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ANÁLISE DO ESTADO PARA COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO

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11 
 
X - Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à 
diversidade e à sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 2014, 
documento on-line). 
Verificamos, por meio de diferentes documentos normativos, os 
desdobramentos das principais tarefas que são de incumbência do Estado, em 
colaboração entre as esferas federais, estaduais e municipais, para assegurar uma 
educação pública de qualidade, que promova a equidade, justiça social e 
desenvolvimento para o exercício da cidadania e para as relações profissionais. Por 
meio de políticas educacionais, são buscados meios de enfrentamento de 
problemas que são consequência de nossa trajetória educacional, marcada por 
desigualdade e luta de classes. (LIMA, 2019) 
5 ANÁLISE DO ESTADO PARA COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO 
Para que possamos acompanhar o processo de alguma atribuição do 
Estado, é necessário identificar algumas de suas especificidades, ou seja, os 
elementos que a compõem, responsáveis por sua formulação, execução e 
implementação. Para tanto, podemos iniciar esse estudo a partir do conceito de 
Estado de Easton (1982) e Schwartzman (1982, apud CABERLON, 1997, p. 130): 
[...] a força do conceito de Estado é que ele se refere a um 
espectro muito concreto e generalizado das sociedades modernas - o 
desenvolvimento de grandes e complexas estruturas organizacionais que 
concentram o poder, tendem a manter o monopólio do uso da força, 
organizam-se em linhas burocráticas (e) têm um limite territorial definido 
(...). Além disso, o Estado não é uma simples 'função' dentro de um sistema 
político, uma vez que, de acordo com suas diferentes histórias, cada 
sociedade tem seu tipo peculiar [...]. 
Nesse sentido, se trouxermos o conceito de Estado para a realidade de 
governo brasileiro, estreitamente articulado ao modelo capitalista e ao fenômeno da 
globalização, veremos se desdobrarem movimentações a partir da tendência 
neoliberalista, redefinindo o papel do Estado e de suas relações com os setores 
sociais, políticos e educacionais. Pautas como a promoção da igualdade e da justiça 
perdem espaço para a ampliação da produtividade, da eficiência e da qualidade 
(CABERLON, 1997). 
 
12 
 
Reconhecer que nosso Estado se organiza como uma democracia nos leva 
a refletir sobre o termo “governabilidade”, que, nas palavras de Oliveira (1995, p. 
61), significa a “[...] capacidade de governar apoiada em tendências muito concretas 
na sociedade e dirigida no sentido de um processo de liquidação das desigualdades 
sociais”. Assim, a atuação do governo compreende as discussões sobre as políticas 
atuais relacionadas ao nosso contexto histórico, social e econômico. Ao verificarmos 
que o Estado assumiu o papel de regulador de políticas educacionais, identificamos 
que essas atribuições se configuram a partir das seguintes circunstâncias, de 
acordo com Barroso (2005, p. 733–734): 
A regulação é um processo constitutivo de qualquer sistema e tem por 
principal função assegurar o equilíbrio, a coerência, mas também a 
transformação desse mesmo sistema. - O processo de regulação 
compreende, não só, a produção de regras (normas, injunções, 
constrangimentos etc.) que orientam o funcionamento do sistema, mas 
também o (re) ajustamento da diversidade de acções dos actores em 
função dessas mesmas regras. - Num sistema social complexo (como é o 
sistema educativo) existe uma pluralidade de fontes (centro/periferia, 
interno/externo (...), de finalidades e modalidades de regulação, em função 
da diversidade dos atores envolvidos, das suas posições, dos seus 
interesses e estratégias. - A regulação do sistema educativo não é um 
processo único, automático e previsível, mas sim um processo compósito 
que resulta mais da regulação das regulações, do que do controlo directo 
da aplicação de uma regra sobre acção dos “regulados”. Embora no 
quadro do sistema público de ensino o Estado constitua uma fonte 
essencial de regulação, ele não é a única, nem por vezes a mais decisiva 
nos resultados finais obtidos. 
A partir das considerações aqui feitas, observamos que os processos 
regulatórios são complexos e envolvem diferentes elementos que devem ser 
articulares para viabilizar a implementação de políticas educacionais em contextos 
tão variados quanto os que compõe nosso país. (LIMA, 2019) 
 
 
13 
 
 
 
Hoje em dia, ao verificarmos como o cenário da educação se apresenta, 
identificamos o quanto estamos mal desenvolvidos no que tange ao nível 
educacional dos nossos cidadãos. Ações para o enfrentamento desse grave 
problema são fundamentais. De acordo com Buarque (1991), esse nível de 
desenvolvimento não se relaciona necessariamente aos processos naturais da 
modernização global, mas com o modo como o nosso país foi modernizado. 
Acima de tudo, essa modernização atrelada ao neoliberalismo nos 
impulsiona para caminhos educacionais que devem ser estudados com cautela para 
que se possa identificar se, de fato, estamos avançando e assegurando aos 
cidadãos o que lhes é de direito no que tange ao sistema de ensino. (LIMA, 2019) 
6 AS FASES DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO 
Desde o início do século XX, já vinha sendo apontada pelos intelectuais da 
época a necessidade da criação de um plano nacional de educação, de um sistema

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