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Treinamento AP1 (parte 1 e 2 )

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Questões treinamento AP1 (AULAS DE 1 A 3 - Planejamento Territorial)
1. Diferencie planejamento de gestão
	
O planejamento é uma ferramenta administrativa na qual se estrutura o processo prático, seus resultados e a avaliação dos problemas. Planejamento é pensar o espaço a partir de suas demandas, e a gestão é o plano posto em prática.
Gestão é a administração do planejamento pensado anteriormente; é o campo em que se oferecem as condições para sua realização, gerenciamento dos recursos e contratação de pessoal qualificado ou de empresas especialistas. Gerir é colocar em prática o planejamento. A coerência entre o planejamento e a gestão é primordial para o êxito da política. 
2. O que são políticas públicas voltada para o planejamento?
Atualmente, percebemos cada vez mais a importância de se ouvir a população para a definição dos objetivos a serem traçados no plano.
Há dois tipos de participação na sociedade civil: restritiva e ampliada. 
Mesmo havendo críticas ao modelo restritivo de participação, que é de âmbito clientelístico, esse é o tipo de participação que mais atende às necessidades imediatas da população pobre. A intervenção do poder público vai ao encontro das decisões políticas imediatistas e de resultado rápido. É caracterizado pela mudança da fachada das casas, pelo acréscimo de uma praça no bairro, pela pintura das pichações, entre outros, mas é o tipo de intervenção que é visível e que pode garantir a eleição de um político; por isso, clientelístico.
Já a participação ampliada exige um nível de escolaridade para engajamento político, pois os representantes de grupos de interesse reúnem-se com o poder público e defendem a solução de demandas coletivas. É representado por um grande número de pessoas, mas também há contrapartidas, como a formação política e/ou partidária do grupo, as divergências internas e os interesses pessoais.
3. Para que fazer um planejamento urbano?
Para se pensar o espaço a partir de suas demandas, e é a partir dele que as cidades são construídas e que os cidadãos conseguem se conectar com os espaços onde vivem. O planejamento urbano é o processo que leva à criação e ao desenvolvimento de áreas urbanas. 
4. Quais as fases que organizam o planejamento?
Definição da escala de intervenção. 
A agenda de ação, em que está previsto todo o período de tempo de execução do plano.
A formulação dos objetivos, de acordo com as necessidades trazidas pelo espaço de intervenção previamente definido. 
A implementação da política, a partir do plano coordenado pela gestão responsável. 
A avaliação da política, levando em consideração se os objetivos do planejamento foram alcançados. 
5. Qual a importância da escala de intervenção no planejamento?
É importante ter definido o traçado das ruas que será atendido, antes de se formularem os objetivos para a área. É o Estado que exerce o poder da escolha do perímetro a ser atendido, quando define as fronteiras de um bairro ou de um município. Dessa forma, as ações prioritárias estão de acordo com os interesses da coletividade que atende às particularidades da política. Os serviços básicos e essenciais, como saneamento, transporte, habitação e até a definição da legislação para o meio ambiente, fazem parte do 
planejamento e da organização territorial, e também servem como exemplos de campanha política. 
6. Explique a relação entre poder e território, colocada por Raffestin?
O autor Raffestin (1993) afirma que o espaço é anterior ao território. Isto é, antes da existência do território, o que se tem é o espaço. O teórico Henri Lefebvre possui um vasto estudo marxista sobre em que consistem as categorias de apropriação (como valor de uso) e dominação (como valor de troca).
7. O que são representações do espaço sob a perspectiva de Henri Lefebvre?
O espaço social possui uma multiplicidade de representações, pois carrega consigo símbolos do cotidiano, advindos da apropriação do lugar de acordo com uso que se faz dele. Ou seja, o termo “apropriação” sugere o uso sem ter como objetivo fim as vantagens econômicas. Está associado ao prazer de estar e de conviver. Por outro lado, o espaço manifesta símbolos da dominação hegemônica, presentes nas relações sociais de produção. Isto é, o termo “dominação” imprime um uso hegemônico sobre algo ou alguém. Nesse sentido, o espaço é produto, condição e meio da produção capitalista.
8. Analise as dimensões política, econômica e sócio cultural do território.
• A econômica, como produto da divisão territorial do trabalho e apropriação dos recursos; 
• A política, que se refere às relações de espaço-poder ou limites fronteiriços espaciais; e por fim;
• A sociocultural, que prioriza a dimensão simbólica e subjetiva de apropriação espacial.
9. Diferencie apropriação de dominação.
O termo “apropriação” sugere o uso sem ter como objetivo fim as vantagens econômicas. Está associado ao prazer de estar e de conviver. Por outro lado, o espaço manifesta símbolos da dominação hegemônica, presentes nas relações sociais de produção. Isto é, o termo “dominação” imprime um uso hegemônico sobre algo ou alguém. Nesse sentido, o espaço é produto, condição e meio da produção capitalista.
10. Explique o movimento de des-re-territorialização de Rogério Haesbaert?
De acordo com Haesbaert & Gonçalves (2006, p. 131), a des-re-territorialização é um “processo concomitante de destruição e reconstrução de territórios”, analisado na “ideia de território como processo ao mesmo tempo de domínio (político-econômico) e apropriação (simbólica) do espaço”. O próprio território evolui na dinâmica das relações sociais, podendo se (re)construir, (re)adaptar, (re)territorializar-se todo o tempo, embora para determinados segmentos sociais não haja escolha, devido às condições econômicas e à mudança de território para buscar qualidade de vida em outro espaço. O processo de (des)territorialização está relacionado à exclusão socioespacial provocada pelo sistema capitalista.
11. Explique a visão mercantilista para a produção do espaço.
O período mercantilista foi marcado pela acumulação de metais, principalmente o ouro, que eram explorados em territórios recentemente conquistados nesse período, tal como o Brasil, que foi colônia de exploração. O acúmulo de ouro representava a riqueza de um país e era investido na produção agrícola. Foi um regime que durou do século XVI ao XVIII. O objetivo do período histórico mercantilista era o enriquecimento e a formação de um Estado Nacional forte; por isso, foi elaborado um conjunto de teorias e práticas econômicas adotado pelos países europeus durante a fase do capitalismo comercial.
12. Quais as ideias básicas para a corrente marxista?
A doutrina marxista foi desenvolvida por Karl Marx (1818-1883) com a contribuição de Friedrich Engels (1820-1895) e ainda provoca muita hostilidade entre os adeptos do capitalismo enquanto sistema ideal de acumulação lucrativa. Por ser uma teoria baseada na luta de classes, não é imparcial, isto é, defende a classe trabalhadora, embora caiba colocar que sua teoria foi pensada e planejada durante o capitalismo industrial, tendo como base a sociedade do século XVIII, um momento de evolução técnica. A obra principal de Marx é o livro O Capital, no qual analisa de forma densa e dialética o surgimento e as implicações do sistema capitalista. Foi a partir da interpretação econômica da história que eles (Marx e Engels) desenvolveram sua teoria, fornecendo à 
classe operária muitos instrumentos de luta e conhecimento, como seu outro livro, O Manifesto Comunista.
13. Qual a importância da luta de classes para os dias de hoje?
Sua primeira versão foi escrita em 1848, mas é fácil trazê-la para o momento em que vivemos atualmente. De tempos em tempos, os trabalhadores vencem, mas só provisoriamente. O verdadeiro fruto de suas batalhas repousa, não no resultado imediato, mas na união cada vez mais abrangente dos trabalhadores. Esta união é favorecida pelos meios de comunicação mais desenvolvidos, criados pela indústria moderna e que colocam os trabalhadoresde localidades diferentes em contato uns com os outros. Era somente este contato o necessário para centralizar as numerosas lutas locais, todas do mesmo caráter, em uma luta nacional entre as classes. Mas cada luta de classes é uma luta política. (MARX; ENGELS, 2003, p. 23). Apresentou assim o capital enquanto o maior desenvolvimento dessa relação: quando a força de trabalho do homem torna-se a sua mercadoria. Isto é, o operário vende sua força de trabalho ao capitalista e, durante sua jornada, uma parte de seu trabalho é para o sustendo de sua família, e a outra, ele trabalha de graça para o patrão. E, assim, entrega para o capitalista a “mais-valia”, a riqueza dos empresários. 
A luta de classes apresenta-se tanto como categoria de análise econômica, relevante para entender a dinâmica capitalista, quanto como instrumento político para transformação das relações sociais existentes em novas relações sociais, livres dos processos de exploração e de expropriação entre sujeitos sociais.
14. Analise a condição do Estado durante o período do Keynesianismo.
O período keynesiano veio depois do momento em que as nações controlavam a economia a partir dos ideais da doutrina liberal, isto é, aquele em que o princípio econômico preconizava a não-intervenção do Estado na economia. A doutrina keynesiana 
compõe um conjunto de teorias que ganharam destaque a partir da principal crise capitalista em 1930, o Estado deve buscar formas de equilibrar a economia e conter os problemas. Nesse sentido, a aplicação de capital em setores estratégicos para estimular a geração de emprego como, por exemplo, a construção civil, aqueceria a economia, uma vez que, ao garantir a empregabilidade, manteria ativo o mercado consumidor das empresas. O ‘pleno emprego’ foi a melhor ideia para aquele período. A concessão de créditos pagos a baixos custos também era uma de suas medidas, pois garantia a realização de investimentos em setores privado.
15. Explique as premissas da doutrina neoliberal, presente até os dias de hoje.
O neoliberalismo surge, então, em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, enquanto medida de redefinição econômica daquilo que já havia se apresentado antes. Houve pressão dos sindicatos para aumento de salários e por mais gastos sociais, ou seja, a partir das experiências anteriores, pode-se perceber que o mercado não poderia ser completamente livre e que também não deveria ter a maciça intervenção do Estado na economia. Esta doutrina econômica parte do princípio de que o mercado seria a base para a organização da sociedade.
Questões treinamento AP1 (AULAS DE 4 A 6)
1. Explique sucintamente o processo de ocupação socioespacial brasileiro.
A configuração do espaço se deu a partir da territorialização controlada com as sesmarias, ou seja, porções de terras que ficavam sob os cuidados dos donatários, pessoas enviadas pela Coroa Portuguesa para dominar o espaço brasileiro. A expansão territorial recebeu influência de várias atividades econômicas. Até o século XIX a economia era baseada na exportação de produtos primários, a fim de atender às demandas da metrópole portuguesa. 
O primeiro ciclo econômico foi o do pau-brasil, durante o século XVI, cuja madeira resistente era utilizada em artigos para tingir os tecidos da realeza. Nesse período, a ocupação portuguesa era apenas no litoral brasileiro, na vegetação da Mata Atlântica. O segundo ciclo econômico foi localizado no litoral nordestino e se caracterizou pela produção de cana-de-açúcar no século XVII. As propriedades eram grandes concentrações de terras cultivadas com força de trabalho escrava, conhecidas como plantations. Esse ciclo econômico representou um avanço para o desenvolvimento territorial e auxiliou na ocupação do interior brasileiro, por meio da produção pastoril de criação de gados. 
No terceiro ciclo econômico, no século XVIII, está a exploração do ouro nas mediações do território de Minas Gerais. Com a descoberta de metais preciosos, inúmeras cidades se desenvolveram naquela região. A mineração deslocou o eixo produtivo do Nordeste para o interior das regiões Sudeste e Centro-Oeste. 
O ciclo da borracha se iniciou no fim do século XVIII, na região da Amazônia, junto com o período correspondente à revolução industrial que irrompeu na Inglaterra. O artigo passou a ser utilizado em vários produtos. Com isso, a exploração da seringueira, árvore que fornece o látex, atingiu seu auge aqui no Brasil. A cidade de Manaus cresceu. O último ciclo econômico do período agroexportador do Brasil foi o café, produzido no século XIX. Ele foi o grande responsável pelo processo de urbanização do Vale do Paraíba, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Enfim, ainda vivemos sob os aspectos da economia agrária-exportadora devido as extensas plantações de soja para atender ao mercado externo. 
2. Qual a importância dos ciclos econômicos para a construção territorial do Brasil?
Os ciclos econômicos geraram certa fragmentação territorial ao longo dos períodos, mas isso foi importante para a ocupação do território nacional. A divisão em ciclos econômicos não significa que em determinado período só tenha havido um produto cultivado (dentre pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro e café), nem que a produção tenha se esgotado para iniciar outro ciclo. Sendo assim, não se deixou de produzir cana quando se começou a explorar ouro, apenas o foco econômico não era mais aquele produto. Nesse sentido, percebemos um processo de regionalização que foi caracterizando a dinâmica econômica brasileira e que perdura até os dias de hoje.
3. Especifique as três características do urbanismo da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX.
• O embelezamento urbano; A questão estética visava um novo desenho da arquitetura urbana, dando outra fisionomia à cidade.
• A salubridade local; As habitações eram superlotadas, com banheiros coletivos; faltavam saneamento e redes de tratamento de água e esgoto. 
• A criação de uma rede viária. De acordo com as regras de conduta de uso espacial, os ambulantes foram proibidos de aproveitar a grande circulação de pessoas nesses 83 Planejamento Territorial locais para vender seus produtos. O alargamento das ruas permitiria ampliar a circulação de pessoas e mercadorias, além de “limpar” o espaço urbano de casas indesejadas e insalubres, que poluíam a paisagem, abrindo espaço para grandes instituições e construções de negócios. 
4. Que relação podemos fazer entre o urbanismo do século XX com as obras atuais que estão acontecendo na região portuária do Rio e o embelezamento estético pós-moderno da Av. Rio Branco?
Atualmente, é possível perceber que algumas ações no estado do Rio de Janeiro são voltadas para o embelezamento da paisagem urbana. Principalmente nos últimos anos, com a Copa do Mundo sediada no Brasil e os Jogos Olímpicos, que ocorreram na cidade em 2016.
5. Explique o foco do planejamento durante o período militar na rede viária nacional.
No planejamento espacial, a proposta consistia em ocupar todo o território nacional com dois slogans: “Integrar para não entregar “e “Terra sem gente para gente sem terra”, contidos no I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que vingou no período de 1972-1974. Durante o mandato do presidente Emílio Garrastazu Médici, o objetivo era colocar o Brasil na categoria de “país desenvolvido”, com crescimento da economia nacional e da renda per capta. Para isso, foram instituídos programas como o Proterra (Programa de Redistribuição de Terras) e o PIN (Plano de Integração Nacional). Foram construídas inúmeras rodovias, entre elas, a Transamazônica, a Cuiabá-Santarém e a Belém-Brasília. 
6. Aponte a causa do crescimento das cidades médias durante o período militar. 
Média possui entre 100 e 500 mil habitantes. No entanto, esse não é o único fator que as define. Elas precisam manter um grau de crescimento elevado e determinadas condições de infraestrutura. Por isso mesmo influenciam no crescimento de cidades vizinhas, devido às relações comerciais e econômicas estabelecidas entre elas. Geralmente, asCidades Médias são centros de atração de indústrias e serviços e, por isso, geram empregos para mão de obra especializada e promovem a expansão urbana. O crescimento delas foi possível durante a década de 1970 porque houve uma desconcentração espacial das indústrias, que deixaram os centros das grandes capitais brasileiras e exploraram cidades no entorno metropolitano.
7. De acordo com a literatura sobre a história do pensamento geográfico explique a evolução do conceito de Região. 
Ao longo do tempo, inúmeros teóricos deram diferentes definições para o conceito de região. No final do século XIX, a partir do determinismo ambiental foi definido o conceito de região natural, em que as condições climáticas e ambientais determinariam as 
estratégias de sobrevivência humana. Em seguida, surgiu o conceito de região geográfica, pela filosofia possibilista, em que a natureza é fornecedora de possibilidades e escolhas humanas. A Geografia quantitativa trouxe os métodos racionais positivistas para a análise quantitativa dos territórios e a Geografia crítica, sob a influência do marxismo, leva em consideração os conflitos que o sistema capitalista provoca. 
8. Qual a função das Superintendências regionais?
Todas ajudaram a desconcentrar as indústrias das áreas centrais para as cidades médias do interior, com o objetivo de reduzir as desigualdades econômicas e estimular o desenvolvimento regional. A criação das superintendências veio reforçar as metas e objetivos para o desenvolvimento econômico das regiões as quais atendem, formulando programas de âmbito econômico, social e cultural. No entanto, a divisão política regional no Brasil era diferente da proposta dessas superintendências.
9. Atualmente, a paisagem é um composto de retratos de espaços diversos, registros que prendem a memória de uma época e permitem fazer alusão a um tempo passado. As diferentes leituras variam de acordo com a experiência vivida por cada leitor, pois é necessária a compreensão de símbolos e signos do espaço.
O homem transforma o espaço que habita a partir de suas necessidades, criando técnicas que vão lhe facilitar a produção e seu modo de vida. Foi observado que ao longo do tempo houve ciclos tecnológicos responsáveis pela organização socioespacial. Isto é, durante o ciclo hidráulico a indústria têxtil se desenvolveu; o ciclo do carvão possibilitou a criação das ferrovias e das máquinas a vapor; no ciclo do petróleo, a indústria química cresceu; e, nos ciclos da eletrônica e da informática, foram criadas as condições para o desenvolvimento tecnológico existente até hoje. Todas essas descobertas modificaram a paisagem, imprimindo marcas deixadas pelo tempo no espaço. Os elementos que observamos na paisagem, como um prédio antigo ou a presença de uma fachada revitalizada, são como rugas deixadas pelo tempo, denunciando o período em que sua técnica foi utilizada.
Milton Santos as chama de “rugosidade”, ou seja, essas marcas impressas nas estruturas materializadas no espaço que persistem ao longo do tempo. Elas carregam a afetividade e a identidade de um coletivo numa determinada época, incluindo as técnicas e invenções criadas ou reinventadas. Foi o professor Milton Santos que nos chamou a atenção sobre a permanente incorporação de formas na paisagem geográfica quando afirma que o “espaço geográfico é uma acumulação desigual de tempos”. Na definição de Santos: Chamemos de rugosidade ao que fica do passado como forma, espaço construído, paisagem, o que resta do processo de supressão, acumulação, superposição, com que as coisas se substituem e acumulam em todos os lugares. As rugosidades se apresentam como formas isoladas ou como arranjos.
Exemplos de “rugosidades” no espaço:
A tríade de Henri Lefebvre como forma de observação do uso espacial: espaço vivido, percebido e concebido. Isso quer dizer que o espaço, ao mesmo tempo em que apresenta as relações sociais vivenciadas no cotidiano das pessoas (vivido), demonstra o conjunto de valores hegemônicos atribuídos a ele (concebido). E o seu modo de uso ocorre de acordo com a interpretação e julgamento que cada um faz (percebido).
10. O Plano Diretor difere do Plano Estratégico em vários sentidos: enquanto o primeiro prevê um ordenamento urbano com a regulação do uso espacial feito pelas empresas privadas, o segundo é um plano de ação imediata com objetivos específicos a um determinado território. Visto isso, relacione o processo de transformação global do espaço urbano com a tendência ao uso do Planejamento Estratégico. 
A partir da década de 1970, houve uma reestruturação econômica mundial devida à introdução do meio técnico-científico-informacional. Outro modelo de gestão foi exigido às cidades para sua adequação à competitividade internacional. Iluminado pela ideologia neoliberal, um empreendedorismo urbano rompeu com o modelo administrativo anterior. O planejamento estratégico imprimiu uma visão empreendedora. A partir daí, passou a contar com investidores privados onde, através do marketing urbano, criou uma imagem para vender as cidades para o mundo e, assim, atrair turistas e serviços qualificados. Nesse sentido, o processo de transformação global favoreceu a criação de um planejamento diferenciado, que atendesse áreas pontuais e dinamizasse a economia de forma estratégica na cidade.
11. Os arranjos sociais e as mobilizações internas populacionais são o motor e a engrenagem do desenvolvimento econômico localizado, e o perfil dos grupos sociais interfere em seu sucesso. Esse esforço de articulação entre as iniciativas empreendedoras democratiza o acesso de micro e médios empresários ao mercado competitivo local. Quais os fatores que auxiliam na promoção desse modelo econômico?
Essa resposta reúne conhecimentos aprendidos em diversas aulas anteriores, visto que, para a promoção do desenvolvimento econômico de um território, são necessárias intervenções de inúmeros agentes reguladores, pessoas participativas com capacidade do exercício de sua cidadania e acúmulo de infraestrutura local básica ao funcionamento das atividades econômicas e de serviços e um planejamento adequado às prioridades locais. Unidos, essa conjuntura positiva pode oferecer: 
• Parcerias econômicas; 
• Produção de tecnologia; 
• Informação e rede global; 
• Aproveitamento da identidade local; 
• Capacitação da mão de obra; 
• Geração de emprego e renda.

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