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111Em teoria, qualquer composto pode ser amos- trado utilizando-se um tubo com um adsorvente de carvão vegetal e uma bomba também pode ser es- tudada usando-se um detector passivo. Estes detec- tores têm uma geometria projetada na medida para conseguir uma velocidade de amostragem eficaz. A amostragem começa removendo-se a tampa do detector e termina quando a tampa é colocada de volta no seu lugar. A maioria dos detectores por difusão são suficientemente precisos para determi- nar as exposições médias ponderadas num tempo de oito horas, mas não são adequados para exposições de curto prazo. As bolsas de amostras podem ser utilizadas para recolher amostras integradas de gases e vapores. As suas propriedades de permeabilidade e de adsorção permitem preservar as amostras durante um dia com uma perda mínima. As bolsas são de “Teflon” (polite- trafluoroetileno) e “Tedlar” (fluoreto de polivinilideno). Intervenções de controle das exposições Uma vez que se identifica e se avalia os riscos, devem-se decidir quais são os métodos de controle mais adequados para controlar esses riscos específi- cos. Os métodos de controle são geralmente dividi- dos em três categorias: 112 a) Controle técnicos; b) Controle administrativos; c) Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Como acontece em qualquer mudança nos pro- cessos de trabalho, o sucesso destas intervenções de- pende da formação recebida pela equipe. Os controles técnicos são alterações dos pro- cessos ou equipamentos que reduzem ou eliminam a exposição a um agente. Por exemplo, a substituição de uma substância por outra menos tóxica ou a ins- talação de um sistema de ventilação/exaustão loca- lizadas que elimine vapores gerados durante a etapa de um processo, são exemplos de controles técnicos. Alguns controles técnicos para o ruído são, por exemplo, a instalação materiais abafadores de som, enclausuramento de máquinas ruidosas ou silencia- dores nas aberturas de ar. Outro controle técnico pode incluir a mudança do próprio processo. Um exemplo deste tipo de controle seria remover um ou mais passos de desengorduramento (remoção de óleo ou graxas) num processo que anteriormente necessitavam de três etapas. Ao eliminar a necessi- dade de executar a tarefa que produziu a exposição, a exposição total trabalhador é controlada. A van- tagem de controles técnicos de engenharia é que eles exigem uma parcela relativamente pequena do trabalhador, que pode prosseguir o seu trabalho em 113um ambiente mais controlado se, por exemplo, os contaminantes são automaticamente removidos da atmosfera. Isto contrasta com uma situação na qual o trabalhador é escolhido como parte de um método de controle, como por exemplo, ao ter que usar um respirador ao executar a tarefa em um local de tra- balho "não controlado". Além de instalar ativamente os controles técnicos de engenharia para os equipa- mentos existentes, uma empresa pode adquirir no- vos equipamentos que incorporam tais controles ou outros mais eficazes. Geralmente, o enfoque combi- nado é muitas vezes mais eficaz. Exemplificando-se: a instalação de alguns controles técnicos de enge- nharia e o uso de EPIS´s para novos equipamentos com melhores controles, permitindo dispensar os EPI´s adquiridos. Alguns exemplos comuns de con- troles técnicos são: • Ventilação localizada e geral; • Isolamento: colocando uma barreira entre o trabalhador e o agente; • Substituição: utilização de materiais menos tó- xicos e não ou pouco inflamáveis, etc.; • Mudanças no processo: remoção de está- gios perigosos. O higienista industrial deve considerar as tare- fas desempenhadas pelo trabalhador e solicitar a sua 114 participação no projeto ou na seleção de controles técnicos. Por exemplo, a instalação de barreiras no local de trabalho pode prejudicar significativamente a capacidade de um trabalhador para realizar o seu trabalho e pode reduzir o desempenho. Os contro- les técnicos são o método mais eficaz para reduzir a exposição. Muitas vezes, eles são também os mais caros. Posto que os controles de engenharia são efi- cazes e dispendiosa, é importante que se consiga a máxima participação dos trabalhadores na sua esco- lha e design. Assim, deve-se aumentar a probabilida- de de que os controles reduzam as exposições. Os controles administrativos são mudanças na forma um trabalhador executar as tarefas relaciona- das com o seu trabalho, por exemplo, redução do tempo de trabalho em uma área de riscos ou mudan- ças nas práticas de trabalho, como a correção da po- sição do corpo para reduzir a exposição. Controles administrativos podem aumentar a eficácia de uma intervenção, mas tem as seguintes desvantagens: • A rotação de trabalhadores pode reduzir a ex- posição média total durante um dia de trabalho, mas aumenta o número de trabalhadores que serão sub- metidos a exposições elevadas durante curtos perío- dos de tempo. À medida que mais se conhece sobre os tóxicos e os seus mecanismos de ação, sabe-se que as exposições pico de curta duração podem re- 115presentar um risco maior do que se estimaria por sua contribuição na exposição média; • A modificação das práticas de trabalho pode representar um importante desafio de aplicação e monitoramento. A aplicação e o monitoramento das práticas de trabalho determinam a sua eficácia. Esta atenção constante que exigem controles administra- tivos é um custo importante. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é composto por elementos que se entregam ao tra- balhador para que eles usem quando executam de- terminadas tarefas (ou todas) em seus postos de tra- balho. Alguns desses EPI´s são os respiradores, os óculos de segurança, as luvas e os protetores faciais. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) só devem ser utilizados quando os controles técnicos de engenharia não conseguiram controlar a exposição a níveis aceitáveis, ou quando esses controles não são viáveis, como por exemplo, por razões operacionais ou de custo. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) pode fornecer proteção importante para os tra- balhadores caso sejam usados corretamente. Para a proteção do trato respiratório, o fator de proteção, ou seja, a relação entre a concentração den- tro e fora do respirador, pode ser de 1.000 por ou mais por 1 (para os respiradores de ar fornecidos por pressão positiva) ou de 10 por 1 (para os respiradores 116 que purificam o ar e ocupam a metade da face). As luvas (deve-se escolher um modelo adequado) podem proteger as mãos durante horas contra solventes. Os óculos de proteção podem oferecer uma proteção efi- caz contra respingos de substâncias químicas. Em geral, para reduzir a exposição a níveis aceitáveis, devem-se combinar diferentes tipos de controles. Quaisquer que sejam os métodos escolhi- dos, a intervenção deve reduzir a exposição e o risco resultante para um nível aceitável. Há, no entanto, muitos outros fatores a considerar ao escolher uma intervenção. Por exemplo: • Eficácia dos controles; • Facilidade de uso para o trabalhador; • Custo dos controles; • Confiabilidade das propriedades de proteção do material; • Nível aceitável de exposição; • Frequência da exposição; • Via(s) de exposição; • Requisitos regulamentares para contro- les específicos. A eficácia dos controles é, obviamente, um as- pecto fundamental quando são tomadas medidas para reduzir a exposição. Quando se compara um tipo de intervenção com outro, deve-se ter em conta 117o nível de proteção necessário que justifique as difi- culdades que podem levar a intervenção O controle excessivo é um desperdício de recursos que poderia ser utilizado para reduzir outras exposições aos ris- cos ou que afetam outros funcionários. Além disso, um controle deficiente deixa o trabalhador exposto a condições insalubres. Um primeiro passo útil con- siste em classificar as intervenções de acordo com a sua eficácia e, em seguida, usar essa classificação para avaliar a importância de outros fatores. Para um controleser eficaz, é necessário que o trabalhador possa executar as tarefas de seus postos de trabalho enquanto que o controle é aplicado. Por exemplo, se o método de controle escolhido é uma substituição, o trabalhador deve conhecer os riscos do novo produto químico, e receber formação sobre os procedimentos seguros de manipulação, conhe- cer os procedimentos corretos de avaliação etc. Se o controle consiste em um isolamento, ou a colocação de um dispositivo que separa a substân- cia do trabalhador, deve-se permitir ao trabalhador desempenhar seu trabalho de maneira confortável. Se as medidas de controle causar interferência com as atividades de trabalho, o trabalhador vai re- sistir a usá-los e, eventualmente, poderá encontrar outras maneiras de executar tarefas que resultem em uma maior exposição, no lugar de menos. Todas as organizações dispõem de recursos li- 118 mitados. O desafio consiste em aproveitar ao máxi- mo a maior parte desses recursos. Quando exposi- ções perigosas são identificadas e uma estratégia de intervenção é desenvolvida, o custo é um fator a ser levado em conta. A decisão ideal nem sempre é a solução de maior ou menor custo. O custo se torna um fator unilateral depois de ter identificado vários métodos viáveis de controle. Então, o custo pode ser usado como critério para selecionar os controles que são mais eficazes em uma determinada situação. Se o custo é o fator determinante, desde o início, podem ocorrer controles falhos ou inadequados ou eles interferirem no trabalho eficiente dos funcioná- rios. Não seria sensato escolher controles de baixo custo que interferissem e atrasassem os processos de fabricação. O processo de perda de produtividade e o custo seria maiores. Os engenheiros industriais contribuem com seu conhecimento das instalações e processos como um todo. Os engenheiros de produção, seu conheci- mento das etapas e processos de produção. Analistas financeiros, o seu conhecimento dos problemas de alocação de recursos. Os higienistas laborais podem trazer uma perspectiva específica para este tema gra- ças ao seu conhecimento das tarefas de cada posto de trabalho, sua interação com o equipamento de fa- bricação e a forma como os controles funcionam em um determinado ambiente. Esta abordagem numa 119equipe multiprofissioinal aumenta a probabilidade de escolher o controle mais adequado, visto que se- rão analisados a partir de diferentes perspectivas. Quando se pretende proteger um trabalhador de um risco de saúde ocupacional, devem-se levar em conta as propriedades que advertem a presença de um material, tal como o seu odor ou irritação que produz. Por exemplo, se um empregado trabalha com um semicondutor numa área onde se arsenami- da é usada, a extrema toxicidade deste gás representa um risco potencial significativo. A situação é agrava- da pelas características de difícil detecção de arsena- mida. Os trabalhadores não podem detectar arsena- mida pela visão ou cheiro até que a sua concentração ainda não tenha superado os níveis aceitáveis. Nesse caso, os controles são marginalmente eficazes para manter a exposição abaixo dos níveis aceitáveis, por- que os trabalhadores não podem detectar quando esses níveis são ultrapassados. A solução aqui seria instalar controles de técnicos que isolem o trabalha- dor do material. Além disso, um detector contínuo de arsenamida poderia alertar os trabalhadores que uma possível falha de controles técnicos ocorreu. Em situações em que há um risco de exposição à alta toxicidade e características de difícil detecção, se pratica a higiene laboral preventiva. Estuda-se a aplicação de controles para proteger um trabalhador de uma substância tal como a acetona, 120 cujo nível aceitável de exposição pode ser da ordem de 800 ppm. Este nível pode ser reduzido para 400 ppm ou menos, com relativa facilidade. O exemplo da acetona contrasta com o controle de 2-etoxietanol, cujo nível aceitável de exposição pode estar na faixa de 0,5 ppm. Para conseguir a mesma porcentagem de redução (0,5 ppm para 0,25 ppm), provavelmente, se- riam necessários controles diferentes. Na verdade, com níveis de exposição tão baixos, o isolamento de material pode converter-se como principal meio de controle. Quando os níveis de expo- sição são altos, a ventilação (ou exaustão) pode con- seguir a redução necessária. Assim, o nível aceitável estabelecido pelo governo, empresas, etc. para uma substância pode influenciar a escolha dos controles. O modelo clássico para avaliar a toxidade de um agente segue a seguinte relação: TEMPO X CONCENTRAÇÃO X DOSE A dose, neste caso, é a quantidade de material que está disponível para a absorção, ou seja, tentar minimizar a concentração desta substância química ou contaminante. Também se pode reduzir a dura- ção da exposição (a razão que justifica os controles administrativos). Isto também irá reduzir a dose. O problema aqui não é que o trabalhador passe certo tempo em uma área contaminada, mas sim a 121frequência com que executa uma tarefa. Esta distin- ção é importante. No primeiro exemplo, a exposição é controlada distanciando os trabalhadores para fora da área em que estão expostos a certa quantidade de um agente tóxico. Neste caso, o esforço de inter- venção não é destinado a controlar a quantidade de substâncias tóxicas (em muitas situações, uma abor- dagem combinada pode ser utilizada). No segundo caso, a frequência de operação é usada para introdu- zir os controles adequados e não para estabelecer um horário de trabalho. Por exemplo, se uma operação como a retirada de óleos ou graxa é rotineiramente realizada por um trabalhador, os controles podem incluir medidas de ventilação, substituição por um solvente menos tóxico ou a inclusão de automação do processo. Se a operação é executada com pouca frequência (ex. uma vez por trimestre), os equipa- mentos de proteção pessoal podem ser uma alterna- tiva adequada. O higienista deve avaliar a substância, suas pro- priedades físicas, químicas e toxicológicas para deter- minar quais vias de exposição são possíveis e prováveis, dependendo das tarefas realizadas pelo trabalhador. Ao escolher os controles, um dos fatores a ser considerado são os requisitos regulamentares (leis, normas, diretrizes legais etc.). Pode haver códigos profissionais, regulamentos, etc., que imponham um determinado conjunto de controles. O higienista la- 122 boral pode atuar com flexibilidade, respeitos aos re- quisitos normativos, porém deve aplicar os controles mínimos obrigatórios. Seja qual for o tipo de intervenção que foi final- mente escolhido, deve-se facilitar a formação e ou- tros meios de informação para fazer os trabalhado- res conscientes das intervenções. A razão pela qual foi escolhido o tipo de controle, as reduções de ex- posição previstas e o papel que eles, os trabalhadores desempenham para que se atinjam estas reduções. Sem a participação e o conhecimento dos tra- balhadores, as intervenções são susceptíveis de fa- lhar ou ter uma eficiência reduzida. A formação sensibiliza funcionários sobre a existência de peri- gos. Esta consciência pode ser de grande valor para o higienista industrial tentando identificar e reduzir as exposições novas ou não detectadas previamente. A formação, rotulagem e outras atividades rela- cionadas podem fazer parte de um programa de con- formidade com os requisitos regulamentares. Seria aconselhável verificar as leis locais para ter certeza de que as medidas de formação ou rotulagem adotadas cumprem os requisitos legais e operacionais. Limites de Exposição Profissional Nos últimos 40 anos, muitas organizações em diferentes países propuseram Limites de Exposição 123Profissional (OEL) para os contaminantes ambientais. Os limites ou diretrizes que se tornaram gradualmen- te mais aceitos nos Estados Unidos e na maioria dos outros países são publicados anualmente pela Confe- rência Americana de Higienistas Industriais Governa- mentais(ACGIH), que são denominados “Threshold Limit Values” – TLV”, ou “Limites de Exposição”. Desde que se estabeleceram os OEL para agen- tes potencialmente nocivos no ambiente de trabalho, tem-se demonstrado repetidamente sua utilidade. A contribuição do OEL para a prevenção ou minimi- zação das doenças profissionais é agora um fato am- plamente aceito, mas por muitos anos não existiam esses limites. Já no século XV se sabia que a poeira e as subs- tâncias químicas em suspensão no ar podiam causar doenças e lesões, mas não estava claro quais concen- trações e a duração da exposição que seriam seguras para os trabalhadores. As primeiras tentativas de estabelecer um OEL centraram-se no monóxido de carbono, um gás tóxi- co que a maioria das pessoas estão expostas no local de trabalho. Uma das primeiras tabelas de limites de exposi- ção desenvolvida nos Estados Unidos foi publicado pelo Bureau of Mieas em 1921. Embora o próprio título não indicasse, as 33 substâncias listadas são aquelas que se encontram nos locais de trabalho. Os 124 pesquisadores da época observaram que a maioria dos limites de exposição estabelecido na década de 1930, exceto para poeiras, basearam-se em experiên- cias de curta duração com animais. A lista mais completa de limites de exposição profissional até 1926 continha 27 substâncias. Em 1935, foi publicado as respostas fisiológicas a cinco concentrações de 37 substâncias, sendo a quinta a concentração máxima admissível para uma exposi- ção prolongada. As primeiras listas de limites de exposição a substâncias químicas na indústria, chamadas Con- centrações Máximas Permitidas (ou MAC) foram desenvolvidas em 1939 e 1940. Representaram o consenso da American Standard Association e um número de higienistas industriais que haviam for- mado a ACGIH em 1938. Esses "limites propostos" foram publicados em 1943 por James Sterner. No início de 1940, um comitê da ACGIH foi reunido para assumir a tarefa de identificar os níveis seguros de exposição a substâncias químicas no local de trabalho, reunindo todos os dados que poderiam relacionar o nível de exposição a um agente tóxico com a probabilidade que um efeito adverso ocorresse. Em 1941, um comitê da Associação America- na de Normas, que mais tarde tornou-se o Ameri- can National Standards Institute, estabeleceu o seu primeiro limite de 100 ppm para o monóxido de 125carbono. Em 1974, o comitê já havia publicado 33 boletins separados sobre os limites de exposição a poeiras e gases tóxicos. Na reunião anual da ACGIH, em 1942, foi apresentado um relatório com uma lista de 63 subs- tâncias tóxicas com "concentrações máximas per- mitidas de contaminantes atmosféricos", com base em listas elaboradas pelos vários serviços estatais de higiene industrial. Em 1945, pesquisadores divulgaram uma lista de 132 poluentes industriais ambientais com con- centrações máximas permitidas, incluindo os valo- res estabelecidos na época, recomendados para o controle de doenças por agências federais e a con- centração máxima admissível que pareciam melhor documentadas por referências aos valores originais da pesquisa. As bases da ACGIH - TLV e mais os OEL uti- lizados nos Estados Unidos e em vários outros paí- ses são limites que se referem para as concentrações ambientais de substâncias e representam condições em que se acredita que quase todos os trabalhadores podem estar expostos repetidamente dia após dia sem ter efeitos adversos para a sua saúde. No Brasil, desde 1978, tem-se utilizado os da- dos da ACGIH - TLV como base para a legislação do país sobre a saúde no trabalho. À medida que a carga horária semanal de trabalho no Brasil é de 126 geralmente de 44 - 48 horas, os valores da ACGIH foram ajustados de acordo com uma fórmula desen- volvida para este fim. A tabela de limites de exposi- ção da ACGIH foi adotada apenas para contaminan- tes ambientais que até então não tinham uma apli- cação em escala nacional. O Ministério do Trabalho tem atualizado os limites e valores estabelecidos para outros contaminantes, de acordo com as recomen- dações da FUNDACENTRO, que é uma fundação de segurança e medicina do trabalho. Conclusão A higiene laboral é um dos ramos da saúde e segurança do trabalho de uma das atividades que profissionais formados em engenharia de segurança do trabalho podem realizar. Os prati- cantes e estudiosos desta disciplina são chama- dos de higienistas ocupacionais. Uma das principais atividades desta área é a elaboração de laudos de insalubridade, ou seja, há uma quantidade muito grande de engenhei- ros de segurança do trabalho que são peritos de diversos organismos públicos fiscalizatórios ou regulatórios, atuando-se desta forma, como au- tônomos, prestadores de serviços ou consulto- res empresariais. Convém que os interessados em aprofundar seus conhecimentos nesta área busquem realizar cursos sobre o tema, se buscando uma aproxi- mação com alguma entidade de classe profissio- nal específica, como por exemplo, a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO). Sobre os TLV´s, verifica-se que na prática, há poucas diferenças nos padrões de Limites de Exposição Profissional que são adotados nos di- ferentes países. Convém, porém que os higienis- tas ocupacionais estejam sempre se atualizando sobre as técnicas de intervenção e análise de da- dos sobre contaminantes ambientais, visto que constantemente novos compostos químicos são criados e empregados nos variados processos de fabricação em diferentes tipos de empresas. Os engenheiros de segurança do trabalho po- dem usar seus suas habilidades e competências ao utilizar os conhecimentos de higiene laboral como uma ferramenta para melhorar a qualidade de suas ações e o alcance de metas relacionadas à preven- ção da saúde e segurança dos trabalhadores. Referências AMERICAN CONFERENCE OF GO- VERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIE- NISTS (ACGIH). Limites de exposição ocu- pacional (TLVsR ) para substâncias químicas e agentes químicos & índices biológicos de ex- posição (BEIs). Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais), p. 4-5. São Paulo: ABHO, 2010. BRASIL. NHO 01 (Norma de Higiene Ocu- pacional). Avaliação de exposição ocupacional ao ruído (procedimento técnico). Ministério do Tra- balho e Emprego: FUNDACENTRO, 2001. SALIBA, Messias Tuffi. Manual prático de avaliação e controle de poeira e outros materiais particulados: PPRA. 4. ed.,. São Paulo: LTR, 2012. _______. Higiene do trabalho e programa de prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998. ______. Insalubridade e periculosidade – Aspectos técnicos e práticos. 6. ed. São Paulo: LTr, 2002. SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: agentes biológicos, físicos e químicos. 5. ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2006.