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domingo, 13 de novembro de 2022
Mandado de segurança 
Módulo 1
• Conceitualmente, o mandado de segurança é o remédio constitucional destinado à 
proteção de direito líquido e certo, lesado ou sob ameaça de ilegalidade ou abuso de 
poder oriundo de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público.
• Conceito: O meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física e jurídica, 
órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para proteção 
de direito individual, próprio, líquido e certo, não amparado por habeas corpus, lesado ou 
ameaçado de lesão por ato de qualquer autoridade, seja de que categoria for e sejam 
quais forem as funções que exerçam.
• Espécies: a) Individual: impetrado por apenas uma pessoa natural ou jurídica na defesa 
de direito ou interesse individual. b) coletivo: quando proposto por algum dos 
legitimados pelo artigo 5º, inciso LXX, da Constituição Federal, na defesa de direitos 
coletivos (difusos, coletivos em sentido estrito ou individuais homogêneos, a depender da 
hipótese): (a) Partido político com representação no Congresso Nacional, (b) Organização 
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. c) 
repressivo: quando impetrado com vistas a fazer cessar ato cujos efeitos já estão sendo 
produzidos. d) preventivo: quando impetrado para impedir a produção de efeitos de ato 
de autoridade já existente, porém ainda ineficaz, ou em vias de existir.
• Natureza jurídica: Possui natureza jurídica de direito fundamental, tendo em vista sua 
localização topográfica no rol exemplificativo do artigo 5º da Constituição Federal, que 
elenca os direitos e garantias fundamentais e possui natureza jurídica de procedimento 
especial, simplificado em relação ao procedimento comum do Código de Processo Civil, 
previsto nos artigos 318 e seguintes do Código, diante da celeridade que deve possuir.
• Legitimidade ativa: é conferida a qualquer pessoa natural ou jurídica, seja esta de 
personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. O Ministério Público e a 
Defensoria Pública, no exercício de suas funções institucionais, também são legitimados 
a propor mandado de segurança. Além disso, doutrina (como RODRIGUES, 2016) e 
jurisprudência (STJ, RMS 8.967/SP e súmula 525) reconhecem a legitimidade ativa de 
alguns entes despersonalizados para a impetração de mandado de segurança, tais como 
condomínios, massa falida, espólio, dentre outros. Dentre os entes despersonalizados, 
 1
assume destaque a legitimidade ativa dos órgãos públicos para propositura de mandado 
de segurança. Para que se reconheça sua capacidade processual e legitimidade ativa 
para ingressar com o mandado de segurança, exige-se o preenchimento de dois 
requisitos cumulativos, a saber: O órgão deve possuir status constitucional e atuar na 
defesa de suas prerrogativas institucionais.
• MS coletivo:O artigo 5º, inciso LXX da Constituição Federal prevê que ele pode ser 
impetrado por a) partido político com representação no Congresso Nacional e b) 
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associado. 
• O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, 
porém os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não 
requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar 
da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva, como prevê o artigo 22, § 
1º, da Lei n. 12.016 de 2009.
• Sistema right to opt in, segundo o qual o autor de ação individual pode escolher entre 
seguir com sua própria ação ou aderir à decisão coletiva.
• O mandado de segurança admite expressamente o litisconsórcio no polo ativo, no 
entanto, o ingresso de litisconsorte ativo será admitido somente até o despacho (ou 
melhor, decisão de admissibilidade) da petição inicial, na forma do artigo 10, § 2º, da Lei 
n. 12.016 de 2009.
• A autoridade coatora não é parte no mandado de segurança; com efeito, não há 
litisconsórcio passivo entre a pessoa jurídica e a autoridade coatora (minoritariamente, 
entendendo existir litisconsórcio na hipótese, VIDIGAL, 1953).
• Contudo, diante da possibilidade de que sua esfera jurídica seja atingida e das 
repercussões materiais e extrapatrimoniais que poderá sofrer em razão da concessão da 
ordem, a autoridade coatora tem o direito de recorrer em face da sentença, conforme 
dispõe o artigo 14, § 3º, da Lei n. 12.016 de 2009.
• Personagens: Impetrante, autoridade coatora. 
• Erro na indicação da autoridade coatora: verificando erro na qualificação do agente 
responsável pelo ato atacado, cabe ao magistrado intimar o impetrante para emendar a 
petição inicial, na forma do artigo 321 do Código de Processo Civil, apontando a 
autoridade correta.
• Atos sujeitos à impugnação via mandado de segurança: 

a) atos administrativos: atos praticados no exercício de função administrativa do 
Estado, englobando não apenas atos do Poder Executivo, como também atos praticados 
 2
pelos demais Poderes de natureza administrativa. Pelo artigo 5º, inciso I, da Lei n. 12.016 
de 2009, não cabe mandado de segurança em face de ato do qual caiba recurso 
administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

b) Atos legislativos: A impetração de mandado de segurança em face de atos 
legislativos típicos é possível. Há de se ter em conta, contudo, o teor da súmula 266 do 
STF, segundo a qual não é cabível mandado de segurança em face de lei em tese. 

c) Atos Judiciais: A Lei n. 12.016 de 2009, com efeito, atribuiu nítida feição subsidiária 
ao mandado de segurança em face de ato judicial, excluindo seu cabimento nas 
hipóteses em que impetrado contra decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo e de decisão judicial transitada em julgado.

O mandado de segurança é cabível excepcionalmente para impugnar atos judiciais, 
inclusive com trânsito em julgado, desde que seja manejado por terceiro atingido pela 
decisão, que não teve condições de recorrer.
Módulo 2
• Pressupostos: Existência de direito líquido e certo, e impetração no prazo decadencial 
de 120 dias, porém não se aplica ao caso de mandado de segurança preventivo.
• O mandado de segurança não admite dilação probatória, cabendo ao impetrante instruir 
sua petição inicial com os documentos necessários para demonstrar a existência e a 
extensão do direito que alega possuir. Caso constatada a necessidade de dilação 
probatória para que se possa perquirir a respeito da existência do direito alegado pelo 
impetrante, o mandado de segurança deverá ser extinto sem resolução do mérito, na 
forma do artigo 485, inciso IV, do CPC, cabendo ao autor buscar satisfazer sua pretensão 
pelas vias ordinárias.
• Pedido de reconsideração formulado pelo impetrante na via administrativa não 
interrompe o prazo para impetração de mandado de segurança, como prevê a súmula 
430 do STF.
• No caso das relações jurídicas de trato sucessivo, o prazo para impetração se renova 
mês a mês, tendo em vista a renovação da lesão ao direito do impetrante.
• Procedimento: Notificação da autoridade coatora para prestar informações, ciência do 
feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada para que, 
querendo, ingresse no feito por meio de intimação e se presente os requisitos, a 
concessão de liminar, para que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, 
caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou 
depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
 3
• Vedações à concessão de medida liminar em mandado de segurança no artigo 7º, §2º, 
destinadas à Fazenda Pública: com efeito, não será concedida medida liminar que tenha 
por objeto: A compensação de créditos tributários, entrega de mercadorias e bens 
provenientes do exterior, reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a 
concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
• A decisão interlocutória a respeito do pedido de medida liminar é recorrível por meio de 
agravo de instrumento.
• Suspensão da eficácia da liminar: (artigo 15 da Lei n. 12.016 de 2009) - a suspensão 
de segurança é prerrogativa processual da Fazenda Pública, a qual permite a suspensão 
do cumprimento da medida liminar ou da sentença com vistas a evitar grave lesão à 
ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, conceitos mais amplos do que 
aqueles passíveis de serem alegados em sede de agravo de instrumentos, os quais são 
relacionados ao preenchimento ou não dos requisitos para concessão da tutela 
provisória.

Legitimidade: pessoa jurídica de direito público interessada e ao Ministério Público.

Competência: presidente do tribunal competente para apreciar o respectivo recurso em 
face da medida liminar.
• Por não possuir natureza recursal e ter pressupostos diversos, como antes mencionado, 
a instauração de incidente de suspensão de eficácia de medida liminar não prejudica 
nem condiciona o julgamento de eventual agravo de instrumento interposto em face da 
decisão concessiva da medida liminar e vice-versa, como deixa claro o artigo 15, § 3º da 
Lei n. 12.016 de 2009.
• Indeferimento da pet. inicial: prevê o artigo 10 da Lei n. 12.016 de 2009, quando não for 
o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando 
decorrido o prazo legal para a impetração, por meio de sentença, no caso de mandado 
de segurança em primeiro grau de jurisdição, ou decisão monocrática ou acórdão, em se 
tratando de mandado de segurança em julgamento originário de Tribunal.
• Improcedência liminar do pedido no ms: A improcedência liminar do pedido é cabível 
nas causas que dispensem fase instrutória, como é o caso do mandado de segurança, 
quando a pretensão do impetrante for contrária a: Enunciado de súmula do Supremo 
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, Acórdão proferido pelo Supremo 
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos, Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência, Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito 
local e se verificar a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
• Manifestação do MP: Prazo de 10 dias para manifestação, inexistindo preclusão 
temporal em havendo manifestação do Parquet após exaurido este prazo. E, com ou sem 
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parecer do órgão ministerial, os autos serão encaminhados ao órgão julgador para 
decisão final, na forma do artigo 12, parágrafo único, da Lei n. 12.016 de 2009.
Módulo 3
• Sentença: Terminada a instrução, com ou sem manifestação do Ministério Público, o 
processo será concluso ao juízo para proferir sentença, na forma do artigo 12, parágrafo 
único, da Lei n. 12.016 de 2009, no prazo de trinta dias. Trata-se de prazo impróprio.
• possui natureza mandamental: a pretensão do impetrante, com efeito, é de que seja 
imposta uma ordem à autoridade coatora para fazer ou deixar de fazer algo.
• Pelo artigo 25 da Lei n. 12.016 de 2009, parte final, não é cabível a condenação do 
sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios. 
• A coisa julgada no mandado de segurança coletivo será limitada aos membros do grupo 
ou categoria substituídos pelo impetrante.
• A sentença concessiva de mandado de segurança está sujeita ao duplo grau obrigatório 
de jurisdição, previsto no artigo 14, § 1º, da Lei n. 12.016 de 2009. Trata-se de 
prerrogativa processual da Fazenda Pública, instituída em favor do erário, e que possui 
natureza jurídica de condição de eficácia da sentença, indispensável para que a decisão 
possa produzir seus efeitos.
• Não se aplicam ao mandado de segurança as dispensas à remessa necessária previstas 
no artigo 496, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil. Assim, em todo e qualquer caso 
no qual a sentença seja concessiva da segurança, deverá haver seu reexame pelo 
tribunal ao qual o juízo prolator está vinculado, sob pena de ineficácia da sentença.
• no reexame necessário, é vedado ao tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda 
Pública, por força da súmula 45 do STJ.
• Execução provisória: Pelo artigo 14, § 3º, da Lei n. 12.016 de 2009, a sentença 
concessiva da segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que 
for vedada a concessão de medida liminar com aquele conteúdo.
• A impossibilidade de utilização do mandado de segurança como sucedâneo de ação de 
cobrança resulta, essencialmente, de dois fatores: natureza da ação e necessidade de 
dilação probatória.
• Recursos: A sentença concessiva ou denegatória da segurança é recorrível por meio de 
apelação, na forma do artigo 14 da Lei n. 12.016 de 2009.
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