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Noções introdutórias - Direito Administrativo 1. Conceito: a. Ramo do Direito Público. i. Estado x Sociedade = prevalece o interesse público. b. Regulado também pelo Direito Privado. i. Visa a igualdade. c. Regula a Administração Pública. d. Sentido subjetivo, orgânico ou formal: i. Quem faz. ii. Adotado pelo Brasil. e. Sentido objetivo, funcional ou material: i. O que faz. Exemplos: ▸ Banco do Brasil (busca lucro): ⤷ sentido subjetivo: integra a administração pública indireta, independentemente da atividade que executa, simplesmente por ser uma sociedade de economia mista.. ⤷ sentido objetivo: não seria considerado parte da administração pública. ▸ Táxi (serviço de transporte urbano): ⤷ sentido subjetivo: não é considerado parte da administração pública. ⤷ sentido objetivo: é considerado parte da administração pública. f. Atividades administrativas: i. Funções típicas e atípicas do Estado. Exemplo: Poder Judiciário promove licitação = função atípica. Poder Legislativo elabora leis = função típica. 1 2. Abrangência: a. Atividades administrativas. b. Relações internas à Administração Pública (ex.: hierarquia entre órgãos). c. Relações entre Administração e administrados (direito público ou privado). d. Atividades da Administração Pública (sentido material, diretamente ou por concessão). 3. Codificação e Fontes: a. Direito administrativo não é codificado. b. Fontes: i. Lei (estrito / amplo sentido) → Fonte Primária (Princípio da legalidade, gera obrigações): 1. Leis ordinárias. 2. Decretos. 3. Medidas provisórias. 4. Regulamentos. 5. Leis complementares. 6. Regimentos. ii. Jurisprudência → Fonte Secundária (apoia a criação de leis administrativas): 1. Em regra, afeta apenas envolvidos: a. Exceção: súmula vinculante → Fonte Primária. iii. Doutrina → Fonte Secundária. iv. Costumes sociais → Fonte Secundária. 4. Sistema Administrativo: a. Diversas formas de solucionar litígios. b. Sistema Francês / Contencioso Administrativo: i. Poder Judiciário não intervém nas funções administrativas. ii. Administração resolve as lides administrativas. iii. Dualidade de Jurisdição (julgam de forma definitiva): 2 1. Jurisdição administrativa: a. Tribunais administrativos com plena jurisdição em matéria administrativa. 2. Jurisdição comum: a. Órgão do Poder Judiciário que resolve demais litígios. c. Sistema de Jurisdição Única Inglês: i. Todos litígios podem ser levados ao judiciário. ii. Poder Judiciário é o único competente para proferir decisões finais e conclusivas. d. Sistema Administrativo Brasileiro: i. Sistema inglês ou de jurisdição una. ii. Art. 5°, inciso XXXV, da CF. iii. Capacidade da Administração resolver litígios administrativos/controlar a legalidade e legitimidade dos atos. iv. Decisões dos órgãos administrativos não têm caráter conclusivo para o Judiciário. v. Judiciário pode ser buscado a qualquer tempo: 1. Exceção: necessidade de esgotar/iniciar a via administrativa. a. Exemplos: Justiça desportiva, reclamação de descumprimento de súmula, habeas data, ações previdenciárias no âmbito do INSS. 5. Regime Jurídico-Administrativo: a. Conjunto de regras (positivadas) e princípios que norteiam a atuação da administração pública no exercício da função administrativa. b. Confere limites e prerrogativas. c. Regras: i. Detalhadas em norma ou lei. ii. Aplicada a um caso concreto/específico. d. Princípios: i. Valores que norteiam um ramo do direito. 3 ii. Nem sempre estão previstos em leis. iii. Aplicação geral. iv. Harmonizam-se entre si (ponderação de valores). v. Não há absolutividade. vi. Seu descumprimento é considerado improbidade. vii. Supraprincípios: 1. Supremacia do interesse público. 2. Indisponibilidade do interesse público. viii. Constitucionais expressos: 1. Legalidade. 2. Impessoalidade. 3. Moralidade. 4. Publicidade. 5. Eficiência. ix. implícitos (reconhecidos): 1. Razoabilidade e proporcionalidade. 2. Autotutela. 4
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