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FACULDADE UNYLEYA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS GILDO VIEIRA PETROCELI LHUAN GHABRIELL SILVA RIBEIRO MARLI VANDA FERNANDES CAMPOS MONIQUE DA SILVA FERREIRA WERVERSON MACÊDO PEREIRA ORÇAMENTO FAMILIAR E FINANÇAS PESSOAIS BRASIL 2022 1 FACULDADE UNYLEYA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS GILDO VIEIRA PETROCELI LHUAN GHABRIELL SILVA RIBEIRO MARLI VANDA FERNANDES CAMPOS MONIQUE DA SILVA FERREIRA WERVERSON MACÊDO PEREIRA ORÇAMENTO FAMILIAR E FINANÇAS PESSOAIS Produto Educacional apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina de Ambiente Profissional e de Extensão em Ciências Contábeis I. Orientadora: Profa. Rosimar dos Reis Bessa Couto. BRASIL 2022 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÂO .................................................................................................... 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 5 2.1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................... 5 2.2 ORÇAMENTO FAMILIAR ............................................................................. 6 2.3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO, ORÇAMENTO E ECONOMIA DOMÉSTICA 8 3 RESULTADOS .................................................................................................. 10 4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 22 3 Lista de Figuras Figura 01: Faixa Etária dos Entrevistados...............................................................10 Figura 2: Escolaridade.............................................................................................11 Figura 3: Número de pessoas/renda da família. .....................................................11 Figura 4: Possui dívidas, quais? .............................................................................12 Figura 5: Fez alguma negociação para quitar o débito?..........................................13 Figura 6: Onde mais gasta o dinheiro? ...................................................................13 Figura 7: Tem algum conhecimento sobre controle de despesas pessoais?..........14 Figura 8: Como evita o gasto com itens sem necessidade?....................................15 Figura 9: Realiza algum tipo de controle financeiro? Qual?.....................................15 Figura 10: O que sabe sobre poupança/investimentos? .........................................16 Figura 11: Você já recebeu algum conselho profissional sobre finanças?...............17 Figura 12: Você definiu metas financeiras? .............................................................17 Figura 13: Qual sua maior preocupação relacionada a suas finanças pessoais?....18 Figura 14: Gostaria de aprender sobre o tema, para melhorar suas finanças pessoais?..................................................................................................................19 Figura 15: Tem alguma reserva de emergência ou plano de economia? ................19 Figura 16: Sobre a aposentadoria, pretende se aposentar ou já é aposentado (a)? ...................................................................................................................................20 4 1. INTRODUÇÂO A estruturação de uma pesquisa, tal qual o seu planejamento é importante para a conclusão do estudo a ser realizado. O trabalho a seguir tem como objetivo estruturar uma pesquisa bibliográfica, para relatar a importância do orçamento familiar e as finanças pessoais de algumas famílias, em meio ao aumento dos preços, onde o custo de vida está superior aos rendimentos adquiridos com o trabalho diário/mensal, e assim muitas famílias procuram alternativas para agregar renda extra no orçamento da casa e manter as contas equilibradas e sem surpresas desagradáveis no fim do mês. Nos últimos anos muitas crises econômicas vêm afetando a população mundial, e para minimizar seus efeitos, o estudo sobre as finanças domésticas pode ser uma saída para evitar desperdícios e contribuir positivamente para que as famílias não adquiram dívidas e poupem seus recursos até o fim do mês. O controle do orçamento familiar e pessoal, serve como um guia para verificar onde o dinheiro está sendo gasto e como poupá-lo para a realização de objetivos, sendo uma ferramenta fundamental para qualquer pessoa em qualquer situação financeira. Portanto, este trabalho tem por finalidade auxiliar sobre controle financeiro: pessoal e doméstico, bem como, esclarecer dúvidas sobre como devemos elaborar e pôr em prática algumas ferramentas para equilibrar o orçamento, aumentando a renda e diminuindo as despesas. 5 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA A Educação Financeira é definida como o processo em que os indivíduos melhoram a sua compreensão sobre os produtos financeiros, seus conceitos e riscos, de maneira que, com informações claras e práticas, possam desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para tomarem decisões fundamentadas e com segurança, melhorando o seu bem-estar financeiro. (OCDE, 2014). Segundo Rosetti júnior (2009), os conhecimentos financeiros podem auxiliar a minimizar custos e a reduzir riscos e incertezas decorrentes das constantes mudanças econômicas. Por outro lado, o desconhecimento das ferramentas de gestão financeira pode provocar grandes perdas financeiras para empresas, comunidades, famílias e pessoas. Clark et al. (2006) destacam, ainda, que a falta ou o baixo nível de conhecimentos financeiros pode provocar: aumento da insegurança em relação ao risco e ao retorno dos produtos de investimento; incapacidade de tomar decisões corretas de investimento, consumo e poupança, e adiamento da formação de poupança previdenciária. É preciso nutrir os cidadãos com informações básicas para que tomem decisões de maneira pensada e segura. Em diversos outros países, observa-se a grande importância da mídia no processo de capacitação financeira (SAVOIA; SAITO; SANTANA, 2007). O brasileiro possui muitos materiais que, de forma gratuita, podem auxiliá-lo na formação dessa consciência crítica. Principalmente pela internet, encontram-se vídeos, cartilhas, apostilas, guias, glossários e outros sobre educação financeira, oferecidos tanto pelas instituições públicas (BC, Bovespa, Caixa Econômica Federal) como pelas instituições privadas (Itaú, HSBC, Bradesco). Entretanto, ainda é carente a divulgação desses materiais. É preciso construir a importância, o sentimento de relevância e necessidade por esse conhecimento. É preciso tornar a educação financeira essencial na “qualidade de vida financeira” (LOPES, 2011). A realidade atual demonstra que as autoridades não têm forças o suficiente para uma capacitação considerável de toda a população, suas ações ainda são muito pequenas, pois é preciso adaptar os conteúdos às realidades e necessidades de cada 6 região do Brasil. Esse será um processo demorado e trabalhoso, contudo, jamais pode ser visto como menos importante ou temporário. 2.2 ORÇAMENTO FAMILIAR Quando se fala de orçamento familiar, nos aparece muitas informações, sugestões e procedimentos. Em um mundo globalizado, onde as necessidades de mudança são recorrentes é necessário um planejamento das finanças da família, pois as pessoas têm buscado orientações sobre o desperdício de seus recursos, portanto ao serem orientados, evitam transtornos maiores. Sobre este assunto, o autor Silvestre (2010) menciona que “em um orçamento familiar bem planejado cada centavo estará destinado de forma equilibradaentre os pagamentos mais importantes: seus gastos, contas e compras, suas boas dividas, seus seguros, suas aplicações/investimentos”. De acordo com (BARROSO, 2011): Não existe um modelo perfeito para sabermos qual a melhor forma de gastar o seu dinheiro. O que fazemos é utilizar valores que direcionam e nos ajudem a equilibrar as despesas. São valores indicativos e cada pessoa deve se adaptar na distribuição das despesas ao seu caso especifico. No nosso dia a dia nos questionamos sobre como utilizar de forma eficiente os recursos adquiridos ao longo da vida, para evitar uma economia falha que acontece nos lares de todas as famílias independente de classe social. Portanto, é necessário que as famílias se preocupem no que se refere ao orçamento familiar para que possam planejar as entradas de recursos financeiros e como esses recursos serão gastos para se evitar despesas desnecessárias. Não há como negar que o orçamento doméstico ainda é uma ferramenta mal utilizada e, principalmente, pouco compreendida. Para Marques (2010), o orçamento familiar não é apenas anotar as despesas realizadas, envolve: planejar, eleger prioridades, controlar seu fluxo de caixa, ajudando-o a entender seus hábitos de consumo. Para muitos, controlar as finanças é um processo desagradável, tornando a vida muito difícil porque a resume em economizar cada vez mais. Logo, notamos que o cuidado com o dinheiro é tarefa 7 universal, necessária tanto para quem ganha muito ou pouco, o papel do controle financeiro será sempre diagnosticar a real situação do orçamento da família. Diante disso, surge a questão: como conseguir um controle entre receitas e despesas para alcançar um equilíbrio no orçamento doméstico? É preciso avaliar cada situação e decidir o que é prioridade. Primeiramente, é preciso definir necessidades e planejar gastos, para que seja possível ter um orçamento saudável, positivo e de acordo com a renda da família. Conforme (NAKATA, 2011): O Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar tem como objetivo auxiliar a família, as pessoas a criarem estratégias para acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa ou de uma família ajudando-as a elaborar um Projeto de Vida para a conquista de etapas importantes da vida. No universo familiar, a questão financeira pode influenciar de forma negativa nas relações que se estabelecem, visto que o descontrole orçamentário e a falta de planejamento e comunicação sobre gastos são capazes de gerar desarmonia e conflitos. Na maioria das vezes, o descontrole se dá pela receita ser menor que a despesa e pela falta de um planejamento correto e sistemático dos gastos. O envolvimento de todos os membros da família e o conhecimento dos objetivos faz com que o uso de ferramentas não seja um fardo, e possa oferecer condições de aumento dos recursos e a redução dos gastos com objetos supérfluos, e assim com isso obter um resultado positivo para todos os envolvidos no processo. Outro fator importante que devemos levar em consideração que no período de recessão é apropriado que se mantenha um controle entre as receitas e as despesas, assim como honrar todos os compromissos financeiros nos prazos previstos e negociar possíveis atrasos. Segundo Halfeld (2005), no longo prazo, o orçamento deve ser construído com o objetivo de garantir uma aposentadoria segura. E a curto prazo seria o acúmulo de bens para manter garantir seu futuro. Ao controlar os gastos familiares você conseguirá lidar com mais facilidade e tranquilidade se algum imprevisto financeiro acontecer, dessa forma as chances de você precisar recorrer a qualquer tipo de empréstimo para conseguir sair de uma crise são bem baixas. O ideal é sempre ter uma reserva financeira para esses imprevistos e evitar ao máximo tomar empréstimos de bancos ou do cartão de crédito. 8 2.3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO, ORÇAMENTO E ECONOMIA DOMÉSTICA O controle das finanças pessoais, domésticas e familiares é necessário para todos, sem levar em consideração a classe social, o salário ou o nível educacional. E o uso de uma planilha, seja no papel ou no formato digital, de orçamento doméstico mensal sempre será um ótimo instrumento para se detalhar e discutir verdadeiramente todas as receitas e despesas ou os ganhos e gastos de uma família. Essas planilhas também podem facilitar a identificação de algumas despesas desnecessárias, fúteis e supérfluas, assim como os pequenos gastos diários que acabam consumindo toda a nossa receita que deveria sobrar pelo menos um pouquinho no final de cada mês, para despesas extras e inesperadas ou mesmo para fazer algum investimento. Segundo Gustavo CERBASI (2005): É preciso, então, estabelecer uma forma de se controlar melhor o destino de seu dinheiro. Estou certo de que, se nunca fez um controle efetivo de todos os seus gastos, você se surpreenderá ao fazê-lo pela primeira vez. O tão sonhado sucesso financeiro, todos queremos, mas para alcançá-lo precisamos de muita disciplina, concentração e força de vontade para podermos de fato gastar bem o nosso dinheiro. O esforço não se resume a só cortar os gastos e poupar, mas sim de ver qual a melhor hora e a maneira correta de se efetuar esses gastos dentro de um orçamento já pré-estabelecido ou em desenvolvimento. Percebemos também que, hoje em dia, há muitas pessoas que compram por “impulsos consumistas”, e para evitarmos essas situações de um consumo exagerado e desnecessário de bens e serviços, deveríamos sempre refletir antes de tudo a real necessidade de cada produto. Segundo Cerbasi (2009): “listar só os seus gastos, ajuda pouca coisa”, o importante é seguir uma prática de orçamento doméstico que consiste em pelo menos oito atividades distintas, são elas: 1. Ter disciplina para anotar ou guardar comprovantes de gastos; 2. Organizar os gastos para ter uma clara noção de seu padrão de consumo; 3. Comparar a evolução do padrão de consumo ao longo do tempo; 4. Refletir sobre a qualidade de suas escolhas; 5. Estipular alterações no padrão de consumo, visando obter mais qualidade; 6. Policiar suas novas escolhas para garantir que sejam praticadas; 9 7. Estimular as consequências de suas escolhas, como o patrimônio ou a poupança formada ao final de ano – essa é uma de minhas pequenas diversões pessoais a cada início de ano; 8. Usar o orçamento atual como base para simular situações extremas, como a perda da renda ou recebimento de um grande valor em dinheiro Desse modo, nunca se esqueça de que economizar ou poupar agora significa o adiamento de uma decisão de consumo que pode fazer toda a diferença dentro de um cenário de juros elevados. Porém, isso exige hoje sacrifícios e esforços em gastar menos do que se ganha, mas poderá ser recompensado futuramente com o alcance mais rápido de nossos objetivos pessoais, domésticos e familiares. 10 3 RESULTADOS Para auxiliar o controle financeiro doméstico, a utilização das planilhas de controle diário e mensal, tem uma visão mais clara dos recebimentos e gastos, para que as famílias possam ir se adaptando em anotar as contas, e dessa forma passar a utilizar planilhas diárias. Questionário para avaliação do Orçamento Familiar e Finanças Pessoais Para analisar a real situação financeira de algumas famílias de alguns estados brasileiros, com 10 famílias entrevistadas, foi elaborado um questionário com 16 perguntas objetivas, referente aos conhecimentos financeiros que a sociedade possui, de acordo com a bagagem de conhecimentos que foi acumulada pelos autores. As planilhas de controle de entradas e saídas têm grande funcionalidade e oferecem visibilidade total do fluxo de dinheiro. Através delas é possível verificar quais setores de consumo, necessidades, lazer, entre outros, têm comprometido o orçamento mensal. O planejamento se torna algo fácil eclaro. Podem-se verificar quais dos hábitos de consumo merecem, ou devem ser modificados. A primeira pergunta baseou-se na variação de idades, partindo de que os jovens estão tornando-se independentes cada dia mais cedo. Foi avaliada a faixa etária dos entrevistados. Figura 01: Faixa Etária dos Entrevistados. Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 50% 40% 10% De 20 a 35 anos De 36 a 50 anos Acima de 50 anos 11 A figura 01 mostra que dos 10 entrevistados, 50% tem idade de 20 a 35 anos, 40% de 36 a 50 anos e 10% acima de 50 anos. Portanto, devemos começar desde cedo a entender sobre as finanças, e aplicar na prática os princípios da educação financeira, para uma melhor distribuição da renda, assim é necessário ensinar para os filhos sobre o dinheiro, como gastar e como economizar, para que não se tornem jovens impulsivos que gastam sem limites. Figura 2: Escolaridade. Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Já na figura 2, mostra que 50% dos entrevistados tem apenas o ensino médio, 42% tem ensino superior e 8% tem graduação de Mestre. Portanto, representa que as pessoas estão desde cedo procurando controlar suas finanças, Figura 3: Número de pessoas/renda da família. Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 50% 42% 8% Médio Superior Mestre 36% 46% 18% 1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 12 A administração do dinheiro não precisa estar relacionada com o número de pessoas residentes na família, e sim da forma como elas foram orientadas a organizar seus gastos e recebimentos. Na análise da figura 03, dos 10 entrevistados, nota-se que 36% das famílias têm 1 pessoa que é responsável pelo rendimento da casa, 46% têm 2 pessoas, número esse que pode ser considerado mais relevante, tendo em vista o padrão de vida atual e apenas 18% apontam as famílias com até 3 pessoas que geram renda para as despesas domésticas. Figura 4: Possui dívidas, quais? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Para possuir algo é necessário investir, e para investir, muitas vezes é necessário fazer algum tipo de dívida, porém, um planejamento para qualquer investimento é muito importante. Na realidade existem inúmeras pessoas que fazem dívidas sem se planejar, resultando em desespero e na sensação de que sempre falta dinheiro. Na figura 4, podemos observar que apenas 10% das pessoas entrevistadas não possuem dívidas momentâneas, justifica-se por economizar aos poucos e comprar à vista, diminuindo assim os tão temidos juros. Esta é a atitude mais coerente, uma vez que dessa forma se economiza consideravelmente. Com o maior índice de 40% está a dívida com o uso do cartão de crédito, deve-se ter cuidado com os gastos, pois os juros rotativos são altos e você acaba por não conseguir quitar a dívida ou parcela. O restante com 20% tem dívidas referente a empréstimos, outros 10% com 40% 20% 10% 20% 10% Cartão de Crédito Emprétimos Financimamentos Todos Nenhum 13 dívidas de financiamentos e o mais temido são os que tem todas as dívidas, correspondendo a 20% dos entrevistados. Figura 5: Fez alguma negociação para quitar o débito? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Atualmente com os frequentes endividamentos e um altíssimo índice de juros, algumas pessoas são forçadas a aprender algo dentro da educação financeira, seja anotando seus gastos e recebimentos ou planejando como será o próximo investimento. Nota-se, porém, que 50% dos entrevistados não conseguiram quitar suas dívidas totais, isso nos diz o quanto algumas pessoas sabem pouco sobre como administrar de forma correta suas finanças pessoais. Os outros 50% demonstram ciência dos débitos e tentam quitá-los e livrar-se das dívidas, e não deixar virar uma bola de neve, que só irá aumentar o débito com juros e mais juros. Figura 6: Onde mais gasta o dinheiro? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 50%50% Sim Não 80% 20% Mercado/Alimentação/ Saúde Empréstimos/Financia mentos 14 Para analisar o que representa maior gasto no orçamento, é preciso saber quais despesas atingem o orçamento com maior impacto, o que relata a figura 6: mercado, alimentação e saúde representaram 80% das despesas que mais afetam o orçamento. Os financiamentos e os empréstimos representaram 20% das despesas das famílias, por diversos momentos algumas pessoas acabam não vencendo as contas e se endividando. Deve-se sempre analisar a viabilidade de qualquer dívida a longo prazo, para que não se torne maior do que o seu planejamento devido aos juros e aumentos. Figura 7: Tem algum conhecimento sobre controle de despesas pessoais? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Na vida, aprendemos muitas coisas através de experiências práticas. Dos pesquisados, 60% afirmaram que sabem sobre dinheiro e sua administração foi adquirida através de suas vivências, e muitas vezes, dos gastos além da conta. E 40% não sabem ou sabem pouco sobre como fazer o controle suas despesas financeiras. Isso reflete que em meio a várias tentativas de administrar suas finanças, as pessoas acabam deixando de pedir ajuda por julgar saber o que estão fazendo e com isso estendendo por um período maior a solução financeira. 60% 40% Sim Não 15 Figura 8: Como evita o gasto com itens sem necessidade? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Cerca de 20% das famílias responderam que é difícil guardar dinheiro, pois os supérfluos estão atingindo um nível descontrolado no orçamento mensal. Já para 30% dos entrevistados, tem que ter alto controle nos gastos desnecessários, fugir deles é uma alternativa. E o restante, equivalente a 50% acham que economizar hoje, é se beneficiar futuramente da sua renda, poder fazer o que gosta, comprar o que gosta e não se preocupar. Portanto, essa falta de controle somente será superada com disciplina da parte de todos os envolvidos, o que no começo poderá assustar, mas após a criação do hábito, tudo ficará mais fácil e organizado. Figura 9: Realiza algum tipo de controle financeiro? Qual? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 30% 50% 20% Fugindo/autocontrole Economizando Sem controle 50% 30% 10% 10% Anotações/Caderneta Extratos Planilha Apps cartão 16 Das 10 pessoas entrevistadas, 50% fazem esse controle por meio de anotações, caderneta, os 30% verificam os gastos pelos extratos, 10% utilizam planilha para esse controle financeiro e os outros 10% fazem a organização dos gastos por aplicativos dos cartões. Uma questão importante de se observar é o controle diário dos gastos, pois é aí que se consegue visualizar detalhadamente os recebimentos e a sua destinação, os gastos supérfluos e onde se pode economizar e encaminhar parte disso à poupança, garantindo, assim, uma renda momentânea para eventuais necessidades. Figura 10: O que sabe sobre poupança/investimentos? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Entre os entrevistados, analisou-se que 70% sabe pouca coisa sobre o assunto de poupança e seus rendimentos. Se planejando, pode-se conseguir poupar algum valor e obter rendimento dos juros, aplicando na poupança ou investindo, mas primeiro deve-se realizar um estudo de risco, para que não perca dinheiro em maus investimentos. E 30% admitiram não saber nada sobre o assunto, mas que em momento oportuno, buscaram conhecer e adotar medidas mais eficazes para poupar seus ganhos. 70% 30% Pouco Nada 17 Figura 11: Você já recebeu algum conselho profissional sobre finanças? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Dos entrevistados, 60% nunca recebeu auxílio de um profissional para o controle do orçamento financeiro, e 40% já recebeu algum tipo de ajuda para organizar seus gastos e ganhos. O planejamento se torna algo fácil e claro,quando se tem ajuda de pessoas habilitadas no assunto, com isso a mudança de alguns hábitos vai ajudar de alguma forma a não comprometer o orçamento no fim do mês. Figura 12: Você definiu metas financeiras? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 40% 60% Sim Não 60% 40% Sim, economizar em tudo Não 18 A maioria dos entrevistados relatou que procura definir metas financeiras, que seria economizar em tudo, para não gastar à toa e passar por dificuldades por causa de algo não programado dentro do orçamento, correspondendo a 60% da nossa pesquisa. Já os 40% responderam que não economizam tanto, vivem o agora, mas que uma hora ou outra passam por algum aperreio financeiro. No entanto, a parcela mínima demonstrou que precisa de disciplina para uma melhor distribuição de sua renda. Figura 13: Qual sua maior preocupação relacionada a suas finanças pessoais? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Analisando as respostas que se obteve na figura 13, 80% dos entrevistados relatam que honrar suas dívidas é a maior preocupação, e para 20% das famílias, ficar sem dinheiro para comprar o básico é algo preocupante, isso acontece em muitos lares por falta de controle e disciplina. Uma família instruída e que sabe aonde quer chegar, com certeza terá sucesso em qualquer decisão a que vier tomar. 80% 20% Dívidas Faltar itens básicos 19 Figura 14: Gostaria de aprender sobre o tema, para melhorar suas finanças pessoais? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Na questão sobre o conhecimento para organizar as finanças, 90% dos entrevistados gostariam de aprender sobre o assunto, enquanto 10% estava indeciso sobre adquirir conhecimento do tema. Nota-se uma visão mais ampla da sociedade em querer se adaptar e usar estratégias para controlar o seu dinheiro, e com isso, poder poupar um pouco e manter o orçamento sempre positivo. Figura 15: Tem alguma reserva de emergência ou plano de economia? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. 90% 10% Sim Talvez 60% 40% Sim/poupança Não 20 Nem sempre se consegue guardar dinheiro. É o que afirmam 40% dos entrevistados, que reservam uma parte de seu dinheiro somente quando sobra, mostrando dessa forma não terem uma regra, nem disciplina para manter um padrão eficiente. Em contrapartida, 60% dispõem uma parte dos ganhos mensais guardados na poupança para eventuais emergências. Figura 16: Sobre a aposentadoria, pretende se aposentar ou já é aposentado (a)? Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelos autores. Dos entrevistados, 20% já está com aposentadoria por tempo de serviço, e o restante equivalente a 80% são os que pensam sobre o assunto e buscam chegar a ter uma aposentadoria tranquila e segura em termos financeiros. Nos dias de hoje vivemos tempos de emergência e crise, preocupações econômicas e situações de desemprego. Por isso, agora o mais importante é ter atenção e controle das finanças e fazer as escolhas de consumo mais necessárias e evitar gastos. Portanto, fazer o controle e a gestão do orçamento familiar é muito importante e todos na família devem aprender. Para começar basta saber muito bem quais são os nossos ganhos e os nossos gastos, com isso, conseguimos organizar-se para garantir que não se gaste mais do que ganhamos e até para reservarmos uma parte para poupança. 80% 20% Sim, por idade/tempo de serviço sou aposentado (a) 21 4 CONCLUSÃO O orçamento familiar exige a avaliação de vários itens, e para o controle dos seus gastos é necessário que todos os integrantes da família, conheçam a situação financeira da casa e compartilhem dos mesmos objetivos a serem atingidos com a renda obtida, de forma a estabelecer um mecanismo útil para que estes objetivos sejam alcançados. É muito importante que as famílias analisem as dívidas que possuem e procurem negociá-las, para evitar que novas contas surjam, é de fundamental importância que todos analisem a necessidade de um bem ou serviço antes de compra-lo, sendo os itens supérfluos os vilões do orçamento. A principal vantagem do orçamento familiar está na adoção de melhores hábitos financeiros, pois com uma boa organização, prazos e limites de gastos estabelecidos, é possível evitar atraso e acúmulo de contas e, consequentemente, o gasto de mais dinheiro com pagamento de juros e multas. A educação financeira é capaz de mudar e criar hábitos para que se tenha um futuro financeiro saudável, e exige que cada pessoa tenha conhecimento de como ganhar dinheiro, se planejar, saber poupar e investir. Portanto, o orçamento familiar e as finanças pessoais se fazem necessário com conhecimento financeiro para o controle dos gastos pessoais e domésticos. Esse trabalho se justifica pela importância do tema em um contexto familiar, pois a destinação dos recursos financeiros de cada família exerce influência direta na forma de vida dos indivíduos que as integram. O estudo de um grupo específico, como as famílias, pode contribuir para um melhor entendimento dos aspectos que envolvem o hábito ou não de realizar planejamento financeiro familiar. Uma boa prática do planejamento financeiro é capaz de auxiliar as famílias a exercerem de forma mais aprofundada o seu papel de formadoras de indivíduos críticos e conscientes. Por fim, sugere-se as pessoas que queiram atingir independência financeira que façam a gestão das finanças da seguinte forma: ganhar dinheiro; poupar; evitar dívidas; investir corretamente e, educar-se financeiramente 22 REFERÊNCIAS CERBASI, Gustavo Petrasunas. Dinheiro: os segredos de que tem. São Paulo: Editora Gente, 2005/2010. CERBASI, Gustavo Petrasunas. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira pessoal na prática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2009. (Coleção Expo Money). CLARK, R. L. et al. Retirement plans and saving decisions: the role of information and education. Journal of Pension Economics and Finance, v. 5, n. 1, Mar. 2006. BARROSO, Bárbara. Tempos Complicados, Soluções Simples. Rio de Janeiro. Editora Oficina do Livro, 2011. 1ª ed. HALFELD, Mauro. Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo:Fundamento Editorial, 2005. Baseado em: MODIGLIANI, F. Life Cycle, Individual Thrift, and the Wealth Of Nations. The American Economic Review, v. 76,n.3, p. 297-313, June 1986. LOPES, Everton. Qualidade de vida financeira. 2011. Disponível em: <http://qualidadedevidafinanceira.blogspot.com.br/2011/04/qualidade-de-vida- financeira-com.html>. Acesso em: 10/06/2022. MARQUES, Wagner Luiz. O Crime da Meia Noite – O empreender. Cianorte-PR. Editora Brasil, 2010. 1ª ed. NAKATA, Rogério. Serviços de Planejamento Financeiro. Qual a importância de ter seu próprio Planejamento Financeiro Pessoal ou Familiar? Disponível em <http://www.economiacomportamental.com.br/planejamento_financeiro_pessoal_ou_ familiar.asp>. Acesso em 16/05/2022. ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE. Advancing National Strategies for Financial Education. OECD’s Financial Education Project. OCDE. Disponível em: <http://www.oecd.org/> Acesso em: 10/06/2022. ROSETTI JÚNIOR, H. Educação matemática financeira: conhecimentos financeiros para a cidadania e inclusão. Revista Científica Internacional: Inter Science Place. Ano 2, nº 09. Set./out., 2009. Disponível em: <http://www.interscienceplace.org/interscienceplace/article/view/52/>. Acesso em: 09/06/2022. SAVOIA, J. R. F.; SAITO, A. T.; SANTANA, F. de A. Paradigmas da educação financeira no Brasil. Revista de Administração Pública [online], v. 41, n. 6, p. 1121- 1141,nov./dez. 2007. Disponível em: 23 <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003476122007000600006& lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09/06/2022. SILVESTRE, Marcos. 12 Meses para Enriquecer:o plano da virada. São Paulo. Editora Lua de Papel, 2010. 24 QUESTIONÁRIO 1. Idade/Faixa Etária? (20 a 35 anos, 36 a 50 anos, acima de 50 anos) 2. Escolaridade? (Fundamental, Médio, Superior, Mestre) 3. Quantas pessoas compõem a renda da casa? (1, 2 ou 3) e qual a Faixa salarial? (1 salário mínimo, 2 a 3 salários mínimos, mais de 5 salários mínimos) 4. Possui dívidas, quais? (Cartão de crédito, Financiamentos, empréstimos, crediário lojas) 5. Fez alguma negociação para quitar o débito? (Sim ou não) 6. Onde mais gasta o dinheiro? Qual ou quais? 7. Tem algum conhecimento sobre controle de despesas pessoais? (Sim ou não) 8. Como evita o gasto com itens sem necessidade? 9. Realiza algum tipo de controle financeiro? Qual? 10. O que sabe sobre poupança/investimentos? 11. Você já recebeu algum conselho profissional sobre finanças? 12. Você definiu metas financeiras? Qual ou quais? 13. Qual sua maior preocupação relacionada a suas finanças pessoais? 14. Gostaria de aprender sobre o tema, para melhorar suas finanças pessoais? 15. Tem alguma reserva de emergência ou algum plano de economia? Qual? 16. Sobre a aposentadoria, pretende se aposentar ou já é aposentado (a)?