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Prévia do material em texto

1
GEOGRAFIA URBANA
MOISES DA SILVA ALMEIDA 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
GEOGRAFIA URBANA 
MOISES DA SILVA ALMEIDA
1
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
GEOGRAFIA URBANA
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
Moises da Silva Almeida
 Doutor em Ciências no Instituto de Geociências da UNICAMP. Mestre em Ciências 
e Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Alfenas. Graduado em Geografia 
e Engenharia Ambiental. Possui experiência na área de Educação, com ênfase em Admi-
nistração Educacional e atua, principalmente, em cursos preparatórios para o ENEM. Atua 
como Professor da carreira EBTT da rede federal de ensino.
4
LEGENDA DE
Ícones
São os conceitos, definições ou afirmações importantes 
aos quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 A fromação das cidades medievais .................................................................................................................................8
1.2 O renascimento urbano e as características das cidades...............................................................................10
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................12
2.1 As influências da revolução industrial na formação das cidades ............................................................16
2.2 Mudanças estruturais no papel das cidades...........................................................................................................17 
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................19
3.1 Dinâmica de crescimento da cidade contemporânea ...................................................................................24
3.2 A cidade contemporânea...................................................................................................................................................25
3.3 Novas relações entre o espaço urbano e rural .....................................................................................................27
3.4 A gestão urbana e o estatuto da cidade....................................................................................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................32
O APARECIMENTO DA CIDADE NA SOCIEDADE OCIDENTAL 
A INDUSTRIALIZAÇÃO DA CIDADE CONTEMPORÂNEA 
UNIDADE 4
4.1 O processo de expansão e especulação urbana, e as situações de vulnerabilidade socioam-
biental ......................................................................................................................................................................................................37
4.2 A questão da periferização e as novas funcionalidades do espaço urbano ...................................39
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................40
ANÁLISE DA CIDADE CONTEMPORÂNEA 
A QUESTÃO URBANA OBSERVANDO AS RELAÇÕES INTER E INTRAURBANA, E 
OS DESDOBRAMENTOS DESTAS RELAÇÕES NA PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO 
DO ESPAÇO URBANO 
UNIDADE 5
5.1 Os diferentes modos de vida e a cultura nas cidades .....................................................................................45
5.2 O espaço urbano e a cidadania .....................................................................................................................................46
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................49
O DIREITO À CIDADE
UNIDADE 6
6.1 Aspectos conceituais e interdisciplinares ................................................................................................................54
6.2 Uma análise da hierarquia e rede urbana do Brasil ........................................................................................56
6.3 O espaço urbano de Minas Gerais.................................................................................................................................57
FIXANDO O CONTEÚDO..............................................................................................................................................................60
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................................................64
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................65
AS METRÓPOLES, AS CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS 
6
UNIDADE 1
A Unidade I explora as principais concepções históricas e geográficas referentes ao 
aparecimento das cidades na sociedade ocidental, enfatizando as características das 
cidades medievais e as transformações ocorridas durante o renascimento urbano e 
comercial.
UNIDADE 2
A Unidade II analisa as principais mudanças estruturais no papel das cidades no 
contexto da industrialização e Revolução Industrial e sua influência na formação da 
sociedade urbana.
UNIDADE 3
Na Unidade III verifica-se as dinâmicas de crescimento da cidade contemporânea, a 
formação e características da rede urbana, as novas relações entre o espaço urbano 
e rural e a importância da gestão urbana e o estatuto da cidade.
UNIDADE 4
A Unidade IV apresenta a questão urbana observando as relações inter e 
intraurbana, com uma discussão sobre o processo de expansão e especulação 
urbana e as situações de vulnerabilidade socioambiental, no contexto do fenômeno 
da periferização.UNIDADE 5
A Unidade V discute o direito à cidade e a questão da cidadania, enfatizando os 
diferentes modos de vida e a cultura urbana. Também se realiza uma discussão 
sobre este assunto no contexto da Agenda 2030 e os 17 ODS.
UNIDADE 6
A unidade VI aprofunda a discussão sobre as metrópoles, cidades médias e pequenas, 
apresentando alguns conceitos importantes e discutindo a hierarquia urbana do 
Brasil e o processo de urbanização de Minas Gerais.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
O APARECIMENTO DA CIDADE 
NA SOCIEDADE OCIDENTAL
UNIDADE
01
8
1.1 A FORMAÇÃO DAS CIDADES MEDIEVAIS
 Desde os tempos antigos, diferentes povos já tinham a percepção de viver em um 
espaço geográfico e se sentir parte dele. Deste modo, verificaremos como diferentes orga-
nizações espaciais influenciaram na formação do espaço urbano no passado e no presen-
te, inclusive nas relações entre sociedade e natureza.
 O mundo no período medieval, que se iniciou no século V, já passava por constantes 
transformações, sendo influenciado pelos elementos ao seu redor, que contribuíam para 
formar e alterar o espaço geográfico de acordo com os diversos interesses envolvidos. Te-
mos como exemplo a existência de guildas, que eram corporações de ofício formadas por 
artesãos profissionais e independentes, que contribuíam na dinâmica espacial daquele 
período, e as feiras que contribuíam para as trocas comerciais entre diversos mercadores.
 A forma de organização espacial na Idade Média era caracterizada pela construção 
de castelos, que caracterizavam um lugar de poder econômico e político, mas permeado 
de conflitos e interesses em um espaço marcado pela existência de uma divisão social da 
cidade (TEIXEIRA; CANZI, 2016).
 Neste contexto, entender a presença de objetos fixos, como por exemplo as constru-
ções ou plantações predominantes em determinado período, e os objetos móveis, como 
os meios de transporte, se torna fundamental para entender a formação das cidades em 
diferentes períodos de acordo com as condições sociais e técnicas presentes num dado 
momento histórico, que são influenciadas pelas ações e intencionalidades da sociedade 
sobre estes objetos que modelam a paisagem geográfica (SANTOS, 2008).
 Pensar nas cidades no período da Idade Média é entender como a relação entre di-
versos fatores transformavam o espaço geográfico para a formação das cidades medievais, 
tais como o desenvolvimento do artesanato e do comércio que influenciam na dinâmica 
populacional caracterizada por paisagens com muralhas, torres e castelos.
 Deste modo, o principal elemento que simbolizava a fundação das cidades medie-
vais são as muralhas, que delimitavam o espaço rural e o espaço urbano. Além disso, estas 
muralhas tinham função de proteção contra futuras guerras e invasões, além de facilitar o 
controle administrativo daquela região cercada, conforme ilustrado na Figura 1 (LE GOFF, 
2006).
Figura 1: Cidade medieval de Carcassone localizada no Sul da França. 
Fonte: Schonardie; Ricotta; Canabarro, 2019.
9
As cidades são o palco de diversos acontecimentos no qual sempre existiram sociedades 
marcadas por uma divisão social em diferentes períodos. Na Idade Média havia a população 
artesã e mercantil, posteriormente chamada de burguesia, o clero, que se dedicava as ques-
tões eclesiásticas, a nobreza, detentora de terras, com maior influência política e militar, e os 
camponeses, que se dedicavam ao trabalho rural.
FIQUE ATENTO
 Diversos pesquisadores consideram que as cidades medievais surgiram num contex-
to no qual o espaço rural era dominante, porém o campo e a cidade possuíam economias 
complementares. Deste modo, elas possuíam um núcleo administrativo central no qual 
se concentrava a população ao seu redor. A expansão das trocas comerciais, juntamente 
com as inovações técnicas no campo, propiciou o desenvolvimento econômico e social no 
período medieval.
 Deste modo, houve uma modernização agrícola para um maior abastecimento de 
alimentos nas cidades. Neste período, já ocorria o processo de êxodo rural, na medida em 
que parte da população migrava do campo para as cidades em busca de novas oportuni-
dades de trabalho, contribuindo, assim, para o crescimento das cidades medievais.
 Cabe destacar que estas cidades medievais tivessem semelhanças em relação as 
fortificações, marcadas por muralhas e torres, e por traços esculturais verticalizados nas 
catedrais, conhecido como estilo gótico, conforme Figura 2. Contudo, estas regiões urba-
nas tinham suas particularidades marcadas pela cultura e arte local que contribuíram para 
a sua formação, ou seja, a combinação de elementos físicos, culturais e sociais possibilita-
ram caracterizar a urbanidade do período medieval.
Figura 2: Fachadas da Catedral gótica de Notre-Dame, em Paris.
Fonte: Costa; Silva (2016)
Devemos refletir se o espaço urbano atual não é um reflexo da formação cidades medievais? 
Por exemplo, na Idade Média, havia cobrança de taxas e impostos de propriedades urbanas 
para fins militares e obtenção de poder, segregando espaços centrais considerados mais valo-
rizados em relação aos espaços periféricos próximos as muralhas. E nos tempos atuais? Quais 
seriam os critérios para valorização de determinados espaços urbanos onde você mora?
VAMOS PENSAR?
10
Para conhecer mais sobre as características sociais e econômicas do período 
medieval e as relações de conflitos que decorrem no espaço urbano, é indicado a 
leitura do Livro História Medieval, organizado por Marcelo Cândido da Silva, que 
está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://bit.ly/3FYC9tR. Acesso 
em: 22 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
1.2 O RENASCIMENTO URBANO E AS CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES
 Ao se estudar as transformações que ocorreram nas cidades após o período da Ida-
de Média, deve-se considerar a ruptura do sistema econômico vigente, conhecido como 
feudalismo, que influenciou na organização dos centros urbanos e comerciais e na forma 
como se estruturava toda cidade. 
 A organização dos espaços urbanos começa a passar por novas transformações e se 
fundamentar pelo sistema econômico capitalista comercial, ou seja, as ações da sociedade 
são reguladas por meio de relações comerciais. E este renascimento e fortalecimento co-
mercial caracteriza o modo de crescimento de cada cidade de acordo com sua capacidade 
de realizar compras e vendas de terras ou lotes.
 Durante os séculos XV e XVI ocorre uma valorização das artes e da Ciência na Europa, 
em um período conhecido como Idade Moderna, que traz um novo significado na confi-
guração das cidades que são influenciadas pela cultura grega e romana (ZENKNER, 2002).
 Os diversos profissionais que habitavam as cidades tinham uma preocupação com a 
organização espacial urbana e suas formas métricas, com jardins que seguiam determina-
das geometrias, assim como as ruas e praças que se projetavam de acordo com uma sime-
tria e ordem estabelecida. Itália, Espanha e Portugal são alguns exemplos onde existiram 
estas cidades planejadas no período renascentista, e que posteriormente se expandiu para 
algumas regiões africanas, conforme ilustrado nas Figuras 3 e 4.
Figura 3: Planta da cidade de Viana do Castelo – Portu-
gal.
Fonte: Arquivo virtual da Cartografia portuguesa.
Figura 4: Planta da cidade de Mazagão, localizada na África
Fonte: Arquivo Virtual da Cartografia Portuguesa
 Deste modo, verificamos uma preocupação dos arquitetos e construtores deste pe-
ríodo com os traçados regulares das quadras, geralmente retangulares, rodeados de ruas 
perpendiculares largas e espaçosas. Deve-se considerar que neste período de transição 
ainda haviam alguns resquícios do período medieval, como a presença de muralhas e for-
tes em algumas cidades para a defesa de seus territórios.
https://bit.ly/3FYC9tR
11
 São Luís, Belém e Campo Grande são alguns exemplos de cidades no Brasil com 
traços renascentistas, na medida em que foram inspiradas em uma urbanização uniforme 
em seu núcleo central e planejadas para serem próximas a uma malhaferroviária ou hidro-
viária de modo que facilitasse o escoamento e comercialização de diversos produtos. Em-
bora tenham sido povoadas inicialmente para fins militares, estas cidades foram herdeiras 
de um legado renascentista, advindo sobretudo da cultura europeia ocidental (ZENKNER, 
2002).
Quais abordagens metodológicas poderiam contribuir para mediar um debate no ambiente 
escolar sobre as características geográficas herdadas no passado nas cidades onde cada es-
tuda reside? Será que por meio de uma pesquisa sobre a origem histórica e a influência cultu-
ral de imigrantes em determinada região poderia nos revelar determinadas semelhanças de 
uma cidade com o período medieval ou da Idade Moderna? 
VAMOS PENSAR?
O Livro Metodologia do ensino da Geografia, organizado por Josilda Maria Bel-
ther, mostra diferentes formas metodológicas para se abordar e relacionar as 
características geográficas em diferentes períodos históricos, e está disponível 
na Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://bit.ly/3BR3Oud. Acesso em: 22 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3BR3Oud
12
1. De acordo com a forma de organização espacial na Idade Média, qual dos itens a seguir 
melhor representa um lugar de poder econômico e político nas cidades:
a) Presença de mosteiros e igrejas que representavam o poder do clero e influenciava 
grandes áreas urbanas.
b) A expansão de torres e muralhas que segregavam o espaço urbano e rural, mas 
simbolizavam a força militar das cidades.
c) A construção de castelos que eram fortificações onde residia a nobreza, sendo um local 
que centralizava as decisões administrativas e militares de uma cidade.
d) Presença de centro de eventos e exposições de artes para reunir os nobres e reis que 
tomavam decisões importantes nestas áreas.
e) Difusão dos centros comerciais que realizavam trocas para enriquecimento econômico 
das regiões econômicas.
2. Nesta unidade verificamos como as cidades foram se formando a partir das características 
de cada período histórico. Diante disso, qual alternativa poderia contribuir para instigar o 
envolvimento dos alunos com esta temática?
a) Procurar desenvolver atividades de campo que valorizem os aspectos estéticos e 
arquitetônicos atuais das cidades e sem se preocupar com a historicidade da região, pois 
isto é um objetivo da disciplina de História.
b) Demonstrar o contexto ambiental que estão inseridas as cidades e mostrar que a 
população depende do meio ambiente para sobreviver, sendo o espaço urbano o centro 
de conflitos entre sociedade e natureza.
c) Realizar atividades de memorização e leituras sobre aspectos históricos e culturais para 
despertar uma conscientização sobre a importância da formação das cidades.
d) Proporcionar atividades diversificadas como palestras com pessoas que vivenciaram 
as transformações da cidade e visitas em museus ou centros históricos para uma melhor 
compreensão das origens e expansão das cidades.
e) Buscar se apoiar nos manuais e livros didáticos para aquisição e transmissão dos 
conteúdos geográficos, pois são eles que direcionam os passos do aprendizado gradual 
que ocorre em Geografia.
3. De acordo com o contexto de formação das cidades e suas características na Idade Média, 
qual destes itens mostram um dos motivos para a construção de castelos e fortificações ao 
seu redor:
a) Finalidade militar.
b) Finalidade comercial.
c) Finalidade religiosa.
d) Finalidade turística.
e) Finalidade estética.
4. Em uma determinada escola a professora pediu para os alunos relatarem algumas 
FIXANDO O CONTEÚDO
13
características das cidades no período do renascimento. Marque o item que exemplifica a 
resposta correta dada por um estudante.
a) Período caracterizado pela posse de extensas áreas agrícolas, conhecidas como feudos, 
que simbolizavam o poder econômico em uma região.
b) Ascensão do capitalismo industrial com difusão de diversas manufaturas para 
acumulação de riquezas nas cidades. 
c) Período de renascimento do comércio, mas com pouca valorização do conhecimento 
científico e artístico, que ainda não possui investimentos e financiamentos nos centros 
urbanos.
d) Emergência de diversas manifestações artísticas e estéticas que foram influenciadas 
pela tendência arquitetônica gótica da época.
e) Período de expansão do capitalismo comercial, valorização das artes e do conhecimento 
científico, influenciando nos aspectos estéticos e culturais que proporcionaram uma nova 
reconfiguração das cidades. 
5. Considerando as reflexões sobre o aparecimento da cidade na sociedade ocidental, avalie 
as afirmações a seguir:
I. Existe poucas diferenças estéticas e paisagísticas entre as cidades do período medieval 
e no período moderno do Renascimento comercial.
II. Após a Idade Média ocorre transformações econômicas e culturais no Ocidente que 
contribuem para uma nova organização espacial dos centros urbanos.
III. A urbanização no Brasil não sofreu influência do Renascimento, pois as cidades brasileiras 
são caracterizadas pela cultura africana que contribuiu uma nova configuração espacial.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
6. (Fuvest - adaptado) Marque o item correto relacionado às feiras na Idade Média.
a) São locais de prática comercial nos centros das cidades para o abastecimento cotidiano 
dos seus habitantes.
b) Caracterizam-se por áreas exclusivas de câmbio e valorização das diversas moedas 
europeias.
c) São reconhecidas como locais de comércio abrangendo grandes regiões que dinamizaram 
a economia da época.
d) São locais fixos de comercialização da produção dos feudos.
e) Foram estabelecidas pelas grandes dinastias para o renascimento do comércio abalado 
com as invasões no Mediterrâneo que destruíram diversas cidades.
7. (Vunesp - adaptado) A partir do século XII, em algumas regiões europeias, nas cidades 
em crescimento, comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se para a construção de catedrais 
14
com grandes pórticos, vitrais e rosáceas, produzindo abóbadas e torres elevadas que 
dominavam os demais edifícios urbanos. O estilo da arte da época que influenciou na 
configuração espacial e arquitetura dos centros urbanos é denominado.
a) Renascentista.
b) Bizantino.
c) Românico.
d) Gótico.
e) Barroco.
8. Considerando as reflexões em relação ao conteúdo discutidos na Unidade I, analise os 
itens a seguir.
I. A crise do modo de produção feudal na Idade Média contribuiu para o surgimento do 
Renascimento comercial na Europa.
II. As transformações que ocorreram na passagem da Idade Média para a Idade Moderna 
não necessariamente priorizaram uma melhor distribuição de riquezas para a população 
devido à concentração do poder local.
III. No período de surgimento das cidades no período medieval e expansão comercial na 
Europa ainda não havia universidades para a produção e difusão do conhecimento 
científico.
É correto o que se afirma somente em:
a) I e II.
b) I e III.
c) I.
d) II.
e) I, II e III.
15
A INDUSTRIALIZAÇÃO E A 
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE 
URBANA
UNIDADE
02
16
2.1 AS INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA FORMAÇÃO 
DAS CIDADES
 Diversas pesquisas mostram que a urbanização é um fenômeno que se iniciou desde 
os períodos antigos, passando por mudanças espaciais na Idade Média e Moderna. Confor-
me foram se aperfeiçoando as inovações técnicas aumentavam-se a capacidade humana 
de intervir e transformar os espaços naturais e urbanos.
 No início do século XVIII, a atividade industrial contribuiu para que o processo de mo-
dificações no espaço urbano se tornasse mais intenso. Compreende-se como indústria as 
diversas atividades humanas que tem por objetivo a produção de mercadorias, por meio 
da extração e modificação dos produtos da natureza, no qual as cidades se tornam espa-
ços de produção e não somente comercialização (SPOSITO, 1988).
 Através da implementação gradativa da atividade industrial, o trabalho manual dos 
artesãos foi sendo substituído pelo processo produtivo no interior das fábricas, no qual 
tornou a produçãomais rápida e em grande escala, por meio da introdução de máquinas 
movidas a energia, com a queima do carvão mineral, que posteriormente será substituído 
pela eletricidade e petróleo. A evolução histórica da organização do processo produtivo 
que contribuiu para diversas transformações urbanas pode ser verificada na Figura 5.
Figura 5 : Evolução histórica da industrialização
Fonte: MARTINEZ; VIDAL (2016)
 As transformações geográficas que ocorrem nas cidades por meio da consolidação 
do processo industrial se concentram primeiramente em regiões onde há um maior inves-
timento para o desenvolvimento da atividade industrial, como em Londres e Manchester, 
na Inglaterra, para depois se expandir para outras regiões da Europa e outros continentes 
nos anos subsequentes.
 Neste contexto, verifica-se um aumento populacional das cidades que demanda 
maior produção por bens de consumo, exigindo maior exploração dos recursos naturais 
17
em regiões agrícolas. Deste modo, o setor industrial interfere nas migrações em direção às 
regiões urbanas, na demanda da produção agrícola e na atividade comercial, tanto inter-
na como externa, ampliando a circulação de mercadorias por meio de diversos meios de 
transportes, e assim contribuem para uma nova configuração para o espaço urbano.
Após o advento do capitalismo comercial, que proporcionou aumento das trocas e amplia-
ção da economia monetária, surge e se consolida o capitalismo industrial, o qual contribuiu 
para mudanças estruturais nas cidades por meio da concentração do capital nas indústrias, 
difusão de técnicas para o aumento da produção com novas máquinas, progressiva divisão 
do trabalho no interior das fábricas e aumento da urbanização próximo aos grandes centros 
industriais.
VAMOS PENSAR?
2.2 MUDANÇAS ESTRUTURAIS NO PAPEL DAS CIDADES
 O crescente desenvolvimento de indústrias no espaço urbano, juntamente com o 
crescimento populacional, contribuiu para um rearranjo estrutural das cidades a partir do 
século XVIII. Algumas cidades industrializadas atraíam mais investimento por possuírem 
alguns fatores favoráveis como oferta de mão de obra, disponibilidade de matéria-prima, 
mercado consumidor e máquinas que tornavam possível aumentar a capacidade produti-
va e lucratividade dos proprietários industriais.
 Esta nova configuração das cidades, no qual os artesãos e comerciantes tinham pa-
pel secundário diante do desenvolvimento industrial, proporcionou uma modernização 
gradativa do setor de transportes e comunicações, de modo que ocorresse o aumento de 
ferrovias para um maior escoamento de mercadorias e circulação de pessoas nos grandes 
centros industriais da Europa.
 De acordo com a capacidade de decisão econômica e comercial que cada cidade 
adquiria no decorrer dos tempos, contribuía para determinar seu papel local e regional em 
uma esfera de atuação e relações com outras cidades. Deste modo, o período industrial 
foi proporcionando uma escala de subordinação entre cidades de diferentes tamanhos e 
importância econômica. 
 O aumento da produção em larga escala interfere nos hábitos culturais da popula-
ção das cidades que se transformam em uma sociedade de consumo de massa, ou seja, 
cria-se padrões de consumo que interferem nas antigas diferenças culturais existentes. 
Deste modo, ocorrem mudanças estéticas na paisagem das cidades a partir do momento 
em que a construção de novas indústrias direciona o ritmo de retirada de recursos naturais 
e a expansão de produtos industrializados cada vez mais consumidos e descartados no 
meio ambiente.
 Com o aumento populacional que contribuiu para a expansão das cidades, que nem 
sempre ocorria de modo organizado e planejado, ocorrendo uma ocupação dos espaços 
cada vez mais distantes dos núcleos urbanos centrais, no qual abrigavam tanto pessoas 
de maior poder aquisitivo, em casas com melhor estrutura em espaços físicos maiores, em 
bairros de luxo, como assalariados que habitavam casas menores, em bairros considerados 
mais pobres (SPOSITO, 1988).
 Embora o nível de desenvolvimento industrial refletisse a prosperidade econômica 
18
de uma cidade na Idade Moderna, estas aglomerações eram símbolo também da falta de 
saneamento básico, que contribuía para proliferar algumas doenças, assim como havia um 
descontrole da poluição atmosférica e dos resíduos gerados no meio ambiente, devido à 
crescente produção industrial que não respeitava o ritmo de desenvolvimento da nature-
za, conforme ilustrado na Figura 6.
Figura 6: EvolCentro de Londres em 1851.
Fonte: BENEVOLO, L. História da cidade (2005)
O sistema econômico capitalista contribuiu para mudanças estruturais no papel das cidades 
na medida em que ocorreu uma concentração e circulação de capitais impulsionado por es-
paços comerciais, industriais ou bancários. Qual teria sido o contexto histórico destes espaços 
urbanos se em sua trajetória de desenvolvimento tivessem considerado no seu planejamento 
os aspectos sociais, ambientais e econômicos para minimizar os diversos problemas urbanos 
surgidos no século XVIII e que foram agravados ao longo dos tempos?
VAMOS PENSAR?
Para aprofundar os estudos sobre as transformações sociais e ambientais no es-
paço geográfico por meio da inserção das indústrias, é indicado a leitura do livro 
Geografia Industrial, organizado por Alceli Ribeiro Alves e Eloisa Maieski Antu-
nes, que está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://bit.ly/3G1uhYr. 
Acesso em: 02 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3G1uhYr. 
19
1. Nesta unidade verificamos como a industrialização influenciou na formação da sociedade 
urbana. Diante disso, qual alternativa mostra uma das principais consequências da atividade 
industrial no espaço urbano:
a) Implantação de fábricas no espaço rural para evitar o êxodo rural e uma preocupação 
com o desenvolvimento sustentável no campo.
b) Havia muitos trabalhadores nas fábricas para aumentar a produção têxtil, mas pouco 
desenvolvimento técnico das máquinas sem investimento tecnológico.
c) O setor industrial interfere nas migrações em direção as regiões urbanas, na demanda 
da produção agrícola e na atividade comercial, ampliando a circulação de mercadorias e 
pessoas.
d) A instalação gradativa de indústrias buscou preservar os locais de práticas comerciais de 
produtos artesanais nos centros das cidades.
e) As poucas mudanças paisagísticas que ocorreram nas cidades contribuíram para 
a manutenção dos valores culturais dos habitantes que não foram influenciados pelo 
consumo em larga escala.
2. (FGV-RJ - adaptado) A chamada Primeira Revolução Industrial, ocorrida a partir do 
século XVIII, foi caracterizada:
a) Pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela expansão da industrializa¬ção 
para além do continente europeu.
b) Pela concentração do processo de industrialização na Inglaterra e divisão interna do 
trabalho com aumento da produção em larga escala.
c) Pela industrialização com investimentos no setor de transportes, telecomunicações e 
robótica para que a produção chegasse em outros continentes.
d) Pelo equilíbrio de forças entre as potências que possuíam tecnologias e as nações que 
forneciam mão de obra para a difusão da industrialização.
e) Pela retração da economia mundial devido à mecanização da produção e à diminuição 
da oferta de produtos industrializados.
3. (Unemat - adaptado) – Veja as afirmações a seguir e depois assinale o item que se refere 
às características do capitalismo industrial:
I. Corresponde ao período da segunda Revolução Industrial ou tecnológica, quando o 
capitalismo se tornou monopolista. Empresas ou países monopolizaram o comércio; os 
bancos adquiriram cada vez mais importância; o capital financeiro passou a dominar e 
a controlar a economia dos países; domínio das transnacionais.
II. Ocorreu um ressurgimento dos centros urbanos e intensificação do comércio; 
acumulação de recursos; inovações nos transportes marítimos, nos armamentos e nas 
técnicas de navegação; expansão comercial do final do século XIVe início do século XV.
III. Forte mecanização, influenciando diversos setores da economia. As fábricas empregavam 
grande número de trabalhadores e contribuiu para diversas transformações no espaço 
FIXANDO O CONTEÚDO
20
geográfico.
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente II e III.
e) Nenhum dos itens anteriores.
4. (Unioeste-PR - adaptado) É possível indicar a indústria como um dos principais agentes 
de produção do espaço geográfico. Sobre o processo de desenvolvimento das indústrias, 
assinale a alternativa correta:
a) A primeira revolução industrial iniciada na Inglaterra representou momento importante 
no qual foi intensificada a mecanização e foi introduzida a produção em série.
b) A localização e instalação das novas regiões industriais na Inglaterra não levava em 
consideração a proximidade das matérias-primas.
c) A primeira revolução industrial foi um marco da introdução do petróleo enquanto 
principal fonte de energia para desenvolvimento industrial. 
d) A primeira revolução industrial alterou diversos aspectos da paisagem das cidades por 
meio do desenvolvimento da Informática, robótica, telecomunicações e microeletrônica 
em diversas regiões da Europa.
e) A industrialização tardia e pouco diversificada foi característica dos países desenvolvidos 
localizados na Europa e América.
5. (UDESC - adaptado) Assinale a alternativa correta sobre o processo de industrialização:
a) Nunca houve na história um tipo de sociedade industrial que não fosse nomeada e 
produtivamente capitalista, ou seja, não há indústria em uma sociedade que não seja 
capitalista, pois sempre buscam o lucro.
b) A industrialização se iniciou pela produção em pequena escala, localizada em 
estabelecimentos fabris, com uso de maquinaria e pouca quantidade de mão de obra, com 
o objetivo de atingir um mercado consumidor próximo.
c) A industrialização deve ser entendida como um processo gradual de beneficiamento da 
matéria-prima e que busca uma distribuição justa da riqueza adquirida.
d) A Inglaterra, Bélgica e Japão são considerados as nações pioneiras no processo de 
industrialização.
e) O conceito de industrialização implica uma série de elementos específicos, como as 
descobertas científicas e seu emprego nas atividades produtivas; uma combinação entre 
as atividades de produção e de consumo; o mercado; a moeda como instituições que 
norteiam a troca entre produtores e consumidores, etc.
6. Considerando as reflexões em relação ao conteúdo discutido na Unidade II, analise os 
itens a seguir:
I. A crise do modo de produção comercial em pequena escala na Idade Média contribuiu 
para a necessidade do desenvolvimento e inovação de máquinas para aumentar a 
produção nas fábricas.
21
II. Houve uma preocupação para que as cidades crescessem de modo organizado e 
planejado evitando um grande número de migrantes nos espaços urbanos.
III. A industrialização dificultou uma hierarquia entre as cidades, pois todas tinham a 
mesma função e importância econômica na Idade Moderna.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
7. “Uma das grandes invenções no século XVIII foi a máquina a vapor, tornando possível o 
uso da energia em todos os artifícios mecânicos, em quantidades maiores do que qualquer 
outra coisa conseguiria realizar no passado. O mundo mudou mais drasticamente (e mais 
rapidamente) do que em qualquer outra época desde a invenção da agricultura, cerca de 
10 mil anos antes.” 
ASIMOV, I. Cronologia das Ciências e das Descobertas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993, p. 395.
Aponte a alternativa correta de acordo com o texto e o conteúdo explorado nesta unidade.
a) O contexto histórico deste texto mostra o caráter prejudicial da máquina a vapor para a 
agricultura e para as cidades.
b) Pode-se concluir que a máquina a vapor foi decisiva para o advento da Revolução 
Industrial, contribuindo para uma transformação profunda no âmbito da produção.
c) O texto reflete o que foi dito na Unidade II sobre os aspectos negativos da mudança 
drástica e rápida que a Revolução Industrial provocou nas cidades.
d) A máquina a vapor acelerou o ritmo de produção e era eficiente porque funcionava à 
base de eletricidade.
e) Verificou-se nesta unidade, e por meio do texto, que a agricultura, se tornou um obstáculo 
para o desenvolvimento da indústria com uma resistência da população em migrar para as 
áreas urbanas.
8. Considerando as reflexões em relação ao conteúdo discutidos na unidade II, analise os 
itens a seguir:
I. A atividade industrial contribuiu para que o processo de urbanização se tornasse mais 
intenso em determinadas regiões da Inglaterra a partir do século XVIII.
II. Diversos agricultores, comerciantes e artesãos conseguiram bons empregos nas fábricas 
após um período de treinamento e adaptação nestes novos ambientes das cidades.
III. Embora as fábricas contribuíssem para o desenvolvimento econômico das cidades, 
elas eram ambientes insalubres e locais que contribuíam para o aumento da poluição 
atmosférica e dos rios ao seu redor.
É correto o que se afirma somente em:
22
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
23
ANÁLISE DA CIDADE 
CONTEMPORÂNEA
UNIDADE
03
24
3.1 DINÂMICAS DE CRESCIMENTO DA CIDADE CONTEMPORÂNEA
 A aprendizagem da Geografia Urbana deve ser realizada de modo que se entenda o 
contexto histórico da formação das cidades, verificado nas unidades anteriores, e os fatores 
que direcionaram o crescimento da cidade contemporânea.
 Nas últimas décadas do século XX verifica-se a formação de cidades contemporâ-
neas, localizadas não somente em países desenvolvidos, mas em países emergentes en-
volvidos pelo processo de globalização, no qual existe um crescente fluxo de circulação de 
pessoas, mercadorias, capitais e informações. Neste período, conhecido agora como capi-
talismo financeiro-monopolista, ocorre um crescimento acelerado da economia capitalista 
no qual bancos e outras instituições financeiras assumem um papel central no desenvol-
vimento econômico e no surgimento de grandes corporações.
 Durante o período do século XV já se verificava o início da globalização, no qual as ci-
dades rompiam suas muralhas medievais para expandir suas relações comerciais e indus-
triais. Após a Revolução Industrial, este processo se torna mais intenso por meio da rápida 
expansão urbana através de investimentos nos transportes. Entender as diferentes fases 
do capitalismo e da globalização possibilita uma melhor compreensão da globalização 
presente nas cidades no período atual, no qual predomina uma revolução tecnológica da 
eletrônica e da Internet, possibilitando maior independência dos espaços periféricos das 
cidades (TURCZYN, 2019).
 Deste modo, o crescimento das cidades é pautado pela revolução tecnológica, mar-
cado pelas complexas tecnologias da informação e investimentos no conhecimento cientí-
fico e crescimento da produtividade, no contexto de uma economia global com acelerado 
fluxo de informações, capitais e mercadorias.
 As cidades contemporâneas possuem uma dinâmica de crescimento descentraliza-
do, no contexto da globalização, de modo que ocorre uma conexão das áreas periféricas 
que se integram às áreas centrais através do intenso fluxo promovido por diversas ativida-
des econômicas no espaço urbano.
 Diversos estudos buscam entender as aglomerações que ocorrem distantes dos 
grandes centros urbanos, sendo um processo denominado como suburbanização e que, 
embora possuam transportes públicos e tecnologias que integram estes espaços residen-
ciais e comerciais que se expandem principalmente no entorno de rodovias e outros eixos 
viários, possuem uma relação de dependência com os espaços centrais das cidades (HALL, 
2011).
 Algumas pesquisas indicam que este crescimento das cidades nas margens das ro-
dovias se iniciou em 1950 nos EUA, onde ocorreu uma rápida expansão da urbanização em 
algumas cidades que tiveram grande adensamento das suas bordas. Este fenômeno de 
urbanização periférica, conhecidocomo edge city, posteriormente ocorreu também em 
outras regiões da América Latina nas últimas décadas (GARREAU, 1991).
 No Brasil, esta periferização foi marcada inicialmente pela rápida implantação de 
conjuntos habitacionais ocupados por famílias de baixa renda. Posteriormente, a paisa-
gem da periferia ficou caracterizada pela construção dos chamados enclaves fortificados, 
que são condomínios residenciais fechados com investimentos em segurança, além de 
espaços de lazer e comércio próximos como a construção de shopping centers.
 Por outro lado, novos loteamentos fechados surgem sem considerar a importância 
da preservação de Áreas de Proteção Permanente (APP), conforme ilustrado na Figura 7. O 
rápido crescimento dos empreendimentos imobiliários não respeita os aspectos naturais 
25
de algumas bacias hidrográficas que são áreas lentamente degradadas devido o crescente 
descarte irregular de resíduos no meio ambiente. 
Figura 7: Exemplo de loteamento na região metropolitana de Campi-
nas, estado de São Paulo, margeados em áreas de APP.
Fonte: TURCZYN (2019)
 Deste modo, verifica-se que não existe um único elemento norteador de crescimen-
to como ocorria nas cidades medievais, com os castelos, ou com as cidades industriais do 
período da Revolução Industrial. Por meio da estagnação urbana das áreas centrais, há 
um fenômeno de crescimento das periferias e que, embora possuam diversos problemas 
ambientais e sociais, são independentes e marcadas por áreas residenciais, industriais e de 
lazer, conforme o interesse imobiliário e o Plano Diretor de cada cidade.
3.2 A CIDADE CONTEMPORÂNEA E A REDE URBANA
 O processo de urbanização e o desenvolvimento industrial e comercial contribuem 
para o estabelecimento da rede urbana que pode ser definido como um conjunto de cida-
des interligadas umas às outras pelo sistema de transportes e comunicações. Inicialmente, 
as redes urbanas se estabelecem em algumas cidades de maior desenvolvimento econô-
mico, mas com o advento da globalização em todo espaço geográfico e maior fluidez entre 
pessoas, transportes e mercadorias diversas, a rede urbana adquire amplitude mundial.
 As maiores redes urbanas do período contemporâneo estão localizadas em regiões 
mais industrializadas e urbanizadas dos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Ja-
pão e Inglaterra por exemplo. São regiões nas quais ocorreram rápido desenvolvimento 
econômico e que hoje se concentram a sede de grandes empresas multinacionais e que 
apresentam grande fluidez econômica. 
 Conforme a quantidade e complexidade de bens e serviços apresentados por uma 
cidade, ocorre uma capacidade de atração ou influência de áreas vizinhas ao redor. Deste 
modo, conforme o papel que a cidade desempenha como centro polarizador e as relações 
que as cidades estabelecem entre si configura uma hierarquia urbana.
 A hierarquia estabelecida no século XIX se baseava em um modelo rígido e vertica-
lizado, com uma cidade menor com mais dependência por outra cidade maior, apresen-
26
tando pouca fluidez para espaços fora desta área de influência devido à dependência en-
tre estas áreas urbanas, conforme o esquema clássico da Figura 5. Porém, a partir de 1970 
ocorre uma nova configuração desta hierarquia urbana (SANTOS, 1997).
Figura 8: Ilustração comparativa do esquema clássico e atual da rede 
urbana
Fonte: Santos (1997. p.55)
 Através da Revolução Técnico-científica e modernização dos transportes, as cidades 
se tornaram mais independentes e não se relacionavam mais apenas com a cidade mais 
próxima, mas com metrópoles que estão mais distantes, conectando uma cidade local 
com várias outras metrópoles, de acordo com o esquema atual da Figura 8. E assim, a po-
pulação de cidades menores pode estar mais integrada aos grandes centros urbanos por 
meio deste avanço tecnológico que interliga cidades de tamanhos e características distin-
tas.
 Neste contexto de hierarquia urbana, as cidades contemporâneas apresentam maior 
conexão com metrópoles que apresentam um crescimento urbano descontínuo em seus 
núcleos urbanos. Esta nova morfologia urbana pode ser percebida em mapas urbanos 
com diferentes densidades populacionais, conforme exemplificado no mapa de Campinas 
na Figura 9. Muitas vezes existem áreas periféricas com expansões residenciais separadas 
por áreas de baixa ou nenhuma ocupação devido à especulação imobiliária e os múltiplos 
usos do solo (TURCZYN, 2019).
Figura 9: Mapa do adensamento populacional da cidade de Campinas-
Fonte: Plano Direto de Campinas (2017)
27
 As cidades contemporâneas apresentam constantes transformações e refletem 
o contexto econômico e social no qual estão inseridas. Muitas vezes possuem diferentes 
graus de ocupação, conforme visto no mapa anterior, e um contraste em suas paisagens 
e arquitetura, devido às grandes desigualdades sociais que se mostram em um espaço 
urbano de grande fluidez de pessoas, transportes, mercadorias e informações. Verificare-
mos no próximo capítulo como se articula estas relações entre o espaço urbano e rural que 
passaram a assumir novos papéis nas últimas décadas.
 A agricultura, que surgiu há cerca de 10 mil anos, é uma das mais antigas atividades 
humanas e contribuiu para a formação das primeiras sociedades sedentárias no qual o ho-
mem começou a produzir seu próprio alimento. A história da agricultura é marcada pelo 
desenvolvimento de técnicas para superar os desafios do ambiente físico, como diferentes 
tipos de solos, climas, geologia por exemplo, e para abastecer a demanda crescente da po-
pulação que migrava gradativamente para os espaços urbanos.
 Nas últimas décadas, as atividades agrícolas praticadas no espaço rural tiveram in-
terferência de novas tecnologias, no qual ocorreu a presença de um maior número de 
máquinas agrícolas e menor quantidade de trabalhadores em determinadas atividades 
manuais. Embora esta modernização do campo tenha gerado maior produtividade, houve 
uma transferência de grande parcela da população do espaço rural para as cidades em 
diversos países, como o Brasil.
 A relação cidade-campo foi se alterando no decorrer do tempo histórico, sendo algu-
mas vezes de modo conflitante, como ocorreu no período medieval, e em outros momen-
tos foi mais pacífico, como na Idade Moderna por exemplo. Diversas cidades com maior 
desenvolvimento econômico e industrial se caracterizam hoje por serem o centro de to-
madas de decisão e acumulação de riquezas, no qual seus interesses penetram e interfe-
rem diretamente na configuração do espaço agrário (LEFEBVRE, 2011).
 O espaço rural e o espaço urbano possuem suas especificidades e são complemen-
tares, pois à medida que a cidade fornece maior tecnologia para o campo ocorre maior 
produção de alimentos para suprir a demanda de cidades de diferentes tamanhos. Porém, 
o projeto de expansão de uma cidade, delineado em um Plano Diretor, deve considerar as 
áreas de biodiversidade presentes no campo e que devem ser preservadas de modo que 
os recursos naturais não sejam contaminados pelo excesso de poluição gerado em diver-
sos pontos dos espaços urbanos.
 Essa nova configuração do espaço rural foi denominada de “novo rural”, no qual ocor-
reu o desenvolvimento e maior importância de novas atividades a partir da década de 1980. 
Também é usado o conceito de pluriatividade para denominar a diversificação das ativida-
des produtivas dentro da mesma área ou da mesma propriedade rural. Atividades de lazer 
e pequenos negócios foram transformados em novas oportunidades de renda para novos 
empreendedores residentes nas cidades e novas opções de trabalho para os habitantes de 
áreas rurais. Alguns exemplos dessas atividades no espaço rural foi a piscicultura, a criação 
de pequenos animais, a fruticultura de mesa e o plantio de flores, conforme exemplificado 
na Figura 10.
3.3 NOVAS RELAÇÕES ENTRE O ESPAÇO URBANO E RURAL
28
Figura 10: Plantação de crisântemos em estufa em São José do Vale do Rio Preto (RJ).
Fonte: Luciana Whitaker (2014)
 Com a diminuição das áreasverdes e dos espaços de lazer nas cidades, incremen-
tou-se atividades rurais não agrícolas para explorar o turismo rural e satisfazer os interesses 
da população urbana. Deste modo, surgiram atividades ligadas à moradia, à prestação de 
serviços, ao lazer, dentre outras que buscavam uma melhor integração dos habitantes das 
cidades com as paisagens naturais presentes no campo. Um exemplo disso são as cons-
truções rurais, seja de casas de luxo, como segunda moradia das populações de mais alta 
renda em chácaras e sítios de lazer, seja de casas populares para as populações de baixa 
renda, que buscam no meio rural uma forma mais tranquila e barata de obter moradia. 
 Diversas estruturas são construídas no espaço rural, como hotéis fazendas e parques 
voltados para as pessoas que buscam tranquilidade da vida agitada dos grandes centros 
urbanos, além de locais com atividades direcionadas para aqueles que buscam sair da 
rotina para vivenciar a prática de esportes radicais como tirolesa, arvorismo, rapel e ca-
minhadas em trilhas monitoradas. Podemos citar ainda o desenvolvimento de atividades 
agroindustriais derivadas do processamento de produtos agrícolas, como a fabricação de 
doces e geleias, açúcar mascavo, aguardente, etc. 
 Diante destas transformações espaciais, verifica-se que as cidades pequenas e mé-
dias se tornam a base de operações de agroindústrias, e as cidades grandes são fornecedo-
ras de implementos e tecnologia para a agricultura intensiva em um campo modernizado. 
Esta modernização é acompanhada por alguns desafios, como a crescente desigualdade 
social na cidade e no campo, os embates de diferentes classes sociais em conflitos ainda 
não superados e uma visível segregação socioespacial desencadeada por interesses diver-
sos pelo uso e ocupação do solo (ELIAS et al., 2016).
Esta nova configuração das relações entre cidade e campo contribuiu para a importância 
do agronegócio, que foi responsável por 23% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no ano 
de 2017, de acordo com o IBGE. O aumento da produtividade e participação no comércio 
mundial é acompanhado pela modernização da agropecuária e de todas as atividades de 
transformação e distribuição de alimentos e matérias-primas agrícolas para diversos países 
(FIORAVANTI, 2018).
FIQUE ATENTO
29
 O estatuto da cidade foi aprovado em 10 de julho de 2001, com o intuito de promover 
um desenvolvimento mais equilibrado das cidades e minimizar as desigualdades sociais 
e econômicas, por meio da implementação de uma gestão democrática promover me-
canismos para a regularização fundiária, enfrentar a especulação imobiliária e garantir a 
sustentabilidade ambiental e social das cidades.
 Nas últimas décadas do século XX, houve intenso êxodo rural no Brasil, com rápida 
ocupação e uso de áreas que muitas vezes não foram planejadas para determinadas fi-
nalidades. Para melhor regulamentar este crescimento pode-se citar a criação de instru-
mentos da política urbana, como por exemplo, o Plano Diretor, que é um documento que 
deve ser obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, no qual estabelece um 
diagnóstico dos empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental e 
estabelece um prognóstico para um desenvolvimento mais harmonioso dos diversos es-
paços de uma cidade, por meio da participação da sociedade civil nos processos decisórios.
 De acordo com a Lei 10.257 de 10 de julho de 2001, a política de desenvolvimento ur-
bano será referenciada pelo artigo 2º que possui as seguintes diretrizes:
3.4 A GESTÃO URBANA E O ESTATUTO DA CIDADE
I. garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido 
como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento 
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos 
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presen-
tes e futuras gerações;
 II. gestão democrática por meio da participação da po-
pulação e de associações representativas dos vários 
segmentos da comunidade na formulação, execução e 
acompanhamento de planos, programas e projetos de 
desenvolvimento urbano; 
III. cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os 
demais setores da sociedade no processo de urbaniza-
ção, em atendimento ao interesse social; 
IV. planejamento do desenvolvimento das cidades, da 
distribuição espacial da população e das atividades eco-
nômicas do Município e do território sob sua área de in-
fluência, de modo a evitar e corrigir as distorções do cres-
cimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio 
ambiente;
 V. oferta de equipamentos urbanos e comunitários, 
transporte e serviços públicos adequados aos interesses 
e necessidades da população e às características locais; 
VI. ordenação e controle do uso do solo; 
VII. integração e complementaridade entre as atividades 
urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento so-
cioeconômico do Município e do território sob sua área 
de influência; VIII. adoção de padrões de produção e con-
sumo de bens e serviços e de expansão urbana compatí-
veis com os limites da sustentabilidade ambiental, social 
30
e econômica do Município e do território sob sua área de 
influência; 
IX. justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes 
do processo de urbanização;
 X. adequação dos instrumentos de política econômica, 
tributária e financeira e dos gastos públicos aos objeti-
vos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os 
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição 
dos bens pelos diferentes segmentos sociais; 
XI. recuperação dos investimentos do Poder Público de 
que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; 
XII. proteção, preservação e recuperação do meio am-
biente natural e construído, do patrimônio cultural, his-
tórico, artístico, paisagístico e arqueológico; 
XIII. audiência do Poder Público municipal e da popu-
lação interessada nos processos de implantação de 
empreendimentos ou atividades com efeitos poten-
cialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou 
construído, o conforto ou a segurança da população; 
XIV. regularização fundiária e urbanização de áreas ocu-
padas por população de baixa renda mediante o esta-
belecimento de normas especiais de urbanização, uso e 
ocupação do solo e edificação, consideradas a situação 
socioeconômica da população e as normas ambientais; 
XV. simplificação da legislação de parcelamento, uso e 
ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a 
permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos 
lotes e unidades habitacionais; 
XVI. isonomia de condições para os agentes públicos e 
privados na promoção de empreendimentos e ativida-
des relativos ao processo de urbanização, atendido o in-
teresse social (BRASIL, 2001).
 Outro instrumento importante estabelecido foi o Estudo Prévio de Impacto Ambien-
tal (EIA) e Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV). Diante do interesse de grandes 
empresas se instalarem em algumas cidades, mas que deveriam considerar determinadas 
diretrizes para não ocorrer substanciais mudanças ambientais e não degradassem os re-
cursos naturais existentes e sua biodiversidade local.
 Infelizmente, diversas cidades grandes que atingiram rápida urbanização e indus-
trialização, acompanhado pelo aumento de diversos problemas ambientais e sociais, ne-
cessitam de políticas públicas específicas e que sejam contínuas, pois com as mudanças 
de gestão ocorre uma ruptura do planejamento estabelecimento, seja por questões eco-
nômicas ou ideológicas, dificultando uma gestão eficiente.
 A complexidade que envolve o planejamento e gestão urbana é que qualquer altera-
ção espacial em determinada parte da cidade pode afetar em novas mudanças de outros 
espaços físicos. O desenvolvimento estratégico de uma cidade envolve toda uma logística 
e serviços urbanos que hoje são conectados e podem ser influenciados positivamente ou 
31
não por decisões administrativas que consideram toda organização da infraestrutura ur-
bana.
 Um novo conceito de gestão sustentável das cidades tem sido implantado em algu-
mascidades da Europa e no Brasil, envolvendo a dimensão ambiental, social e econômi-
ca, denominado de Smart Cities. Este novo conceito abrange uma maior integração dos 
serviços urbanos articulados às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), no 
contexto da Revolução Técnico-científica (ALVES; DIAS; SEIXAS, 2019).
 Deste modo, poderia haver uma gestão mais eficiente dos espaços urbanos por 
meio de sistemas que proporcionem uma melhor qualidade de vida por meio da interação 
e conexão entre os diversos setores, como transportes, energia e segurança, por exemplo. 
Espera-se que haja mais investimentos para se colocar em práticas as metas estabelecidas 
nos planos diretores de cada cidade e em projetos para difusão destas cidades inteligen-
tes, com redução da desigualdade social.
Embora este projeto inovador de smart cities busque melhorar os indicadores de acesso às 
novas tecnologias, mobilidade e comunicação, não se pode esquecer outros setores carentes 
de infraestrutura que também merecem atenção, como o saneamento básico. Diversos muni-
cípios do Brasil precisam repensar sua gestão para que os investimentos em educação, saúde 
e habitação possibilitem reduzir a desigualdade social.
VAMOS PENSAR?
O Livro Direito e Ambiente: Políticas de Cidades Socioambientalmente Sus-
tentáveis, organizado por Adir Ubaldo Rech, Cleide Calgaro e Marcia Andrea 
Bühring, trata dos instrumentos jurídicos, políticas públicas e sociais nos espaços 
urbanos considerados socioambientalmente sustentáveis, e está disponível na 
biblioteca virtual Pearson. Link: https://bit.ly/3G3OKM8. Acesso em: 03 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
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32
1. Nesta unidade verificamos sobre a importância do estudo das dinâmicas de crescimento 
da cidade contemporânea. Sobre este tema marque o item correto:
a) As cidades contemporâneas são marcadas por uma revolução tecnológica que 
possibilitam maior independência dos espaços periféricos, sendo um processo que 
predomina nos países desenvolvidos.
b) A dinâmica de crescimento das cidades contemporâneas é centralizada em fluxos 
voltados para os núcleos centrais que concentram as grandes empresas financeiras e 
comerciais, sem articulação com os espaços periféricos.
c) O fenômeno de urbanização periférica conhecido como edge city, no qual ocorreu o 
crescimento das cidades nas margens das rodovias, se iniciou-se nos EUA e se difundiu em 
outras cidades da América Latina.
d) O fenômeno da periferização no Brasil foi marcado inicialmente pela rápida construção 
dos chamados enclaves fortificados, que são condomínios residenciais fechados com 
investimentos em segurança, excluindo as famílias de baixa renda dos espaços periféricos.
e) Os novos loteamentos fechados surgidos nas grandes cidades do Brasil consideraram 
em seus projetos de implantação a importância da preservação de Áreas de Proteção 
Permanente (APP), mostrando a importância de se praticar o desenvolvimento sustentável.
2. Considerando as reflexões em relação ao conteúdo discutidos sobre a cidade 
contemporânea e a rede urbana, analise os itens a seguir.
I. A formação de uma rede urbana em determinada região considera um conjunto de 
cidades interligadas umas às outras pelo sistema de transportes e os diversos fluxos que 
ocorrem entre elas.
II. As maiores redes urbanas do período contemporâneo estão localizadas em regiões mais 
industrializadas e urbanizadas do mundo, como regiões da América latina, África e Ásia.
III. A rede urbana atual possui uma hierarquia mais flexível no qual cidades se tornaram 
mais independentes e não se relacionavam mais apenas com a cidade mais próxima, 
mas são conectadas com diversas cidades no espaço globalizado.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
3. Em relação às relações entre cidade e campo, marque o item correto:
a) Nas últimas décadas, embora o espaço rural tenha se modernizado há uma independência 
em relação às atividades do espaço urbano que não se integram e continuam independentes.
b) O espaço rural adquiriu uma nova configuração nos últimos anos. Alguns exemplos 
FIXANDO O CONTEÚDO
33
dessas novas atividades são a piscicultura, o ecoturismo, a fruticultura de mesa e o plantio 
de flores.
c) Algumas atividades não contribuem para conectar os espaços rurais e urbanos e um 
destes exemplos é a pouca oferta e demanda para explorar o turismo rural por meio de 
empreendimentos como hotéis fazendas e aluguéis de chácaras.
d) O espaço rural e o espaço urbano possuem suas especificidades e são complementares, 
ou seja, o espaço urbano possui empresas que geram poluição, mas que não afetam o 
espaço rural, pois ambos são considerados sustentáveis.
e) A relação cidade-campo foi se alterando no decorrer do tempo histórico, embora na 
Idade Média e Moderna ocorreu pacificamente a integração entre estes espaços sem 
ocorrer conflitos de interesses. 
4. Marque o item correto sobre a gestão urbana e o estatuto da cidade:
a) O Plano Diretor é um documento que deve ser obrigatório para cidades com mais de 
vinte mil habitantes, no qual estabelece um diagnóstico dos empreendimentos com 
significativo impacto ambiental e estabelece metas para um melhor desenvolvimento 
econômico das cidades.
b) A política de desenvolvimento urbano não garante uma gestão democrática por meio 
da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da 
comunidade pois as decisões são centralizadas só com o poder municipal e estadual.
c) O estatuto da cidade não prevê a oferta de equipamentos urbanos e comunitários, 
transporte e serviços adequados aos interesses e necessidades da população, pois estes 
geralmente são providenciados pelo poder privado.
d) Em relação ao uso e ocupação do solo, existe poucas medidas com vistas a permitir 
a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais para a 
população.
e) O estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) é um antigo documento utilizado por 
empreendimentos do espaço rural para regularizar a poluição emitida, mas que não é mais 
utilizado hoje em dia. 
5. Considerando as reflexões em relação aos conteúdos discutidos sobre a cidade 
contemporânea, analise os itens a seguir:
I. Nesta unidade verificou-se os fatores que direcionaram o crescimento da cidade 
contemporânea considerando aspetos sociais, econômicos e ambientais.
II. Embora em diversas cidades do Brasil tenham ocorrido uma rápida urbanização e 
industrialização, é possível haver um bom desenvolvimento se investirem em políticas 
públicas e considerarem os instrumentos de gestão urbana para solucionar os problemas 
sociais e ambientais.
III. Nas últimas décadas, as áreas que mais cresceram das grandes cidades foram as 
áreas centrais ou próximas, pois são mais valorizadas, enquanto permanecem espaços 
obsoletos na periferia com pouco interesse de uso e ocupação. 
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
34
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
6. (UNCISAL – adaptado) Assinale a opção correta sobre o processo de urbanização:
a) No Brasil, a modernização do campo teve relação direta com a aceleração da urbanização, 
caracterizada por uma integração do espaço rural e urbano que se disseminou por várias 
regiões brasileiras.
b) Embora no mundo globalizado a tendência migratória campo-cidade seja pequena, o 
Brasil, em função da desorganização econômica e social e das ilusões de que a vida nas 
cidades apresenta mais perspectivas, mantém taxas elevadas de fluxo migratório.
c) Um ritmo de crescimento das metrópoles tão elevado, como o do Brasil, corresponde a 
índices equivalentes de crescimento industrial. Assim, a maior parte da população que se 
dirige às cidades é empregada no setor secundário.
d) Embora o ritmo de urbanização e metropolização no Brasil tenham sido muito elevados, 
o fenômeno ficou restrito às regiões Sul e Sudeste, pois foi justamente nessas regiões que 
ocorreu o maior crescimento industrial.
e) A urbanização brasileira indica definitivamentea passagem de nosso país para o estágio 
de país desenvolvido e moderno. Sabe-se que todos os países considerados desenvolvidos 
são aqueles que apresentam elevados índices de urbanização.
7. (UFPA – adaptado) Em relação aos diversos conflitos e consequências decorrentes do 
processo de urbanização, marque o item correto:
 
a) Entre essas repercussões, as contradições urbanas fizeram surgir, sobretudo nos 
grandes aglomerados, uma cidade formal e outra informal que pouco se diferenciam na 
organização espacial, porém a precariedade do saneamento básico é um dos itens que as 
tornam diferentes.
b) O aumento da procura por espaços para habitação em áreas de proteção ambiental pelas 
populações pobres em cidades de países periféricos e emergentes, gera a disseminação 
de ocupações irregulares, com a intensa degradação desse meio ambiente.
c) O mercado imobiliário do Brasil, ao transformar a ocupação domiciliar em um produto, 
uma mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas como as menos 
favorecidas, através do acesso às áreas de melhor localização que, geralmente, são dotadas 
de serviços de esgoto e água potável.
d) Um ambiente urbano ecologicamente equilibrado ocorre em alguns locais do Brasil 
onde tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vivenciam 
acesso à moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos naturais e a redução da 
poluição a níveis considerados aceitáveis.
e) Uma desigualdade espacial ocorre em diversas cidades do Brasil lentamente, 
denunciando que as populações pobres têm sido submetidas a processos de segregação 
voluntária, uma vez que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres, tendo como 
consequência a proliferação de doenças endêmicas.
8. (UFRGS – adaptado) A evolução da população nas cidades contemporâneas do Brasil, 
35
nas últimas décadas, pode ser explicada pelos seguintes fatores:
a) Migração campo-cidade e a reforma agrária. 
b) Mecanização da agricultura e a reforma agrária. 
c) A mecanização da agricultura e a migração campo-cidade. 
d) Migração campo-cidade e a crise do petróleo. 
e) Criação do estatuto da cidade e a crise do petróleo. 
36
A QUESTÃO URBANA OBSERVANDO 
AS RELAÇÕES INTER E INTRAURBANA, 
E OS DESDOBRAMENTOS DESTAS 
RELAÇÕES NA PRODUÇÃO E 
REPRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO 
UNIDADE
04
37
 Verificamos na unidade anterior as dinâmicas e características de crescimento das 
cidades contemporâneas. Agora analisaremos a questão urbana considerando as relações 
inter e intraurbana, ou seja, as implicações externas e internas que contribuíram para o 
processo de formação do espaço urbano.
 As últimas décadas do século XX foram marcadas por intenso êxodo rural e esta mi-
gração crescente para as cidades ocorreu devido a diversos fatores, como a mecanização 
da agricultura, concentração fundiária, falta de política agrária e incentivo aos produtores 
rurais e uma busca por melhores condições de vida nos centros urbanos que ofereciam 
oportunidades de emprego em diversos setores.
 Neste contexto, ocorreu uma rápida urbanização de diversas metrópoles no Brasil 
que concentravam diversas empresas comerciais, industriais e bancárias, no qual agre-
gavam diversos serviços para polarizar as cidades ao seu redor e assim formar as regiões 
metropolitanas. Deste modo, ocorreu um processo de verticalização e adensamento das 
áreas urbanizadas devido a demanda por habitações e de novos loteamentos que foram 
se formando principalmente em áreas periféricas. Em algumas regiões, esta expansão fí-
sica das áreas urbanas interligou cidades vizinhas e este processo ficou conhecido como 
conurbação.
 Este processo de expansão urbana que ocorreu nas cidades grandes e médias con-
tribuiu para desencadear fatores positivos como maior infraestrutura de transportes para 
o intenso fluxo de pessoas entre áreas centrais e periféricas e investimentos em telecomu-
nicações como instalação de redes telefônicas e de Internet em diversas áreas distantes da 
cidade. Porém, esta urbanização em áreas periféricas nem sempre teve um planejamento 
e investimento necessários para instalação de um sistema de água, esgoto, drenagem ur-
bana e coleta de lixo, sendo regiões carentes de saneamento básico e sem preservação dos 
recursos naturais.
 Embora algumas áreas periféricas existam condomínios fechados de alto padrão, o 
que ocorre na maioria das vezes é um predomínio de uma população de baixa renda em 
loteamentos irregulares, carentes de serviços básicos de infraestrutura e políticas públi-
cas, sendo expostos a riscos ambientais, como alagamentos e deslizamentos de terra por 
exemplo, no qual vai ocorrendo um acúmulo de diversos problemas que contribuem para 
situações de vulnerabilidade socioambiental (ALVES et al., 2009).
 Para se entender melhor este processo de expansão urbana, que muitas vezes ocor-
re de modo desordenado e sem a devida fiscalização, se busca o auxílio de novas tecnolo-
gias como o sensoriamento remoto e o geoprocessamento que contribuem para mapear 
e mostrar os detalhes de crescimento das cidades. Deste modo, órgãos públicos e privados 
podem coletar informações de locais com maior degradação do meio ambiente, princi-
palmente em áreas periurbanas, ou seja, zonas de transição entre o espaço urbano e rural 
onde ocorre um aumento populacional com o uso diversificado do solo devido este cresci-
mento das cidades (PARKINSON; TAYLER, 2003).
 Um dos maiores problemas destes locais de vulnerabilidade socioambiental em áre-
as periurbanas nos países em desenvolvimento ou emergentes é a necessidade de con-
sumo de água não tratada e a falta de saneamento básico. Em alguns casos, existem mo-
radias com esgoto a céu aberto e águas residuais misturadas com efluentes industriais 
4.1 O PROCESSO DE EXPANSÃO E ESPECULAÇÃO URBANA, E 
AS SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
38
despejadas em terrenos próximos que contribuem para a proliferação de doenças, confor-
me ilustrado na Figura 11.
Figura 11: Área periurbana de vulnerabilidade socioambiental na Índia
Fonte: Parkinson;Tayler (2003)
 Deste modo, verifica-se que através do processo de expansão urbana, enquanto al-
gumas áreas periféricas se concentra a população de baixa renda, com aumento da vulne-
rabilidade socioambiental, em outras regiões o solo constitui-se uma mercadoria valoriza-
da, excluindo determinadas famílias no processo de aquisição destes lotes, contribuindo 
para a segregação social e especulação no mercado imobiliário. 
 Esta especulação é explicada por ocorrer uma superposição de um sítio social ao 
sítio natural, pois determinados bairros são considerados com uma localização mais privi-
legiada e com investimentos do setor privado em infraestrutura, no qual há uma seletivi-
dade de renda para se ter acesso, enquanto áreas com falta de políticas públicas residem 
famílias com menor poder aquisitivos. Assim, há um contraste de construções de acordo 
com o interesse do mercado imobiliário e do uso e ocupação do solo, conforme exemplifi-
cado na Figura 12 (SANTOS, 2008).
Figura 12: Especulação imobiliária e ocupação territorial em Palmas - TO
Fonte: Amaral (2009)
 As cidades que estão constantemente em processo de expansão urbana e em trans-
formação de acordo com interesses econômicos são marcadas por desigualdades socioe-
conômicas e contrastes nas suas paisagens de acordo com sua localização. Cabe ao poder 
público rever os planos diretores de cada cidade e verificar as áreas de maior vulnerabi-
lidade social para direcionar políticas públicas e contribuir para minimizar os problemas 
urbanos existentes.
39
4.2 A QUESTÃO DA PERIFERIZAÇÃO E AS NOVAS FUNCIONALIDADES 
DO ESPAÇO URBANO
 Como verificado anteriormente, a expansão dos espaços periféricos das cidades con-
tribui para uma diferenciação destes espaços de acordo com sua valorização, no qual exis-
tem loteamentos com a presença de condomínios fechados com maior segurança e con-
forto, e bairros com menor infraestrutura e habitações irregulares que contribuempara a 
formação de favelas.
 No contexto da globalização técnico-científica, algumas áreas se modernizam rapi-
damente e com uma dinâmica de atrair determinadas classes sociais de acordo com as no-
vas funcionalidades que são atribuídas. Deste modo, surgem regiões periféricas considera-
das tecnopolos, outros espaços adquirem funcionalidade turística, alguns são destinados 
a serem centros comerciais com a instalação de shopping centers e outros têm um lento 
processo de ocupação devido a sua valorização e especulação imobiliária. 
 Muitas vezes, as empresas estabelecem estratégias para sua instalação em uma ci-
dade e se organizam em polos tecnológicos ou tecnopolos, próximos a universidades e 
centros de pesquisa que possuem mão de obra qualificada para o desenvolvimento em 
áreas de alta tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento e o melhoramento de pro-
dutos. Temos como exemplo os polos tecnológicos de Campinas, estado de São Paulo, 
localizados em bairros periféricos, próximos à Universidade Estadual de Campinas (Uni-
camp), e com fácil acesso por diversas rodovias do estado.
 Em algumas cidades, as áreas periféricas são destinadas com finalidades turísticas 
atraindo pessoas que buscam uma fuga de seu trabalho e em busca de lazer e entrete-
nimento. Um exemplo é a cidade de Aquiraz, no litoral cearense, no qual ocorreu a apro-
priação de uma bela paisagem natural para se tornar um espaço turístico de lazer, com a 
instalação de hotéis, resorts e parques aquáticos. Embora haja maior valorização e infraes-
trutura urbana é preciso considerar a formação de espaços de exclusão social e sem a de-
vida preocupação com a preservação ambiental (CORIOLANO; BARBOSA; SAMPAIO, 2010).
 A relação entre segregação residencial e a periferização ocorre em diversas cidades 
do Brasil e do mundo. São marcadas por habitações carentes de infraestrutura, no qual 
reside uma parte da população que não tem condições financeiras de morar em áreas 
centrais, e em alguns locais predomina condomínios de alto padrão para uma parcela da 
população que busca mais segurança e tranquilidade. As novas funcionalidades presen-
tes nestes espaços contribuem para acumulação de capital e oportunidades de emprego, 
mas reforçam estas desigualdades físicas e sociais.
O Livro A cidade contemporânea – segregação espacial, organizado por Pedro 
de Almeida Vasconcelos, Roberto Lobato Corrêa e Silva Maria Pintaudi, contribui 
para o aprofundamento desta temática, com uma caracterização da produção 
do espaço urbano por meio do processo de segregação socioespacial no atual 
sistema capitalista, e está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://
bit.ly/3lXqWln. Acesso em: 10 mar. 2021.
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40
1. Nesta unidade verificamos o processo de expansão e especulação urbana. Sobre este 
tema, marque o item correto:
a) Embora nas últimas décadas do século XX tenha ocorrido grande êxodo rural, isto não 
foi suficiente para a expansão de diversas cidades no Brasil que ainda continuam com 
crescimento estagnado. 
b) O século XXI foi marcado por uma política agrária eficiente e incentivo aos produtores 
rurais que tem melhorado suas condições de vida no campo.
c) A rápida urbanização de diversas metrópoles no Brasil foi caracterizada por atrair maior 
população devido à concentração de diversas empresas comerciais, industriais e bancárias 
no qual agregam diversos serviços.
d) A valorização de alguns loteamentos contribuiu para atrair uma população de maior 
poder aquisitivo para as áreas centrais e expandir horizontalmente as cidades.
e) A expansão física das áreas urbanas interligou cidades vizinhas e este processo ficou 
conhecido como conurbação, pois conectou espacialmente as cidades médias e pequenas.
2. Considerando as reflexões em relação ao conteúdo discutido nesta unidade sobre as 
situações de vulnerabilidade socioambiental, analise os itens a seguir.
I. A demanda por habitações e de novos loteamentos que foram se formando, 
principalmente em áreas periféricas sem infraestrutura básica, contribuiu para a 
vulnerabilidade socioambiental.
II. Um doa maiores problemas dos locais de vulnerabilidade socioambiental é a falta 
de saneamento básico nas áreas centrais das cidades que pode disseminar diversas 
doenças.
III. Existem diversas construções precárias localizadas em áreas periféricas pouco valorizadas 
que necessitam de políticas públicas para minimizar a vulnerabilidade socioambiental 
existente.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
3. Nesta unidade discutimos sobre o processo de periferização e as novas funcionalidades 
do espaço urbano. Sobre este tema, marque o item correto:
a) A expansão dos espaços periféricos das cidades contribui para uma homogeneização 
destes espaços que costumam ter investimentos do setor privado e público.
b) Uma das novas funcionalidades do espaço urbano é agregar determinadas empresas 
que se instalam estrategicamente em uma cidade e se organizam em polos tecnológicos 
ou tecnopolos, próximos a universidades e centros de pesquisa que possuem mão de obra 
FIXANDO O CONTEÚDO
41
qualificada.
c) Em algumas cidades, as áreas periféricas são destinadas a finalidades turísticas, 
atraindo pessoas que buscam lazer e entretenimento. Este fato contribui para minimizar a 
segregação social e evitar possíveis impactos ambientais.
d) As novas funcionalidades presentes nos espaços urbanos contribuem para agravar o 
desemprego e reduzir os espaços residenciais em áreas periféricas da população com 
maior poder aquisitivo.
e) A instalação de shopping centers em áreas centrais contribui para a valorização destas 
áreas e inclusão da população carente com a geração de empregos.
4. Considerando a discussão em relação aos conceitos discutidos nesta unidade, analise os 
itens a seguir.
I. A metropolização é um fenômeno que ocorre com a expansão das áreas rurais de 
diversas metrópoles e grande adensamento em áreas centrais.
II. As zonas de transição entre o espaço urbano e rural, onde ocorre um aumento 
populacional, são denominadas de áreas periurbanas.
III. A diminuição dos espaços verdes e a expansão física das áreas urbanas que interliga 
cidades vizinhas ficou conhecido como periferização.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
5. (UFPA – adaptado) No estudo das interações da sociedade com o meio físico devem-
se considerar fatores sociais, econômicos, tecnológicos e culturais que influenciam na 
expansão do espaço urbano. Deste modo, pode-se concluir que:
a) As formas de organização e expansão do espaço urbano consideram a dinâmica natural 
das áreas de várzeas e de terra firme.
b) Os aspectos da poluição das águas e descarte irregular dos resíduos sólidos em áreas 
periféricas são de responsabilidade da população local.
c) O modo de vida ribeirinho apresenta resistência diante da pressão da expansão e 
modernização urbana.
d) A favela é um bom indicador da falta de políticas públicas em habitações no qual reside a 
maioria da população que emigrou do campo e que tem dificuldades para obter moradias 
de boa qualidade.
e) O contraste das diferentes habitações revela as desiguais condições de vida da população 
que reside em bairros periféricos de uma cidade.
6. (URCA - adaptado) Leia com atenção o trecho da letra da música de Luiz Gonzaga e 
responda à questão logo a seguir.
42
Pau de Arara
Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau de arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matola
A letra da música pode ser relacionada a qual fenômeno social?
a) Periferização.
b) Conurbação.
c) Êxodo Rural.
d) Metropolização
e) Favelização.
7. Leia o trecho abaixo e a seguir assinale a questão correta:“O Brasil experimentou, na segunda metade do século XX, uma das mais rápidas transições urbanas 
da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país urbano e 
metropolitano, no qual grande parte da população passou a morar em cidades grandes. Hoje, quase 
dois quintos da população total residem em uma cidade de pelo menos um milhão de habitantes. 
Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória, 
dificuldades e lições aprendidas”, em Rosana Baeninger (org.), População e cidades: 
subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. 
Campinas: Nepo / Brasília: UNFPA, 2010, p. 11.
a) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na Amazônia, no Centro-Oeste, no 
Paraná) foi o principal fator gerador de deslocamentos de população no Brasil.
b) Uma das características mais marcantes da urbanização do Brasil no período 1930-1980 
foi a distribuição da população urbana em cidades de diferentes tamanhos, em especial 
nas cidades pequenas.
c) Os últimos censos têm mostrado que as grandes cidades (mais de 500 mil habitantes) 
têm tido crescimento relativo mais acelerado e mais investimentos em políticas públicas 
em comparação com as médias e as pequenas.
d) Com a crise de 1929, o Brasil voltou-se para o desenvolvimento do mercado interno através 
de uma industrialização que gerou mais oportunidades de trabalho em áreas urbanas, o 
que demandou mão de obra urbana numerosa e aceleração do êxodo rural.
e) A partir da segunda metade do século XX surgiram diversas cidades planejadas no 
Brasil e que possuem uma boa gestão de seus problemas sociais e ambientais, sendo hoje 
43
referência urbana na América Latina.
8. (UFPA - adaptado) Sobre o avanço da urbanização e a forma de apropriação do espaço 
urbano por diferentes classes sociais é correto afirmar que: 
a) O aumento da procura por espaços para habitação, em áreas de proteção ambiental, 
pelas populações pobres em cidades de países em desenvolvimento, gera a disseminação 
de ocupações irregulares com a intensa degradação desse meio ambiente. 
b) As contradições urbanas fizeram surgir, sobretudo nos grandes aglomerados, ocupações 
regulares e irregulares que pouco se diferenciam esteticamente na organização espacial. 
Porém, a precariedade do saneamento básico é um dos itens que as tornam diferentes. 
c) O mercado imobiliário atual, ao transformar a ocupação domiciliar em um produto, uma 
mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas como as menos 
favorecidas nos grandes centros urbanos.
d) O século XXI tem sido marcado pelo surgimento de cidades sustentáveis no Brasil, 
no qual tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vivenciam 
acesso à moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos naturais e a redução da 
poluição a níveis considerados aceitáveis. 
e) As desigualdades espaciais que ocorrem nas cidades médias denunciam que as 
populações pobres têm sido submetidas a processos de segregação voluntária, uma vez 
que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres.
44
O DIREITO À CIDADE UNIDADE
05
45
 Na unidade anterior verificamos a rápida expansão urbana, as transformações de-
correntes deste fato e os principais desafios que as cidades têm enfrentado. Verificare-
mos nesta unidade reflexões sobre o direito à cidade e de que modo a infraestrutura e os 
serviços oferecidos por uma cidade podem influenciar em diferentes modos de vida e na 
cultura urbana.
 No contexto da globalização técnico-científica ocorreu vasta integração econômica 
e cultural em diversas partes do mundo, com a difusão de diversas empresas multinacio-
nais de diversos ramos, presentes em diversas cidades nos países em desenvolvimento 
como Brasil, Índia e México por exemplo. Porém, nem todas as pessoas que residem em 
regiões menos desenvolvidas, como na África e na América Central, têm seus estilos de 
vida beneficiados por uma integração maior entre diferentes culturas presentes no mun-
do global.
 Os diferentes modos de vida são delineados por trajetórias e interações que um in-
divíduo possui durante a juventude até a vida adulta, contribuindo para a formação de sua 
identidade e influenciando nas suas escolhas para seguir um determinado estilo de vida. 
Por exemplo, um indivíduo que tem mais conexões com pessoas que tem hábitos de fre-
quentar shopping centers ou tem hábitos noturnos de lazer tenderá a frequentar lugares 
semelhantes de acordo com o contexto social ao seu redor.
 Por outro lado, verifica-se que jovens e adultos residentes em bairros de periferias 
mais pobres e violentos das cidades têm maior dificuldade de participar e se incluir nas ati-
vidades culturais oferecidos nos espaços urbanos centrais. Este fato reforça a desigualdade 
existente entre os diversos espaços e serviços culturais oferecidos e a segregação entre 
diferentes grupos sociais que são influenciados pelo território ao seu redor que contribui 
para formação de sua identidade (CARRANO, 2011). 
 As cidades tornam-se espaços cada vez mais mercantilizados no qual os meios de 
comunicação influenciam nos hábitos culturais de determinados grupos sociais, em que 
há uma tendência de gastarem mais tempo no trabalho do que com o lazer nos gran-
des centros urbanos. A mídia influencia diferentes modos de vida em cada indivíduo, que 
pode ficar alienado e perder um antigo estilo de vida em espaços de produção capitalista 
que contribuem para uma homogeneização do consumo e cultura.
 Observa-se nos grandes centros urbanos o processo de ocidentalização, ou seja, a 
grande tendência de padronização de hábitos culturais que se intensificou em decorrên-
cia do avanço das tecnologias de informação. Temos como exemplo a influência da litera-
tura, do teatro e do cinema da Europa e dos Estados Unidos principalmente. No entanto, 
existem movimentos antiglobalização para reforçar a importância da permanência das 
culturas locais e conseguir se opor à imposição e dependência da cultura ocidental.
 Em contrapartida, conforme verificado anteriormente, hoje existe uma hierarquia 
urbana mais flexível, e as cidade médias e pequenas se tornaram mais independentes. 
Diante deste fato, se constata a permanência de alguns valores culturais e uma identidade 
regional nestas cidades de menor porte e distantes dos centros econômicos globais (DA-
MIANI, 2006). 
 Deste modo, analisar a configuração espacial e econômica de uma cidade é um 
importante aspecto para se refletir sobre as influências externas, que podem moldar as 
decisões sobre os diferentes estilos de vida e que podem ser transformados bruscamente 
ou resistir as rápidas mudanças impostas pela globalização.
5.1 OS DIFERENTES MODOS DE VIDA E A CULTURA NAS CIDADES
46
A globalização é um fenômeno que pode ser revertido no mundo atual e diminuir esta impo-
sição de uma cultura homogeneizada nas grandes metrópoles? As cidades cujas economias 
estão pouco integradas à economia global conseguem ter mais facilidade na permanência 
de uma cultura local e isto ser favorável para seu turismo também?
VAMOS PENSAR?
 Nas últimas décadas do século XX verifica-se que as pessoas residentes nas áreas 
urbanas têm se envolvido em movimentos sociais para reivindicar ao Estado o investimen-
to e implantação de serviços públicos essenciais para uma vida digna nas cidades, como 
saneamento básico e espaços de lazer por exemplo. Desta forma, cria-se espaços de resis-
tência para que a cidade busque incluir e não excluir diversos grupos sociais que também 
lutam pelo direito de vida digna na cidade (CORRÊA, 2004).
 As favelas são um exemplo de espaço urbano no qual as pessoas residentes possuem 
representantes que lutam constantemente por seus direitos e agregam serviços essen-
ciais ao longo dos anos. Um exemplo de melhoria são as favelas localizadas em algumas 
cidades da Colômbia que eram espaços marginalizados e dominados por algumas facções 
e traficantes de drogas e após um período de transformações e luta pormelhorias hoje se 
tornaram referência de espaços revitalizados e sustentáveis graças a ação conjunta dos 
moradores e do Estado.
 A taxa de urbanização do Brasil é superior a 80% e com o rápido populacional nas 
grandes e médias cidades verifica-se um aumento da desigualdade entre aqueles que 
possuem maior capacidade de compra por terras e agregam valor ao espaço privado e 
aqueles que lutam para se integrar nestes espaços e estão em permanente conflito na 
busca de seus direitos que nem sempre o Estado fornece.
 Devido a interesses econômicos de grandes empresários o espaço urbano se torna 
refém de uma constante especulação e valorização do solo que exclui os grupos sociais 
com menor poder aquisitivo. Neste sentido, se torna importante a participação democrá-
tica de todos os indivíduos nos processos decisórios que envolvem questões ligadas ao 
espaço urbano ou cobrar de seus representantes de modo que seus direitos estejam asse-
gurados e a prática da cidadania esteja presente.
 O espaço urbano se transforma constantemente e todos os grupos sociais devem 
compreender que são agentes deste processo para a construção de sua identidade de 
modo que os cidadãos tenham acesso a uma qualidade de vida digna nas cidades no qual 
5.2.1 O direito a cidade na perspectiva da Agenda 2030 e os 17 ODS
 Na última década do século XX, diversas discussões globais e documentos foram 
produzidos em busca de um mundo e cidades mais sustentáveis. O século XXI não trouxe 
os resultados estabelecidos para tais propostas e, diante dos novos desafios socioambien-
tais, em 25 de setembro de 2015 foi aprovada na sede da ONU, em Nova York, a Agenda 
2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A Agenda é um plano de ação para as pessoas, 
o planeta e a prosperidade, e consiste em uma Declaração contendo 17 Objetivos de De-
senvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para se alcançar estes objetivos, conforme 
5.2 O ESPAÇO URBANO E A CIDADANIA
47
detalhado a seguir (ALMEIDA, 2019).
ODS 1 – Erradicação da pobreza. Este ODS objetiva aca-
bar com a pobreza em todas as suas formas e em todos 
os lugares.
ODS 2 – Erradicação da fome. O ODS 2 visa acabar com 
a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da 
nutrição, e promover a agricultura sustentável.
ODS 3 – Saúde de qualidade. O ODS 3 discute o desafio 
da saúde urbana em relação a substâncias químicas tó-
xicas e a redução dos riscos para a saúde decorrentes da 
poluição.
ODS 4 – Educação de qualidade. Este ODS visa assegu-
rar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e 
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da 
vida para todos.
ODS 5 – Igualdade de gênero. O ODS 5 visa alcançar a 
igualdade de gênero por meio do empoderamento das 
mulheres e meninas.
ODS 6 – Água potável e saneamento. Este ODS visa as-
segurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e 
saneamento para todos.
ODS 7 – Energia limpa e acessível. O ODS 7 busca asse-
gurar o acesso universal aos serviços de energia, além de 
aumentar a participação de energias renováveis. 
ODS 8 – Trabalho crescente e crescimento econômico. 
Esta ODS visa promover condições de trabalho justas e 
sustentáveis para todos gerando um crescimento eco-
nômico.
ODS 9 – Inovação e infraestrutura. Em geral, o ODS 9 visa 
construir infraestruturas resilientes nas cidades, promo-
ver a industrialização inclusiva e sustentável e estimular 
inovação. 
ODS 10 - Redução das desigualdades. O ODS 10 discu-
te sobre a redução da desigualdade social e econômica 
abordando diferentes perspectivas dentro dos países e 
entre eles.
ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis. O ODS 11 
visa tornar as cidades sustentáveis e os assentamentos 
humanos inclusivos, seguros e resilientes.
ODS 12 – Consumo responsável. O ODS 12 busca garantir 
padrões de consumo e de produção sustentáveis. 
ODS 13 – Combate às mudanças climáticas. Este ODS 
busca adotar medidas urgentes para combater as alte-
rações climáticas e os seus impactos.
ODS 14 – Vida debaixo da água. Conservar e usar de for-
ma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos. 
48
ODS 15 - Vida sobre a terra. O ODS 15 promover o uso 
sustentável dos ecossistemas terrestres, combater a de-
gradação dos solos e a perda da biodiversidade. 
ODS 16 – Paz, Justiça e instituições eficazes. Este ODS 
busca promover sociedades pacíficas, reduzir a violên-
cia, proporcionar o acesso a justiça para todos e construir 
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas.
ODS 17 - Parcerias e meios de implementação. O ODS 
17 buscar reforçar os meios de implementação e revitali-
zar a parceria global para o desenvolvimento sustentável 
(UNRIC, 2021).
 Alguns destes objetivos se referem diretamente aos habitantes das cidades para al-
cançarem uma melhor qualidade de vida e outros tratam indiretamente. Um dos exem-
plos de problemas do espaço urbano a serem sanados se encontra no ODS 6 e no ODS 11. 
Muitas cidades ainda possuem deficiência de saneamento básico, conforme mencionado 
no objetivo número 6, e a necessidade de implementação de moradias para a população 
de baixa renda, conforme mencionado no objetivo número 11. Através de projetos e pro-
gramas delineados gradativamente pela Agenda 2030, estes problemas podem ser sana-
dos se a população assumir a responsabilidade e compreender seus direitos e deveres por 
uma cidade sustentável.
 A Agenda 2030 se configura em um importante documento que busca soluções 
para os grandes problemas que afetam as diversas cidades. Mas para isso ocorrer depende 
muito da conscientização da sociedade civil e dos agentes governamentais para se colocar 
em prática os planos de ação estabelecidos.
 Os diversos projetos para consolidar a Agenda 2030 devem contribuir com ações 
para que as cidades possam ter uma gestão participativa e sustentável, no qual a popula-
ção se sinta integrada neste processo e transforme continuamente o espaço urbano onde 
reside por meio de iniciativas e mudanças positivas e seguindo os princípios da geoética. 
Os princípios da geoética estão relacionados com a garantia dos recursos minerais e naturais 
às gerações atuais e futuras, princípio básico do desenvolvimento sustentável, no qual tem 
como pilares o equilíbrio ambiental, social e econômico, por meio de uma sociedade mais 
consciente e ativa em suas ações (ALMEIDA, 2019).
VAMOS PENSAR?
O Livro Cidades educadoras – um olhar acerca da cidade que educa, organi-
zado por Alceli Ribeiro Alves e Elena Justen Brandenburg, possibilita um maior 
entendimento sobre a questão da cidadania e o espaço urbano contemporâneo, 
caracterizado pela desigualdade social e diversos conflitos, e está disponível na 
Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://bit.ly/3lTLZ88. Acesso em: 17 mar. 2021.
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https://bit.ly/3lTLZ88
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1. Nesta unidade verificamos os diferentes modos de vida e a cultura nas cidades. Diante 
disso, qual alternativa poderia contribuir para instigar o envolvimento dos alunos com esta 
temática:
a) Procurar desenvolver atividades de campo que valorizem os aspectos culturais e suas 
especificidades em cada bairro a ser visitado e sem se preocupar com o contexto histórico 
e social de algumas comunidades.
b) Buscar desenvolver atividades em grupo no qual os alunos devem pesquisar e comparar 
determinados valores culturais de algumas cidades e refletir sobre a influência da 
infraestrutura e os serviços oferecidos por estes centros urbanos.
c) Realizar atividades de memorização e leituras sobre aspectos históricos e culturais das 
cidades grandes que influenciam as cidades pequenas.
d) Proporcionar palestras com pessoas estrangeiras que vivenciaram a realidade brasileira 
e têm um conhecimento melhor do país para uma troca de experiências.
e) Buscar se apoiar na nova BNCC e nos livros didáticos para aquisição e transmissão dos 
conteúdos geográficos dentro da sala de aula, desconsiderando atividades de campo, pois 
as cidades são muito violentas e deve-se evitar atividades extracurriculares.
2. Leia frase abaixo e a seguir marquea alternativa que melhor preenche as lacunas:
O processo denominado como ____________ contribuiu para uma integração econômica e cultural 
em diversas partes do mundo, porém nem todas as pessoas e comunidades, com diferentes estilos 
de vida, foram beneficiados por esta integração, contribuindo para aumentar a ______________.
a) Capitalismo comercial – burguesia.
b) Globalização – lucratividade.
c) Capitalismo financeiro – desigualdade social.
d) Metropolização – cidadania. 
e) Globalização – desigualdade social.
3. Considerando a discussão em relação aos conceitos discutidos nesta unidade analise os 
itens a seguir.
I. Os meios de comunicação em massa influenciam diferentes estilos de vida de cada 
indivíduo que pode ficar alienado e perder um antigo estilo de vida em espaços de 
produção capitalista que contribuem para uma homogeneização do consumo e cultura.
II. As cidades são caracterizadas por espaços de resistência no qual há movimentos sociais 
que buscam incluir e não excluir diversos grupos que se sentem marginalizados pela 
globalização.
III. A tendência de padronização de hábitos culturais que se intensificou em decorrência 
do avanço das tecnologias de informação ocorre devido o processo de ocidentalização 
e influência da cultura dos países desenvolvidos.
É correto o que se afirma somente em:
FIXANDO O CONTEÚDO
50
a) Somente I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) Todas as alternativas estão corretas.
4. Nesta unidade discutimos sobre o espaço urbano e a cidadania. Sobre este tema, marque 
o item correto:
a) A maioria das cidades do Brasil possui investimento e implantação de serviços públicos 
essenciais para uma vida digna nas cidades e por isso não existe movimento antiglobalização. 
b) Os enclaves fortificados onde existem condomínios fechados são um exemplo de espaço 
urbano no qual as pessoas residentes lutam constantemente por seus direitos e buscam 
melhor valorização destas que precisam de mais segurança e infraestrutura.
c) Devido a interesses financeiros de alguns grupos, o espaço urbano se torna refém de 
uma constante especulação e valorização, sendo importante a participação de todos para 
garantir seu direito à cidade e os serviços que ela oferece para uma vida digna. 
d) As cidades se transformam constantemente e contribuem para a inclusão de todos os 
grupos sociais que são agentes deste processo para a construção de sua identidade.
e) O século XXI é caracterizado por uma redução da desigual social no Brasil, mas, mesmo 
assim, há um aumento de pessoas que lutam para garantir seus direitos básicos para uma 
melhor qualidade de vida.
5. Considerando a explanação em relação aos conceitos discutidos sobre o direito a cidade 
na perspectiva da Agenda 2030 e os 17 ODS, analise os itens a seguir.
I. O ODS 4 visa assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento 
para todos, por isso é importante ser alcançado.
II. A conferência conhecida como ECO-92 foi importante para concretizar a Agenda 2030 
para o Desenvolvimento Sustentável, que consiste em uma Declaração contendo 17 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para se alcançar estes 
objetivos.
III. O ODS 11 visa tornar as cidades sustentáveis e os assentamentos humanos inclusivos, 
seguros e resilientes.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
6. (Enem - adaptado) “[…] Pensar mobilidade urbana vai muito além de restringir a 
circulação de automóveis, ampliar o número de ciclovias ou de linhas de metrô, de priorizar 
o transporte coletivo em detrimento do particular.
51
I. Significa também encontrar alternativas de inserção segura e confortável de todas 
as pessoas na dinâmica da cidade, oferecendo múltiplas possibilidades para que elas 
possam ocupar o espaço público e por ele circular, transformando esse processo numa 
experiência rica de interação e integração social.
II. Esse talvez seja o sentido mais profundo que o conceito de mobilidade urbana deva 
ganhar, enriquecendo o próprio significado que se possa atribuir à ideia de urbanidade 
e cidadania” (SOUZA, 2014).
III. As políticas de promoção da mobilidade urbana contribuem para a redução da 
desigualdade social e a prática da cidadania. 
Marque o item que corresponde a um efeito sobre o modo de vivência no espaço urbano 
ocasionado por estas políticas:
a) A maior distribuição e descentralização dos serviços e atividades para as periferias.
b) A diminuição dos direitos das pessoas em espaços públicos.
c) A concentração de pessoas e moradias nas áreas centrais da cidade.
d) A distribuição de veículos automotores para todos os estratos sociais.
e) A redução dos problemas sociais, econômicos e ambientais nas áreas centrais e periféricas.
7. Em uma determinada escola, um grupo de alunos realizou um trabalho sobre a Agenda 
2030 que tinha como tema o texto abaixo:
Colaborar para que todos tenham direito a cidade, contribuindo para instalação de novos 
espaços educativos para a prática da cidadania, inclusivos e eficazes para todos. 
O Objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) que melhor se aplica a esta temática 
trabalhada é:
a) O ODS 3, que se preocupa com a saúde e bem-estar de todos.
b) O ODS 9, que busca incluir e empregos indivíduos qualificados no setor de indústria e 
inovação.
c) O ODS, 12 que trata ações conscientes para reduzir o consumo e geração de resíduos no 
meio ambiente.
d) O ODS 4, que busca assegurar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade.
e) O ODS 17, que fortalece os meios de implementação de uma parceria global para o 
desenvolvimento sustentável.
8. (ENEM – adaptado) Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a 
reger-se por imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria 
do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: 
amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; 
o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao 
mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos “ganhos 
distributivos”, afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes 
sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo 
de “espelhamento” (SODRÉ, 2002).
52
A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza:
a) A valorização da identidade individual no contexto da globalização.
b) A prática identitária autorreferente.
c) Uma cultura urbana marcada pela produção instantânea de notícias.
d) Uma cidade com processos difusores de informações.
e) A evolução das tecnologias de comunicação que favorecem ações participativas e de 
cidadania.
53
AS METRÓPOLES, AS CIDADES 
MÉDIAS E PEQUENAS
UNIDADE
06
54
 No início do século XX, a urbanização era um fenômeno comum dos países desenvol-
vidos e industrializados e, a partir da segunda metade do século XX, a urbanização come-
çou a ocorrer também nos países menos desenvolvidos, como Brasil, México e Argentina. À 
medida que o processo de urbanização se intensificou no mundo, as cidades tornaram-se 
maiores e mais complexas.
 No Brasil, as cidades médias e grandes abrigavam 35% da população urbana do país 
em 1970, quase o mesmo percentual representado pelas cidades pequenas, que foram se 
transformando ao longo dos anos conforme se intensificou o êxodo rural. Um exemplo 
desta rápida urbanização é que em 1970 quase 50% da população urbana do Brasil residia 
em cidades com mais de 250 mil habitantes, que se concentravam nas regiões Sudeste e 
Sul (ANDRADE; LODDER, 1979).
 Um dos conceitos relacionados a urbanização é sobre o desenvolvimento susten-
tável, que se preocupa em promover o bem-estar econômico e social juntamente com a 
proteção do meio ambiente, mas que se torna difícil de se alcançar devido ao aumento 
das desigualdades e aumento de favelas sem acesso a infraestruturas básicas como sane-
amento, eletricidade e serviços de saúde.A rápida expansão das cidades possibilitou o desenvolvimento de diversas ativida-
des econômicas, que muitas vezes geravam poluição ambiental, ou seja, introduziam ao 
meio ambiente qualquer forma de energia ou matéria que poderia afetar negativamente a 
população ou outros seres vivos, contribuindo para a degradação da qualidade ambiental 
(SANCHEZ, 2008).
 Verificamos anteriormente que a expansão horizontal das cidades gerou o fenôme-
no da periferização urbana e, em alguns casos, a conurbação, que ocorre quando núcleos 
urbanos crescem e se unem. A redução de áreas verdes e o aumento da poluição nos gran-
des centros urbanos agravam problemas relacionados ao clima, como as ilhas de calor, que 
é um fenômeno climático que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área 
urbana, e a intensificação da inversão térmica, que ocorre quando uma camada de ar frio 
fica abaixo da primeira camada de ar quente, retendo todos os poluentes, uma vez que não 
ocorre circulação de ar.
 Os problemas climáticos e ambientais são comuns nas metrópoles, que são cidades 
com uma complexidade de serviços, bens e funções, capazes de atender as necessidades 
da população urbana ao seu redor. O elevado padrão de consumo dos habitantes e o cres-
cimento desordenado das metrópoles causam a degradação ambiental e a ampliação do 
impacto dos desastres naturais. 
 Outra consequência da expansão urbana é a formação de megalópoles, que ocorre 
quando duas ou mais metrópoles se expandem, aproximando-se umas das outras. A pri-
meira megalópole foi formada no nordeste dos Estados Unidos, ligando a cidade de Bos-
ton a Washington. O Brasil ainda não possui uma megalópole, mas se as metrópoles do 
Rio de Janeiro e São Paulo continuarem se expandindo poderá ocorrer a formação deste 
fenômeno espacial.
 As grandes aglomerações urbanas com população acima de 10 milhões de habitan-
tes são chamadas de megacidades, como São Paulo por exemplo. Outro processo decor-
rente da rápida urbanização foi a formação das cidades globais que apresentam uma con-
centração de atividades econômicas, políticas e financeiras e um grau de influência sobre 
centros urbanos em outras partes do globo. Essa classificação não depende do número de 
6.1 ASPECTOS CONCEITUAIS E INTERDISCIPLINARES
55
habitantes da cidade, como ocorre em uma megacidade, mas sim da variedade de servi-
ços e infraestrutura de que ela dispõe, podendo ser classificadas como alfa, beta e gama, 
conforme o nível de decrescente de comando e poder de cada cidade global, que pode ser 
verificado na Figura 13.
Figura 13: Mapa-múndi com a localização das cidades globais e megacidades em 2015
Fonte: United Nations Population Division (2015)
 Enquanto algumas cidades se expandem horizontal e verticalmente, no Brasil ainda 
predomina cidades pequenas com menos de 50 mil habitantes, com espaços pouco urba-
nizados e onde predomina o cotidiano rural. As cidades de médio porte, que tem entre 50 
mil e 500 mil habitantes, possui um maior número de funções e serviços do que uma cida-
de de pequeno porte. Para se compreender o processo de urbanização que uma cidade se 
encontra é importante analisar o seu contexto e plano econômico, morfológico, cotidiano 
e política que está inserida, conforme Figura 14 (SPOSITO, 2006).
Figura 14: Esboço metodológico do processo de produção do espaço urbano
Fonte: Henrique (2010)
 Este esboço possibilita compreender que as cidades pequenas e médias apresen-
tam diferentes planos que vão se configurando conforme o espaço urbano vai passando 
por diferentes etapas e ritmos de transformação. Algumas cidades de porte grande, que 
apresentaram rápida urbanização nas últimas décadas do século XX, possuem serviços e 
infraestrutura que contribuem para o seu desenvolvimento econômico, no qual deve-se 
buscar uma gestão eficiente para minimizar os problemas sociais e ambientais que sur-
gem conforme ocorre um crescimento urbano e populacional destas cidades.
56
 No decorrer das unidades deste livro, verificamos que a crescente urbanização no 
mundo é um fenômeno vinculado à expansão das redes de infraestrutura, ou seja, confor-
me as cidades adquirem e oferecem mais serviços e oportunidades, ocorre um aumento 
populacional e um crescimento físico com maior demanda por moradias. Por outro lado, 
este crescimento é desigual e concentrado em algumas regiões, como ocorreu no caso do 
Brasil.
 A consolidação da rede urbana brasileira iniciou-se a partir da segunda metade do 
século XX, conforme verificado na Figura 15, com o aumento do êxodo rural e concentração 
da população urbana em algumas áreas metropolitanas que foram se formando, principal-
mente na região Sudeste e próximo a algumas regiões litorâneas do país onde estabeleceu 
intensa industrialização e urbanização (ANDRADE; LODDER, 1979).
6.2 UMA ANÁLISE DA HIERARQUIA E REDE URBANA DO BRASIL
Figura 15: Evolução da população rural e urbana do Brasil (1940-2014)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítisca (2021)
 O rápido aumento populacional a partir da década de 1970 contribuiu para a forma-
ção das primeiras regiões metropolitanas brasileiras no período do governo militar. Temos 
como exemplo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, 
Curitiba, Belém e Fortaleza. 
 Neste período inicia-se o processo de formação da rede urbana e hierarquia urbana 
do Brasil, que são conceitos interligados e que se relacionam ao grau de importância das 
cidades e ao poder de polarização (atração) que uma cidade exerce sobre a outra, de acor-
do com sua infraestrutura. Existem diversos estudos que mostram alguns critérios para 
definir a hierarquia urbana, como número de habitantes, poder decisório de gestão do 
território, capacidade de atrair empresas e articulação com a economia global.
 Na unidade 3 verificamos uma comparação entre a rede urbana clássica e a atual. 
A partir das décadas de 1980 e 1990 ocorreu uma mudança gradual das redes de cidades, 
que assumem novas funções econômicas e políticas no contexto da globalização. Através 
de uma descentralização do poder econômico, estabelecido nesta nova hierarquia urbana, 
as cidades pequenas e médias possuem maior autonomia e cooperação com outros muni-
57
cípios horizontalmente, não dependendo das grandes metrópoles na tomada de decisões 
e aquisição de recursos (VAZ; REIS, 2018).
 Esta ausência de uma hierarquia rígida possibilitou uma menor burocracia e um pa-
pel mais relevante para as cidades menores em suas gestões municipais, não excluindo a 
relevância das cidades globais no cenário internacional. Deste modo, ocorre maior fluidez 
entre pessoas, mercadorias e informações entre os diversos municípios com funções dis-
tintas (econômicas, turísticas, industriais, comerciais ou agrárias) para a formação de uma 
ampla rede de cidades no Brasil. 
 Assim, verifica-se que o que determina a relação hierárquica atual entre as cidades 
não é seu tamanho populacional ou localização geográfica, mas sim uma gestão partici-
pativa democrática, além da disponibilidade e acesso de recursos e tecnologias que con-
tribuam para um aumento do PIB e uma geração de renda equitativa aos seus habitantes. 
 Verificamos nas unidades anteriores sobre o processo de transição que ocorre no 
Brasil, sobretudo a partir da década de 1970, na qual o país deixa de ser um país predomi-
nantemente agrário para urbano e industrial. O estado de Minas Gerais se insere neste 
contexto marcado por uma modernização tardia no espaço urbano e rural e com desigual-
dades econômicas e sociais.
 O estado de Minas Gerais possui 854 municípios, sendo a maioria de pequeno porte. 
Entre 1991 e 2000 foram criados 130 municípios, sendo que aproximadamente 61% apre-
sentavam população inferior a 10.000 habitantes. O estado apresenta apenas 23 municí-
pios com mais de 100.000 habitantes no qual se concentram as atividades produtivas, prin-
cipalmente do setor industrial e de serviços, responsável por mais da metade do PIB do 
estado (BRITO; SOARES; FREITAS,2004).
 Os desequilíbrios regionais no estado de Minas Gerais são reflexos de uma concentra-
ção fundiária e intensa urbanização em determinadas áreas do estado onde houve maior 
crescimento populacional a partir da segunda metade do século XX. O espaço urbano co-
meça a crescer e predominar sobre o espaço rural a partir do século XVIII com atividades 
voltadas para a mineração, que contribuiu para uma nova dinâmica social e cultural com 
o aumento de vilas e núcleos urbanos, sobretudo na região central do estado (CUNHA, 
2009).
 A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentou altas taxas de migra-
ções no período de 1970 a 1980, motivado pela expansão industrial em algumas cidades 
como Betim e Contagem, apresentando crescimento populacional superior à Belo Ho-
rizonte. O crescimento populacional nos municípios ao redor de Belo Horizonte, princi-
palmente a partir da década de 1980, contribuiu para uma nova dinâmica espacial da re-
gião metropolitana e mudanças nos fluxos migratórios, como os movimentos pendulares, 
no qual as pessoas se deslocavam para outras regiões urbanas por motivos de estudo ou 
trabalho e retornavam periodicamente para seus municípios de origem (SOUZA; BRITO, 
2006).
 A área urbana de Belo Horizonte havia sido planejada para abrigar a população com 
melhores condições socioeconômicas e ao longo das décadas do século XX houve concen-
tração e especulação imobiliária da região urbana central de Belo Horizonte. Esta dinâmica 
espacial foi acompanhada pelo intenso crescimento populacional que contribuiu para o 
aumento da desigualdade social que se tornou um fenômeno comum nas grandes metró-
6.3 O ESPAÇO URBANO DE MINAS GERAIS
58
poles do Brasil (SOUZA, 2008).
 A Tabela 1 abaixo mostra que as regiões com menor desenvolvimento econômico do 
estado apresentaram menor crescimento populacional entre 1991 e 2000, como as mesor-
regiões Norte, Noroeste e Jequitinhonha, enquanto as regiões mais ricas tiveram rápido 
crescimento e desenvolvimento urbano, sobretudo a região metropolitana de Belo Hori-
zonte, que atraiu grande número de imigrantes em busca de melhoria da qualidade de 
vida.
Tabela 1: População absoluta e taxa geométrica de crescimento (1991-2000)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censos demográficos de Minas 
Gerais de 1991 e 2000.
 O espaço urbano do estado de Minas Gerais se caracterizou de forma desigual e 
concentrada, conforme verificado, sendo que poucas cidades tiveram grande urbanização 
e industrialização, diante do grande número de municípios pequenos que não apresenta-
ram rápido crescimento populacional e se estagnaram na sua dinâmica espacial urbana. 
Diante disso, o início do século XXI mostra uma diminuição do ritmo da expansão urbana 
de Belo Horizonte e um crescimento das cidades médias com maior atração de migrantes 
em busca de mais oportunidades de empregos nas empresas que se instalaram nestes 
locais.
Devido à saturação urbana das grandes regiões metropolitanas do Brasil, como a de Belo 
Horizonte, ocorre o fenômeno de desmetropolização, por meio de uma diminuição do cresci-
mento destas metrópoles e uma desconcentração industrial que favorece fluxos migratórios 
e expansão urbana de cidades de pequeno e médio porte do interior.
FIQUE ATENTO
59
O Livro Geografias das metrópoles organizado por Ana Fani Alessandri Carlos e 
Ariovaldo Umbelino de Oliveira, faz uma reflexão de algumas importantes metró-
poles do mundo, contextualizando suas características econômicas, sociais, cul-
turais e históricas, e está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Link: https://bit.
ly/3G0QjdL. Acesso em: 29 mar. 2021.
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60
1. Considerando a discussão em relação aos conceitos debatidos nesta unidade, analise os 
itens a seguir:
I. Brasil, México e EUA tiveram uma industrialização diversificada e tardia que contribuiu 
para atrair diversos imigrantes nos séculos XIX e XX. 
II. Urbanização e desenvolvimento sustentável são conceitos que não se relacionam, pois 
a sustentabilidade tem como pilar principal somente o meio ambiente.
III. As cidades que apresentam uma concentração de atividades econômicas, políticas e 
financeiras e atraem pessoas e empresas de todo o mundo são denominadas cidades 
globais.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
2. Leia a frase abaixo e a seguir marque a alternativa que melhor preenche as lacunas:
As grandes aglomerações urbanas com população acima de 10 milhões de habitantes são chamadas 
de ____________ e a cidade principal de uma região metropolitana com serviços e infraestrutura que 
polariza as cidades ao seu redor é chamada de ___________.
a) Megalópole – conurbação.
b) Megacidade – megalópole.
c) Metrópole – cidade grande.
d) Megacidade – metrópole.
e) Megalópole – cidade global. 
3. Nesta unidade discutimos sobre conceitos relacionados as metrópoles, cidades médias 
e pequenas. Sobre este tema, marque o item correto:
a) O Brasil passou por um processo de intensa urbanização nas últimas décadas do século 
XX e hoje predomina no país cidades médias acima de 50 mil habitantes e diminuição do 
espaço rural em todas as regiões devido o êxodo rural.
b) De acordo com alguns estudos de Geografia urbana, é importante analisar o contexto em 
que a cidade está inserida, na perspectiva dos planos econômico, morfológico, cotidiano e 
política, para se compreender melhor o seu processo de urbanização.
c) Conforme as cidades adquirem e oferecem mais serviços e oportunidades, ocorre um 
aumento populacional das áreas centrais e um crescimento físico horizontal devido a 
demanda por moradias.
d) As regiões do Brasil com intensa industrialização e urbanização que favoreceram a 
FIXANDO O CONTEÚDO
61
formação de diversas regiões metropolitanas são o Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
e) As cidades que apresentam um ritmo acelerado de urbanização, uma gestão urbana 
eficiente e uma população com elevado padrão de consumo podem ser consideradas 
cidades sustentáveis.
4. Considerando a discussão em relação aos conceitos discutidos nesta unidade, analise os 
itens a seguir:
I. O estado de Minas Gerais se insere no contexto brasileiro no processo de urbanização 
marcado por uma modernização tardia no espaço urbano e rural e com concentração 
industrial em algumas regiões refletindo nas desigualdades econômicas regionais.
II. Alguns estudos mostram que a hierarquia urbana apresenta cidades pequenas e 
médias do Brasil muito dependentes das metrópoles e possuem pouca autonomia nas 
decisões administrativas e políticas para o seu desenvolvimento.
III. O espaço urbano do estado de Minas Gerais se caracterizou de forma desigual, pois 
algumas regiões se industrializaram em um ritmo mais rápido devido alguns fatores 
como mercado consumidor, mão de obra disponível e matéria-prima como é o caso das 
regiões Sul, Sudoeste e região metropolitana de Belo Horizonte.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
5. (Enem - adaptado) O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante da 
modificação das condições iniciais do clima pelo processo de urbanização, caracterizado 
pela modificação do solo e pelo calor antropogênico, o qual inclui todas as atividades 
humanas inerentes à sua vida na cidade.
 BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos:
 estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.
O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental comuns no espaço urbano. 
A maximização desse fenômeno ocorre:
a)Pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d’água antes canalizados nos centros 
urbanos.
b) Pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos que possuem 
maior temperatura.
c) Pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios que 
aumentam a incidência de ilhas de calor.
d) Pelo processo de impermeabilização do solo que contribui para aumentar a absorçãode 
calor e o ambiente mais quente nas áreas centrais das cidades. 
e) Pela construção de vias expressas com maior asfaltamento e gerenciamento de tráfego 
terrestre.
62
6. (UECE-adaptado) Considere as seguintes afirmações que tratam do ambiente em 
grandes centros urbanos:
I. O aumento da temperatura em face do adensamento de construções, do asfaltamento 
de ruas e avenidas e da rarefação ou ausência de vegetação tende a gerar um fenômeno 
conhecido como inversão térmica.
II. Em geral, a expansão nos grandes centros urbanos brasileiros tem sido realizada em 
terrenos ambientalmente instáveis e com alta vulnerabilidade à ocupação.
III. Comumente, as áreas de risco à ocupação nas grandes cidades correspondem aos 
fundos de vales, topos de morros e vertentes íngremes.
IV. Parques, áreas verdes e matas ciliares, contribuem para a melhoria do clima urbano, 
amenizando os problemas respiratórios da população decorrentes do excesso de 
poluição e da circulação dos vírus como o Covid -19.
Está correto o que se afirma em:
a) II e III.
b) II e IV.
c) I e II.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
7. (UEPA-adaptado) O crescimento precipitado das cidades em decorrência do acelerado 
desenvolvimento tecnológico da segunda metade do século XX produziu um espaço 
urbano cada vez mais fragmentado, caracterizado pelas desigualdades sociais, segregação 
espacial e graves problemas ambientais. Sobre os problemas socioambientais nos espaços 
urbanos-industriais é correto afirmar que:
a) Os resíduos domésticos e industriais aliados aos numerosos espaços marginalizados, 
problemas de transportes, poluição da água e do solo, bem como os conflitos sociais são 
grandes desafios das grandes cidades na atualidade.
b) As ações antrópicas, em particular, as atividades ligadas ao desenvolvimento industrial 
e urbano nas cidades médias têm comprometido a qualidade das águas superficiais, sem 
contudo, alcançar os depósitos subterrâneos.
c) Os conflitos sociais existentes no espaço urbano das grandes e médias cidades estão 
associados à ampliação de políticas públicas para melhoria de infraestrutura que provocou 
o deslocamento de milhões de pessoas do campo para a cidade.
d) A violência urbana, problema agravado nos últimos anos nas cidades médias e pequenas, 
está associada à má distribuição de renda, à livre comercialização de armas de fogo e à 
cultura armamentista existente na maioria dos países europeus.
e) A chuva ácida ocorrida nas grandes cidades dos países ricos industrializados apresenta 
como consequências a destruição da cobertura vegetal, alteração das águas, embora 
favoreça a fertilização dos solos agricultáveis.
8. (IFPR - adaptado) Um dos fenômenos atuais resultantes da urbanização sem 
planejamento são as ilhas de calor. Na cidade de Belo Horizonte, podem ocorrer diferenças 
de temperatura de acima de 5º C no mesmo dia, entre duas regiões da cidade. Esse processo 
63
ocorre porque:
a)O ar mais quente se eleva, enquanto uma frente fria traz ar mais frio, que se infiltra por 
baixo, formando um manto de calor na cidade.
b) Existem áreas tomadas por muitos prédios, casas e ruas asfaltadas, que absorvem a 
radiação solar para transformá-la em calor latente.
c) As áreas de lagos e rios absorvem maior quantidade de radiação solar direta, o que as 
transformam em pontos quentes urbanos.
d) Existem na superfície das cidades grandes da região metropolitana de Belo Horizonte 
pontos apenas pela ocorrência dos vários fenômenos meteorológicos.
e) Belo Horizonte possui maior circulação de transportes e indústrias que compromete a 
qualidade do ar e da água da capital e da região metropolitana.
64
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1
UNIDADE 3
UNIDADE 5
UNIDADE 2
UNIDADE 4
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 B
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 B
65
ALVES, M. A., DIAS; R. C., SEIXAS, P. C. Smart Cities no Brasil e em Portugal: o estado da arte. 
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