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Penal geral I
· Objeto de estudo: Conduta humana;
· Finalidade: 
· Proteção dos bens jurídicos;
· Garantir a vigência e eficácia da norma;
Princípios penais
· Princípio da personalidade
· Art. 5º, CF, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
· Princípio da individualização da pena 
· Não há um padrão estabelecido sobre pena, por isso na tipificação vem de X a Y, ex: de 6 a 10 anos;
· Princípio da humanidade
· Lei penal não pode ferir a dignidade humana;
· Art. 5º XLVII e XLIX;
· RDD, regime disciplinar diferenciado (direito penal do inimigo, é questionado se fere esse princípio);
· Princípio da proporcionalidade 
· O tempo de pena é proporcional a gravidade do delito;
· Principio da vedação da dupla punção pelo mesmo fato 
· Non bis in idem: não repetição;
· Não se pode aumentar a pena e usar o agravante pelo mesmo motivo;
· Princípio da culpabilidade
· Dolo: com vontade do resultado;
· Culpa: sem vontade do resultado;
· Princípio da intervenção mínima
· Última ratio: última opção;
· Não se deve usar o direito penal a não ser que seja a ultima opção, pois ele sempre mexe negativamente com a vida da pessoa envolvida;
· Princípio da fragmentariedade
· Nem todas as lesões a bens jurídicos devem ser resolvidas pelo direito penal, existem outras formas de resolver o conflito que não seja por ele; 
· Princípio da insignificância/bagatela
· Crime que não chega a ofender o bem jurídico realmente, sendo assim insignificante e sem pena;
· Tipicidade formal: letra da lei;
· Tipicidade material: Ofensa ao bem jurídico (não há se for insignificante);
· Atipicidade material: quando não há ofensa ao bem jurídico;
· Princípio da adequação social
· Mesmo que seja tipificado é aceito pela sociedade, sendo assim não é necessário a intervenção penal;
· Princípio in dubio pro réu 
· Em caso de duvida a favor do réu, feito para evitar erros judiciais;
· Não se aplica: na Denúncia, Pronúncia e Revisão criminal;
· Princípio da vedação da proteção deficiente
· O estado deve dar a assistência a vítima e a sociedade garantida;
· Princípio da reserva legal
· Art. 1º CP não a crime sem lei anterior que o defina;
· Art. 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
· Princípio da anterioridade
· Art. 5º, XXXIX, CF não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
· Art. 1º CP não a crime sem lei anterior que o defina;
Lei penal
Classificação:
· Incriminadora: incrimina a conduta
· Preceito primário: define a conduta, verbo do crime ex: matar alguém, roubar;
· Preceito secundário: define a pena, reclusão PPl, quanto tempo, valor da multa;
· Não incriminadora 
· Permissiva: permite a conduta (legítima defesa, aborto legal);
· Exculpantes: lei desculpa a conduta (perdão judicial por matar a mãe;
· Explicativas: explica algum conceito (o que é casa para a violação de domicilio);
· Diretivas: menciona um princípio, te da direção (1ºCP, 5ºCP);
· De extensão ou integrativas: une uma incriminadora com uma não incriminadora 
Lei penal em branco
· Complementação do preceito primário: quando se tem só o mínimo legal 
· Classificação:
· Homogenia: mesma fonte legislativa (lei federal ordinária);
· Heterogenia: fonte legislativa diferente (lei federal ordinária – portaria da ANVISA);
· É a mais comum
Analogia 
· In bonam parte: não pode prejudicar o réu;
· Vem preencher as lacunas;
· Mecanismo de integração;
Interpretação analógica
· Clausula exemplificativa seguida de clausula genérica, ex: surpresa traição, emboscada e outro;
· Dentro da própria norma;
Lei penal no tempo
Atividade e extra atividade da lei 
· Retroatividade da lei benéfica
· Art. 5º, XL, CF a lei penal não retroage salvo para beneficiar o réu; 
· Abolitio criminis: crime abolido exclui pena e responsabilidade penal, ex: sedução;
· Novatio legis in mellius: nova lei para melhorar, a lei que ajuda o réu diminuindo a pena por exemplo pode retroagir; 
· Ultra atividade da lei penal
· Lei já revogada usada como se houvesse vigência;
· Lei temporária (auto revoga)
· Leis excepcionais (auto revoga); 
Tempo do crime
Teorias: 
· Da Atividade: data da conduta é a data do crime
· É o utilizado;
· Não importa a hora somente a data;
· Do Resultado: data da consequência
· Mista ou Ubiquidade: data tanto da conduta quanto da consequência; 
· Crime permanente: Conduta se prolonga no tempo, ex: sequestro 
· A data da conduta é a ultima data em que ela ainda ocorreu, independente de quando começa; 
· Crime habitual: crime que faz parte da rotina, ex: exercício ilegal de medicina
· A ultima data da conduta é a data do crime;
· Crime continuado: 2 ou mais crimes seguidos sendo do mesmo tipo, ex: furto + furto
· Ultima data da conduta é a data do crime;
Lei penal no espaço
Territorialidade:
· Art. 5º, caput, CP Territorialidade temperada, lei penal pode ser aplicada fora do Brasil;
· Território: País, zona contigua, zona econômica exclusiva, mar territorial e área aérea correspondente;
· Embarcações e aeronaves estrangeiras:
· Pública ou particular e se está serviço do governo, se não estiver a serviço do governo é lei penal BR
· Princípio da passagem inocente: se a viagem é de passagem pelo território brasileiro, não tem brasileiros e não ofende bem jurídico brasileiro, não há interesse em julgar.
Lugar do crime
Teorias: 
· Da atividade: local da conduta;
· Do resultado: local do resultado;
· Da ubiquidade ou mista: Local da conduta e da consequência; 
· É a utilizada pela lei penal brasileira;
· Se a conduta acontecer em cidades diferentes se considera as duas, sendo plurilocal; 
Extraterritorialidade
Princípios aplicáveis: quando lei penal brasileira é aplicada fora do território brasileiro;
· Nacionalidade ou personalidade
· Ativa: autor do crime é brasileiro;
· Passiva: vítima é brasileira;
· Defesa ou proteção: Bem jurídico;
· Justiça cosmopolita: crime que interessa + de um país;
· Representação/pavilhão/ bandeira: analisa qual país representa a aeronave ou embarcação;
Hipóteses: art. 7º CP
· Extraterritorialidade incondicionada: quando é obrigatório que haja processo no Brasil; 
Art. 7º, I, CP
· Contra a vida e liberdade do presidente (princípio da defesa);
· Contra patrimônio ou fé pública da União, Estado ... (princípio da defesa);
· Administração pública por quem está a seu serviço (princípio da defesa);
· Genocídio Br ou estrangeiro domiciliado no Brasil (princípio da justiça universal); 
Aplicação do § 1º, art. 7º, CP
· Pode-se existir mais de um processo em relação ao fato/crime ocorrido. 
· Extraterritorialidade condicionada: com condições a seguir para que haja extraterritorialidade da lei;
Art. 7º, II e §3º, CP
· que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (princípio da justiça universal);
· praticados por brasileiro; (nacionalidade ativa);
· praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (bandeira, representação);
· Vítima brasileira §3º, hipótese mais rara;
· As condições§§ 2º e 3º, art. 7º CP:
· § 2º tem que estar no Brasil;
· Tem que ser crime no Brasil;
· Não pode ter outro processo;
· Extradição;
· § 3º não foi pedida ou foi negada a extradição; houve requisição do Ministro da Justiça.
· Atenuação ou detração de pena: art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
· Detração: de mesma espécie subtrai a pena já cumprida; PPL-PPL 
· Atenuação: espécies diferentes ameniza a pena a ser cumprida, não necessariamente com tempo. PPL-$
· Eficácia de sentença estrangeira:
· Art. 9º, CP Precisa ser homologada (confirmação) para ter validade jurídica no Brasil, STJ é quem tem a competência, é um procedimento demorado.
Conflito aparente de normas
Critériosde solução:
· Especialidade: Lei especial prevalece sobre lei genérica;
· Entre leis: ex. dano e lei ambiental, prevalece ambiental mesmo sendo um dano ao meio ambiente;
· Entre crimes: 121 CP homicídio e 123 CP infanticídio, prevalece infanticídio mesmo que seja um homicídio por matar alguém; 
· Entre tipo fundamental e tipo derivado: 121, caput, CP matar alguém, 121 §2º qualificadora, prevalece o derivado;
· Subsidiariedade: Algo secundário
· Norma primária: + importante +ampla +grave
· Norma subsidiária: - grave -amplitude -grave
· Espécies: devem sempre ser mais grave
· Expressa: a lei determina que é subsidiária;
EX: Art.132 CP ´´se o fato não constitui crime mais grave. `` é subsidiaria ao art. 129 CP e art. 121CP;
· Tácita: não menciona, mas é interpretada;
Ex: 148 sequestro 159 sequestro(subsidiário) + extorsão (primário);
· Consunção/absorção: Consome a outra norma, ou seja, crime fim absorve o crime meio;
Hipóteses: Podem ser condutas e tipos diferentes, se analisa o fato concreto, preparação;
· Crime progressivo: Há uma única vontade (dolo), o sujeito sabe o objetivo final e pratica vários crimes até atingir o objetivo; Ex: quer matar alguém 121, mas causa diversas lesões corporais antes, o 121 consomem as lesões corporais. 
· Progressão criminosa: Pluralidade de vontades, ou seja, o sujeito não sabia/planejava o crime final pois durante o crime o dolo (vontade) se altera.
· Antefato impunível: não pune fato anterior, pois esse é preparação para o crime; Ex: art. 297 é preparação para art.171, sendo assim absorve o anterior.
· Pós-fato impunível: fato anterior absorve os demais; Ex: art.121 homicídio + esquartejar (é absolvido pelo 121).
· Crime complexo: fusão de 2 ou mais crimes, é pluriofencivo; Ex. art. 157 subtrair + violência + grave ameaça, o crime absorve todos esses não sendo punidos de forma isolada.
Teoria do crime
· Diferença entre crime e contravenção penal:
· Crime: + grave, está no código penal e leis especificas, pode ter pena de PPL até 30 anos, PRD e multa;
· Contravenção penal: - grave, somente está no decreto lei 3688/41, pode ter pena de PPL até 5 anos, PRD e multa;
· Conceito:
· Teoria bipartida: para ser crime precisa ter fato típico que seja ilícito;
· Teoria tripartida: para ser crime precisa ter fato típico que seja ilícito e culpável;
· O sujeito precisa ser capaz de ser responsabilizado pelo ato;
· É a doutrina majoritária e a seguida pelo CP;
· Objeto do crime 
· Objeto jurídico: Ofensa ou perigo de ofensa ao bem jurídico;
· Genérico: é aquele que serve para mais de um crime;
· Específico: serve apenas ao caso concreto;
· Ex. 121 CP, homicídio objeto jurídico genérico: pessoa, específico: vida
· Ex. 148 CP, sequestro objeto jurídico genérico: pessoa, específico: liberdade;
· Objeto material: Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta;
· Ex. 121 CP, quem foi morto;
· Ex.155 CP, o que foi furtado;
· É diferente de instrumento do crime e corpo de delito;
· Sujeito do crime
· Sujeito ativo: realiza o crime direita ou indiretamente;
· Autor: realiza a conduta típica da atividade;
· Participe: participa da conduta ajudando;
· Ex. 121 autor mata a facadas e participe segura a vítima;
· Pessoa jurídica(ente) também pode responder por crime, sendo eles crime ambiental, crimes contra economia popular (consumidor) e crimes contra ordem econômica e sistema financeiro (sonegação de impostos, lavagem de dinheiro);
· Sujeito passivo: vítima ou ofendido;
· Qualquer pessoa pode vir a ser;
Fato típico
· É o enquadramento da conduta no termo da lei;
· Elementos:
· Objetivos: se referem ao crime, 1 conduta, 2 resultado, 3 nexo causal, 4 tipicidade;
· Subjetivos: se referem ao sujeito do crime, dolo ou culpa;
1. Conduta: principal, verbo núcleo do tipo
· Características: 
· É humana: somente pessoas podem cometer crimes;
· Voluntaria: sempre é ato de vontade do sujeito, não é coagido;
· Exteriorizada: projetada para o exterior, pensar no crime não é crime;
· Ausência de conduta: é fato atípico e não existe crime;
· Movimentos reflexivos: involuntários, ex. transmissão de doenças sem saber;
· Estado de inconsciência: involuntário, ex. sonambulismo. OBS embriaguez voluntaria não se enquadra;
· Coação física irresistível: involuntário, forçada fisicamente, ex. arma apontada para cabeça;
· Caso fortuito/ força maior: não foi praticado por você, ex. enchente levou um carro pro seu quintal;
· Formas de conduta:
· Ação: fazer algo que não deveria.
· Omissão: não fazer algo que deveria.
· Classificação dos crimes quanto a conduta:
a) Crimes comissivos: é uma ação e a lei define conduta comissiva; ex. 121, 151 furto, 148 sequestro.
b) Crimes omissivos: 
b.1) Omissivos próprios: Lei define a conduta omissiva; ex.135 omissão de socorro (deixar de ...).
b.2) Omissivos impróprios (comissivos por omissão): lei define a conduta comissiva
· Prática omissivos impróprios aqueles que possuem dever jurídico de agir
· São eles segundo art. 13, §2º, CP
· Dever legal: decorre da lei; ex. mãe não alimenta o filho e esse vem a falecer, homicídio por omissão.
· Dever de garantia: decorre de acordo/ contrato; ex. babá não alimenta a criança que está cuidando e essa vem a falecer, homicídio por omissão 121.
· Dever de ingerência: pessoa cria situação de perigo a outra; ex. levar alguém para nadar em local fundo sabendo que ela não nada bem e deixar sem o devido suporte, homicídio por omissão. 
2. Resultado 
· Teorias:
a) Jurídica ou normativa: Resultado é somente aquele previsto em lei.
b) Naturalística: resultado é toda e qualquer modificação causada pela conduta; ex. violação de domicílio (paz e tranquilidade como violação). É a adotada 
· Classificação dos crimes quanto ao resultado
a) Crimes materiais: ´´crime perfeito``, lei descreve conduta e resultado, consumação ocorre junto com o resultado; ex. 121, 135 furto.
b) Crimes formais: lei descreve a conduta e resultado, mas a consumação ocorre com a conduta e não com o resultado; ex. 317 corrupção passiva, não há resultado, mas a conduta, o resultado seria o exaurimento após a consumação. 
· É conhecido como tipo incongruente, pois a consumação é antes do resultado/antecipado. 
c) Crimes de mera conduta: Lei descreve somente a conduta, consumação ocorre com a conduta; ex 150 violação de domicílio, 233 ato obsceno.
3. Resultado 
· Relação de causalidade: causa provoca o efeito.
· Teoria da equivalência das condições: toda causa é ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido naquele momento ou daquela forma art. 13. Caput, CP.
· Procedimento hipotético de eliminação: elimina toda ação e omissão que não interessa ao crime, filtra o que é relevante.
· Classificação das causas:
a) Causa dependente: causado pela conduta, o resultado só existe, pois, a conduta ocorreu; ex, tiro – morte, existe nexo causal sujeito é responsabilizado pelo crime;
b) Causa independente: não tem origem na conduta do individuo
b.1) absolutamente independente: não precisa da conduta para que aquilo ocorra, não existe nexo causal, o sujeito não é responsabilizado pelo ocorrido:
· Preexistente: antes, não responde pelo resultado, mas pelo ato praticado; ex.
· Concomitante: mesmo tempo, não responde pelo resultado, mas pelo ato praticado; ex leão e tiro.
· Superveniente: depois, ex. veneno e tiro
b.1) Relativamente independente: há relação entre a conduta e a causa
· Preexistente: antes, há nexo causal e sujeito responde pelo resultado, art. 13, caput, ex. hemofílico + tiro = morte hemofílica pelo ferimento.
· Concomitante: durante, há nexo causal e sujeito responde pelo resultado, art. 13, caput.; ex. infarto por susto de uma ´´brincadeira``.
· Superveniente: depois, não há nexo causal, sujeito não responde pelo resultado somente pelos atos praticados; ex. atropelamento + fio de alta tensão= morte.
4. Tipicidade 
· Formal: previsão legal (aquilo que a lei traz).
· Material: ofensa ao bem jurídico.
· Adequação típica: enquadramento da conduta que produz resultado causado pela conduta a descrição legal que prevê a ofensa ao bem jurídico.· Elementos subjetivos (aqueles que se referem ao comportamento do sujeito no momento da conduta):
· Dolo: todo crime é doloso, podendo ter algumas exceções culposas;
· Vontade e consciência: conhecimento da ilicitude, ato voluntário do sujeito.
· Teorias adotadas:
a) Da vontade: sujeito quer praticar a conduta e produzir o resultado; ex. atropelar o inimigo.
b) Do assentimento: sujeito assume o risco de produzir o resultado; ex. dirigir acima do limite de velocidade com alguém atravessando a faixa.
· Espécies: 
a) Dolo direto: quer somente aquele resultando planejado.
b) Dolo indireto:
· Dolo alternativo: quer um ou outro resultado; ex.
· Dolo eventual: assume o risco de qualquer resultado, não se importa com a ocorrência do resultado; ex.
· Conceito de crime doloso: art. 18, I, CP quer ou assume o risco de produzir resultado.
· Culpa: 
· Juízo de valor: comparação entre as atividades cotidianas.
· Dever de cuidado: toda pessoa possui dever de cuidado ao bem jurídico alheio, logo, violar o dever de cuidado é culpa, sendo uma falta de atenção a sua responsabilidade.
· Crime culposo: não é definido na legislação, é aquele em que o sujeito pratica uma conduta voluntaria que viola o dever de cuidado e produz um resultado indesejado. O resultado é involuntário.
· Elementos do crime culposo:
a) Conduta voluntaria: ato de vontade do sujeito ao violar o dever de cuidado.
b) Violação do dever de cuidado.
· Modalidade da culpa:
· Imprudência: sujeito faz/ ação errada
· Negligência: sujeito não faz/ omissão de dever
· Imperícia: culpa profissional que pode ser tanto imprudência quanto negligência; ex. engenheiro faz cálculo errado: imprudência. médico deixou de fazer procedimento necessário: negligência.
c) Resultado involuntário: O sujeito não quer o resultado, é o que diferencia doloso (quando sujeito quer ou assume o risco do resultado) de culposo (não aceita o resultado).
· Interpretação do crime culposo: A formação integral do crime culposo quer dizer que só será crime se houver resultado involuntário, sem resultado não há crime.
d) Nexo causal: deve haver relação entre a conduta voluntaria e o resultado indesejado.
e) Previsibilidade objetiva do resultado (culpa): prevê que a conduta pode gerar o resultado indesejado, todas as pessoas possuem no dia a dia dever de cuidado a previsibilidade objetiva é o que evita que o violemos.
f) Ausência de previsão: ocorre no momento do crime culposo, ou seja, é o momento em que se viola o dever de cuidado não prevendo a possibilidade do resultado.
g) Tipicidade: é necessária, art. 18, parágrafo único, CP, o crime culposo é exceção e não se permite para todos os crimes.
· Espécies de culpa:
a) Culpa inconsciente: possui 7 elementos e falta no momento do crime a consciência da previsão do resultado. 
b) 
c) Culpa consciente: possui 6 elementos, existe a previsão do resultado, mas é involuntário;
· O autor não aceita o resultado. Ex. motorista acha que vai conseguir desviar do pedestre. 
Dolo eventual: 
· O autor não se importa com o resultado. Ex. Se atropelar o pedestre foge e não se importa com a vítima. 
· Crime preterdoloso 
· Crime qualificado pelo resultado que é agravador 
· A pena muda pelo resultado agravador.
Ex. 129, caput: lesão corporal 3m a 1 ano já 129, § 3º lesão corporal + morte 4 a 12 (lesão dolosa, morte culposa).
Ex. 129 §2º, V 2 a 8 anos aborto (lesão culposa aborto doloso).
· Para ser um preterdoloso deve haver um fato antecedente doloso e um consequente culposo.
Da tipicidade
Erro de tipo: elementos que compõe o tipo penal;
· Formas: 
· Erro de tipo essencial: elementos são fundamentais;
· Art. 20, ´´caput``, CP
· Retira a possibilidade de verificar que o agente está praticando um ilícito, sempre exclui o dolo.
· Espécies:
· Escusável: é desculpa, inevitável, exclui dolo e culpa.
· Inescusável: indesculpável, evitável, exclui dolo mas responde culposamente se tiver previsão legal.
· Erro de tipo acidental: elementos são acidentais, secundários, irrelevantes;
· Espécies:
· Acidental sobre o objeto: não exclui dolo, é quando acha que é outro objeto, ex. achou roubar um relógio de ouro mas era de lata.
· Acidental sobre a pessoa: art. 20, §3º, CP responde como se tivesse atingido a pessoa pretendida. Não exclui dolo. Ex. achou atirar no ladrão mas era o irmão, responde como se tivesse acertado o ladrão.
· Acidental na execução:
· Erro na execução: art. 73, CP, errou na hora de cometer o crime, ex. mirou tiro no homem e acertou na namorada;
· Resultado diverso do pretendido: 74, CP errou o crime pretendido, ex. acertar pedra no vidro mas acerta pessoa.
Discriminantes putativas: Excludente de ilicitude, passa a ser uma conduta permitida;
· Erro sobre a ilicitude do fato: art. 20, §1º, CP, acredita ser permitido aquilo que é proibido, é influenciado por fatores externos;
· Erro escusável: inevitável, isento de pena;
· Erro inexcusável: evitável, responde por crime culposo ou culpa impropria;
Erro determinado por terceiro: 3º provocador influencia o outro a errar; ex. falar que a arma não está municionada mas esta;
· Art. 20, § 2º, CP: o 3º responde dolosamente.
· Escusável: pessoa boba, é isento de pena, muito raro;
· Inescusável: imprudente, responde com culpa;
· Teoria da cegueira deliberada: se escolher não ver responde dolosamente.
Consumação
· Crime consumado art. 14, I, CP: é aquele que preenche todos os elementos do tipo penal
· Tipo formal é exceção, tentativa é não consumação.
· Classificação do crime quanto ao resultado:
· ´´inter criminis``: caminho do crime:
1. Cogitação: não é punido;
2. Preparação: pode haver crimes autônomos na preparação que são punidos, ex. maquinário para imprimir dinheiro;
3. Execução: é punido, leva a consumação ou a tentativa, ex. imprimir o dinheiro;
4. Consumação: atingir o objetivo do crime, ex. distribuir o dinheiro;
OBS: o resultado é o exaurimento;
Tentativa: não ocorre consumação, não existe crime de tentativa mas existem crimes que podem ficar na forma de tentativa art. 14, II, CP.
· Art. 14, II, CP: é norma não incriminadora de extensão, para colocar tentativa se escreve o crime e o art. Citado. Ex. 121 c/c 14, II: tentativa de homicídio, 157 c/c 14, II: tentativa de roubo.
· Formas:
· Perfeita: acabada todos os atos executórios. Ex. vítima é socorrida após todos os tiros e sobrevivem;
· Imperfeita: Inacabada, somente o início da execução. Ex. atira uma vez e alguém tira a arma;
· Punibilidade: art. 14, § único, CP: diminuição de pena por não haver consumação de 1/3 a 2/3 da pena total.
Desistência voluntária ou arrependimento eficaz: exclui a tipicidade, responde apenas pelos atos praticados, ex. desiste de matar e atirou na perna: lesão corporal.
· Desistência voluntária: por vontade própria para os atos executórios art. 15, 1ª parte, CP.
· Arrependimento eficaz: conclui a execução mas evita a consumação, art. 15, 2 º parte, CP.
Arrependimento posterior: a consumação acontece art. 16, CP;
· Comportamento pós-delitivo que gera benefício. Ex. furto e devolver a moto.
· Só é permitido em crimes sem violência ou grave ameaça;
· Deve haver reparação do dano ou restituição da coisa; de forma integral e pessoal;
· Pode ser feito até o momento da denúncia ou da queixa e somente até esse momento;
· Diminuição de pena de 1/3 a 2/3 
*crime impossível
Da ilicitude
Ilícito: proibido, antijurídico
· Causas excludentes de ilicitude: são descriminantes, permitem a conduta;
· Legal:
1. Estado de necessidade: escolha direito próprio ou alheio
· Arts. 23, I e 24;
· 2 ou mais bem jurídicos em perigo atuam ou iminente;
· Comportamento inevitável e com razoabilidade se não for razoável diminuição de 1/3 a 2/3 de pena;
· Quem provocou a situação não pode alegar estado de necessidade;
2. Estrito cumprimento do dever legal: 
· Art. 23, III, CP;
· Agentes e funcionários públicos com dever legal de agir;
· Particular com função pública temporária ´´munus píblico`` ex. mesário, jurados;
3. Exercício regular do direito: qualquer pessoa pode exercer desde que sem abuso;
· Art. 23, III, CP;
· Deve haver consentimentodo ofendido,
· Não precisa de consentimento em competições esportivas, ex. lutas. Ou em intervenções médicas, ex. cirurgia não é lesão corporal.
4. Legitima defesa: art. 23, II, CP e art. 25, CP
a) Agressão injusta: ação humana direta ou indiretamente (animal obedecendo);
b) Atual ou iminente;
c) De direito próprio ou alheio: é valido em defesa de outrem;
d) Meios necessários: o que estiver disponível no momento;
e) Moderação: os excessos são punidos;
· Agentes de segurança pública PR, PM, PP, PF, PRF: art. 25 § único, CP. Vitima refém.
· Causa supralegal:
· Consentimento do ofendido, teorias:
· Ausência de interesse: do estado para exercer o jus puniende;
· Renúncia á proteção do Direito: vítima renuncia o D. a proteção;
· Ponderação de valores: usa tanto a falta de interesse quanto a renúncia da vítima. É a adotada
· Delitos: que não tenham violência ou grave ameaça.
a) Bens patrimoniais: rasgar mochila por brincadeira;
b) Integridade física: tatuagem, cortar cabelo, não é lesão corporal;
c) Honra: calunia, difamação, injuria mas com consentimento;
d) Liberdade individual: masoquismo;
· Requisitos:
· Ser expresso;
· Livre: sem coação;
· Moral
· 
Antes da consumação;
· Ofendido com capacidade civil plena;
Da culpabilidade
Censurabilidade: conduta censurada, juízo de reprovação;
Elementos: 
1. Imputabilidade: capacidade de entendimento;
· Critérios: imputável e inimputável (sem culpabilidade):
a) Doença mental: 
· excludente de culpabilidade, art. 26, ´´caput``, CP gera medida de segurança art.96/97, CP;
· art. 26, § único, CP, semi imputável/fronteiriço, responde pelo crime com diminuição de pena de 1/3 a 2/3;
b) Imaturidade natural: menores de 18, art. 27, CP/ 228, CF, sumula 74 STJ qualquer prova hábil que prove menoridade. 
c) Emoção ou paixão: crimes passionais, art. 28, I, CP, imputável, não exclui a culpabilidade;
d) Embriaguez:
· Não acidental: teoria da ´´actio libera in causa`` sujeito e livre para escolher e por isso é imputável, art. 28, II, CP;
· Voluntária: a pessoa quis beber;
· Culposa: imprudente ou negligente para se embriagar; 
· Acidental: 
· Caso fortuito: ser drogado;
· Força maior: fumaça de maconha;
· Completa: art. 28, II, §1º, CP inimputável;
· Incompleta: art. 28, II, §2º, imputável, culpável;
· Patológica: doença análoga a doença mental, art. 26 CP, inimputável;
2. Potencial consciência da ilicitude 
· Aspectos externos: local, cultura, religião, sociedade influencia
· Erro de proibição: falsa interpretação, o engano é sobre a proibição do ato mas ele sabe da lei.
· Erro: art. 21, CP 
· Escusável: inevitável, não havia como saber, exclui o potencial conhecimento da ilicitude, não tem crime;
· Inescusável: evitável, havia como saber, responde com diminuição de pena de 1/6 a 1/3;
3. Exigibilidade de conduta adversa
· Condições normais: vida normal, + 18, sem doença mental, embriagado tomado por emoção;
· Excludentes: art. 22, CP anormalidade;
a) Coação moral irresistível: inexigibilidade de conduta adversa, não é crime;
· Coação física irresistível: é excludente de tipicidade;
b) Obediência hierárquica a ordem não manifestamente ilegal: aparente ser legal mas não é, quem deu a ordem é responsabilizado.
· Ordem legal: estrito cumprimento do dever legal;
· Ordem manifestamente ilegal: responde pelo crime com atenuante, pois ordem ilegal não se cumpre.

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