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PRESCRIÇÃO-DO-EXERCICIO-FISICO-NA-REABILITAÇÃO-CARDIOVASCULAR-3

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1 
 
 
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA REABILITAÇÃO 
CARDIOVASCULAR 
1 
 
 
Sumário 
 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES ................................................................ 4 
FATORES DE RISCO PARA CARDIOPATIA CORONARIANA ...................... 5 
OBESIDADE .................................................................................................... 6 
HIPERTENSÃO ARTERIAL............................................................................. 7 
DIABETES MELLITUS .................................................................................... 8 
DISLIPIDEMIA ................................................................................................. 8 
ATEROSCLEROSE ....................................................................................... 10 
TABAGISMO ................................................................................................. 11 
SEDENTARISMO .......................................................................................... 12 
ESTRESSE ................................................................................................... 12 
HISTÓRICO FAMILIAR ................................................................................. 13 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ............................................................. 14 
REABILITAÇÃO CARDÍACA APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ... 15 
REVASCULARIZAÇÃO E REABILITAÇÃO CARDÍACA ............................... 19 
PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA ........................................... 20 
INTERVENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ................ 22 
EXERCÍCIO FÍSICO PARA PACIENTES COM DOENÇAS 
CARDIOVASCULARES ........................................................................................... 25 
2 
 
 
EXERCÍCIO AERÓBIO E DE FORÇA ........................................................... 29 
REFERENCIAS ............................................................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
 
As doenças cardiovasculares, segundo a Organização Mundial de Saúde, 
matam 17 milhões de pessoas por ano, sendo responsáveis por 30% do total de 
mortes no mundo. O sedentarismo e os maus hábitos alimentares são fatores que 
contribuem para estas estatísticas, pois, há décadas estudos tem demonstrado uma 
taxa reduzida de eventos coronarianos em pessoas fisicamente ativas (DUARTE, 
2009). Além disso, o sedentarismo e os maus hábitos alimentares, geralmente vêm 
associados a outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, 
hipercolesterolemia, entre outros. 
Segundo Nieman (1999), o colesterol alto, a hipertensão, o tabagismo, entre 
outros fatores podem lesar as paredes das artérias e assim provocar o início da 
aterosclerose. O processo aterosclerótico resulta em um estreitamento progressivo 
da luz do vaso sanguíneo pela formação de placas de gordura na parede da artéria. 
A aterosclerose nos seus estágios mais avançados pode obstruir o fluxo sanguíneo 
para os tecidos e órgãos, prejudicando suas funções ou levando o processo aos casos 
mais graves como ataque cardíaco e acidente vascular encefálico. Nesses casos mais 
graves é comum as pessoas serem submetidas a processos cirúrgicos, porém, após 
longo período de recuperação no leito hospitalar essas pessoas apresentam vários 
problemas físicos, como descondicionamento físico, atrofia e fraqueza muscular e 
menor capacidade aeróbica máxima decorrente da inatividade física antes dos 
ocorridos e de fatores de risco já comentados (GUIMARÃES et al., 2004). 
Para recuperar os pacientes do descondicionamento físico, foram 
desenvolvidos os programas de reabilitação cardíaca. E segundo a Diretriz de 
Reabilitação Cardíaca (2005), o propósito desses programas é trazer esses pacientes 
de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico, 
acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. Na 
reabilitação cardíaca há uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais 
das mais diversas áreas da saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, 
psicólogos e na parte do exercício físico os educadores físicos, visando modificar 
aspectos relacionados aos fatores de risco para doenças cardiovasculares. 
5 
 
 
O programa de reabilitação cardíaca é dividido em quatro fases. A fase I é 
direcionada a pacientes hospitalizados, são combinados exercício de baixa 
intensidade, técnicas para o controle do estresse e programas de educação em 
relação aos fatores de risco. A fase II é realizada após a alta hospitalar ou após um 
acontecimento cardiovascular, podendo ser realizada no próprio ambiente hospitalar. 
A fase III tem duração prevista de 6 a 24 meses com o principal objetivo de melhorar 
a condição física e a promoção de um estilo de vida mais saudável. Por último é a 
fase de manutenção (fase IV) sem data de término, objetivando aumento da aptidão 
física (ARAKAKI; MAGALHAES, 1996; CARVALHO, 2006). 
Segundo a Diretriz da Reabilitação Cardíaca (2005), os pacientes que aderem 
a programas de reabilitação cardíaca apresentam inúmeras mudanças 
hemodinâmicas, metabólicas, miocárdicas, vasculares, alimentares e psicológicas 
que estão associadas ao melhor controle dos fatores de risco e à melhora da 
qualidade de vida. Apesar de estudos demonstrarem inúmeras melhoras fisiológicas, 
é importante avaliar se os próprios pacientes percebem os benefícios causados pelo 
programa de reabilitação cardíaca. 
FATORES DE RISCO PARA CARDIOPATIA CORONARIANA 
 
Várias características pessoais e fatores ambientais foram identificados no 
transcorrer dos últimos 30 anos que parecem tornar os indivíduos mais suscetíveis à 
DCC. Eis uma lista dos fatores de risco DCC implicados mais frequentemente: 
1) idade e sexo; 
2) lipídios sangüíneos elevados; 
3) hipertensão; 
4) tabagismo; 
5) inatividade física; 
6) obesidade; 
6 
 
 
7) diabetes mellitus; 
8) dieta; 
9) hereditariedade; 
10) personalidade e padrões de 16 comportamento; 
11) níveis altos de ácido úrico; 
12) anormalidades na função pulmonar; 
13) raça; 
14) anormalidades eletrocardiográficas durante o repouso e o exercício e 
 14) tensão e estresse. (ISEU GUS, 2002) 
É difícil determinar quantitativamente a importância relativa de um único fator 
de risco das DCC, pois muitos desses fatores estão inter-relacionados. Por exemplo, 
as anormalidades nos lipídios sanguíneos, o diabetes, a hereditariedade e a 
obesidade com freqüência andam de mãos dadas. Abaixo é descrito detalhadamente 
a respeito de alguns fatoresresponsável pela doença coroniana. 
OBESIDADE 
 
A obesidade é um dos maiores fatores de risco para o Infarto Agudo do 
miocárdio e deve ser controlado com seriedade, pois o excesso de gordura na região 
abdominal está correlacionado com outras doenças como o diabetes mellitus, 
hipertensão, elevado nível de colesterol e triglicerídeos, doenças coronarianas e 
síndromes metabólicas. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo “A 
obesidade pode ser definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou 
generalizado, provocado por desiquilíbrio nutricional associado a distúrbios genéticos 
ou endócrino-metabólicos”. 
7 
 
 
Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo apresentam sobrepeso ou 
obesidade, sendo que quase todos os países sofrem dessa epidemia, inclusive o 
Brasil. Dados do Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças 
Crônicas por Inquérito Telefônico, realizada pelo Ministério da Saúde) apontou que 
17,5% dos brasileiros estão obesos e 50,8% com sobrepeso. 
 HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 
Outro fator de risco para as doenças cardiovasculares é a elevação crônica da 
pressão arterial. A redução dos valores pressóricos, mesmo em sujeitos normotensos, 
é um importante fator para minimizar o risco de doença cardíaca (Vasan e 
Colaboradores citados por Polito e Colaboradores, 2003). 
Para Barros Neto e Colaboradores (1999), o exercício físico realizado 
regularmente provoca importantes adaptações autonômicas e hemodinâmicas que 
vão influenciar o sistema cardiovascular, com o objetivo de manter a homeostasia 
celular diante do incremento das demandas metabólicas. 
Há aumento no débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação 
da perfusão circulatória para os músculos em atividade. A pressão arterial sistólica 
aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco. A pressão arterial 
diastólica reflete a eficiência do mecanismo vasodilatador local dos músculos em 
atividade, que é tanto maior quanto maior for a densidade capilar local (Barros Neto e 
Colaboradores, 1999). 
Segundo Monteiro e Sobral Filho (2004), pode-se dizer que durante um período 
de exercício, o corpo humano sofre adaptações cardiovasculares e respiratórias a fim 
de atender às demandas aumentadas dos músculos ativos e, à medida que essas 
adaptações são repetidas, ocorrem modificações nesses músculos, permitindo que o 
organismo melhore o seu desempenho. 
Dessa forma, o exercício físico regular vem sendo considerado um importante 
coadjuvante na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial, contribuindo para 
a melhoria de outros fatores de risco cardiovascular, como a dislipidemia, intolerância 
ao metabolismo da glicose e obesidade (Brum e Colaboradores, 2006). 
8 
 
 
DIABETES MELLITUS 
 
O diabetes é uma síndrome metabólica que vem atingindo milhares de homens 
e mulheres em todo mundo, suas causas são multifatoriais e é caracterizada por 
decorrente falta de insulina no sangue ou incapacidade da mesma exercer seus 
efeitos, provocando aumento no nível de glicose no sangue. 
Existem dois tipos de Diabetes, a do tipo 1 que geralmente aparece na infância 
onde o corpo produz pouca ou nenhuma insulina e sua principal causa é hereditária, 
10% dos diabéticos têm a do tipo 1. Tipo 2 que ocorre em 90 ou 95% dos casos e é 
chamada de doença adquirida, pois sua causa é a má-alimentação e excesso de 
peso, ocorre na fase adulta. 
O corpo produz insulina após uma refeição com doces e carboidratos, que são 
degradados e transformados em glicose, porém esta insulina, por estar “defeituosa”, 
não consegue colocar toda glicose que está circulante no sangue para dentro das 
células. O sangue fica com excesso de glicose e com o tempo aparece o Diabetes. 
De fato o risco relativo de morte por eventos cardiovasculares, ajustados para a idade, 
em diabéticos é três vezes maior do que a população em geral (STAMLER et al., 
1993, p. 434-44.). 
 
DISLIPIDEMIA 
 
O termo dislipidemia se refere simplesmente a concentrações plasmáticas 
anormais de lipídeos, e pode-se ter diversas formas, desde hipercolesterolemia até 
hipoalfalipoproteinemia. Este metabolismo anormal pode ser causado por fatores 
genéticos, dietéticos ou secundários à doença. 
Os estudos do perfil lipídico fornecem subsídios que fazem com que ocorram 
decréscimos nas taxas de mortalidade por doenças circulatórias e em especial 
aterosclerose. E esses estudos epidemiológicos devem ter uma atenção especial para 
a população jovem devido a evidências apontarem para a instalação precoce de 
9 
 
 
lesões ateroscleróticas, que podem instalar-se a partir da primeira década de 
vida.(SEKI, 2003). 
A avaliação do perfil lipídico, definido pelas III Diretrizes Brasileiras sobre as 
displipidemias, constitui sobre a avaliação do colesterol total(CT), triglicerídeos(TG), 
HDL-colesterol(HDL-c), e calculo do LDL-colesterol(LDL-c). (SOUZA, 2003) As 
classificações para as dislipidemias laboratoriais dependendo dos resultados dos 
parâmetros acima (CT), (TG), (HDL-c) e (LDL-c) são: hipercolesterolemia isolada, 
hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidemia mista e HDL-colesterol baixo. (SOUZA, 
2003). 
Em vários estudos têm se constatado que a redução do colesterol sérico, irá 
diminuir os riscos gerais de doenças cardiovasculares. A relação entre 
hipercolesterolemia e doenças coronárias tornou-se indiscutível nas evidências 
epidemiológicas e não epidemiológicas.(POZZAN, 2003) De acordo com Souza et 
al.(2003), as dislipidemias com as maiores médias encontradas foram a 
hipercolesterolemia e a LDL-c elevada, sendo que os homens apresentam valores 
maiores que as mulheres, apesar de que foi encontrado um numero mais elevado nas 
mulheres de LDL-c. 
Atualmente dispõe-se de benefícios clínicos, farmacológicos e dietéticos. Os 
dietéticos com uma ingestão um pouco menor de gorduras totais ou a substituição da 
gordura saturada por poliinsaturada, já farmacologicamente são usados as 
hipolipemiantes, as estatinas e que demonstram custo-efetividade aceitável para 
riscos absolutos iniciais.(POZZAN, 2003) Estudos comprovam de que a redução em 
10% do colesterol sérico fez com que reduzissem em 10% os eventos coronários, 
com uma redução de 20% a prevalência de coronariopatias foi de 20%menor. 
(FARMER, 1996). 
ATEROSCLEROSE 
 
A patogenia mais encontrada nas doenças cardiovasculares é com certeza a 
aterosclerose coronária e podem acometer inclusive pacientes jovens. É um processo 
progressivo e geralmente se instaura na infância e vai produzir manifestações clinicas 
nos adultos. Holman e cols. estimaram, em 1958, que crianças com três anos de idade 
10 
 
 
ou mais já possuem estrias gordurosas na aorta, e que estas lesões vistas em 
crianças eram diretamente ligadas com as lesões em relevo observadas no futuro. 
Quanto maior os fatores de risco para a aterosclerose coronária, maior será 
sua incidência. E embora esses fatores de risco tenham sido estudados desde os 
primórdios, são poucos os estudo a avaliá-los na idade pediátrica. (GERBER, 1997). 
Atualmente sabe-se que a aterosclerose é uma doença multifatorial e que para 
produzir seqüelas clínicas, deve-se acontecer à proliferação extensa das células de 
músculo liso na íntima da artéria afetada. As lesões ateroscleróticas se formam na 
íntima da artéria, que é uma camada de tecido conjuntivo que contém ocasionalmente 
células musculares lisas solitárias. 
Geralmente as lesões acontecem devido ao espessamento assimétrico da 
íntima que invade continuamente a luz da artéria, resultando em um fluxo sanguíneo 
menor. Outra forma de espessamento da íntima é o processo onde o aumento da 
íntima pode estar associado à dilatação contínua da artéria com poucas chances de 
se formar seqüelas clinicas, devido ao seu espessamento ser bem mais simétrico e 
concêntrico. (ROSS, 1996). 
As lesões começam a evoluir,mais tarde para a placa fibrosa com acumulação 
de células de músculo liso, dos macrófagos e linfócitos e outras células. As células do 
músculo liso são derivadas originalmente da camada média e se prolifera na íntima 
da artéria para formar as lesões intermediárias e avançadas. Os macrófagos atuam 
como uma célula que digere detritos para remover substâncias estranhas, sendo 
responsável pela promoção e proliferação de tecido conectivo associado às respostas 
inflamatórias crônicas. Estas células são chamadas de células espumosas e são elas 
que vão obstruindo a corrente sanguínea.(FERREIRA, 1999). 
A trombose talvez seja uma das complicações mais persistentes e comuns da 
aterosclerose, com a formação de fendas e fissuras nas lesões mais avançadas 
podendo atuar como sede para adesão plaquetária e formação de trombos murais, 
que podem levar a angina instável ou até mesmo ao infarto do miocárdio, devido ao 
alto poder de oclusão. (ROSS, 1996). 
11 
 
 
TABAGISMO 
Segundo Rosemberg (2004, p.73) “A nicotina é a droga psicoativa que mais 
causa dependência”. Eleva o ritmo cardíaco e a pressão arterial diminuindo a 
espessura dos vasos sanguíneos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) o 
tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. 
A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono 
reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a 
vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas favorecendo os 
derrames e tromboses. De acordo com Rosemberg (2004, p. 74, 75): 
A estreita vinculação da nicotina com o infarto do miocárdio se expressa 
pelos estudos que compararam infartados que continuaram fumando com os 
que abandonaram o tabaco. Nos primeiros, a incidência de novo infarto foi 
em torno de 80% maior que nos segundos. Nos que deixam definitivamente 
de fumar, o risco de morrer por infarto cai 30% ao cabo de 1 ano, sendo 
metade aos 5 anos. Ao cabo de 10 anos, o risco de mortalidade por infarto 
se iguala com os que jamais fumaram. 
 Conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2009, p.e 232): 
O consumo de tabaco é o maior fator de risco cardiovascular isolado na 
população mundial e constitui um fator de risco independente para o infarto agudo do miocárdio. 
Consequentemente, seu abandono também tem o maior potencial de benefícios na prevenção da 
doença cardíaca. Por todas as fontes citadas podemos ter uma ideia de muitos 
malefícios que o uso do cigarro pode causar especialmente aqueles relacionados ao 
infarto agudo do miocárdio. 
SEDENTARISMO 
Com os avanços da tecnologia conseguiu-se melhorar muito o conforto da vida 
da população em geral, pode-se contar com serviços de trens, carros, motocicletas 
para deslocamento para o trabalho por exemplo. Em casa não é preciso levantar do 
sofá para trocar o canal da televisão, pode-se pedir refeições por telefone, sem a 
necessidade de deslocar-se até o supermercado para comprar e preparar as 
refeições. Todos esses confortos trazem uma enorme desvantagem que é a 
diminuição do gasto de energia no dia a dia e os indivíduos acabam tornando-se 
sedentários. 
O sedentarismo pode acarretar o aparecimento de várias outras doenças, como 
a hipertensão, obesidade, diabetes e níveis elevados de triglicerídeos, portanto é um 
importante fator de risco para doenças cardiovasculares. 
12 
 
 
O sedentarismo, reconhecido como importante fator de risco para doenças 
cardiovasculares é definido como a falta ou a grande diminuição de atividade física. 
O estilo de vida sedentário, assim como o tabagismo, a hipertensão arterial, a 
dislipidemia e a obesidade, são considerados os principais fatores de risco para a 
morte súbita, estando na maioria das vezes associado, direta ou indiretamente, às 
causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças (CARVALHO et al., 1996 
p. 79). 
 ESTRESSE 
Conforme Lipp, (2000, p.12), “stress pode ser definido como um estado de 
tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, ou seja, um estado 
de tensão patogênico do organismo”. 
Um indivíduo que se estressa constantemente e vive essa tensão diária libera 
descargas extras de adrenalina e cortisol pelo corpo. Quando esta adrenalina entra 
na corrente sanguínea os seus efeitos são taquicardia e aumento da pressão arterial. 
Se o mesmo for hipertenso, o coração irá trabalhar muito mais do que em condições 
normais, tendo afetada a sua própria circulação coronariana. Essas alterações 
hormonais desencadeiam os sintomas e doenças como úlceras, gastrites, insônia, 
irritabilidade e também está relacionada a outras doenças como a hipertensão , 
elevado nível de colesterol diabete mellitus Lipp (2000, p. 14) ainda descreve: “Não 
é o stress que causa essas doenças, mas ele propicia o desencadeamento daquelas 
para as quais a pessoa já tinha uma predisposição ou, ao reduzir a defesa 
imunológica, ele abre espaço para doenças oportunistas se manifestem”. 
HISTÓRICO FAMILIAR 
A história familiar positiva para coronariopatia, seja ela de origem genética ou 
ambiental deve ser considerado um fator de risco independente. A história familiar 
positiva inclui colesterol, lipoproteínas, pressão sanguínea, diabetes e obesidade. 
Cada vez mais temos indícios de que é maior a prevalência da doença 
coronária em pessoas que migraram de um ambiente em que se implantava um perfil 
de risco para a aterosclerose (MANSUR, 2002). A transmissão dos fatores de risco 
dos pais para os filhos foi principalmente ambiental ou relacionada ao estilo de vida 
do que ao componente genético segundo (MANSUR et al., 2002). 
13 
 
 
Crianças nascidas de famílias com alta prevalência de hiperlipidemia, HDL 
baixa, hipertensão, uma história familiar positiva de doença coronária ou história 
familiar positiva de coronariopatia prematura também estão em risco para 
desenvolvimento de coronariopatia. (FARMER, 1996). 
Estudos demonstraram que filhos ou irmãos de pacientes com doença arterial 
coronária apresentam uma correspondência fenotípica de um determinado fator de 
risco até uma maior mortalidade por doenças cardiovasculares. Uma análise familiar 
pode facilitar e quantificar o diagnostico de uma doença coronária seja ela de origem 
ambiental ou genética, e consequentemente seu controle no futuro. É difícil perceber 
as influencias sobre o risco coronário se são genéticas ou ambientais. 
(MANSUR, 2002). 
Todos os fatores acima causam ou contribuem para o acontecimento do infarto 
agudo do miocárdio, levando o paciente ao quadro grave em que se não for atendido 
rapidamente pode ir à morte. 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
A maioria dos infartos do miocárdio são o resultado da doença coronária 
aterosclerose e geralmente com trombose coronária sobreposta, que vão 
ocasionando um estreitamento adicional e frequentemente oclusão total da artéria. 
As células miocárdicas desenvolvem lesão isquêmica quando ocorre um certo nível 
crítico de fluxo sanguíneo, e quando a isquemia grave é prolongada o infarto do 
miocárdio ocorre. (PASTERNAK, 1996) Quem determina o prognóstico é o tamanho 
do infarto e a sua extensão, para que intervenções fisiológicas e farmacológicas sejam 
instauradas para restaurar a perfusão do tecido isquêmico. 
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa isolada de óbito entre 
as doenças crônicas, sendo ela multifatorial causada por diversos fatores que agem 
simultaneamente acarretando a mesma. Conforme Mansur et al. (2006, p. 116) “ O 
Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a necrose de uma amostra do músculo cardíaco 
causado pela interrupção de fluxo sanguíneo nas artérias coronárias que nutrem o 
coração. O diagnóstico precoce é fator fundamental para a redução da mortalidade e 
das possíveis sequelas para o paciente.” 
14 
 
 
Os sintomas de um Infarto Agudo do Miocárdio são de dor no meio do peito em 
aperto, que seirradia para os braços mais frequentemente do lado esquerdo do corpo 
que pode variar de fraca a muito forte, dor no pescoço e costas, ardor no peito, muitas 
vezes confundido com azia, desconforto estomacal, alterações na frequência 
cardíaca, fraqueza muscular generalizada, sudorese, náuseas, vômito, palidez, 
tontura e desmaio, ansiedade e agitação. 
Os fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento dessa doença podem 
ser controlados como citado anteriormente. E também há fatores que não podem ser 
controlados como os de aspecto genético, se na família existem casos de infarto, 
angina ou com operação de coração abaixo de 60 anos há um risco maior de o 
indivíduo desenvolvê-lo. 
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
A reabilitação cardiovascular é designada como o processo de restabelecer o 
indivíduo com problemas cardíacos ao seu nível máximo de atividades, compatível 
com a capacidade funcional do seu coração (FARDY ; YANOWITZ e WILSON, 2004). 
Conforme a OMS (1964) “a reabilitação cardíaca é um conjunto de atividades 
necessárias para assegurar aos pacientes cardiopatas uma condição física, mental e 
social, permitindo assim retomar suas atividades na comunidade e ter uma vida ativa 
e produtiva”. 
A prevenção secundária de uma lesão cardiovascular tem como objetivo 
principal a reabilitação do paciente após um evento, diminuindo os fatores de risco e 
estresse, melhorando sua capacidade cardiorrespiratória e ainda fortalecendo a 
musculatura, e dando maior resistência para a realização de tarefas diárias, 
prolongando sua vida com qualidade. 
Todo o programa de reabilitação cardíaca deve ser organizado e planejado de 
forma individualizada levando em conta suas características clínicas, fatores de risco, 
idade e capacidade funcional. “Os programas de exercícios podem ser contra 
indicados se alguma condição desfavorável como arritmias incontroláveis, 
tromboflebite, miocardite, entre outras forem constatadas” (MARQUES, 2004 p. 21). 
15 
 
 
Os programas de reabilitação cardíaca devem ser realizados por equipes 
multiprofissionais compostas por médicos cardiologistas que irão supervisionar os 
mesmos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais de enfermagem, 
terapeuta ocupacional e profissional de educação física. A respeito da equipe 
multidisciplinar Godoy (1997, p.288) diz que a mesma deverá abordar todos os 
aspectos que envolvam a vida do cardiopata, isto é, psicológicos, físicos e sociais 
para que o indivíduo possa ter uma melhor resposta frente ao programa de 
recuperação. 
Sobre a reabilitação cardíaca Godoy (1997b, p.48), afirma que: O treinamento 
físico tem como efeito fundamental a propriedade de aumentar a absorção pulmonar 
de oxigênio, facilitando o seu aproveitamento tecidual. O condicionamento físico 
possibilita, de maneira gradual, para cada batimento do coração, no mesmo volume 
de sangue, a absorção de mais oxigênio. Essa proporção maior de oxigênio no 
sangue permite ao coração bater menos vezes por minuto, mantendo o mesmo nível 
de oxigenação sanguínea sistêmica. 
O programa de reabilitação cardíaca está organizado em quatro fases, a 
primeira fase inicia-se ainda no hospital na fase aguda do infarto objetivando reduzir 
os efeitos deletérios de prolongado repouso no leito, o controle das alterações 
psicológicas e a redução da permanência hospitalar (GODOY, 1997). “Sempre devem 
existir recursos para a correta determinação da frequência cardíaca e verificação de 
pressão arterial, além da possibilidade de eventual verificação da saturação de 
oxigênio, determinação da glicemia” (Revista Brasileira da Sociedade de Cardiologia. 
2010). 
Na fase I exercícios simples e básicos são orientados por fisioterapeuta, com o 
objetivo de limitar os efeitos fisiológicos e psicológicos da doença cardíaca, controle 
dos sintomas da mesma, mostrando ao paciente como realizar as atividades como 
tomar banho, sentar numa cadeira ou até mesmo exercícios de mobilidade feitos na 
própria cama do quarto do hospital. É composta por atividades de baixa intensidade 
e devem ser observados sinais e sintomas como anginas, arritmias, sinais de baixo 
débito, tonturas, dispneia. Recomenda-se que o pulso não aumente mais do que 
20bpm em relação ao repouso. (Arquivos Brasileiros de Cardiologia, volume 64,(n°3) 
1995). 
16 
 
 
Para monitorar a atividade utiliza-se a Escala de Borg, para a classificação da 
percepção subjetiva da intensidade do esforço, onde o indivíduo utiliza a escala que 
pode iniciar com numeração de 1 a 10 representando respectivamente intensidade 
muito, muito fácil até exaustivo apontando sua própria percepção de esforço. Este 
recurso é muito importante em casos onde o indivíduo faz uso de fármacos 
Betabloqueadores, pois os mesmos alteram diretamente a frequência cardíaca 
diminuindo-a, para maior segurança para prescrição de treinamento deverá ser 
realizada anamnese bem como teste ergométrico ou ergoespirométrico para definir a 
intensidade do exercício, respeitando a individualidade do beneficiário. 
A fase II deverá também ser realizada em ambiente hospitalar e com 
supervisão médica e como ato contínuo da fase I, ocorre 24 horas após alta hospitalar 
e consiste em exercícios supervisionados e desenvolvidos de acordo com a 
capacidade do paciente, onde também se desenvolve a auto percepção a fim de que 
o mesmo consiga identificar a frequência cardíaca, o esforço e sintomas como 
arritmias. O programa de exercícios deve ser individualizado, em termos de 
intensidade, duração, frequência, modalidade de treinamento e progressão. 
Na fase III o objetivo é alcançar melhores níveis de função física, mental, 
emocional e social, com continuo acompanhamento de profissionais de educação 
física, fisioterapia e medicina, de forma integrada, incentivando o indivíduo a adotar a 
atividade física para o resto de sua vida, alimentação adequada, controle do estresse 
e interrupção do tabagismo. 
Conforme Gardenghi e Dias (2004 p. 388) “na terceira fase do processo de 
reabilitação, o exercício pode ser realizado fora do ambiente hospitalar, objetivando 
evitar a evolução da doença e também novos episódios de doença cardiovascular”. 
Para Godoy (1997 p. 276 – 277) “Em programas de atividade física, visando a saúde 
e a qualidade de vida, devem estar incluídas: resistência aeróbia, resistência muscular 
localizada (RML) e flexibilidade”. 
O tratamento é constituído de três etapas sendo elas o aquecimento com 
duração de 5 a 10 minutos, com exercícios de alongamento, dinâmicos aeróbios e de 
coordenação, associados a exercícios respiratórios, que tem como objetivo preparar 
17 
 
 
o corpo para a atividade física, aumentando o fluxo sanguíneo, o sistema 
cardiorrespiratório e a elevação da temperatura corporal. 
Parte principal ou de condicionamento que, de acordo com Marques (2004 p. 
26), tem como objetivo exercitar o paciente a uma frequência cardíaca programada a 
fim de obter efeito de treinamento. “Os exercícios aeróbicos, rítmicos e dinâmicos são 
enfatizados e planejados de maneira a exercitar os grupos musculares das 
extremidades superiores e inferiores e compõem-se de caminhadas, exercícios de 
flexibilidade e exercícios de força”. 
De acordo com Godoy (1997, p. 277): A resistência aeróbia utiliza-se de 
exercícios dinâmicos, realizado sem condições de equilíbrio de oferta e demanda de 
oxigênio, intensidade moderada, tempo prolongado e envolvimento de grandes 
grupos musculares. Condições que são obtidas com exercícios cíclicos como andar, 
correr, pedalar, nadar, etc., que favorecem os ajustes metabólicos necessários para 
o desenvolvimento de adaptações fisiológicas relacionadas com a manutenção da 
saúde. 
Ainda segundo o mesmo autor, Para o treinamento de resistência muscular 
localizada (RML) o exercício deve ser preferencialmente, dinâmico com sobrecargas 
associados e aplicadas entre as séries e os númerosde repetições. Evitar exercícios 
com pesos com grande intensidade, pois os mesmos geram grande tensão muscular 
e podem produzir o aumento da pressão arterial diastólica e bloqueio respiratório. 
Este bloqueio respiratório eleva a pressão e pode desencadear uma reação negativa 
quanto ao exercício. 
Para Gardenghi, Dias, (2007, p. 391), O exercício físico em programas de 
reabilitação cardiovascular deve privilegiar o uso de grandes grupos musculares, 
escolhendo-se atividades que possam ser mantidas por período de tempo prolongado 
de forma rítmica. Nesse grupo de exercícios enquadram-se atividades como 
caminhadas, corrida, natação e ciclismo. 
Parte final ou desaquecimento que têm por objetivo prevenir o acúmulo de 
ácido lático nos músculos, auxiliar no retorno da pressão arterial aos níveis de repouso 
e no relaxamento das estruturas envolvidas na atividade anteriormente executada. 
18 
 
 
Godoy (1997, p. e277), coloca que: Nos programas de treinamento, tanto preventivo 
como de reabilitação, devem estar incluídos exercícios de flexibilidade e alongamento, 
pois eles facilitam as atividades cotidianas, particularmente em relação ao trabalho 
onde estão envolvidas as regiões lombares e parte posterior de coxa. 
Para Marques (2004 p. 27) “Os exercícios de relaxamento podem ser 
realizados no final do desaquecimento, e reduzir a frequência cardíaca, a pressão 
arterial e a incidência de arritmias cardíacas”. 
A Fase IV é considerada de manutenção ou preventiva onde o indivíduo tem o 
compromisso de continuar a realizar atividade física e demais cuidados com seu estilo 
de vida em rua rotina, o acompanhamento dos profissionais é menos rigorosa, porém 
sempre necessária, pois trará maior segurança e benefícios a ele. 
REVASCULARIZAÇÃO E REABILITAÇÃO CARDÍACA 
Segundo Duarte e Alfieri, citados por Lion e Colaboradores (1997), a 
reabilitação pode ser definida como a arte e a ciência de restituir ao indivíduo o nível 
de atividade física e mental compatíveis com a capacidade funcional de seu coração, 
sendo o treinamento físico parte integrante da reabilitação cardíaca. O 
envelhecimento de nossa sociedade traz consigo mudanças no perfil das doenças, 
assim como novos desafios quanto ao diagnóstico e tratamento. As enfermidades 
cardiovasculares passam a ter um papel ainda mais importante na morbimortalidade 
(Vivacqua e colaboradores, 1997). A reabilitação física, considerada uma terapêutica 
eficaz, tem seu papel definido na prevenção e tratamento de doenças 
cardiovasculares (Bosco e Colaboradores, 2004). 
Bosco et al (2004), confirmam que o exercício físico tem efeito benéfico que 
parecem resultar de interações complexas de efeitos psicológicos e fisiológicos. Além 
disso, é adequado salientar a diminuição do estresse, a melhora da função 
cardiorrespiratória, a remoção de fatores como tabagismo e a redução alimentar. 
A mudança de hábitos alimentares e a prática de atividades física são 
modificações de estilo de vida que podem melhorar de forma significativa os fatores 
de risco das doenças cardiovasculares, sendo, além disso, intervenções de custo 
moderado, quando comparadas com os ascendentes orçamentos dos tratamentos 
medicamentosos e dependentes de alta tecnologia (Rique, Soares e Meirelles, 2002). 
19 
 
 
Quando o tratamento clínico é insuficiente para a melhora sintomática a 
revascularização do miocárdio deve ser considerada (Iglézias e Colaboradores, 
1997). Para Abizaid e Siqueira (2005), os objetivos no tratamento de pacientes com 
doença coronariana em múltiplos vasos incluem alívio dos sintomas de isquemia, 
redução da taxa de eventos cardíacos e preservação e restauração da pressão 
ventricular esquerda, com consequente maior sobrevida à longo prazo. 
Iglézias e Colaboradores (1997) afirmam que a qualidade de vida dos pacientes 
idosos e vascularizados fica evidente não só pela redução dos sinais e sintomas de 
insuficiência cardíaca congestiva em mais de 90% dos pacientes, mas também pela 
redução das queixas de angina, isto que mais de 95% desses pacientes deixaram o 
hospital sem referência a dor pré-cordial. 
Partindo da premissa de que a população brasileira vem apresentando 
aumento progressivo da expectativa de vida, considerando que a morbi-mortalidade 
da revascularização em pacientes idosos é cada vez menor, podemos concluir que a 
operação representa boa alternativa terapêutica, sobretudo se indicada 
precocemente, ao portador de doença arterial coronária, mesmo idoso, pois propicia 
a melhora substancial de qualidade de vida e aumento da expectativa, em alguns 
grupos (Iglézias e Colaboradores, 1997). 
PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA 
 Até o inicio do século passado os pacientes com doença cardiovascular 
eram tratados em repouso (HEBERDEN apud THOMPSON, 1988) e segundo 
Godoy (1997a) havia uma tendência dos médicos a desaconselhar os 
exercícios físicos para cardiopatas, inclusive durante a fase aguda da doença 
cardíaca. Esse repouso prolongado após o acometimento cardiovascular 
acarretava em uma grande perda funcional, apresentando fisicamente mal 
condicionados e não preparados para voltar as suas atividades de rotina 
familiar, social e profissional. Assim, os programas de Reabilitação Cardíaca 
foram desenvolvidos, segundo Diretrizes da 
Reabilitação Cardíaca, com o propósito de trazer os pacientes de volta as atividades 
da vida diária, com ênfase na prática do exercício físico e mudanças no estilo de vida 
prevenindo e/ou tratando para que não haja complicações futuras. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, reabilitação cardíaca é o somatório 
das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as 
melhores condições física, mental e social, de forma que eles consigam, pelo seu 
20 
 
 
próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma vida 
ativa e produtiva (MORAES, 2005) 
Para Costa et al. (1997) e Ramos e Silva (1998), os objetivos de um programa 
de reabilitação cardíaca são: restabelecer as condições físicas, psíquicas e sociais, 
oportunizando ao paciente a retomada de sua condição clinica, fisiológica, 
psicológica, social e profissional em níveis normais (melhora da qualidade de vida), 
reeducação visando melhores hábitos de vida, diminuir a mortalidade e os fatores de 
risco. 
Os pacientes após infarto agudo do miocárdio; revascularizados, que 
realizaram angioplastia, com angina estável, com disfunção do ventrículo esquerdo, 
insuficiência cardíaca, pós transplante cardíaco e portadores de marca passo, são 
candidatos a participarem de programas de reabilitação cardíaca (COSTA et 
al.,1997). 
É importante num programa de reabilitação que se proporcione aos pacientes, 
informações e conhecimentos, para que esses possam, então assumir novos hábitos 
de vida, juntamente as atividades de condicionamento físico, com a finalidade de 
otimizar os benefícios proporcionados pelo mesmo. Medidas como controle de stress, 
abandono ao tabagismo, adoção de uma dieta equilibrada, pobre em sal e segundo 
Gross(1988), pobre em gordura saturada e colesterol, devem ser assumidas para não 
agravar a cardiopatia. Assim sendo, os pacientes se tornarão mais auto-suficientes, 
desta forma contribuirão para a melhoria da sua qualidade de vida. 
Atualmente, é entendida como o processo de desenvolvimento e manutenção 
de níveis desejáveis de atividade física, social e psicológica após o inicio da doença 
cardíaca (SQUIRES et al., 1990). A inclusão de pacientes em programas de 
reabilitação cardíaca após o evento coronariano parece contribuir para a diminuição 
dos níveis de ansiedade e depressão, geralmente causados pelo advento da doença. 
A reabilitação precoce após o infarto do miocárdio contribui para isso (MULCAHY, 
1991). 
Wenger e Hellerstein (1992) relatam que, ao se preparar um programa de 
reabilitação cardíaca, deve-se considerar os sintomas, a terapêutica adotada,as 
21 
 
 
medidas preventivas, as condições emocionais e sociais, além de orientação 
educacional quanto á modificação de hábitos de vida, uma vez que os objetivos são 
a melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida, as mudanças nos hábitos 
de vida, as modificações nos fatores de risco e a redução dos índices de mortalidade. 
A prevenção secundária é parte essencial do programa de reabilitação, 
incluindo correção de fatores de risco como hiperlipidemia, tabagismo, hipertensão, 
obesidade e sedentarismo (MULCAHY, 1991). Melhorar a qualidade de vida deve ser 
um dos principais objetivos da reabilitação cardíaca, compreendendo a atividade 
sexual, o retorno ao trabalho, as atividades recreativas, a ausência de dor e reduzindo 
também a dependência excessiva. 
A reabilitação cardíaca deve incluir um serviço caracterizado por programas de 
longa duração envolvendo avaliação médica, prescrição de exercício, modificação 
dos fatores de risco cardiovascular, educação e aconselhamento (ACMS, 1991 apud 
RAMOS, 2003), junto a uma equipe multidisciplinar de médicos, educadores físicos, 
nutricionistas que orientam os sujeitos na realização dos exercícios, na modificação 
dos fatores de risco e no estilo de vida (I Consenso Nacional de Reabilitação 
Cardíaca). 
 
INTERVENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
O Profissional de Educação Física têm uma área de atuação relativamente 
nova, onde há alguns anos parecia-se inimaginável o mesmo trabalhando juntamente 
com profissionais da Medicina e Fisioterapia em ambiente hospitalar e clínicas de 
reabilitação, auxiliando em programas de reabilitação cardíaca. 
Essa exclusão dos profissionais de educação física em trabalhos dessa 
natureza não é justificável, afinal ele é especialista em exercícios físicos que 
comprovadamente através de todas as evidências das fontes citadas nesse estudo, 
acarretarão benefícios físicos, psicológicos e sociais a seus praticantes, não só como 
forma de tratamento, mas, também na prevenção dos fatores de risco que poderão 
acarretar novo evento cardíaco. 
22 
 
 
Através da legislação do Conselho Regional de Educação Física da 2ª região 
– Cref2/RS, capítulo II do Campo e da Atividade Profissional define que: Art. 7º O 
Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas 
diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, 
capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, 
musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, 
exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas 
corporais. 
Sendo da sua competência prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento 
da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de 
níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus 
beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da 
consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de 
acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, 
contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da autoestima, da cooperação, 
da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação 
do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, 
qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo. 
A legislação do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF ampara a 
atuação do profissional de educação física em equipes multiprofissionais através da 
Lei Federal n° 9696/98 de 01 de setembro de 1998: 26 Art. 3º Compete ao Profissional 
de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, 
organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como 
prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos 
especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar 
informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e 
do desporto. 
O profissional de Educação Física por ser especialista na área da saúde em 
avaliar, programar e orientar programas de exercícios físicos para todas as 
populações deverá estar presente desde a primeira fase de reabilitação, onde seu 
olhar técnico e objetivo somado aos conhecimentos de profissionais de outras áreas 
elevarão as potencialidades do programa. Poderá também ensinar ao indivíduo os 
23 
 
 
benefícios que a atividade física regular e a mudança no seu estilo de vida 
proporcionarão a ele. 
De acordo com Godoy (apud Cortez J.AA 1978 p. 231) “Cabe ao professor 
explicar ao paciente as diferenças entre atividade física e esporte. Estes 
esclarecimentos permitem-lhe justificar a escolha do tipo de exercício mais adequado, 
considerando-se tanto as suas preferências como as suas limitações”. O Profissional 
de Educação Física será o responsável por elaborar programas de exercício físico 
supervisionado de maneira estruturada, respeitando a individualidade do beneficiário 
para que o mesmo consiga melhorar seu condicionamento físico, aptidão física, 
habilidades motoras, que conquiste sua independência e adoção de um estilo de vida 
saudável e melhore por consequência sua qualidade de vida. 
É ele que define qual será a atividade física mais indicada para cada indivíduo, 
orientando-o quanto a forma de realizar o exercício e suas variáveis como a 
intensidade, sobrecarga, duração, frequência semanal e progressão do esforço. 
Também é de sua responsabilidade motivar o beneficiário trazendo atividades 27 
recreativas que proporcionem a sensação de bem estar e socialização, contribuindo 
para a redução do estresse e das tensões referentes à insegurança que o evento 
cardíaco trouxe ao mesmo. 
Conforme Godoy (1997, p. 277): Embora o envolvimento médico situe-se 
aparentemente na fase de seleção do indivíduo, é importante sua participação, de 
maneira contínua, com o professor de educação física. De acordo com a 
complexidade do serviço durante todas as fases de RCV, a esses profissionais 
somam-se especialistas nas áreas fisioterapia, enfermagem, nutrição, fisiologia, 
psicologia e etc. 
Para a correta intervenção do Profissional de Educação Física é necessário 
que o mesmo tenha conhecimento a respeito da patologia e condições clínicas que 
se encontra o indivíduo, estas informações serão importantes para que o profissional 
possa programar uma rotina de treinamento onde os benefícios sejam maiores que 
os riscos, adaptando a Frequência Cardíaca de Treinamento (FCT) das atividades 
conforme os resultados de testes de consumo máximo de oxigênio (VO²Máx). 
24 
 
 
EXERCÍCIO FÍSICO PARA PACIENTES COM DOENÇAS 
CARDIOVASCULARES 
Aptidão física é um conjunto de características que as pessoas tem ou 
desenvolvem, e que estão relacionadas com a capacidade de realizar atividades 
físicas (CASPERSEN et al., 1985). Segundo o autor acima, atividade física é definida 
como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que 
resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso. 
Para Bouchard e Shephard (1993) a atividade física é todo e qualquer 
movimento do corpo produzido pelos respectivos grupamentos musculares e que 
demanda um aumento do gasto energético de reserva. A atividade física pode ser 
utilizada tanto na prevenção do aparecimento das doenças cardiovasculares em 
indivíduos que têm um ou mais fatores de risco – prevenção primária (antes do evento 
coronariano) – como também na prevenção das manifestações clínicas dessas 
doenças em pacientes cardiopatas– prevenção secundária (após o evento 
coronariano) - (BENETTI, 1997). 
O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de 
sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da uma demanda energéticada musculatura exercitada e consequentemente, do organismo como um 
todo,(BRUM, 2004). Várias adaptações fisiológicas são necessárias para suprir a 
nova demanda metabólica, dentre elas, a mais importante as adaptações 
cardiovasculares. 
Os pacientes inseridos em programas de exercícios físicos de uma reabilitação 
cardíaca não compõem um grupo homogêneo, mas sim devem ser tratados de forma 
individual. Deve-se investigar o estado clínico de cada indivíduo, incluindo extensão 
da doença coronária, disfunção ventricular esquerda, potencial para isquemia 
miocárdica, e a presença de arritmias cardíacas.,(VAN CAMP,1994). 
Matsudo et al. (2000) afirmam que os principais benefícios a saúde advinda da 
prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, 
neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados 
pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento as potência aeróbia; o 
aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico, a diminuição da pressão 
25 
 
 
arterial; a melhora da sensibilidade á insulina e a diminuição da freqüência cardíaca 
em repouso e no trabalho submáximo. 
Os exercícios têm efeitos benéficos que resultam em interações complexas de 
efeitos psicológicos e fisiológicos, diminuindo o estresse, a melhora da função 
cardiorrespiratória, diminuição do tabagismo e reeducação alimentar, e a introdução 
do indivíduo na vida social e no trabalho (BOSCO et al., 2004) 
Segundo Nahas (2010), exercício físico, é uma das formas de atividade física, 
planejada e repetitiva, que tem por objetivo a manutenção, desenvolvimento ou 
recuperação de um ou mais componentes da aptidão física. 
Os pacientes recém infartados inseridos em programas de reabilitação 
cardíaca terão como objetivo reduzir a lesão do tecido afetado, cicatrização da área 
necrosada, preservar a integridade de tecido miocárdico normal e evitar complicações 
fatais. Enfim baseia-se no tratamento da dor, bem como das possíveis complicações. 
Os exercícios de reabilitação devem começar precocemente logo após a um evento 
cardíaco estável, sendo contra indicado exercícios em infartos agudos instáveis, 
lembrando que a eleição desse momento é um critério que depende do estado clinico 
do paciente e da presença ou não de complicações. 
Devem ser feitas avaliações iniciais que devem incluir: consultas fisiátricas e 
cardiológicas, com realização de teste ergométrico. Recomenda-se a realização 21 
de teste ergométrico máximo, sem medicação para servir de parâmetro basal no 
seguimento futuro do paciente e outro teste, com a medicação em uso, para a 
prescrição correta do exercício a ser realizado nas sessões de treinamento 
(MENEGHELO et al., 1993). 
A atividade física regular é o principio básico de um programa de reabilitação 
cardíaca, e que se o exercício físico for realizado com metodologia segura, é capaz 
de produzir alterações significativas (RAMOS, 1997 apud POZZAN et al.,1988). 
O exercício físico tem seu papel claramente definido na prevenção primária e 
secundária, não só das doenças cardiovasculares, como também de todas as 
doenças, ou seja, é mais amplo, é a realização plena da “promoção da saúde”, e hoje 
o exercício físico é abordado como “terapêutica cardiovascular”, ou seja, a prescrição 
26 
 
 
de exercícios físicos é uma terapêutica, o médico que não prescreve atividade física 
está deixando o seu paciente sem uma alternativa terapêutica muito importante 
(SOUZA et al., 2000). 
A utilização dos exercícios dinâmicos (isotônicos) para pacientes pós infarto e 
para os submetidos à cirurgia de revascularização miocárdio, após a alta hospitalar 
em nível ambulatorial ou comunitário, permite o aumento da aptidão cardiovascular 
que é primordial para o perfeito desempenho de suas atividades diárias (POZZAN et 
al.,1988). Diversas pesquisas têm sugerido que o exercício resistido, quando prescrito 
e supervisionado de forma apropriada, apresenta efeitos favoráveis em diferentes 
aspectos da saúde (força muscular, capacidade funcional, bem-estar psicossocial, 
além de impacto positivo sobre fatores de risco cardiovasculares) (UMPIERRE E 
STEIN, 2007). 
Para Arakaki e Magalhães (1996) os exercícios devem ser isotônicos, devendo-
se evitar os isométricos. O regime de trabalho deve ser o aeróbico e a intensidade em 
torno de 70 da capacidade aeróbica máxima. Quanto a duração da sessão deve ter 
entre 30 a 60 minutos e compreender aquecimento, estímulo e desaquecimento. 
Segundo Hartley e Ribeiro (1982) o uso do treinamento físico no manejo de 
caronariopatas deve ser encarado como uma modalidade terapêutica e, como tal, 
deve ser prescrito individualmente, considerando aspectos clínicos, patológicos e 
psicossociais do paciente. Segundo Leite (1984), programas de exercícios aeróbicos 
associados a bons hábitos higiênico dietéticos, modificam beneficamente a qualidade 
de vida e os fatores de risco coronarianos. Segundo ele, em adultos “..os programas 
de condicionamento aeróbico oferecem benefícios fisiológicos, sociais e 
psicológicos.” 
Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre a 
diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da 
densidade óssea e da flexibilidade. Sobre os ganhos psicológicos, há uma redução 
dos níveis de ansiedade e depressão, de agressividade, com nítidos incrementos na 
vontade e alegria de viver (ALFIERI, 1990) Além disso, Matsudo & Matsudo (2000) 
apud Assunção et al. (1998) afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-
estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de 
27 
 
 
socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo 
de medicamentos. 
Guedes e Guedes apud Assunção et. al. (1998), por sua vez afirmam que a 
prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na 
reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de 
morbidade e mortalidade. 
O treinamento físico tem como efeito fundamental a propriedade de aumentar 
a absorção pulmonar de oxigênio, facilitando o seu aproveitamento tecidual. O 
condicionamento físico possibilita, de maneira gradual, para cada batimento do 
coração, no mesmo volume de sangue, a absorção de mais oxigênio. Essa proporção 
maior de oxigênio no sangue permite ao coração bater menos vezes por minuto, 
mantendo o mesmo nível de oxigenação sanguínea sistêmica (GODOY, 1997). 
Alguns benefícios já foram comprovados tais como os obtidos através de 
condicionamento de pacientes sintomáticos portadores de cardiopatia coronariana, de 
forma abrangente são: redução da freqüência e da gravidade de reinfarto; benefícios 
psicológicos como autoconfiança e sensação de bem estar; aumento da capacidade 
funcional do sistema cardiovascular; aumento da tolerância de esforço; diminuição 
dos sintomas e da quantidade de medicamentos; retorno dos pacientes a uma vida 
social próxima aos níveis normais (LEITE, 1984). 
Em relação à freqüência semanal das sessões, Meneghelo et al. (1993) relatam 
que a maioria dos programas utiliza 3 vezes por semana, por outro lado Arakaki e 
Magalhães (1996) citam entre 3 e 4 vezes por semana como freqüência ideal. 
Ressalta-se a possibilidade desta freqüência ser de até 5 ou de apenas 2 vezes por 
semana, num programa deste tipo (RAMOS, 1996). 
EXERCÍCIO AERÓBIO E DE FORÇA 
 
Segundo Gil e Colaboradores (1995), o principal objetivo dos programas de 
reabilitação cardíaca é permitir aos cardiopatas retornar, o quanto antes, à vida 
produtiva e ativa, a despeito de possíveis limitações impostas pelo seu processo 
patológico, pelo maior período de tempo possível. 
28 
 
 
O exercício físico regular atua na prevenção e controle das doenças 
cardiovasculares, influenciando quase todos os seus fatores de risco, e, associada as 
modificações na alimentação, deveria ser meta prioritárianos programas de 
prevenção das doenças cardiovasculares (O’Keefe, Nelson e Harris citados por 
Rique, Soares e Meirelles, 2002). Conforme Irigoyen e Colaboradores (2003), o 
exercício físico também é capaz de promover a angiogênese, aumentando o fluxo 
sanguíneo para os músculos esqueléticos e para o músculo cardíaco. 
Segundo o American College of Sports Medicine citado por Rique, Soares e 
Meirelles (2002), programas que enfatizam atividade física de intensidade moderada 
com duração mais longa são recomendáveis para a maior parte dos alunos, já que a 
grande parte destes é sedentária e apresenta pelo menos um fator de risco para as 
doenças cardiovasculares. Afirma ainda que, o exercício mais prescrito visando 
reduzir os fatores de risco das doenças cardiovasculares seja o aeróbio, o exercício 
contra a resistência vem sendo cada vez mais indicado, sendo especialmente 
benéfico no controle ponderal de pessoas mais velhas, que comumente sofrem 
consequências devido à perda de massa magra. 
É praticamente consensual que um maior conhecimento sobre as respostas 
cardiovasculares ao treinamento de força em diferentes situações é relevante para a 
segurança do praticante, principalmente quando suas condições clínicas implicam 
maiores riscos (Monteiro e Colaboradores, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
 
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