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ESTENCIL E SERIGRAFIA - Gabriel de Andrade

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – ARTES VISUAIS
GRAVURA I - NILZA ELIANE AFONSO DE SOUZA QUINTILIANO
GABRIEL DE ANDRADE CRUZ
RESUMO
ESTÊNCIL E SERIGRAFIA: OS USOS TRADICIONAIS E ARTÍSTICOS
DA TÉCNICA DE MOLDE VAZADO
A serigrafia, também conhecida como silk-screen, é uma arte de impressão em que a tinta é espalhada através de movimentos feitos com um rolo de tinta em uma tela. O texto introduz uma pesquisa de mestrando que aborda o surgimento e os usos do molde vazado. O molde vazado permite rapidez na impressão, na cópia, na repetição e criação de padrões, fazendo com que os tivessem novas maneiras de fazer arte. A possibilidade de cópia, a rapidez na impressão e a criação de padrões foram justamente as potencialidades que atraíram os artistas, fazendo com que o estêncil e a serigrafia fossem amplamente explorados no campo das artes visuais ao longo do Século XX até o Século XXI (dias atuais).
Surgimento e usos tradicionais do estêncil e serigrafia
Molde vazado é uma técnica antiga de impressão onde consiste no uso de uma superfície que, em algumas partes, impede e, em outra partes, permite a passagem de pigmento/tinta. Ao aplicar tinta sobre um molde, a parte em que ele está vazado, terá a tinta barrada, entretanto, na parte onde está aberta, a impressão irá acontecer. Os primeiros indícios dessa técnica está nas paredes das cavernas, com pinturas rupestres. Antigamente, mãos humanas eram usadas como moldes e barravam a passagem da tinta, imprimindo as silhuetas das mãos.
Desenvolvido por chineses e japoneses por volta de 500 e 1500 a.C, estêncil é um tipo de molde vazado em que a figura é impressa a partir do corte em uma superfície plana. Os mais antigos registros do uso desta técnicas está nos tecidos japoneses. O estêncil é uma arte tradicional e é muito usada na estamparia de tecidos, decoração de paredes (igrejas e castelos medievais, por exemplo) e mobília.
A serigrafia, palavra que tem origem do termo sericum (em latim, seda) e grafia (em grego, desenha e/ou gravar), é uma técnica de molde vazado mais recente que foi desenvolvida a partir do estêncil. Ela consiste no uso de uma tela na qual um tecido é esticado e gravado através de um processo fontossensibilitizante. Ela não depende do corte, então, permite a impressão de figuras ainda mais detalhadas. A serigrafia foi muito utilizada pelos norte-americanos na impressão de uniformes e material bélico, inclusive na fuselagem de aviões: isso provocou a visibilidade em larga escala e interesse pela técnica, fazendo com que fosse um grande marco para a difusão da técnica.
Usos artísticos do estêncil e da serigrafia
A autora do texto usa algumas obras de artistas para demostrar os usos artísticos das técnicas de estêncil e serigrafia. Os artistas foram escolhidos em função das técnicas que utilizam/utilizavam, o interesse pela repetição e criação de padrões e também as questões políticas e sociais que abordavam.
	Começando por Bansky, um artista de rua britânico que usa o estêncil para produzir grafites com caráter de denúncia. Ele traz questões sociais para arte, tais como consumismo, violência, preconceito e hipocrisia política e social. Suas obras são espalhadas por todo o mundo (Inglaterra, França, Áustria, Estados Unidos, Austrália, Palestina e entre outros) usando a cidade como galeria. Um de suas séries de trabalhos mais recentes foi uma inciiada em paris sobre a crise de refugiados e sobre a dura política de imigração francesa.
	No Brasil, temos Mônica Nador, que também se preocupa em utilizar a arte com alguma finalidade social. Usando a técnica de estêncil, ela desenvolveu grandes murais em comunidades carentes, promovendo oficinas colaborativas onde é ensinado técnicas para os moradores e a pintura de fachadas de casas, onde os motivos decorativos são escolhidos pelos próprios moradores (com os quais Mônica estabelece vínculos sociais). Ela é referência em ação coletiva que junta arte e ativismo.
	Agora sobre Andy Warhol, único artista citado que já morreu, artista pop que utilizou da técnica da serigrafia para executar seus trabalhos seriados e principal expoente da serigrafia. Depois da Segunda Guerra, o Estados Unidos passava pelo sonho americano, com a alta do consumo, onde a Arte Pop era o tipo de arte que atendia o movimento, baseando-se nos meios de propaganda da comunicação de massa. Esse movimento artístico abrangeu as tecnologias de reprodução, a sedução do objeto e a cultura de massa ao mesmo tempo. A vida urbana, a publicidade, os produtos, o design, as celebridades, personagens e os artigos de moda são exemplos de cultura de massa que representam a cultura pop. Desta repetição frenética é que Andy Warhol se apropriava em suas obras. Warhol entendia as espefícidades de seu tempo, pois ele entendia como os modos de produção e de consumo funcionava e explorava em seus trabalhos a sedução e a violência da sociedade em que vivia.
	Por fim, a autora finaliza e considera o uso e da serigrafia como uma das capacidades técnicas tradicionais capazes de resistir ao tempo, pois, apesar das muitas técnicas de tecnologia de impressão desenvolvidas nos últimos anos, estas duas técnicas continuam sendo utilizadas para fins práticos e fins artísticos. A autora também reflete sobre o uso político e social destas técnicas, enfatizando que cada autor fez uma leitura de seu tempo e transformou a arte em um espaço de luta, ressignificação e denúncia.
Montes Claros, MG

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