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Sistemas e tipos de etiquetas: European Article Numbering (EAN), Uniform Product Code (UPC), Quick Response Code (QRCODE) e Radio Frequency Identification (RFID) Técnico em Logística 2 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas Futuro profissional técnico em logística, neste material você irá conhecer as principais alternativas utilizadas nos sistemas de etiquetagem. Dentro desse contexto, serão abordados os mecanismos de código de barras como: European Article Number – EAN - (Número de Artigo Europeu), Uniform Product Code –UPC - (Padrão Universal de Códigos), Quick Response Code (QRCODE) e Radio Frequency Identification (RFID). EAN 3Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística European Article Numbering (EAN) Imagine um supermercado, o qual trabalha com diversos produtos disponíveis nas prateleiras, ou um centro de distribuição (CD) que armazena em sua estrutura os mais variados itens em estoque, como seria possível controlar e monitorar essas atividades sem um apoio tecnológico? Vamos compreender, a partir desse tópico, os primeiros passos no estudo da invenção do código de barras. 4 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas No início da década de 50, os amigos america- nos, finalistas do Drexel Institute of Technology, Joseph Woodland e Bernard Silver, iniciaram os primeiros estudos sobre a invenção de um mode- lo de equipamento que capturasse informações rápidas de um produto, o que futuramente veio a se chamar de: código de barras. De formato ainda rudimentar, criou-se os primeiros códigos, os quais possuíam o formato de um alvo e ainda não eram chamados de “códigos de barras”. A in- venção somente foi patenteada em 1952, como um “Aparato de Classificação”, mas devido ao alto custo dos scanners, a entrada oficial do sistema acabou ficando inviável por duas décadas. Figura 1 - Imagem de sistema de leitura Fonte: Disponível em: <idhistory.com>. Acesso em: 14 nov. 2016. O sistema de etiquetagem somente entrou no mercado como mecanismo de codificação no ano de 1973, quando o executivo Alan Haberman, jun- tamente com outros executivos, apresentou uma relação de especificações de símbolos para que 14 empresas, entre elas a IBM, pudessem gerar uma codificação ideal de leituras dos caracteres. Segundo Ballou (2011), o campo da gestão avan- çou a partir da década de 70 e com ela muitos processos organizacionais foram sendo modifica- dos e implantados nas empresas. A partir desta época tem início a era com foco no cliente, sur- gindo a necessidade de otimização dos processos. 5Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística O padrão European Article Number (EAN) - em português traduzido para número de artigo europeu - foi criado em comum acordo pelos países da Europa. Esse padrão foi adotado pela maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil. O sistema é composto por 13 dígitos que representam diversos aspectos e características do produto. Figura 2 - Exemplo de leitura de código de barras - EAN Fonte: Disponível em: <https://www.gs1br.org/>. Acesso em: 14 nov. 2016. Para realizar a interpretação, começamos com os três primeiros dígitos (789) que se referem ao país de ori- gem. Os cinco seguintes (83574) caracterizam o código do número comercial dentro da empresa. Em seguida, tem-se quatros dígitos (1001) fazendo referência à em- presa filiada à EAN. O 13º dígito (5) é o chamado verifi- cador, utilizado em um cálculo para conferir se os outros números estão corretos. Curio- sidade No Brasil, a utilização do código de barras iniciou-se em novembro de 1984. Já em Portugal, a primeira implementação ocorreu com sucesso em novembro de 1985, no primeiro hipermercado, locali- zado na cidade de Matosinhos, desempenhando desde o início de sua implantação um papel eficiente na gestão de estoques e distri- buição de produtos. UPC MADE IN USA MAD E IN C ANAD A 6 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas Uniform Product Code ou Universal Product Code (UPC) O padrão EAN é bastante utilizado, mas países como o Canadá e os Estados Unidos adotaram o padrão Uniform Product Code ou Universal Product Code (UPC), traduzi- do para a língua portuguesa como: código. Essa codificação possui 12 dígitos e não leva em consideração, por exemplo, o país em que o produto foi fabricado, pois ele somente é válido para empresas cadastradas nos Estados Unidos e no Canadá. 7Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística Independentemente dos padrões utilizados pelos países, o sistema de códigos é usado por empresas de todo mundo a fim de reduzir custos em processos comer- ciais, aumentar a produtividade e otimizar as operações logísticas, como os de armazenagem e estocagem, bem como, as de separação de produtos. Figura 3 - Exemplo de leitura de código de barras UPC Fonte: Disponível em: <https://www.gs1br.org/>. Acesso em: 14 nov. 2016. Observando a figura 3 é possível perceber que ela é diferente do código de barras do padrão EAN, não somente em relação à quan- tidade de dígitos, mas em sua leitura sequencial. Da mesma for- ma que interpretamos os códigos de padrão EAN, os de padrões UPC também seguem essa mesma regra, iniciando sua leitura da esquerda para direita, em que o primeiro dígito (0) representa a categoria do produto. Os cinco seguintes (12345) identificam o fa- bricante. Por final, existem outros cinco (56789) que informam o produto e o dígito final (1) é o verificador. Na visão de Braga (2010), o sistema de codificação facilitou os processos de ad- ministração de materiais, os quais en- volvem um número significativo de ati- vidades como identificação, catalogação e codificação. Ao longo dos anos os sistemas de leitura de código de barras foram sendo aperfei- çoados, modernizados e foram se ade- quando conforme o entendimento de cada país. QRCODE 8 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas Pense em um estoque com diversos itens armazenados e apenas com o uso de um celular ou tablet você pode ler mais de sete mil informações referentes a um produto. Você consegue imaginar as vantagens desse tipo de tecnologia? Vamos compreender como iniciou o desenvolvimento desse mecanismo de leitura e decodificação. Quick Response Code (QRCODE) 9Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística O código foi criado por uma empresa japonesa, a Denso-Wave, no ano de 1994. No início, foi de- senvolvido para a indústria de carros japonesa, para ajudar a catalogar as peças dos automóveis na linha de produção. Logo em 2003, a linguagem começou a ser apli- cada em celulares, pois aparelhos com câmaras de tecnologia VGA permitiam ler e interpretar as imagens. Atualmente o QR Code é muito utilizado em vários nichos de mercados, como os de publicidade, os quais atuam em várias ações, inclusive com realida- de aumentada. Nesse caso as empresas investem nesse tipo de campanha para oferecer mais infor- mações e conteúdos exclusivos aos seus clientes. 10 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas O QR Code pode ser entendido como uma nova leitura de código de barras em 2D (D = dimensões), em sua versão mais antiga utilizava apenas uma leitura horizontal, atualmente, utiliza códigos com in- formações tanto no plano horizontal como no vertical. Figura 4 – Imagem de QR Code Fonte: Disponível em: <https://www.gs1br.org/>. Acesso em: 14 nov. 2016. O QR Code é constituído de uma série de códigos e caracteres decodificados em uma imagem quadrada, que permite a leitura por meio de um aparelho e um programa desen- volvido para ler o código bidimensional. É importante compreender que existe diferença entre a leitura de código de barras e as de QR Codes. A primeira é a representação gráfica de ambos. O código de barras é uma série de sequência de faixas escuras e claras, acompanhadas de uma numeração, e essa combinação somente pode ser decifrada por meio de um scanner que emite um raio vermelho. O QR Code, por sua vez, possui uma alta capacidade de armazenamentode dados, sendo composto por uma série de códigos e caracteres decodificados. Impor- tante RFD 11Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística A prática de utilização de Radio Frequency Identification (RFID) - Rádio por Frequência, em português - trata-se de um sistema que faz a utilização de fre- quência de rádios para captura automática de dados, os quais permitem a iden- tificação de objetos com dispositivos eletrônicos, como as etiquetas eletrônicas, placas de identificação (TAGS) ou transponder. Radio Frequency Identification (RFID) 12 Técnico em LogísticaSistemas e tipos de etiquetas Muito utilizado nos procedimentos de armazena- gem, o RFID possibilita aos gestores uma tomada de decisão assertiva sobre os produtos estocados. Por meio das tags RIFD os produtos são etiqueta- dos e identificados nos armazéns e lojas. Esse sistema de identificação remonta sua cria- ção à Segunda Guerra Mundial (1930) quando os países em guerras podiam visualizar as naves que se aproximavam, mas não podiam distingui-las entre as aliadas e as tropas inimigas. Nesse contexto, em 1937, o United States Naval Research Laboratory, gerenciado pelo escocês Robert Alexander Watson-Watt (criador do ra- dar), em parceria com o exército britânico, de- senvolveu o sistema chamado de Identification Friend-or-Foe, permitindo assim as aeronaves inimigas de serem distinguidas das aeronaves aliadas, tornando eficazes às estratégias de ataques. Deste modo, iniciou-se o primeiro sis- tema de identificação por radiofrequência. De acordo com Salgado (2014), a tecnologia da informação (RFID) tornou-se um fator decisivo para melhoria de desempenho dos centros de distribuição logísticos, em suas etapas de rece- bimento, estocagem, separação e expedição. Curio- sidade O transponder é um dispositivo que complementa as operações de automação, por meio de uma tecnologia de comunicação eletrôni- ca que permite receber, amplificar e retransmitir sinais por meio de satélites. 13Sistemas e tipos de etiquetasTécnico em Logística Figura 5 – Modelo de RFD Radio Frequency Identification Esse sistema vem se aperfeiçoando a cada dia e vem tornan- do as práticas de rastreamento e identificação mais eficientes em diversas operações. Atualmente, uma tecnologia como EDI (Eletronic Data Interchance) - troca eletrônica de dados, em português - são meios de transmissão eletrônicas de arquivos que possibilitam informações compartilhadas entre os depar- tamentos das empresas, permitindo um controle de pedidos, posição de estoques e quantidade de mercadorias vendidas. No decorrer desse estudo percebemos como o avanço da tecnologia possibilitou a otimização de atividades, antes realizadas manualmente. Também foi possível com- preender os diferentes tipos de sistemas e lógicas utilizadas nas leituras de código de barras. Seria impossível um centro de dis- tribuição (CD) logístico organizar seus es- toques e definir uma gestão por resultados sem a utilização de mecanismos de controle e inventário. Assim, os leitores de códigos de barras facilitam as atividades de recebi- mento, separação e expedição de merca- dorias dentro dos armazéns, bem como a emissão de relatórios gerenciais.
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