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O PRINCÍPIO DOS TRÊS ERRES (3RS) NA LEI N 12 3052010 REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

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56 
 
 
7.1.6 Energia das Ondas e das Marés 
 
É possível utilizar a água do mar para a produção de eletricidade tanto pelo 
aproveitamento das ondas quanto pela utilização da energia das marés. 
 
 
Fonte: www.portal-energia.com 
No primeiro caso, utiliza-se a movimentação das ondas em ambientes onde elas 
são mais intensas para a geração de energia. Já no segundo caso, o funcionamento 
lembra o de uma hidrelétrica, pois cria-se uma barragem que capta a água das marés 
durante as suas cheias, e essa água é liberada quando as marés diminuem. Durante 
essa liberação, a água gira as turbinas que ativam os geradores. (BRITO et al., 2011) 
 
 
8 O PRINCÍPIO DOS TRÊS ERRES (3R’S) NA LEI Nº 12.305/2010: REDUZIR, 
REUTILIZAR E RECICLAR 
Entende-se que, com a inclusão dos conceitos de redução, reutilização e 
reciclagem na Lei, pretende-se diminuir o uso de matéria-prima e retardar a disposição 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-das-mares.htm
http://www.portal-energia.com/
 
57 
 
dos rejeitos, que é a última etapa da gestão sustentável dos resíduos sólidos, 
conforme prescrito no Título I, Cap. II, art. 3º, XV, da referida Lei. A sua efetivação 
permitirá o aumento do tempo dos recursos naturais no ciclo produtivo, bem como a 
vida útil dos aterros sanitários. A coleta seletiva, necessária ao retorno dos resíduos 
sólidos ao processo de produção, de acordo com a citada Lei, consiste na “coleta de 
resíduos sólidos previamente segregados, conforme sua constituição ou composição” 
(Lei nº 12.305, Título I, Cap. II, art. 3º, V). (VERMA; MIDTGARD; SATRE, 2011). 
 
 
 
58 
 
 
Fonte: meubolsofeliz.com.br 
A reciclagem, conforme o Título I, Cap. II, art. 3º, XIV, da Lei nº 12.305/2010, 
consiste no processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve a alteração 
de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à 
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões 
 
59 
 
estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA) e, se couber, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do 
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) (REIS e LOPES, 
2018). 
A redução está em consonância com o descrito no Título I, Cap. II, art. 3º, XIII, 
que define os padrões sustentáveis de produção e consumo, estando alinhados com 
o combate ao desperdício: padrões sustentáveis de produção e consumo; produção e 
consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações 
e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o 
atendimento das necessidades das gerações futuras. 
Já os rejeitos definem-se como resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas 
as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis 
e economicamente viáveis, não apresentam outra possibilidade que não a disposição 
final ambientalmente adequada. 
8.1 A participação popular 
A gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos deve ser planejada, 
implementada e fiscalizada pelo poder público em conjunto com a população. A 
população, neste caso, possui um papel fundamental, pois além de ser responsável 
pela correta destinação dos seus resíduos pós-consumo, atua como fiscalizadora das 
ações sustentáveis de gerenciamento dos resíduos. 
A atuação consciente do cidadão, no que tange à destinação seletiva de seu 
resíduo, separando na fonte o que for resíduo orgânico do resíduo inorgânico, 
possibilita tornar o processo economicamente mais barato, por subtrair uma etapa de 
triagem da reciclagem, além de refletir diretamente na qualidade de vida coletiva, pela 
destinação correta, longe de rios, vias públicas, terrenos etc. (REIS e LOPES, 2018). 
Evita-se, com o engajamento da população, o aumento dos impostos 
concernentes ao saneamento básico, ao passo que também diminui a oneração sobre 
o valor dos produtos que deverão contemplar em seu custo os gastos com o 
recolhimento destes pelas empresas, visando à reutilização, reciclagem ou descarte 
final, conforme o caso. 
A Lei também institui o princípio do “poluidor-pagador” e do “protetor-recebedor”. 
No que se refere ao papel do cidadão, não está estabelecido em termos práticos como 
 
60 
 
será beneficiado aquele que contribui, ou como aquele que fere os preceitos legais 
será punido. 
 A simples homologação da Lei não significa cumprimento, especialmente no 
caso do Brasil, visto que, de acordo com Da Matta (1986), existe uma resistência 
cultural em cumprir as determinações legais, o que condiz com o “jeitinho brasileiro”. 
Em seu art. 8º, VIII, a educação ambiental é postulada como um dos instrumentos da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que é certamente mais eficaz para a gestão 
integrada e sustentável dos resíduos sólidos, por significar uma conscientização, 
quando o indivíduo age independente de fiscalização (REIS e LOPES, 2018). 
8.2 Educação ambiental e sua importância para a implementação da lei nº 
12.305/2010 
A gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos, prevista na Lei nº 
12.305/2010, como analisado anteriormente, tem como um de seus pilares a 
participação colaborativa de empresas, indústrias, comércios e cidadãos. A exigência 
de um novo comportamento, que contribua para o paradigma da sustentabilidade, 
impõe-se. 
As estratégias de prevenção da poluição devem considerar a hierarquia a ser 
adotada no gerenciamento ambiental, com a introdução do conceito de Prevenção da 
Poluição: prevenção e redução, reciclagem e reuso, tratamento e disposição. 
Esquema da gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos, com inclusão 
da etapa de educação ambiental para desenvolver hábitos e atitudes visando à coleta 
seletiva e redução de resíduos sólidos: 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
CONSUMO CONSCIENTE 
 
NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO¹ NA FONTE 
 
REDUÇÃO² DE MATÉRIA-PRIMA JÁ EXTRAÍDA DO MEIO AMBIENTE 
 
REUTILIZAÇÃO RECICLAGEM 
 
61 
 
 
TRATAMENTO QUÍMICO E BIOLÓGICO 
 
DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS 
 
 
Redução 1: ocorre quando o indivíduo deixa de consumir em sintonia com os 
padrões sustentáveis de produção e consumo, o que vai de encontro ao consumismo 
e desperdício. 
Redução 2: ocorre após o consumo, quando o produto volta ao ciclo produtivo 
pela reutilização ou reciclagem, possibilitadas pela atitude de triagem dos resíduos 
sólidos nas fontes geradoras. 
 
9 RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS 
Países em desenvolvimento, como o Brasil, revelam uma situação preocupante, 
pois, embora existam serviços de limpeza urbana, estes não são capazes de coletar 
toda a produção de resíduos sólidos. O resultado disto é a deposição de resíduos 
sólidos em passeios públicos, terrenos baldios e, muitas vezes, próximos ou dentro 
dos cursos d’água. Os sistemas de drenagem urbana, já comprometidos pela falta de 
capacidade de condução para a urbanização atual, tornam-se agentes de transporte 
dos resíduos sólidos que obstruem o fluxo (NEVES & TUCCI, 2011; BLUMENSAAT 
et al., 2012). 
O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos - RSU é uma atividade que deve 
ser processada de forma integrada, porém, para ser colocada em prática, é necessária 
a cooperação do poder público, disponibilizando recursos financeiros para a 
implementação e melhor qualidade na disposição final destes resíduos.

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