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CAPÍTULO II
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo PODERÁ (flagrante facultativo) e as autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO (flagrante obrigatório) prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
	· Legalidade da prisão em flagrante efetuada por guardas municipais. #IMPORTANTE
Conforme prevê o art. 301 do CPP, qualquer pessoa pode prender quem esteja em flagrante delito. Desse modo, não existe óbice à prisão em flagrante realizada por guardas municipais, não havendo, portanto, que se falar em prova ilícita.
STJ. 5ª Turma. HC 421.954/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/03/2018.
· Prisão em flagrante realizada por pessoas que não sejam policiais.
Não é ilegal a prisão efetuada por agentes públicos que não tenham competência para a realização do ato se a pessoa estava em flagrante delito.
STJ. 5ª Turma. HC 244016-ES, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 16/10/2012.
Art. 302. CONSIDERA-SE em FLAGRANTE DELITO quem:
I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio)
II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio)
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante presumido)
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, EXCETO no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração NÃO IMPEDIRÁ o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo PELO MENOS duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste.
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante DEVERÁ CONSTAR a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto,
depois de prestado o compromisso legal.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão COMUNICADOS IMEDIATAMENTE ao
juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a DEFENSORIA PÚBLICA.
§ 2o No mesmo prazo (24h), será entregue ao preso, mediante recibo, a NOTA DE CULPA, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
	
PROCEDIMENTO ADOTADO PELA AUTORIDADE POLICIAL APÓS A PRISÃO
	
Imediatamente
	- comunicar a prisão e o local onde se encontra o preso
· Juiz competente
· Ministério Público
· família do preso ou
· pessoa por ele indicada
	
	
Em até 24h
	· enviar o APF ao juiz competente
· enviar cópia integral do APF a Defensoria Pública, caso o autuado não informe o nome de seu advogado
· entregar nota de culpa ao preso (assinada pela autoridade, motivo da prisão e nomes do condutor e testemunhas)
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
#PACOTEANTICRIME (Lei nº 13.964/2019)
	Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo MÁXIMO de ATÉ 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - RELAXAR a prisão ilegal; ou
II - CONVERTER a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - CONCEDER liberdade provisória, com ou sem fiança. #PACOTEANTICRIME (Lei nº 13.964/2019)§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é REINCIDENTE ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, DEVERÁ denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo
estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.
#ATENÇÃO: DISPOSITIVO SUSPENSO PELO STF
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser
relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
	AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
	ANTES DA LEI Nº 13.964/19
	DEPOIS DA LEI Nº 13.964/19
	Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940
- Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação
	Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentesos requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente,
I sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
	JURISPRUDÊNCIA SOBRE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
	- A audiência de custódia constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental. #IMPORTANTE #JURISPAC
A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental, assegurado por convenções internacionais de direitos humanos a que o Estado brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito positivo interno (Convenção Americana de Direitos Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz prerrogativa não suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade tem o beneplácito do magistério jurisprudencial (ADPF 347 MC) e do ordenamento positivo doméstico (Lei nº 13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ).
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994).
O que acontece se, injustificadamente, não for realizada a audiência de custódia? #IMPORTANTE #JURISPAC
A ausência da realização da audiência de custódia qualifica-se como causa geradora da ilegalidade da própria prisão em flagrante, com o consequente relaxamento da privação cautelar da liberdade.
Se o magistrado deixar de realizar a audiência de custódia e não apresentar uma motivação idônea para essa conduta, ele estará sujeito à tríplice responsabilidade, nos termos do art. 310, § 3º do CPP.
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994).
	· Depois da Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível que o juiz, de ofício, converta a prisão em flagrante em prisão preventiva (é indispensável requerimento). #IMPORTANTE #JURISPAC
Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia, sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia, necessária e indispensável provocação do Ministério Público ou da autoridade policial.
A Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio requerimento das partes ou representação da autoridade policial.
Logo, não é mais possível, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade.
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 282, § 2º e do art. 311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP.
STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020. STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994).
· Não é cabível a realização de audiência de custódia por meio de videoconferência. #IMPORTANTE
A audiência de custódia, no caso de mandado de prisão preventiva cumprido fora do âmbito territorial da jurisdição do Juízo que a determinou, deve ser efetivada por meio da condução do preso à autoridade judicial competente na localidade em que ocorreu a prisão. Não se admite, por ausência de previsão legal, a sua realização por meio de videoconferência, ainda que pelo Juízo que decretou a custódia cautelar.
STJ. 3ª Seção. CC 168.522-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/12/2019 (Info 663).
· Decisão proferida em audiência de custódia reconhecendo a atipicidade do fato não faz coisa julgada. #IMPORTANTE
A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada.
Assim, esta decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia.
STF. 1ª Turma. HC 157.306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018 (Info 917).
· Constitucionalidade do Provimento do TJ que regulamentou a audiência de custódia.
Audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa em flagrante possui de ser conduzida (levada), sem demora, à presença de uma autoridade judicial (magistrado) que irá analisar se os direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados (ex: se não houve tortura), se a prisão em flagrante foi legal e se a prisão cautelar deve ser decretada ou se o preso poderá receber a liberdade provisória ou medida cautelar diversa da prisão.
A audiência de custódia é prevista na Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), que ficou conhecida como "Pacto de San Jose da Costa Rica", promulgada no Brasil pelo Decreto 678/92 e ainda não regulamentada em lei no Brasil.
Diante dessa situação, o TJSP editou o Provimento Conjunto nº 03/2015 regulamentando a audiência de custódia no âmbito daquele Tribunal.
O STF entendeu que esse Provimento é constitucional porque não inovou na ordem jurídica, mas apenas explicitou conteúdo normativo já existente em diversas normas da CADH e do CPP.
Por fim, o STF afirmou que não há que se falar em violação ao princípio da separação dos poderes porque não foi o Provimento Conjunto que criou obrigações para os delegados de polícia, mas sim a citada convenção e o CPP.
STF. Plenário. ADI 5240/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/8/2015 (Info 795).
#NÃOCONFUNDA:
	RELAXAMENTO DA PRISÃO
	REVOGAÇÃO DA PRISÃO
	LIBERDADE PROVISÓRIA
	Prisão ILEGAL
	Prisão Legal
	Prisão Legal
	Cabível em qualquer hipótese de prisão ilegal
	Cabível em prisão preventiva e prisão temporária
	Cabível apenas em prisão em flagrante (majoritária)
	Liberdade PLENA
	Liberdade com restrição
	Liberdade com restrição
	PRISÃO EM FLAGRANTE
	
Conceito
	Pode-se definir a prisão em flagrante como uma medida de autodefesa da sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executada independentemente de prévia autorização judicial
(CF, art. 5º, LXI).
	
Espécies
	Próprio, Perfeito, Real, Verdadeiro ou Propriamente Dito
(art. 302, I e II, CPP)
	Está cometendo a infração penal; ou Acaba de cometer a infração penal.
	
	Impróprio, Imperfeito, Irreal ou Quase Flagrante
(art. 302, III, CPP)
	É perseguido, logo após o cometimento da infração penal, em situação que faça presumir ser
ele o autor da infração penal.
	
	Presumido, Ficto ou Assimilado
(art. 302, IV, CPP)
	É encontrado, logo depois, com instrumentos,
armas, papéis ou objetos que façam presumir ser ele o autor da infração penal.Facultativo
(art. 301, 1ª parte, CPP)
	Qualquer do povo tem a faculdade de realizar a prisão em flagrante.
	
	Compulsório, Obrigatório, Coercitivo ou Necessário
(art. 301, 2ª parte, CPP)
	As forças de segurança têm o dever de realização da prisão em flagrante.
	
	
Fracionado ou Parcelado
(art. 71, CP)
	É o que ocorre no crime continuado. Na medida em que os delitos que compõem o crime continuado guardam autonomia entre si, cada um dele autoriza, de forma independente no tocante
aos demais, a efetivação da prisão, desde que presente uma das hipóteses do artigo 302 do CPP.
	
	Preparado, Provocado, Delito de Ensaio, Delito de Experiência, Delito de Laboratório, Delito Putativo por obra do agente provocador, Teoria da Armadilha/Entrapment Doctrine
	O agente é induzido ou instigado à prática da infração penal, na expectativa de que seja capturado em flagrante.
É ilícito!
- Súmula nº 145, STF: “Não há crime, quando a
preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”
	
	
Esperado, Intervenção Predisposta da Autoridade
	Ciente da iminência de crime, a autoridade policial aguarda os primeiros atos executórios e realiza a prisão em flagrante.
É lícito!
	
	
Forjado, Javado, Urdido, Maquinado, Fabricado
	É aquele armado contra o agente.
É ilícito!
Pode configurar crime de: Abuso de Autoridade ou
Denunciação Caluniosa, a depender do caso.
	
	Prorrogado, Retardado, Postergado, Protelado, Diferido, Estratégico, Ação Controlada (Conv. de Palermo - art. 20, 1
Lei 12.850/13 - art. 8°
	Retardamento da ação policial ou administrativa para que se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações.
É lícito!
	
	Lei 11.343/06 - art. 53, II
Lei 9.613/98 - art. 1º, § 6º c/c 4°-B)
	É necessário autorização judicial?
Lei de Orcrim – Não (apenas comunicação)
Lei de Drogas – Sim
Lei de Lavagem de dinheiro – Sim
	
	
Entrega Vigiada
(Conv. de Palermo - art. 2°, “i”.)
	É um forma de ação controlada, em que as autoridades policiais ou administrativas permitem que remessas ilícitas ou suspeitas saiam do território de um ou mais Estados, os atravessem ou neles entrem, com o conhecimento e sob o controle das suas autoridades competentes, com a
finalidade de investigar infrações e identificar as pessoas envolvidas na sua prática.
	
Sujeitos que não podem ser presos em flagrante
	· Menores de 18 anos (art. 228, CF; Art. 27, CP)
· Presidente da República (art. 86, § 3°, CF)
· Diplomatas Estrangeiros e Chefes de Estado Estrangeiro (Tratados e Convenções Internacionais)
· Agente que prestar integral socorro à vítima de acidente de trânsito (art. 301, Lei nº 9.503/97)
· Agente que se apresentar à autoridade, após cometimento de delito (RT, 616/400 – STF)
· Agente de infração de menor potencial ofensivo (Em regra não será sujeito passivo de prisão em flagrante, SALVO no caso de se recusar à comparecer ao Juizado ou assinar compromisso de comparecer ao Juizado após lavratura de TCO - art. 69, p. único, Lei nº 9.099/95)
· Agente de posse de drogas para consumo próprio (Comprometendo-se ou não, à comparecer ao Juizado - art. 48, § 2°, Lei nº 11.343/06)
	
Sujeitos que só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável
	· Parlamentares Federais (art. 53, § 2°, CF)
· Parlamentares Estaduais e Distritais (art. 27, § 1°, CF)
· Magistrados (art. 33, II, LOMAN)
· Membros do MP (art. 40, III, LONMP)
· Advogado, no exercício da profissão (art. 7°, § 3°, Lei nº 8.906/94)
	JURISPRUDÊNCIA EM TESES Nº 120 DO STJ - PRISÃO EM FLAGRANTE
	1) Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. (Súmula n. 145/STF)
2) O tipo penal descrito no art. 33 da Lei n. 11.343/2006 é de ação múltipla e de natureza permanente, razão pela qual a prática criminosa se consuma, por exemplo, a depender do caso concreto, nas condutas de "ter em depósito", "guardar", "transportar" e "trazer consigo", antes mesmo da atuação provocadora da polícia, o que afasta a tese defensiva de flagrante preparado.
3) No flagrante esperado, a polícia tem notícias de que uma infração penal será cometida e passa a monitorar a atividade do agente de forma a aguardar o melhor momento para executar a prisão, não havendo que se falar em ilegalidade do flagrante.
	4) No tocante ao flagrante retardado ou à ação controlada, a ausência de autorização judicial não tem o condão de tornar ilegal a prisão em flagrante postergado, vez que o instituto visa a proteger o trabalho investigativo, afastando a eventual responsabilidade criminal ou administrava por parte do agente policial.
5) Para a lavratura do auto de prisão em flagrante é despicienda a elaboração do laudo toxicológico definitivo, o que se depreende da leitura do art. 50, §1º, da Lei n. 11.343/2006, segundo o qual é suficiente para tanto a confecção do laudo de constatação da natureza e da quantidade da droga.
6) Eventual nulidade no auto de prisão em flagrante devido à ausência de assistência por advogado somente se verifica caso não seja oportunizado ao conduzido o direito de ser assistido por defensor técnico, sendo suficiente a lembrança, pela autoridade policial, dos direitos do preso previstos no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal.
7) Uma vez decretada a prisão preventiva, fica superada a tese de excesso de prazo na comunicação do flagrante.
8) Realizada a conversão da prisão em flagrante em preventiva, fica superada a alegação de nulidade porventura existente em relação à ausência de audiência de custódia.
9) Não há nulidade da audiência de custódia por suposta violação da Súmula Vinculante n. 11 do STF, quando
devidamente justificada a necessidade do uso de algemas pelo segregado.
10) Não há nulidade na hipótese em que o magistrado, de ofício, sem prévia provocação da autoridade policial ou do órgão ministerial, converte a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal - CPP.
SUPERADA!
A tese foi superada em razão das mudanças operadas pelo Pacote Anticrime (Lei nº 13.964/2019):
Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia, sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia, necessária e indispensável provocação do Ministério Público ou da autoridade policial.
A Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio ‘requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público’, não mais sendo lícito, portanto, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade.
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz dos arts. 282, § 2º, e 311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP.
STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020. STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/10/2020.
11) Com a superveniência de decretação da prisão preventiva ficam prejudicadas as alegações de ilegalidade da
segregação em flagrante, tendo em vista a formação de novo título ensejador da custódia cautelar.

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