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ORGANIZAÇÃO INTERNA DO CORPO VEGETAL Aula 3 - Botânica 2009 Meristemas Meristemas As plantas diferentemente dos animais apresentam um crescimento prolongado ou ilimitado (crescimento indeterminado) A ó í d d b i ê i Após o período de embriogênese, a maior parte do desenvolvimento do corpo da planta se dá por d d d d i i imeio da atividade dos meristemas apicais. Os meristemas apicais são encontrados no ápice de Os meristemas apicais são encontrados no ápice de todas as raízes e caules. MeristemasMeristemas O i t ã t id t él l Os meristemas são tecidos compostos por células indiferenciadas, com contínua atividade de divisão l l ( i )celular (mitose) Existem dois tipos de células meristemáticas:Existem dois tipos de células meristemáticas: células iniciais células derivadas MeristemasMeristemas As células iniciais estão sempre indiferenciadas e quando se dividem, uma de suas células filhas se mantém como inicial e a outra se torna uma célula derivada. As células derivadas passam por um processo inicial de As células derivadas passam por um processo inicial de diferenciação, integrando um dos três meristemas primários: p protoderme meristema fundamental procâmbioprocâmbio Formação dos meristemasFormação dos meristemas Protoderme Células i dif i d Derivadas Meristema d l Derivadas indiferenciadas Fundamental Procâmbio Iniciais Iniciais ... Meristemas primáriosMeristemas primários Os meristemas primários são tecidos parcialmente diferenciados que originam tecidos específicos do corpo primário da planta, chamados de tecidos primários. Protoderme dá origem à Epiderme Meristema Fundamental: Tecidos fundamentais Procâmbio: Xilema e floema primários Tecidos vegetaisTecidos vegetais A i i i él l i Assim como nos animais, as células vegetais se organizam para formar tecidos. Os tecidos vegetais de acordo com as células integrantes podem ser classificados em dois tipos: Tecidos simples Formados por apenas um tipo celularFormados por apenas um tipo celular Exemplo: Epiderme Tecidos compostos Formados por dois ou mais tipos celulares Exemplo: Xilema e floema Sistemas de tecidosSistemas de tecidos O d d d dOs tecidos podem se organizar em unidades maiores chamados de sistemas de tecidos. Nos vegetais distinguem-se três sistemas de tecidos: Si t Dé i d R ti tSistema Dérmico ou de Revestimento Sistema Fundamental Sistema Vascular Sistemas de tecidosSistemas de tecidos N d lNota-se que no corpo primário da planta, os sistemas de tecidos refletem sua origem: Protoderme origina o Sist. dérmico M F d t l i i Si t F d t lM. Fundamental origina o Sist. Fundamental Procâmbio origina o Sist. Vascular Atividades de crescimentoAtividades de crescimento l d dDe uma maneira geral, consideramos que existem duas atividades de crescimento (desenvolvimento) do corpo da planta: o crescimento primário e o crescimento da planta: o crescimento primário e o crescimento secundário. O crescimento primário é fruto da atividade dos O crescimento primário é fruto da atividade dos meristemas primários e está presente em todos os vegetais superiores.g p O crescimento secundário é fruto da atividade de outros tecidos meristemáticos (câmbio da casca e câmbio vascular) e está presente em determinados grupos vegetais. ImportanteImportante A definição de que o crescimento primário é o crescimento em extensão e o crescimento secundário é o crescimento em espessura da planta é generalista. A diferenciação final de uma célula vegetal é ç g determinada pela interação desta com as células vizinhas (e não pela linhagem como nos animais).vizinhas (e não pela linhagem como nos animais). MEPIDERME Aula 3 – Botânica 2008 Epiderme VegetalEpiderme Vegetal Tecido mais externo dos órgãos vegetais em crescimento primário. Em órgãos com crescimentos secundário ela é substituída por outro tecido de revestimento, a p , periderme. Origem da EpidermeOrigem da Epiderme O i i d d Origina-se da protoderme que realiza divisões anticlinais e alongamento celular no sentido tangencial. Este fenômeno faz com que a epiderme forme uma camada p única de células. Em algumas espécies a Em algumas espécies, a protoderme pode realizar divisões periclinais formando a Aula 4. Epiderme – Prof. Gustavo Lacorte divisões periclinais, formando a epiderme múltipla. Funções da EpidermeFunções da Epiderme A fA principal função da epiderme é a de revestimento, protegendo t h â i contra choques mecânicos e formando uma barreira contra patógenospatógenos. Trocas gasosas por meio de g p estruturas especializadas chamadas estômatos. Funções da EpidermeFunções da Epiderme Ab ã d á i i i é d êl Absorção de água e sais minerais através de pêlos radiculares, folhas de plantas aquáticas e tricomas escamiformes de Bromeliáceasescamiformes de Bromeliáceas. Proteção contra radiação solar Proteção contra radiação solar excessiva. Funções da EpidermeFunções da Epiderme Controle da liberação dos grãos de pólen, com a ruptura dos estômios. Reconhecimento de grãos de pólen na superfície do estigma.p p g Atração de polinizadores com os pigmentos depositados na os pigmentos depositados na epiderme das pétalas. Características gerais das células epidérmicasCaracterísticas gerais das células epidérmicas S él l São células vivas. São células vacuolizadas, com conteúdo variando de São células vacuolizadas, com conteúdo variando de acordo com sua função. Cloroplastos presentes em células de partes aéreas. São justapostas, sem espaços intercelularesintercelulares. Geralmente assumem um formato tabular. A cutículaA cutícula A parede celular das células da epiderme apresenta a deposição de cutina, principalmente nas partes aéreas. A cutina pode estar impregnada (cutinização) ou pode formar uma camada separada chamada de cutícula (cuticularização). A cutícula pode apresentar A cutícula pode apresentar estriações que são muito úteis aos taxonomistasaos taxonomistas. Estrutura das Células Epidérmicas Estrutura das Células Epidérmicas A cutícula forma uma superfície brilhante e impermeável à água conferindo proteção à perda de água e contra o g p ç p g excesso de luminosidade. Cristais de sílica e ceras podem C s a s de s ca e ce as pode depositar sobre a cutícula, dando o brilho característico a alguns frutos. Lignificação pode ocorrer de maneira concentrada na parede mais externa.p As paredes da epiderme são ricas em plasmodesmos.p EstômatosEstômatos E d d d l d Estômatos são poros do tecido epidérmico relacionados principalmente com a entrada e saída de gases no i t i d ó ã ( i i l t f lh )interior dos órgãos (principalmente folhas). EstômatosEstômatos Os poros são formados após divisão assimétrica de células epidérmicas. A célula menor, chamada de célula-mãe da célula-guarda divide-se, formando duas células guarda (estomáticas) que l envolvem o poro. Complexo estomáticoComplexo estomático O complexo estomático é formado por: O poro chamado de ostíoloO poro chamado de ostíolo Duas células-guarda Células subsidiárias EstômatosEstômatos As células guarda podem ser reniformes ou em forma de alteres (Poaceae).( ) O ostíolo pode estar inserido numa câmara formado pelas células-guarda. Classificação dos estômatosClassificação dos estômatos São classificados quanto à origem, número e arranjo das células subsidiárias. Classificação quanto a origem: MesógenaMesógena Subsidiárias têm a mesma origem das células-guarda. PerígenaPerígena Subsidiárias têm origem de células protodérmicas comuns MesoperígenaMesoperígena Subsidiárias têm origem mista Distribuição dos estômatosDistribuição dos estômatos Estão presentes em todos os órgãos fotossintetizantes. Nas folhas eles estão presentes na superfície superior Nas folhas, eles estão presentes na superfície superior (adaxial), na inferior (abaxial) ou em ambas as faces variando de acordocom a adaptação ao ambientevariando de acordo com a adaptação ao ambiente. As células estomáticas podem estar posicionadas em p p elevações ou depressões da epiderme. Distribuição dos estômatosDistribuição dos estômatos O arranjo na folha pode ser aleatório, agrupado ou alinhado. Apêndices epidérmicosApêndices epidérmicos Também chamados de tricomas, são muito variáveis em sua forma e composição, sendo de grande valor taxonômico. De maneira geral podem ser classificados em De maneira geral, podem ser classificados em glandulares ou não-glandulares (tectores). As paredes celulares dos tricomas são celulósicas, podendo sofrer lignificação e impregnação de outros materiais (sílica, carbonato, suberina) Tricomas glandularesTricomas glandulares Estão envolvidos com a secreção de várias substâncias como óleos, néctar, sais, resinas, mucilagem e água. Os tricomas glandulares são formados por uma cabeça uni ou multicelular de forma e tamanhos ç variados, sustentada por um pedúnculo. Pêlos radicularesPêlos radiculares Sã l d él l d São prolongamentos das células da epiderme da raiz Especializados na absorção de água e íons minerais do soloágua e íons minerais do solo. São células que possuem vacúolos q p grandes e paredes celulares finas. O l d l l Os pelos radiculares têm alta taxa de renovação, regenerando de quatro a cinco dias. Outras células especializadas Outras células especializadas Células Buliformes Possuem parede celular fina e grandes vacúolosp g Localizam-se na superfície adaxial das folhas Possuem a forma de lequePossuem a forma de leque Acredita-se que estão envolvidas no mecanismo de l d f lhenrolamento das folhas. Outras células especializadas Outras células especializadas Papilas São projeções da parede periclinal São projeções da parede periclinal externa da epiderme A di f ã d fl i Acredita-se que tem a função de refletir raios solares Conferem aspecto aveludado às pétalas de flores. Outras células especializadas Outras células especializadas Litocistos São células grandes que possuem g q p cristais de carbonato de cálcio no seu interior (litocistos).( ) Podem se formar isoladamente ou em grupos localizados.grupos localizados. Outras células especializadas Outras células especializadas Células silicosas São células pequenas encontradas aos pares na p q p epiderme de gramíneas. Conferem resistência ao tecidoConferem resistência ao tecido.
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