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Patologia do Sistema Cardiovascular Fisiopatologia # o sangue chega no átrio direito pela veia cava, ocorre a diástole com a valvila tricúspide fechada, quando AD enche a válvula tricúspide abre, ocorre a sístole e enche o ventrículo direito. Quando esse enche, ocorre a sístole ventricular, levando o sangue para a artéria pulmonar, levando o sangue para os pulmões. Ocorre a troca gasosa/ oxigenação do sangue, daí o sangue volta para o coração pela veia pulmonar, chegando no átrio esquerdo. Depois de cheio o sangue vai para o ventrículo esquerdo pela válvula mitral, depois vai para a circulação sistêmica pela artéria aorta Circulação Sistêmica Microscopia normal # mecanismos fisiológicos que mantem o debito cardíaco: hipertrofia e dilatação das paredes do coração em quantidades pequenas, geralmente não pode ser muito grave a ponto de se tornar uma doença. Acontece em animais de corrida. Pode acontecer também o aumento da frequência cardíaca para suprir a demanda de oxigênio do tecido. Ocorre o aumento da resistência da vasoconstrição periférica parar tentar aumentar a pressão. Policitemia momentânea quando ocorre um estimulo na medula para produzir mais hemácia, mas, se durar muito, o sangue pode ficar mais viscoso, deixando o fluxo sanguíneo mais lento # após isso tudo pode ter uma restauração da função (feedback possitivo) e tudo volta ao normal. Vai sempre ativar mesmo sendo só fisiológico ou em uma doença inicial para tentar manter a compensação. Mas isso pode piorar num ponto em que esses mecanismos não dão conta mais e começa a ter alterações clinicas. Esses mecanismos sempre estão ativados, mas pode aumentar ou piorar. # se tiver alteração na compensação do debito cardíaco, o coração vai ficar aumentando e diminuindo de tamanho por meses e pode chegar uma hora dele não conseguir voltar ao normal de novo Respostas cardíacas intrínsecas + Dilatação Sobrecarga de volume (pode acontecer nas 4 câmaras, mas geralmente acontece em uma só) Aumento de volume a mais que o coração pode aguentar, geralmente acontece em átrio, podendo não conseguir fazer sístole, pois a parede fica fina As fibras ficam onduladas e estiradas na histologia + Hipertrofia (aumento do tamanho da célula) – Átrio não faz hipertrofia Concêntrica em direção a luz, diminuindo – a Sobrecarga de pressão, resistência de fluxo, aumentando a força de contração ou mandar mais sangue para circulação A parede fica muito espessa e a luz pequena O coração fechado não parece ter aumento de tamanho porque só cresce para dentro Causa disfunção da diástole (relaxamento) Excêntrica aumento do diâmetro Sobrecarga de volume (a parede fica do tamanho normal ou um pouco mais fina, mas na verdade apenas aumenta o diâmetro) Difícil identificar se é hipertrofia ou dilatação Causa aumento da circunferência das células do miocárdio, fazendo o coração aumentar de forma visível para fora Insuficiência Cardíaca É uma síndrome (conjunto de sinais clínicos) que ocorre quando o coração é incapaz de bombear corretamente o sangue, seja por déficit de contração (sístole) ou de relaxamento (diástole) ↓Ejeção Ventricular VD/VE ↓Retorno Venoso O coração fica deficiente tanto para puxa quanto para ejetar o sangue Pode ser aguda de forma rápida, difícil de detectar; pode ter desmaio ou morte súbita; pode se por causa de necrose grave no miocárdio ou por problemas arrítmicos ou crônico/congestivo Insuficiência Sistólica Insuficiência de miocárdio, Sobrecarga de pressão Volume Insuficiência Diastólica Alterações de miocárdio, Doenças do pericárdio Síndrome de Insuficiência Cardíaca ou Descompensação Síncope – expressão aguda da doença cardíaca Necrose massiva do miocárdio Arritmias Colapso, perda de consciência, grande alteração de FC e pressão sanguínea, morte inesperada Insuficiência cardíaca congestiva Cardiopatias Doenças pulmonares Doenças renais Doenças vasculares Sobrecarga de Trabalho Cardíaco # crônica/ congestiva congestão venosa: coração não consegue puxar p sangue, então o fluxo fica lento podendo causa congestão ou hiperemia dos órgãos e vasos; pode ser por doenças cardíacas ou vasculares primarias (começa no coração de forma primaria e causa sobrecarga) # o sangue não pode parar, se não coagula e o animal vem a óbito. O sangue não volta, só vai pra frente Congestão ↑ P.H. Edema Direito: Baço Fígado Sistema Venoso Jugular/cava Ascite Hidrotórax Subcutâneo Esquerdo: Pulmão e veias # célula da falha cardíaca quando tem muita congestão acaba escapando algumas hemácias pra longe do alvéolo, o macrófago acaba fagocitando a hemácia; quadro secundário a congestão # em ruminantes é comum que tenha edema de barbela e de peito pilmão vermelho escuro difuso, muito sangue ao corte, pode ter espuma Traqueia com liquido espumoso, sangue entrou em contado com o ar, edema acontece no pulmão, sem crepitação a palpação hidropericardio do lado direito e volume abdominal causado pela ascite # Quando há uma congestão aguda em curso, o fígado pode aumentar de tamanho e peso. A falta de oxigênio no tecido hepático pode causar a morte de células do fígado, especialmente na região central dos lóbulos hepáticos, o que pode dar ao fígado uma aparência semelhante a uma “noz moscada”. # congestão hepática associada a necrose centro lobular do fígado por hipóxia a artéria hepática traz o sangue rico em oxigênio pelo espaço porta (fica na periferia do hepatócito o sangue chega por último na veia centrolobular e por isso ela é o primeiro lugar afetado pela falta de oxigênio, formando o padrão Anomalias do desenvolvimento Defeito no fechamento dos shunts fetais Persistência Ducto Arterioso (PDA) Defeito de septo atrial Defeito do septo ventricular Obstrução do fluxo sanguíneo Estenose pulmonar Estenose subaórtica Mal posicionamento dos grandes vasos Persistência do arco aórtico direito Defeitos genéticos; exposição na prenhez a agentes químicos, físicos, toxinas ou deficiência nutricional https://www.youtube.com/watch?v=tKFjmbKRuuY Defeito no fechamento dos shunts fetais 1) Persistência Ducto Arterioso (PDA) liga a artéria pulmonar à aorta no feto, mas tem que virar um ligamento quando o animal nasce Depois que o animal nasce a pressão da aorta é maior e o sangue que já está oxigenado voltaria para o pulmão Em bezerros é normal que persista até os 3 meses O tamanho da persistência define o tempo de sobrevivência do animal e os sinais clínicos que ele vai apresentar - o pulmão recebe mais sangue do que é capaz, fica hipertenso e pode fazer um edema secundário Com o passar do tempo o átrio e o ventrículo esquerdos vão ser sobrecarregados também porque o sangue que volta para o pulmão passa novamente para o coração; O átrio faz dilatação e o ventrículo faz hipertrofia excêntrica # Quando tem mudança de direção do fluxo ocorre aneurisma, que é uma dilatação da parede vascular https://www.youtube.com/watch?v=tKFjmbKRuuY 2) Defeito de septo atrial Ocorre quando o forame oval do átrio não fecha após o nascimento • Bezerros • Raças grande porte (Doberman, Boxer) • Hipertrofia VD, hipertensão pulmonar A pressão faz o sangue passar do átrio esquerdo para o direito, misturando sangue arterial e venoso; Faz sobrecarga de volume, que causa dilatação do átrio direito; Secundariamente ocorre hipertrofia excêntrica do ventrículo direito e hipertensão (hiperemia ativa) pulmonar Quanto maior o forame pior o quadro clínico Mais comum em cães de grande porte (doberman, boxer) e em bezerros 3) Defeito do septo ventricular os dois septos ventriculares não se fundem e ficam abertos • Defeito cardíaco mais comum em gato • Predisposição em Bulldogs O sangue do ventrículo esquerdo tem refluxo para o direito e os sangues se misturam Ventrículo direito tem sobrecarga de volume e faz hipertrofia excêntrica ou dilatação Pulmão recebe mais sangue, fica com hipertensão e pode ter edema pulmonar Lesões das válvulas semilunares Obstruem o fluxo sanguíneo Anomalias que levam a obstrução do fluxo sanguíneo Estenose subaórtica Forma uma fibrose em forma de anel na valva ou embaixo dela, diminuindo a luz da passagem O ventrículo sofre sobrecarga de pressão e faz hipertrofia concêntrica O sangue não consegue passar para o ventrículo e fica acumulado no átrio que sofre sobrecarga de volume e dilata Pode causar congestão pulmonar e edema (aumento da pressão hidrostática) Animal tem insuficiência cardíaca esquerda Bulldog filhote; hipertrofia concêntrica (sobrecarga de pressão) Estenose pulmonar: Forma uma fibrose em forma de anel na valva pulmonar ou embaixo dela Causa hipertrofia concêntrica do ventrículo direito e dilatação do átrio direito Pode levar à congestão da veia cava e dos órgãos (sistêmica) e edema (insuficiência cardíaca direita) Sangue não chega no pulmão direito e o animal tem hipóxia tecidual • Tetralogia de Falot 1. Estenose pulmonar 2. Hipertrofia compensatória do VD 3. Dextroposição da aorta 4. Defeito do septo ventricular - Cansaço fácil, crescimento retardado, cianose, policitemia É muito grave e incompatível com a vida na veterinária Animal tem estenose da artéria pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito, defeito do septo interventricular e dextroposição da aorta A aorta fica mais centralizada e recebe o sangue que estava sendo misturado no defeito do septo, então os órgãos não são oxigenados Mal posicionamento dos grandes vasos São raras Persistência do arco aórtico direito Os arcos são estruturas que servem para ajudar na formação da aorta e depois somem Quando persiste é como se fosse um ligamento que passa por cima do esôfago estrangulando ele e impedindo a passagem da ração Ocorre acúmulo de ração (o leite é liquido então passa normalmente) e o animal tem megaesôfago (clinicamente tem regurgitação) Mais comum em raças de grande porte como Doberman, Dinamarquês, Weimaramer e Sette Alterações do Pericárdio + Atrofia Serosa da Gordura # Saco pericárdio parietal (retira na necropsia) e visceral (contato direto no coração) - Lesão de pouco significado, não leva a morte do animal, achado da necropsia - Animais com deficiência nutricional mobilizam o tecido adiposo do pericárdio e no lugar dele fica um material semelhante a uma gelatina transparente porque a gordura foi metabolizada Hidropericárdio Acúmulo de líquido na cavidade pericárdica Edema generalizado Esse edema pode ser causado por: insuficiência cardíaca congestiva (direita), hipoproteinemia: reduz a pressão oncótica → síndrome nefrótica, insuficiência renal: a uréia alta aumenta a permeabilidade vascular Lesão vascular Fibrina (conversão do fibrinogênio intravascular) liquido inflamatório, por causa da lesão vascular (vasculite); pode ter um pouco de fibrina, mas não muita Pode ser transparente, amarelado (aumento de bilirrubina) ou avermelhado (embebição por hemoglobina) hipertensão pulmonar: o sangue não consegue passar para o pulmão e acumula do lado direito do coração (ex: pneumonia, doença das alturas, neoplásicas) Hemopericárdio - Presença de sangue e coágulos na cavidade pericárdica - Se for um sangramento lento o coração consegue se adaptar, mas se for rápido (hemorragia aguda) o coração não consegue distender mais (tamponamento cardíaco) e o animal tem parada cardíaca morte subida - Na necropsia pode ter coágulo no ventrículo esquerdo - Causas comuns: deficiência de coagulação (problema hepático, deficiência de vitamina), neoplasias (principalmente hemangiossarcoma, que em cães é mais comum no átrio direito), ruptura de vasos Pericardite Inflamação do pericárdio Vias de entrada dos agentes inflamatórios: Hematógena (bactérias ou vírus na circulação sanguínea), inflamação de tecido adjacente (pneumonias e pleurites) e penetração corpo estranho em bovinos pode ocorrer perfuração por corpo estranho vindo do tecido conjuntivo Morfologia Purulenta/supurativa: causas bacterianas biogênicas principalmente que produz pus - Fibrinosa/ Fibrinopurulenta Quantidade muito grande de fibrina junto com o pus Causas: bactérias que fazem vasculite, vírus ou azotemia grave Os sacos pericárdicos se aderem e o coração não consegue distender Streptococcus suis; aspecto pão com manteiga Fribrinosa – Pasteurelose, Pleuropneumonia contagiosa dos bovinos Mycoplasma sp – Doença de Glasser Glaesserella parasuis, Haemophilus parasuis (causa doença de glasser bactéria que gera lesões vasculares em suíno) Streptococcus suis (precisa fazer cultura para diferenciar de doença de glasser) – Pasteurelose, Peritonite Infecciosa felina coronavírus - Todas essas doenças fazem pelo menos vasculite e pericardite Fibrinopurulenta Reticulo Pericardite Traumática Retículo pericardite traumática em bovinos: comum que seja fibrinopurulenta O animal ingere objetos perfurantes que se depositam no fundo do retículo e podem furar o diafragma e o pericárdio, estando cheios e bactérias do trato intestinal ICC bilateral Sinais Clínicos (edema de barbela, evidenciamento da jugular, cansaço fácil, falta de ar) e Achados de Necropsia (edema sistêmico e pulmonar, fígado em noz moscada) Pericárdio fica espesso e opaco - o saco pericárdio fica muito espesso e branco, com muito pus e fibrina Pericardite constritiva Caso crônico Se o animal sobrevive ao caso agudo de pericardite (citados acima), o pericárdio vai fibrosando e se aderindo ao coração Ocorre a transformação da estrutura colagenosa e elástica numa estrutura fibrosa e que pode estar calcificada Coração não consegue mais se distender e encher as câmaras Para tentar manter o débito cardíaco aumenta a contração e faz hipertrofia concêntrica do ventrículo (esquerdo principalmente), não consegue fazer diástole Ventrículo esquerdo com hipertrofia concêntrica; Coração de gato com suspeita de PIF Alterações do Endocárdio Endocardiose Endocardite Mineralização Lesão degenerativa Degeneração das valvas cardíacas Inflamação do endocárdio pode ser tanto na parede quanto nas válvulas Distrófica: ocorre lesão prévia (lesão de refluxo, azotemia, uremia, etc) Não é congênita, mas pode ter predisposição Tudo que causa lesão endotelial nos vasos sanguíneos também causa no endotélio do endocárdio mural (reveste as câmaras) ou vascular (reveste as válvulas) Metastática: excesso de cálcio no sangue (excesso de vitamina D (aumenta a absorção de cálcio), ingestão de Solanum glaucophyllum (samambaia)) Cães mais velhos de pequeno porte Massas friáveis vegetantes É a principal causa de insuficiência cardíaca esquerda (mais comum) Bactérias e Ureia Histologicamente tem muita necrose, fibrina e bactéria Insuficiência Valvular Sempre nas válvulas Mais comum no endocárdio vascular Dilatação atrial lesão de refluxo Patogenia: as bactérias podem vir do pulmão, do TGI, de dermatites ou qualquer outra lesão bacteriana não tratada que as bactérias consigam chegar ao sangue e se aderir ao endocárdio - ex: onfalite (umbigo), flegmão (tipo de inflamação grave do subcutâneo), trombose venosa (causada por cateter infectado), abcessos hepáticos ou peritoneais e mastite A mais comum é a degeneração mixomatosa da valva mitral pode atingir as cordas tendíneas também as bactérias formam um trombo na lesão que é chamado vegetação; quando é grande chama endocardite vascular vegetante Não tem cura e vai piorando com o tempo Pode causar embolia se for do lado direito vai para o pulmão e causa pneumonia; se for do lado esquerdo vai para os outros órgão causando muitos problemas embólicos; também pode obstruir a passagem de sangue do átrio para o ventrículo Patogenia: Ocorre um acúmulo de tecido mixomatoso (tipo de tecido conjuntivo)que faz a valva ficar opaca e "enrolada" não conseguindo mais fechar e permitindo o refluxo sanguíneo quando faz a sístole parte do sangue vai pra artéria aorta e parte volta pro átrio (sopro cardíaco) Pode causar sobrecarga de volume no átrio esquerdo que vai dilatar e pode comprimir levemente os brônquios principais do cão, gerando tosse Com o tempo pode desenvolver problema no pulmão por causa da insuficiência cardíaca Quando é mais grave é possível ver a lesão de refluxo no átrio Endocardiose Lesão de Refluxo Endocardite Onfalite (umbigo) Trombose venosa (causada por cateter infectado) Endocardite Abscessos hepáticos e peritoniais mastite Trueperella pyogenes Erysipelothrix rhusiopathiae Streptococcus spp Streptococcus equi – AIE e garrotilho Actinobacillus equuli Escherichia coli Bartonellas sp Staphylococcus aureus Streptococcus spp Alterações do Miocárdio + Necrose/Degeneração Áreas pálidas no miocárdio ou ele todo pálido quando não estão associados a hemorragia Causas: Antibióticos ionóforos promotor de crescimento e regulação da microbiota ruminal usado em ruminandes e aves (ex.: Monensina) principalmente cavalos e suínos que ingerem dosagem de ruminantes Deficiência de selênio e vitamina E (antioxidantes): também causa necrose de músculos esqueléticos mais comum em suínos Medicamentos como Antraciclina (quimioterapico); rodenticidas que contém Tálio (metal pesado do remédio de barata) cães Intoxicação por gossipol em excesso na ração (semente de algodão) Deficiência de Taurina (aminoácido) principalmente em gatos (pode fazer cardiomiopatia dilatada) Causas Infecciosas Plantas tóxicas do pasto animais de produção Necrose por Monensina Intoxicação acidental por monensina em ovinos Necrose por isquemia Miocardites Infecciosas: sistêmicas ou extensão de lesões no endocárdio e pericárdio Coração fica com manchas pálidas que aprofundam até o miocárdio, mas se tiver hemorrágica fica avermelhado bactérias, vírus ou protozoários Supurativa causadas por bactérias, predomina neutrófilos, pode causar lesão no SNC Staphylococus, Corynobacterium pseudotuberculosis, Listeria monocytogenes, Actinobacillus equuili, Trueperella pyogenes Necrotizante parasitária causada por protozoários, sem predomínio celular Toxoplasma gondii, hospedeiro final e transmissor é o gato Trypanossoma cruzi, Neospora caninum hospedeiro final e transmissor é o cão Linfocítica - Viral causada por vírus e com predomínio de linfócitos Herpesvírus, Parvovírus canino em filhotes (até 2 meses), Cinomose, Febre Aftosa, Febre cataral maligna, Pseudoraiva, Peste Suína Clássica Necrotizante Hemorrágica Faz necrose muscular Clostridium # Bartonella, erlichiose e leptospirose não provocam infecção supurativa porque ativam o sistema mononuclear (linfócitos, plasmócitos) equino; lesões se aprofundava ao corte, predomínio de leucócitos na lâmina; caso de miocardite supurativa Miocardite por Trypanossoma cruzi Miocardite por CPV-2 filhote de cão; parvovírus canino; # parvovirose em filhotes até 2 meses vão causar endocardite sem causar diarreia, porque o vírus procura os tecidos que se multiplicam mais e durante o começo da vida as células do coração ainda se multiplicam (parvovírus pode ter um corpúsculo de inclusão no núcleo das células cardíaca) Cardiomiopatias Três tipos: cardiomiopatia dilatada, hipertrófica e restritiva Primárias origem no miocárdio (dilatada e hipertrófica Genéticas – mutação genica leva a mutação nas fibrinas do coração – faz hipertrofia ou dilatação, Idiopáticas – não sabe a causa) ou secundárias a uma outra doença (ex: defeito de fechamento do septo interventricular) coração de cão # Legenda Cardiomiopatia dilatada: ventrículos aumentados, coração arredondado; Cardiomiopatia hipertrófica: as paredes dos ventrículos ficam espessas e rígidas, luz das camaras menor; Cardiomiopatia restritiva: as paredes dos ventrículos ficam rígidas, mas não necessariamente espessada Cardiomiopatia dilatada (DCM) Disfunção da fase sistólica o coração perde a capacidade de contrair (sístole) A dilatação ocorre nas 4 câmaras e o coração fica arredondado (perde o ápice) As câmaras ficam com as paredes finas (mais perceptível no ventrículo esquerdo) e luz aumentada; coração pode ficar mais pálido se já tiver deposição de fibrose e tecido adiposo O animal desenvolve insuficiência cardíaca geralmente bilateral, edemas (pulmonar (esquerda predominando), ascite, congestão de órgãos), líquido na traqueia Cardiomiopatia Dilatada Canina (primaria) raças de grande porte a gigante e boxer são predispostas ainda jovens, machos (gene recessivo) Uma mutação no gene impede a capacidade de contração (distrofina) Faz PCR para confirmar (se não fizer é só sugestão) Ocorre após 5 a 6 anos de idade Gatos Gatos geralmente está associada a deficiência de taurina e por isso é secundária e também a meia idade Também pode ser idiopática Cão, São bernardo, macho, 3 anos Macro: Micro: pregueamento das fibras, fibrose intersticial, infiltração gordurosa, degeneração de miócitos, necrose) Congestão e edema pulmonar Cardiomiopatia hipertrófica concêntrica: – Desordem diastólica coração perde a capacidade de fazer a diástole - Pode ser primária genética (comum em gatos), primária idiopática ou secundária Causas Extra-Cardíaca ou secundárias Hipertireoidismo: aumenta o metabolismo e estimula os receptores beta adrenérgicos do coração, aumentando a força de contração e a frequência cardíaca Hipertensão: vasos ficam em vasoconstrição periferica e coração precisa trabalhar mais Hipertensão pulmonar: baixa de oxigênio faz vasoconstrição pulmonar e compromete o ventrículo direito que tem sobrecarga de pressão e faz hipertrofia concêntrica. Ex.: asma, pneumonia, doença das alturas Idiopáticas Cardiomiopatia Hipertrófica Felina Genética - uma mutação do gene causa maior produção de proteínas dentro da fibra muscular que começa a hipertrofiar, histologicamente desorganiza as fibras cardíacas o Mais frequente em gatos das raças persa e maine coon (predisposição), de meia-idade (por volta dos 5 - 6 anos começam a apresentar os sinais) e machos o É concêntrica do lado esquerdo o causa congestão de veias pulmonares e do pulmão e edema que leva à morte por insuficiência respiratória Tromboembolismo aorta abdominal caudal (“trombo em sela”) o pode fazer sobrecarga de volume no átrio, fazendo ele dilatar, podendo formar "trombo em sela". A diminuição de espaço causa acúmulo de sangue no átrio, quando mais sangue chega da veia pulmonar o sangue que estava acumulado muda sua direção e causa lesão endotelial e forma um trombo dentro do átrio esquerdo, esse trombo pode soltar um êmbolo (50% que têm o trombo no átrio soltam o êmbolo) que vai para a aorta, o êmbolo fica agarrado onde a aorta se estreita na divisão para as artérias ilíacas que irrigam os membros. o O animal tem paresia em poucas horas. Ele não consegue andar pela falta de oxigênio, mas sente dor. Os membros ficam gelados, coxins cianóticos, pulso da femoral fraco e pode gangrenar # Nesses casos fazer ultrassom para ver o coração e exames neurológicos Cardiomiopatia Hipertrófica Felina Boxer, macho, 5 anos – neoplasia de tireoide (segundaria) – os hormônios da tireoide aceleram o metabolismo se ligam a receptores beta adrenérgicos, aumentando a contração do coração Cardiomiopatia restritiva Ocorre em gatos e é confundida com a hipertrófica Diástole prejudicada o endocárdio fica espesso e esbranquiçado e com o movimento de diástole restrito Fibrose do endomiocárdica Aumento do Átrio Esquerdo, Ventrículo Esquerdo espessado faz hipertrofiaconcêntrica secundária porque aumenta a frequência para tentar manter o débito já que não consegue preencher a câmara de sangue # Foi diagnosticada depois de 2010 e não se sabe muito sobre, achava que era constritiva Neoplasia do Coração Primárias: hemangiossarcoma (comum no átrio direito de cães), linfoma Metastáticas: linfoma, carcinoma e neoplasia mamária Leucose enzoótica bovina (retrovírus que gera linfomas em bois): linfonodos muito aumentados, causa exoftalmia, infiltra miocárdio e abomaso), oncogênico Quimiodectoma Neoplasia dos quimiorreceptores dos vasos próximos ao coração (aorta pra circulação sistêmica) Pode ser benigno – adenoma (ainda causa compressão) ou maligno – carcinoma (infiltra e faz metástase) Braquicefálicos têm predisposição porque estimulam mais essas células pela falta de oxigênio Hemangiossarcoma dentro do átrio direito – icc direita # ocorre em órgãos vascularizados como baço, fígado e átrio direito e na pele branca (radiação ultravioleta) Mineralização/calcificação: Distrófica: ocorre lesão prévia (lesão de refluxo, azotemia, etc.) Metastática: excesso de cálcio no sangue (excesso de vitamina D (aumenta a absorção de cálcio), ingestão de Solanum glaucophyllum (samambaia)) Pode ocorrer em outras camadas do coração também e em geral impede a sístole e a diástole ou a abertura e o fechamento das valvas Alterações dos Vasos Vasculite: inflamação de vasos sanguíneos Flebite: inflamação das veias. Arterite: inflamação das artérias. Necrose fibrinóide: Lesão endotelial, com aumento de permeabilidade vascular e deposição de fibrina em cima dos vasos causada por vasculite Arteriosclerose: calcificação da túnica média ou túnica íntima (hipertrofia) Aterosclerose: acúmulo de gordura (lipídios) e consequente inflamação da parede dos vasos o - Doença inflamatória crônica de origem multifatorial, com formação de placas calcificadas Hiperplasia da túnica íntima: Diminui o lúmen; geralmente acontece por lesão direta Aneurisma Dilatação da parede dos vasos que ficam mais finas e podem romper Deficiência de cobre; Parasitas como: Spirocerca lupi (nematoide – fica no esôfago, causa arterite) Strongylus vulgaris (intestino delgado no equino). Ruptura de vasos Aneurismas (segundarias); Trauma; Micose das bolsas guturais (equino); Espontânea (hipertensão por muito esforço) Hipertrofia Inflamação crônica, estímulo de vasoconstrição crônica e parasitas; É concêntrica; A túnica média é tecido muscular Doenças das alturas (bovinos); Vermes como: Aelurostrongylus abstrusus Dirofilaria immits. liso # micose das bolsas guturais: cavalos com rinite e sinusite com muita secreção acumulam essa secreção na bolsa e gerando uma inflamação que passa para carótida (ficam muito próximas); causando ruptura da carótida, epistaxe e morte # Doenças das alturas: causado pela dificuldade em se adaptar à menor pressão de oxigênio em altitudes elevadas. Ocorre sobrecarga pulmonar, pois precisa fazer troca gasosa rápida, fazendo hipertensão crônica. Causa icc direita Vasos Nódulos de Spirocerca lupi (adulto) no esôfago felinos, fica dentro dos alvéolos depois de adulto migra para artéria Vasculite: inflamação de vasos sanguíneos Arterite: inflamação das artérias. - Causas: doenças que geram hipersensibilidade do tipo 3 (com deposição de imunocomplexos) - ex: anemia infecciosa equina - Azotemia - Doença do edema: suínos jovens o causada por uma toxina do tipo Erlichia colli o causa vasculite e edema generalizado até na cara - Causas infecciosas: PIF, salmonelose, diarréia viral bovina - Deficiência de vitamina E e selênio: o causam necrose do miocárdio porque são antioxidantes o em suínos leva também à necrose de vasos e consequente hemorragia, deixando o coração vermelho e causando hidrotórax (doença do coração de amora) o causa morte súbita - Arterite viral equina - Bactérias gram negativas: produzem tóxicas que fazer vasculite - Outros agentes infecciosos: Erysipelothrix rhusiopathiae, Peste suína Clássica, Corynebacterium pseudotuberculosis, Mannheimia (Pasteurella) haemolytica Tromboembolismo e êmbolos: - Causas: infecções bacterianas no sangue - Síndrome da veia cava caudal em bezerros: o abscesso hepático causado por uma infecção de umbigo permite que a bactéria chegue na veia hepática e consequentemente na veia cava, causa morte súbita o se for um trombo oclusivo na veia cava o sangue não volta pro coração e o animal tem morte súbita o se o trombo não for oclusivo pode soltar êmbolos que param no pulmão, causando infarto pulmonar, pneumonia, embolismo pulmonar e ruptura de vasos pulmonares (faz sangramento nasal) o ex: E. colli, streptococcus, etc - Strongylus vulgaris causa trombose na artéria mesentérica do intestino de cavalos, liberando êmbolos e causando necrose (o animal tem cólica) - Em gatos tem o trombo em sela - Êmbolos de fibrocartilagem estão relacionados à extrusão de disco intervertebral – neurológico o cães mais velhos e os do tipo salsicha têm mais propensão o quando o anel de fibrocartilagem rompe, a medula é comprimida e lesiona os vasos sanguíneos dela, podendo causar trombose e entrar êmbolos nesses vasos Doença do coração de amora – suínos jovens • Gerado pela deficiência de Vitamina E e Selênio substancias antioxidante que permite a formação de radicais livres no musculo cardíaco • Faz necrose do miocárdio e dos vasos (necrose fibrinoide) mas não fica pálido, pois junto com a necrose vem a hemorragia, ficando avermelhado. • Morrem subidamente, sem sinal clinico Patologia das Veias Flebite: inflamação das veias. - Causas: doenças infecciosas, processos inflamatórios na pele/no músculo, lesões por agulha ou medicamentos Infecção sistêmica (salmonelose e PIF) Injeção intra-venosa (solução irritante, solução na parede, trauma) Por extensão como a onfaloflebite (inflamação da veia e cordão umbilical) Poliatrite e abscessos hepáticos Trombose em veia cava
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