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VIA DAS PENTOSES É uma via que acontece paralela à glicólise com o objetivo de produzir: 1. NADPH (nicotinamida - vitamina B3) 2. Ribose-5-P 3. Intermediários da glicólise para formar ATP A glicoe-6-P é o precursor comum em ambas as rotas. É uma via anaeróbica que ocorre no citoplasma de todas as células do organismo, pois todas as células precisam de NADPH para desintoxicação redutora, além das maiorias das células precisarem também de ribose-5-P para a síntese de nucleotídeos. É uma via que apresenta duas fases: oxidativa e não-oxidativa. FASE OXIDATIVA Nessa fase, a partir de uma molécula de G-6-P, ocorre a produção de 2NADPH e de ribose-5-P. NADPH, mais do que o NADH, em geral é utilizado nas células para rotas que requerem a entrada de elétrons para reações de redução, pois a razão NADPH/NADP+ é muito maior do que a razão NADH/NAD+. Para produzir ribose-5-fosfato a partir da rota oxidativa, a ribulose-5-fosfato formada a partir da ação de duas etapas oxidativas é isomerizada para produzir ribose-5-fosfato. FASE NÃO-OXIDATIVA As reações não-oxidativas dessa rota são reações reversíveis que permitem que intermediários da glicólise (gliceraldeído-3-P e frutose-6-P) sejam convertidos em monossacarídeos de cinco carbonos (como ribose-5-P). O resultado total do metabolismo de 3Ribulose-5- fosfato na rota da pentose-fosfato é a formação de 2Frutose-6-fosfato e 1Gliceraldeído-3- fosfato, o qual, então, continua através da rota glicolítica com a produção de NADH, ATP e piruvato. REGENERAÇÃO DA GLUTATIONA A regeneração da glutationa é uma via importante, pois o NAPDH formado na reação oxidativa mantem a glutationa reduzida, assim, a glutationa atua protegendo as células (principalmente hemácias e células da córnea e cristalino) contra EROs. A glutationa é formada por três AA essenciais (GLY, CYS e GLU). A glutationa é um importante redutor de radicais livres. A via das pentoses regenera a glutationa. O NADPH transfere os elétrons para a glutationa (GSSG), a deixando reduzida (2GSH). O NADPH também é utilizado para rotas anabólicas, como síntese de ácidos graxos, síntese de colesterol e alonga- mento da cadeia de ácidos graxos. Ela é a fonte de equivalentes redu- tores para a hidroxilação por citocromo P450 de compostos aromáticos, esteróides, alcoóis e fármacos. DOENÇAS CÂNCER E METABOLISMO GLICOLÍTICO De modo geral, as alterações no metabolismo celular no câncer são decorrentes do metabolismo da glicose. Elas aumentam a expressão de hexoquinases e GLUT1 e 3. DEFICIÊNCIA DE G6PD A deficiência de glicose-6-p-desidrogenase está ligada ao cromosso X (grave em pacientes masculinos). É assintomática, com vida normal se a pessoa não sofrer grandes estresses oxidativos. Não produz NADPH pela via das pentoses, mas produz NADPH por outras vias. Não tem reserva de poder redutor, perdendo a capacidade de reparar os danos oxidativos. É incidente em povos s do sudeste asiático, oriente médio, Mediterrâneo, Amazonas (Malária). SÍNDROME DE WERNECK-KORSAKOFF Grave síndrome neuropsiquiátrica associada à carência de tiamina (vitamina B1) que pode estar associada por consumo excessivo de álcool e/ou má alimentação. O etanol dificulta a absorção de tiamina no intestino. A redução da transformação de pirofosfato de tiamina (TPP) reduz a velocidade da via das pentoses e na redução da via glicolítica aeróbica. A síndrome também pode ser causada pela mutação na transcetolase, resultando numa enzima com baixa afinidade pelo TPP.
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