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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Acometimento oftalmológico em doenças sistêmicas Fundo de olho normal Avaliar: vasos, retina e nervo óptico. Único exame clínico que consegue avaliar microvasculatura. Nervo óptico começa no disco óptico, posiciona-se na região nasal/medial do fundo do olho, formando a rima neural do disco óptico; escavação é o espaço central (achado fisiológico); coloração branco-amarelada do disco óptico e dimensão de 1,5 mm. Lateral ao disco óptico fóvea (centro da fóvea é levemente inferior ao disco óptico). Aumento da escavação: perda da rima neural (principal doença que causa isso é o glaucoma – perda gradual de fibras nervosas). Polo posterior (região de maior definição da visão): delimitado pelas 4 arcadas temporais. Também no polo posterior está a mácula (fóvea está no centro da mácula e é menos vascularizada). Na mácula (5 mm) há uma grande concentração de cones e ela é mais fina (por isso é mais pigmentada – presença de melanina). Oftalmoscópio direto Visão monocular, ótimo acesso, custo baixo, exame adequado do nervo óptico (coloração, bordas e tamanho), não é possível exame da periferia (campo de visão mais restrito). Imagem direta e real (o que é visualizado é exatamente nessa posição, a imagem não é invertida). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - A oftalmoscopia direta permite observar a superfície interior do olho com magnificação de 15 vezes em um campo de visão restrito a aproximadamente 10 a 15 graus, não sendo adequado para avaliar a periferia da retina. Oftalmoscópio indireto Visão binocular, permite avaliar uma região mais ampla da retina, formação de imagem invertida. Biomicroscopia de fundo de olho Visão binocular, exame adequado do polo posterior e média periferia, lentes de 3 espelhos. Retinografia Compatível com telemedicina. Alterações no fundo de olho Hemorragias em chama de vela (alongadas): localizadas sobre a camada de fibras nervosas da retina (camada mais interna). Hemorragias mais profundas. Exsudato duro: coloração amarelo esbranquiçada, causada por extravasamento de lipídeos, localizadas nas camadas mais profundas da retina (advindo do plasma intravascular edema vascular exsudato). Demostra quebra da barreira hemato-retiniana. Microaneurismas: perda da integridade da parede do vaso que se distende. Principal doença causadora é a DM (retinopatia diabética). Mancha algodonosa: isquemia axonal. Drusas: não significa necessariamente doença, é um resquício metabólico de fotorreceptor, pigmento visual que se acumulam. Pode estra presente na degeneração macular com a idade. Obs.: Exsudato duro de associa com outras alterações vasculares, como hemorragias; as drusas não necessariamente têm associação vascular, e normalmente se localiza em região central. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Fundo de olho e doenças sistêmicas: 1. Retinopatia hipertensiva HAS: coração, rins e retina. Fator de risco para doenças vaso-oclusivas, macroaneurismas, piora retinopatia diabética pré-existente. Maioria dos casos: não há alterações de acuidade visual. Na maior parte dos casos, não cursa com alteração de visão. Esse acometimento visual ocorre quando houver oclusão vascular de retina ou quando tiver um quadro de emergência hipertensiva. Fisiopatologia: Vasoconstrição arteriolar generalizada Estreitamento difuso dos vasos e espessamento da parede vascular (túnica íntima e túnica média) degeneração da parede muscular, vasodilatação e quebra da barreira hematorretiniana interna Hemorragias superficiais e profundas, exsudatos duros e algodonosos. Estratificação de risco cardiovascular. Com o espessamento da parede: há diminuição da coluna sanguínea, achatamento da vênula no cruzamento, tortuosidade da arteríola, além de arteríola em fio de cobre (que pode evoluir para arteríola em fio de prata) chamado de cruzamento arteriovenoso patológico. Pode ocorrer retinopatia na gravidez por pré-eclampsia. Oclusão da veia central da retina pode haver formação de trombos pela estase de sangue na vênula devido a compressão causada pela arteríola complicação: glaucoma neovascular. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 2. Doença Renal Crônica Retinopatia microvascular. Retinopatia diabética. Degeneração macular. Hemorragias. Calcificações. Maior chance de acometimento retiniano em fases mais avançadas da doença renal. 3. Mancha de Roth Mancha algodonosa (isquemia) + infarto (sangramento ao redor), pode se associar a endocardite bacteriana, hipertensão, doença hematológica, HIV, síndrome do bebê sacudido. 4. Complicações de alguns tratamentos Cloroquina/ Hidroxicloroquina doenças reumatológicas (LES, AR), pode haver mácula em alvo. Corticosteroides: catarata, aumento da pressão ocular (glaucoma) e descolamentos serosos de retina (bolhas na retina). Drogas oncológicas e imunológicas. 5) Síndromes de Hiperviscosidade Sanguínea Mieloma múltiplo. Macroglobinemia de Waldenstrom. Policitema Vera. Leucemias. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 6) Infecciosas Sífilis. Tuberculose. 7) Doenças ocular diabética Retinopatia diabética é uma das principais causas de baixa visão e cegueira na população. Impacto social e econômico: auxílio por não conseguir trabalhar. Prevalência e gravidade da retinopatia diabética dependem do controle e do tempo de doença. Fatores de risco: HAS, dislipidemia, anemia, tabagismo, insuficiência renal, apneia do sono. Fisiopatogenia: lesão vascular e neuronal na retina perda da integridade da parede capilar (perde pericito, junções celulares) Microaneurismas, exsudatos duros, hemorragia, edema retiniano Isquemia tecidual: Retinopatia proliferativa: formações de neovasos por isquemia; forma final da doença. Relaciona-se com risco de hemorragia vítrea (causa súbita), descolamento de retina tracional (causa crônica, hemorragia vítrea fibrose vítrea contração do colágeno tração de reina) e glaucoma neovascular. Retinopatia não proliferativa: fase mais inicial da retinopatia diabética (VEGF), sem isquemia suficiente para formar neovasos. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Edema macular é a principal causa de baixa de acuidade visual no início da retinopatia diabética. Tratamento: controle rigoroso do diabetes, laser focal macular em pacientes com edema macular, panfotocoagulação nos pacientes com retinopatia diabética proliferativa; cirurgia é feita quando há hemorragia vítrea que não melhora e descolamento tracional da mácula. Tratamento farmacológico com bloqueadores de VEGF. Prevenção: - Diabéticos do tipo 1 podem ser examinados a primeira vez até 5 anos do diagnóstico. - Diabetes do tipo 2 devem ser examinados logo após o diagnóstico. - Todos os pacientes diabéticos devem passar por um oftalmologista pelo menos 1 vez ao ano. - Exames periódicos de fundo de olho após o primeiro exame dependendo do estágio. Paciente diabética que engravida: faz parte do pré-natal ser encaminhada ao oftalmologista. Melhorar o rastreamento (prevenção secundária). Cristalino: - Variação da hidratação do cristalino associado a alterações da glicemia glicose reduzida pela alcalose reductase em sorbitol que hidrata o cristalino, causando alteração do índice de refração (alteração da refração induza pela glicemia). - Mudança rápida da hiperglicemia e hipoglicemia = variações de visão (melhora e piora da visão). Catarata: Associação com a glicemia do cristalino. Oclusões vasculares, NOIA, paralisia de nervos oculomotores (inclusas nas mononeuropatia diabética lesão microangiopatia). Alteração do motilidade pupilar (mais lentificada). Mucormicose: > 50% dos casos ocorrem em DM, acomete os seios da face e temalta mortalidade oftalmoplegia externa e interna completa, baixa visual, proptose, ptose, quemose, secreção, necrose.
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