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OSSOS E ARTICULAÇÃO

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OSSOS E ARTICULAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
 
ESQUELETO AXIAL: crânio, vértebras, costelas e esterno 
ESQUELETO APENDICULAR: membros torácico e pélvico 
TECIDO ÓSSEO: esponjoso e compacto, osteoblasto (célula maior e metabolicamente muito mais ativa), osteócito 
(célula com metabolismo e tamanho menores e ficam espaços chamados de lacunas, especialmente no 
processamento histológico) e osteoclasto (fazem o contrário da atividade osteoblástica, aposição óssea, ou seja, 
produção da matriz óssea que posteriormente será mineralizada, além da reabsorção óssea 
• Têm função de produzir a matriz osteóide que não é mineralizada e, quando ela passa a ser mineralizada, os 
osteoblastos ficam presos a essa matriz e sofrem processo de maturação, passando a ser chamados de 
osteócitos e o local onde ficam retidos é chamado de lacuna 
• Osteoblastos e osteoclastos são células que estão constantemente em atividade e há todo tempo ocorre 
essa aposição e reabsorção óssea e consequente modelamento ósseo 
 
 
A placa de crescimento dos ossos fica nas epífises, chamada de metáfise, em animais jovens 
e, ao sofrer processo de maturação e ficarem adultos essa placa some e é substituída por 
cartilagem. 
Há crescimento endocondral das epífises pela cartilagem articular. 
 
 
 
EXAME MACROSCÓPICO: deve sempre ser realizado, independente do histórico do animal, devendo-se abrir as 
articulações sinoviais, serrar longitudinalmente os ossos longos, quebrar as costelas para sentir a resistência óssea e 
analisar os órgãos do sistema endócrino 
DIAGNÓSTICO DE DOENÇA ÓSSEA: com o histórico clinico completo, deve-se fazer um exame radiológico (ante/post 
mortem, fazer a coleta de material para análise (biópsia ou necrópsia) e levar ao exame histopatológico 
 
 
DOENÇAS ÓSSEAS – ANORMALIDADESDO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
 
DESORDENS DA REABSORÇÃO ÓSSEA 
• OSTEOPETROSE: doença osteoclástica, porém é um defeito ainda não completamente conhecido, acomete 
cães, ovinos, equinos, bovinos e camundongos 
→ Há uma lesão trabecular, pois elas são formadas, mas não são absorvidas, especialmente na placa de 
crescimento endocondral, e não param de crescer, ocorrendo espiculas de osso com cartilagem 
calcificada preenchendo a cavidade medular e no osso esponjoso e no animal vivo ele não possui mais 
espaço para realizar a hematopoiese 
→ Na raça angus, existem algumas linhagens que possuem predileção para essa doença, que se dá por um 
gene autossômico recessivo e os animais desenvolvem um quadro de braquignatia inferior 9ª mandíbula 
fica menor/encurtada) com alterações dentárias e no crânio 
→ Também pode ocorrer de forma infecciosa como na FeLv, BVB e vírus da leucose aviaria, apresentando 
um quadro de hematopoiese deficiente e complicações neurológicas (cegueira) 
À medida que o capilar invade, há 
proliferação dos osteoblastos que 
começam a produzir a matriz 
osteoide que vai mineralizando e 
formando a esponjosa primaria 
(arcabouço/alicerce) para que haja 
a proliferação osteoblástica e assim 
a produção da matriz osteoide que 
vai ser mineralizada formando as 
trabéculas ósseas. 
O osteoclasto, para a atividade de 
reabsorção necessita do 
osteoblasto que faz aposição óssea, 
pois é ele quem produz o ligante de 
Rank que se liga ao seu receptor, 
que é uma célula precursora de 
osteoclasto, ativa a célula para que 
ela entre em diferenciação e o 
osteoclasto, agora maduro, faz a 
absorção óssea e quem dá o start 
para esse processo é o 
paratormônio 
 
 
 
DESODENS DA FORMAÇÃO ÓSSEA 
• OSTEOGENESIS IMPERFECTA: doença osteopênica (o tecido ósseo está reduzindo) que acomete bezerros, 
cordeiros e cães jovens, afetando tanto o osso, dentina tendões e esclera 
→ É um defeito em osteoblastos e odontoblastos em produzirem colágeno tipo 1, ou seja, a mutação do 
gene col.1 produz esse colágeno e a placa de crescimento não é afetada pois ela produz o gene col.2 
→ É encontrado um osso trabecular normal ou diminuído, sem osteoclasia ou fibrose e os osteoblastos 
parecem normais ou em menor numero 
→ Ao nascimento esses animais podem apresentar fraturas ou calos ósseos, o que significa que já na vida 
intrauterina essas fratures podem ocorrer 
 
 
 
Bezerro: 
osteopetrose - 
deformidades 
ósseas 
(encurtamento 
ósseo) 
Bezerro: 
osteopetrose 
– braquignatia 
inferior 
(mandíbula 
muito 
pequena) 
Visão clássica de 
animal com 
osteopetrose: 
deveria haver uma 
cavidade medular, 
diáfise mal 
formada e não há 
osso esponjoso 
Felino: costelas 
com vários 
calos/”nódulos” 
Bezerro: 
dentina e 
tendão 
afetados 
 Costelas: osso mal 
formado, epífise com 
osso esponjoso, placa de 
crescimento endocondral 
com áreas possuindo 
formações císticas (não 
houve formação de osso) 
 
 
 
DESORDENS DA OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
• OSTEODISTROFIAS (CONDRODISPLASIAS): são lesões primarias na cartilagem de crescimento levando a 
desordens do crescimento ósseo 
→ Spider Lamb: ovinos (Suffolk e Hampshire) são mais predispostos e assumem aspecto de aranha 
→ Existem raças de cães condrodistróficas ficando “anão desproporcional” 
→ Há condrodisplasia no malamute do Alasca e no cão dos Pirineus por uma mutação no gene que codifica 
o receptor para FGR3 - gene autossômico dominante do FGR3 – e essa mutação leva à ativação 
constante do receptor, o que inibe a proliferação de condrócitos não havendo formação adequada da 
placa de crescimento endocondral) 
→ Esses animais com anomalias têm predileção a apresentar outras alterações como hernia de disco, 
muitos problemas de casco, etc. 
 
 
 
1º osso normal 
e 2º osso com 
OI, pois as 
trabéculas 
ósseas estão 
diminuídas 
Hiperostose 
congênita: doença 
rara que ocorre em 
suínos e é de 
origem periosteal, 
sendo o rádio e a 
ulna acometidos, 
ficando 
engrossados 
Corte 
histológico 
transversal de 
radio (há 
bastante 
proliferação 
periosteal) 
Bovinos: o corpo 
é 
desproporcional 
com a cabeça e 
os membros 
menores que o 
normal 
Spider Lamb: o 
feto já nasce 
todo 
deformado, 
geralmente 
natimorto 
Spider Lamb: alteração 
menos rave, conseguindo 
chegar à vida adulta. 3ª 
necropsia com ilhas de 
cartilagem, trabéculas mal 
formadas deixando o osso 
mais friável e frágil 
• OSTEOCONDROSE: é uma lesão de cartilagem de crescimento, principalmente em animais jovens, levando a 
uma falha ou retardo da ossificação endocondral e é encontrada tanto na placa de crescimento metafiseal 
como no complexo articular-epifiseal 
→ Há uma falha na mineralização da cartilagem causada por alimentação e/ou genética para ganho de 
peso precoce, principalmente em suínos de ata produção, além de caninos (menos frequente), equinos, 
bovinos (menos frequente), aves de produção e ratos 
→ Macroscopia: retenção focal ou multifocal da cartilagem de crescimento ou do complexo epifiseal 
articular 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tigre siberiano: 
osteocondrose – superfície 
articular com perda de 
cartilagem. 
Área mais escurecida é o 
osso subcondral e a mais 
clara/esbranquiçada há uma 
ilha de cartilagem nessa 
região do osso subcondral 
Equino: 
osteocondrose – 
corte transversal 
mostrando área 
focalmente 
extensa com 
cartilagem que 
não deveria 
estar presente 
Equino: osteocondrose dissecante – há 
desprendimento de fragmento de 
cartilagem articular para dentro da 
cavidade sinovial 
Como se fosse o agravamento de uma 
osteocondrose, causando muita 
inflamação e aumento de liquor mais 
turvo por conta das células 
inflamatórias que ali chegam 
Equino: 
osteocondrose 
dissecante – há 
um colapso da 
cartilagem e 
fragmentos delase soltando na 
parte de cima 
DOENÇAS ÓSSEAS – DOENÇAS METABÓLICAS DOS OSSOS 
 
OSTEOPOROSE: ocorre por uma redução de densidade ou massa óssea e acaba resultando em sinais clínicos 
associados, como dor e fraturas espontâneas 
• Nela há mineralização normal do osso presente, o que está diminuída é a matriz osteoide e, por isso o osso 
fica menor 
• É uma alteração reversível em animas jovens e em animais adultos a reposição ocorre de forma muito lenta 
• CAUSAS: deficiência de cálcio, desnutrição (extremamente comum, principalmente em animais em 
crescimento), animais com distúrbios hormonais ou em tratamento com glicocorticoides e imobilização de 
algum membro 
• MORFOLOGIA: diminuição do número e adelgaçamento das trabéculas ósseas (menores e mais finas), 
ocorrendo principalmente no osso cortical 
 
 
RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA: ocorrem pelo mesmo mecanismo, que é o de fala na mineralização 
• RAQUITISMO: ocorre em animais em crescimento, sendo uma doença dos ossos e cartilagem em 
crescimento endocondral (o disco de crescimento metafiseal ainda está presente) 
• OSTEOMALÁCIA: ocorre em animais adultos, sendo uma doença apenas dos ossos 
• CLÍNICA: dor, fraturas e deformidades, como escoliose e cifose 
• CAUSA: a mais comum é uma deficiência de vitamina D, sendo que no Brasil é muito raro, pois há muito sol e 
está presente na ração e deficiência de fosforo nas pastagens. Além disso pode ocorrer também por uma 
doença renal crônica ou fluorose crônica (flúor de áreas industriais depositado em pastagens) 
• Há engrossamento das placas de crescimento em um animal jovem com raquitismo, chamado de rosário 
raquítico) 
 
 
OSTEODISTROFIA FIBROSA: ocorre reabsorção osteoclástica com substituição por tecido conjuntivo fibroso, sendo 
encontradas deformidades e fraturas 
• O paratormônio (PTH) é importante para o estimulo do osteoblasto, pois expressa o ligante de Rank que se 
liga ao precursor do osteoclasto para ativá-lo e fazer a absorção óssea. Nesse caso há grande quantidade de 
PTH sendo produzido na circulação, sendo essa alteração chamada de hiperparatireoidismo 
• PTH estimulam células do estroma da medula óssea, o que faz com que essa célula se diferencia em 
fibroblastos, ocorrendo também associado ao hiperparatireoidismo 
Ovino: 
osteoporose do 
metacarpo – osso 
compacto bem 
mais fino e canal 
medular maior 
Osteoporose – 
linhas de 
crescimento 
interrompidas 
Ave: raquitismo 
(superior) e animal 
normal em controle 
(inferior) – há 
deformidade da cabeça 
com a epífise um pouco 
torta e há um pouco mais 
de cartilagem, deixando 
essa epífise engrossada 
Suíno: 
raquitismo – 
rosário 
raquítico nas 
costelas com 
acumulo de 
cartilagem, 
pois não há 
mineralização 
• O hiperparatireoidismo pode ser primário ou secundário 
→ Primário: raro no meio veterinário, ocorrendo com um adenoma ou adenocarcinoma ativos, então essas 
células proliferam para continuar a produzir PTH 
→ Secundário: é mais comum, podendo ser de origem nutricional encontrado em animais de produção ou 
animais selvagens criados em cativeiro alimentados com grãos, pastagem e carnes com baixo teor de 
cálcio e fosforo, ou de origem renal encontrada em pequenos animais de companhia com insuficiência 
renal crônica (o animal não consegue excretar o fosforo da urina e, por isso há aumento dele na 
circulação e a relação Ca-P é perdida, estimulando a paratireoide a produzir PTH e, além disso, não 
consegue mais converter a 1,25 dihidroxivitamina D não estimulando o intestino a fazer maior absorção 
do cálcio pelo intestino 
 
 
 
 
 
 
 
Equino: Osteodistrofia 
fibrosa nutricional – 
aumento acentuado 
dos ossos da face 
ocasionando dispneia 
muito expressiva 
Equino: Osteodistrofia fibrosa 
nutricional – 1ª costelas se 
dobrando facilmente e é 
possível passar uma agulha 
por elas e 2ª cavidade nasal 
toda ocupada por tecido 
conjuntivo fibroso 
Cão: 
Osteodistrofia 
fibrosa renal – 
maxila 
extremamente 
aumentada de 
forma bilateral 
Cão: Osteodistrofia 
fibrosa renal – 
proliferação de 
tecido conjuntivo 
fibroso e rins muito 
pálidos (quadro de 
fibrose renal bem 
acentuada) 
Mico criado 
em cativeiro: 
Osteodistrofia 
fibrosa – 
provável 
alimentação 
incorreta 
DOENÇAS ÓSSEAS – INFLAMAÇÃO 
 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
• Osteítes (no osso), periosteítes (no osso, oriundo do periósteo) e osteomielite (no osso e medula óssea) 
• Podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus e protozoários 
• Osteomielites frequentemente desenvolvem necrose que leva a deformidades do osso) 
• OSTEOMIELITES BACTERIANAS HEMATOGÊNICAS: comum em neonatos de animais de produção e potros, 
que nasceram e não tiveram manejo adequado, como desinfecção e corte do cordão umbilical, colostro ou 
que vivem em ambientes muito sujos e contaminados – pelo umbigo as bactérias entram na corrente 
sanguínea e levam a um quadro septicêmico pegando as articulações e penetrando nos ossos, o que causa 
osteomielite) 
→ Osteomielite purulenta: A. pyogenes em bezerros e potros; Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.; 
Salmonella spp. e E. coli 
→ Osteomielite piogranulomatosa: Blastomyces dermatidis, Coccidioides immintis, Actinomyces bovis 
 
• VIROSES 
→ Peste suína e hepatite infecciosa canina causam hemorragia e necrose metafiseal 
→ Cinomose causa retardamento do crescimento por conta da replicação do vírus em osteoclastos, 
levando a um quadro de osteopetrose 
→ FeLV causa uma mieloesclerose (aumento da densidade do osso medular) 
 
 
 
Bovino: osteomielite 
supurativa por A. 
pyogenes – vertebra 
extremamente 
afetada com formação 
cística e pus que 
comprimem um pouco 
a medula espinhal 
Equino: osteomielite por Salmonella 
spp. – linha de crescimento 
endocondral (metáfise), região onde o 
sangue passa de forma muito lenta e 
ainda faz uma volta bem acentuada, 
então o animal com quadro 
septicêmico tem esse local predisposto 
a acumular êmbolos de bactérias 
cão: 
osteomielite 
por cinomose – 
banda de 
crescimento 
metafiseal 
espessada 
 
 
 
 
 
INFLAMAÇÕES DE ORIGEM NÃO INFECCIOSA 
• OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA: é uma osteopatia metafiseal que ocorre em cães jovens de raças gigantes 
(mais frequentemente nas raças Weimaraner e Setter irlandês), tendo como lesão inicial uma osteomielite 
supurativa ou fibrinosa que ocorre nas trabéculas ósseas da metáfise. Não se sabe dizer a causa e se é 
infecciosa (muito se especula que sim) 
→ Os animais desenvolvem um quadro de febre, inchaço das metáfises de ossos longos 
→ Macroscopia: encontra-se necrose e inflamação supurativa ou fibrinosa do osso e da medula óssea da 
metáfise 
 
Bovino: osteomielite 
piogranulomatosa 
por actinomicose – 
aumento acentuado 
das maxilas com 
pequenas ulceras 
contendo material 
purulento 
Bovino: osteomielite 
piogranulomatosa 
por actinomicose – 
2ª foto com áreas 
centrais de necrose 
com pequenos 
grânulos de 
mineralização 
Bovino: osteomielite 
piogranulomatosa 
por actinomicose – 
essas colônias 
bacterianas na 
microscopia lembram 
um raio de sol 
Bovino: 
osteomielite 
piogranulom
atosa por 
actinomicose 
– com áreas 
císticas 
Bovino: osteomielite 
piogranulomatosa 
por actinomicose – 
mandíbula 
dilacerada, osso 
poroso parecendo 
um queijo suiço 
Cão: 
osteopatia 
metafiseal – 
hemorragia 
em volta 
das fissuras 
NECROSE ASSÉPTICA DO OSSO: é uma necrose asséptica da cabeça do fêmur, associada com lesões neoplásicas e 
não neoplásicas que se dá pela diminuição da perfusão venosa e aumento da pressão das trabéculas ósseas 
normalmente na cabeça do fêmur levando à isquemia ou necrose asséptica 
• É frequenteem cães de raças pequenas ou miniatura 
• É encontrada uma perda de osteócitos de lacunas e perda da coloração diferencial da medula óssea por 
conta de uma área de infarto 
• A reabsorção do osso subcondral necrosado leva a um colapso da cartilagem articular 
 
 
 
DOENÇAS ÓSSEAS – LESÕES PROLIFERATIVAS NÃO NEOPLÁSICAS E CÍSTICAS 
 
• OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA (OSTEOPATIA PULMONAR HIPERTRÓFICA): acomete cães, sendo encontradas 
diáfises dos ossos distais dos membros por uma proliferação periosteal bilateral progressiva (inicialmente 
descrita por lesões/alterações na cavidade torácica – neoplasias ou inflamação intratorácicas -, mas foi 
observado que podem ocorrer em outros tecidos como endocardite, dirofilariose e rabdomiossarcoma de 
bexiga, que são menos comuns) 
→ Essa lesão pulmonar faz uma alteração vasomotora reflexa no nervo vago, que leva a um aumento 
expressivo da circulação sanguínea nas extremidades (regiões dos periósteos – ossos distais dos 
membros) e depois, fazendo uma vagotomia foi percebida uma regressão dessa lesão 
 
 
 
DOENÇAS ÓSSEAS – NEOPLASIAS PRIMÁRIAS DO OSSO 
 
OSTEOMA: neoplasia de osteoblastos rara e benigna que ocorre nos ossos chatos 
Corte histológico 
da cabeça do fêmur 
com área de cima 
da direita de 
necrose (é 
reabsorvida e a 
cartilagem articular 
sofre um colapso 
em casos mais 
avançados - esse 
não é o caso) 
Cão: 
Osteodistrofia 
hipertrófica – 
proliferação 
periosteal 
OSTEOSSARCOMA: extremamente comum, também de origem dos osteoblastos, vista muito frequentemente nas 
metáfises dos ossos longos (membros) e causa metástase precoce 
• Comum em cães, principalmente machos de raças de porte médio e grande (nos gatos de ate 10,5 anos de 
idade o esqueleto apendicular é o mais afetado) 
• Ocorre nas metáfises dos membros, respectivamente nos torácicos (radio distal ou úmero proximal) e no 
fêmur distal e tíbia proximal 
• Está muito associado a animais que já sofreram fraturas em locais de irritação crônica ou reparo (ex: calo 
ósseo, placa ou pino) 
• Osteóide é necessário para o diagnostico histológico (apenas o osteossarcoma produz essa matriz) 
 
 
CONDROMA: neoplasia de condroblastos/condrócitos rara que ocorre em ossos chatos 
CONDROSSARCOMA: também de origem dos condroblastos/condrócitos, não muito comum, que acomete costelas, 
esterno e cavidade nasal 
 
 
 
FIBROMA: neoplasia de fibroblastos rara 
FIBROSSARCOMA: também de origem dos fibroblastos, não muito comum, ocorrendo nas diáfises dos ossos longos 
(membros), com metástases tardias 
 
 
Cão: região 
metafisária com 
proliferação 
óssea acentuada 
que invade o osso 
esponjoso e 
também a aparte 
periosteal 
acometida 
Cão: 
condrossarcoma 
cranial/nasal 
Cão: 
condrossarcoma 
do úmero – em 
região 
metafisária 
(muito 
semelhante ao 
osteossarcoma) 
DOENÇAS DAS ARTICULAÇÕES 
 
ALTERAÇÕES DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ARTICULAÇÕES 
• DISPLASIA COXO-FEMORAL: comum em cães de raças grandes e gigante (pastor alemão, labrador, etc.) de 
crescimento rápido, esta associada a uma alimentação exagerada, além de ter o fator hereditário, levando a 
uma falta de conformidade entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, que pode levar a uma subluxação e 
degeneração articular. O acetábulo fica raso, há subluxação da cabeça femoral (mais facilmente visto no 
raio-x), a cartilagem fica opaca e rugosa e com o tempo o quadro vais e agravando e a cartilagem fica 
amarelo-acinzentada, há erosão e eburniação (perda total da cartilagem articular com exposição do osso 
subcondral) e granulação sinovial 
 
 
ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS DAS ARTICULAÇÕES 
• ARTROSE: é uma doença destrutiva da cartilagem articular de articulações sinoviais, mono ou poliarticular, 
em animais jovens ou adultos, podendo ser sintomática ou assintomática e é observado um aumento e 
deformidade da articulação e dor 
→ Etiopatogenia: pouco conhecida, mas leva a perda de proteoglicanos por traumas na cartilagem (mais 
frequente em animais que tem performance atlética), sinovite, alterações do osso subcondral ou da 
estabilidade da articulação. Há degeneração senil da cartilagem, geralmente sem importância clinica 
 
 
• DEGENERAÇÃO (HERNIAÇÃO) DO DISCO INTERVERTEBRAL (em humanos é conhecida como “bico de 
papagaio”) 
→ Herniação tipo I: encontrada em raças condrodistróficas (animais entre 3-7 anos) e há uma extrusão 
maciça de material nuclear degenerado (de forma precoce e acentuada) pelo ânulos fibroso e ligamento 
dorsal longitudinal para a medula espinhal, apresentando sinais clínicos agudos, mielomalacia (necrose 
da medula espinhal) e hemorragia extensa (animal com dor, paresia/paralisia/tetraplegia/paraplexia) 
→ Herniação tipo II: encontrada em raças não-condrodistróficas (animais entre 6-8 anos), em qualquer raça 
e em gatos e é lenta e parcial do núcleo por ânulos rompido resultando em protusão das lamelas 
externas, o que leva a uma compressão do ligamento longitudinal dorsal dentro do canal 
Acetábulo raso e 
erosões em sua 
cartilagem e 
exposição do osso 
subcondral, além 
de muito tecido 
de granulação na 
membrana 
sinovial 
Cão: artrose 
om erosão 
da 
cartilagem 
articular 
→ 70% das herniações ocorrem entre a 12ª vértebra torácica e a 2ª vértebra lombar 
 
 
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS DAS ARTICULAÇÕES 
• ARTRITES: são alterações inflamatórias da cartilagem articular e membranas sinoviais (sinovite = inflamação 
apenas na sinóvia) 
→ Causas: infecciosa com maior frequência e não-infecciosa em cães de companhia 
→ Vias de infecção: penetração direta em feridas, infecção em tecidos adjacentes e disseminação 
hematogênica 
→ Classificação: morfológica – serosa, serofibrinosa ou purulenta; curso – aguda e crônica; extensão – 
monoarticular e poliarticular 
→ Artrites infecciosas (bacterianas): Erysipelothrix rusiopatheia em suínos; T. pyogenes com artrite 
supurativa em bovinos e suínos; E. coli e Streptococcus spp. com septicemia em bezerros e leitões nas 
articulações, meninges e outras serosas; Haemophilus parasuis (fibrinosa) em suínos de 8-16 semanas; 
Haemophilus sommus (serofibrinosa) em bovinos; Borrelia burgdorferi (doença de Lyme ou borreliose – 
carrapato) em cães, bovinos e equinos; Mycoplasma (fibrinosa), sendo m. hyorhinis e M. hyosynoviae 
em suínos e M. bovis (poliartrites fibrinosa a granulomatosas) em bovinos confinados, sendo secundaria 
a pneumonia ou mastite 
 
 
 
→ Artrites infecciosas (virais): artrite-encefalite caprina (CAE) é um retrovírus não-oncogênico (lentivírus), 
sendo encontrados higromas unilaterais ou bilaterais no carpo (massas gelatinosas com fluido 
amarelado ou sanguinolento), mais frequentes em cabritos jovens 
 
Hernia de disco: 
foram retirados 
processos dorsais 
das vertebras e 
medula espinhal e o 
núcleo é 
encontrado 
protruído para o 
lúmen da medula 
Hernia de 
disco: no 
meio há 
áreas de 
hemorragia 
e malácia 
Bovino: 
artrite 
purulenta 
por A. 
pyogenes 
Suíno: artrite 
fibrinosa por 
Haemophylus 
parasuis 
Cabrito: CAE – 
quadro 
neurológico com 
encefalite que 
afeta a medula 
espinhal 
(quadro 
medular) 
Cabrito: CAE – 
articulação do 
carpo aberta 
deformada, com 
material 
gelatinoso com 
fibrina no centro 
→ Artrites não-infecciosas: artrite reumatoide incomum no cão, Immuno-mediada, sedo IgG e IgM 
produzidos por estímulo desconhecido e imunocomplexos depositam nas membranas sinoviais e 
quando isso ocorre há estimulo via complemento para neutrófilos que chegam no foco inflamatório 
liberando enzimas proteolíticas que levam a degenerações do tecido, acentuando o processo 
inflamatório 
→ Curso e consequências: a inflamação se iniciae ativa metaloproteinases (os próprios neutrófilos, 
quando chegam aos tecidos e degranulam, ativam essas metaloproteinases) ocasionando a morte de 
condrócitos pela degradação da matriz extracelular deles, o que leva à degeneração e perda de 
proteoglicanos. Na sequência há uma condrólise (formações de fendas e erosões na articulação), pode 
haver ulceração da membrana sinovial, que pode predispor a uma osteomielite (entrada de bactérias 
presentes na circulação ate o osso), pode também juntar um fleimão (quando há processo inflamatório 
cheio de pus e neutrófilos, mas não existe uma membrana recobrindo isso, podendo fistular) dos 
tecidos periarticulares, pode haver esterilização espontânea ou terapêutica. Se for um caso crônico, 
pode ocorrer uma anquilose óssea (a articulação para de funcionar e fica fixa) 
 
Equino: 
anquilose da 
articulação 
metacarpo-
falangial – 
soldadura da 
articulação

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