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crimes contra a saúde publica

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Crimes contra a 
saúde publica 
Crimes contra a 
saúde publica 
 
 
 
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação 
de germes patogênicos: 
 Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 
 § 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em 
dobro. 
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um 
a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro 
anos. 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
• Diz respeito à saúde das pessoas, exposta aos 
efeitos devastadores da conduta criminosa. 
 
Sujeitos do crime 
 Qualquer pessoa pode praticar o delito. 
 O sujeito passivo será a coletividade, assim como 
aqueles que forem prejudicados pela disseminação. 
 
Conduta 
Causar epidemia, mediante a propagação de germes 
patogénicos. 
Epidemia é o surto de uma doença transitória que 
ataca simultaneamente um número indeterminado 
de pessoas em certa localidade. 
Não podemos confundir a epidemia com a endemia, 
que é a moléstia infectuosas que ocorre 
habitualmente e com incidência significativa em 
determinadas populações, e com pandemia, que é a 
enfermidade amplamente disseminada, que atinge 
diversos países. 
 
 
 
 
Germes patogénicos são todos os elementos 
capazes de produzir moléstia infecciosa, pouco 
importando que já estejam biologicamente 
identificados. 
 
• Quanto a contaminação de germes pode ocorrer 
de diversas formas, como através de reservatórios 
de águas, locais de armazenamento de 
alimentos... 
 
• Somente a contaminação de humanos que 
configura o crime 
 
Voluntariedade 
 É o dolo, no qual a gente está ciente de que pode 
causar uma epidemia. 
 
Consumação 
Por se tratar de crime de perigo comum, se consuma, 
com a ocorrência da epidemia, sendo assim com a 
contaminação de várias pessoas. 
 
Majorante de pena 
A pena será aumentada em dobro, se o agente com 
dolo, pratica o crime e resulta em morte culposa 
(epidemia com resultado de morte culposa). 
• Somente será crime hediondo, quando houver 
resultado morte. 
 
Tentativa 
É admitida, mas de difícil comprovação. 
 
Epidemia 
 
 
 
 
 
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, 
destinada a impedir introdução ou propagação de 
doença contagiosa: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, 
se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce 
a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou 
enfermeiro. 
• Ação penal pública incondicionada. 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o delito 
O sujeito passivo será a coletividade e os possíveis 
lesados pela conduta. 
 
Conduta 
Infringir determinação do poder público, destinada a 
impedir introdução ou propagação de doença 
contagiosa, o que pode se dar de maneira comissiva 
ou omissiva. 
Percebe-se que não configura o crime, a violação de 
qualquer dispositivo de regulamentação sanitária, 
mais único e tão somente aquele voltado ao 
impedimento de introdução ou propagação de 
doença contagiosa. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, que consiste na vontade do agente de 
praticar o delito. 
 
 
 
 
 
Em relação à saúde pública, já se teve decisão de 
que, a carne obtida através do abate clandestino 
destinado ao consumo particular, de familiares em 
churrascos caseiros, não configura o crime do artigo 
268 do código penal por ausência de dolo. 
 
Consumação 
 Se dá com a violação da determinação, visto se 
tratar de um crime de perigo abstrato. 
 
Tentativa 
Por ter possibilidade de fracionamento do delito, é 
possível a tentativa. 
 
Majorante de pena 
Caso o agente seja funcionário da saúde pública ou 
exercer a profissão de médico, farmacêutico, 
dentista ou enfermeiro, terá sua pena aumentada de 
1/3 segundo parágrafo único. 
 
O art. 268 é uma norma penal em Branco: 
Isso porque o dispositivo traz um, que é a parte que 
fala da determinação do Poder público. É necessário 
saber que determinação é essa, que visa impedir a 
propagação de doença contagiosa. 
A norma Penal em Branco pode ser homogênea ou 
Heterogênea. É homogênea quando o seu 
complemento vem de uma norma da 
mesma hierarquia. Será heterogênea se o 
complemento for feito por norma de 
patamar hierárquico diferente, que não passou pelo 
mesmo processo legislativo e mesma forma de 
elaboração. 
Infração de medida 
sanitária preventiva 
 
 
 
 
 
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade 
pública doença cuja notificação é compulsória: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
• Ação penal pública incondicionada 
 
• Falta de notícia da doença órgão competente 
geram danos à incolumidade pública, pois não 
evita a sua propagação a população. 
 
• Crime omissivo próprio: feito por omissão do 
médico, diante a doença. 
 
• Não admite tentativa, pois se trata de crime 
omissivo próprio. 
 
 
 Sujeitos do crime 
Visto ser um crime próprio, poderá ser somente 
praticado por médico. 
O Sujeito passivo será a coletividade. 
 
A portaria 204/16, editada pelo Ministério da saúde, 
dispõem que a notificação compulsória de doenças é 
obrigatória para médicos e outros profissionais de 
saúde ou responsáveis por serviços públicos e 
privados de saúde, mas o tipo penal é mais restrito no 
que diz respeito a isso. 
 
Conduta 
É quando o médico deixa de denunciar à autoridade 
pública, doença cuja notificação é compulsória, 
competente as autoridades sanitárias, através de 
norma administrativa complementar, elaborarem o rol 
dessas Moléstias. 
 
 
 
 
 
É obrigatório, também, a notificação das doenças 
profissionais e das produzidas por condições 
especiais de trabalho, comprovada ou suspeitas, 
disposto no artigo 169 da CLT. 
 
Não se exige que o médico tenha contato direto 
com o doente, bastando que tenha conhecimento da 
existência da doença. 
 
 Voluntariedade 
É dolo, visto o agente ter consciência de que estar a 
praticar um delito. 
 
Consumação 
Se dá no momento em que o agente, ciente da 
existência da doença de notificação obrigatória, 
deixa de comunicá-la à autoridade sanitária. 
 
A portaria 204/ 16 estabelece os prazos de 24 horas e 
semanal, conforme a natureza da doença é o jeito da 
necessidade de adoção de medidas para conter a 
doença. 
 
OBSERVAÇÃO: O art. 269 é também uma norma 
penal em branco, pois ele fala “doença cuja 
notificação é compulsória”. É necessário saber quais 
as doenças de notificação são compulsórias. 
 
 
 
 
Omissão de notificação 
de doença 
 
 
 
 
 
 
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou 
particular, ou substância alimentícia ou medicinal 
destinada a consumo: 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a 
consumo ou tem em depósito, para o fim de ser 
distribuída, a água ou a substância envenenada. 
§ 2º - Se o crime é culposo: 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Não há incompatibilidade entre os artigos 270 e artigo 
54 da lei número 9.605 de 1998, pois o primeiro pune 
a conduta de envenenar água potável já o segundo 
pune a poluição de qualquer natureza. Sendo assim o 
artigo 270 é uma norma especial que pune a 
conspurcação da água potável. 
 
 Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o delito, inclusive o 
proprietário da substância alimentícia ou medicinal. 
O sujeito passivo será a coletividade e aqueles que 
forem atingidos pelo eventual delito. 
 
 Conduta 
Envenenar água potável, de uso comum ou 
particular, ou substância alimentícia ou medicinal 
destinada a consumo. 
 
 
 
 
 
 
• o crime pode ser praticado tanto por ação quanto 
por omissão. 
 
• indispensável que a substância envenenada seja 
acessível há um número indeterminado de 
pessoas. 
 
 Voluntariedade 
 É o dolo, em que o agente possui a consciência de 
que estar a praticar um crime. 
 
 Consumação 
É feita no momento em que se verifica o 
envenenamento, presumindo-seassim o perigo. 
 
 Tentativa 
 É admissível 
 
Forma culposa 
Quando o agente por imprudência, negligência ou 
imperícia, permite que a substância destinada ao 
consumo seja contaminada. 
 
 
 
 
 
Envenenamento de água 
potável ou de substância 
alimentícia ou medicinal 
 
 
 
 
 
 
Art. 272 - Corromper, adulterar, falsificar ou alterar 
substância ou produto alimentício destinado a 
consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-
lhe o valor nutritivo 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1º-A - Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, 
vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para 
vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a 
consumo a substância alimentícia ou o produto 
falsificado, corrompido ou adulterado. 
§ 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pratica as 
ações previstas neste artigo em relação a bebidas, 
com ou sem teor alcoólico. 
§ 2º - Se o crime é culposo 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o crime, e não 
necessariamente quem tem qualidade de fabricante 
comerciante do produto. 
 O sujeito passivo será a coletividade e os possíveis 
atingidos pela conduta. 
 
 Conduta 
Corromper, adulterar, falsificar ou alterar 
substância ou produto alimentício destinado ao 
consumo. 
 
 
 
 
 
 
• Não se pune somente a conduta de quem torna a 
substância ou produto alimentício no nocivo à 
saúde, mas também daquele que diminuiu seu 
valor nutritivo. 
 
• O delito pode ser também feito pela forma 
omissiva, no qual a gente não se atenta as 
cautelas necessárias para impedir que o produto 
seja corrompido. 
 
• É indispensável que a substância seja destinada 
ao consumo e que não vise uma pessoa 
determinada. 
 
 Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente está ciente que irá 
cometer um crime. 
 
 Consumação 
Ocorre com a prática de uma das condutas descritas 
acima, prescindido se dá efetiva colocação do 
produto à disposição coletiva. 
 
 Tentativa 
 É admissível 
 
 
 
Falsificação, corrupção, adulteração 
ou alteração de substância ou 
produtos alimentícios 
 
 
 
 
 
 
 Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar 
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, 
vende, expõe à venda, tem em depósito para vender 
ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo 
o produto falsificado, corrompido, adulterado ou 
alterado. 
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere 
este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os 
insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes 
e os de uso em diagnóstico. 
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem 
pratica as ações previstas no § 1º em relação a 
produtos em qualquer das seguintes condições: 
I - sem registro, quando exigível, no órgão de 
vigilância sanitária competente; 
II - em desacordo com a fórmula constante do 
registro previsto no inciso anterior 
III - sem as características de identidade e qualidade 
admitidas para a sua comercialização; 
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua 
atividade; 
V - de procedência ignorada; 
 VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da 
autoridade sanitária competente. 
 
• Ação penal pública incondicionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o crime, não sendo 
necessariamente o produtor ou comerciante do 
produto. 
 
 O sujeito passivo será a coletividade e os atingidos 
pela conduta do agente. 
 
Conduta 
Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais, sendo 
assim, destinados ao tratamento ou a cura de 
doentes. 
 
Pratica o crime quem, modifica ou altera o produto 
que fabrica, empregados substâncias inadequadas 
ou que reduza o seu valor terapêutico. 
 
Inclui entre os produtos: Medicamentos, matéria 
prima, insumos farmacêuticos, Cosméticos, saneantes 
e os de uso em diagnóstico. 
 
Certa parte da doutrina crítica que alteração de um 
produto cosmético, destinada exclusivamente a 
embelezamento, possui caráter meramente 
purificador ou desinfetante, não podendo ser 
considerado tão grave a ponto de ser submetida há 
um instituto reservado a fatos envolvidos em especial 
seriedade. 
 
Falsificação, corrupção, adulteração 
ou alteração de produtos destinados 
a fins terapêuticos ou medicinais 
 
 Voluntariedade 
 É o dolo, em que o agente tem ciência de que estar a 
cometer um crime. 
 
 Consumação 
Se dá com a prática de qualquer das ações acima, 
independentemente de eventual disposição ao 
consumo, visto se tratar de um perigo abstrato. 
 
 Tentativa 
 É aceita, devido se tratar de um crime 
plurissubsistente. 
 
Forma equiparada 
O primeiro parágrafo, pune do mesmo modo que o 
Caput o agente que, importar, vender, expor a venda, 
ou possuir depósito para vender ou, de qualquer 
forma, distribuir ou entregar a consumo o produto 
falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. 
 
Forma culposa 
A divergência na doutrina, sobre a questão de o 
comportamento de falsificar poder ou não ser 
praticado mediante imprudência, negligência ou 
imperícia. 
 
Princípio da insignificância 
Trata-se, na espécie, de crime em que o bem jurídico 
tutelado é a saúde pública. Irrelevante considerar o 
valor da venda do medicamento para desqualificar a 
conduta (STJ, RHC 17.942/SP). 
 
 
Princípio da 
proporcionalidade 
Quem introduz clandestinamente em solo nacional 
produto de origem estrangeira destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais, sem registro, 
de procedência ignorada e adquirido de 
estabelecimento sem licença do órgão de vigilância 
sanitária competente, pratica o delito capitulado no 
art. 273, § 1º-B, incisos I, V e VI, do CP. 
 
Nos casos de fatos que, embora censuráveis, não 
assumam tamanha gravidade, deve-se recorrer, tanto 
quanto possível, ao emprego da analogia em favor do 
réu, recolhendo-se, no corpo do ordenamento 
jurídico, parâmetros razoáveis que autorizem a 
aplicação de uma pena justa, sob pena de ofensa 
ao princípio da proporcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 274 - Empregar, no fabrico de produto destinado 
a consumo, revestimento, gaseificação artificial, 
matéria corante, substância aromática, anti-séptica, 
conservadora ou qualquer outra não expressamente 
permitida pela legislação sanitária: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Sujeitos do crime 
Pode ser praticado por qualquer pessoa, embora o 
mais comum seja que seja efetuado pelo fabricante 
ou comerciante. 
 
O sujeito passivo será a coletividade e os possíveis 
prejudicados pela ação. 
 
Conduta 
Quem sem permissão expressa da legislação 
sanitária, emprega, na fabricação de produtos 
destinados ao consumo: 
• Revestimento: Processo destinado a encobrir o 
produto fabricado. 
 
• Gasificação artificial: Utilizada em substâncias de 
gênero alimentício medicinal, que visa dissolver 
gás necessário à fabricação do produto, como 
exemplo, o refrigerante. 
 
• Matéria corante: Utilizado para dar cor. 
 
• Substância aromática: Utilizada para melhorar o 
paladar ou dar aroma ao produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Substância antisséptica: Destinada a impedir a 
proliferação de matéria orgânica. 
 
• Conservadora: Feita para impedir a proliferação 
de germes. 
 
• Ou qualquer outro meio 
➔ Trata-se de lei penal em branco, cujo 
conteúdo criminoso deve ser complementado 
pela legislação sanitária específica. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, já que os gente possui a consciência de que 
está cometendo um delito. 
 
Consumação 
No momento em que o agente emprega a 
substância, independentemente da ocorrência de 
disposições do produto fabricado irregularmente, pois 
setrata de crime de perigo abstrato. 
 
Tentativa 
É possível, visto que o agente pode ser impedido de 
praticar a ação por terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
Emprego de processo 
proibido ou de substância 
não permitida 
 
 
 
 
 
Art. 275 - Inculcar, em invólucro ou recipiente de 
produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a 
existência de substância que não se encontra em seu 
conteúdo ou que nele existe em quantidade menor 
que a mencionada: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode cometer o crime, entretanto, é 
mais comum que seja praticado pelos fabricantes ou 
comerciantes do produto. 
 
Conduta 
Quem gravar, em invólucro ou recipiente de 
produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a 
existência de substâncias irreal em seu conteúdo ou 
que nele existe em quantidade menor que a indicada. 
 
Invólucro: rótulos, bulas, pacotes... 
Recipiente: frascos, vidros, latas, potes,,, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente tenha consciência de que 
está a praticar um crime, não se exigindo dele, uma 
finalidade especial. 
 
Consumação 
Se consuma com a falsa indicação, sendo 
indispensável que o produto esteja à disposição do 
consumidor. 
 
Tentativa 
Por se tratar de um crime plurissubsistente, a tentativa 
é admitida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Invólucro ou recipiente 
com falsa indicação 
 
 
 
 
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para 
vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo 
produto nas condições dos arts. 274 e 275. 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa 
• Ação penal pública incondicionada. 
 
Sujeitos do crime 
Pode ser praticado por qualquer pessoa e não 
necessariamente só o comerciante. 
O sujeito passivo, será a coletividade. 
 
Conduta 
Vender, expor a venda, ter em deposito para vender 
ou, de qualquer forma, para consumo. 
• Produto fabricado com alguma substância não 
autorizada por lei (art.274). 
 
• Produto que contenha em invólucro ou 
recipiente, informações falsas acerca da 
substância em que a composto. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente tem consciência de que 
está a praticar um crime. 
A finalidade de agir só é exigida na hipótese de 
terem depósito, destinando-se o produto à venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não havendo perigo à saúde pública, o crime será o 
do artigo 2, inciso 3, da lei 1.521/51 (crimes contra a 
economia popular). 
 
Consumação 
Se consuma, no momento da prática de uma das 
condutas típicas do crime, sendo as 2 últimas 
modalidades, a configuração de um delito 
permanente. 
 
Tentativa 
Embora possível, é difícil a sua ocorrência, já que a 
mera posse do produto para vendê-lo, já se 
caracteriza o crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produto ou substância nas 
condições dos 2 antigos anteriores 
 
 
 
 
 Art. 277 - Vender, expor à venda, ter em depósito ou 
ceder substância destinada à falsificação de produtos 
alimentícios, terapêuticos ou medicinais 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o delito, e não 
necessariamente só o comerciante e os produtores. 
O sujeito passivo será coletividade 
 
 
Conduta 
Vender, expor a venda, mantiver em depósito ou 
substância destinada a falsificação de produtos 
alimentícios, terapêuticos o medicinais. 
 
É punido somente a conduta em relação à 
substância, excluindo-se assim, quem possui 
maquinário ou outros aparatos para a realização da 
falsificação. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, devido a consciência do agente de que está 
a praticar o crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consumação 
É consumado com a prática de uma das condutas 
típicas do delito. É dispensável a ocorrência de dano, 
entretanto, é necessário efetuar uma perícia. 
 
Tentativa 
Embora seja possível, é de difícil configuração, visto 
que o mero depósito já configura se o delito. 
 
Observações: 
Caso o consumidor sofra algum gravame em sua vida 
ou integridade física em razão da utilização do 
produto falsificado colocado no mercado, estar-se-á 
diante de uma das causas de aumento de pena 
previstas no art. 258 do CP. Em virtude da pena 
mínima cominada, será possível a suspensão 
condicional do processo, conforme art. 89 da lei 
9.099/95. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Substância destinada a 
falsificação 
 
 
 
 
 
Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em 
depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar 
a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda 
que não destinada à alimentação ou a fim medicinal 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Sujeitos do crime 
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa. 
O sujeito passivo será a coletividade, e quem foi 
submetido ao risco do delito. 
 
Conduta 
Fabricar, vender, expor a venda, ter em depósito 
para vender ou, de qualquer forma, entregar a 
consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda 
que não possua o fim alimentício ou medicinal. 
 
Substância nociva: Causa danos à saúde de quem 
a consome (diferentemente de impróprio para 
consumo). 
 
• Deve ser destinada ao consumo de um número 
indeterminado de pessoas. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente está ciente de que irá 
praticar um crime. 
 
 
 
 
 
 
Consumação 
É no momento em que o agente pratica qualquer 
das condutas típicas do delito, independentemente 
se ocorreu efetivo dano. 
 
Tentativa 
Embora seja possível, é de difícil configuração, já que 
a simples manutenção do depósito já configuraria o 
crime. 
 
Exemplo: 
Canetas que possuem produto tóxico ao organismo, 
não se enquadrariam nesse artigo, visto ela não 
possuir destinação própria para o consumo, ou 
medicinal... 
 
Parágrafo único 
Traz a prática criminosa intentada por imprudência, 
negligência ou imperícia, em que o agente não sabe 
da possibilidade da coisa ou da substância. 
 
Princípio da especialidade 
Estatuto da criança e do adolescente X Código penal 
O artigo 243 do ECA, pune quem vender, fornecer, 
servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, 
a criança ou adolescente, bebida alcoólica ou, sem 
justa causa, outros produtos cujo componentes 
possam causar dependência física ou psíquica. 
 
 
Outras substâncias nocivas 
à saúde pública 
 
 
 
 
 
Art. 280 - Fornecer substância medicinal em 
desacordo com receita médica 
 
• Ação penal pública incondicionada 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o crime, não sendo 
necessário, ser somente os farmacêuticos, mas todos 
aqueles que possam fornecer medicamentos em 
desacordo com a receita médica. 
 
O sujeito passivo será a coletividade e a pessoa que 
adquirir ou consumir o medicamento. 
 
Conduta 
Fornece substância medicinal, destinado ao 
tratamento a cura de pacientes, em desacordo com a 
receita prescrita pelo médico. 
Somente a receita médica vincula o fornecedor do 
medicamento, não constituindo crime, por exemplo, a 
receita fornecida por um dentista. 
 
• Não comete o crime o farmacêutico que substitui 
o medicamento receitado por substância 
idêntica, vendida como genérica, devido possuir 
as mesmas substâncias, afastando assim, a 
possibilidade de dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Em casos em que o médico faça uma receita 
errada, e acaba prescrevendo uma dose 
exagerada do medicamento, o farmacêutico ao 
contestar o erro, poderá corrigir a receita e 
entregar o paciente a dose adequada (somente 
em estado de urgência para o medicamento), ou, 
irá contatar o médico para alertar o equívoco, 
fazendo com que o paciente tenha uma nova 
receita com a dosagem certa. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente está conscientede que irá 
praticar um crime. 
 
• Quando o médico, culposamente prescreve em 
doses excessivas substância conceituada como 
droga, será ele punido, na forma do artigo 38 da 
lei n° 11.343/06. 
 
Consumação 
É realizada, com a entrega do medicamento, 
independentemente do uso pelo adquirente. 
 
Tentativa 
É possível. 
 
 
 
 
 
Medicamento em desacordo 
com a receita médica 
 
 
 
 
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a 
profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem 
autorização legal ou excedendo-lhe os limites: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim 
de lucro, aplica-se também multa 
• Ação penal pública incondicionada. 
• Crime de perigo abstrato 
 
Sujeitos do crime 
Em relação ao exercício sem autorização legal. 
qualquer pessoa pode praticar delito como sujeito 
ativo, já na hipótese de exceder os limites da 
autorização legal da profissão, somente o médico, 
dentista ou farmacêutico podem praticar o crime. 
O sujeito passivo será a coletividade e eventuais de 
pessoas atendidas pelo agente. 
 
Conduta 
Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de 
médico, dentista o farmacêutico, sem autorização 
legal ou excedendo-lhe os limites. 
 
O STJ decidiu, que o exercício da acupuntura não 
caracteriza o crime do artigo 282, pois não há 
menção a esta atividade nas leis que complementam 
o artigo. 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente está ciente de que irá 
praticar um crime. 
 
 
 
 
O clínico que realizar partos, pratica o crime? 
Somente se ele, se identificar como obstetra, mesmo 
sendo somente clínico, pois assim ele está omitindo a 
sua real especialização, por mais que ele seja 
capacitado de fazer um parto. 
Caso o médico, não omita a sua real especialização e 
a gestante, e mesmo assim ela aceita que ele realize 
o seu parto, ele não praticará o crime. 
 
Consumação 
É consumado, com a prática reiterada de atos 
inerentes à profissão sem que haja autorização legal 
ou mediante excesso. 
 
Tentativa 
É inadmissível, pois se trata de um crime habitual, 
em que o agente comete reiteradas vezes a ação 
típica, consumando-se assim o delito. 
 
Majorante de pena 
• Caso a conduta resulte em lucro, segundo 
parágrafo único, será aplicado uma pena de 
multa. 
 
• Em resultado do exercício legal, ocorrer em lesão 
corporal ou morte de alguém. 
 
Observações: Se alguém, em localidades isoladas 
onde não existem funcionários da saúde, mas que 
possui conhecimentos básicos das profissões, com a 
finalidade de auxiliar aquela comunidade, vier a 
exercê-las com regularidade, não se poderá imputar-
lhe o delito, tendo em vista tratar-se de uma situação 
pertinente ao raciocínio do estado de necessidade. 
Exercício ilegal da medicina, arte 
dentária ou farmacêutica 
 
 
 
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto 
ou infalível: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
• Tutela-se a incolumidade pública e a boa-fé 
daqueles que se submeterem algum tipo de 
tratamento. 
 
• Ação penal pública incondicionada. 
 
• O charlatanismo não se confunde com o exercício 
ilegal da medicina. 
 
• Estelionatário da medicina. 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o delito, incluindo o 
médico que anuncia a cura por meio secreto ou 
infalível. 
O sujeito passivo será a coletividade, assim como os 
possíveis lesados pela conduta do agente. 
 
 
Conduta 
Quando o agente aproveita, a necessidade da vítima, 
para influenciar ou divulgar, cura por meio secreto 
ou infalível. 
 
• O anúncio pode ser feito de diversas formas. 
 
• A cura a que se refere a lei penal diz respeito 
a determinadas doenças para as quais não 
exista tratamento próprio. 
 
 
 
 
 
voluntariedade 
É o dolo, em que o agente sabe que a sua conduta 
caracterizará um crime. 
 
O sujeito ativo deve estar ciente de que o meio 
divulgado por ele é ineficaz, sendo assim, agirá 
conscientemente de má-fé, ao realizar a conduta. 
 
Consumação 
É realizada, quando o agente influencia ou divulga, 
cura por meio secreto ou infalível. 
• Não exigisse a habitualidade 
 
Majorante de pena 
Se a conduta, resultar em lesão corporal ou morte 
de alguém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Charlatanismo 
 
 
 
 
Art. 284 - Exercer o curandeirismo: 
 I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, 
habitualmente, qualquer substância; 
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; 
III - fazendo diagnósticos: 
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante 
remuneração, o agente fica também sujeito à multa. 
 
• Tutela-se a saúde coletiva. 
 
• Ação penal publica incondicionada. 
 
• Curandeiro acredita que, com suas fórmulas 
sobrenaturais, mágicas, conseguirá a cura 
daquele que foi à sua procura 
 
Sujeitos do crime 
Qualquer pessoa pode praticar o delito 
O sujeito passivo será a coletividade, assim como, as 
eventuais vítimas. 
 
Conduta 
É dividida em 3 ações típicas: 
1. Prescrever, ministrar ou aplicar, habitualmente, 
qualquer substância (não se limita apenas aquelas 
com finalidade medicinal). 
 
2. Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio. 
 
3. Realizando diagnósticos através de indivíduos não 
capacitados. 
 
 
 
 
• Se praticado em rituais religiosos, boa parte da 
doutrina entende que, não será criminoso, visto 
que, são atos baseados na fé das pessoas, 
 
• O curandeirismo pode ser praticado em concurso 
formal com outros crimes, como exemplo, o 
estelionato, estupro... 
 
Voluntariedade 
É o dolo, em que o agente está ciente de que irá 
praticar um crime. 
• Se a conduta resulta de lucro, será acumulada 
com pena proposta, uma pena de multa. 
 
Consumação 
Se dá com habitualidade das ações típicas, exigindo-
se assim, uma prática reiterada de atos. 
• Não é necessário que tenha ocorrido um dano, 
visto se tratar de um crime de perigo abstrato. 
 
Tentativa 
Devido ser indispensável à prática reiterada dos atos, 
a tentativa é impossível. 
 
Denúncia inepta 
Se a inicial acusatória imputou à paciente a prática do 
delito de curandeirismo de forma genérica, deixando 
de detalhar qual a conduta por ela realizada que se 
adapta ao tipo penal atribuído, não explicitando quais 
os “trabalhos de curandeirismo” foram praticados pela 
ré, resta configurado o constrangimento ilegal. 
 
Curandeirismo

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