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Astrofísica Geral Tema 01: Astronomia Antiga Alexandre Zabot astro.01 1 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 1 | 34 astro.01 2 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 2 | 34 astro.01 3 Curso de Astrofísica Astronomia ˆ Astrofísica 3 | 34 astro.01 4 Curso de Astrofísica Conteúdo do curso § Noções de Astronomia § Astrofísica Estelar § Astrofísica Extragaláctica § Cosmologia § Astrobiologia § Ementa de Astrofísica I & II 4 | 34 astro.01 5 Curso de Astrofísica Estrutura do curso § Dois módulos: I & II § Carga horária: 16 encontros de 1.5h = 24h § 1º semestre: Astrofísica I § 2º semestre: Astrofísica II § Certificados oficiais da UFSC – PROEX § Plano de Ensino 5 | 34 astro.01 6 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 6 | 34 astro.01 7 Ciência mais antiga § Não há registros do início da Astronomia § Presente em muitas culturas § Registros mais antigos: § Babilônios § Egípcios § Indianos § Maias § Povos bárbaros europeus 7 | 34 astro.01 8 Finalidade § Calendário: § agricultura § política § militar § religioso § místico § etc ... 8 | 34 astro.01 9 Vestígios famosos Newgrange (3200 aC) Ao nascer do sol no dia de solstício de inverno, um raio de luz ilumina o piso da câmara no final de um longo corredor. 9 | 34 astro.01 10 Vestígios famosos Egípcios § Constelações egípicas na Tumba de Senemut (1500 aC). § Inundações do Nilo § Utilidades de governo § Religião § Influenciaram babilônios e gregos 10 | 34 astro.01 11 Vestígios famosos Maias § “Observatório” do Caracol § Conheciam o mês lunar com melhor precisão que Ptolomeu § Diz-se que conheciam a duração do ano com mais precisão do que os Espanhóis na época da descoberta 11 | 34 astro.01 12 Vestígios famosos Stonehenge § Construído em etapas entre 3100 aC e 1600 aC. § Dúvidas quanto à utilidade astronômica. 12 | 34 astro.01 13 Vestígios famosos Caverna de Lascaux § 15 mil aC § Possivelmente o registro mais antigo § Os olhos do Touro, da ave e do homem podem significar as estrelas Vega, Altair e Deneb, facilmente visíveis no verão como um triângulo. § Há pontos agrupados na imagem que podem representar as Plêiades. 13 | 34 astro.01 14 Vestígios famosos Astronomia Babilônica Os babilônios registraram observações diárias da lua e dos planetas desde o século 7 antes de Cristo em diante. Os diários de 164-163 aC contém observações do cometa Halley e suas primeiras e últimas visibilidades. Esta observação pode ser datada entre 22 e 28 de setembro de 164 aC. 14 | 34 astro.01 15 Vestígios famosos Astronomia Babilônica § Sistema completo de Astronomia, Cosmologia e Mitologia; § Seleucus defendia o Heliocentrismo por volta de 160 aC; § Influenciaram a astronomia Grega („500 aC), inclusive com as Constelações; § Matemática bem desenvolvida; § Influências bem estabelecidas para Hiparcus e Ptolomeu. 15 | 34 astro.01 16 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 16 | 34 astro.01 17 Início da Astronomia grega § Séc. 8 aC: Homero (Ilíada e Odisseia) e Hesíodo (Almanaque Agrícola) quase não falam de Astronomia; § Desenvolvimento começou em „500 aC; § Eudóxio (360 aC): primeiro relato completo do céu; § Hiparco (190 – 120 aC) § Ptolomeu (90 – 168) § Euclides („300 aC) Escola de Atenas (Rafael – 1510): Hiparco, Ptolomeu e Euclides 17 | 34 astro.01 18 Hiparco § Fontes babilônicas § Precessão dos equinócios § Irregularidades no movimento da Lua § Catálogo de estrelas § Usou paralaxe para medir a distância ao Sol e à Lua Escola de Atenas (Rafael – 1510): Hiparco 18 | 34 astro.01 19 Ptolomeu § Almagesto § Tabela de órbitas planetárias § Catálogo de estrelas § Compilação de toda Astronomia antiga Escola de Atenas (Rafael – 1510): Ptolomeu 19 | 34 astro.01 20 Euclides § Elementos § Tratado completo de geometria § Redução da geometria a poucos axiomas § Rigor nas demonstrações § Teoria dos números § Cônicas § Base para toda Astronomia quantitativa Escola de Atenas (Rafael – 1510): Euclides 20 | 34 astro.01 21 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 21 | 34 astro.01 22 Astronomia nas américas § Poucos registros certos § Vários povos desenvolveram sistemas astronômicos § Maias parecem ter sido os mais desenvolvidos § Índios brasileiros tinham constelações § Muita mitologia e pouca observação metódica § Os ianomamis percorriam centenas de quilômetros na florestra e usavam o céu para se orientar 22 | 34 astro.01 23 Novo mundo, novo céu Hemisférios celestes Vista do céu austral no Observatório Cerro Tololo, com a Via Láctea e as Nuvens de Magalhães 23 | 34 astro.01 24 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 24 | 34 astro.01 25 Medidas básicas § Medidas básicas de posição § Catálogo de estrelas § Tabelas de movimentos planetários Astrolábio 25 | 34 astro.01 26 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 26 | 34 astro.01 27 Invenção § Inventando na Holanda com fins não-científicos § Adptado por Galileu em 1609 para Astronomia § Telescópio refrator (lentes) Galileu apresentando o Telescópio para Leonardo Donato em 1609. 27 | 34 astro.01 28 Refrator (1609) § Problemas ópticos § Difícil construir as lentes § Dificuldades mecânicas § Tubo longo § Muito caro Maior Telescópio Refrator do mundo, 1 metro, no Observatório de Yerkes. 28 | 34 astro.01 29 Refletor newtoninano (1668) § Poucos problemas ópticos § Fácil construir os espelhos § Mais barato § Tubo longo § Observação feita pela lateral Usando Telescópio Newtoniano Esquema de Telescópio Newtoniano 29 | 34 astro.01 30 Refletor newtoninano (1668) Dificuldade para observar com um grande telescópio newtoniano. 30 | 34 astro.01 31 Refletor Cassegrain (1672) § Mesmas vantagens do newtoniano § Tubo curto § Observação no final do tubo Usando Telescópio Cassegrain Esquema de Telescópio Cassegrain 31 | 34 astro.01 32 Astrofotografia (1840) § Revolução na Astronomia & Astrofísica. § John Draper: primeiro a conseguir uma foto nítida (Lua – 23/03/1840). Henry Draper, astrônomo, filho de John Draper. 32 | 34 astro.01 33 Índice Curso de Astrofísica Astronomia antes dos gregos Astronomia grega Astronomia nas américas Astronomia pré-telescópio Desenvolvimento dos telescópios Bibliografia 33 | 34 astro.01 34 Bibliografia Fontes para estudo § Curso do Prof. João Steiner. Astrofísica I, aulas 1 e 2. § O céu que nos envolve, cap. 1 § Curso de Astronomia, aula 15 34 | 34 astro.01 35 astro.01 36 Astrofísica Geral Tema 02: Noções de Astronomia Alexandre Zabot astro.02 37 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 1 | 48 astro.02 38 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 2 | 48 astro.02 39 Forma da Terra § A Terra é uma esfera achatada § Raio mínimo: 6.357 km § Raio máximo: 6.378 km Foto da missão Apolo 17 Curvatura da Terra vista do oceano 3 | 48 astro.02 40 Raio da Terra O Google Maps diz que leva-se 204 h caminhando de Siena aAlexandria, ou seja, uns 17 dias se o Erastótenes caminhar umas 12 h por dia. Experimento de Erastótenes (240 aC). 4 | 48 astro.02 41 Raio da Terra Exercício 2.1 Determine o raio da Terra usando a técnica de Eratóstenes. A inclinação do raio de Sol equivale a 1/50 de um círculo completo. Assim, se a distância entre as duas cidades é de 785 km, uma volta em torno da Terra é 50 vezes maior que isso. Portanto, a circunferência da Terra é de km Sabendo que C R, temos R C km. O raio verdadeiro é km, um erro de % 5 | 48 astro.02 42 Raio da Terra Exercício 2.1 Determine o raio da Terra usando a técnica de Eratóstenes. § A inclinação do raio de Sol equivale a 1/50 de um círculo completo. § Assim, se a distância entre as duas cidades é de 785 km, uma volta em torno da Terra é 50 vezes maior que isso. § Portanto, a circunferência da Terra é de 50 ˆ 785 = 39250 km § Sabendo que C = 2πR, temos R = C/(2π) = 39250/(2 ˆ π) = 6247 km. § O raio verdadeiro é 6371 km, um erro de 2% 5 | 48 astro.02 43 Movimentos da Terra Três movimentos principais § Rotação: dia § Translação: ano § Precessão: 25.771 anos Principais movimentos da Terra 6 | 48 astro.02 44 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 7 | 48 astro.02 45 Constelações As costelações são um mapa do céu Céu de Joinville agora, obtido com o programa Stellarium. 8 | 48 astro.02 46 Constelações Mapa com as 88 constelações definidas pela União Astronômica Internacional. 9 | 48 astro.02 47 Constelações Constelações do Zodíaco (círculo de animais). Comparar com figura anterior. 10 | 48 astro.02 48 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 11 | 48 astro.02 49 Estações do ano O ângulo de incidência da luz do sol muda ao longo do ano. 12 | 48 astro.02 50 Insolação Exercício 2.1 As estações do ano são causadas pela mudança na quantidade de radiação solar absorvida pela Terra. Calcule a diferença de insolação devido à: a) Excentricidade da órbita terrestre b) Inclinação do eixo terrestre 13 | 48 astro.02 51 Estações do ano Excentricidade Posições da órbita terrestre no ano. § O fluxo de radiação a uma distância d do Sol é Fd = Ed/(4πd2). § A razão entre os fluxos recebidos no periélio e no afélio é: Fp/Fa = (da/dp)2 § Logo, Fp/Fa = (152/147)2 = 1.069 § Ou seja, uma diferença de 6.9%. § Não é capaz de explicar as estações no Hemisfério Sul. § Também não explica as estações invertidas nos dois hemisférios. 14 | 48 astro.02 52 Estações do ano Inclinação Inclinações da Terra no ano. § No verão o Sol passa quase no zênite em São Paulo § No inverno, o Sol passa a 43.5˝ do zênite § A razão entre os fluxos é a razão entre as áreas projetadas § Ou seja, Fv/Fi = sen(90˝)/sen(43.5˝) = 1.45 § Uma diferença de 45% § Além disso, este modelo explica as estações invertidas nos dois hemisférios 15 | 48 astro.02 53 Estações do ano As estações do ano são causadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra. Obs.: No verão os dias são mais longos, portanto há mais tempo de insolação. 16 | 48 astro.02 54 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 17 | 48 astro.02 55 Medidas angulares As distâncias entre astros e seus tamanhos são medidas em ângulos. Medidas no céu. Medidas rápidas com a mão. 18 | 48 astro.02 56 Medidas angulares Distância angular não é distância física. Distâncias entre as estrelas de Órion. Distâncias e tamanho do Sol e da Lua. Mesmo tamanho angular: 0.5˝. 19 | 48 astro.02 57 Movimento aparente do Sol Caminho do Sol no solstício de dezembro em Roma. 20 | 48 astro.02 58 Movimento aparente das estrelas O que acontece com o Sol, acontece com as estrelas. 21 | 48 astro.02 59 Movimento aparente do céu Video: path.mp4 22 | 48 astro.02 60 Movimento aparente do Sol O Sol nasce em locais diferentes a cada dia. Grécia, 2005. 23 | 48 astro.02 61 Movimento aparente do Sol Movimento diurno do Sol ao longo do ano. 24 | 48 astro.02 62 Movimento aparente do Sol Analema: Posições do Sol registradas às 9h, por um ano, na Bulgária. 25 | 48 astro.02 63 Movimento aparente das estrelas Movimento aparente das estrelas no céu de acordo com a latitude. 26 | 48 astro.02 64 Estrelas circumpolares § Trajetória das estrelas § Latitude = altura do polo Trajetória das estrelas sobre o Monte Mauna Kea, no Havai, onde estão alguns dos melhores telescópios do mundo: Gemini, Keck, Subaru e outros. 27 | 48 astro.02 65 Meridiano local Referência importante no movimento dos astros. Posições na esfera celeste. 28 | 48 astro.02 66 Fases lunares Fases da Lua de acordo com a posição relativa Terra-Lua-Sol. 29 | 48 astro.02 67 Eclipse solar Diversas formas de eclipse do Sol. 30 | 48 astro.02 68 Eclipse solar em Jupiter Ocorrência rara de um eclipse triplo em Jupiter em 24/01/2015. Sequência feita pelo Hubble. 31 | 48 astro.02 69 Eclipse lunar Diversas formas de eclipse da Lua. O plano da órbita da Lua é inclinado com o plano da órbita da terra por „ 5˝, o que faz os eclipses serem menos comuns. 32 | 48 astro.02 70 Peridiocidade dos eclipses § Ciclo de Saros: 18 anos, 10 dias e 8 horas. A Terra e a Lua retornam à mesma posição § Num clico de Saros acontecem 70 eclipses: 41 solares e 29 lunares § Em um ano ocorrem de 2 a 5 eclipses solares § Em um ano ocorrem até 3 eclipses lunares 33 | 48 astro.02 71 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 34 | 48 astro.02 72 Medidas de Tempo As medidas de tempo são a utilidade mais antiga da Astronomia Relógio de Sol mais antigo conhecido, do Egito, 1500 aC. 35 | 48 astro.02 73 Duração de um dia Há três medidas principais de dia: § Dia Sideral § Intervalo de tempo entre duas passagens sucessivas de um objeto celeste pelo meridiano local. § 23:56:04.09 § Dia Solar § Intervalo de tempo entre duas passagens sucessivas do Sol pelo meridiano local. § Varia entre 23:45 e 24:15 ao longo do ano § Dia Solar Médio § Média dos dias solares § 24h 36 | 48 astro.02 74 Duração de um dia O dia sideral é mais curto que o dia solar. Todo dia as estrelas nascem 3 min e 59.91 s mais cedo. Diferença entre dia solar e sideral. 37 | 48 astro.02 75 Duração de um mês § Mês sideral § Período orbital da Lua. § 27d 7h 43m 12s § Mês sinódico § Período entre lunações (luas iguais). § 29d 12h 44m 3s 38 | 48 astro.02 76 Duração de um mês Diferença entre mês sideral e sinódico. A lua chega na mesma posição da órbita 27.3 dias depois, mas já não é mais lua cheia, por causa do avanço da Terra na órbita. 39 | 48 astro.02 77 Duração de um ano § Ano sideral § Período para o Sol volta à mesma posição em relação às estrelas fixas § 365.25636 d = 365d 6h 9m 10s § Ano trópico § Período entre duas estações sucessivas. § 365.2421897 d = 365d 5h 48m 45s A diferença acontece por causa da precessão dos equinócios, que muda a data das estações do ano. 40 | 48 astro.02 78 Duração de um ano § Ano sideral § Período para o Sol volta à mesma posição em relação às estrelas fixas § 365.25636 d = 365d 6h 9m 10s § Ano trópico § Período entre duas estações sucessivas. § 365.2421897 d = 365d 5h 48m 45s A diferença acontece por causa da precessão dos equinócios, que muda a data das estações do ano. 40 | 48 astro.02 79 Ano bissexto 41 | 48 astro.02 80 Ano bissexto – Correção 1 § Júlio Cesar, 45 aC: § Adicionar 1 dia a cada 4 anos § Ano médio = 365 + 1/4 = 365.25 d § Ano tropical: 365.2421897 § Déficit – 1 dia em 128 anos 42 | 48 astro.02 81 Ano bissexto – Correção 2 § Gregório XIII, 1582: § Adicionar 1 dia a cada 4 anos § Se o ano for múltiplo de 100, não acrescenta: 1800, 1900, etc § Mas se for múltiplo de 400, acrescenta: 2000, 2400 § Ano médio = 365 + 1/4 - 1/100 + 1/400 = 365.2425 d § Anotropical: 365.2421897 § Déficit – 1 dia em 3223 anos 43 | 48 astro.02 82 Calendário Gregoriano Tumba de Gregório XIII na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Em 24/02/1582 o papa anunciou que o ano teria 10 dias a menos para corrigir o calendário. Do dia 4/10/1582 pulou-se para 15/10/1582. 44 | 48 astro.02 83 Calendário Gregoriano Detalhe da tumba de Gregório XIII. A população achou que era um golpe dos ricos para lhes roubar 10 dias de aluguel. Os países protestantes levaram mais 100 anos para aceitar a mudança. Alguns países ortodoxos (como a Grécia) só aceitaram no início do século XX! 45 | 48 astro.02 84 Sistema de Coordenadas Celestes § O sistema mais comum é o Sistema de Coordenadas Equatoriais. § As coordenadas não mudam ao longo do dia ou lugar da Terra. § Pequena correção anual por causa da precessão dos equinócios Sistema de Coordenadas Equatoriais. 46 | 48 astro.02 85 Índice Forma e movimentos da Terra Constelações Estações do ano Esfera celeste Medidas de tempo Bibliografia 47 | 48 astro.02 86 Bibliografia Fontes para estudo § O céu que nos envolve, cap. 3 e 4 § Curso de Astronomia do Prof Steiner, aulas 1 a 7 § Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ 48 | 48 astro.02 87 astro.02 88 Astrofísica Geral Tema 03: Noções de Gravitação Alexandre Zabot astro.03 89 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 1 | 47 astro.03 90 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 2 | 47 astro.03 91 Johannes Kepler § 27/12/1571 – 15/11/1630 § Mysterium Cosmographicum (1596) § Defendeu o heliocentrismo de Copérnico (1543). § 1600: Trabalho com Tycho Brahe § 1609: Astronomia Nova § Trabalho com dados de Brahe (†1601) § Duas primeiras leis § 1619: Harmonices Mundi § Terceira lei § Muito ignorado por contemporâneos, como Galileu e Descartes. Kepler em 1610. 3 | 47 astro.03 92 Geocentrismo § Geocentrismo era o modelo mais aceito na época de Kepler § Matematizado por Ptolomeu no Almagesto („100 dC). § Órbitas circulares § Epiciclos § Explicava os dados e era consistente com a filosofia Sistema Geocêntrico de Ptolomeu. 4 | 47 astro.03 93 Elipse Como desenhar uma elipse. Definição geométrica. 5 | 47 astro.03 94 Leis de Kepler 1ª lei Todos os planetas se movem em órbitas elípticas com o Sol em um dos focos. Primeira lei de Kepler. 6 | 47 astro.03 95 Leis de Kepler 2ª lei Uma linha ligando qualquer planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. Segunda lei de Kepler. 7 | 47 astro.03 96 Leis de Kepler 3ª lei O quadrado do período de qualquer planeta é proporcional ao cubo do semi-eixo maior de sua órbita: ( P1 P2 )2 = ( a1 a2 )3 Terceira lei de Kepler aplicada ao Sistema Solar. 8 | 47 astro.03 97 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT UA. O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT ano). Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: PJ PT aJ aT PJ PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 98 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: PJ PT aJ aT PJ PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 99 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: PJ PT aJ aT PJ PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 100 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: PJ PT aJ aT PJ PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 101 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: ( PJ PT )2 = ( aJ aT )3 PJ PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 102 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: ( PJ PT )2 = ( aJ aT )3 Ñ (PJ 1 )2 = ( 5.20 1 )3 PJ PJ anos 9 | 47 astro.03 103 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: ( PJ PT )2 = ( aJ aT )3 Ñ (PJ 1 )2 = ( 5.20 1 )3 Ñ PJ = ? 5.203 PJ anos 9 | 47 astro.03 104 Período de Júpiter Exercício 3.1 O semi-eixo maior de Júpiter é 5.20 UA. Qual é o período da órbita de Júpiter em torno do Sol? § 1 Unidade Astronômica (UA) é a distância média da Terra ao Sol. § A órbita da Terra é praticamente circular, então podemos assumir que aT = 1 UA. § O período da órbita da Terra em torno do Sol é 1 ano (PT = 1 ano). § Assim, aplicamos a 3ª lei de Kepler: ( PJ PT )2 = ( aJ aT )3 Ñ (PJ 1 )2 = ( 5.20 1 )3 Ñ PJ = ? 5.203 6 PJ = 11.86 anos 9 | 47 astro.03 105 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 10 | 47 astro.03 106 Isaac Newton § 25/12/1642 – 20/03/1727 § Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica (1687) § Livro mais importante da história da ciência § Base de toda mecânica dos próximos 200 anos! § Leis da mecânica § Leis da gravitação § Dedução das leis de Kepler Retrato de Isaac Newton em 1689 (46 anos) por Godfrey Kneller. 11 | 47 astro.03 107 Isaac Newton “Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.” Isaac Newton, carta a Robert Hooke – 5/2/1676 12 | 47 astro.03 108 Leis da Mecânica 1ª Lei Um corpo em repouso permanece em repouso a não ser que uma força externa atue sobre ele. Um corpo em movimento continua em movimento com velocidade constante e em linha reta a não ser que uma força externa atue sobre ele. 2ª Lei F ma 3ª Lei Quando dois corpos interagem entre si, a força FBA exercida pelo corpo B sobre o corpo A tem a mesma magnitude e o sentido oposto ao da força FAB exercida pelo corpo A sobre o corpo B. 13 | 47 astro.03 109 Leis da Mecânica 1ª Lei Um corpo em repouso permanece em repouso a não ser que uma força externa atue sobre ele. Um corpo em movimento continua em movimento com velocidade constante e em linha reta a não ser que uma força externa atue sobre ele. 2ª Leiÿ F⃗ = ma⃗ 3ª Lei Quando dois corpos interagem entre si, a força FBA exercida pelo corpo B sobre o corpo A tem a mesma magnitude e o sentido oposto ao da força FAB exercida pelo corpo A sobre o corpo B. 13 | 47 astro.03 110 Leis da Mecânica 1ª Lei Um corpo em repouso permanece em repouso a não ser que uma força externa atue sobre ele. Um corpo em movimento continua em movimento com velocidade constante e em linha reta a não ser que uma força externa atue sobre ele. 2ª Lei ÿ F⃗ = ma⃗ 3ª Lei Quando dois corpos interagem entre si, a força F⃗BA exercida pelo corpo B sobre o corpo A tem a mesma magnitude e o sentido oposto ao da força F⃗AB exercida pelo corpo A sobre o corpo B. 13 | 47 astro.03 111 Lei da Gravitação Universal F⃗12 = ´ Gm1m2 r212 r̂12 (a) Vetores na lei da Gravitação. (b) As partículas exercem forças iguais e opostas. Lei UNIVERSAL 14 | 47 astro.03 112 Lei da Gravitação Universal F⃗12 = ´ Gm1m2 r212 r̂12 (a) Vetores na lei da Gravitação. (b) As partículas exercem forças iguais e opostas. Lei UNIVERSAL 14 | 47 astro.03 113 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F ma Se a força F é a força da gravidade, então podemos escrever Fg mg. Usando a lei da gravitação, Fg GmM r mg g GM r Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 114 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F ma Se a força F é a força da gravidade, então podemos escrever Fg mg. Usando a lei da gravitação, Fg GmM r mg g GM r Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 115 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F é a força da gravidade, então podemos escrever Fg mg. Usando a lei da gravitação, Fg GmM r mg g GM r Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 116 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg GmM r mg g GM r Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 117 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg GmM r mg g GM r Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 118 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg = GmM r2 = mg Ñ g = GM r2 Substituindo os valores, MT kg, r RT h km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 119 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg = GmM r2 = mg Ñ g = GM r2 Substituindo os valores, MT = 5.97 ˆ 1024 kg, r = RT + h = 6371 + 400 km, temos: g m/s que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 120 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg = GmM r2 = mg Ñ g = GM r2 Substituindo os valores, MT = 5.97 ˆ 1024 kg, r = RT + h = 6371 + 400 km, temos: 6 g = 8.7m/s2 que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 121 Imponderabilidade Exercício 3.2 Qual é a aceleração da gravidade na altura da órbita da Estação Espacial Internacional? Estação Espacial Internacional. Pela 2ª lei de Newton, F⃗ = ma⃗ Se a força F⃗ é a força da gravidade, então podemos escrever F⃗g = mg⃗. Usando a lei da gravitação, Fg = GmM r2 = mg Ñ g = GM r2 Substituindo os valores, MT = 5.97 ˆ 1024 kg, r = RT + h = 6371 + 400 km, temos: 6 g = 8.7m/s2 que é só 11% menor do que a aceleração na superfície da Terra! 15 | 47 astro.03 122 Massa inercial e gravitacional § Duas leis diferentes: § F⃗ = ma⃗ § F⃗G = Gm1m2r̂/r2 § Duas massas distintas: inercial e gravitacional § Queda livre, F = FG e g = GmT/R2T § ma = gmg § m =massa inercial e mg =massa gravitacional § Experimento de Galileu: § a = gmg/m § Corpos diferentes de massas iguais caem juntos? Torre de Pisa 16 | 47 astro.03 123 Velocidade de escape Velocidade mínima para escapar da atração gravitacional de um corpo: ve = c 2GM R Órbitas possíveis 17 | 47 astro.03 124 Velocidade de escape Algumas velocidades de escape: Local Vel. (km/s) Sol 617.5 Terra 11.2 Lua 2.4 Marte 5.0 Via Láctea 594 Buraco Negro > vel luz 18 | 47 astro.03 125 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 19 | 47 astro.03 126 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Maré 20 | 47 astro.03 127 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Face fixa da Lua 20 | 47 astro.03 128 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Io, lua de Júpiter 20 | 47 astro.03 129 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Comet Shoemaker-Levy 9 20 | 47 astro.03 130 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Saturno com seus anéis 20 | 47 astro.03 131 Forças de maré Efeito importante! § Marés na Terra § Face fixa da Lua § Vulcões em Io (Júpiter) § Quebra de cometas § Aneis de Saturno § Precessão Em todo universo! Precessão do eixo da Terra 20 | 47 astro.03 132 Forças de maré Efeito de maré: Forças Diferenciais. Temos F1 = GMm (d ´ R)2 e F2 = GMm (d + R)2 então, F F F GMm d R d R d GMmR d 21 | 47 astro.03 133 Forças de maré Efeito de maré: Forças Diferenciais. Temos F1 = GMm (d ´ R)2 e F2 = GMm (d + R)2 então, ∆F = F2 ´ F1 = GMm d2 [ ( 1 + R d ) ´2 ´ ( 1 ´ R d ) ´2 ] « ´ 4GMmR d3 21 | 47 astro.03 134 Forças de maré (a) Forças relativas à Lua. (b) Forças relativas ao centro da Terra. ∆F = 4GMmRd3 22 | 47 astro.03 135 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de RocheConceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 23 | 47 astro.03 136 Limite de Roche O limite de Roche é a distância mínima do centro do planeta que um satélite pode chegar sem se tornar instável frente a rompimento por maré. Édouard Roche, 17/10/1820 – 27/04/1883. 24 | 47 astro.03 137 Limite de Roche d = C 3 c ρp ρs Rs A distância mínima (d) depende da densidade do Planeta (ρp) e do satélite (ρs), do raio do satélite (Rs) e da constante de Roche, que varia com o tipo de corpo (C = 2.44 para satélites líquidos e C = 1.38 para satélites rochosos). Satélite destruído por forças de maré quando ultrapassa o limite de Roche. 25 | 47 astro.03 138 Limite de Roche para a Lua Exercício 3.3 Qual a menor distância que a Lua pode chegar da Terra sem se romper? Considerando: MT kg RT km ML kg RL km Temos T MT RT kg/m L ML RL kg/m e assim d km que é cerca de 135 vezes menor do que a distância média da Lua à Terra. 26 | 47 astro.03 139 Limite de Roche para a Lua Exercício 3.3 Qual a menor distância que a Lua pode chegar da Terra sem se romper? Considerando: § MT = 5.97 ˆ 1024 kg § RT = 6370 km § ML = 7.35 ˆ 1022 kg § RL = 1738 km Temos T MT RT kg/m L ML RL kg/m e assim d km que é cerca de 135 vezes menor do que a distância média da Lua à Terra. 26 | 47 astro.03 140 Limite de Roche para a Lua Exercício 3.3 Qual a menor distância que a Lua pode chegar da Terra sem se romper? Considerando: § MT = 5.97 ˆ 1024 kg § RT = 6370 km § ML = 7.35 ˆ 1022 kg § RL = 1738 km Temos § ρT = MT 4 3 πR3T = 5514 kg/m3 § ρL = ML 4 3 πR3L = 3342 kg/m3 e assim d km que é cerca de 135 vezes menor do que a distância média da Lua à Terra. 26 | 47 astro.03 141 Limite de Roche para a Lua Exercício 3.3 Qual a menor distância que a Lua pode chegar da Terra sem se romper? Considerando: § MT = 5.97 ˆ 1024 kg § RT = 6370 km § ML = 7.35 ˆ 1022 kg § RL = 1738 km Temos § ρT = MT 4 3 πR3T = 5514 kg/m3 § ρL = ML 4 3 πR3L = 3342 kg/m3 e assim d = 1.38 ˆ 3 c 5514 3342 ˆ 1738 = 2834 km que é cerca de 135 vezes menor do que a distância média da Lua à Terra. 26 | 47 astro.03 142 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 27 | 47 astro.03 143 Albert Einstein § 14/03/1879 – 18/04/1955 § Escritório de Patentes § 1905 – Annus Mirabilis (26 anos). § Efeito fotoelétrico § Relatividade especial § Movimento browniano § 1907-1915 – Relatividade Geral § Muitos outros trabalhos: § Cosmologia § Mecânica Quântica § Mecânica Estatística § Termodinâmica § Colaborações com todos os grandes nomes da física do séc. XX Albert Einstein em 1921 (42 anos), quando recebeu o Prêmio Nobel. 28 | 47 astro.03 144 Relatividade Especial § Crise na Física: Eletromagnetismo ˆ Mecânica § Em que meio a luz se move? § E: nenhum (éter); M: material § A velocidade depende do Referencial? § E: não; M: sim O estudo da natureza e comportamento da luz causaram uma revolução da Física do séc. XX. 29 | 47 astro.03 145 Postulados da Relatividade Especial Princípio da Relatividade As leis da física são iguais em todos os sistemas de referência inerciais. Constância da velocidade da luz A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor em todos os referenciais inerciais, independentemente da velocidade do observador ou da velocidade da fonte emitindo a luz. 30 | 47 astro.03 146 Postulados da Relatividade Especial Princípio da Relatividade As leis da física são iguais em todos os sistemas de referência inerciais. Constância da velocidade da luz A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor em todos os referenciais inerciais, independentemente da velocidade do observador ou da velocidade da fonte emitindo a luz. 30 | 47 astro.03 147 Dilatação do tempo Medida do tempo de percurso da luz. Sabemos que, v = ∆x ∆t . então, c L Ta c L vTb Tb Igualando as duas equações (a velocidade da luz é constante!), L Ta L vTb Tb obtemos Tb: Tb Ta v c 31 | 47 astro.03 148 Dilatação do tempo Medida do tempo de percurso da luz. Sabemos que, v = ∆x ∆t . então, c = 2L Ta c = 2 a L2 + (vTb/2)2 Tb Igualando as duas equações (a velocidade da luz é constante!), L Ta L vTb Tb obtemos Tb: Tb Ta v c 31 | 47 astro.03 149 Dilatação do tempo Medida do tempo de percurso da luz. Sabemos que, v = ∆x ∆t . então, c = 2L Ta c = 2 a L2 + (vTb/2)2 Tb Igualando as duas equações (a velocidade da luz é constante!), 2L Ta = 2 a L2 + (vTb/2)2 Tb obtemos Tb: Tb Ta v c 31 | 47 astro.03 150 Dilatação do tempo Medida do tempo de percurso da luz. Sabemos que, v = ∆x ∆t . então, c = 2L Ta c = 2 a L2 + (vTb/2)2 Tb Igualando as duas equações (a velocidade da luz é constante!), 2L Ta = 2 a L2 + (vTb/2)2 Tb obtemos Tb: Tb = Ta a 1 ´ (v/c)2 31 | 47 astro.03 151 Contração do espaço Encolhimento devido à velocidade. L = L0 a 1 ´ (v/c)2 32 | 47 astro.03 152 Simultaneidade Eventos simultâneos num referencial podem não ser simultâneos em outro. 33 | 47 astro.03 153 Verificação experimental Sem considerações relativísticas, múons criados na atmosfera e descendo com uma velocidade de 0.98c percorreriam apenas ao redor de 600 m antes de decair com um tempo de vida médio de 2.2 µs. Assim, um número muito pequeno de múons alcançaria a superfície da Terra. Com considerações relativísticas, o tempo de vida do múon é dilatado de acordo com um observador na Terra. Como resultado disso, de acordo com esse observador, o múon pode percorrer cerca de 5000 m antes de decair. Isso resulta em muitos múons chegando à superfície. 34 | 47 astro.03 154 Verificação experimental Dois aviões decolaram (em tempos diferentes) de Washington, onde fica o Observatório Naval dos EUA. Os aviões viajaram para o leste e o oeste em volta da Terra (rotação). Relógios atômicos a bordo dos aviões foram comparados com relógios similares que ficaram no Observatório para mostrar que relógios os em movimento nos aviões andaram mais devagar. 35 | 47 astro.03 155 Relatividade Geral § Relatividade Especial não trata de referenciais acelerados. § O problema da massa inercial e gravitacional continuava em aberto. A Relatividade Geral relacionou os efeitos de gravidade com a forma do espaço. 36 | 47 astro.03 156 Postulado da Relatividade Geral Princípio da equivalência Um campo gravitacional é equivalente a um sistema de referência acelerado na ausência de efeitos gravitacionais. Um observador dentro de um elevador não sabe se o elevador está parado sobre a Terra ou então acelerando para cima com a = g. 37 | 47 astro.03 157 Curvatura da luz A luz se curva na presença de um campo gravitacional. R « c 2 g 38 | 47 astro.03 158 Verificação experimental Lentes gravitacionais só são explicadas pela Relatividade Geral. Atualmente este efeito é usado para muitas medidades em Astrofísica, até mesmo para descobrir novos exoplanetas. 39 | 47 astro.03 159 Verificação experimental Figura do artigo de Kelly et al, publicado na Science em 6/3/2015. As imagens do telescópio espacial Hubble, com três diferentes filtros, mostram o aparecimento simultâneo de 4 imagens da mesma supernova. Entre a supernova e a Terra havia uma galáxia, que curvou a luz, conforme predito pela Relatividade Geral. Pelas propriedades da imagem é possível estudar a galáxia que curvou a luz, agindo como lente. 40 | 47 astro.03 160 Ondas gravitacionais Vídeo: detecção de ondas gravitacionais. 41 | 47 astro.03 161 LIGO LIGO: Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory Observatório LIGO de Livingston. O LIGO é composto de dois observatórios. 42 | 47 astro.03 162 LIGO Detecção do LIGO em 11/02/2016. 43 | 47 astro.03 163 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 44 | 47 astro.03 164 Pós-Einstein Alguns “problemas” da Teoria de Einstein parecem indicar a necessidadede uma nova teoria: § Não quântica § Matéria escura § Energia escura Erik Verlinde (Holanda 21-01-1962), propôs uma nova teoria da gravitação. Em dezembro de 2016 um grupo confirmou uma previsão dela para a curvatura da luz em torno de mais de 33 mil galáxias, sem a necessidade de usar Matéria Escura. 45 | 47 astro.03 165 Índice Leis de Kepler Lei da gravitação de Newton Força de maré Limite de Roche Conceitos de Relatividade Nova gravitação Bibliografia 46 | 47 astro.03 166 Bibliografia Fontes para estudo § Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ § Física, Paul Tipler & Gene Mosca, Volume 2, Capítulos R e 11 47 | 47 astro.03 167 astro.03 168 Astrofísica Geral Tema 04: Luz Alexandre Zabot astro.04 169 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 1 | 42 astro.04 170 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 2 | 42 astro.04 171 Newton ˆ Huygens Sir Isaac Newton (1642 – 1727) Defendeu a teria corpuscular da luz. Publicou Opticks em 1709. Christiaan Huygens (1629 – 1695) Defendeu a teoria ondulatória da luz. Publicou Traite de la lumiere em 1678. 3 | 42 astro.04 172 Teoria ondulatória § A luz se propaga em ondas esféricas sucessivas § Cada pequena região de um corpo luminoso cria suas próprias ondas § A luz se propaga no eter § As ondas não interferem umas nas outras Propagação da luz segundo a teoria ondulatória de Huygens. 4 | 42 astro.04 173 Teoria corpuscular § A luz é composta de corpúsculos de luz § Corpos luminosos emitem os corpúsculos § A luz se propaga no eter § Os corpúsculos têm cores fixas Propagação da luz segundo a teoria corpuscular de Newton. 5 | 42 astro.04 174 Onda ou Partícula? § Disputa acirrada § Grande Prêmio da Academia Francesa de Ciências em 1819 § Problema: Difração § Ganhador: Fresnel, explicação ondulatória Explicação da refração pelas duas teorias. 6 | 42 astro.04 175 Onda ou Partícula? § Disputa acirrada § Grande Prêmio da Academia Francesa de Ciências em 1819 § Problema: Difração § Ganhador: Fresnel, explicação ondulatória Explicação da reflexão pelas duas teorias. 6 | 42 astro.04 176 Onda ou Partícula? § Disputa acirrada § Grande Prêmio da Academia Francesa de Ciências em 1819 § Problema: Difração § Ganhador: Fresnel, explicação ondulatória Problema da Difração! 6 | 42 astro.04 177 Onda ou Partícula? § Disputa acirrada § Grande Prêmio da Academia Francesa de Ciências em 1819 § Problema: Difração § Ganhador: Fresnel, explicação ondulatória Augustin-Jean Fresnel (1788–1827). 6 | 42 astro.04 178 Onda & Partícula § 1900: Max Planck publica E = hν § 1905: Albert Einstein explica efeito fotoelétrico. § A luz volta a ser considerada partícula! § 1924: Luis de Broglie, bagunça total! Einstein e Planck em 1931. 7 | 42 astro.04 179 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 8 | 42 astro.04 180 Natureza das ondas eletromagnéticas § Velocidade no váculo = c (300 mil km/s) § v = λν Onda eletromagnética 9 | 42 astro.04 181 Comprimento de onda e frequência Definições de comprimento de onda (λ) e frequência (ν). 10 | 42 astro.04 182 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 11 | 42 astro.04 183 Cores Arco-íris revela o espectro eletromagnético. 12 | 42 astro.04 184 Cores Decomposição da luz por um prisma. (na próxima aula estudaremos a refração) 13 | 42 astro.04 185 Cores Como se forma um arco-íris. 14 | 42 astro.04 186 Cores Newton foi o primeiro a explicar as cores. O efeito do prisma já era conhecido antes, mas acreditava-se que as cores eram geradas pelo prisma. 15 | 42 astro.04 187 Cores Espectro eletromagnético completo. 16 | 42 astro.04 188 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 17 | 42 astro.04 189 Efeito Doppler ∆ν ν0 « ˘ vf c Onde: c: Velocidade da onda; vf: Velocidade da fonte; ν0: Frequência original. Assume-se que vf ! c; o observador está em repouso e que vf é medida em relação ao meio de propagação. Efeito Doppler para a luz. 18 | 42 astro.04 190 Exercício: 51 Peg b Exercício 4.1 O primeiro exoplaneta, 51 Peg b, foi descoberto em 1995 por Michel Mayor e Didier Queloz usando Efeito Doppler. Com base no gráfico abaixo, publicado por eles, determine a variação na frequência da estrela devido ao movimento de aproximação do exoplaneta. Curva de Velocidade Radial para 51 Peg. Detecção de um movimento da estrela por causa do planeta. 19 | 42 astro.04 191 Exercício: 51 Peg b § Na aproximação a frequência aumenta, logo ∆ν/νo = vf/c. § Pelo gráfico vemos que vazul « 50 m/s. § Assim, ∆ν/νo = 50/3 ˆ 108 = 1.7 ˆ 10´7 § Ou seja, uma variação ínfima! 20 | 42 astro.04 192 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 21 | 42 astro.04 193 Um problema difícil § Não se podia explicar a absorção e irradiação de corpos aquecidos; § Max Planck propôs uma teoria revolucionária § A energia absorvida/emitida, era quantizada: E = hν O problema da absorção e irradiação de corpos aquecidos revolucionou a Física do séc XXI. 22 | 42 astro.04 194 Equação de Corpo Negro Bν(ν,T) = 2hν3 c2 1 e hν kBT ´ 1 Equação de Planck. λmax = b T Lei de Wien. Curvas de radiação segundo a lei de Planck. 23 | 42 astro.04 195 Cores e a lei de Planck Pela lei de Planck, a cor está relacionada à temperatura da fonte. 24 | 42 astro.04 196 Cores e a lei de Planck Ajuste de corpo negro para o espectro do Sol. Não faz muito sentido falar em temperatura exata do Sol. 25 | 42 astro.04 197 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 26 | 42 astro.04 198 Efeito fotoelétrico § e´ só são ejetados a partir de uma frequência específica § e´ são ejetados imediatamente, ainda que a intensidade luminosa seja muito baixa § A energia cinética dos e´ aumenta linearmente com a frequência da luz § Conclusão de Einstein: § Aplica-se E = hν de Planck § A luz é uma partícula: fóton. § Revolução na Física! Fótons arrancam elétrons do metal. 27 | 42 astro.04 199 Átomo de Bohr § Niels Bohr § 7/10/1885 – 18/11/1962 § Modelo atômico quantizado § Mecânica quântica § Interpretação de Copenhagen § Instituto de Física § Constribuição extensa mas difusa § Bohrium: Z = 107 Niels Bohr 28 | 42 astro.04 200 Átomo de Bohr § Antes de Bohr: § Modelo de Rutherford § Problema com estabilidade da órbita: e´ acelerados irradiam. § Postulados de Bohr: § Órbita circular, atração elétrica § Órbita quantizada (L = nℏ) § e´ não irradia energia na órbita § ∆E = hν Modelo atômico de Bohr. 29 | 42 astro.04 201 Átomo de Bohr Absorção e emissão de luz segundo o modelo atômico de Bohr. 1 λ = R8Z2 ( 1 n2f ´ 1 n2i ) Equação empírica de Rydberg explicada teoricamente pelo modelo de Bohr. 30 | 42 astro.04 202 Átomo de Bohr Séries de transições para o Átomo de Hidrogênio. 31 | 42 astro.04 203 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnéticoEfeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 32 | 42 astro.04 204 Gustav Kirchhoff § Gustav Kirchhoff – Alemão § 12/03/1824 – 17/10/1887 § Leis dos circuitos elétricos § Leis da espectroscopia § Mecânica dos fluidos § Mecânica dos sólidos § Óptica (difração) § Matemática pura Gustav Kirchhoff. 33 | 42 astro.04 205 Leis de Kirchhoff para a luz Leis de Kirchhoff para absorção e emissão de luz. 34 | 42 astro.04 206 Espectroscopia Espectrógrafo: equipamento para obter um espectro. Imagem real da série de Balmer num espectrógrafo. 35 | 42 astro.04 207 Espectroscopia Espectro estelar: várias linhas de absorção. 36 | 42 astro.04 208 Espectroscopia Espectro de uma nebulosa (nuvem de gás): várias linhas de emissão. 37 | 42 astro.04 209 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 38 | 42 astro.04 210 Opacidade da Atmosfera terrestre Dependendo do comprimento de onda, a atmosfera terrestre pode ser opaca ou transparente. 39 | 42 astro.04 211 Opacidade da Atmosfera terrestre Efeitos da atmosfera terrestre na medição do espectro solar. 40 | 42 astro.04 212 Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz Efeitos da Atmosfera na luz Bibliografia 41 | 42 astro.04 213 Bibliografia Fontes para estudo § O céu que nos envolve, seções 2.2 e 7.2 § Curso de Astronomia do Prof. Steiner, aulas 6 e 7 § Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ 42 | 42 astro.04 214 astro.04 215 Astrofísica Geral Tema 05: Noções de Óptica Alexandre Zabot astro.05 216 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 1 | 37 astro.05 217 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 2 | 37 astro.05 218 Definição Reflexão e refração da luz por um meio. Reflexão: ângulos iguais Refração: Lei de Snell n sen i n sen R 3 | 37 astro.05 219 Definição Reflexão e refração da luz por um meio. § Reflexão: ângulos iguais § Refração: Lei de Snell n sen i n sen R 3 | 37 astro.05 220 Definição Reflexão e refração da luz por um meio. § Reflexão: ângulos iguais § Refração: Lei de Snell n1sen(θi) = n2sen(θR) 3 | 37 astro.05 221 Índice de refração n = cv O índice de refração é uma medida da velocidade da luz no meio. Material n Vácuo 1 Ar 1.0003 Água 1.33 Etanol 1.36 Gasolina (no Brasil) Etanol Azeite de Oliva 1.47 Gelo 1.31 Vidro comum 1.5 Diamante 2.42 4 | 37 astro.05 222 Dispersão Índice de refração para o gelo à ´20˝C. O índice de refração depende do comprimento de onda. Esse fenômeno é crucial para a Astrofísica e chama-se dispersão. 5 | 37 astro.05 223 Dispersão Decomposição da luz por um prisma. Este é o princípio físico usado no Espectrógrafo. 6 | 37 astro.05 224 Exercício sobre Dispersão Exercício 5.1 Você está planejando usar um prisma para dispersar a luz e construir um espectrógrafo. Se a luz branca incide à 45˝, utilize o gráfico abaixo para determinar qual o ângulo de refração para a cor violeta e vermelha. Índice de refração para vários tipos de vidros. 7 | 37 astro.05 225 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 226 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 227 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 228 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 229 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 230 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 231 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 232 Exercício sobre Dispersão § Utilizamos a lei de Snell: n1sen(θi) = n2sen(θR) § Sabemos que n1 = nar = 1 e θi = 45˝ § Do gráfico temos que n2 « 1.66 para o violeta § e que n2 « 1.60 para o vermelho § Então, sen(θR) = 1 ˆ sen(45˝)/n2 § Para o violeta: sen(θR) = 0.4260 Ñ θR = 25.2˝ § Para o vermelho: sen(θR) = 0.4419 Ñ θR = 26.2˝ § Portanto, 1˝ de diferença. 8 | 37 astro.05 233 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 9 | 37 astro.05 234 Espalhamento O espalhamento da luz nos permite enxergar os raios de luz nesta imagem. 10 | 37 astro.05 235 Espalhamento Mecanismo do espalhamento. Quanto menor o comprimento de onda, maior a taxa de espalhamento. 11 | 37 astro.05 236 Céu Cores do céu no pôr do Sol. Por quê que o céu é azul? (Renato Russo) 12 | 37 astro.05 237 Céu Vemos o céu azul por que essa é a cor mais espalhada pelas moléculas. Próximo ao Sol vemos o céu avermelhado porque a poeira reflete luz de outras direções e as moléculas espalham luz para outras direções. 13 | 37 astro.05 238 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 14 | 37 astro.05 239 Polarização da luz § Um feixe de luz possui vibrações em todas as direções § Um filtro polaróide seleciona uma direção específica § Vários fenômenos ópticos causam a polarização naturalmente Polarização da luz. 15 | 37 astro.05 240 Polarização da luz A luz pode ser polarizada por espalhamento. 16 | 37 astro.05 241 Polarização da luz A luz pode ser polarizada por reflexão. No quadro da direita, a luz polarizada espalhada foi bloqueada com um filtro. 17 | 37 astro.05 242 Polarização da luz A luz pode ser polarizada por reflexão. No quadro da direita, a luz polarizada espalhada foi bloqueadacom um filtro. 17 | 37 astro.05 243 Polarização da luz A emissão sob um campo magnético polariza a luz. Isso nos permite estudar o campo magnético de objetos celestes. Imagem em rádio da galáxia M51 com vetores de campo magnético segundo dados da polarização da luz. 18 | 37 astro.05 244 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 19 | 37 astro.05 245 Espelho Plano Num espelho plano a imagem aparece à mesma distância e do mesmo tamanho. 20 | 37 astro.05 246 Espelho Curvo Na Astrofísica utiliza-se muito espelhos parabólicos, porque têm a propriedade de concentrar raios paralelos num ponto só, o ponto focal. 21 | 37 astro.05 247 Espelho Parabólico Técnico trabalhando no espelho de 8m do Telescópio Gemini. Antenas do Very Large Array, um telescópio em ondas de rádio. 22 | 37 astro.05 248 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 23 | 37 astro.05 249 Lente Convergente Diagrama de uma lente convergente. Raios de luz em uma lente convergente 24 | 37 astro.05 250 Lente Divergente Diagrama de uma lente divergente. Raios de luz em uma lente divergente 25 | 37 astro.05 251 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 26 | 37 astro.05 252 Interferência As ondas podem interferir entre si de vários modos. 27 | 37 astro.05 253 Interferência Vários padrões de interferência. 28 | 37 astro.05 254 Princípio de Huygens Princípio de Huygens: cada ponto de uma frente de onda é a fonte de uma nova onda. 29 | 37 astro.05 255 A curva da luz Consequência: as ondas podem ”fazer a curva”quando passam por uma fenda ou obstáculo. 30 | 37 astro.05 256 Fenda simples Padrão de interferência para uma fenda simples: máximo central seguido de outros máximos. A distância entre os pontos de mínimo depende do comprimento de onda, do tamanho da fenda e da distância do anteparo. 31 | 37 astro.05 257 Rede de difração Podemos usar as propriedades da fenda simpes para montar uma rede de difração e separar as cores do espectro luminoso, jogando o máximo segundário de cada cor para um ângulo diferente. 32 | 37 astro.05 258 Rede de difração A vida real é sempre mais complicada do que a teoria! Além dos máximos secundários, temos o máximo central e máximos de ordem menor. 33 | 37 astro.05 259 Rede de difração A rede de difração é mais vantajosa: § Não é preciso um vidro de alta qualidade § Pode-se controlar facilmente a dispersão § Manutenção mais fácil § Mais barata Rede de difração. 34 | 37 astro.05 260 Resumo Vários fenômenos ópticos possíveis. 35 | 37 astro.05 261 Índice Reflexão e Refração Espalhamento Polarização Espelhos Lentes Interferência e Difração Bibliografia 36 | 37 astro.05 262 Bibliografia Fontes para estudo § Física, Paul Tipler & Gene Mosca, Volume 3, Capítulos 31 a 33 37 | 37 astro.05 263 astro.05 264 Astrofísica Geral Tema 06: Instrumentos Astrofísicos Alexandre Zabot astro.06 265 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 1 | 49 astro.06 266 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 2 | 49 astro.06 267 Telescópio Óptico Qualquer telescópio que atue no visível e proximidades. 3 | 49 astro.06 268 Conceitos básicos Abertura: diâmetro Refrator: Objetiva Refletor: Espelho Primário Medida de captação de luz. Técnico trabalhando em um dos quatro espelhos do Very Large Telescope. Cada espelho tem um diâmetro de 8.2 m. 4 | 49 astro.06 269 Resolução angular Resolução angular: capacidade de distinguir (resolver) objetos. α = 1.220 λ D α: Separação angular mínima para distinguir λ: Comprimento de onda D: Abertura Figuras de difração de Airy. Sem resolução angular suficiente, a imagem fica borrada. 5 | 49 astro.06 270 Exercício sobre Resolução angular Exercício 6.1 Qual o diâmetro necessário de um espelho para observar um homem na lua? 6 | 49 astro.06 271 Exercício sobre Resolução angular § Vamos supor que queremos distinguir 3 pontos no homem (d „ 0.5 m); § Distância média Lua-Terra: 385 mil quilômetros (R = 3.85 ˆ 108 m); § Separação angular: § α = arctan(d/R) „ d/R Ñ § α = 0.5/3.85 ˆ 108 = 1.3 ˆ 10´9 rad § Observando no óptico λ « 5500 Å (5.5 ˆ 10´7 m) § Assim, § α = 1.220λ/R Ñ § R = 1.220λ/α Ñ § R = 1.220 ˆ 5.5 ˆ 10´7/1.3 ˆ 10´9 § 6 R « 516 m § Precisaríamos de um telescópio com um espelho de 500 m 7 | 49 astro.06 272 Comparação 8 | 49 astro.06 273 Gran Telescopio Canarias Gran Telescopio Canarias, com uma abertura efetiva de 10.4 m é um dos maiores em atuação hoje. 9 | 49 astro.06 274 Vídeo: E-ELT VÍDEO: O Telescópio Europeu Extremamente Grande (inglês European Extremely Large Telescope E-ELT) é da próxima geração de telescópios, com um espelho com diâmetro de 39 metros. O E-ELT irá observar o universo com ainda mais detalhe de que o Telescópio Espacial Hubble. O projeto deverá custar 1200 milhões de euros e ficar pronto em 2021. http://www.eso.org/public/brazil/videos/eso1617a/ 10 | 49 astro.06 275 Telescópio SOAR O Brasil pode usar cerca de 1/3 das noites úteis do Telescópio SOAR, que fica no Chile. O SOAR tem uma abertura efetiva de 4.1 m. 11 | 49 astro.06 276 Aumento Aumento: M = fobjetivafocular Esquema básico da óptica de um telescópio: o foco da objetiva e da ocular estão no mesmo lugar. Assim, a objetiva forma uma imagem no foco da ocular. 12 | 49 astro.06 277 Aumento Os telescópios não costumam ter grande aumento: § Quantidade de luz limitada: imagem fica apagada; § Quer se observar o objeto inteiro; § Cada telescópio tem uma finalidade diferente. Imagens de Saturno com aumentos diferentes. 13 | 49 astro.06 278 Tipos de Telescópios Refrator: § Vantagens: § Design simples de montar § Óptica ”fixa”não exige realinhamentos constantes § Fácil de deslocar § Desvantagens: § Quando grande: caro, pesado e comprido § Depende de boas lentes Telescópio Refrator no Observatório Astrômico do Vaticano. Esquema básico de um Telescópio Refrator. 14 | 49 astro.06 279 Tipos de Telescópios Refletor: § Vantagens: § Mais compacto que o refrator § Espelhos são mais baratos que lentes § Espelhos produzem menos problemas de imagem § Desvantagens: § Espelhos precisam ser realinhados § Tubos longos para telescópios grandes Telescópio Refletor “amador”. Esquema básico de um Telescópio Refletor. 15 | 49 astro.06 280 Tipos de Telescópios Catadióptrico § Vantagens: § Muito compactos § Fácil transportar e guardar § Une vantagens de lentes e espelhos § Desvantagens: § Perde mais luz nas muitas partes ópticas § Óptica muito complexa Telescópios catadióptricos de pequeno e médio porte são muito comuns. Esquema básico de um Telescópio Catadióptrico. 16 | 49 astro.06 281 Montagem É preciso movimentar os telescópios. Há 2 tipos mais usados: As duas montagens mais comuns: alt-azimultal e equatorial. 17 | 49 astro.06 282 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 18 | 49 astro.06 283 Observações em vários comprimentos de onda Galáxia M51 em vários comprimentos de onda diferentes. 19 | 49 astro.06 284 Observações em vários comprimentos de onda Via-láctea em vários comprimentos de onda diferentes. 20 | 49 astro.06 285 Rádio telescópio Para observar em rádio e microondas, usa-se antenas. 21 | 49 astro.06 286 Telescópio de Raio-X Telescópio Espacial Chandra, observa em raio-x. Observar em raio-x é mais complicado. 22 | 49 astro.06 287 Telescópio de Raios-gama Telescópio Espacial Fermi, observa em raios-gama, sendo preparado parao envio. 23 | 49 astro.06 288 Glóbulos da Via-láctea Estes glóbulos em torno da Via-láctea, causados pelo Buraco Negro no seu centro, só podem ser observados em raios-x e raios-gamma. 24 | 49 astro.06 289 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 25 | 49 astro.06 290 Observatórios Astronômicos Um observatório precisa: § Céu limpo § Ar seco § Pouca poluição luminosa § Menor coluna de ar possível Solução: montanhas Observatório Astronômico de Mauna Kea – Havai. Um dos mais altos do mundo: 4200 m. 26 | 49 astro.06 291 Observatórios Astronômicos Localização dos maiores telescópios ópticos do mundo, estão todos em montanhas. 27 | 49 astro.06 292 Observatórios Astronômicos Localização dos maiores telescópios ópticos do mundo, estão todos em montanhas. 28 | 49 astro.06 293 Observatórios Astronômicos O maior problema de instalar um novo observatório é a infraestrutura. § Acesso § Alimentação § Trabalho de manutenção § Hospedagem § Internet § Impacto ambiental Solução: montanhas Observatório La Silla – Chile, contém quase uma dezena de telescópios para aproveitar a infraestrutura já instalada no local. 29 | 49 astro.06 294 Observatórios Astronômicos O LNA está subordinado ao MCT, coordena o OPD e participa do gerenciamento de convênios e observatórios internacionais que têm participação brasileira. Observatório Astronômico Pico dos Dias, MG. Telescópio de 1.6 m, principal telescópio no OPD. 30 | 49 astro.06 295 Poluição luminosa Comparação de Poluição Luminosa. Foto de satélite da Itália a noite. 31 | 49 astro.06 296 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 32 | 49 astro.06 297 O papel da Atmosfera na Astronomia A atmosfera impede a observação de alguns comprimentos de onda. 33 | 49 astro.06 298 Principais satélites e telescópios Principais satélites e telescópios, de acordo com a faixa espectral. 34 | 49 astro.06 299 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 35 | 49 astro.06 300 Meteoritos § Idade do Sistema Solar § Objetos mais antigos conhecidos § Composição química preservada § Química da formação do Sistema Solar § Evolução do Sistema Solar § História geológica da Terra e da Lua § Semeadores de vida? Pe Guy Consolmagno, SJ, curador da coleção de meteoritos do Observatório do Vaticano. 36 | 49 astro.06 301 Neutrinos § Modelos estelares § Física da fusão nuclear § Evolução estelar § Cosmologia Super-Kamiokande: detector japonês de neutrinos. 37 | 49 astro.06 302 Raios cósmicos § Cosmologia § Supernovas § Física de particulas elementares 38 | 49 astro.06 303 Ondas Gravitacionais § História do artigo do Einstein § Colisões entre objetos compactos § Cosmologia § Confirmação da Relativide Geral LIGO: um dos maiores experimentos de ondas gravitacionais, fica nos EUA. 39 | 49 astro.06 304 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 40 | 49 astro.06 305 CCDs § Charge-coupled device (Dispositivo de carga acoplada) § Imagens digitais § Alta eficiência § Leitura rápida § Preço razoável CCD. Leitura de um CCD. 41 | 49 astro.06 306 CCDs Uma imagem é, na verdade, uma matriz de números. 42 | 49 astro.06 307 CCDs Softwares são usados para analisar as imagens quantitativamente. 43 | 49 astro.06 308 Espectrógrafo § Decompõe a luz em frequência § Permite aprofundar na física § Exige objetos mais luminosos Espectro gerado por um espectrógrafo. Esquema básico de um espectrógrafo. 44 | 49 astro.06 309 Cubo de dados Cubo de dados: sonho de consumo de todo Astrofísico. Ainda falta a dimensão tempo. 45 | 49 astro.06 310 Interferometria § Grande resolução § Pequena captação de luz § Objetos brilhantes Interferometria aumenta o poder de resolução. Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), no Chile. São 66 radiotelescópios atuando juntos. 46 | 49 astro.06 311 Interferometria Very Large Telescope podem atuar como interferômetros Disco protoplanetário da estrela HD 62623. 47 | 49 astro.06 312 Índice Telescópios ópticos Telescópios não-ópticos Observatórios Astronômicos Satélites Outras fontes de informação astrofísica Detectores Bibliografia 48 | 49 astro.06 313 Bibliografia Fontes para estudo § O céu que nos envolve, capítulo 2 § Curso de Astronomia do Prof. Steiner, aulas 2 a 5 § Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ § As ferramentas do Astrônomo em http://www.telescopiosnaescola.pro.br/ferramentas.pdf 49 | 49 astro.06 314 astro.06 315 Astrofísica Geral Tema 07: O Sistema Solar, parte 1 Alexandre Zabot astro.07 1 Índice Sistema Solar Planetas do Sistema Solar Planetas-anões Bibliografia 1 | 38 astro.07 2 Índice Sistema Solar Planetas do Sistema Solar Planetas-anões Bibliografia 2 | 38 astro.07 3 Sistemas Planetários § Um sistema planetário é constituído por: § Uma ou mais estrelas § Um ou mais planetas § Outros corpos Concepção artística de Sistema Planetário. 3 | 38 astro.07 4 Conteúdo do Sistema Solar Principais componentes do Sistema Solar. 4 | 38 astro.07 5 Dimensões do Sistema Solar Dimensões do Sistema Solar Comparação dos tamanhos 5 | 38 astro.07 6 Índice Sistema Solar Planetas do Sistema Solar Planetas-anões Bibliografia 6 | 38 astro.07 7 Classificação dos planetas Três grupos de planetas: § Rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) § Jovianos: § Gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) § Gigantes de gelo (Urano e Netuno) Planetas do Sistema Solar. 7 | 38 astro.07 8 Mercúrio Dados de Mercúrio. Foto colorida de Mercúrio feita pela sonda Messenger, 2008. 8 | 38 astro.07 9 Mercúrio § Menor dos planetas (aprox. lua) § Gelo nos polos § Núcleo metálico líquido § Campo magnético § Sem atmosfera Superfície acidentada de Mercúrio. Messenger, 29/09/2009. 9 | 38 astro.07 10 Vênus Dados de Vênus. Foto de Vênus, coberto por núvens, feita pela sonda Pioneer, 1979. 10 | 38 astro.07 11 Vênus § Quase mesmo tamanho que a Terra § Composição química semelhante à Terra § Gira em sentido retrógrado (o Sol nasce no Oeste!) § Um dia dura 243 dias terrestres (quase 1 ano!) § Efeito estufa gigante § No passado deve ter tido uma atmosfera como da Terra § Perdeu quase toda água Superfície de Vênus vista por meio de Radar, por causa das núvens. 11 | 38 astro.07 12 Terra Dados da Terra. Primeira foto completa da Terra, feita pela Tripulação da Apollo 17 em 7/12/1972. 12 | 38 astro.07 13 Marte Dados de Marte. Mosaico de fotografias da superfície de Marte. 13 | 38 astro.07 14 Marte § Mais de 40 sondas foram enviadas § A aparência vermelha é por causa de ferrugem e poeira no ar § Não têm campo magnético (núcleo sólido) § Gelo nas calotas polares § Sonda Phoenix observou NEVE em 2008 Trilho da Curiosity nas dunas marcianas. 9/2/2014. 14 | 38 astro.07 15 Água em marte Vídeo: Água em marte https://www.youtube.com/watch?v=WH8kHncLZwM 15 | 38 astro.07 16 Júpiter Dados de Júpiter. Foto de Júpiter com sua atmosfera turbulenta. 16 | 38 astro.07 17 Júpiter § Não tem superfície sólida § Núcleo sólido do tamanho da Terra § Menor dia: 9h55m § Tem um anel muito tênue § 8 sondas enviadas. § Juno chegou em 4/7/2016. § Lua importante para busca de vida: Europa A grande mancha de Júpiter é uma tempestade que já dura séculos! Tem o tamanho da Terra. 17 | 38 astro.07 18 Juno Vídeo: Juno https://www.youtube.com/watch?v=SgEsf4QcR0Q 18 | 38 astro.07 19 Saturno Dados de Saturno. Mosaico de fotografias de Saturno feitas pela sonda Cassini em 6/10/2004. 19 | 38 astro.07 20 Saturno§ Não tem superfície sólida § Atmosfera em duas camadas: § Em cima: Amônia e Gelo § Em baixo: Nuvens de gelo § Tempestades como em Júpiter § Centenas de “luazinhas” § 4 sondas enviadas. Cassini desde 2004. § Lua importante para busca de vida: Titan Lua Prometeus atravessa alguns aneis, modificando-os. 20 | 38 astro.07 21 Urano Dados de Urano. Imagem de Urano, feita pelo telescópio Keck, no infravermelho mostrando os aneis. 11/07/2004. 21 | 38 astro.07 22 Urano § Quase todo de gelo: água, metano e amônia § Visitado só pela Voyager 2 (1986) § Rotação retrógrada, gira “deitado” (colisão?) § Estações duram 21 anos! § Tempestades gigantes Imagem infravermelha de Urano com seus aneis e luas. VLT 22 | 38 astro.07 23 Netuno Dados de Netuno. Imagem de Netuno feita pela sonda Voyager 2 em 20/08/1989. 23 | 38 astro.07 24 Netuno § Foi descoberto em 1846 e em 2011 completou a primeira órbita desde então. § Muito parecido com Urano § Visitado só pela Voyager 2 (1989) § Tempestades gigantes A Voyager 2 fotografou nuvens em Netuno em 25/08/1989. 24 | 38 astro.07 25 Comparações – composição interna Comparação da constituição interna dos planetas. 25 | 38 astro.07 26 Comparações – composição interna Comparação da constituição interna dos planetas. 26 | 38 astro.07 27 Comparações – atmosferas Comparação da constituição das atmosferas dos planetas. 27 | 38 astro.07 28 Comparações – inclinação Comparação entre as inclinações axias (ou obliquidades) dos planetas do Sistema Solar . 28 | 38 astro.07 29 Comparações – luas Comparação do número de luas no Sistema Solar. 29 | 38 astro.07 30 Exploração espacial Exploração espacial do Sistema Solar. 30 | 38 astro.07 31 Índice Sistema Solar Planetas do Sistema Solar Planetas-anões Bibliografia 31 | 38 astro.07 32 Planetas-anões § 26ª Reunião Geral da União Astronômica Internacional § Agosto de 2006 § Novo esquema classificatório: § Planetas § Planetas anões § Corpos menores Astrônomos votando a proposta de classificação dos corpos do Sistema Solar na 26ª Reunião Geral da IAU. 32 | 38 astro.07 33 Planetas-anões Proposta final aprovada em 26/08/2006: 1. Um planeta é um corpo celeste que a) está em órbita do Sol b) tem massa suficiente para a auto-gravitação superar as forças de corpo rígido e portanto ele assume uma forma quase esférica de equilíbrio hidrostático c) limpou a vizinhança em torno da sua órbita 2. Um planeta anão é um corpo celeste que a) está em órbita do Sol b) tem massa suficiente para a auto-gravitação superar as forças de corpo rígido e portanto ele assume uma forma quase esférica de equilíbrio hidrostático c) não limpou a vizinhança em torno da sua órbita d) não é um satélite 3. Todos os outros objetos, exceto satélites, orbitando o Sol devem ser nomeados coletivamente como Corpos menores do Sistema Solar 33 | 38 astro.07 34 Planetas-anões § Questão polêmica § Bons argumentos em ambos os lados § Uma classificação nunca é totalmente adequada A discussão ainda vai longe ... 34 | 38 astro.07 35 Planetas-anões No momento, só cinco planetas-anões são oficialmente reconhecidos pela IAU. Há mais de 200 candidatos! 35 | 38 astro.07 36 Ceres Vídeo: Ceres https://www.youtube.com/watch?v=ChKKrCSOS1g 36 | 38 astro.07 37 Índice Sistema Solar Planetas do Sistema Solar Planetas-anões Bibliografia 37 | 38 astro.07 38 Bibliografia Fontes para estudo § O céu que nos envolve, capítulo 5 § Curso de Astronomia do Prof. Steiner, aulas 10 a 13 § Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ § Curso de Astronomia, Auta & Joel, Aula 11 38 | 38 astro.07 39 astro.07 40 Astrofísica Geral Tema 08: O Sistema Solar, parte 2 Alexandre Zabot astro.08 41 Índice Pequenos corpos do Sistema Solar Satélites Meteoros Aneis Asteroides Cometas Frequência de queda Formação do Sistema Solar Bibliografia 1 | 29 astro.08 42 Índice Pequenos corpos do Sistema Solar Satélites Meteoros Aneis Asteroides Cometas Frequência de queda Formação do Sistema Solar Bibliografia 2 | 29 astro.08 43 Conteúdo do Sistema Solar Principais componentes do Sistema Solar. Corpos pequenos: satélites, aneis, asteroides, cometas, cinturões, poeira. 3 | 29 astro.08 44 Comparações – luas Comparação do número de luas no Sistema Solar. 4 | 29 astro.08 45 A Lua § Formada a partir da Terra § Uma das maiores do Sistema Solar James Irwin, agosto de 1971. Apollo 15 Formação da Lua. 5 | 29 astro.08 46 A Lua Video: Passeio pela Lua https://www.youtube.com/watch?v=2iSZMv64wuU 6 | 29 astro.08 47 Europa § Crosta de gelo § Oceano submerso § Mais água do que na Terra § Visitada por 8 sondas Cordilheiras de Europa. Galileo, 20/02/1997. 14ˆ17 km. 7 | 29 astro.08 48 Titã § Pouco maior que Mercúrio § Extensa atmosfera com metano e etano § Lagos e rios de metano § Ciclo de metano semelhante ao ciclo hídrico da Terra § Semelhante à Terra jovem Mares de Titã no mosaico feito pela Cassini em 2014. 8 | 29 astro.08 49 Paisagens de Titã Video: Paisagens de Titã, por Rosaly Lopes. https://www.youtube.com/watch?v=FBtqG_EHKQs 9 | 29 astro.08 50 Meteoros § Rochas entre 0.1 mm e 10 m. § Maior que 10 m: asteroide § Menor que 0.1 mm: poeira § Chuvas de meteoros: § Datas fixas § Direção de uma constelação § Causado por um comenta que deixou material na órbita da Terra Meteoritos coletados depois da queda de um asteroide em Chelyabinsk, Russia. 10 | 29 astro.08 51 Aneis de poeira § “Nuvens” de poeira e gelo em órbita § Formados a partir de força de maré e colisões § Os aneis estão dentro da região do Limite de Roche § Rochas de fração de milímetros à dezenas de metros § Júpiter, Urano e Netuno também têm aneis Concepção artística dos aneis de um planeta. 11 | 29 astro.08 52 Asteroides § “Asteroide” significa “semelhante à estrela”. § Maioria em órbita entre Marte e Júpiter § Pe Giuseppe Piazzi descobriu o primeiro, Ceres, em 1801 § Famílias de asteroides (mais de 30) de acordo com a órbita O Pequeno Príncipe no B612. 12 | 29 astro.08 53 Asteroides Principais grupos de asteroides 13 | 29 astro.08 54 Descoberta de Asteroides Video: Descoberta de Asteroides, por Scott Manley https://www.youtube.com/watch?v=xJsUDcSc6hE 14 | 29 astro.08 55 Perigo na vizinhança Video: Perigo na vizinhança, por Othon Winter https://www.youtube.com/watch?v=OIrEmMiTahc 15 | 29 astro.08 56 Cometas § Maioria provém do Cinturão de Kuiper, além de Netuno § Basicamente gelo (80%), CO (10%), CO2 (3.5%) e compostos orgânicos § Trouxeram água à Terra Hale-Bopp sobre Stonehenge em 1997, com duas caudas: uma longa (íons) e outra curta (gás). 16 | 29 astro.08 57 Impactos § 15/02/2013 § 20m, 11 toneladas Local de queda do meteoro. Imagem da queda do meteoro. 17 | 29 astro.08 58 Impactos Video: Queda do meteoro em Chelyabinsk https://www.youtube.com/watch?v=sl_RknL9G-Q 18 | 29 astro.08 59 Tunguska § Sibéria, 30/06/1908 § 100 m de diâmetro § 1000 ˆ Hiroshima § Derrubou árvores em 40 km § Ouvido a 500 km Imagem da destruição provocada pelo meteoro de Tunguska. 19 | 29 astro.08 60 Yucatán § México, 65 Ma atrás § 75% das espécies extintas § 10 – 15 km de diâmetro § Cratera de 180 km de diâmetro Local da queda. Mapa da cratera causada pela queda do asteroide. 20 | 29 astro.08 61 Impactos Frequência de quedas de asteroides e meteoros na Terra. 21 | 29 astro.08 62 Índice Pequenos corpos do Sistema Solar Satélites Meteoros Aneis Asteroides Cometas Frequência de queda Formação do Sistema Solar Bibliografia 22 | 29 astro.08 63 Dados observacionais O que se observa? § Órbitas num mesmo plano § Revoluções no mesmo sentido (exceto Vênus) § O momento angular total dos planetas é maior que do Sol § O Sol tem 99.8% da massa § A composição dos planetas varia com a distância ao Sol § Idades semelhantes para os diversos corpos § Região relativamente “limpa” de gás e poeira 23 | 29 astro.08 64 Modelo de formação Modelo
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