f'roia cio Piloto, 
o. p ,, ri u 3 l o g o u p ; s o p a ri o d o d D r e s s o e; 1 3 n o l i to r n 1 d o 
, r.icr-uz. 
Disco oral nchutQdo, grnndo1.1onto ost., ndido , 
podendo ntinuir c;uin7o co nti •n atroo do do 
contorno circular ( nos o~r: :,1;-:i) aros monoros ) ou, 
principal monta frurijudo, 
40 
sobro o fundo marinho o que,o m 
, . 
oqunrio podo dobror-so :Jcllro o colu nn , ou p o.rn dontr o 
(se m rctraç~o,pcr~m), pansundo por proguoo~antos maiorcc 
ou non aros , confo ~~o o grou do dl!itonção dn coluna, 
, 
t :1rnl1u,il inc.r .L volmento 
, ,., 
vnrinvul e,o uqu.1rio; cor verde-
oliva, ou ve rdu-cl or a, ve rdc-pardaco nta ou parda:::o nt o -
oscuru; pori::,toma prcomincnto da rnos1.16 ccr do disco_, 
circundcrndo o boca ovnl ou circular, do_ lc::.bios G,norolados 
ou de um vivo oscarlato . 
J\ r,inior pnrto do disco. excetuando-ao a pêl.rte 
contral nua, 
, r . , 
e recoberta pelas numo ros1.ss1mos series 
radiais · 
, 
do tontac11l os~ oue SP. inici a ~ ciíferontes 
distuncins do puri8toma. -l~ossa::, obsorvoçcos confere m 
perfeitai:,3nto com o.s 
spocirnons no serial 
longths of t.ho inner 
do DU[i;l)[[J ( 1900) : "ln lar ge 
ordor is obvious in regard to tho 
rcws, but three or four crdors con 
bo muda out in young spccir:ians. P.Jryphorally , tro 
~.ontaclos are so closcly arra~gcd that cnc slight 
cc:n tr ncti on of tho p olyp s tllo :1r:iices pr ~rns ono ag ai ns t. 
tho other 't:---o ~a a polygornl a utl ine and scmotimoo moro tlnn 
one corn ':lunicato w:..th n r:.::isontcrial ch.:vnb:3r . 11 Em cecia uma 
, 
rie!ls~o scric•s e:<"tornns crntni..cs do oito a do:.-o .. 
t'.JíY'.:;:\CUl C S • 
Tont[cul~ s curtos,digitiformas ou ligoir amen to - , cnpita~ os, ccnfc~~c a pros5ao rla ngua em seu intorior;e~ 
ccn 2sp~ ctc do vcrrug ~s ou bot~as; cor 
VJric r do do va~do no n~nrolo, poaJando pelo pardacento, 
n e rnc ::a.o, co e c,·.pr i1i1anto 
,. 
ncximo, qunr. de tct.ilncnt0 uisto:1didcs. díl u m r c o ri t1r:1etro; 
uotôdcs do grnndo pcdcr de 3dosao . 
ol· ~,a.:-v:.!r~c ., ; 
si f r.pé :;li fr ,3 , 
l~O 
2. [ '...; 
- r ...J 
r: ,1irrcs , contr.:1ri3ndo 
n 1 . t 7 r ir r o::. , e:, e n r: t r: . ·: r ~l 
'''"''-,m "-"11-111 
- A ,-.. 1~ + .. ..._"" .,a.. , ... ,...,n ____ ,.. 
1._,. 1 1 V \.A V u l. U - t.J 1,,.L J.,, U W 
três 
dG 
dirotivos; nos menores, dois pares 
diretivos. o n�m�ro e a disposição 
. , . bastanto var1ave1s, embora arn corte 
de sifonÓglifos 
mesantariais 
transversal, 
41 
e da 
sao 
ao 
t n ivel da actinofaringe e em exemplares jovens, se 
encontre a disposição hexâ�era comum, em quatro ciclos. 
, , 
. 
Ocorre, porem,que os septos mesantoricos se desonvolvem 
de cima para baixo, observando�se, em dissecção 
, , 
. longitudinal completa, uia grande numero de mensenterios 
�enas iniciando seu desenvolvimento a partir do disco 
, • # 
oral, o que explica o numero muito maior de tentaculos 
nesta regiao. Num dos maiores exemplaras, contamos 
, 
trinta e seis pares de mesenterios perfeitos, pertencentes 
aos dois primeiros ciclos, cem os do segundo ciclo se 
destacando da actinofaringe antes que os do primairo; 
quarenta o seis pares de imperfeitos maiores (terceiro 
ciclo) e cinquenta e seis·pares de imperfeitos menores, 
, , 
algun3 ainda sem filamentos.mesenterios farteis a partir 
do primeiro ciclo nos mais desenvolvidos mosent�rioa. 
CARACTERÍSTICAS HISTOLÔGICAS 
, , 
O osfinctar endodermico e restrito e fraco,· 
muito pequeno em relação ao , . tamanho que a especie pode 
atingir (Fig.15 of). 
Cs retratores são longos, difusos (fig. 17), 
ccra:1çapdo abruptamE:rnta a se estendendo pela maior parte
, 
do QD3entorio termina�do gradualmente. 
ílusculos pariste-basilares bem dGsenvolvidos, 
, , porem fracos, om ambas as faces de cada mesanterio,
desenvolvendo-se melhor 
r�tratoros (Fig.17 pb). 
pororn na face opost.a a dos 
�usculcs ba3il�res bem desenvolvidos em ambas 
os faces dos mesantérios (fig. 19 b). 
Todo o endoderma ou gastroderma apresenta 
, , 
zoox�ntelas numorcsissimas nos tentaculos, di3cc oral a 
42 
parte superior da coluna, decrescendo em diraçio � parte 
proxir.ial até, finalmente, desaparecerem no ·disco pedioso. 
(fig. 19 dp). 
A epiderme do disco pedioso 
# 
e 
, 
caractori3ticamante muito mais rica em celulas-suporte 
quo em glândulas. A epiderme dos tentáculos aprssenta, 
ocialoento na extroiida�a. uma enorme ·quantidade de 
atocistos, príncipalmenta basit�icos. (fig. 18 e�n). 
A musculatura lcngitudi�al dos tentaculos 
( fig. me) 
, , 
18 e ectodermica, assim como a radial do 
disco oral. 
As 
,
esferulas marginais (fig.20) e.presentam 
,,.
tambem um 
, 
numero maior de basitrico a · 
... 
tem a 
, ,
e�iderme mais delgada que a dos tentaculos, porem ligai-
ramente mais espessa, assim como 
parte distal da coluna (fig. 21), 
, 
a mesogleai que a da 
nematocistcs e ainda bem mennr. A 
, 
onde o numero 
parede da coluna, 
de 
na
parte proxinal � bem mais espessa, em suas tr;s camadas, 
, 
que a diotal. Em toda a ccluna, os musculos circulares 
, -
endodormicos sao be� desenvolvidos. 
C�;ID0i11A: Espirccistos, 
. , mastigofcros. 
Basit:-icos 
DISTHI0UIÇ::ÍO E í;iê:DlDi\ DOS f-�i:]:;AT0CISTC1S 
Ten tricul os 
Espirociotcs 10,0 - 28,0 
'"' f t . ti8Sl. ric;os 18,0 - 39,0 
Coluna 
, 
Basitricos 1r.,o - 13,0 
,
Esforulas margin.;.1is 
Espirocistos 22,0 - 35,0
Basitricos 27,0 - 33,7 
,
e �icrobasicos p-
1,4 - 2,8 t-
1,6 - 2,1 f-
1,2 - 1,4 r 
2,0 - 2,2 
r
2,1 - 2.5
i 
Actinof aringa 
Basi t ric os 
r. ;i c robns icos 
. , 
p-mast1.gofor os 
Fi l amentos 
, 
8asitric os 
'' T ,- T; ) I " U I ~ ~ " G ;:· C· .- P r F l -~ A i.J.l:.l ,, ._, l,,, nU L. ·LJ,u-1. ~ 
25,0 -
2 2 , 0 -
1 0,0 -
43 
3 0 , 0 1,4 - 1,6 / 
31. 3 2, 6 - 3,7 f' 
27,0 0 , 8 - 1 , 2 ~ 
~ -Jamaica, UJest I n d i an ( CA:1LGRElJ~ 1 94 9: 72 ); 
Oras:i.l: Aracruz -ES ( cornÊA, 1973: · 4 63 -466) . 
CC3~RVAÇEES 810-ECOLÔGICAS 
,,. 
Homostíchanthus duerg_crni e encontrada sempre 
com a coluna totalmente enterrada na areia e com o rl isco 
1·epCLJ8êndo sobre o fundó marinho, or a sobressaindo, ora 
mimeticamonte senrnlha ,,te a este, entre algns, clgas 
, , -
calcarios, Zoantideos e ~adreporarios em toda a extensao 
da Praia do Piloto, na porte inferior de raaso-litoral e 
, 
sonpre eQ lugares cndo poças de moras per monocem, mesmo 
durenta as marfs mais baixas. ~o trecho logo atr~s ao 
, -
Laboratcrio da Biologia ~a rinha,a populaçao se extinguiu 
t .. 1 ' ' ' · r · d f\ ... t d 1°73 o ., 2, men-ca apos as ressacas ao 1.n1.cio D "gos o e .,. , 
devido à ccntinua cepcsiçao ce are ia,mas por outro lado, 
-direçao ao sul . Er.ibora ser:i h;.:iit.os 
greg ~rio~ , nos trechos om que ; enccntrada, h; sempre 
, . . d. , l varies in 1.vicu os. 
Excnplares trc:rns;:Jortadcs vivos para o Rio de 
Janeiro resistiram 
.. 
a viage~ ~as nao se readaptaram ao 
, 
:c~du;-it id o extrctu.cd.i.ria-
riu e rn;Jido :il c r, tc da -tc::i s.nho: or.: quatro dias,ur.: exem -
plar tinha um terço do seu tõ.r:.,:rnho original, o::: bora 
co ,;1phl tamente d is tendido; o_bS i;; r vam 03 então que todo o 
seu mot obc li~~c hovia dimi nui do ~ so ~d c fr aca a r osp oste 
~ r,c-~+.f n-11 1~ r. ~ rfl- , ,-...~~-;.; ,-.'"' .._-.. r, ;,r "I"'~ ~ .... f_,,,, __ ...,. ., , J <' 
....... ------··- ... · -- ., .... _, __ ,, ..,...._., , _, -· ·· 1.J'-- •\.. ' ~ ... , ...... "''-"'--.Lg""'uC"-' 
dos to nt~c ulos porn,anecosse pr c:1ticnmente inal t o rada. 
üI S CUSSÃO 
De acÔrdo com CCíli~Ê;"\ ( 1~73: 4G6)~"a sinonimia 
,. . , , 
da especie e algo conplicadas assim como sua historia •• • 
Ela tem sido confundida com cutra esp~cie . caraibica, 
Stcic_hactis helianthus ( Ellis, 1767 )". Ci'\RLGREN(1949: 
( 72) colo(t().J-·aer,1 sinonirr:ia com Di1>cosoma Du chasf:aing,185C:,. 
1
\ 1.i..o;-1 csti~h ~nthus .§.C.._en cn e. Duerden, 1898., -~, . provav~ln:e r:te, · 
~m ~fJJ:.i! 2ner:1 cr.e Ell1.s, 1767 e B.ç_t1.n:i--..2 dent1.culcsa, 
Le5uru:r., 1817. 
'8'- L~,·- Y_ c:;:,ccl,..."Cr.'1 VO (1º73• 0 -11'\ C. L-tl, 0: 1- 1\L-.:J t:..H l\r\ . ., • ~ - - j citEiram o 
mat:;:rial de Aracruz como Stcichc:1ctis .tlQ_J,..i.fü,_tjlu~ (Ellis 1 
1767), ocorr~ncia nova p3ra o erasil, uma vez que 
.., 
nao 
, 
tinham podido realizar uma serie apropriada de 
- , -preparaçces histclogicas e por nao aceit~rem como 
conclusivas os diforenças regis tradas por DUEílDCN (19r0) 
, 
que rc~~izc~ um nct~vcl estuda das duas 
, ' espocies, 
, 
ch:J. r.mndo a especie era eQ estudo, de H om c.§._i;,i e ha n thu..§. 
.,,. 
3!.P~.Q~ porem resumiu as dif r.: renças pr. in cipais no 
seguinte quadro: 
"Stoichactishelianthus .-.. ·-- -·---- .... - ----..-.---
, 
- Pclipos frcquenteLlente 
associados 
-Colunn curta, em forma 
de taça, ver:ru cosa, 
geralmente não embebi-
da, pequeno poder 
retra::;-ão 
-Disco achatacio;um 
de 
ci 
)~s alternando com cs 
C.:oms.is ciclos 
~Ccnsi cna:r.: c ntc, 
, 
- (lclipos esptilhados 
~ 1 -, • .. I • • 
-L.C un a .1. ong a, ci.c1.rwr1;, 
,_, 
ca,nao verrucosa, ge-
ralmente ccmpletamen-
e nterreda . c apaz ée con, 
sid ar~vel retraç~o 
. , 
-Disco sinucso;una se-
ri e. de C:8rca rle 
, 
ciclos do tentnculos, 
, 
ccnstituinrlo una se -
ria extorna distinta 
. - .,. 
C"II-, 1 - r ,.-.. n -
._,,. 1 '- 1 1 \,,,O --
45 
, 
-Cor dos tcnt;3culcs princi -Cor dos tont;~ulos ver 
do esmeralda brilhante 
com manches brancas o 
pacas e marrcns;as co 
res fcrtes mudam rapi-
damente de in ten sida:l.:!'1 · 
palmante amarelo esverdo~ 
do, co r.: r-1õn chns brancos e 
escuras, sem r~pida veria 
ção de intensidade 
( A ocioriê desses caracteres, entretanto, nos 
~areceu in suficiente para cõr acte rizar bem cs exe r.i pJ.ares 
d&-- ;-.racruz. Vojamos: 
For ma da coluna - os exemplares jovens. tao 
logo dastacados de substrato, apresentam 
os rn~iores, todos, a coluna longa e 
fcrma de taça e 
· 1 r d . cJ. ir, rica. Em 
as 
, . 
aquar10, independe nte mente do tamanho, observamos 
, , . 
duas e todas as intermediarias passi veis, resultantes de 
diferentes graus de crntrcçio e da movimentos da coluna. 
, 
" 11 verrucosa mas ap:resenta esfarulac em 
grupo ~e tr;s, junto a margem. O disco achatado e 
circular 
, 
a encontrado nos menores exemplares 
extremamente sinuoso,nos maiores. Em aquário,sem o apoio 
do 1- t t t . . ..., , . suos .ra o, passam por oaas GS variaçoes passiveis -
do brcm-~e para baixo, para cima~ para dentro, embora sem 
retração. 
Poda haver dois ou tr;s sifon6glifos, com seus 
respectivos rli:r8tivos 1 r.'n is u ma ve:· de acordo com o 
tamanho maior ou menor do exemplar. 
A ccr dos t Dntic ulos nunca atinge o verde-
osmoralda, rnas ve~ia rEpidamente de tonalid ade, 
, . 
espociGlmente em aquario. 
, , ( ~pesar disso . porem, o proprio DUE~DEN 1900) 
apresentou um ciudo , aqui funda~entol, para distinç~o das 
, 
duas especies, ao ro aliz8r a histologia completa de 
, 
arnbc.s. r!a p~gina 170, 8$creveu: ••• 11 Considerin9 the 
r.1.:.9nitudo ;.,ttcincd by the polyps, the sphinctor muscle 
is remarkably fcoble. The fib0rs are arranged on a few, 
narrem~ branc~ing mesogloal procoosos clovclnped fcr some 
46 
little distance a long the apex of the column-wall,the 
whole being intermed iate in forrn between a circunscribed 
muscle, such as that of Stcichactis, anda diffuse 
sphincter, as in Corynactisº (DUE RDEN, 1900: 170). Ora, 
todas 35 observaç~es que fizemos sabre a histologia dos 
exemplares de ~racruz , c cnferem com as de DUERDEN(l9CO), 
especialmente as que se referem ao esfincter (fig. 15) 
restrito e fraco, completamente diferente do esfíncter 
fori..~ e circunscrito de S t_çj._chactis J,e l ie.nthus ( E l lis, 
1967) caro.cter:i5tico,ali.Ís,do gênero Stoichectis ·Haddon, 
898. 
Quanto ao exemplar albinot ilustrado em BEL{m 
& PRESLERC~~VO (1~73 1 fi g. 6) a Ora. Diva Diniz Corr~a, 
em carta de 22 de cutubro de 1974, sugeriu-nos a 
à 
possibilidade de pertencer ao genero Ac~inoporus -Duchassaing, 1850. Embora nao tenhamos aberto o exemplar 
por ser o ~nico em nossa coleç;o, nio encontramos nele 
nit~1 n,,~,. .. "1----~--· 
, 
caractaristica externa nos permitisse 
diferenci.~-lo do .tlo _duerder_i," com exceçã.o da , ausência 
quase total de cor ( mantida numa estreita faixa do disco 
oral) e muito menos de incluf-lo em ftctinogorus 
Duchassain 1850. Os exemplares albinos, em . pequeno 
, 
numero foram encontrados apenas na Praia ~o Piloto, ap6s 
a ressaca do infcio da Ag~sto de 19?3, quando houva - , grande deposiçao de areia sobre varios pontos do litoral 
extinguinco, inclusive. a população do tr8cho situado 
logo atr~s do Laborat6rio de Biologia marinha do ruseu 
L1ell o-Luitno .. 
DUBE (1974: 2 - 4) apresentou longa discussm 
sobre a indicaç;o de BEL~ffi & PRESLERCRAVO (1973: 9-11) 
ao considerarem o material de ~racruz como Stcichactis 
h e 1 ia n t ~,!.?, ( E 11 is , 1? 6 7 ) • f.\creài tamos estar agora 
completamente elucidado o problemaº 
47 
mATERIAL EXA ffi lNA DO E LOCALIDAJES 
Forêm examinados vinte e cinco exemplares 
coletados em Santa Cruz, Arecruz, ES., todos na Praia do 
Piloto: Col. Cnid~ nts 14-17, 35-37, 41; Cal. Cnid. DZ 
ncs 215~, 2156, 2157. Os demais foram utilizados ~ra 
dissecaç~o e prepa r aç~es para histologi8. 
48 
e o N e L u s ~ E s 
, . 
No presenta estudo das es~ecies de Actiniaria, 
o uso de tçcnicas histolÓgicas constituiu um bom 
, . , 
acessorio ao ccnjunto de caracteres mor fclogiccs e 
cnidorna nas diferentes categorias taxonómicas. 
O uso do fixador Susa de Heidenhain permitiu - , malhares resultados nas preparaçoes histologicas que a 
fixaçio em fcrmol . A coloraç~o das l;minas pelo G;todo 
Tricr;rnico de Callory evidenciou bem a dem2rcaç~o entre 
~e mescgl~a. - , 
Com base nas obsp.r\l rlÇ Ces hi~tolagicas 'do 
esfincter de :~c tinia _bermude ns1_& (ffc fl" ur.J:'ich 1 1889), que , ,,. 
e endoderr:iico, 'difuso e forte, sernelhant.e ao descrito 
por illATZL (1922: 22-23), concluímos pela retirada, na 
caracterizaçio do G~nero Actinia Brcwne, 1756, do que se 
refere a "esfincter com leve tAndência a ser 
,. 
ectcd3rrniccn, ampragado por CA RLGfiEN (1949:49) e CDRREA 
(1964: 50). 
O esfincter de ..fin.fil"~9ni..s ~êrgassensi~ Hargitt, 
, 
1908 e · se rnel hante ao ilustrado para .'~ ner:ioria sulc2,ta 
(.ponnant , 1777) por STEi:-:H'.~r;scr,; (1'928: 8 figo4). As 
ir reg ul aridades observadas 
,,. 
no numero e na presença ou 
IV , , . ,. 
n ao de sifon ogl ifos, as5im co~o no numere de mesenterios 
e tenticulos, est~o sem d~vida, relacicnados com a 
ocorrência de fissão longitudinal em ,a. ssroasser,s.J_§ ., - .. As observaçces histologicas realizadas em 
Ph yllnctis .12,rne~~ (Dana, 1846), que se assemelham às 
de DUEfmEN (1890, 1902) para í{steractis ~ansa Dut::1rden, 
1902 e de J1\TZL. (1922) pe.ra r,steractis flosculifera 
~esueur, 1~17), nos pormitiram aceitar a ccnclus~o de 
co:ut;::. (196!!:90): 11 t2.nto quanto ~e pod~ dodu:,ir ••• todo 
e matorial do i\ tln·1tico Cesta tropical 
.. 
purtence a mesma 
, 
espccien. 
49 
ns obs er vaçÕeo realizadas er.i .!i.9..m osticJ.1anthus 
c,wrdc.JJl Carlgren, 19C0 e a semelhança entre as nossas a 
as observaç~es do DUER~EN (1900: 170), especialmente no 
que se ~efvre ao esfincter restrito e muito fraco de 
H• .fi~~rdGni,nos perm~tiram Goncluir ssr a caract0rização 
histol6gica fundamental para molhar distingui-la de 
Sto:i-.f..b.::J.c~j.:..~ hniianthu§. (Ellis, 1767), devido 
... 
as • I inume ras 
s0melhanças entre as duas esp~cias,inclusive nc Cnidoma~ - . Do pcnto de vista da Zoogeografia, as especies 
estud adas estão represo;1tadas na fauna caractoristica da 
:qegir t\ ntilhasna. 
/ RE UiílO 
Neste trabalho, for ao estuda.:las 
bermyder,sis (\\'.e L' urrich, 1869}, li..lJ...?.E.Q_n~g saroass~nsis 
Hargitt, 19CS~ Ph\/ll_acti~ .a.r~tQ.xta (Danas 1845) a 
H G--:i s.§j:_is_,1}_s.QC:h ~ du C!:'(q_n l; Cê:!." J. gren, 1900,. de San tá Cru Z 11 
Aracruz, ~s., utilizando-se caractJres mcrfol6gicos e 
cnidoma associados; caracteriz.ação 
, 
histolog ica~ foram 
tamb~ ~ apresentadas informaç~es bio-eco16gicas e de 
distribuição geográfica. 
Cem base nas cbservaç~8S 
, 
hi3tole.:g ic3s, a 
autor.a retir a da caracterizaçao 
Grcwne, 1756, o quJ se refere a 
do Gênero Actinlª 
Kesfinctar cem leve 
1964: 50)., Em .8._nemonia saroassensis Hargitt, 1908 , 
,., 
registra a presença de sifcn6glifos 
exe r:;plares 
neo ligados 
explica 
a 
diretivos em 
irrcgulc:..ridades 
lon,Jitudinal na 
f)uerden~ 19flí' 
alguns e as 
ob$erv.:idas pela .. . cccr rt-s:,1c1a de fissoo 
,. . 
es ;.~e cic.. Considera ílsteructis exoansa - ----- -·~--

Mais conteúdos dessa disciplina