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1 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Doenças sistêmicas e o olho Doenças sistêmicas que afetam os olhos – arteriolosclerose, DM, HAS, Doenças Autoimunes, graves etc. Patologias próprias do olho – ex: catarata, glaucoma, distrofias e degenerações da córnea, úvea e retina. O olho pode ser a origem do primeiro sinal ou sintoma de uma doença. Fundo de olho normal Figura 1 – a parte clara é escavação. Tem 3 tipos de nervo óptico: com escavação, sem escavação e pseudo Figura 2 – cruzamento da arteríola com a vênula, que é fisiológico. Retinopatia arteriosclerótica Nesta doença, as artérias pequenas que levam o sangue ao olho entopem-se parcialmente devido ao facto de as suas paredes se terem espessado. Pode ver um vaso sanguíneo espessado e outros sinais de um menor fornecimento de sangue à retina. Estágios: 1 – Alargamento do reflexo dorsal das arteríolas. 2 – Cruzamentos patológicos: gunn, Salus. 3 – Arteríolas em “fio de obre” 4 – Arteríolas em “fio de prata”. Figura 3 – Alargamento do reflexo dorsal das arteríolas. Figura 4 – Quadro esquemático. 2 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Figura 5 – alargamento do reflexo dorsal das arteríolas. Figura 6 – cruzamentos de Gunn e Salus. Figura 7 – Arteríola em fio de prata. Diabetes Mellitus e o olho É o mais importante. Músculos extraoculares: paralisia do III (ptose palpebral, exotropia, diplopia) e do VI (esotropia, diplopia) Íris: neovascularização nos casos avançados de retinopatia diabética proliferativa, glaucoma neovascular (é um dos piores, e o paciente normalmente fica cego). Cristalino: acelera a catarata e flutuações na refração. Hiperglicemia => miopia. Retina: Retinopatia Diabética. Retinopatia diabética Fatores de risco: 1 – Duração (é o mais importante dos fatores). Mais que 15 anos: 50% com retinopatia. Mais de 30 anos: 90% com retinopatia e 5% com cegueira. 2 – Controle metabólico 3 – Gravidez (como mulheres que já tem uma diabetes prévia) 4 – Hipertensão arterial (acelera o problema da retinopatia, retinoesclerose) 5 – Nefropatia 6 – Tabagismo, obesidade, Hiperlipidemia. Patogênese 1 – Aumento da permeabilidade vascular Glicose elevada: Perda de pericitos e células endoteliais dos capilares microaneurismas exsudatos duros e edema. 2 – Isquemia retiniana Não perfusão capilar isquemia fatores de crescimento por fim, proliferação vascular anormal – neovasos. - Rompe facilmente e gera hemorragia vítrea. 3 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Estágios clínicos I – Não proliferativa: (Background) Microaneurismas, exsudatos duros, hemorragias, edema macular. II - Pré-Proliferativa: Exsudatos moles, hemorragias extensas, dilatação venular irregular. III - Proliferativa: Neovascularização do nervo óptico, retina e vítreo. Hemorragia vítrea, proliferação fibrovascular, descolamento de retina tracional. Rubeosis iridis glaucoma. Tem exsudato é porque tem edema. Se tem edema, a visão fica prejudicada. Figura 8 – retinopatia diabética não proliferativa. Figura 9 – Retinopatia diabética não proliferativa. Tem focos de hemorragia. Figura 10 – retinopatia pré-proliferativa (dilatação venular) Figura 11 – Retinopatia proliferativa, com formação de neovasos. 4 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Figura 12 – Retinopatia diabética proliferativa. Hemorragia vítrea. Tratamento Controle metabólico Fotocoagulação a “laser” o 1 – Focal na retinopatia não proliferativa o 2 – Panfotocoagulação retiniana e/ou terapia antineovasogênica na retinopatia proliferativa. Operações vitreoretinianas com “endolaser” nas hemorragias vítreas e descolamento de retina. Cada ponto queimado é um ponto cego da pessoa. O laser destrói a periferia para manter a região central íntegra. A pessoa tem dificuldade a noite (pois destrói os bastonetes que conferem a visão noturna, pois eles ficam na periferia). Hipertensão arterial Avaliação do fundo de olho é importante para o clínico classificar a doença. O oftalmologista envia o laudo descrevendo o que viu, de preferência, acompanhado de uma retinografia colorida. As classificações mesclam geralmente alterações da retinopatia arteriolosclerótica. O que acontece no fundo do olho é o espelho do que acontece nos outros órgãos, principalmente nos rins. Classificação I – Estreitamento generalizado das arteríolas II – Estreitamento generalizado e estreitamento focal. III – Hemorragias e exsudatos IV – Edema do disco óptico. Figura 13 – Estrela macular, edema do nervo óptico. Doenças reumáticas e o olho Artrite reumatoide: olho seco, esclerite. Artrite reumatoide juvenil: iridociclite, principalmente na forma oligoarticular. Espondilite anquilosante: iridociclite. Síndrome de Reiter: uretrite, conjuntivite e/ou iridociclite, artrite. Lúpus eritematoso sistêmico: olho seco, exsudatos algodonosos na retina. 5 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz O uso crônico de corticosteroides pode levar a uma catarata (subcapsular posterior) e/ou glaucoma. O uso crônico da hidroxicloroquina pode levar a uma degeneração macular (em olho de boi). Oftalmopatia de graves • Exoftalmia ou proptose ocular: 90% na D. de Graves, 4% na Doença de Hashimoto e 6% sem disfunção tireoidiana. • Diplopia, retração palpebral, hiperemia conjuntival, úlcera de córnea, neurite óptica compressiva, aumento da pressão ocular. Cada mm que o olho cresce reto posterior, são 3 graus de miopia.