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( 0ftalmologia ) ( Introdução ) · ( Anatomia do olho )Refratar e permitir a livre passagem dos raios luminosos, focalizando-os na retina e convertendo a energia luminosa em impulso elétrico · Córnea: lente transparente, não vascularizada e ricamente inervada → Colágeno I · Esclera: camada opaca que reveste os 2/3 posteriores do globo. Episclera ricamente vascularizada. → Colágeno I · Conjuntiva: Membrana mucosa que reveste a superfície anterior do globo (poupando a córnea) e a parte interna das pálpebras ( Anatomia da superfície ocular ) · 1-limbo · 2- conjuntival bulbar · 3- fórnice · 4- conjuntiva tarsal · 5- margem palpebral · 6- prega semilunar · 7- carúncula · Iris: membrana fibrovascular com uma abertura central (pupila) · Câmaras do olho · Corpo Ciliar: · Funções do corpo ciliar: · Processos ciliares - produção do humor aquoso · Músculo ciliar – acomodação · Produção do humor aquoso · Seio Camerular e Malha Trabecular · Malha Trabecular → Canal de Schlemm → Vasos Episclerais · Cristalino: lente biconvexa, avascular, não inervada · Coróide: · 2/3 posteriores da túnica vascular · Formada por uma rede de artérias entrelaçadas e anastomosadas · Nutrir as camadas mais externas da retina · Retina · Mácula: visão central · Fóvea: predomínio de cones → Visão de cores, alta definição · Periferia: predomínio de bastonetes → Visão de contraste, Movimento · Vítreo · Composição: 98-99% água, Glicosaminoglicanos, Proteínas (Ácido hialurônico), · Função: Permitir a livre transmissão da luz à retina, Complacência/ amortecimento · Nervo óptico · Prolongamentos dos axônios das células ganglionares da retina · Vias Ópticas · Órbita · Órbita é a cavidade óssea que contém os globos oculares, os músculos extraoculares, gordura, nervos e vasos sanguíneos. Tem o formato piramidal, se afunilando posteriormente. · Músculos extraoculares – Inervação · Pálpebras · Pregas móveis que tem como função: · Proteção dos olhos · Distribuição e drenagem das lágrimas · Abertura palpebral: · MEPS · Músculo de Muller · Retratores da pálpebra inferior · Sinergista: m. frontal · Fechamento palpebral · Inervação? n. facial (VII NC) · Orbicular · Sinergistas: próceros, corrugadores do supercílio · Sistema Lacrimal · Secreção lacrimal basal: Krause e Wolfring · Secreção lacrimal reflexa: glândula Lacrimal · Lágrima: · Camada lipídica · Camada aquosa · Camada mucina · Funções: · Antibacteriana (imunoglobulinas e lisozima) · Fornecer O2 a córnea · Regularizar e manter a integridade da superfície da córnea ( Exame oftalmológico ) · ( Anamnese )Anamnese: exames específicos e exames realizados pelo médico generalista · Detalhar a queixa: · Início e duração dos sintomas · Agudo, crônicos, recidiva? · Instalação súbita ou progressiva? · Uni ou bilaterais · Outros sintomas oftalmológicos associados? · Manifestações extraoculares: cefaleia, vômitos, nervos cranianos, artralgias... · História Oftalmológica Pregressa · Usa óculos? · LC? · Usa colírios? · Cirurgias oculares? · Realização de laser? · História Patológica Pregressa · HAS? DM? · Doença reumatológica? · Doenças infecciosas? · Neoplasias? · Etilismo? Tabagismo? · Antecedentes familiares: · Glaucoma? · Estrabismo? · Descolamento de retina? · Cegueira? ( Medidas de acuidade visual ) · É medida com o auxílio de tabelas · Um olho de cada vez · Lugar bem iluminado · E se o paciente não leu nem a maior letra da tabela?Contar os dedos ( Acuidade visual na criança ) · Pré-verbal: · Fixa, segue e sustenta? · Reage igualmente a oclusão de cada olho? · Teller · Optotipos infantis ( Exame de pupilas ) · Tamanho e simetria · Reflexo de acomodação: 3 Fenômenos ocorrem em conjunto quando observamos um objeto próximo ao rosto: · Acomodação · Convergência · ( Reflexos fotomotores )Miose · Direto · Consensual · Defeito Pupilar Aferente Relativo (DPAR) ( Motilidade ocular extrínseca ) ( Biomicroscopia ) · É o exame realizado na lâmpada de fenda: Principal meio para o oftalmologista diagnostica doenças oculares ( Avaliação da pressão intraocular ) · Tonometria ( Oftalmoscopia ) ( Campimetria ) · Campo Visual de Confrontação: · Rápido e prático · Não necessita equipamentos especiais · Pode ser feito à beira do leito ou no consultório ( Ametropias ) · Emetropia: Ausência de alteração refracional · O olho é considerado emétrope quando, sem influência da acomodação, consegue focar raios de luz paralelos sobre a retina · ( Ametropia )O poder refrativo do olho depende: poder da córnea + cristalino e diâmetro anteroposterior do olho · Qualquer condição em que o olho não recebe imagens nítidas na retina. · ( Hipermetropia )Engloba: miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia · Condição em que objetos posicionados no infinito tem suas imagens formadas posteriormente à retina. · Pode acontecer por 2 razões: · Diâmetro ântero-posterior do olho é pequeno · Poder de refração do olho é pequeno · Principal sintoma: dificuldade para ver de perto · Tratamento: Lentes + (convergentes) ( Miopia ) · Condição em que objetos posicionados no infinito tem suas imagens formadas anteriormente à retina. · Pode acontecer por 2 razões: · Diâmetro ântero-posterior do olho é grande · Poder de refração do olho é grande · Principal sintoma: dificuldade para ver de longe · Tratamento: Lentes - (divergentes) ( Astigmatismo ) · Condição na qual a imagem formada é distorcida, uma vex que os 2 meridianos principais da córnea tem curvaturas diferentes · Sintoma: imagem borrada (tanto de perto quanto de longe) · Tratamento: Lentes cilíndricas · OBS: enquanto as lentes esféricas corrigem todos os meridianos de maneira homogênea, as lentes cilíndricas corrigem a refração de apenas um meridiano da córnea ( Presbiopia ) · Corresponde a perda gradual e fisiológica da capacidade de acomodação do olho com o decorrer da idade. · Olho não acomodado: · Músculo ciliar relaxado · Zônula tensa · Cristalino: menos esférico · Olho acomodado: · Músculo ciliar contraído · Zônula relaxada · Cristalino: mais esférico · Tratamento: · Lentes + (convergentes) · Óculos só para leitura ou bifocais ou multifocais ( Entendendo a prescrição dos óculos ) ( Colírios Midriáticos e Cicloplégicos ) · ( Refração )São anticolinérgicos: Bloqueiam a resposta do músculo esfíncter da íris (responsável por fechar a pupila) e do músculo ciliar · Como medir o erro refracional? Métodos Objetivos e subjetivos ( Trauma ocular ) · É de fundamental importância que o primeiro atendimento seja realizado de maneira correta uma vez que ele pode ser um grande diferencial para o prognóstico do paciente · ( Queimadura química )Prevenção: EPI · 2/3 acidentes de trabalho · 1/3 acidentes domésticos · Queimadura ocular com: · álcalis (soda cáustica, cimento, gesso, pó de airbag, alvejantes, · amônia...) à mais comuns · ácidos (ácido de bateria, vinagre...) · solventes, detergentes, seiva de plantas ou outras substâncias irritativas · Gravidade da lesão: propriedades do agente químico, área afetada da superfície ocular e duração da exposição · Tratamento imediato: irrigação copiosa e delicada, por no mínimo 30 min, com SF 0,9% ou Ringer Lactato (se não disponível, usar água potável). Utilizar anestésico tópico antes de lavar sempre que possível. · Retirar resíduos, após excluir trauma aberto · Fazer eversão da pálpebra e limpar os fórnices conjuntivais (cotonete úmido pode auxiliar) · Encaminhar para avaliação com especialista ( Queimadura por solda ( ceratopatia térmica) ) · Sintomas: Dor, sensação de corpo estranho, hiperemia, lacrimejamento, visão borrada · Histórico de ter trabalhado com solda sem proteção adequada · Geralmente bilateral · A dor tende a ser pior 6 a 12h após a exposição · Verificar se não há corpo estranho · Pomada de antibiótico lubrificantes (pode-se ocluir olho) · Orientarnecessidade de reavaliação se persistência dos sintomas · Nunca prescrever anestésico para casa ( Corpo estranho conjuntival ou corneano ) · Dor, hiperemia, sensação de corpo estranho, lacrimejamento · Não esfregar/coçar · Lavar com SF 0,9% · Não resolveu? Encaminhar ao oftalmologista · Nunca prescrever anestésico para casa ( Abrasão corneana ) · Lesão corneana superficial (epitélio da córnea) causada por atrito, arranhadura ou traumas · Sintomas: dor aguda, fotofobia, sensação de corpo estranho, lacrimejamento · Tratamento: lubrificantes oculares / pomada de antibiótico / oclusão (se não houver suspeita de infecção). Referenciar ao oftalmologista. ( Trauma contuso ) · Trauma causado por objeto não perfurante (canto de mesa, tampa de garrafa, rolha, soco, esguicho de água...) · Compressa fria, não comprimir, analgesia, avaliação oftalmológica · Fratura Orbitária · ( Trauma contuso: Fratura em Blow Out )Quando suspeitar? Dor à palpação do rebordo orbitário, Enoftalmia, Alteração de motilidade, Diplopia, Enfisema subcutâneo, Epistaxe, Hematoma, equimose e edema periorbitários · Causada por um aumento súbito da pressão orbitária pelo impacto de um objeto maior do que a abertura orbital, de modo que o próprio globo ocular se desloque e transmita o impacto, ao invés de absorvê-lo · ( Trauma penetrante/perfurante )Locais mais sensíveis e predispostos a trauma: Assoalho da orbita e lamina papiracea do etmoide (parede medial) · Causado por objetos pontiagudos ou cortantes · Conduta: · Manipular o mínimo possível · Curativo delicado (NÃO COMPRIMIR o globo ocular e não tentar remover objetos presos ao olho) · Verificar profilaxia antitetânica e antirrábica, se for o caso (desde que não atrase o encaminhamento) · Analgesia VO ou EV · Se for demorar a chegar ao serviço de referência considerar iniciar antibióticoprofilaxia (sistêmica) ( Laceração palpebral ) · Certificar-se que não há trauma penetrante, ruptura do globo ou fratura orbitária (se dúvida, fazer TC de órbitas) à examinar sem pressionar o globo ocular até ter certeza da sua integridade · Limpeza da ferida e pele ao redor · Considerar profilaxia antitetânica e antirrábica · Analgesia VO ou EV + antibióticoprofilaxia sistêmica · Reconstrução/Ocluir e referenciar · Ocluir e encaminhar ao especialista · ( Olho vermelho – diagnósticos diferenciais )Reconstrução por camadas (alinhamento perfeito da margem palpebral) · 1/3 dos atendimentos em urgência oftalmológica · Abordagem inicial: · Uni ou bilateral · Tempo de início e duração do quadro · Sinais e sintomas oculares e sistêmicos · Espontâneo? Trauma ou cirurgia recentes? · Recidivas e antecedentes oftalmológicos · ( Conjuntivites )Sinais de alerta: dor intensa, BAV, alteração pupilar (BAV: baixa acuidade visual) · Causa mais comum de olho vermelho · Hiperemia ocular difusa (conjuntiva bulbar e tarsal) · Secreção (crostas matinais aderidas aos cílios) · Desconforto ocular (sensação de corpo estranho, queimação) · ( Conjuntivite Adenoviral )Lacrimejamento · Grande maioria dos casos de conjuntivite · Geralmente começa em um olho e afeta o outro dentro de poucos dias · Transmissão: alguns dias antes dos primeiros sintomas, até cerca de 12 dias após o início do quadro · Linfonodos pré-auriculares palpáveis · Folículos em conjuntivas tarsais · Pseudomembranas/membranas, quemose, hemorragias subconjuntivais · Secreção aquosa ou mucóide · Infiltrados subepiteliais tardios · Folículos: centro germinal linfóide subepitelial, vasos correm ao redor ou sobre, mas não dentro da lesão · Papilas: hiperplasia do epitelio conjuntival com núcleo fibrovascular · Espectros: · Conjuntivite folicular aguda não específica: quadros mais leves · Ceratoconjuntivite epidêmica: envolvimento corneano em 80% dos casos → transmitidas pelo contato da mão com os olhos e por fômites · Febre Faringoconjuntival: associada a um quadro de IVAS → transmitida por perdigotos · Tratamento: · Autolimitada (tipicamente piora nos primeiros 3 a 5 dias, com resolução gradual após. Curso total pode durar 2-3 semanas) · Lágrimas artificiais · Compressas frias · Orientar lavagem frequente das mãos, · separar objetos (toalha de rosto, travesseiro...) · ( Conjuntivite bacteriana )Corticóide tópico (?): pseudomembranas/membranas, infiltrados subepiteliais · S. pneumoniae, S. aureus, H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae · Sinais e sintomas parecidos aos da conjuntivite viral · Secreção mucopurulenta abundante · Casos graves: colher cultura · Conjuntivite gonocócica e meningocócica: sintomas hiperagudos. Risco aumentado de úlcera corneana, podendo progredir rapidamente para a perfuração · Maioria autolimitada · ATB tópico: não há evidência de que qualquer ATB particularmente seja mais efetivo. Podem ser usados para acelerar a recuperação e prevenir reinfecção e transmissão. · ATB sistêmico: infecção gonocócica e meningocócica. Complicações: celulite · ( Conjuntivite alérgica )Restante do tratamento = conjuntivite viral · Vários espectros: reação aguda a alérgenos ambientais ou condições subagudas exacerbadas em alguns períodos do ano · Sinais e sintomas: Hiperemia conjuntival, reação papilar, quemose, edema palpebral, lacrimejamento, prurido. Podem vir associados a sintomas sistêmicos: espirros e coriza · Tratamento: · Lágrimas artificiais (de preferência sem conservantes) · Compressa gelada · Colírios anti-histamínicos/estabilizadores de mastócitos · Esteróides tópicos (casos refratários) · Anti-histamínicos orais (se sintomas sistêmicos) · Excluir fatores ambientais ( Ceratites bacterianas ) · Patógenos mais comuns: Pseudomonas aeruginosa, S. aureus, S. pyogenes, S. penumoniae · Fatores de risco: · Lente de contato (principalmente dormir com LC gelatinosa) · Traumas · Doenças da superfície ocular (olhos seco, blefarite crônica, triquíase, ceratopatia de exposição...) · Imunossupressão · Quadro clínico: Hiperemia, dor, fotofobia, secreção, BAV, infiltrado corneano · Encaminhar com urgência ao oftalmologista: Irá avaliar necessidade de colher culturas, iniciar o tratamento adequado e o seguimento do paciente · OBS: nunca ocluir olho com suspeita de infecção · Critérios de gravidade: >2mm, localização central, afinamento maior que 50% do estroma ( Pterígio e Pinguécula ) · Degeneração elastótica do colágeno subepitelial · Exposição a radiação UV e outros fatores ambientais, como vento, poeira e outros fatores · Lagrimas artificiais · Se inflamação moderada/grave: corticóide ou AINE tópico ( Episclerite ) · Condição benigna, geralmente idiopática e autolimitada · Hiperemia setorial em um ou ambos os olhos · Pode recorrer no mesmo olho ou no olho contralateral · Se múltiplas recorrências ou se o histórico do paciente sugira etiologia subjacente investigar doenças associadas (doenças do tecido conjuntivo, vasculites...) · Tratamento: · Lágrimas artificiais · Se moderada a grave: esteroides tópicos · AINES orais podem ser usados em alguns casos a fim de se reduzir o uso de esteróides ( Esclerite ) · Edema e infiltrado inflamatório em toda espessura escleral · Espectro de apresentação varia de episódios simples e autolimitados a processos necrosantes que envolvem tecidos adjacentes e ameaçam a visão · DOR intensa e contínua má resposta a analgésicos comuns · 50% dos casos tem associação com doenças sistêmicas · Investigação de doenças reumatológicas (AR, Granulomatose de Wegener, Lupus Eritematoso Sistêmico, Poliarterite Nodosa...) e infecciosas (herpes zoster, tuberculose, hanseníase, sífilis...) · Tratamento: · AINES Esclerites não necrosantes · Corticóide sistêmico Falha terapêutica com AINES ou nos casos onde há necrose · Imunossupressores Eclerites necrosantes ( Episclerite x Esclerite ) · Teste da fenilefrina · Episclerite: grande melhora da hiperemia e congestão dos vasos 5 min após a instilação do colírio de fenilefrina 10% · Esclerite: melhora discreta ( Hemorragia subconjuntival ) · Coleçãode sangue abaixo da conjuntiva · Geralmente causada por um pequeno trauma, ou pelo ato de coçar (muitas vezes o paciente nem se recorda) · Pode ocorrer após Valsalva · Em caso de trauma descartar outras lesões oculares · Resolução espontânea em 2 a 3 semanas ( Hérpes-zóster oftálmico ) · Erupção cutânea vesicular aguda em dermátomo ao longo do ramo oftálmico do trigêmeo (V1). Caracteristicamente é unilateral, respeitando a linha média. · Tratamento (envolvimento cutâneo, sem complicações): · Aciclovir, 800mg,VO, 5x ao dia · Fanciclovir 500mg, VO, 3x ao dia · Valaciclovir 1000mg, VO, 3x ao dia · Solicitar avaliação oftalmológica, pois podem ocorrer: ceratite, conjuntivite, uveíte anterior e/ou posterior, esclerite... · Sinal de Hutchinson: envolvimento da ponta do nariz maior risco de envolvimento ocular ( Blefarite ) · Inflamação crônica da margem palpebral. Pode ser seborreica ou estafilocócica. · Prurido, queimação, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, formação de crostas em base dos cílios, hiperemia conjuntival. · Tratamento: limpeza, compressa morna, lubrificantes oculares ± ATB ( Celulite ) · Relação dos seios da face com a órbita ( Uveítes ) · Anterior: Iris e porção anterior do corpo ciliar (pars plicata). 70-80% das uveítes · Intermediária: Porção posterior do corpo ciliar (pars plana), extensão para vítreo. Mais rara · ( Uveíte anterior )Posterior: Coróide (pode estar associada a inflamação da retina) · Idiopática em 50% · Pode haver associação com doenças sistêmicas (espondiloartropatias soronegativas, AR, Herpes, Sarcoidose, Behçet...) · Sinais e sintomas: hiperemia, dor, fotofobia, células na câmara anterior, precipitados ceráticos/fibrina no endotélio corneano ± BAV, alteração da PIO, miose e/ou corectopia · Tratamento: · corticóide tópico · cicloplégicos: inibe a contração do m. ciliar e do esfíncter da íris, aliviando a dor e prevenindo a formação de sinéquias entre a borda da pupila e o cristalino · Investigação sistêmica ( Glaucoma agudo ) · Elevação rápida da PIO que se manifesta com: · Dor intensa · Cefaleia, náuseas, vômitos · Hiperemia conjuntival · Edema de córnea · BAV · Midríase · Tratamento imediato: · Colírios inibidores da formação do aquoso: β-bloqueador, α- agonista... · Inibidor da anidrase carbônica: (Acetazoamida-Diamox 500mg VO dose de ataque) · Agendes hiperosmóticos: orais (glicerol 50%) ou IV (manitol 20%) · Atenção: Glaucoma crônico não entra como diagnóstico diferencial de olho vermelho · O termo glaucoma se refere a um grupo de neuropatias ópticas progressivas caracterizadas por um aparência escavada do nervo óptico junto com uma perda de células ganglionares e seus axônios e perda visual correspondente ( Endoftalmite ) · Infecção alastrada às estruturas intraoculares (panoftalmia) · Exógena (mais comum): secundária a trauma penetrante, cirurgias intraoculares, úlcera de córnea · Endógena: via hematogênica (endocardite bacteriana, abcesso intra-abdominal, cateter venoso profundo, usuário de drogas endovenosas) · Sinais e sintomas: dor, BAV, hiperemia, fotofobia, secreção, quemose, edema palpebral, edema de córnea, hipópio · Tratamento: ATB intravítreo ± ATB sistêmico · vitrectomia · Evisceração/enucleação ( Outras causas de olho vermelho ) ( Retinopatia Diabética ) · Pequenos vasos sanguíneos são particularmente vulneráveis ao dano proveniente da hiperglicemia · Fatores de risco: · Duração da doença (fator de risco mais importante) · Em pacientes diagnosticados antes dos 30 anos de idade, 50% irá apresentar retinopatia diabética 10 anos após o diagnóstico · Controle glicêmico inadequado: o controle rigoroso da glicemia pode prevenir ou retardar o aparecimento da doença · Gestação: pode ocorrer rápida progressão · HAS: o controle rigoroso da PA parece benéfico · Nefropatia: se grave está associada a piora da RD · Outros: hiperlipidemia, tabagismo, obesidade... · Quando indicar mapeamento de retina no paciente diabético? Quando se deve começar o rastreamento? Depende do tipo de diabetes. Nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2, independente da idade, o rastreamento começa no momento do diagnóstico. Já nas pessoas com diabetes mellitus tipo 1, o rastreamento começa 5 anos após o diagnóstico. Crianças com diabetes mellitus tipo 1 devem começar o rastreamento a partir dos 11 anos de idade, se forem diabéticas a pelo menos 2 a 5 anos. Após iniciado, o rastreamento passa a ser feito pelo menos 1 vez por ano. · ( RDNP- Achados )Consulte o texto: Hemorragia pré-retiniana e/ou intravítrea, DR tracional, retinosquise tracional, neovasos de íris · Microaneurismas: projeções saculares, localizadas nas paredes dos capilares. · Ao exame: são vistos como pontos vermelhos muito pequenos. · Angiofluoresceinografia (AGF): pequenos pontos hiperfluorescentes · Hemorragias retinianas: · Chama de vela: originam-se das arteríolas superficiais · Ponto-borrão: originam-se de terminações venosas nas camadas médias da retina · Hemorragias redondas escuras mais profundas: representam infartos hemorrágicos · Exsudatos duros: edema retiniano crônico localizado. São compostos de lipoproteínas e macrófagos cheios de lipídeos. A hiperlipidemia pode aumentar a probabilidade da formação de exsudatos. Vistos ao exame como lesões amareladas com margens definidas, organizados em grupos os anéis. · Exsudatos algodonosos: acúmulos de detritos neuronais resultantes da isquemia da camada de fibras nervosas. Vistos como lesões superficiais esbranquiçadas, com limites imprecisos. · Maculopatia diabética: edema, exsudatos ou isquemia na mácula causa mais comum de baixa visual no paciente diabético. · Alterações venosas: dilatação e tortuosidades generalizadas - veias em alça, em rosário e em salsicha. · Anormalidades microvasculares intrarretinianas (AMIR): shunts arteriolares-venulares adjacentes a áreas de hipoperfusão · Alterações arteriais: dilatação no início da isquemia e tardiamente estreitamento e obliteração. ( RDP- Achados ) · Neovasos aparecem em decorrência de isquemia grave. Com a progressão podem aparecer áreas de fibrose. · Hemorragias mais extensas pré-retinianas ou intravitreas · Descolamento de retina: contração progressiva das membranas fibrovasculares ( Tratamento - RDP e Edema Macular ) · Fotocoagulação a laser: induzir a involução dos neovasos · Injeções intravítreas de anti-VEGF · Injeções intravítreas de triancinolona · Vitrectomia: casos mais graves com hemorragia vítrea persistente ou descolamento de retina ( Retinopatia Hipertensiva ) · A HAS leva a lesão de diversos órgãos-alvo, dentre eles a retina. Diversos trabalhos inferem que a severidade das alterações microvasculares encontradas na retinopatia hipertensiva servem como indicadores confiáveis para estratificação de risco de complicações cardíacas e cerebrais, tais como doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. · A magnitude das alterações vasculares retinianas, depende da duração e severidade da doença, da idade e da velocidade de sua instalação. Podem ser agrupadas em: agudas (hipertensivas) ou crônicas (arterioloescleróticas). Tais alterações são primariamente decorrentes da vasoconstrição e mudanças estruturais nas camadas íntima e muscular das arteríolas da retina · A elevação permanente da pressão arterial causa primeiramente vasoconstrição ou espasmo, que pode ser focal ou difuso, das arteríolas retinianas, que caracterizam a fase vasoconstritiva. Níveis elevados e persistentes de HAS causam danos ao endotélio vascular, que geram depósitos de material proveniente do plasma nas camadas médias dos vasos sanguíneos (arterioloesclerose hialina) e proliferação das camadas musculares arteriolares (arterioloesclerose hiperplásica), caracterizando a fase esclerótica, na qual ocorre espessamento da parede vascular, com estreitamento arteriolar, aumento do reflexo dorsal arteriolar e cruzamentos arteriovenosos patológicos. (3, 11, 13) A fase posterior e mais grave é denominada de fase exsudativa, geralmente presentenos casos de hipertensão arterial maligna. Há quebra da barreira hematorretiniana interna, com extravasamento de plasma e sangue para a retina, gerando o edema retiniano, com exsudatos duros e as hemorragias intrarretinianas. Em casos severos, ocorrem áreas extensas de oclusão capilar e acometimento das arteríolas da coróide, que sofrem necrose fibrinóide, com oclusão de áreas da coriocapilar, gerando também a quebra da barreira hematorretiniana externa. Nessa fase, o nervo óptico também pode ser afetado, apresentando-se com edema de papila. (2, 3, 11, 13) · Dependendo da severidade da crise hipertensiva, na fase aguda, podemos observar: · Espasmo arteriolar focal ou difuso · Exsudatos algodonosos (indicam isquemia aguda da camada de fibras nervosas) e exsudatos duros (com ou sem “estrela macular”) · Hemorragias retinianas superficiais em “chama de vela” · Edema de retina · Edema de disco · A fase posterior e mais grave é denominada de fase exsudativa, geralmente presente nos casos de hipertensão arterial maligna. Há quebra da barreira hematorretiniana interna, com extravasamento de plasma e sangue para a retina, gerando o edema retiniano, com exsudatos duros e as hemorragias intrarretinianas. · Na fase crônica predominam as alterações arterioloescleróticas. · Arterioloesclerose: estreitamento arteriolar consequente ao espessamento da parede vascular. · Grau 1: leve estreitamento arteriolar e tortuosidade discreta · Grau 2: alargamento evidente do reflexo luminoso arteriolar (aumento do reflexo dorsal) e deflexão das veias nos cruzamentos arteriovenosos (sinal de Salus – seta verde) · Grau 3: · Arteríolas em fio de cobre (tom avermelhado) · Represamento das veias distalmente aos cruzamentos av patológicos (sinal de bonnet) · Afinamento das veias em ambos os lados dos cruzamentos ( sinal de gunn – seta azul) e deflexões venosas em ângulo reto · Hemorragias e exsudatos · Grau 4: arteríolas em fio de prata (coloração branca em decorrência da piora do espessamento e ocultamento da coluna de sangue) associadas a alterações do grau 3. · Não há tratamento específico para as lesões da retinopatia hipertensiva, sendo a prevenção e o controle clínico da pressão arterial sistêmica, o foco principal do tratamento. · ( Uveítes Posteriores - Toxoplasmose )Alguns relatos de caso demonstraram efeito benéfico com o uso de Anti-VEGF intravítreo em pacientes com retinopatia hipertensiva maligna e edema macular importante. Houve redução do edema macular e espessura central retiniana na tomografia de coerência óptica (OCT). · Esorozoítos: dentro dos oocistos. Resultantes da reprodução sexuada no intestino do gato. São escretados nas fezes e se espalham para os hospedeiros intermediários; · Bradizoítas: dentro dos cistos teciduais · Taquizoítas: forma ativa responsável pela inflamação tecidual. · Formas congênitas e adquiridas · Causa mais comum de uveíte posterior · Maioria dos casos ocorre uma reativação em cicatrizes contendo cistos previamente inativos recorrências são comuns · Minoria representa uma infecção nova · Imagem característica: foco inflamatório solitário próximo a uma cicatriz pigmentada. Vitreíte associada. · Imagem característica: foco inflamatório solitário próximo a uma cicatriz pigmentada. Vitreíte associada. · Esorozoítos: dentro dos oocistos. Resultantes da reprodução sexuada no intestino do gato. São escretados nas fezes e se espalham para os hospedeiros intermediários; · Bradizoítas: dentro dos cistos teciduais · Taquizoítas: forma ativa responsável pela inflamação tecidual. · Clínica: BAV súbita (variável, dependendo da localização da lesão e da intensidade da vitreíte associada), moscas volantes. · Pode ser acompanhada de uveíte anterior hiperemia, fotofobia e dor · Tratamento: · pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico ou · sulfametoxazol-trimetoprina · E corticoide