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MÉTODO-PILATES-PARA-DISTÚRBIOS-NEUROLÓGICOS-REABILITAÇÃO-E-COLUNA-VERTEBRAL

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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 SISTEMA NERVOSO ................................................................................. 4 
2.1 Sistema nervoso central ....................................................................... 4 
2.2 Sistema Nervoso Periférico .................................................................. 8 
3 COLUNA VERTEBRAL ............................................................................. 10 
3.1 Curvaturas da Coluna Vertebral ......................................................... 12 
4 DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS .............................................................. 13 
4.1 Acidente Vascular Encefálico- AVE .................................................... 13 
4.2 Distúrbios do Sono ............................................................................. 14 
4.3 Demências ......................................................................................... 14 
4.4 Cefaleia .............................................................................................. 15 
4.5 Doença de Parkinson ......................................................................... 15 
4.6 Doença de Alzheimer ......................................................................... 16 
4.7 Esclerose múltipla .............................................................................. 16 
5 DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL .................................................... 17 
5.1 Lombalgia ........................................................................................... 17 
5.2 Escoliose ............................................................................................ 18 
5.3 Osteoartrose da coluna ...................................................................... 19 
5.4 Cifose de Scheuermann ..................................................................... 20 
5.5 Espondilolistese ................................................................................. 21 
5.6 Espondilólise ...................................................................................... 23 
5.7 Fratura Vertebral Osteoporótica ......................................................... 24 
5.8 Hérnia discal ....................................................................................... 25 
6 O USO DO PILATES PARA GRUPOS ESPECIAIS ESPECIFICOS ........ 26 
6.1 Período gestacional ............................................................................ 27 
 
 
 
 
2 
 
6.2 Pacientes com incontinência urinária e fecal ...................................... 28 
6.3 Envelhecimento .................................................................................. 29 
7 PILATES NA REABILITAÇÃO .................................................................. 30 
8 PILATES NAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS .......................................... 32 
9 PILATES E COLUNA VERTEBRAL .......................................................... 33 
9.1 Benefícios ........................................................................................... 34 
9.2 Espondilolistese ................................................................................. 34 
9.3 Hérnia de disco .................................................................................. 35 
9.4 Hipercifose Scheuermann .................................................................. 37 
9.5 Escoliose ............................................................................................ 37 
9.6 Lombalgia ........................................................................................... 38 
9.7 Osteoartrose da coluna ...................................................................... 39 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso controla uma série de funções orgânicas como 
movimentação, função glandular, pensamento, fonação, órgãos do sentido, entre 
outros. O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema 
nervoso periférico (SNP): 
 
Fonte: anatomiaemfoco.com.br 
Sistema Nervoso Central: formada pelo encéfalo e medula espinhal 
(estruturas localizadas no esqueleto axial, dentro do crânio e do canal medular). Esta 
porção é especializada na recepção e interpretação de estímulos, de comando e 
desencadeadora de respostas. 
Sistema Nervoso Periférico: constituída pelas vias que conduzem os 
estímulos ao SNC (Sistema Nervoso Central) ou que levam até os órgãos efetuadores 
(músculos ou glândulas) as ordens emanadas da porção central. Esta porção está 
distribuída pelo corpo na forma de nervos cranianos e espinhais, gânglios e 
terminações ou receptores nervosos (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). 
2.1 Sistema nervoso central 
O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinhal. 
Podemos dizer que ele se localiza dentro do esqueleto axial, mesmo que alguns 
 
 
 
 
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nervos penetrem no crânio ou na coluna vertebral. O encéfalo é resguardado pelo 
crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral (JÚNIOR, 2020). 
 Encéfalo: 
Tronco Encefálico: 
O tronco encefálico faz parte do encéfalo e é formado pelo bulbo (medula 
oblonga), ponte e mesencéfalo. Esse segmento do SNC está ligado ao cerebelo 
através dos pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior. As principais funções 
do tronco encefálico são formar dez núcleos dos nervos cranianos (exceto olfatório e 
óptico); controle de atividades viscerais, glandulares e comportamentais; controle das 
atividades musculares da cabeça e pescoço e se ligar ao cerebelo; 
 Bulbo: Essa região do tronco cerebral se limita superiormente com a ponte 
e caudalmente com a medula espinhal e possui duas faces que são 
anteriores (ou ventral) e posterior ou dorsal. O bulbo possui 
aproximadamente as seguintes medidas: 3 cm de comprimento, 1,5 cm de 
espessura e 2 cm de largura. As funções do bulbo são o controle da 
respiração e frequência cardíaca, passagem de tratos ascendentes e 
descendentes, controle do vômito, tosse e espirro; 
 Ponte: A ponte é a região intermediária entre o mesencéfalo e o bulbo, a 
qual fica anterior ao cerebelo. Apresenta um comprimento de 2,5 cm, uma 
face anterior que é convexa e uma face dorsal côncava, na qual se encontra 
uma parte do quarto ventrículo. A principal função da ponte é transmitir 
impulsos nervosos vindos da medula e do bulbo para o córtex cerebral; 
 Mesencéfalo: Constitui-se na parte superior do tronco cerebral, que faz 
fronteira com as estruturas do diencéfalo que margeiam o terceiro 
ventrículo. O mesencéfalo mede 2 cm e é atravessado pelo aqueduto 
cerebral (aqueduto do mesencéfalo), canal que liga o terceiro ventrículo ao 
quarto ventrículo, onde flui o líquido cerebrospinal (liquor).As funções do 
mesencéfalo são sediar os núcleos rubros e a substância negra e ser o 
centro de reflexos visuais e auditivos (colículos) (JÚNIOR, 2020, p.116). 
Cerebelo: É um órgão que faz parte do encéfalo e seu significado é “pequeno 
cérebro”. O cerebelo fica alojado na fossa cerebelar do osso occipital, e situa-se 
posterior ao bulbo e a ponte, constituindo parte do teto do quarto ventrículo. Essa 
 
 
 
 
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região é separada dos hemisférios pela tenda do cerebelo, que é uma prega de dura-
máter. 
Apresenta um formato oval com uma constrição central, denominada vérmis. O 
cerebelo possui dois hemisférios que são direito e esquerdo e se conecta ao tronco 
encefálico através de três projeções que são os pedúnculos cerebelares superiores, 
médios e inferiores. Os pedúnculos cerebelares superiores se ligam ao mesencéfalo, 
os pedúnculos cerebelares médios se conectam a ponte e os pedúnculos cerebelares 
inferiores estão ligados ao bulbo. Sua superfície externa tem aspecto estriado, é 
formada por vários sulcos, denominados folhas do cerebelo. Entre os sulcos existem 
alguns mais pronunciados que são chamados fissuras, as quais se formam os lobos. 
As funções do cerebelo estão relacionadas ao equilíbrio corporal, a coordenação de 
movimentos precisos e inibição de músculos agonistas com estímulo aos músculos 
antagonistas, com isso limitando a amplitude dos movimentos articulares (JÚNIOR, 
2020, p. 111). 
 Medula Espinhal 
 
Fonte: auladeanatomia.com 
Encontra-se no canal vertebral e funciona como centro nervoso de atos invo-
luntários e, também, como veículo condutor de impulsos nervosos para o encéfalo e 
vice-versa (ANDRADE FILHO, 2015). 
Possui dois sistemas de neurônios. 
Sistema ascendente: transporta sinais sensoriais do corpo e das 
extremidades do corpo (receptores sensitivos) até a medula e de lá para o tálamo, 
 
 
 
 
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depois para a região cortical que corresponde à região específica do corpo situada no 
córtex sensitivo; 
Sistema descendente: envia ordens elaboradas nos centros corticais 
específicos e controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão 
e temperatura e transporta sinais originados nos centros corticais até seu destino, em 
sua maioria músculos estriados esqueléticos (ANDRADE FILHO, 2015). 
Vale ressaltar que quase todos os impulsos tanto sensitivos como motores, res-
pondem do lado oposto (contralateral) de onde partiu o impulso. Temos como exem-
plo, se eu quiser movimentar meu braço direito é o hemisfério cerebral esquerdo ou 
região cortical motora (região motora do braço) que envia a ordem, da mesma maneira 
se eu furar o dedo direito é o hemisfério esquerdo ou a região cortical do dedo re-
presentada no córtex sensitivo esquerdo que tornará esta dor consciente. Todas estas 
regiões corticais estão situadas na região mais superficial do córtex cerebral situado 
no telencéfalo que se divide em hemisfério direito e esquerdo (ANDRADE FILHO, 
2015). 
 Meninges 
Os órgãos do Sistema Nervoso Central são protegidos por estruturas es-
queléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a 
medula, também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, 
situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnoide (a do meio) e 
pia-máter (a interna). Entre as meninges aracnoide e pia-máter há um espaço preen-
chido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano ou liquor. 
Dura-máter: (mais externa e forma um saco fechado). 
Aracnoide: (média) em forma de teia de aranha. 
Pia-máter: (mais interna e delicada responsável pela forma do SNC), a pia-
máter se adere ao tecido nervoso acompanhando seus giros e sucos. 
Subaracnóideo: contém o líquido cefalorraquidiano (liquor), sendo o mais 
importante, pois são neste espaço que são realizadas punções para exame do liquor 
e injeção de anestésicos (anestesia peridural ou raque) (ANDRADE FILHO, 2015, p. 
285 e 286). 
 
 
 
 
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2.2 Sistema Nervoso Periférico 
Os nervos podem ser subdividimos em motores, sensoriais e mistos, ou seja, 
que desempenham as duas funções (IRIGOYEN et al, 2005). 
Os nervos sensitivos são aqueles capazes de perceber o ambiente e enviar 
informações para o encéfalo, onde são processadas e interpretadas; 
Os nervos motores são responsáveis por emitir uma reação em função dessa 
percepção de ambiente, sendo enviada uma nova informação de volta para os 
músculos ou órgãos; 
Os nervos mistos, portanto, fazem as duas funções (MOORE, 2018, apud DE 
SOUZA, 2021). 
Os nervos cranianos são numerados em algarismos romanos de I a XII, são 
identificados por suas funções no organismo e podem ser mapeados quando a sua 
localização no encéfalo e origem com base nos estudos de MOORE (2018) e 
DANGELO (2007). 
 
Fonte: todoestudo.com.br 
I- Nervo olfatório (NC I) O primeiro par de nervos cranianos é o nervo olfatório, 
sendo responsável pelo sentido da olfação. Um nervo exclusivamente sensitivo. Sua 
origem se dá na região olfatória das fossas nasais; 
II- Nervo óptico (NC II) O segundo par craniano é o nervo óptico, responsável 
pelo sentido da visão. Um nervo exclusivamente sensitivo. Sua origem se dá na retina, 
nos fotorreceptores, e as fibras formadas seguem em direção ao disco óptico; 
 
 
 
 
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III- Nervo oculomotor (NC III) O terceiro par craniano é o nervo oculomotor, a 
sua principal função é a movimentação do bulbo do olho e inerva o esfíncter da pupila 
e o músculo ciliar. Sua função é desempenhada juntamente com os nervos troclear 
(NC IV) e o nervo abducente (NC VI); 
IV- Nervo troclear (NC IV) O quarto par craniano, o nervo troclear, como 
mencionado anteriormente, também é responsável pela movimentação do bulbo do 
olho, atuando sobre o músculo oblíquo superior do olho; 
V- Nervo trigêmeo (NC V) O quinto par craniano, o nervo trigêmeo, é um nervo 
misto, ou seja, possui tanto função sensitiva, quanto motora. Entre suas principais 
funções estão a sensibilidade geral da face, de parte da língua e da meninge dura-
máter e, ainda, possui sua função motora, sendo muito importante para a inervação 
de músculos responsáveis pela mastigação. Este nervo se ramifica em nervo 
oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular; 
VI- Nervo abducente (NC VI) O sexto par craniano, o nervo abducente, 
movimenta o bulbo do olho, juntamente com o nervo oculomotor (NC III) e nervo 
troclear (NC IV), através da inervação do músculo reto lateral; 
VII- Nervo facial (NC VII) O sétimo par craniano, o nervo facial, é um nervo 
misto, portanto possui funções sensitivas, sensoriais e motora. A sua função sensitiva 
se dá pela inervação das glândulas salivares. Sua função sensorial corresponde a 
inervação de 2/3 anteriores da língua, perfazendo o sentido da gustação. Sua função 
motora é realizada pela inervação dos músculos da mímica facial; 
VIII- Nervo Vestibulococlear (NC VIII) O oitavo par craniano, o nervo 
vestibulococlear, é nervo sensitivo. A porção vestibular é a responsável pelo equilíbrio 
e a porção coclear está relacionada à audição; 
IX- Nervo glossofaríngeo (NC IX) O nono par craniano, o nervo glossofaríngeo, 
é um nervo misto. Promove a inervação sensitiva especial e geral do terço posterior 
da língua. Também inerva a faringe e suas estruturas; 
X- Nervo vago (NC X) O décimo par craniano, o nervo vago, é um nervo misto. 
Realiza a inervação das vísceras, realiza a inervação parassimpática aos órgãos, 
além de inervar partes da laringe e da faringe; 
XI- Nervo acessório (NC XII) O décimo primeiro par craniano, o nervo 
acessório, um nervo misto. Sua principal função é motora, sendo responsável pela 
 
 
 
 
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inervação de alguns músculos. Além da função motora, possui ação sensitiva especial 
por auxiliar o vago na inervação de algumas vísceras; 
XII- Nervo hipoglosso (NC XII) O décimo segundo par craniano e o último par, 
o nervo hipoglosso, um nervo motor. Sua função se relaciona principalmenteà 
movimentação da língua, por isso seu nome (DE SOUZA, 2021). 
3 COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral é considerada um pilar ósseo e está localizada no eixo me-
diano do corpo, articulando-se com o crânio, as costelas e as raízes dos membros 
superiores e inferiores. Dentre suas funções, citam-se: suportar o peso do tronco e o 
distribuir para os membros inferiores; proteger a medula espinhal, gânglios e nervos 
espinais, vasos sanguíneos, conferindo mobilidade para o tronco (ANDRADE FILHO, 
2015, p. 68). 
 
Fonte: patologia da coluna.com.br 
De acordo com NETTER (2011), a coluna vertebral, também chamada de 
espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos 
do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, 
chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o 
termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + 
cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. 
 
 
 
 
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As vértebras ou espôndilos são peças ósseas irregulares que unidas formam a 
coluna vertebral. Em anatomia convencionou-se que a referência das vértebras é feita 
por abreviação, por exemplo, colocar a região da coluna (C para cervical, T para 
torácica, L para lombar, S para sacral e Co para coccígea) e o número da vértebra em 
algarismos romanos. As vértebras são em número de 33 e estão distribuídas nas 
regiões da coluna (ANDRADE FILHO, 2015). 
● Região cervical: é formada por sete vértebras cervicais e é a parte de maior 
mobilidade da coluna vertebral. A coluna cervical estende-se da vértebra CI até CVII. 
Nesta região as vértebras possuem o menor corpo vertebral, com exceção da primeira 
e sétima vértebras. As vértebras atípicas da região cervical são CI e CII, enquanto as 
vértebras típicas são CIII, CIV, CV, CVI e CVII; 
● Região torácica: é formada por doze vértebras. Cada vértebra se articula 
com um par de costelas. Estende da vértebra TI até TXII. No início da coluna torácica 
as vértebras apresentam um corpo em forma de coração e na parte distal, 
assemelham-se às lombares por ser uma região de transição; 
● Região lombar: é formada por cinco vértebras e é nesta região que se con-
centra todo o peso do tronco, por isso as vértebras são mais robustas e maiores. 
Estende de LI até LV; 
● Região sacral: é composta por cinco vértebras fundidas (sinostose), fenô-
meno que ocorre na idade adulta, constituindo assim um único osso mediano, 
denominado de sacro. Estende da vértebra SI até SV. O sacro articula-se 
superiormente com a quinta vértebra lombar, lateralmente com os ossos do quadril e 
inferiormente com o cóccix; 
● Região coccígea: é formada por quatro vértebras, que também se fundem 
com a idade formando o cóccix, um osso pequeno e triangular. Estende de CoI até 
CoIV (ANDRADE FILHO, 2015). 
 
 
 
 
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3.1 Curvaturas da Coluna Vertebral 
 
Fonte: Gray´s Anatomia clínica para estudantes 
Postura pode ser definida como a posição que o corpo adota no espaço, bem 
como a relação direta das partes do corpo com a linha do centro de gravidade. A boa 
postura é caracterizada, principalmente, pelo alinhamento correto da coluna vertebral 
(GUADAGNIN, 2012). 
A coluna vertebral em ângulo anterior ou posterior deve ser linear, sem desvios 
ou curvaturas, no entanto, analisada em vista lateral deve apresentar curvaturas fi-
siológicas. Estas curvaturas servem para aumentar a resistência da coluna, melhorar 
a distribuição de carga e evitar compressões. Reconhecemos a curvatura cervical e 
sacral como primárias e com o tempo, ou seja, a postura bípede desenvolve as cur-
vaturas secundárias (cervical e lombar). 
São no total quatro as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, estão assim 
apresentadas: 
● Lordoses: são as curvaturas que apresentam concavidade posterior, como 
nas encontradas nas regiões cervical e lombar. 
● Cifoses: são as curvaturas que apresentam concavidade anterior, como nas 
encontradas nas regiões torácica e sacrococcígea (ANDRADE FILHO, 2015). 
 
 
 
 
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4 DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS 
Segundo WHO (2007), citado por SIMÃO (2017), as doenças neurológicas ou 
distúrbios neurológicos (DNs) são aquelas condições que afetam o sistema nervoso 
central ou periférico, causando incapacidade de longo prazo. Segundo a Organização 
Mundial de Saúde (OMS), em 2030 as DNs corresponderão a 6,77% da carga global 
de doenças, sendo as neuropsiquiátricas responsáveis por 2,43% e as 
cerebrovasculares e infecções neurológicas por 4,34%. Ainda segundo a OMS, a 
queda da taxa de mortalidade e o aumento da expectativa de vida contribuem para o 
aumento da incidência das DNs. 
 
Fonte: interfisio.com.br 
O indivíduo com comprometimento neurológico tem sua funcionalidade 
afetada, o que resulta em deficiências, limita as atividades e restringe a participação 
social. Além disso, esses indivíduos enfrentam redução em sua qualidade de vida e 
são mais susceptíveis a sintomas depressivos, o que pode dificultar sua capacidade 
de realizar programas diários de reabilitação, como a fisioterapia. Para que o processo 
de reabilitação seja eficaz é necessário considerar fatores como escolha e prazer do 
indivíduo, afim de determinar o grau de envolvimento do paciente em programas de 
reabilitação (NIEDERMEIER, 2017, SIMÃO, 2017). 
4.1 Acidente Vascular Encefálico- AVE 
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica que leva a 
uma anormalidade súbita do funcionamento do cérebro devido a um bloqueio da 
passagem do sangue para o encéfalo ou de uma hemorragia cerebral. Esta patologia 
 
 
 
 
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é causada por uma lesão decorrente a um mecanismo vascular e não traumático, logo 
se pode encontrar AVE’s secundários a uma embolia arterial e processos de trombose 
arterial ou venosa, o que poderá causar isquemia ou hemorragia cerebral (FRANÇA, 
2004, apud DE BARCELOS, 2016). 
4.2 Distúrbios do Sono 
O sono é um componente essencial do bem-estar físico e emocional. A falta ou 
interrupção do sono devido à insônia é um problema altamente prevalente. A 
ansiedade juntamente com o estresse, a depressão e a insônia, têm como 
características condições psiquiátricas generalizadas e altamente comórbidas no 
mundo, que são definidas como uma experiência emocional negativa na qual estão 
associadas às mudanças bioquímicas, cognitivas, comportamentais e psicológicas 
(BAKSHAEI, 2017, apud RODRIGUES, 2021). 
Segundo NEUBAUER (2013), citado por RODRIGUES (2021), a dificuldade em 
adormecer e manter o sono são problemas altamente prevalentes em pacientes com 
distúrbios neurológicos. Vários fatores geralmente contribuem para a insônia. 
Os distúrbios de sono ocorrem com uma frequência cada vez maior e trazem 
consigo consequências que requerem maior atenção. A qualidade do sono, em geral, 
afeta diretamente as funções tanto do cérebro quanto do organismo. De acordo com 
TURCO et.al (2011), citado por ARAUJO (2016), os conhecimentos sobre o sono e a 
descoberta de seus principais distúrbios foram desenvolvidos principalmente a partir 
de 1950 por Aserinsky e Kleitman que diferenciaram os movimentos oculares em 
lentos e rápidos. 
De acordo com REIMÃO e LEMMI (1986), citado por ARAUJO (2016), a apneia 
do sono tipo obstrutiva (ASO) e narcolepsia são considerados os principais distúrbios 
de sono. 
4.3 Demências 
Atualmente, segundo PARMERA (2015), define-se demência como condição 
na qual ocorre decréscimo cognitivo comparado a um nível prévio do indivíduo, com 
comprometimento de suas funções sociais e funcionais. 
 
 
 
 
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Há várias propostas para a definição a ser adotada de demência, entre elas a 
do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM IV) (APA, 1994), na 
qual o comprometimento de memória é exigido necessariamente na apresentação, 
ademais deverá haver declínio em relação a um padrão prévio cognitivoe não poderá 
haver delirium concomitante durante a avaliação. 
Outras, como a do Grupo de Trabalho do National Institute on Aging (NIA) e 
Alzheimer’s Association (AA) propõem novos critérios que não exigem 
comprometimento de memória inicialmente, possibilitando sua aplicação para várias 
etiologias de demência. Esses últimos são, portanto, os critérios recomendados para 
a aplicação no Brasil pela Academia Brasileira de Neurologia (FROTA, 2011, apud 
PARMERA, 2015). 
4.4 Cefaleia 
As cefaleias podem ser classificadas em dois tipos distintos: as cefaleias 
primárias e as secundárias. As cefaleias primárias podem ser conceituadas como 
crônicas de apresentação episódica ou contínua, de etiologia ainda desconhecida, 
mas de natureza disfuncional, não estrutural (KIRST, 2018). 
Já as secundárias são provocadas por doenças demonstráveis por exames 
clínicos ou laboratoriais, normalmente de caráter estrutural. Este artigo tem como 
objetivo uma breve discussão sobre as diferenças entre os principais tipos de cefaleias 
primárias a fim de direcionar o tratamento para atingir o melhor desfecho possível 
(KIRST, 2018). 
4.5 Doença de Parkinson 
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, crônica e 
progressiva que afeta principalmente o sistema nervoso central (SNC), causando uma 
diminuição progressiva na produção de dopamina na substância negra. A DP ocorre 
pela morte de neurônios dopaminérgicos, sendo a dopamina um neurotransmissor 
que complementa a realização dos movimentos (LI, 2017, apud FIALHO, 2019). 
De acordo com FIALHO (2019), 
 
 
 
 
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[...] a dopamina é um neurotransmissor que atua principalmente no controle 
das funções motoras, cognitivas, sensações de prazer e motivação. É 
armazenada em vesículas dos neurônios da substância negra, a qual 
apresenta forte conexão com o corpo estriado através das vias nigro-estriatal 
e estriato-nigral. Na DP, ocorre uma depleção de dopamina do corpo estriado 
levando a morte celular que ocasiona na diminuição da concentração de 
transportadores de dopamina, o que justifica a disfunção das funções motoras 
no córtex e regiões do tronco cerebral dos acometidos. 
A morte dos neurônios dopaminérgicos é a principal relação ao 
desenvolvimento dos sintomas relatados pelos pacientes com DP, como discinesia, 
rigidez, bradicinesia, hipotensão ortostática e manifestações psiquiátricas. É uma 
doença que acomete predominantemente a população idosa com prevalência maior 
nos homens (1729 por 100.000, > 65 anos) do que nas mulheres (1644 por 100.000), 
e entre pessoas com mais de 80 anos de idade. Além disso, algumas patologias 
secundárias, que geralmente acompanham o perfil clínico do paciente, agravam ainda 
mais a doença, como a demência, com mais de 25% dos casos, e/ou depressão, com 
mais de 30% dos casos (CACABELOS, 2017, apud FIALHO, 219). 
4.6 Doença de Alzheimer 
A doença de Alzheimer (DA) consiste em uma doença neurodegenerativa 
progressiva, irreversível e de aparecimento insidioso. Segundo BARROSO (2020), ela 
deve ser investigada na presença de sintomas cognitivo-comportamentais que 
interfiram nas atividades diárias, com declínio progressivo, não explicado por delirium 
ou outras desordens psiquiátricas, bem como presença de deterioração cognitiva 
relacionada à aquisição de novas informações, à realização de tarefas complexas, 
sintomas visuoespaciais, de linguagem, comportamento e personalidade. 
Dados obtidos na OMS (2019), citados por MORENO (2019), confirmam que a 
DA é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela 
deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de 
vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações 
comportamentais. 
4.7 Esclerose múltipla 
SANTOS (2007), citado por RABELO (2019), cita que: 
 
 
 
 
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[...] a esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, inflamatória, 
neurológica e crônica que provoca lesões cerebrais e medulares. É 
caracterizada pela imprevisibilidade de seu curso, devido episódios repetidos 
de disfunção neurológica com remissão variável. 
De acordo com GUERREIRO (2019), a causa ainda é desconhecida. A 
hipótese patogênica mais aceitável é que a EM seja uma associação complexa entre 
uma predisposição genética com fatores ambientais desconhecidos que origina uma 
resposta autoimune ao próprio sistema nervoso, resultando na destruição dos 
oligodendrócitos, que são células responsáveis pela formação e manutenção das 
bainhas de mielina, que estão presentes nos axônios dos neurônios do SNC e por 
este motivo, ocorre a desmielinização, ou seja, uma deterioração da mielina. Essa 
resposta ocasiona em diminuição na condução dos impulsos nervosos e condiciona o 
aparecimento dos sintomas. 
Com a desmielinização, os pontos de inflamação causados pela resposta 
autoimune evoluem para uma esclerose, que é uma cicatriz causada pela perda dos 
oligodendrócitos e bainhas de mielina, não apresentando a mesma função do tecido 
original, com isso, há a perda da função tecidual em diversas regiões do tecido 
nervoso (ABEM, 2016, apud RABELO, 2019). 
5 DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL 
As doenças crônicas que afetam a condição musculoesquelética representam 
um dos principais problemas para a saúde da população brasileira, principalmente na 
fase produtiva da vida. Entre essas doenças, destacam- se os problemas crônicos de 
coluna, como as dores lombares, e os distúrbios osteomusculares relacionados ao 
trabalho (DORT). DE OLIVEIRA (2015) relata que os problemas de coluna, também 
denominados de “dores nas costas”, englobam as cervicalgias, dores torácicas, 
ciáticas, transtornos dos discos intervertebrais, espondiloses, radiculopatias, e as 
dores lombares. 
5.1 Lombalgia 
O termo “lombalgia” se refere à dor no segmento lombar da coluna vertebral. 
Quanto à duração dos sintomas, pode ser classificada como: aguda, se apresentar 
 
 
 
 
18 
 
duração de até 1 mês; subaguda, se apresentar duração até três meses; e crônica, 
caso se prolongue por mais de três meses desde o episódio inicial (PIRES, 2006, apud 
SANTOS, 2019). 
De acordo com HESTBAEK (2003), citado por SANTOS (2019), a dor lombar 
inespecífica é geralmente definida como uma sensação álgica, tensão muscular ou 
rigidez localizada abaixo da margem costal e acima das pregas glúteas inferiores, com 
ou sem dor nas pernas (ciático). Para a maioria dos pacientes nos cuidados primários, 
a fonte dos sintomas não pode ser especificada, por isso recebe o rótulo de 
inespecífica, configurando-se como uma condição de saúde comum que afeta a 
maioria dos adultos ao longo da vida. 
As exceções são aquelas com dor nas costas associada à radiculopatia ou 
estenose espinhal e a pacientes raros cuja lombalgia pode ser atribuída a uma doença 
ou condição como fratura, tumor ou infeção (HENSCHKE et al., 2009). 
Segundo HYUSMANS et al. (2018) o quadro álgico da lombalgia está muitas 
vezes associado à piora da capacidade funcional, sintomas depressivos, 
catastrofização, exagero no auto percepção da doença, cinesiofobia e é afetada por 
uma série de fatores genéticos, físicos, psicológicos, ambientais, culturais e sociais. 
5.2 Escoliose 
O termo escoliose significa curvatura lateral da coluna, também definida como 
uma deformidade tridimensional que ocasiona alterações definitivas de ossos e 
tecidos moles, desencadeando transtornos estéticos e complicações futuras graves 
(MORETTI, 2020). 
 
Fonte: prosense.com.br 
 
 
 
 
19 
 
DE SÁ (2020) confirma o termo citado por MORETTI (2020) acima, afirmando 
que a escoliose é uma deformidade da coluna vertebral bastante complexa, 
caracterizada por um desvio tridimensional o qual promove uma torção generalizada, 
podendo gerar um desvio lateral no plano frontal, rotação vertebral no plano axial e 
ocorrência de lordose ou cifose no plano sagital. 
 
 
 Escoliose idiopática 
A escoliose idiopáticaé o tipo mais comum e importante de escoliose estrutural, 
tem início na infância ou adolescência e tende a progredir até cessar o crescimento 
do esqueleto (MORETTI, 2020). 
 
Fonte: pedipedia.com.br 
Sua etiologia é 85% das vezes idiopática, pois muitos fatores causais ainda 
permanecem desconhecidos e seu tratamento, essencialmente, consiste do 
reconhecimento precoce, correção das posturas existentes e prevenção à evolução 
da mesma. Sua prevalência é de a cada 10 indivíduos com escoliose de nove são do 
sexo feminino e um do sexo masculino (SEGURA, 2011, apud DE SÁ 2020). 
5.3 Osteoartrose da coluna 
A osteoartrose segundo PAEZANI (2014) citado por DE BARROS (2020), é um 
processo degenerativo de desgaste da cartilagem, que afeta, sobretudo as 
articulações que suportam peso ou as que realizam movimentos em excesso no 
corpo, como as vértebras lombares. A presença da degeneração entre as vértebras a 
caracteriza como uma doença crônica. 
 
 
 
 
20 
 
Devido sua cronicidade, a osteoartrite de coluna vertebral impulsiona os 
mecanismos inflamatórios neurogênicos, mediando a manifestação clínica de 
síndrome da dor miofascial (DUARTE et al., 2019). 
Além disso, a osteoartrite de coluna vertebral está associada à gravidade da 
calcificação aórtica abdominal, ao menor tempo em atividade física, a anormalidades 
metabólicas e à mortalidade por doenças cardiovasculares (ESTUBLIER, 2014, apud 
DE BARROS, 2020). 
A lesão se inicia após a perda significativa de líquido no interior do disco 
intervertebral, onde haverá diminuição deste espaço ocupado pelo disco, acarretando 
o contato direto entre as facetas das vértebras, contribuindo para uma esclerose na 
cortical óssea, ocorrendo uma neoformação óssea, ou seja, um crescimento ósseo 
nas margens das articulações sob a forma de osteófitos, popularmente conhecido 
como bico de papagaio (VIALLE, 2010, apud PAEZANI, 2014). 
Popularmente conhecida como “bico de papagaio” a osteofitose é uma 
anomalia óssea evidenciada pelo desenvolvimento irregular de tecido ósseo 
em torno de uma articulação das vértebras, sendo uma das doenças que mais 
atinge a população humana, responsável por dores fortes na coluna vertebral, 
sensação de formigamento e diminuição da força muscular, estando também 
associada diretamente a postura corporal e falta de exercícios (RIZZI et al., 
2015, apud CONCEIÇÃO, 2020). 
5.4 Cifose de Scheuermann 
Das deformidades que podem se desenvolver durante a infância e 
adolescência, a cifose Scheuermann ou doença de Scheuermann é uma deformidade 
relativamente comum, que surge predominantemente na puberdade e que apresenta 
uma prevalência de 0,4 a 8,3% da população geral, dependendo do diagnóstico que 
é baseado em critérios radiográficos ou clínicos 
Segundo DEFINO e HERRERO (2010), citados por CONCEIÇÃO (2020), a 
maioria dos pacientes com cifose de Scheuermann são tratadas convencionalmente, 
no entanto pacientes que apresentam com a cifose com grau maior que 80 é mais 
indicado que faça uma osteotomia, que é uma cirurgia que corrige um mau 
alinhamento de um segmento. 
Esta alteração foi primeiramente descrita por Scheuermann em 1921, que 
relatou acunhamento e achatamento das vértebras devido à necrose avascular da 
apófise anular do corpo vertebral, que culminava com quadro clínico de rigidez 
 
 
 
 
21 
 
articular e uma cifose mais acentuada quando comparada com o dorso curvo postural. 
Segundo BURANELLO (2011), a cifose de Scheuermann continua sendo muitas 
vezes incorretamente diagnosticada, ou até mesmo negligenciada, ou como dorso 
curvo postural ou como má postura, porém ela pode ser uma alteração estrutural grave 
da coluna vertebral, podendo provocar desde má aparência corporal até complicações 
cardiorrespiratórias. 
5.5 Espondilolistese 
A espondilolistese é uma doença que pode ser desencadeada por fatores 
genéticos, fratura de vértebras, traumas e processos degenerativos (TEBET, 2014, 
apud ALVARENGA, 2020). 
 
Fonte: universosenior.com 
Segundo RODRIGUES et al. (2006), citado por CARVALHO, (2020), o 
escorregamento ocorre devido à presença de instabilidade no segmento acometido, 
geralmente como consequência da doença discal degenerativa, ocasionando 
sobrecarga nas facetas articulares, evoluindo com deformidade das articulações e 
deslizamento vertebral. 
Na espondilolistese ocorre alterações de funções e estruturas, o que gera um 
quadro álgico ao paciente. E isso pode vir a interferir nas atividades do dia a dia, 
devido a perda da amplitude de movimento, flexibilidade e fraqueza muscular. Assim, 
poderá haver dor durante movimentos da coluna, principalmente lombar, e também 
ao levantar para ficar de pé. Pode ocorrer também, uma alteração nos dermátomos 
devido a uma compressão de raízes nervosas e da cauda equina, o que poderá causar 
sintomas radiculares, além de dormência para os membros superiores e inferiores. 
 
 
 
 
22 
 
Em casos mais evoluídos, pode ocorrer restrições em atividades básicas como andar 
e subir e descer escadas (NASCIMENTO, 2016). 
De acordo com JASSI et al., 2010, citado por ALVARENGA (2020), a 
espondilolistese possui 5 classificações sendo elas: 
 Displástica, 
 Ístmica, 
 Degenerativa, 
 Traumática e 
 Patológica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESPONDILOLISTESE 
I- DISPLÁTICA 
(CONGÊNITA) 
Anormalidade na formação do arco neural no nível L5-S1, que permite um deslizamento de 
L5 sobre S1. Os sintomas podem desenvolver após 8 anos de idade. 
 
II- ÍSTMICA 
(ESPONDILOLÍTICA) 
A mais comum, causada pela falência por fadiga dos pares articulares devido a estresse 
repetitivo em extensão/ torção. Sua incidência é maior no nível L5-S1 de adolescentes e 
adultos jovens. Uma cifose toracolombar é uma das causas predisponentes. 
 
III- DEGENERATIVA 
Degeneração do disco e/ou instabilidade intersegmentar. Uma hipomobilidade em L5-S1 
pode causar hipermobilidade em L4-L5, tornando possíveis alterações degenerativas como 
deslizamento anterior. Ocorre mais frequentemente em mulheres acima dos 40 anos. 
 
IV- TRAUMÁTICA 
São as fraturas agudas dos pares articulares e curam-se bem com imobilização. 
 
 
V- PATOLÓGICA 
Metástases e doença reumática são suas causas mais comuns. Outras patologias como 
tuberculose, doença se Paget e sífilis podem enfraquecer o tecido da vértebra e torna-la 
mais susceptível a danos. Assim como acontece na traumática, esses casos 
frequentemente acometem todo o segmento vertebral, não sendo um problema particular 
dos pares articulares. 
Fonte: JASSI et al. (2010) 
 
 
 
 
23 
 
5.6 Espondilólise 
 
Fonte: cirurgiadacoluna.com.br 
Segundo LEONE et al. (2011), citado por LEWIS (2019), a espondilólise é um 
defeito ósseo da coluna vertebral, mais especificamente, uma fratura por estresse que 
ocorre nos pares interarticular, podendo ser unilateral ou bilateral. A fratura envolve a 
separação da vertebra em dois segmentos, sendo o anterior composto pelo corpo 
vertebral, processos transversos e processos articulares superiores e o posterior pelos 
processos articulares inferiores, lâminas e processo espinhoso. 
A patogênese da espondilólise permanece controversa. Vários estudos se 
referem a predisposição genética hereditária e forte associação à espina bífida oculta. 
Porém, o mecanismo mais provável para a espondilólise é, no entanto, multifatorial 
com a fratura por estresse a ocorrer devido a microtrauma repetitivo em condições 
anatômicas com predisposição congênita, ou devido à displasia dos pares 
interarticulares (MOÇO, 2020). 
GOETZ (2020) afirma que a junção lombossacral é a área com maior 
predisposição para desenvolver uma espondilólise. Este fato é devido à sua anatomia 
e biomecânica única. A face anterior dos processos interarticulares inferiores de L5 
bloqueiam as facetas sacrais posteriores, impedindo o deslizamento anterior do corpo 
vertebral de L5 sobre o sacro. 
 
 
 
 
24 
 
5.7 Fratura Vertebral OsteoporóticaA osteoporose é uma doença osteometabólica do tecido ósseo, caracterizada 
por perda gradual da massa óssea, que enfraquece os ossos por deterioração da 
microarquitetura tecidual óssea, tornando-os mais frágeis e mais suscetíveis a fraturas 
(HEBERT, 2017, apud NISHIMORI, 2019). 
A fratura é a consequência clínica da osteoporose. Em mais de 85% dos casos, 
a mesma ocorre devido a quedas. Os locais de maior ocorrência são vértebras, 
punhos e região proximal do fêmur. Em alguns casos as fraturas vertebrais podem 
ocorrer sem sintomas, porém, à medida que aumentam em número e intensidade, 
podem estar associadas a grau significativo de morbidade. No entanto, apenas 25% 
a 30% dos pacientes com esse tipo de fratura são diagnosticados clinicamente (são 
sintomáticos) (PEREIRA, 2002, apud NISHIMORI, 2019). 
De acordo com estudos de STOLNICKI (2016), citado por NISHIMORI (2019), 
[...] um paciente com uma fratura vertebral tem quase cinco vezes mais risco 
de uma futura lesão semelhante e o dobro do risco para fratura do quadril e 
outras fraturas não vertebrais. Pacientes que sofreram fratura do punho têm 
quase duas vezes o risco relativo de uma futura fratura do quadril. 
Segundo PEREIRA (2020), 
[...] as fraturas vertebrais são as manifestações clínicas mais comuns da 
osteoporose e estão associadas a elevada morbimortalidade. Vários fatores, 
incluindo história pessoal ou familiar de fraturas, densidade mineral óssea e 
idade aumentam o risco de fraturas. No entanto, o mecanismo molecular 
subjacente pelo qual esses fatores levam ao aumento do risco não é 
totalmente compreendido. 
 
 
 
 
25 
 
5.8 Hérnia discal 
 
Fonte: revistareacao.com.br 
Segundo GUIDA (2020), o disco intervertebral é uma estrutura única, com 
capacidade de absorver choques e resistir à deformação induzida pela carga. É 
composto por uma estrutura externa rígida, designada anel fibroso, e uma estrutura 
interna gelatinosa, chamada núcleo pulposo. 
A hérnia de disco é proveniente de alterações anormais da estrutura do disco 
intervertebral, em que há um comprometimento das raízes nervosas devido a um 
extravasamento do núcleo pulposo localizado dentro do anel fibroso, as raízes 
nervosas podem ficar comprometidas por um mecanismo de ação direto ou indireto, 
quando for mediante compressão ou irritação nervos gerará sintomas, como a dor 
irradiada, parestesia, formigamento, dentre outros (SUSSELA, 2017, apud GUIDA, 
2020) 
Na caracterização de hérnia discal, pode-se levar em conta tanto o núcleo 
pulposo como o anel fibroso para deslizar, causando um comprometimento e pequena 
hérnia local, sendo considerado um grau leve de comprometimento, porem caso os 
dois venham deslizam juntos e comprometendo uma área de maior proporção, já se 
determina um grau elevado, devendo ser investigado através de exames clínicos e 
exames complementares como os de imagem, para uma possível intervenção 
cirúrgica (SILVA, 2006, apud PAEZANI, 2014). 
 
 
 
 
 
 
26 
 
TIPOS DE HÉRNIAS 
ABAULAMENTO DISCAL esta é a primeira etapa onde se inicia a patologia, a patologia é quando o 
disco invertebral começa a apresentar algumas fissuras em suas fibras, 
alterando a forma do disco 
 
PROTRUSAS 
O disco se alarga, mas contém o líquido gelatinoso no seu centro. A base do 
disco se avoluma e fica mais larga que o diâmetro de origem. As paredes do 
disco poderão tocar em regiões e áreas de grande sensibilidade nervosa, 
gerando dores e incapacidades 
 
 
EXTRUSAS 
É uma condição ortopédica muito frequente que afeta os discos 
intervertebrais da coluna que funcionam como verdadeiros amortecedores. A 
patologia se dá quando há o rompimento desse anel fibroso e o conteúdo 
gelatinoso interno ou núcleo pulposo sai por meio de uma fissura na 
membrana, havendo perda de contato dos fragmentos extravasados com o 
seu meio interno. 
 
 
 
SEQUESTRADAS 
A hérnia de disco sequestrada é aquela que rompe a parede do disco e o 
líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para 
baixo. Além da pressão na raiz nervosa, provoca inflamação e compressão 
contínua. É o tipo de hérnia que provoca a chamada dor química, pois esse 
núcleo pulposo, quando fora do seu ambiente natural, tem propriedades 
químicas ácidas e provoca dores insuportáveis. O paciente se apresenta com 
postura antálgica, inclinando o tronco para o lado que lhe dê conforto. Neste 
caso, a melhora só será possível com medicamentos, repouso ou até mesmo 
cirurgia. 
Fonte: VIALLE, 2010 
6 O USO DO PILATES PARA GRUPOS ESPECIAIS ESPECIFICOS 
MENDES (2015), citado por DE CARVALHO (2021), relata que a falta de uso 
da musculatura é considerada o grande motivo da perda da flexibilidade em idosos, 
causando a diminuição da amplitude das articulações, devido ao enrijecimento dos 
ligamentos, tendões e músculos. No entanto, esse acontecimento não se restringe 
somente aos idosos, se aplica também às demais faixas etárias, pois o desuso de 
qualquer musculatura acarreta perdas de capacidades funcionais. 
Dessa forma, segundo UENO et al. (2000), citado por DE CARVALHO (2021), 
a prática de exercícios físicos proporciona ganhos de flexibilidade, suavizando as 
 
 
 
 
27 
 
perdas decorrentes da idade e proporcionando melhora na realização de atividades 
do dia a dia. 
6.1 Período gestacional 
 
Fonte: cordvida.com.br 
A mulher no período gestacional passa a conviver com diferentes alterações no 
corpo, as quais são necessárias para o desenvolvimento do feto. Sua posição 
anteriorizada dentro da cavidade abdominal, além do aumento do peso e tamanho 
das mamas, são fatores que contribuem para o deslocamento do centro de gravidade 
da mulher para cima e para frente, podendo acentuar a lordose lombar e promover 
uma anteversão pélvica. Assim, essas mudanças ocasionam limitações e dores. Entre 
as dores mais comuns, são referidas as lombalgias. 
SILVA e CARVALHO (2011) citado por GARDENGHI (2019), reforçam que as 
mulheres em período gestacional apresentam um risco aumentado de queixas 
musculoesqueléticas, principalmente lombalgia, o que ocorre em função de uma série 
de mudanças hormonais e biomecânicas, que são características dessa fase. Os 
mesmos autores acrescentam que a lombalgia gestacional é um problema de saúde 
que limita a gestante, principalmente por interferir em suas atividades de vida diária e 
na qualidade de vida da mulher neste período específico. 
Ao praticar o Pilates, a gestante passa a reorganizar o seu centro de força, 
como as partes que envolvem o abdome, quadril e coluna lombar, sendo que a prática 
variada, com poucas repetições, concentração, precisão de movimentos e fluidez, 
favorece a melhora da postura e reduz as compensações comuns desse período, 
 
 
 
 
28 
 
prevenindo e/ou amenizando as dores na coluna vertebral. Além disso, o método 
alonga e relaxa os músculos, fortalece a musculatura perineal, possibilitando um 
melhor preparo para o parto e pós-parto, estimula a circulação, desenvolve a 
consciência corporal, melhora a respiração, aumenta a percepção de bem-estar, e 
melhora a autoestima (GARDENGHI, 2019). 
6.2 Pacientes com incontinência urinária e fecal 
Os músculos do assoalho pélvico têm importantes funções, contraem-se para 
manter a continência urinaria e fecal e relaxam-se permitindo o esvaziamento 
intestinal e vesical, evitam o deslocamento dos órgãos pélvicos e participam da 
responsividade sexual feminina normal, sendo extremamente distendidos para 
permitir o parto. Mas, devem-se contrair novamente durante o pós-parto para permitir 
a continuidade das suas diversas funções (BEREK, 2005). 
A incontinência urinária, a incontinência fecal, o prolapso de órgãos pélvicos, e 
as disfunções sexuais são problemas que acometem um grande número de pessoas 
em todo o mundo. Durante muito tempo a abordagem cirúrgica representou a solução 
clássica para alguns destes desconfortos, porém, diante de recidivas, e agravamentodo prognóstico a fisioterapia uroginecológica conquistou seu espaço e atualmente 
representa a primeira opção de tratamento para muitos pacientes e profissionais da 
área, visto que em busca de restabelecer as funções naturais do assoalho pélvico as 
formas de tratamento fisioterápico raramente causam efeitos colaterais (RAMOS, 
2006). 
Uma das opções de tratamento é o treinamento funcional do assoalho pélvico, 
que consiste em contrações específicas dos músculos que o compõem e tem como 
benefícios a melhora da percepção e consciência corporal da região pélvica, o 
aumento da sua vascularização, tonicidade e força muscular. Com estes exercícios 
perineais podem-se prevenir e tratar diversos problemas que surgem com o 
enfraquecimento dos músculos pubococccígeos (BIANCO, 2004). 
 Benefícios: O método é uma eficiente ferramenta para o fortalecimento da 
musculatura extensora de tronco. Atenua os desequilíbrios entre a função dos 
músculos envolvidos na flexão e extensão de tronco, diminuindo o risco de 
 
 
 
 
29 
 
desenvolver distúrbios da coluna lombar (KOLYNIAK, 2004, apud ANDREAZZA, 
2017). 
Outro benefício do método Pilates em aparelhos citado por BERTOLLA (2007), 
é de que com um programa de um mês com três aulas semanais o método promove 
incremento na flexibilidade com efeitos crônicos, ou seja, após um período sem 
praticar os exercícios os benefícios atingidos permanecem. Isto foi comprovado em 
pesquisa realizada com atletas que praticavam futsal, população que apresenta 
tendência a desenvolver encurtamentos da musculatura posterior da coxa. 
6.3 Envelhecimento 
FERREIRA (2012), citado por LEÃO (2019) diz que: 
[...] o envelhecimento pode ser entendido como um processo dinâmico e 
progressivo, marcado por alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e 
psicológicas. Essas modificações determinam a progressiva perda da 
capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionando maior 
vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos, podendo levar 
o indivíduo à morte. 
A capacidade funcional pode ser definida como a manutenção da capacidade 
de realizar Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais da 
Vida Diária (AIVD). Essas atividades são fatores importantes na gestão e nos 
cuidados com a própria saúde. 
Segundo CARVALHO FILHO (2006), citado por FERREIRA (2012), como uma 
de suas consequências, o envelhecimento traz a diminuição gradual da capacidade 
funcional, a qual é progressiva e aumenta com a idade. Assim, as maiores 
adversidades de saúde associadas ao envelhecimento são a incapacidade funcional 
e a dependência, que acarretam restrição/perda de habilidades ou 
dificuldade/incapacidade de executar funções e atividades relacionadas à vida diária. 
Tais dificuldades são ocasionadas pelas limitações físicas e cognitivas, de forma que 
as condições de saúde da população idosa podem ser determinadas por inúmeros 
indicadores específicos, entre eles a presença de déficits físicos e cognitivos. 
 
 
 
 
30 
 
 
Fonte: revistapilates.com.br 
 Segundo VEIGA (2019), o envelhecimento pode ser compreendido como 
diminuição da reserva funcional dos indivíduos, um processo natural, dinâmico e 
progressivo, caracterizado por diversas manifestações nos campos biológicos, 
psíquico e social que não estando associado a doença, não trazem problema algum 
Estudos realizados pelo mesmo autor, apontam os benefícios da inclusão de 
atividades físicas de resistência muscular e aeróbicas na rotina dos idosos, como 
forma de minimizar complicações do processo de envelhecimento, como perda de 
funcionalidade, flexibilidade e consequentemente de equilíbrio. Dentre as diversas 
possibilidades de atividade física para idosos, o método Pilates se tornou uma 
modalidade procurada, testada e aprovada como benéfica para estes fins, à medida 
que as pessoas ficam mais vulneráveis, objetivando a melhora da qualidade de vida. 
De acordo com CAMARÃO (2004), citado por VEIGA (2019), o método de 
Pilates contribui diretamente na manutenção corporal, nas capacidades físicas, 
aperfeiçoamento de habilidades, possibilita trabalhar o corpo de forma global, corrige 
a postura, realinha a musculatura e desenvolve a estabilidade corporal, força e 
equilíbrio. Age no quadro álgico dos pacientes, com impacto positivo na saúde física, 
mental e na longevidade do idoso. 
7 PILATES NA REABILITAÇÃO 
Segundo NOBRE (2020), o Pilates tem como objetivos: 
 
 
 
 
31 
 
 Automatizar procedimentos de recrutamento muscular; 
 Realizar o ajuste da postura e 
 Ampliar o condicionamento muscular 
No Pilates recomenda-se a utilização de seis princípios, conforme relata 
SHEDDEN (2006), citado por DA SILVA (2018): 
 Concentração; 
 Controle; 
 Precisão; 
 Fluidez do movimento; 
 Respiração e 
 Utilização do centro de força. 
Segundo o princípio da concentração, durante todo o exercício, a atenção é 
voltada para cada parte do corpo, afim de que o movimento seja realizado com a maior 
eficiência possível. Assim, a mente é estimulada pela variedade de exercícios que 
trabalham a coordenação motora e a memória pelo princípio da concentração. O 
controle na execução dos movimentos alcança a harmonia e aprimora a coordenação 
motora e, por meio da precisão dos movimentos objetiva-se obter a qualidade destes 
e o realinhamento postural do corpo (SILVEIRA, 2016, apud NOBRE 2020). 
Os mesmos autores citados acima, relatam que o centro de força é constituído 
pelos músculos profundos e superficiais do abdômen, principalmente o transverso, 
assoalho pélvico, multífidos, diafragma e músculos da região lombar. Este centro de 
força funciona como suporte, responsável pela sustentação da coluna e órgãos 
internos, bem como estabilização do tronco, manutenção da postura correta. 
Joseph Pilates enfatizava a respiração como o fator primordial, sendo que a 
inspiração ocorre como preparação para o movimento e a expiração enquanto o 
executa. A maior oxigenação cerebral é capaz de reduzir dores de cabeça e os níveis 
de estresse. As cefaleias do tipo tensional (provocadas por estresse e tensão) são as 
que apresentam maior melhoria com esses exercícios. Em casos de estresse, o ideal 
são atividades que mudem o foco do pensamento e promovam relaxamento (ZEN, 
2015, apud NOBRE, 2020). 
 
 
 
 
32 
 
8 PILATES NAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS 
Segundo dados colhidos por MEDICINENET (2016), citado por BUENO (2019), 
os benefícios do método Pilates são importantes na medida que conservam a 
atividade muscular e a flexibilidade tornando os parkinsonianos capazes de realizar 
atividades funcionais com mais facilidade e por mais tempo possível; além de sua 
ação sobre a motricidade, existem também os fatores cognitivos e psicológico, 
incentivando posturas e atitudes positivas perante a vida. 
Dentro das possibilidades de exercício físico uma opção de treinamento para 
os pacientes com Parkinson e de Alzheimer é o método de exercício Pilates, uma 
atividade física de fácil adaptação em diferentes condições física e condições de 
saúde, além de ser recomendado para várias populações diferentes, segundo citação 
de MOLLINEDO-CARDALDA et al. (2018), apud DE FARIA, (2019). 
O método pilates é adaptável a diferentes populações e trabalha de maneira 
focada na melhora do equilíbrio, força, postura, respiração, controle muscular e 
flexibilidade. Devido a sua aplicação de maneira específica, pode melhorar os 
sintomas cardinais da doença de Parkinson e de Alzheimer, de modo a refinar a 
qualidade do movimento, reduzir problemas secundários, ampliar a independência e 
segurança dos indivíduos (MOLLINEDO-CARDALDA et al., 2018, apud DE FARIA, 
2019). 
SUAREZ-IGLESIAS et al. (2019), citado por DE FARIA (2019), em uma revisão 
sistemática sobre o efeito do pilates no indivíduo com Parkinson indica que o pilates 
leva a aumentos na força dos membros inferiores e na autonomia funcional que podem 
traduzirem melhorias em sua mobilidade funcional, permitindo que eles enfrentem 
atividades diárias com maior segurança e eficiência. 
Segundo CORDEIRO (2020), retardar os impactos causados pela esclerose 
múltipla é um dos principais pontos discutidos e pesquisados atualmente. Dentre o 
tratamento não farmacológico, está a prática de atividade física (aeróbica, anaeróbica 
ou de cognição) visando instaurar as capacidades funcionais do indivíduo e, 
consequentemente a melhora da sua qualidade de vida. Nesse sentido, o método 
Pilates obtém espaço com princípios que envolvem concentração, equilíbrio, ativação 
de músculos profundos, musculatura estabilizadora de tronco, centro de força 
melhoria da capacidade respiratória. 
 
 
 
 
33 
 
Estudos mostram que o Pilates pode ser uma ferramenta eficaz para o 
fisioterapeuta na reabilitação, apresentando benefícios variados e poucas 
contraindicações. Mostrando, assim que o Pilates pode ser utilizado pelo 
fisioterapeuta na reabilitação de diferentes populações e disfunções, sempre seguindo 
os princípios do método e respeitando as condições individuais. Contudo ainda se faz 
necessário maior número de pesquisas com amostras maiores e abordando mais 
variáveis (KUBSIK-GIDLESWSKA, 2017, apud CORDEIRO, 2020). 
Apesar de que os benefícios do exercício físico para a esclerose múltipla sejam 
bem descritos na literatura, em sua maior parte trata-se de estudos focados em 
exercícios aeróbicos, de fortalecimento ou ainda combinados. Contudo a maior parte 
dos indícios disponíveis têm registrado os efeitos positivos do uso do método na 
reabilitação de pacientes com esclerose múltipla (BULGUROGLUA, 2017, apud 
CORDEIRO, 2020). 
9 PILATES E COLUNA VERTEBRAL 
O Método Pilates vem sendo utilizado no tratamento de disfunções na coluna 
vertebral, trazendo entre outros benefícios a melhora das funções e do quadro álgico 
do paciente. Por meio de exercícios que podem ser realizados no solo, com auxílio de 
acessórios como bola, halteres e caneleiras, é possível proporcionar aumento da força 
dos músculos estabilizadores da coluna, melhora da flexibilidade e maior resistência 
muscular do corpo como um todo; estes são fatores importantes a serem recuperados 
em pacientes com patologias na coluna (OLIVEIRA, 2013, apud ALVARENGA, 2020). 
Segundo COIMBRA e COIMBRA (2019), o alongamento de um grupo muscular 
ou de cadeia muscular pode melhorar a postura e reestabelecer o movimento 
fisiológico do segmento corporal correspondente. Além de promover um aumento da 
flexibilidade, na qual é essencial para manter a autonomia funcional e garantir uma 
melhor qualidade de vida ao paciente. 
Já SILVA (2014), relata que os exercícios de estabilização de tronco são 
realizados com precisão, movimentos lentos e fluidos garantindo uma isometria 
muscular e baixa intensidade. Possibilita diminuição do quadro álgico e garantindo a 
ativação do multífido lombar e transverso do abdome. 
ALVARENGA (2020) em seus estudos relata que: 
 
 
 
 
34 
 
[...] a musculatura abdominal apresenta grande importância na estabilização 
lombopélvica. A fraqueza desta musculatura permitirá uma ativação maior do 
músculo psoas, que com o tempo poderá levar a uma hiperlordose devido a 
movimentação excessiva de ante versão pélvica, assim ocasionando 
alterações incluindo a espondilolistese. 
Segundo DA FONSECA et.al.(2019), citado por ALVARENGA (2020), os 
músculos abdominais possuem um trabalho importante na estabilização lombar, 
proporcionando assim uma melhor na postura. Uma vez que os mesmos apresentam 
uma fraqueza, podem permitir uma maior mobilidade articular, levando assim a um 
aumento da lordose lombar. 
9.1 Benefícios 
Entre os benefícios NOBRE (2020) cita: 
 Aumento da densidade óssea; 
 Melhoria da flexibilidade nas articulações e postura; 
 Aumento da capacidade respiratória e cardiovascular, proporcionando 
satisfação total aos praticantes que desejam obter melhoria da qualidade 
de vida; 
 Alongamento e/ou relaxamento de músculos encurtados ou tensionados 
demasiadamente; 
 Fortalecimento ou aumento do tônus dos músculos estirados ou 
enfraquecidos; 
 Diminui os desequilíbrios musculares. 
9.2 Espondilolistese 
No tratamento da espondilolistese, os exercícios de ponte e elevação pélvica 
são preceptores de maior ativação próximo às vertebras, especificamente a L5, 
atingindo os músculos do abdômen e os paravertebrais, transferindo altos níveis de 
contração e trazendo consigo uma relação entre o sistema nervoso central e o 
periférico, controlando os músculos. Sendo assim, exercícios que promovem a 
contração independente dos músculos profundos do tronco, cocontracão do 
 
 
 
 
35 
 
transverso do abdômen e multífido, têm efeitos benéficos na redução da dor e 
incapacidade em pacientes com lombalgia crônica (CHO; KIM; KIM, 2014). 
Segundo ANILE (2016), citado por ALVARENGA (2020), no Pilates, a maioria 
dos exercícios são realizados deitados, havendo assim redução dos impactos nas 
articulações de sustentação do corpo. Esta diminuição da carga é também 
manifestada na coluna vertebral, particularmente na região lombossacra, permitindo 
uma recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares que estejam 
lesadas. 
9.3 Hérnia de disco 
O Pilates é um importante aliado no tratamento dos sintomas da hérnia de disco 
lombar. O método se mostra bastante eficaz no auxílio a reabilitação, principalmente 
a curto prazo, proporcionando melhora dos sintomas e evitando a reincidência da 
doença. O paciente com hérnia de disco lombar pode ser reabilitado com o Pilates, a 
literatura aponta como benefícios do método a melhora do condicionamento físico, da 
circulação, da postura, diminuição da dor, da força muscular, da flexibilidade, da 
consciência corporal e da coordenação motora. Esses benefícios ajudariam a prevenir 
lesões e proporcionar alívio das dores crônicas (SILVA, 2009, apud DE CARVALHO, 
2017). 
Segundo DE CARVALHO (2017), o pilates pode ser realizado em qualquer fase 
da patologia aguda, subaguda ou crônica cada fase com determinado tipo de trabalho: 
 Fase aguda: pode ser associado com técnicas, como a reeducação postural 
global; Fase subaguda: os exercícios devem ser feitos com apoio de 
preferência na posição dorsal para evitar o esforço inadequado da 
musculatura; Fase crônica: os exercícios devem focar as compensações 
existentes, encurtamentos musculares, postura e equilíbrio. 
Contra-indicações: Os exercícios de flexão são contra-indicados nas hérnias 
discais agudas e nas protrusões discais difusas acentuadas, com dor grave. Já os 
exercícios de extensão estão indicados nas protrusões difusas e focais do disco, fora 
do período agudo doloroso. 
Indicações: As possíveis indicações do método Pilates têm sido motivo de 
estudo devido o número de incidência e o grande ônus que impõem aos serviços de 
saúde. Sobre o tratamento da dor lombar, concluiu-se que os exercícios são o 
 
 
 
 
36 
 
tratamento mais eficaz para esta disfunção tanto a longo como em curto prazo, 
principalmente os exercícios que seguem os princípios do método como a contração 
dos músculos abdominais e dos multífidos associados à respiração, pois a utilização 
desses princípios, proporcionam ao indivíduo estabilização da coluna lombar e 
consequentemente a diminuição da dor (DE CARVALHO, 2017). 
Objetivo: O objetivo do pilates na reabilitação da hérnia de disco é o equilíbrio 
funcional de toda musculatura envolvida na coluna, fazendo o alongamento da 
musculatura tônica e contraindo a dinâmica para melhorar as possíveis 
compensações, realiza a decoaptação das articulações para descompressão das 
raízes nervosas. 
TREINO/ PROGRAMA: O programa deve incluir exercícios de flexibilidade e 
alongamento, com aumento gradual em sua execução. É um método de treinamento 
contra resistência que trabalha com exercícios musculares de baixo impacto, envolve 
exercícios integrados econtrolados, em que o corpo e a mente se influenciam 
mutuamente, sendo esta a característica que estabelece a diferença entre outras 
formas de exercício físico. O método pode ser utilizado por indivíduos que procuram 
melhorar sua qualidade de vida, mais também por indivíduos que apresentam alguma 
patologia neurológica, lesões ortopédicas, dores crônicas (RODRIGUES, 2006 por DE 
CARVALHO, 2017). 
O treino geralmente é iniciado na posição deitada, mas deverá progredir para 
as posições, sentada, em pé e em quatro apoios. O profissional de fisioterapia é o 
responsável em ensinar ao paciente a localização dos músculos. 
A contração dos músculos deve ser mantida a ao mesmo tempo em que são 
realizados movimentos dos membros com o tronco apoiado; ou seja, a musculatura 
global passa a ser solicitada associada a local. Nesta fase inicia-se o treino de 
atividades do dia a dia, como sentar e levantar corretamente, mantendo uma boa 
postura (RODRIGUES, 2006 por DE CARVALHO, 2017). 
Nos últimos estágios, GALLAGHER (2000), citado por DE CARVALHO (2017), 
enfatiza que o trabalho de fortalecimento dos músculos estabilizadores da pélvis 
(glúteos) deve ser contínuo, pois o alinhamento desta região influencia na distribuição 
de cargas na coluna lombar. Além disso, é feita a reeducação de atividades da vida 
diária do indivíduo. É fundamental que a escolha dos exercícios seja criteriosa para 
cada paciente. Para isso, o profissional que vai receber o paciente com quadro álgico 
 
 
 
 
37 
 
no estúdio de Pilates deve ter conhecimento para determinar quais exercícios são 
mais indicados a partir de uma avaliação, evitando o risco de novas lesões ou a piora 
do quadro. 
9.4 Hipercifose Scheuermann 
Segundo CONTIN (2016), o tratamento da hipercifose de Scheuermann é 
realizado de forma conservadora, desde que o ângulo de Cobb seja inferior a 75º e 
não haja evolução muito rápida do quadro degenerativo das vértebras em 
deformidade. O tratamento conservador consiste na reeducação postural e reforço 
muscular, incluindo exercícios de core-training para fortalecimento da musculatura 
posterior do corpo, além de exercícios que estimulem a flexibilidade, ainda assim, em 
alguns casos pode ser indicado o uso de órteses. O método Pilates consiste em uma 
forma de condicionamento do corpo, que engloba exercícios com ênfase no power 
house, responsável pela estabilização estática e dinâmica do corpo. 
 Esse método tem sido aplicado para diferentes finalidades, tais como 
condicionamento físico, treinamento de atletas e reabilitação. No que diz respeito à 
reabilitação, ainda são incipientes os estudos que mostrem evidências científicas dos 
benefícios relatados empiricamente pelos praticantes, principalmente aos 
relacionados com a postura corporal (BLUM, 2002, apud CONTIN, 2016). 
9.5 Escoliose 
A técnica de Pilates, se divide em: exercícios no solo (com e sem material: 
bola, overball, rolo, magic circle, entre outros) que se caracterizam por serem de 
caráter educativo, ou seja, enfatizam o aprendizado da respiração e centro de força, 
além de auxiliar ou dificultar o movimento, aumentando a instabilidade da coluna 
vertebral, exigindo mais dos músculos estabilizadores; exercícios com aparelhos: 
que envolvem uma larga possibilidade de movimentos, todos eles realizados de 
forma rítmica, controlada, associada à respiração e correção postural (MCMILLAN et 
al, 1998; p. 101-7, apud VASCONCELOS, 2019). 
Nas correções de desvios laterais de coluna, bem como nos exercícios de 
extensão de coluna, os graus de escoliose e tipo, devem ser avaliados. Os exercícios 
 
 
 
 
38 
 
do método Pilates são, em sua maioria, executados na posição deitada, havendo 
diminuição dos impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição 
ortostática e, principalmente, na coluna vertebral. O Pilates é uma ferramenta capaz 
de modificar e trazer efeitos positivos aos desvios posturais, assim, considera-se 
como uma prática capaz de melhorar a postura e promover bem-estar e autoestima, 
além de possuir excelente aceitação entre as crianças e adolescentes, segundo 
SANTOS (2021). 
VASCONCELOS (2019) em seus estudos diz que o objetivo do tratamento com 
o Método Pilates na escoliose, será evitar que essa deformidade continue. Os 
exercícios específicos realizados para tratar escoliose incluem uma série de 
movimentos físicos para a escoliose, executados com o objetivo terapêutico de reduzir 
a deformidade, alterando os tecidos moles da coluna vertebral. A respiração também 
é responsável por relaxar o corpo e ativar o Power House ajudando na estabilização 
da coluna, oxigenando os músculos e contribuindo para a postura correta. Contudo, é 
indicada a continuidade da intervenção, a fim de obter melhores ganhos posturais. 
Outros objetivos citados por VASCONCELOS (2019) são: 
O treinamento da estabilização central ou do core, que representa a base do 
método, consiste no recrutamento dos músculos multífidos e transverso do 
abdômen em atividades funcionais, pois a contração desses músculos 
aumenta a rigidez do tronco e a pressão intra-abdominal, com carga mínima 
para a coluna lombar. O grau de fortalecimento proporcionado pelo Pilates 
contribui para um melhor alinhamento postural, devido a uma melhor relação 
entre músculos agonistas e antagonistas, relacionados ao equilíbrio postural 
e articular, otimizando os quadros de escoliose. 
9.6 Lombalgia 
O Pilates, segundo DA SILVA (2018), reduz os níveis do quadro álgico do 
paciente e, consequentemente, os prejuízos causados pela dor nas atividades de vida 
diária e de vida prática. O trabalho resistido e alongamento dinâmico, associados com 
a respiração, realizados durante a execução dos exercícios promovem um 
fortalecimento uniforme dos músculos do centro de força (musculatura abdominal), 
proporcionando maior estabilidade ao segmento lombar, podendo assim ser eficaz na 
eliminação do quadro álgico, o que justifica sua prescrição. 
LIM (2011), citado por DA SILVA (2018), relata que os exercícios propostos 
pelo método Pilates são comumente utilizados na prática clínica dos profissionais 
 
 
 
 
39 
 
fisioterapeutas e com resultados satisfatórios, contudo, há pouca evidência na 
literatura científica sobre a sua efetividade em pacientes com lombalgia crônica. 
9.7 Osteoartrose da coluna 
Os exercícios físicos atualmente vêm sendo utilizados tanto no tratamento 
quanto na prevenção de diversas patologias crônico-degenerativas entre elas a 
osteoartrose. Apesar do método Pilates também preconizar o fortalecimento de outras 
regiões do corpo, como a musculatura de membros superiores e inferiores, pouco se 
sabe sobre como o mesmo atua na força muscular destes grupos (OSTERNO, 2018). 
A Técnica do Pilates quando aplicado a pessoas que possuem osteoartrose, 
tem se demonstrado eficaz. Umas das vantagens está no fortalecimento muscular que 
o mesmo proporciona, inclusive promovendo o bem-estar, correção postural e 
percepção de movimentos, não apresentando contraindicações aparentes aos 
pacientes e podendo ser praticada em diversos ambientes (OLIVEIRA, 2012, apud 
OSTERNO, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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