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Objetivos: • Estudar os graus e tipos de hemofilia e a relação com a herança genética; • Revisar cascata de coagulação; • Entender a fisiopatologia da hemofilia e suas manifestações clínicas; • Compreender o diagnóstico e tratamento da hemofilia. Referências: Hematologia básica (Fisiopatologia e Diagnóstico Laboratorial -6ed Cap: 4), Manifestações clínicas e diagnóstico da hemofilia (UpToDate, 2022)., Estratégia MED. Hemofilia • Distúrbio de coagulação hereditário; • Herança ligada ao cromossomo X, logo afetam quase exclusivamente homens; • Mulheres heterozigóticas são assintomáticas. Classificação • Hemofilia A (clássica) Deficiência do fator VIII; 80% dos casos de hemofilia (Homens); • Hemofilia B (Doença de Christmas) Deficiência do fator IX Maioria dos casos em história familiar. Fisiopatologia • Defeito na hemostasia secundária; • Existem genes que codificam a produção dos fatores VIII e IX; • Esses genes ficam localizados no cromossomo X (Herança ligada ao sexo); • O defeito pode ser quantitativo (com níveis reduzidos ou ausentes do fato) ou qualitativo (com presença de um fator não funcionante); Na hemofilia A: ocorrem deleções, inserções e mutações no gene do fator VIII, levando a uma menor expressão do fator Na hemofilia B: decorrente de uma menor produção congênita do fator IX Quadro clínico • Os episódios hemorrágicos podem surgir após traumas ou espontaneamente e são proporcionais aos níveis funcionais residuais da proteína acometida; • Logo a apresentação clínica é muito heterogênea, com pacientes apresentando quadros leves (boas quantidades de fator ativo – hemorragias associadas apenas a grandes traumas) ou quadros graves (baixos níveis do fator – hemartroses e hematomas profundos). • Hemartroses Manifestação clínica mais comum das hemofilias; Sangramento espontâneo ou provocado o espaço sinovial; APG 28 Principalmente em joelhos, cotovelos e calcanhares (articulações monaxiais) Dor, edema e calor local; Deformidade articular: devido as repetidas hemartroses, instala-se inflamação sinovial e sinovite crônica, com consequente Artropatia. • Hematomas musculares Podem evoluir para compressão de nervos periféricos e até mesmo síndrome compartimental. • Hematúria assintomática (não dolorosa) Pode ocorrer em pacientes com deficiências mais severas do fator acometido. • Sangramento intracraniano Complicação gravíssima e importante causa de morte (5%) A presença de cefaleias persistentes e habituais em hemofílicos deve sempre levar à suspeita de sangramentos intracranianos, mesmo sem história de trauma. Diagnóstico • TTPA: prolongamento do TTPA (exame de coagulação que avalia as vias comum e intrínseca) • TP: normal (via comum e extrínseca); • Dosagem especifica do fator de coagulação: confirmação laboratorial Tratamento • Reposição do fator de coagulação deficiente • Pode ser feito de forma profilática ou terapêutica; • Profilaxia: administração regular do fator para manter os níveis séricos elevados • Tratamento episódico: reposição do fator durante quadro de sangramento ativo
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