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BomBeio por Cavidades progressivas Autores: Benno Waldemar Assmann Nelson Shiratori Co-Autor: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés BomBeio por Cavidades progressivas Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P. É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora do ambiente PETROBRAS. Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES RESERVADAS". Órgão gestor: E&P-CORP/RH Autores: Benno Waldemar Assmann Nelson Shiratori Co-Autor: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés Colaboradores: Fernando Jose de Paula Gurgel do Amaral Francisco de Assis Ferreira Noronha Rutácio de Oliveira Costa Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Reconhecer a importância da elevação artificial Bombeio por Cavidades Progressivas para a Companhia; • Descrever as etapas, equipamentos e procedimentos que compõem o processo de elevação artificial Bombeio por Cavidades Progressivas. BomBeio por Cavidades progressivas Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência programa alta Competência agradecimentos Agradeço aos colegas da Petrobras que, ao longo dos últimos dez anos têm contribuído para o maior conhecimento técnico do relativamente jovem método de elevação artificial de petróleo - Bombeio por Cavidades Progressivas - especialmente aqueles do Grupo de Trabalho Permanente de BCP, responsável por integrar e divulgar o conhecimento e a experiência com o método em toda a Petrobras, organizar os encontros técnicos, elaborar normas, padrões, procedimentos e especificações, além de fazer o intercâmbio técnico com os fornecedores de equipamentos. Dentre esses, destaco os engenheiros Ageu Pasquetti, Selma Fontes de Araújo, Rogério Costa de Faria e Fernando José de Paula Gurgel do Amaral. Benno Assmann Consultor Técnico Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. aTerrameNTo de segUraNÇa Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf>- Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. glossário Objetivo Específi co O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadase executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. glossário Objetivo Específi co Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixasde destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-sejunto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir ofuncionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos prefácio Neste final da primeira década do século XXI, a PETROBRAS se depara com um momento de transição, no qual se apresenta o grande desafio de produzir as ricas jazidas encontradas na camada pré-sal, alterando significativamente seu patamar de produção de óleo e gás. No instante em que se prepara para este salto de produção, é fundamental que o E&P disponha de uma força de trabalho preparada para atender as demandas deste crescimento. Ao mesmo tempo, fruto da distribuição etária de seus recursos humanos, a companhia se encontra numa situação na qual uma nova geração de empregados admitidos nos últimos 10 anos necessita adquirir os conhecimentos acumulados por vários profissionais experientes, muitos dos quais já se aproximando da aposentadoria. Esta transmissão, não apenas de conhecimentos brutos, mas da "maneira PETROBRAS" de projetar e operar campos de petróleo no mar e em terra, que faz parte de nossa cultura organizacional, é fundamental para o sucesso da companhia perante os desafios que se apresentam. Neste sentido, criou-se o Alta Competência - Programa corporativo de Gestão de Competências Técnicas do E&P - que é formado por um conjunto de projetos orientados para a concretização do objetivo organizacional de Adequação da Força de Trabalho do E&P. A atuação do Alta Competência na Área de Operação está relacionada à própria origem do Programa, cuja criação se deu, dentre outras razões, em função da necessidade de apoiar o Comitê Funcional de Operação nas ações relativas à Adequação da Força de Trabalho nesta área. Assim, para qualificar os Técnicos de Operação nas atividades de produção relacionadas à Elevação e Escoamento (EE) foram mapeadas as habilidades e competências necessárias para o exercício destas tarefas na operação dos campos de petróleo e gás. Para desenvolver os módulos de treinamento de EE, os conhecimentos foram distribuídos entre especialistas nos diversos temas específicos, espalhados por todo o Brasil. Este esforço de mobilização da comunidade de EE, logrou documentar seu conhecimento técnico e possibilitou a elaboração de módulos de treinamento com alta qualidade, que buscam capacitar os Técnicos de Operação nas atividades de Produção de petróleo e gás. Geraldo Spinelli Gerente de Elevação e Escoamento sumáriosumário Introdução 21 Capítulo 1 - Sistema de bombeio por cavidades progressivas Objetivos 23 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 25 1.1. Funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas 25 1.2. Bombeio por cavidades progressivas - vantagens e desvantagens 29 1.3. Exercícios 31 1.4. Glossário 34 1.5. Bibliografia 35 1.6. Gabarito 36 Capítulo 2 - Bomba de cavidades progressivas (BCP) Objetivos 39 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 41 2.1. Uma rápida revisão de geometria 41 2.2. Bomba de cavidades progressivas 43 2.3. Característica e classificação da BCP 49 2.3.1. Tipo de instalação 49 2.3.2. Forma de distribuição da borracha 51 2.3.3. Número de lóbulos 52 2.4. Elastômero 57 2.4.1. Teste de inchamento 60 2.5. Vazão da bomba 62 2.6. Capacidade de pressão 63 2.7. Fatores que influenciam na escolha da bomba BCP 65 2.8. Teste de bancada 67 2.9. Padronização 70 2.10. Normas técnicas 71 2.11. Exercícios 74 2.12. Glossário 86 2.13. Bibliografia 88 2.14. Gabarito 89 Capítulo 3 - Cabeçote de BCP Objetivos 99 3. Cabeçote de BCP 101 3.1. Sistemade transmissão de potência 108 3.1.1. Redutor 108 3.1.2. Sistema de polias e correias 108 3.1.3. Tipo transmissão de potência 111 3.2. Sistema de vedação 113 3.3. Sistema de frenagem 115 3.3.1. Freio mecânico 116 3.3.2. Freio a disco 117 3.3.3. Freio hidráulico (orifício) 118 3.3.4. Freio de palhetas 119 3.3.5. Freio hidrodinâmico 120 3.3.6. Freio centrífugo 120 3.4. Motor 122 3.5. Codificação 126 3.6. Normas 126 3.7. Exercícios 129 3.8. Glossário 136 3.9. Bibliografia 138 3.10. Gabarito 139 Capítulo 4 - Hastes de bombeio Objetivos 145 4. Hastes de bombeio 147 4.1. Tipo de hastes 149 4.2. Fadiga nas hastes 154 4.3. Desgaste das hastes e tubos de produção 155 4.4. Instalação da coluna de hastes 158 4.5. Problemas operacionais 160 4.6. Segurança na operação 161 4.7. Cuidados e conservação 161 4.8. Haste polida 165 4.9. Exercícios 172 4.10. Glossário 174 4.11. Bibliografia 176 4.12. Gabarito 177 Capítulo 5 - Instalação e retirada do BCP Objetivos 179 5. Instalação e retirada do BCP 181 5.1. Descida da coluna de produção e estator 181 5.2. Descida da coluna de hastes 183 5.3. Instalação do cabeçote 185 5.4. Retirada do sistema BCP 190 5.5. Exercícios 193 5.6. Glossário 195 5.7. Bibliografia 197 5.8. Gabarito 198 Capítulo 6 - Acompanhamento operacional do sistema BCP Objetivos 201 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 203 6.1. Teste de produção 203 6.2. Registro de nível 204 6.3. Medição de pressão de sucção e de recalque da bomba 207 6.4. Exercícios 208 6.5. Glossário 211 6.6. Bibliografia 212 6.7. Gabarito 213 Capítulo 7 - Segurança operacional do sistema BCP Objetivos 215 7. Segurança operacional do sistema BCP 217 7.1. Recomendações 225 7.2. Exercícios 227 7.3. Glossário 229 7.4. Bibliografia 231 7.5. Gabarito 232 21 introdução Em 1920, Moineau inventou um tipo de bomba formada por um rotor, no formato de uma hélice externa, que, quando gira dentro de um estator moldado no formato de uma hélice dupla interna, produz uma ação de bombeio. A patente foi registrada em 1930. A partir da década de 70 esta inovação passa a receber o nome comercial de BCP – Bomba de Cavidades Progressivas – sendo usada, inicialmente, para transferência de fluidos variados e posteriormente aplicada na elevação de petróleo. Com o desenvolvimento tecnológico, o sistema de elevação artificial por bombeio de cavidades progressivas tem se mostrado muito eficiente na elevação de óleos com alta viscosidade e/ou com alta produção de areia. A Petrobras, a partir de 1982, passou a adotar este sistema em poços terrestres localizados nos estados de Sergipe, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará. Diante de uma maior demanda da aplicação desse sistema na Petrobras, cresce também a necessidade de um maior domínio do conhecimento quanto aos fundamentos teóricos e práticos do sistema BCP, que permita ao funcionário oferecer críticas e sugestões para o aperfeiçoamento desse sistema no sentido de contribuir com o aumento de sua eficiência com segurança, bem como corroborar com a redução dos custos de manutenção e a minimização dos possíveis impactos ambientais. RESERVADO RESERVADO C ap ít u lo 1 Sistema de bombeio por cavidades progressivas Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer o que é o sistema de bombeio por cavidades progressivas e como é aplicado à elevação de petróleo em poços produtores; • Identificar o princípio de funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas; • Explicar a função das etapas e componentes do sistema de bombeio por cavidades progressivas; • Identificar as vantagens e desvantagens do sistema de bombeio por cavidades progressivas. RESERVADO 24 Alta Competência RESERVADO 25 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas Nos poços surgentes, os fluidos produzidos têm potencial (energia) para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. À medida que um reservatório é depletado ou esgotado, a pressão estática no meio poroso diminui de tal forma que em um dado momento de sua vida produtiva a pressão de reservatório poderá tornar-se insuficiente para que ocorra a elevação natural. Neste caso, deverá se instalar no poço algum método de elevação artificial de elevação. A escolha do método de elevação artificial é complexa, pois envolve inúmeros fatores, tais como a viscosidade do fluido bombeado, o diferencial de pressão a ser elevado, a RGO, a vazão de produção, a presença de areia, gás sulfídrico - H2S, aromáticos, o BSW e a geometria do poço. O bombeio por cavidades progressivas é um sistema de elevação artificial e, como tal, visa à elevação do petróleo do fundo do poço até a superfície. 1.1. Funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas O sistema de bombeio por cavidades progressivas é baseado no funcionamento de uma bomba de cavidades progressivas. Essa bomba cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. As linhas de interferência ou selagem são definidas como interfaces selantes que permitem a formação das cavidades e são formadas pelo contato entre o rotor e o estator, principais componentes da bomba de cavidades progressivas. A ilustração a seguir é útil no entendimento da variação de pressão ocorrida ao longo da bomba em relação à formação das cavidades. RESERVADO 26 Alta Competência Cavidade de alta pressão Cavidade de pressão média Linhas de selagem Cavidade de baixa pressão Sentido do fluxo Progressão das cavidades ao longo da bomba BCP A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução utilizando-se um acoplador mecânico denominado cabeçote. RESERVADO 27 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas Observe a ilustração a seguir, que indica os principais elementos do sistema da bomba de cavidades progressivas. Motor Cabeçote Linha de produção Coluna de produção Coluna de haste Estator Rotor Sistema BCP A bomba de cavidades progressivas (BCP) bombeia o fluido do poço para o anular existente entre a coluna de produção e a coluna de hastes e, através dele, o fluido escoa até a superfície. Para isso, a bomba de cavidades progressivas (BCP) precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. RESERVADO 28 Alta Competência A pressão de sucção é função da vazão bombeada, calculada pelo índice de produtividade do poço e da pressão estática do reservatório, enquanto a pres- são de recalque é o somatório das perdas de carga ocorridas no anular hastes-coluna de produção, do peso da coluna hidrostática de líquido e da pressão de superfície. Importante! É importante ressaltar que a bomba é composta por um estator, localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. Observe na ilustração a seguir os componentes da bomba. Rotor Estator A coluna de hastes aciona o rotor de uma bomba de cavidades progressivas e deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a carga axial e o torque, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba de cavidades progressivas. O cabeçote tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes, traduzidos no somatório das forças axiais e torques desenvolvidos ao longo da mesma, além de reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço. A redução acontece através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. RESERVADO 29 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivasO motor elétrico deve transmitir a potência requerida pelo cabeçote para acionar a coluna de hastes, assim como as perdas no sistema de transmissão. 1.2. Bombeio por cavidades progressivas - vantagens e desvantagens O bombeio por cavidades progressivas tem sido muito utilizado para bombear poços rasos e de menor produtividade, graças às vantagens financeiras e à rapidez de implantação. Apresentamos a seguir um quadro com as vantagens e desvantagens desse sistema de elevação artificial. Vantagens Desvantagens Método de elevação artificial que apresenta elevada eficiência energética, se comparado a outros sistemas de elevação desse tipo. Limitada capacidade de bombear fluidos com elevados teores de contaminantes (aromáticos, gás sulfídrico - H2S e dióxido de carbono - CO2). Capacidade de produção com altas concentrações de areia e fluidos com elevada viscosidade e grau API baixo (<18 API). Aplicação limitada no bombeamento de fluido com alta RGL (Razão Gás Líquido), devido à baixa eficiência de bombeio. Ausência de válvulas que estão sempre sujeitas ao acelerado desgaste, facilitando a manutenção dos equipamentos. Limitação da produção (máximo de 500 m3/dia). Boa resistência à abrasividade, graças à presença de elastômeros. Limitação de elevação (máximo de 2000 m). Dimensões reduzidas dos equipamentos de superfície, oferecendo um menor impacto visual ao meio ambiente, diminuindo a poluição visual. Limitação de temperatura (máximo de 170 oC). Baixo ruído, quando comparado a outros métodos, o que representa menor agressão ao meio ambiente. Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (hastes) em poços desviados ou direcionados. RESERVADO 30 Alta Competência Principais componentes do sistema de bombeio por cavidades progressivas: • Cabeçote; • Motor; • Linha de produção; • Coluna de produção; • Coluna de hastes; • Bomba de cavidades progressivas. Principais componentes da bomba de cavidades progressivas: • Estator; • Rotor. O sistema de bombeio por cavidades progressivas é baseado no funcionamento de uma bomba de cavidades progressivas. Essa bomba cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo no interior da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. reSUmInDo... RESERVADO 31 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 1) Reconheça as características das terminologias a seguir: ( 1 ) Bomba de cavidades pro- gressivas ( ) Poços surgentes ( 2 ) Bombeio de cavidades pro- gressivas ( ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços cujos fluidos produzi- dos têm potencial (energia) para alcançar a superfície ( ) Bomba mecânica ( 4 ) Poços que para produzir necessitam de um sistema de elevação artificial ( ) Poços não surgentes ( 5 ) O rotor e o estator são seus principais componentes ( ) Método de elevação artificial 2) Identifique os principais componentes do sistema BCP: 3 2 1 5 4 7 6 8 ( ) Bomba BCP ( ) Coluna de haste ( ) Estator ( ) Rotor ( ) Motor ( ) Cabeçote ( ) Linha de produção ( ) Coluna de produção 1.3. exercícios RESERVADO 32 Alta Competência 3) Com relação ao princípio de funcionamento do sistema de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( ) A bomba de cavidades progressivas cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavi- dade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. ( ) A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de produção. ( ) A rotação das hastes se dá através da redução da velocida- de do rotor utilizando-se um acoplador mecânico, denomi- nado estator. ( ) Em função de sua elevada eficiência energética, a bomba de cavidades progressivas não precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recal- que e a pressão de sucção. ( ) A Bomba de Cavidades Progressivas é composta por um es- tator localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. ( ) O cabeçote tem que reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço, através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. 4) Explique como se dá a transferência de energia no sistema BCP do motor até a bomba de fundo. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ RESERVADO 33 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 5) Complete as lacunas: A pressão de ____________________ é função da ____________________, calculada pelo índice de produtividade do poço, enquanto a pressão de ____________________ é o somatório das ____________________ ocorridas no anular hastes-coluna de produção. A coluna de hastes aciona o ____________________ de uma bomba de cavidades progressivas, que deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a ____________ e o ____________, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba BCP. O ____________________ tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes e ____________________ a velocidade do mo- tor para um valor adequado à vazão do poço. O ____________________ deve transmitir a potência requerida pelo ____________________ para acionar a ____________________, assim como as perdas no sistema de transmissão. 6) Marque a alternativa correta: a) Qual a principal vantagem do sistema BCP quanto ao aspecto de eficiência do sistema? ( ) Elevada eficiência pela facilidade de instalação e operação. ( ) Elevada eficiência em razão da ausência de válvulas. ( ) Elevada eficiência, graças à presença de elastômeros. ( ) Elevada eficiência energética, se comparado a outros siste- mas de elevação desse tipo. b) Qual a principal vantagem do sistema BCP considerando os as- pectos relativos a sua manutenção? ( ) Utilização de elastômetos. ( ) Ausência de válvulas. ( ) Presença de rotor e estator. ( ) Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (has- tes) em poços desviados ou direcionados. RESERVADO 34 Alta Competência Anular - espaço entre a coluna de produção e a parede do poço revestido. API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Aromáticos - petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos aromáticos, ou seja, aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. BSW (Basic Sediments and Water) - porcentagem de água e sedimentos em relação ao volume total do fluido produzido. Carga axial - carga sobre um rolamento atuando ao longo do eixo da haste. Esse tipo de carga também é chamado de carga longitudinal. Para cargas axiais pesadas, deve-se usar um rolamento axial. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Elastômero - polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha. Os polímeros são compostos formados por sucessivas aglomerações de grande número de moléculas fundamentais. Ex.: o polietileno, formado pela aglomeração de centenas de milhares de moléculas de etileno. Linhas de interferência ou selagem - áreas de contato entre a superfície externa do rotor e a superfície interna de um estator de uma BCP.Poço surgente- poço onde os fluidos produzidos têm potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. Este poço pode produzir por elevação natural ou utilizar a elevação artificial para aumentar a sua produção. Poço desviado - poço perfurado de maneira não vertical. Poço surgente - poço onde os fluidos produzidos têm potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. Este poço pode produzir por elevação natural ou utilizar a elevação artificial para aumentar a sua produção. Polia - peça mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para transferir força e movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas outrora comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica a polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a outro objeto. Quando associada a outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza trabalho equivalente ao de uma engrenagem. RGO (Razão Gás - Óleo) - volume de gás produzido por volume de óleo produzido, ambos medidos na condição padrão de medição. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Medida de quanto uma força que age em um objeto faz com que o mesmo gire 1.4. glossário RESERVADO 35 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas ASSMANN, B. W. Bombeio de Cavidades Progressivas. Apostila. Petrobras - UN- RNCE. 2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivas. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. 1.5. Bibliografia RESERVADO 36 Alta Competência 1) Reconheça as características das terminologias a seguir: ( 1 ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços surgentes ( 2 ) Bombeio de cavidades progressivas ( 5 ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços cujos fluidos produzidos têm potencial (energia) para alcançar a superfície ( 1 ) Bomba mecânica ( 4) Poços que para produzir necessitam de um sistema de elevação artificial. ( 4 ) Poços não surgentes ( 5 ) O rotor e o estator são seus principais componentes ( 2 ) Método de elevação artificial 2) Identifique os principais componentes do sistema BCP: 3 2 1 5 4 7 6 8 ( 7 ) Bomba BCP ( 4 ) Coluna de haste ( 8 ) Estator ( 6 ) Rotor ( 2 ) Motor ( 3 ) Cabeçote ( 1 ) Linha de produção ( 5 ) Coluna de produção 1.6. gabarito RESERVADO 37 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 3) Com relação ao princípio de funcionamento do sistema de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( V ) A bomba de cavidades progressivas cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. ( F ) A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de produção. Justificativa: a energia mecânica necessária ao acionamento da Bomba de Cavidades Progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. ( F ) A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do rotor utilizando-se um acoplador mecânico, denominado estator. Justificativa: a rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução utilizando-se um acoplador mecânico, denominado cabeçote. ( F ) Em função de sua elevada eficiência energética, a bomba BCP não precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. Justificativa: a bomba de cavidades progressivas precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. ( V ) A Bomba de Cavidades Progressivas é composta por um estator localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. ( V ) O cabeçote tem que reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço, através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. 4) Explique como se dá a transferência de energia no sistema BCP do motor até a bomba de fundo. A energia mecânica necessária ao acionamento da BCP - Bomba de Cavidades Progressivas - (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução, utilizando-se um acoplador mecânico denominado cabeçote. 5) Complete as lacunas: A pressão de sucção é função da vazão bombeada, calculada pelo índice de produtividade do poço, enquanto a pressão de recalque é o somatório das perdas de carga ocorridas no anular hastes-coluna de produção. A coluna de hastes aciona o rotor de uma bomba de cavidades progressivas, que deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a carga axial e o torque, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba BCP. O cabeçote tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes e reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço. O motor elétrico deve transmitir a potência requerida pelo cabeçote para acionar a coluna de hastes, assim como as perdas no sistema de transmissão. RESERVADO 38 Alta Competência 6) Marque a alternativa correta: a) Qual a principal vantagem do sistema BCP quanto ao aspecto de eficiência do sistema? ( ) Elevada eficiência pela facilidade de instalação e operação. ( ) Elevada eficiência em razão da ausência de válvulas. ( ) Elevada eficiência, graças à presença de elastômeros. ( X ) Elevada eficiência energética, se comparado a outros sistemas de elevação desse tipo. b) Qual a principal vantagem do sistema BCP considerando os aspectos relativos a sua manutenção? ( ) Utilização de elastômetos. ( X ) Ausência de válvulas. ( ) Presença de rotor e estator. ( ) Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (hastes) em poços desviados ou direcionados. RESERVADO C ap ít u lo 2 Bomba de cavidades progressivas (BCP) Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer a bomba de cavidades progressivas, seu princípio de funcionamento, classificação e características; • Avaliar o desempenho das bombas através do teste de bancada; • Identificar as principais definições da norma Petrobras para bombas de cavidades progressivas. RESERVADO 40 Alta Competência RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 41 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) As bombas de cavidades progressivas (BCP) são máquinas de deslocamento que impulsionam líquidos com uma ampla faixa de viscosidade, incluindo produtos com elevada concentração de sólidos. Nesse capítulo abordaremos o princípio de funcionamento e o desempenho dessas bombas. 2.1. Uma rápida revisão de geometria Uma curva plana descrita por um ponto fixo de uma circunferência que rola, sem deslizar, sobre outra circunferência fixa no mesmo plano e internamente a ela, é chamada de hipociclóide. Hipociclóide Ponto fixo Hipociclóide Uma hipociclóide é definida pelas equações a seguir em que a é o diâmetro do círculo fixo externo e b é o diâmetro do círculo móvel interno: x = (a-b) x cos () + b x cos ( a - b ) x ()b y = (a-b) x sin () - b x sin ( a - b ) x ()b A forma da hipociclóide depende de: RESERVADO 42 Alta Competência Diâmetro do círculo fixo externo a = 4 Hipociclóide R = 4 Ponto fixo Diâmetro do círculo móvel interno b = 1 Hipociclóide R = 4 As ilustrações a seguir descrevem hipociclóides com R = 3 e R = 12 R = 3 R = 12 Hipociclóidescom R = 3 e R = 12 O envelope de uma hipociclóide é definido como sendo o lugar geométrico dos pontos equidistantes a um hipociclóide. A ilustração a seguir apresenta diversas formas de hipociclóides (linhas pontilhadas) e respetivos envelopes (linhas contínuas). R = 4R = 2R = 1 Diversas formas de hipociclóides (linhas pontilhadas) e respetivos envelopes (linhas externas cinzas). RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 43 Hélice é uma curva reversa cujas tangentes formam um ângulo constante com uma reta fixa do espaço. Curva reversa, por sua vez, é a curva com razão constante entre a curvatura e a torção. Uma helicóide é, portanto, uma superfície regrada, cuja diretriz é uma hélice. As figuras abaixo representam três tipos de helicóides com seção na forma de envelopes de hipociclóides. Tipos de helicóides com seção na forma de envelopes de hipociclóides Se o centro da seção transversal do helicóide descreve uma hélice ao longo do eixo de centro do sólido, o raio da revolução descrita é a excentricidade do helicóide. 2.2. Bomba de cavidades progressivas A bomba de cavidades progressivas é constituída, basicamente, de um estator e um rotor. Rotor Estator Bomba de cavidades progressivas Bomba de cavidades progressivas e seus componentes: estator e rotor RESERVADO 44 Alta Competência O rotor é constituído de material metálico cuja superfície externa é o envelope de um helicóide de R dentes com excentricidade (desalinhado ou fora de centro). O estator é composto por um tubo de aço revestido internamente com elastômero (polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha), cuja superfície interna é o envelope de um helicóide de R+1 dentes sem excentricidade (alinhado ou no centro). A relação entre os passos do estator e do rotor é dada pela expresão: Passo do rotor = x Passo do estatorR ( R + 1) Onde: R = número de dentes do rotor. Cavidade de alta pressão Cavidade de pressão média Linhas de selagem Cavidade de baixa pressão Sentido do fluxo Linhas de selagem ou interferência entre rotor e estatores e suas cavidades Quando o rotor é inserido dentro do estator, formam-se cavidades isoladas no espaço entre eles. As cavidades são isoladas por linhas de contato existentes entre o rotor e o estator (linhas de interferência ou selagem). O rotor, tendo um diâmetro, geralmente um pouco maior que o diâmetro interno do estator, forma um isolamento entre as cavidades contíguas. Quando o rotor é girado dentro da bomba, essas cavidades se movem numa trajetória RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 45 helicoidal da sucção para o recalque da bomba, transportando o fluido e empurrando-o contra uma pressão de recalque/descarga, promovendo a ação de bombeio. A ilustração anterior mostra a disposição tridimensional de cavidades adjacentes, identificando as linhas de selagem e a cavidade de alta e baixa pressão. As linhas de interferência ou selagem são definidas como interfaces selantes formadas a partir do contato entre o rotor e o estator, o que permite a formação das cavidades. Importante! Ao girar o rotor dentro do estator, mantido o estator parado, as cavidades se movimentam axialmente da sucção para o recalque/ descarga da bomba, promovendo a ação de bombeio. Ao mesmo tempo em que se deslocam axialmente, giram em torno do eixo do estator. Na ilustração a seguir pode-se observar o rotor e o estator em corte, bem como o movimento do fluido via cavidades da bomba. Cavidades e seu movimento axial de sucção para o recalque RESERVADO 46 Alta Competência Na ilustração a seguir é possível observar a formação das cavidades (A1, A2 e A3) quando o rotor está inserido dentro do estator de uma BCP multi-lobe. O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2 A1 A3 O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2A1 A3, , Hipocliclóide externa Hipocliclóide interna Envelope do rotor Centro da hipociclóide externa Centro da hipociclóide interna Envelope do estator e Excentricidade Áreas fechadas Linha de selagem Linha de selagem Linha de selagem e Cavidades entre o estator e o rotor (A1, A2 e A3) de uma BCP multi-lobe O movimento do rotor dentro do estator é a combinação de dois movimentos: um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário, excentricamente em torno do eixo do estator, como pode ser depreendido na ilustração a seguir. Neste movimento, o eixo do rotor descreve uma trajetória circular em torno do eixo do estator com diâmetro igual à excentricidade. Movimento do rotor no sentido anti-horário excentricidade em torno de eixo estator Movimento do rotor no sentido horário em torno de seu próprio eixo. N N Movimento do rotor de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 47 Abaixo é apresentado o movimento, quadro-a-quadro, do rotor de uma BCP single-lobe. Movimento quadro-a-quadro do rotor de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe A ilustração a seguir apresenta nove (9) seções transversais do rotor inserido dentro do estator ao longo de um passo do estator, representando o movimento do rotor dentro do estator. Estator (fixo) Rotor Pa ss o d o e st at o r Pa ss o d o r o to r Seção longitudinal Seções tranversais 0º 45º 90º 135º 180º 225º 270º 315º 0º Movimento do rotor ao longo do estator RESERVADO 48 Alta Competência A seguir é apresentado, quadro-a-quadro, o movimento do rotor em 9 seções transversais ao longo de uma BCP single-lobe: A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I Movimento quadro-a-quadro do rotor em 9 seções transversais O rotor das bombas de cavidades progressivas é usinado com precisão a partir de aço 1040 ou 1050 e revestido com uma camada de cromo para intensificar a resistência à abrasão. O cromo é um material de alto custo. Por isso, é fundamental que os técnicos envolvidos no processo de aquisição, armazenamento, transporte e instalação do rotor da bomba de cavidades progressivas tenham extremo cuidado na manipulação desse equipamento. Importante! A bomba de cavidades progressivas deve ser instalada em uma profundidade tal em que ela disponha de pressão positiva na sucção. Ou seja, a bomba deve ser posicionada de tal forma que fique abaixo do nível dinâmico de projeto no qual o poço alimentará a vazão da bomba prevista em projeto. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 49 Nível estático Nível dinâmico Bomba posicionada abaixo do nível estático e diâmico da BCP As bombas de cavidades progressivas podem apresentar características diferentes quanto ao tipo de instalação, à forma de distribuição da borracha no estator e ao número de lóbulos. Essas características poderão ser combinadas em função do cenário de produção. 2.3. Característica e classificação da BCP Vejamos agora como as bombas de cavidades progressivas são classificadas em função de algumas de suas características. 2.3.1. Tipo de instalação Quanto ao tipo de instalação, elas podem ser: Tubulares• - São bombas cujo estator é enroscado na extremidade da coluna de produção, ou seja, na bomba tubular o estator é solidário à coluna de produção. O uso generalizado da bomba tubular é devido a sua robustez. A vantagem da bomba tubular é a simplicidade construtiva e a maior vazão (maior diâmetro). RESERVADO 50 Alta Competência Revestimento Coluna de produção Coluna de hastes Rotor Estator Stop pin BCP tubular Insertáveis•- Nesse tipo de bomba, o conjunto (estator e rotor) é descido ao fundo do poço na extremidade da coluna de hastes. O estator é conectado à coluna de produção através de um nipple (sistema de travamento de fundo) de assentamento. A bomba do tipo insertável tem como desvantagem a necessidade de um nipple de assentamento, que fica submetido a contínuos esforços e, como vantagem, a facilidade da instalação que pode ser feita sem necessidade de manobrar a coluna de tubos, mas apenas a coluna de hastes, reduzindo o custo de manutenção. Observe a ilustração a seguir que destaca as principais partes da bomba insertável, em especial o seu sistema de travamento de fundo, também chamado de nipple de assentamento. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 51 Revestimento Coluna de produção Coluna de hastes Rotor Estator Sistema de travamanto de fundo BCP insertável As bombas insertáveis permitem a “retirada” do estator sem a retirada da coluna de produção, o que diminui o tempo de intervenção de sonda. Importante! 2.3.2. Forma de distribuição da borracha Quanto ao tipo de distribuição da borracha, as bombas podem ser: Convencionais• - Nas bombas convencionais, a superfície interna do estator é circular e a espessura de borracha não é uniforme. Na fabricação da bomba convencional, o elastômero é extrudado no espaço entre um tubo circular (carcaça do estator) e um macho metálico no formato da cavidade, resultando em uma espessura variável de elastômero em uma seção transversal do estator. Observe a ilustração a seguir. RESERVADO 52 Alta Competência Bomba convencional Camada constante• - Trata-se de um tipo de bomba que possui espessura constante de borracha ao longo de toda a superfície interna do estator. Isso significa dizer que o estator é composto por uma peça de aço (carcaça) no mesmo formato da cavidade e, portanto, do macho, permitindo que o estator tenha uma espessura constante ao longo da seção transversal do estator. O custo adicional dado pelo formato diferenciado é compensado pela minimização do inchamento e da expansão térmica do elastômero, o que melhora o desempenho da bomba. Bomba de camada constante 2.3.3. Número de lóbulos Quanto ao número de lóbulos, existem as bombas do tipo: Single-lobe• - São as bombas mais utilizadas, cuja geometria do estator do rotor possui apenas um lóbulo ou dente. Observe na ilustração que a seção de um rotor de uma bomba single- lobe é o envelope de uma hipociclóide de R=1 (a hipociclóide é apenas um ponto) e a seção da cavidade é o envelope de uma hipociclóide com R=2 (a hipociclóide é um segmento de reta). RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 53 Por isso, a bomba single também é chamada de bomba 1:2 e a relação dos R é igual a relação inversa dos passos. 1:2 N N Single-lobe Multi-lobe• - São aquelas em que o rotor tem mais de um dente (R>1). Se comparada a uma bomba single-lobe com mesmo diâmetro externo, a multi-lobe permite a obtenção de maiores vazões de produção. Se, além disso, o mesmo número de estágios for considerado, pode-se obter maior capacidade de pressão. Na mesma proporção do aumento da capacidade de pressão, a bomba multi-lobe requer maior torque para acionamento. Por exemplo, uma bomba trilobe tem como seção do rotor um envelope de uma hipociclóide de R=3 e a seção da cavidade do estator, um envelope de uma hipociclóide de R=4. A ilustração a seguir apresenta os detalhes da relação entre seção do rotor e seção da cavidade do estator para uma bomba multi-lobe (ou seja, 3:4). RESERVADO 54 Alta Competência 3:4 + Multi-lobe Single-lobe: geometria 1:2 Multi-lobe: geometria 2:3; 3:4; etc. Importante! Observe o quadro-a-quadro a seguir das trajetórias formadas por duas hipociclóides (R=2 e R = 3) em uma BCP multi-lobe com geometria 2:3. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 55 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Hipociclóides e movimentos de uma bomba de cavidades progressivas multi-lobe 2:3 Duas hipociclóides de R=3 e R=4 podem ser observadas no movimento, quadro-a-quadro, de uma BCP multi-lobe de geometria 3:4. RESERVADO 56 Alta Competência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Hipociclóides e movimentos de uma BCP multi-lobe 3:4 atenÇÃo Estator Rotor 3 4 1 2 1 2 3 Cavidade Sempre o estator tem um lódulo a mais que o rotor. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 57 2.4. Elastômero As condições operacionais da bomba de cavidades progressivas no fundo de poços apresentam grandes variações. Temperaturas de operação de 15 a 200 graus Celsius, diferenciais de pressão de até 200 kgf/cm2, fluidos que podem conter sólidos e substâncias variadas como H2S, CO2, água, parafinas, naftenos, asfaltenos, aromáticos. Outros compostos químicos são adicionados aos poços, tais como aditivos de lama de perfuração/completação, fluidos de estimulação, inibidores de corrosão e outros. Alguns desses componentes têm efeitos adversos nos elastômeros dos estatores de BCPs sendo, portanto, a maior causa das falhas em BCPs. A escolha do elastômero ideal é um dos pontos mais importantes na correta especificação de bombas BCP. Existem variadas formulações de elastômeros desenvolvidas pelos diversos fabricantes de bombas de cavidades progressivas, mas cada um fornece apenas uma limitada variedade de elastômeros. As formulações são mantidas em segredo industrial e são diferentes para cada fabricante. O importante, entretanto, na escolha do elastômero, são as suas características mecânicas e a reação de inchamento ou ataque químico. As propriedades dos elastômeros variam tremendamente com a formulação. As propriedades essenciais para a caracterização de uma formulação para uma dada aplicação são: Dureza• - A dureza do elastômero depende do enchimento, de aditivos e do processo de cura (vulcanização). Os elastômeros usados em bombas de cavidades progressivas têm dureza aproximadamente igual a 65 IRHD. RESERVADO 58 Alta Competência Resistência à tração e • elongação - Como a maioria dos elastômeros usados em bombas de cavidades progressivas são comprimidos e distendidos a apenas uma pequena fração de sua máxima capacidade, discute-se a relevância da resistência à tração. Entretanto, tal propriedade tem sido usada como medida comparativa de qualidade do elastômero. Fadiga e resistência à quebra flexível • - Quando um elastômero é deformado, os elementos viscosos consomem energia e agem retardando a deformação. Da mesma forma, energia é dissipada quando a fase elástica se expande após ter sido comprimida, liberando a energia que havia sido armazenada durante a compressão. Os elementos viscosos (fricção interna) são responsáveis pela diferença entre a energia gasta e a recuperada durante a expansão e distensão do elastômero, fenômeno este chamado de histerese. A ilustração a seguir representa o fenômeno de histerese descrito. Expansão Retração Histerese Tensão Deformação Ciclo típico Tensão x Deformação de um elastômero Elasticidade• - As propriedades elásticas do elastômero são avaliadas por resilência, creep, relaxação da tensão e assentamento. Resistência ao calor• - O calor, além de expandir o elastômero, pode provocar reações que alteram a sua estrutura química e resulta, freqüentemente, na deterioração irreversível das propriedades do material. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 59 Resistência ao líquido• (inchamento) - A absorção de líquidos em um elastômero faz com que ele inche, podendo causar a sua deterioração. As dimensões do corpo vão crescendo à medida que o processo de difusão progride. A compatibilidade entre o líquido e o elastômero determina a facilidade com que o líquido pode se difundir e a intensidade do inchamento. Quando são compatíveis, o inchamento é intenso, acontecendo o contrário quando são incompatíveis. O ataque químico é outra forma de degradaçãodo elastômero por um líquido. Os líquidos aromáticos (benzeno, xileno e tolueno) são os que provocam maior inchamento e ataque químico nos elastômeros. Quando o processo de difusão não é acompanhado de ataque químico, o inchamento regride após a retirada do contato entre o elastômero e o líquido. O inchamento decorrente de ataque químico é permanente. Resistência à difusão de gás• - Os gases podem se difundir pela estrutura do elastômero, provocando o seu inchamento. Os gases agem, inchando o elastômero, com ou sem reação química, ou encolhendo-os com reação química. Após o encolhimento decorrente do ataque químico observa-se a deterioração das propriedades do elastômero. Já o inchamento pode provocar um excesso de pressão intermolecular, rompendo mecanicamente seu corpo. Mesmo quando não ocorrem problemas de ataque químico ou ruptura da borracha, o elastômero pode ser danificado quando contém gás difundido se for rapidamente despressurizado, pois a expansão do gás se dá muito mais rapidamente do que a sua saída por difusão do corpo, resultando em bolhas irreversíveis. Além disso, o vapor de água pode atacar o adesivo existente entre o tubo e a borracha, fazendo soltá-la. RESERVADO 60 Alta Competência 2.4.1. Teste de inchamento O comportamento de um elastômero em um determinado fluido de reservatório não pode ser previsto com precisão baseando-se apenas nas propriedades químicas do elastômero e do fluido. Testes laboratoriais são necessários para se quantificar o inchamento confiável, isso para cada combinação de elastômero, fluido e condição operacional. Os testes são usados para identificar o elastômero apropriado para aplicação, ou seja, o que manterá, nas condições operacionais, a sua forma e propriedades mecânicas na bomba de cavidades progressivas. Testando diversos elastômeros com as mesmas condições que reproduzam as de campo, o elastômero mais apropriado para cada aplicação pode ser selecionado. Além de selecionar o elastômero que tem maior resistência ao inchamento, os testes servem, também, para especificar o grau de interferência entre rotor e estator. Pode-se empregar o seguinte procedimento de teste: Amostragem de fluido• - É muito importante que a amostra de fluido tenha a composição completa do fluido produzido, incluído o gás. Portanto, deve-se dar preferência pela coleta de amostra pressurizada, pois terá que conter os elementos voláteis do petróleo, já que estes são aqueles que mais afetam o inchamento; Um cilindro com válvulas em ambas as extremidades é usado para este tipo de coleta pressurizada. A câmara é purgada para remover os possíveis contaminantes. A câmara é pressurizada com nitrogênio até a pressão de cabeça do poço, onde será coletada a amostra pressurizada. A amostra é coletada conectando uma das extremidades do cilindro ao queroteste, válvula na cabeça de produção que permite a drenagem do fluido produzido, e drenando lentamente o nitrogênio pela outra extremidade. Preparação de cupom de • elastômero - O formato mais usado é o do padrão ASTM (25 mm x 50 mmm x 2 a 8mm); RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 61 Medição inicial• - Deve-se registrar as medidas geométricas e mecânicas do cupom antes do teste. Deve-se medir a espessura, a dureza, a massa e o volume; Imersão• - O processo de imersão consiste na exposição do cupom de elastômero ao fluido de teste na pressão e temperatura de operação. Uma pequena autoclave cilíndrica colocada em um forno com temperatura controlada por termostato é utilizado para simular as condições de operação. O cupom é suspenso dentro da autoclave por um pequeno fio por uma de suas extremidades. A suspensão do cupom desta maneira permite que toda a sua superfície fique em contato com o fluido. Dois ou três cupons de elastômeros do mesmo tipo são colocados simultaneamente para garantir a repetibilidade do teste. Uma vez que os cupons tenham sido instalados, a autoclave é purgada três vezes com nitrogênio para remover possíveis gases contaminantes. O fluido de teste é, então, bombeado do cilindro de amostragem para dentro da autoclave, tendo sido previamente chacoalhado para sua homogeneização. Durante a transferência, a pressão é mantida acima do ponto de bolha para garantir que todo o gás esteja em solução.O bombeio continua até que o interior da autoclave tenha atingido a pressão de teste. A autoclave é aquecida até a temperatura de teste, aquecimento este controlado por um termostato. As temperaturas de teste variam de 20º a 60º C. A pressão é monitorada e controlada durante o teste; Descompressão• - Os cupons ficam imersos por 72 horas nas condições de pressão e temperatura especificadas. Depois disso, a autoclave é removida do forno e começa a resfriar. Quando atinge a temperatura ambiente, a autoclave pode ser despressurizada. Isto deve ser feito lentamente para permitir que líquidos e gases que tenham penetrado no elastômero tenham tempo suficiente para sair de dentro dele sem causar bolhas. A pressão é liberada em degraus de 70 psi a cada cinco minutos, até que a pressão atmosférica seja atingida. Nesse ponto o cupom é removido do autoclave e limpo dos resíduos de fluidos; RESERVADO 62 Alta Competência Medição final• - Depois de remover o cupom da autoclave, a magnitude do inchamento é determinada pela repetição das medições feitas antes do teste. O cupom também é inspecionado visualmente sob um microscópio (40x) para checar a ocorrência de fraturas ou bolhas associada ao inchamento observado; Cálculos e resultados• - As características de inchamento do elastômero são apresentadas como percentuais de variação para cada um dos seguintes parâmetros: massa, espessura, volume e dureza. Os resultados são usados para orientar a escolha do elastômero para dada aplicação. Alguns fornecedores consideram aceitáveis inchamentos da ordem de 2 a 5% em massa e de 2 a 4% de dureza. 2.5. Vazão da bomba Quando o rotor perfaz uma revolução, uma cavidade se desloca de um passo do estator. A vazão será, portanto, proporcional ao número de voltas que o rotor dá em torno de seu eixo, ou seja, quanto maior a rpm, maior será a vazão. atenÇÃo Dá-se o nome de deslocamento da bomba ao volume nominal produzido por uma bomba por rpm (revoluções por minuto). O deslocamento da bomba depende exclusivamente do volume da cavidade e pode ser calculado a partir de sua geometria. A seguir, podemos ver a fórmula de cálculo do deslocamento para uma bomba de cavidades progressivas com um único lóbulo. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 63 Single-lobe: V = 4eDp Imperial: V = 5.94 x 10-1 eDp (V - bbl/d/rpm, e D, p - in) SI - V = 5.76 x 10-6 eDp (V - m3/d/rpm, e, D, p - mm) Fique atento à aplicação dos diferentes sistemas de unidades utilizados. Importante! 4x Excentricidade Diâmetro do rotor EstatorV = 4eDp onde: V = deslocamento da bomba e = excentricidade da bomba D = diâmetro do rotor p = passo do estator Passo do estator Passo do rotor RotorÁrea com fluido Geometria de BCP com um lóbulo A vazão teórica da bomba é o produto do pump displacement (expresso em m3/dia/rpm) pela rotação da bomba. O controle de vazão da bomba BCP é feito pelo ajuste do rpm como se verá no capítulo destinado ao acionamento da bomba de cavidades progressivas. 2.6. Capacidade de pressão A capacidade de pressão de uma bomba pode ser definida como o diferencial de pressão entre a descarga (recalque) e a sucção da mesma, ou como a resultante do produto da capacidade de pressão de uma cavidade pelo número de cavidades sucessivas. RESERVADO 64 Alta Competência A capacidade de pressão de uma cavidade depende da ação de selagem exercida pela linha de interferência existente entre o rotor e o estator entre duas cavidades consecutivas, e também do tipo de fluido. Quanto menor a capacidade de selagem da linha de interferência, maior será o escorregamento de fluidos entreas cavidades (refluxo), o que ocasiona redução da eficiência de bombeio (vazão real menor que a vazão teórica). A selagem exercida pela linha de interferência depende do ajuste fino que existe entre as dimensões do rotor e do estator. Ajuste para menor é chamado de undersize; ajuste para maior, de oversize; e padrão, de standard. A interferência absoluta da bomba é, por definição, o quanto o rotor deforma o elastômero no contato entre ambos. Esta deformação provoca uma tensão normal ao contato, promovendo a vedação entre as cavidades que, assim, tornam-se estanques. O ajuste de interferência é sempre feito no rotor, através de uma maior ou menor camada de cromo na superfície externa do rotor. Este é definido de acordo com o inchamento previsto para o elastômero quando em contato com o fluido produzido e sob efeito de pressão e temperatura. VoCÊ SaBIa?? Quanto maior o número de cavidades formadas, maior a capacidade de pressão de uma bomba, pois maior será o número de linhas de interferência ou selagem em série. Costuma-se identificar a capacidade de pressão de uma bomba como sendo a condição de diferencial de pressão que ela assume em testes de bancada com ajuste normal de interferência entre o rotor e o estator, tomando-se como referência a vazão de 70% da vazão nominal (limite da bomba). RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 65 Na ilustração a seguir podem ser observadas as áreas de selagem entre cavidades que definem a capacidade de pressão de uma bomba de cavidades progressivas. A D Um passo do estator E E D D C C C D B B B A A PE > PD > PC > PB > PA C B Escorregamento do fluido Áreas de selagem entre cavidades e o efeito de escorregamento Diferencial de pressão excessivo sobre uma bomba de cavidades progressivas resulta em: Baixa eficiência de bombeio por causa do escorregamento • excessivo; Deformação e • cisalhamento excessivo do elastômero podendo causar deformações permanentes ou danos; Desgaste acelerado do estator;• Falha prematura do estator.• 2.7. Fatores que influenciam na escolha da bomba BCP Bombas de mesma capacidade de vazão e pressão ou que atendam a uma dada condição operacional podem não atender a outras condições impostas pela aplicação específica. RESERVADO 66 Alta Competência Limite do diâmetro do revestimento O diâmetro do revestimento do poço é um fator limitante importante. Bombas que atendam a uma mesma condição operacional podem possuir, por conta de diferentes geometrias, diâmetros externos diferentes. Capacidade de produzir areia Quando se trata de produzir poços com produção de areia significativa, isto é, maior que 2%, deve-se levar em conta a habilidade da bomba carrear areia. A habilidade de uma bomba carrear areia é diretamente relacionada com a força que ela pode aplicar para mover a areia e a quantidade de areia que tem que ser movida. Bombeamento dos fluidos viscosos Quando a aplicação requer o bombeio de fluidos viscosos, deve- se levar em conta o fluxo na sucção da bomba. A velocidade de enchimento da cavidade cai com a viscosidade do fluido. Se a velocidade de bombeamento é maior que a velocidade de enchimento da cavidade, haverá um enchimento incompleto da cavidade provocando, possivelmente, cavitação, eficiência reduzida e refrigeração insuficiente do elastômero. Devem-se usar bombas com menor velocidade de cavidade quando se quer bombear fluidos de alta viscosidade. Bombas com menor velocidade de fluxo na cavidade são menos propensas aos problemas expostos quando operam bombeando fluidos viscosos. Limitações a altas frações de gás Outra coisa que foi observada é que a frações de gás iguais ou superiores a 80%, a bomba de cavidades progressivas não consegue bombear líquido, fenômeno denominado “bloqueio de gás”. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 67 Em casos de poços que tenham produção de gás associado, para se ter uma boa eficiência de bombeio deve-se colocar a bomba de forma a que se tenha na sucção da bomba uma pressão acima da pressão de bolha, evitando assim a presença de gás livre. 2.8. Teste de bancada Existem diversos modelos que pretendem prever o desempenho da bomba em operação. Nenhum deles, entretanto, mostrou-se inteiramente preciso, já que se trata de um fenômeno extremamente complexo, que depende de inúmeros parâmetros, como a interferência em operação, que depende do ajuste de interferência estator/rotor, da expansão térmica do elastômero, da viscosidade do fluido, da quantidade de gás, entre outros. O desempenho de bombas de cavidades progressivas é levantado em bancadas de teste. As curvas obtidas em rotações específicas são utilizadas para aprovação das bombas, tanto pelo fabricante como pelo comprador. Uma bancada de teste típica está esquematizada a seguir. Ajuste de pressão Controle de temperatura Temperatura BCPMotorVSD Ajuste de rotação Pressão recalque Pressão de sucção Vazão Tanque Tensão, corrente, totação, torque Esquema de uma bancada de teste Os resultados dos testes de bancada são submetidos à aprovação do usuário que, através deles verificará se a bomba atende aos requisitos de sua aplicação. Nesses testes são medidos, em diversas rotações e pressões diferenciais, a vazão e o torque, mantida a temperatura constante. O fluido bombeado durante o teste influencia nos resultados, de tal forma que é exigido uma especificação deste fluido também. RESERVADO 68 Alta Competência A norma Petrobras exige as seguintes condições de teste de bancada para BCP: Fluido: óleo SAE 140;• Temperatura de operação: 60 • oC (+/- 5); Rotação de 250 • rpm; Diferenciais de pressão em relação (P• max- Po) - zero, 30%, 50%, 70%, 85% e 100%. Po é a pressão atmosférica e Pmax é a pressão máxima de operação do BCP e é especificada pelo fabricante na descrição da bomba. A aprovação das curvas se dá mediante a aprovação em dois requisitos: um associado à vazão, à pressão zero de descarga, e outro à pressão máxima de operação. Pode-se observar a seguir as seguintes tolerâncias para a vazão medida à pressão zero de descarga: a) Limite superior é igual 1,3 da vazão nominal da BCP (Qnt) à pressão zero de descarga com a bomba a 250 rpm; b) Limite inferior é igual à 0,95 da vazão nominal da BCP (Qnt) à pressão zero de descarga com a bomba a 250 rpm; A vazão nominal da BCP (Qnt) à pressão zero de descarga com a bomba a 100 rpm é obtida da especificação da bomba dada pelo fabricante. Se ao realizar o teste a 250 rpm a bomba enviada pelo fabricante produzir uma vazão dentro dos limites de tolerância, o resquisito 1 está atendido. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 69 Vazão 1,3Qn Qn 0,95 Qn Nsup.Qn Ninf.Qn Curva de teste PmaxPo Pressão Curva de teste de bancada característica da bomba de cavidades progressivas, com toletância e limites de eficiência O segundo requisito está associado ao tipo de ajuste do motor, que define as tolerâncias da vazão medida na pressão máxima de operação do BCP. As tolerâncias de vazão mostradas na curva acima de Pmax especificam indiretamente o ajuste entre rotor e estator e, portanto, a espessura da camada de cromo com que o rotor é revestido. Na Petrobras, para cada tipo de ajuste, as seguintes tolerâncias são utilizadas: a) Ajuste standard - Ninf=70 % e Nsup= 95% da vazão nominal da BCP (Qnt) à pressão máxima de descarga com a bomba a 250 rpm; b) Ajuste undersize - Ninf=40% e Nsup= 60% da vazão nominal da BCP (Qnt) à pressão máxima de descarga com a bomba a 250 rpm. Se, ao realizar o teste de bancada a 250 rpm, a bomba enviada pelo fabricante produzir uma vazão dentro dos limites de tolerância para o ajuste especificado pelo fabricante, o resquisito 2 será atendido. Se os dois requisitos foram atendidos, a bomba atenderá às suas especificações e poderá ser utilizada. RESERVADO 70 Alta Competência Como a rotação do teste de bancadaé 250 rpm, não se esqueça de multiplicar a vazão especificada pelo fabricante (100 rpm) por 2,5 para calcular correta- mente a vazão nominal da BCP (Qnt). Importante! 2.9. Padronização Não existe uma padronização da codificação dos modelos de bomba, tendo, cada fabricante, a sua própria forma de codificação. Os parâmetros usuais de identificação de modelo baseiam-se na vazão, capacidade de pressão, diâmetro de rotor e diâmetro mínimo de tubing. A nomenclatura padronizada da Petrobras é a seguinte: xyz - aa - bbb -ccc -d x tipo de BCP I T insertável tubular y temperatura máxima de operação L M H até 80º C de 80ºC até 130ºC 130º C z espessura do elastômetro V C Variável Constante aa diâmetro mínimo de coluna de produção 20 25 30 40 2 3/8 pol (60,3mm) 2 7/8 pol (73,3mm) 3 1/2 pol (88,3mm) 4 3/8 pol (114,3mm) bb vazão nominal da BCP á pressão zero de descarga (m3/dia @100 rpm, admitidas toleância conforme o item 2.8) 004,010,020,040,060, 080,100 ccc pressão máxima de operação da BCP-Pmax (kgf/cm2 devendo atender ao limites de eficiência volumétrica conforme o item 2.8) 080,100,120,150,180 d Tipo de ajuste do rotor S U standard undersize RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 71 Além disso, a descrição da bomba de cavidades progressivas deve conter as características limites do ambiente do poço (aromáticos, H2S e CO2), o tipo e o diâmetro de roscas do estator e rotor. Como exemplo, temos que a nomenclatura Petrobras de uma bomba de cavidades progressivas, tubular com diâmetro nominal mínimo da coluna de produção 2 3/8 polegadas, estator com rosca em ambas as extremidades conforme API Spec 5B, rotor com rosca pino parte superior API Spec 11B, vazão nominal da bomba igual a 10 m3/dia (tolerância de vazão 5 % a 30 %) @ 100 rpm, ajuste de rotor “standard”, ambiente de poço não agressivo, temperatura máxima de operação 80 ºC, pressão máxima de qualificação 100 kgf/cm2, espessura de elastômero variável é dada por: TLV-20-010-100-S 2.10. Normas técnicas As principais normas aplicáveis às bombas BCP são a norma Petrobras – N-2506 A e a norma ISO 15136-I. Importante que se tenha conhecimento e se possua essas normas à mão sempre que necessário. Diversas atividades relacionadas ao bombeio de cavidades progressivas, tais como dimensionamento e projeto, especificação para compra, parecer técnico em propostas técnicas, previsão de consumo, armazenamento, instalação, etc, não devem ser realizadas sem o prévio conhecimento de tais normas, especialmente a N2506. RESERVADO 72 Alta Competência A bomba de cavidades progressivas é constituída, basicamente, de um estator e um rotor. O estator é composto de um tubo de aço revestido internamente com elastômero. O rotor é constituído de material metálico de formato excêntrico. O conjunto, quando o rotor está inserido dentro do estator, forma uma série de cavidades isoladas umas das outras por linhas de interferência ou selagem ou contato. Ao girar o rotor dentro do estator, mantido o estator parado, as cavidades se movimentam axialmente da sucção para o recalque/descarga da bomba, promovendo a ação de bombeio. • Tipo de instalação: tubulares e insertáveis; • Forma de distribuição da borracha: convencionais e camada constante; • Número de lóbulos: single-lobe e multi-lobe. Sempre o estator tem um lódulo a mais que o rotor. O comportamento de um elastômero em um determinado fluido de reservatório não pode ser previsto com precisão baseando-se apenas nas propriedades químicas do elastômero e do fluido. Testes laboratoriais são necessários para se quantificar o inchamento confiável, isso para cada combinação de elastômero, fluido e condição operacional. reSUmInDo... RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 73 O desempenho de bombas de cavidades progressivas é levantado em bancadas de teste Os resultados dos testes de bancada são submetidos à aprovação do usuário que, através deles, verificará se a bomba atende aos requisitos de sua aplicação. A descrição de uma bomba de cavidades progressivas precisa, obrigatoriamente, incluir: • Tipo de bomba; • Diâmetro nominal mínimo da coluna de produção; • Tipo e diâmetro de roscas do estator e rotor; • Vazão nominal e respectivas tolerâncias; • Tipo de ajuste do rotor: características limites do ambiente do poço (aromáticos, H2S, CO2, e temperatura de operação); • Pressão máxima de qualificação. reSUmInDo... RESERVADO 74 Alta Competência 1) Marque a alternativa correta: a) Quais são os principais componentes de uma bomba BCP? ( ) Estator e elastômero ( ) Elastômero e rotor ( ) Estator e rotor ( ) Hipociclóide e hélice b) O movimeto do rotor dentro do estator é a combinação de dois movimentos: ( ) Um movimento no sentido anti-horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido horário excentricamente em torno do eixo do estator. ( ) Um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário sem excentricamente em torno do eixo do estator. ( ) Um movimento no sentido horário do estator em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário excentricamente em torno do eixo do rotor. ( ) Um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário excentricamente em torno do eixo do estator. 2) Reconheça, na ilustração a seguir, as linhas de interferência ou se- lagem e responda qual é a sua principal função. a c b d a)________________________________ b)________________________________ c)________________________________ d)________________________________ 2.11. exercícios RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 75 3) Reconheças as característica da bomba de cavidades progressivas a seguir: O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2 A1 A3 B1 B2 B3 e ( ) Cavidades ( ) Linhas de selagem ( ) Envelope do estator ( ) Envelope do rotor ( ) Excentricidade do rotor em relação ao estator. ( ) Hipociclóide R = 4 ( ) Hipociclóide R = 3 ( ) Centro do estator ( ) Centro do rotor 4) Reconheças as trajetórias ou movimentos do estator e do rotor das bombas de cavidades progressivas a seguir com base na suas geome- trias, bem como sua classificação pelo número de lóbulos. a b c ( ) Estator com hipociclóide R = 3, Rotor com hipociclóide com R = 2 de uma bomba de cavidades progressivas multi-lobe 2:3. ( ) Estator com hipociclóide R = 4, Rotor com hipociclóide com R = 3 de uma bomba de cavidades progressivas multi-lobe 3:4. ( ) Estator com hipociclóide R = 2, Rotor com hipociclóide com R = 1 de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe 1:2. RESERVADO 76 Alta Competência 5) Marque a alternativa correta: a) Qual a seqüencia correta estabelecida no procedimento de tes- te de inchamento de um elastômero? ( ) Preparação de cupom de elastômero; amostragem do flui- do; imersão; medição inicial; descompressão; medição final e cálculo dos resultados. ( ) Medição inicial; cálculo; amostragem do fluido; preparação de cupom de elastômero; imersão; descompressão e medição final. ( ) Amostragem do fluido; preparação de cupom de elastô- mero; medição inicial; descompressão; medição final e cál- culo dos resultados. ( ) Amostragem do fluido; preparação de cupom de elastôme- ro; medição inicial; imersão; descompressão; medição final e cálculo dos resultados. b) Os cupons ficam imersos por quanto tempo: ( ) 70 horas ( ) 72 horas ( ) 40 horas ( ) 71 horas RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 77 c) Quando um rotor perfaz uma revolução, uma cavidade se des- cola de um passo do estator. Com base nessa informação, indique a sequência correta do quadro-a-quadro a seguir, tomando como referencia inicial a ilustração C. A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F-F G -G H -H I- I A A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I B A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I C A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I D ( ) A,B, C, D ( ) C, A, D, C ( ) C, D, B, A ( ) C, D, A, B RESERVADO 78 Alta Competência 6) Com relação às características de uma bomba de cavidades pro- gressivas, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( ) Quanto menor o rpm do rotor, maior será a vazão da BCP. ( ) Dá-se o nome de deslocamento da bomba ao volume no- minal produzido por uma BCP por rpm, esse deslocamento independe do volume da cavidade desta bomba. ( ) ( ) A interferência absoluta da bomba é, por definição, o quanto o rotor deforma o elastômero no contato entre ambos. Esta deformação provoca uma tensão normal ao contato, promovendo a vedação entre as cavidades que, assim, tornam-se estanques. ( ) A selagem exercida pela linha de interferência não depen- de do ajuste fino que existe entre as dimensões do rotor e do estator, pois esse ajuste ocorre naturalmente através dos processos conhecidos de undersize, oversize e standard. ( ) O ajuste de interferência entre rotor e estator é sempre fei- to no rotor, através da aplicação de uma maior ou menor camada de cromo na superfície externa do rotor. 7) A vazão nominal da bomba TLV – 25 – 40 – 100 S é: ( ) 25 m3/dia ( ) 40 m3/dia ( ) 100 m3/dia ( ) 30 m3/dia 8) Uma bomba TLV – 30 – 60 – 120 S, se operada com 200 rpm e 5 m3/ dia de escorregamento terá vazão de : ( ) 100 m3/dia ( ) 115 m3/dia ( ) 120 m3/dia ( ) 200 m3/dia RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 79 9) Um poço com elevado inchamento deve ser instalado com uma bomba BCP com rotor: ( ) oversize ( ) undersize ( ) standard 10) A pressão nominal da bomba TLV – 25 – 60 – 120 S é: ( ) 100 kgf/cm2 ( ) 120 Kgf/cm2 ( ) 200 kgf/cm2 ( ) 50 kgf/cm2 11) A bomba TLV – 25 – 40 – 100 S tem rotor com ajuste de interfe- rência: ( ) oversize ( ) standard ( ) undersize 12) Complete as lacunas: O sistema BCP é superior aos demais métodos de bombeio na capacidade de bombear _________________ e no bombeio de fluidos de elevada _________________, mas tem capacidade bastante limitada de bombear fluido com alta _________________ e limitações de _________________ e diferencial de _________________. Outra limitação é a sua capacidade de bombear fluidos com elevados teores de _________________ ou de gás _________________. 13) São características geométricas de uma bomba BCP: ( ) passo do rotor ( ) passo do estator ( ) diâmetro da haste de bombeio ( ) vazão nominal ( ) pressão nominal ( ) diâmetro do rotor RESERVADO 80 Alta Competência 14) O que define a capacidade de pressão da bomba BCP é: ( ) o passo do estator ( ) o passo do rotor ( ) a vazão nominal ( ) o número de estágios ( ) o comprimento do estator 15) O que define a capacidade de carrear sólidos de uma bomba BCP é: ( ) a velocidade de cavidade ( ) o passo do estator ( ) o ângulo de varredura do rotor ( ) o diâmetro do rotor ( ) a excentricidade 16) O que define a capacidade de bombear fluidos viscosos em uma bomba BCP é: ( ) a velocidade de cavidade ( ) o ângulo de varredura do rotor ( ) o passo do estator ( ) o diâmetro do rotor 17) A relação entre o passo do estator e o passo do rotor em uma bomba single-lobe é: ( ) 2 : 1 ( ) 3 : 2 ( ) 4 : 3 ( ) 5 : 4 RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 81 18) A relação entre o passo do estator e o passo do rotor em uma bomba dual lobe é: ( ) 2 : 1 ( ) 3 : 2 ( ) 4 : 3 ( ) 5 : 4 19) Um estágio de uma bomba dual lobe tem capacidade de diferen- cial de pressão igual a: ( ) 2 vezes e meia a de uma bomba single-lobe ( ) 1 vez e meia a de uma bomba single-lobe ( ) 2 vezes a de uma bomba single-lobe ( ) 3 vezes a de uma bomba single-lobe 20) Uma maior interferência provoca: ( ) maior escorregamento na bomba ( ) menor escorregamento na bomba ( ) maior torque de fricção na bomba ( ) menor torque de fricção na bomba ( ) maior capacidade de selagem das cavidades ( ) menor capacidade de selagem das cavidades RESERVADO 82 Alta Competência 21) Calcular a vazão nominal da bomba com as seguintes caracterís- ticas geométricas: Excentricidade = 6 mm Passo do Estator = 200 mm Diâmetro do rotor = 40 mm As curvas apresentadas nos problemas 22, 23 e 24 foram levantadas em bancada com a mesma rpm. 22) Quais das seguintes bombas de mesmas características geométri- cas possui a maior interferência? 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 83 23) Quais das seguintes bombas possui maior vazão nominal? 0 5 10 15 20 25 30 35 0 50 100 150 pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 ________________________________________________________________ 24) Quais das seguintes bombas possui maior capacidade de pressão nominal? 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 ________________________________________________________________ 25) Calcule a vazão de uma bomba de vazão nominal de 20 m3/dia quando opera a 300 rpm, supondo que não haja escorregamento. ________________________________________________________________ RESERVADO 84 Alta Competência 26) Uma bomba de vazão 20 m3/dia 100 rpm e pressão nominal de 100 Kgf/cm2 tem os seguintes dados de teste de bancada com água e @ 250 rpm: Pressão Vazão 0 50 40 49 50 48 75 44 100 38 Estime a vazão da bomba operando @ 200 rpm, com óleo de 50 cp na pressão de 80 kgf/cm2, considerando que o escorrega- mento na pressão de operação para viscosidade de 50 cp é de 1,44 m3/dia. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 27) Qual a diferença entre bomba insertável e bomba tubular? Quais as vantagens e desvantagens de uma e de outra? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 28) Qual a vantagem de se usar uma bomba com camada constante de borracha se ela é muito mais cara que uma convencional? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 85 29) Em quais dos seguintes poços você utilizaria o método BCP? Poço 1 : Q = 500 m3/dia, AMT = 1000 metros, RGL = 5 m3/m3, API = 38, viscosidade = 10 cp, CO2 = 0%, H2S = 5%, Aromáticos = 6% _________________________________________________________________________________________________________________________ Poço 2 : Q = 40 m3/dia, AMT = 800 metros, RGL=100 m3/m3, API=30, viscosidade = 2 cp, CO2 = 10%, H2S= 0%, Aromáticos = 1% ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ Poço 3 : Q = 50 m3/dia, AMT = 1000 metros, RGL = 5 m3/m3, API = 25, visco- sidade = 100 cp, CO2 = 0%, H2S = 0%, Aromáticos = 0% ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Poço 4 : Q = 40 m3/dia, AMT = 800 metros, RGL=10 m3/m3, API=30, viscosi- dade = 2 cp, CO2 = 1%, H2S= 0%, Aromáticos = 1% _____________________________________________________________ 30) Dê as características da seguinte bomba segundo a norma Petrobras TLV-25-20-100U ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ RESERVADO 86 Alta Competência Abrasão - efeito de erosão provocado em equipamentos quando expostos ao contato de agente abrasivo, por exemplo, a areia. Os sedimentos produzidos do reservatório (principalmente areia) são carreados no fluido produzido, erodem as paredes dos dutos e dos outros equipamentos de coleta, como o choke. Adjacente - que está com contato, unido, próximo, vizinho, contíguo ou confiante. API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Aromáticos - petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos aromáticos, ou seja, aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno. Asfaltenos - compontente do betume (asfalto proveniente de destilação de petróleo). Assentamento - é medida a elongação residual após certo tempo de ter sido estirado a amostra. A elasticidade do elastômero cresce com o valor de resiliência e com o decréscimo das demais propriedades. ASTM - American Society for Testing and Materials. Sociedade Americana para Testes e Materiais. Autoclave - vaso de pressão submetido ao aquecimento, utilizado para fazer a união, cura ou selagem via térmica, de componentes; ou ainda, para realizar testes relacionados com o meio ambiente. Axialmente - colocado sobre ou em torno de um eixo de rotação, ou a ele referido. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. BCP multi-lobe - Bomba de Cavidades progressivas com um rotor de três ou mais lóbulos. BCP single-lobe - Bomba de Cavidades progressivas com um rotor de apenas um lóbulo. Cavitação - formação de bolhas de vapor ou de gás em líquido por efeito de forças de natureza mecânica. Cisalhamento - deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Creep - uma força constante é aplicada a uma amostra e a deformação é medida periodicamente. Curva plana - planicidade da supercície de uma curva, ou seja, se esta curva for deixada sobre o tampo plano de uma mesa e ficar inteiramente apoiada sobre ele, pode-se imaginar o que vem a ser uma curva plana. Curva reversa - curva não plana. Elastômero - polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha. Elongação - deformação longitudinal de uma barra metálica submetida ao esforço de tração. 2.12. glossário RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 87 Equidistante - o que dista igualmente. Excentricidade - desvio ou afastamento do centro. Extrudado - produto proveniente de um processo de extrusão: processo metalúrgico que consiste na deformação plástica a quente do tarugo de um material fazendo-o passar pela ação de um pistão, através do orifício de uma matriz que apresenta o contorno da seção do produto que se quer obter. Helicóide - que tem a forma de, ou é semelhante a hélice; em caracol; helicoidal. Hipociclóide - caminho traçado por um ponto sobre um círculo que rola por dentro da circunferência de um outro círculo. Histerese - fenômeno que consiste na resposta de um sistema a uma solicitação externa se atrasar em relação ao incremento ou à atenuação dessa solicitação, como, p. ex., na magnetização e desmagnetização do ferro doce por um campo magnético. IRHD (International Rubber Hardness Degrees) - dureza IRHD. Linhas de interferência ou selagem - áreas de contato entre a superfície externa do rotor e a superfície interna de um estator de uma BCP. Nafteno - designação genérica de hidrocarbonetos cíclicos saturados, de derivados do ciclopentano e do cicloexano. Nível dinâmico - distância medida entre a superfície e o topo da coluna de líquido que se forma no espaço anular quando o poço está em produção. Parafinas - designação genérica dos hidrocarbonetos saturados. Material sólido, branco, translúcido, proveniente da destilação do alcatrão do petróleo, ou do alcatrão de madeira, constituído por uma mistura de hidrocarbonetos saturados e insaturados. Pressão intermolecular - pressão que ocorre entre moléculas. Purgar - tornar puro; purificar, limpar. Relaxação da tensão - a redução de força necessária para manter a mesma deformação é medida no tempo (ADTM D1390). Rosca pino - rosca localizada na extremidade de uma haste de BCP e que permite que esta se conecte mecanicamente a uma haste seguinte mediante a presença de uma luva. Rpm - rotações por minuto (abreviado rpm, rpm, r/min, rot/min, ou r·min−1) é uma unidade de frequência, usada para medir a velocidade de rotação de um objeto sobre um eixo fixo e representa o número de rotações completas efetuadas por minuto. Superfície regrada - superfície não plana. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Tubing - coluna de produção. RESERVADO 88 Alta Competência ASSMANN, B. W. Bombeio de Cavidades Progressivas. Apostila. Petrobras - UN- RNCE, 2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivass. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. 2.13. Bibliografia RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 89 1) Marque a alternativa correta: a) Quais são os principais componentes de uma bomba BCP? ( ) Estator e elastômero ( ) Elastômero e rotor ( X ) Estator e rotor ( ) Hipociclóide e hélice b) O movimeto do rotor dentro do estator é a combinação de dois movimentos: ( ) Um movimento no sentido anti-horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido horário excentricamente em torno do eixo do estator. ( ) Um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário sem excentricamente em torno do eixo do estator. ( ) Um movimento no sentido horário do estator em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário excentricamente em torno do eixo do rotor. ( X ) Um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário excentricamente em torno do eixo do estator. 2) Reconheça, na ilustração a seguir, as linhas de interferência ou selagem e responda qual é a sua principal função. a c b d a) Cavidade e alta pressão b) Linhas de selagem c) Cavidade de pressão média d) Cavidade de baixa pressão A principal função é definir as interfaces selantes formadas a partir do contato entre o rotor e o estator, permitindo, deste modo, a formação das cavidades. 2.14. gabaritoRESERVADO 90 Alta Competência 3) Reconheças as característica da bomba de cavidades progressivas a seguir: O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2 A1 A3 B1 B2 B3 e (A1, 2, 3) Cavidades (B1, 2, 3) Linhas de selagem (E1) Envelope do estator (E2) Envelope do rotor ( e ) Excentricidade do rotor em relação ao estator. (H1) Hipociclóide R = 4 (H2) Hipociclóide R = 3 (O1) Centro do estator (O2) Centro do rotor 4) Reconheças as trajetórias ou movimentos do estator e do rotor das bombas de cavidades progressivas a seguir com base na suas geometrias, bem como sua classificação pelo número de lóbulos. a b c ( C ) Estator com hipociclóide R = 3, Rotor com hipociclóide com R = 2 de uma bomba de cavidades progressivas multi-lobe 2:3. ( A ) Estator com hipociclóide R = 4, Rotor com hipociclóide com R = 3 de uma bomba de cavidades progressivas multi-lobe 3:4. ( B ) Estator com hipociclóide R = 2, Rotor com hipociclóide com R = 1 de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe 1:2. RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 91 5) Marque a alternativa correta: a) Qual a sequência correta estabelecida no procedimento de teste de inchamento de um elastômero? ( ) Preparação de cupom de elastômero; amostragem do fluido; imersão; medição inicial; descompressão; medição final e cálculo dos resultados. ( ) Medição inicial; cálculo; amostragem do fluido; preparação de cupom de elastômero; imersão; descompressão e medição final. ( ) Amostragem do fluido; preparação de cupom de elastômero; medição inicial; descompressão; medição final e cálculo dos resultados. ( X ) Amostragem do fluido; preparação de cupom de elastômero; medição inicial; imersão; descompressão; medição final e cálculo dos resultados. b) Os cupons ficam imersos por quanto tempo: ( ) 70 horas ( X ) 72 horas ( ) 40 horas ( ) 71 horas c) Quando um rotor perfaz uma revolução, uma cavidade se descola de um passo do estator. Com base nessa informação, indique a sequência correta do quadro-a- quadro a seguir, tomando como referencia inicial a ilustração C. A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I A A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I B A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I C A C B D F G E I H A C B D F G E I H / 2 /2 0 A -A B -B C -C D -D E- E F- F G -G H -H I- I D ( ) A,B, C, D ( ) C, A, D, C ( ) C, D, B, A ( X ) C, D, A, B RESERVADO 92 Alta Competência 6) Com relação às características de uma bomba de cavidades progressivas, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( F ) Quanto menor o rpm do rotor, maior será a vazão da BCP. Justificativa: quanto maior o rpm do rotor, maior será a vazão da bomba de cavidades progressivas. ( F ) Dá-se o nome de deslocamento da bomba ao volume nominal produzido por uma BCP por rpm, esse deslocamento independe do volume da cavidade desta bomba. Justificativa: dá-se o nome de deslocamento da bomba ao volume nominal produzido por uma bomba de cavidades progressivas por rpm; esse deslocamento depende do volume da cavidade desta bomba. ( F ) ( V ) A interferência absoluta da bomba é, por definição, o quanto o rotor deforma o elastômero no contato entre ambos. Esta deformação provoca uma tensão normal ao contato, promovendo a vedação entre as cavidades que, assim, tornam-se estanques. ( F ) A selagem exercida pela linha de interferência não depende do ajuste fino que existe entre as dimensões do rotor e do estator, pois esse ajuste ocorre naturalmente através dos processos conhecidos de undersize, oversize e standard. Justificativa: a selagem exercida pela linha de interferência depende do ajuste fino que existe entre as dimensões do rotor e do estator. Ajuste para menor é chamado de undersize; ajuste para maior, de oversize, e padrão, de standard. ( V ) O ajuste de interferência entre rotor e estator é sempre feito no rotor, através da aplicação de uma maior ou menor camada de cromo na superfície externa do rotor. 7) A vazão nominal da bomba TLV – 25 – 40 – 100 S é: ( ) 25 m3/dia ( X ) 40 m3/dia ( ) 100 m3/dia ( ) 30 m3 /dia 8) Uma bomba TLV – 30 – 60 – 120 S, se operada com 200 rpm e 5 m3/dia de escorregamento terá vazão de : ( ) 100 m3/dia ( X ) 115 m3/dia ( ) 120 m3/dia ( ) 200 m3/dia RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 93 9) Um poço com elevado inchamento deve ser instalado com uma bomba BCP com rotor: ( ) oversize ( X ) undersize ( ) standard 10) A pressão nominal da bomba TLV – 25 – 60 – 120 S é: ( ) 100 kgf/cm2 ( X ) 120 Kgf/cm2 ( ) 200 kgf/cm2 ( ) 50 kgf/cm2 11) A bomba TLV – 25 – 40 – 100 S tem rotor com ajuste de interferência ( ) oversize ( X ) standard ( ) undersize 12) Complete as lacunas: O sistema BCP é superior aos demais métodos de bombeio na capacidade de bombear sólidos e no bombeio de fluidos de elevada viscosidade, mas tem capacidade bastante limitada de bombear fluido com alta RGL e limitações de vazão e diferencial de pressão. Outra limitação é a sua capacidade de bombear fluidos com elevados teores de aromáticos ou de gás sulfídrico. 13) São características geométricas de uma bomba BCP: ( X ) passo do rotor ( X ) passo do estator ( ) diâmetro da haste de bombeio ( ) vazão nominal ( ) pressão nominal ( X ) diâmetro do rotor 14) O que define a capacidade de pressão da bomba BCP é: ( ) o passo do estator ( ) o passo do rotor ( ) a vazão nominal ( X ) o número de estágios ( ) o comprimento do estator RESERVADO 94 Alta Competência 15) O que define a capacidade de carrear sólidos de uma bomba BCP é: ( ) a velocidade de cavidade ( ) o passo do estator ( X ) o ângulo de varredura do rotor ( ) o diâmetro do rotor ( ) a excentricidade 16) O que define a capacidade de bombear fluidos viscosos em uma bomba BCP é: ( X ) a velocidade de cavidade ( ) o ângulo de varredura do rotor ( ) o passo do estator ( ) o diâmetro do rotor 17) A relação entre o passo do estator e o passo do rotor em uma bomba single- lobe é: ( X ) 2 : 1 ( ) 3 : 2 ( ) 4 : 3 ( ) 5 : 4 18) A relação entre o passo do estator e o passo do rotor em uma bomba dual lobe é: ( ) 2 : 1 ( X ) 3 : 2 ( ) 4 : 3 ( ) 5 : 4 19) Um estágio de uma bomba dual lobe tem capacidade de diferencial de pressão igual a: ( ) 2 vezes e meia a de uma bomba single-lobe ( X ) 1 vez e meia a de uma bomba single-lobe ( ) 2 vezes a de uma bomba single-lobe ( ) 3 vezes a de uma bomba single-lobe RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 95 20) Uma maior interferência provoca: ( ) maior escorregamento na bomba ( X ) menor escorregamento na bomba ( X ) maior torque de fricção na bomba ( ) menor torque de fricção na bomba ( X ) maior capacidade de selagem das cavidades ( ) menor capacidade de selagem das cavidades 21) Calcular a vazão nominal da bomba com as seguintes características geométricas: Excentricidade = 6 mm Passo do Estator = 200 mm Diâmetro do rotor = 40 mm V= 4eDP= 4 x 0,06 x 0,04 x 0,2 Cálculo do volume de um passo de estator em m3: Como a vazão nominal é dada pelo volume deslocado em um dia a 100 rpm, será este o volume de um passo, multiplicado por 100 rpm e multiplicado pelo número de minutos existentes em um dia. Qn = 4eDp x 100 x 24 x 60rev = 4 x 0,006 x 0,04 x 0,2 x 100 x 24 x 60 = 27,65 m 3/dia As curvas apresentadas nos problemas 22, 23 e 24 foram levantadas em bancada com a mesma rpm. RESERVADO 96 Alta Competência 22) Quais das seguintes bombas de mesmas características geométricas possui a maior interferência? 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 Solução: A bomba Qt1 tem menor vazão com diferencial de pressão nulo e menor escorregamento no direferencial de pressão máximo, portanto é a que tem maior interferência. 23) Quais das seguintes bombas possui maior vazão nominal? 0 5 10 15 20 25 30 35 0 50 100 150 pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 Solução: A Bomba 2 tem maior vazão nominal 24) Quais das seguintes bombas possui maior capacidade de pressão nominal? 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 pressão va zã o Qt1 Qt2 Qt3 Resposta : Curava Qt1 RESERVADO Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 97 25) Calcule a vazão de uma bomba de vazão nominal de 20 m3/dia quando opera a 300 rpm, supondo que não haja escorregamento. Solucão: 26) Uma bomba de vazão 20 m3/dia 100 rpm e pressão nominal de 100 Kgf/cm2 tem os seguintes dados de teste de bancada com água e @ 250 rpm: Pressão Vazão 0 50 40 49 50 48 75 44 100 38 Estime a vazão da bomba operando @ 200 rpm, com óleo de 50 cp na pressão de 80 kgf/cm2, considerando que o escorregamento na pressão de operação para viscosidade de 50 cp é de 1,44 m3/dia. Solução: A vazão nominal da bomba é Na velocidade de 200 rpm e com o escorregamento, a vazão da bomba será: 27) Qual a diferença entre bomba insertável e bomba tubular? Quais as vantagens e desvantagens de uma e de outra? Solução: Na bomba tubular, o estator é conectado à extremidade da coluna de produção, enquanto na bomba insertável o estator é descido na coluna de hastes junto com o rotor, insertado na coluna de produção e afixado a esta através de um nipple de assentamento. A vantangem da bomba insertável é que seu estator pode ser trocado manobrando apenas a coluna de hastes, o que requer equipamento de menor capacidade de carga. Porém, ela tem capacidade de vazão menor para o mesmo diâmetro da coluna. A bomba tubular tem maior vazão para a mesma coluna de produção, mas requer sonda de maior capacidade de carga para troca de seu estator. A decisão entre a utilização de uma e de outra dependerá da vazão do poço e da frequência de falhas no estator. 28) Qual a vantagem de se usar uma bomba com camada constante de borracha se ela é muito mais cara que uma convencional? A bomba de camada constante de borracha é menos suscetível ao inchamento e expansão térmica, sendo indicada naquelas áreas que apresentam problemas de prisão do rotor por temperatura ou inchamento de gás inerte ou aromáticos. RESERVADO 98 Alta Competência 29) Em quais dos seguintes poços você utilizaria o método BCP? Poço 1 : Q = 500 m3/dia, AMT = 1000 metros, RGL = 5 m3/m3, API = 38, viscosidade = 10 cp, CO2 = 0%, H2S = 5%, Aromáticos = 6% Este poço tem elevado teor de aromáticos, tornando a borracha mais suscetível de inchamento. Contra-indicado BCP. Poço 2 : Q = 40 m3/dia, AMT = 800 metros, RGL=100 m3/m3, API=30, viscosidade = 2 cp, CO2 = 10%, H2S= 0%, Aromáticos = 1% Este poço tem uma RGL relativamente alta, mas nada impede que se use BCP com uma pressão de sucção que garanta que a maior parte do gás estará em solução. Poço 3 : Q = 50 m3/dia, AMT = 1000 metros, RGL = 5 m3/m3, API = 25, viscosidade = 100 cp, CO2 = 0%, H2S = 0%, Aromáticos = 0% Excelente poço para BCP, especialmente por causa da viscosidade elevada do fluido. Sem contra-indicações. Poço 4 : Q = 40 m3/dia, AMT = 800 metros, RGL=10 m3/m3, API=30, viscosidade = 2 cp, CO2 = 1%, H2S= 0%, Aromáticos = 1% Outro poço sem contra-indicações para BCP. 30) Dê as características da seguinte bomba segundo a norma Petrobras TLV-25-20-100U TLV-25-20-100U Bomba tubular, para temperatura de operação de até 80º C, borracha de espessura variável, para coluna mínima de 2 7/8 pol, com vazão de 20 m3/dia a 100 rpm, diferencial de pressão nominal de 100 kgf/cm2 e rotor com ajuste de interferência undersize. RESERVADO C ap ít u lo 3 Cabeçote de BCP Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Identificar o cabeçote da bomba de cavidades progressivas e seus componentes; • Entender o funcionamento do cabeçote de bomba de cavidades progressivas; • Reconhecer sua classificação, características e codificação. RESERVADO 100 Alta Competência RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 101 3. Cabeçote de BCP O cabeçote de acionamento da bomba de cavidades progressivas ou simplesmente cabeçote de BCP, é um dos equipamentos usados na produção de petróleo onde o método de elevação é o bombeio de cavidades progressivas. Ele é responsável, principalmente, pela sustentação das cargas axiais de um poço produtor e pela transmissão do movimento de rotação do motor elétrico às hastes de bombeio. Cabeçote de BCP O cabeçote de acionamento compreende uma estrutura de suporte, um rolamento e um redutor fixo ou sistema de polia e correia. Ele pode ser enroscado diretamente na cabeça de produção ou através de uma conexão flangeada. Por definição da norma Petrobras N-2659 o cabeçote é um conjunto motriz de superfície destinado ao acionamento da bomba de cavidades progressivas através do movimento rotativo da coluna de hastes. Este conjunto consiste basicamente de motor, redutor de velocidade e/ou acoplamento por correias e polias e o sistema de controle da reversão. Além disso, o cabeçote inclui a caixa de engaxetamento (stuffing box), que faz a vedação na passagem da haste polida, e pedestal que permite a instalação do motor. RESERVADO 102 Alta Competência O cabeçote de acionamento é um redutor de velocidade do motor elétrico que o aciona. Como os motores elétricos operam em alta rotação (aproximadamente 3500 rpm) e a rotação das bombas de fundo de cavidades progressivas trabalha na faixa de 100 a 400 rpm, o cabeçote faz o papel de redutor de velocidade. Esta relação entre as velocidades é a relação entre as velocidades do motor e da bomba de fundo. Em contrapartida, o torque nominal do motor é multiplicado por essa mesma relação de redução, fazendo com que o sistema haste-bomba de fundo seja movimentado (rotacionado), produzindo o efeito de bombeamento do fluido do fundo do poço até a superfície. O cabeçote do sistema da bomba de cavidades progressivas tem as seguintes funções: Suspender as hastes e suportar a • carga axial; Fornecer • torque para a haste polida; Girar a coluna de hastes na rotação adequada;• Fornecer escape seguro para a energia armazenada no sistema • nas paradas; Evitar o vazamento de fluidos para o ambiente.• Haste polida é a última haste da coluna de hastes e ela é o ponto de contato entre a coluna de hastes e o cabeçote da bomba de cavidades progressivas. VoCÊ SaBIa?? A maioria dos cabeçotes tem um eixo vazado para facilitar a conexão da haste polida. O eixo vazado permite que a haste polida atravesse todo o cabeçote que, por sua vez, é suspensa por um clamp que se assenta numa cavidade no topo do acionador. A haste polida normalmente utilizada é de 1 ½ ou 1 ¼ de polegadas de aço AISI 4140 cromada. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 103 O cabeçote deve possuir um sistema de proteção contra ejeção da haste polida em caso de sua ruptura. Redutor Ranhura Clamp Haste polida Haste polida Stuffing-box Nível de óleo Quadro Passagem da haste polida pelo cabeçote de BCP Uma das funções mais importantes do cabeçote é su- portar a carga axial do poço. O rolamento de carga axial é o componente do cabeçote que suporta o es- forço axial proveniente do peso da coluna de hastes, do peso da coluna de fluido e da pressão de bom- beio e permite que as hastes possam girar com um mínimo de atrito. Importante! A vida útil do cabeçote é apresentada pelos fabricantes, no gráfico a seguir, que mostram a vida útil em função da carga axial e do rpm de operação. RESERVADO 104 Alta Competência 600 500 400 300 200 100 0 0 100908070605040302010 110 RPM 12 ton 10 ton 8 ton 8 ton 7 ton vida útil (horas x 1000) Vida útil em função da carga axial e do rpm de operação Outra característica fundamental é apotência do cabeçote para uma dada rotação. Na verdade, essa característica traduz o torque máximo que o cabeçote suporta. O torque máximo do cabeçote pode ser obtido dividindo-se a potência pela velocidade de rotação. A potência exigida, por sua vez, pode ser obtida multiplicando-se o torque máximo pela rotação. O torque nominal do cabeçote, torque máximo suportado pelo cabeçote em operação contínua, é importante para o projeto do cabeçote e para o dimensionamento ou seleção do melhor equipamento, mas na prática é melhor expressar essa capacidade através da potência do cabeçote, ou seja, a potência que pode ser transmitida por esse cabeçote. A potência depende tanto do torque nominal do cabeçote quanto da velocidade de rotação. Portanto, a potência nominal do cabeçote deve ser expressa a uma dada velocidade de rotação da haste polida. A velocidade padronizada na norma N-2659 é de 300 rpm. É importante ressaltar que a uma velocidade de rotação diferente, a capacidade de potência do cabeçote se modifica. Importante! RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 105 Como a capacidade de torque é o que se mantém como característica do redutor, se a velocidade na haste polida for reduzida à metade, a potência máxima a que pode ser exigido o cabeçote será a metade do seu valor nominal. atenÇÃo Não se deve confundir potência máxima do cabeçote, que é a potência na velocidade de operação que resulta no torque nominal do redutor, com a potência nominal do cabeçote, que é a potência que resulta no torque nominal do redutor na velocidade de 300 rpm. A tabela seguinte, introduzida na mais recente versão da norma Petrobras, relaciona a potência máxima do cabeçote com a velocidade de operação. COLUNA DE HASTES FAMÍLIAS DE CABEÇOTE POR POTËNCIA TORQUE DE FRENAGEM POTÊNCIA DOS MOTORES ROTAÇÃO MÍNIMA COM REDUÇÃO POR POLIAS (rotações inferiores podem ser atingidas com VSD) @ 300 rpm (HP) (Nm) HP Rpm Mín. Rpm Mín. Rpm Mín. POTÊNCIA DO CABEÇOTE (HP) 10 15 20 7/8” Até 20 1200 5 150 115 75 7,5 225 150 115 10 300 225 150 15 300 225 20 300 POTÊNCIA DO CABEÇOTE (HP) 30 40 60 1 ” Maior que 20 e menor que 60 2000 10 125 100 15 150 125 20 200 150 100 25 250 200 125 30 300 250 150 40 300 200 50 250 60 300 RESERVADO 106 Alta Competência COLUNA DE HASTES FAMÍLIAS DE CABEÇOTE POR POTËNCIA TORQUE DE FRENAGEM POTÊNCIA DOS MOTORES ROTAÇÃO MÍNIMA COM REDUÇÃO POR POLIAS (rotações inferiores podem ser atingidas com VSD) @ 300 rpm (HP) (Nm) HP Rpm Mín. Rpm Mín. Rpm Mín. POTÊNCIA DO CABEÇOTE (HP) 80 100 120 1 1/8” Maior ou igual a 60 e menor ou igual a 100 3000 40 150 125 100 50 200 150 125 60 250 200 150 80 300 250 200 100 300 250 120 300 Relação da potência máxima do cabeçote com a velocidade de operação Em resumo, o dimensionamento do cabeçote consiste em determinar a carga axial máxima, o torque máximo e a velocidade máxima de operação que atendam aos parâmetros de projeto. Deve-se respeitar os limites de torque e velocidade recomendados pelos fabricantes para prolongar a vida útil do equipamento. Outras características importantes do cabeçote BCP são as seguintes: Capacidade do sistema anti-reversão - O sistema anti-reversão • é caracterizado pelo máximo torque que é capaz de suportar, pela sua curva característica de torque x rotação para várias temperaturas, pela capacidade térmica e pelo coeficiente de troca de calor com o ambiente. A norma da Petrobras, além de exigir testes de campo, exige também o levantamento dessas características em bancada; Máxima e mínima rotação de operação;• Faixa de potência de motor - a mesa do motor deve possuir • furação que permita a instalação de motores dentro de sua faixa de potência. Assim, se um cabeçote for para uma faixa de 10 a 30 HP, a mesa deve permitir a instalação de motores de 10, 12,5, 15, 20, 25 e 30 HP; RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 107 Permitir a troca rápida de • polias; Ter passagem para eixo polido;• Conexão inferior adequada para instalação sobre o • “tê” de fluxo; Sistema de vedação contra vazamentos gaxetas ou selo • mecânico; Sistema contra a ejeção da haste polida quando esta se • rompe. As partes principais de um cabeçote são os sistemas de transmissão de potência, vedação, frenagem e o motor e serão apresentadas a seguir. Clamp Haste polida Polia movida Protetor de Correa Tanque de óleo Correias Polia motora Motor Elétrico Base ajustável Flange API esp. 6A tipo 6b Caixa de vedação Freio hidráulico tipo motor Válvula de agulha Redutor Componentes do cabeçote RESERVADO 108 Alta Competência 3.1. Sistema de transmissão de potência O objetivo da transmissão de potência é reduzir a velocidade de rotação do eixo do rotor para a rotação requerida pelas condições operacionais do poço, além da alteração da direção de rotação, quando necessária. O redutor e o sistema de polias / correias podem ser utilizados para esse fim. O sistema de transmissão de potência e o motor são acoplados ao cabeçote no mesmo local. A regulagem de velocidade pode, ainda, ser feita por um variador de frequência (VSD). O VSD deve ser escolhido em função da potência do motor. A potência do VSD deve ser maior ou igual à do motor. O VSD deve ser capaz de controlar a velocidade de rotação do motor, permitir parada e partida suave e limitar o torque de operação do motor. Deve, ainda, contribuir na frenagem durante a reversão na coluna de hastes. 3.1.1. Redutor Normalmente, os redutores têm uma relação de redução de 1:4 ou 1:5, o que significa uma redução na velocidade de rotação do motor elétrico de 4 a 5 vezes. Exemplo: se estamos usando um motor elétrico de 1.200 rpm, o redutor por si só já promove uma redução para 300 ou 240 rpm, a depender do cabeçote. Normalmente os redutores são mecânicos de engrenagens. Podem ser do tipo coroa e pinhão ou de coroas dentadas. Não faz parte de todos os modelos de cabeçotes. 3.1.2. Sistema de polias e correias Faz parte do sistema de transmissão de rotação entre o motor elétrico e o eixo polido do cabeçote. É constituído de duas polias: a acionadora que se encontra instalada no eixo de saída do motor elétrico e a polia acionada ou polia do cabeçote, que se localiza no eixo do cabeçote. A relação entre os diâmetros dessas duas polias pode ser alterada de modo a se conseguir uma variação da rotação do eixo polido e, por consequência, das hastes de bombeio e da bomba de fundo. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 109 Flange Bucha Sistema de polias e buchas de fixação O material das polias foi tradicionalmente o ferro fundido cinzento. Porém, este material está sendo substituído por aço ou liga de alumínio, materiais mais dúcteis. O ferro fundido, além de possuir uma menor tensão de ruptura, é frágil e quebradiço, e por isso não suporta impacto mecânico. Além disso, pode conter falha interna decorrente do processo de fundição. atenÇÃo Durante uma reversão intensa, pode a polia não suportar a tensão tangencial gerada pela força centrífuga, e se fragmentar. Esses fragmentos são projetados a velocidades enormes, colocando em risco a integridade física e a vida das pessoas que estiverem próximas à área do poço. Outro fator a favor das polias de aço é o seu maior momento de inércia, o que leva ao desenvolvimento de menores velocidades de reversão. A introdução de polias de aço torna a instalação BCP muito mais segura quanto à possibilidade de fragmentação de polias. Filamento de aço Polia para correia dentada RESERVADO 110 Alta Competência A conexão entre as polias é através de correias em número suficiente para a potência requerida para a operação. Os cabeçotes menores tem 4 gornes ou correias e os maiores de 5 a 6 gornes. atenÇÃo As polias são fornecidas como acessórios do cabeçote e fazem parte de seu projeto. Não se deve utilizar as polias de um cabeçote em outro cabeçote, especialmente se tiver número degornes diferentes. Os diâmetros das polias fornecidas são tais que permitem que o cabeçote possa trabalhar com velocidades na haste polida de 150 a 400 rpm. As polias devem ser selecionadas de forma a se obter em combinação com o redutor um ajuste de velocidade adequado. A redução de velocidade (N) nas polias é proporcional à relação de seus diâmetros (D): D1 D2 N2N1 V Em cabeçotes com redutor em que a rotação de projeto é baixa (<250 rpm), fazemos uso da relação entre diâmetros das polias acionadora e acionada, para aumentar a relação de redução total e atingir a rotação esperada. Nesse caso, a finalidade deste dispositivo é permitir o uso de cabeçotes em aplicações onde a rotação de projeto é baixa. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 111 O protetor de correias e polias protege o técnico de operação de entrar em contato com as partes móveis deste sistema. Está especificado hoje um protetor com espessura de aço de no mínimo 5 mm, de forma a conter as correias partidas e reduzir a velocidade de fragmentos de polia. A seguir, observa-se um protetor de correias típico. Protetor de correias Aberto para reparo das correias ou polias Em uso Protetor de correias 3.1.3. Tipo transmissão de potência Quanto ao uso de redutor e/ou sistema de polia e correias, os cabeçotes podem ser classificados como: a) Direto - A transmissão / redução de velocidade é feita apenas por polias e correias. Não possui, portanto, redutor de engrenagens. Os cabeçotes diretos têm o inconveniente de só trabalharem com taxas de redução relativamente baixas, da ordem de 4:1. Isto faz com que a bomba opere a cerca de 300 rpm, velocidade relativamente excessiva para o acionamento de bombas de cavidades progressivas por causa do desgaste abrasivo que necessariamente ocorre devido à necessidade de uma interferência positiva entre o rotor e o elastômero do estator. Por outro lado, possuem a vantagem de serem mais baratos e terem custo de manuntenção substancialmente menor que os cabeçotes com redução. Eles têm se tornado mais adequados com o uso disseminado de variadores de frequência que permite o seu uso em rotações menores. RESERVADO 112 Alta Competência Cabeçote com transmissão direta b) Angular - Os cabeçotes angulares possuem um redutor em engrenagens espiraladas que permitem a alteração da direção de rotação entre o eixo do motor e a coluna de hastes, além de reduzir a velocidade em até 4 vezes. Os cabeçotes com redutor angular têm a facilidade de trabalharem com taxas de redução elevada, tornando dispensável o uso de VSD, além de permitirem a instalação em espaços relativamente menores que os cabeçotes diretos e os cabeçotes com redutores verticais. Entretanto, seu redutor é mais caro e mais suscetível a falhas, além de requererem maior manutenção. Cabeçote angular RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 113 Como o uso de VSD é hoje na Petrobras obrigatório em poços com bomba de cavidades progressivas, por motivos de segurança, seu uso tende a ficar restrito. São os únicos que podem ser utilizados com motores de combustão. Importante! c) Vertical - Os cabeçotes com redutor vertical têm como vantagem serem mais simples e de menor custo de investimento e de manutenção que os cabeçotes angulares, provendo a mesma taxa de redução. Entretanto, possuem a desvantagem de ocuparem maior espaço e não permitirem a utilização de motor à combustão nas aplicações em lugares remotos em que a energia elétrica não está disponível. A ilustração a seguir apresenta um cabeçote deste tipo. Cabeçote vertical 3.2. Sistema de vedação É a parte do cabeçote responsável pelo isolamento do fluido produzido pelo poço impedindo seu vazamento para a área do poço. Atualmente, tem fundamental importância na preservação ecológica da área superficial ao redor dos poços, principalmente em ambientes delicados como áreas residenciais, proximidade de rios e em produção offshore. RESERVADO 114 Alta Competência Os cabeçotes são fornecidos com sistema de vedação à base de gaxeta, normalmente de teflon. Existem desenvolvimentos para aplicações especiais feitas de selos mecânicos com performance melhor do que as gaxetas. Em locais críticos do ponto de vista ambiental deve-se usar um sistema de vedação à prova de vazamentos baseada em selos mecânicos estabi- lizados por mancais. Devido ao alto custo, deve ser utilizado em ambientes especiais, como, por exemplo, próximo a rios, lagos, vegetação densa e residências. Importante! Tipo Vantagens Desvantagens Gaxeta de teflon • Baixo custo inicial (já vem com os cabeçotes); • Baixo custo de manutenção (custo da gaxeta é barato); • Já estão disponíveis em todos os cabeçotes; • Manutenção pode ser feita com a equipe de campo no local. • Não elimina totalmente os vazamentos(lubrificação necessária); • O vazamento é crescente depede so ajuste de preme gaxetas; • Necessita de supervisão constante e contínua para ajuste e substituição;. • Provoca desgaste do eixo polido; • Resseca o elastômero; • Baixa durabilidade; • Necessidade de limpeza frequente da área do poço. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 115 Tipo Vantagens Desvantagens Gaxetas injetáveis • Não vaza no início da instalação. A medida que o material é consumido começa a vazar; • Pode-se utilizar com a caixa de gaxetas atuais instaladas nos cabeçotes; • Não existe necessidade de trocas, a manutenção consiste em completar o que foi consumido; • As manutenções podem ser feitas com uma equipe própria e no local; • Assegura uma maior estanqueidade comparativamente à gaxeta de teflon. • Custo de aquisição das gaxetas é alto porém menor do que o selo mecânico; • Resíduos liberados podem prejudicar o funcionamento da check valve; • Requer supervisão constante. Selo mecânico • Elimina completamente o vazamento; • Não desgasta o eixo polido. A superfície de atrito passa a ser as faces de atrito de selo; • Elimina a necessidade de supervisão diária; • Reduz os problemas de limpezas da área do poço. • Alto custo de aquisição; • Custo incremental para instalação nos cabeçotes; • Manutenção deve ser feita por pessoal treinado e nas oficinas (remoção, transporte etc.); • Pode ter um grande vazamento se a vedação estática ou as faces de atrito falharem. 3.3. Sistema de frenagem Atualmente, é a parte vital de um cabeçote, onde as atenções e cuidados devem ser os máximos. Ao contrário da maioria dos freios de máquinas, o freio de um cabeçote tem o papel de controlar o movimento de reversão da coluna de hastes e não o movimento de rotação de operação. Isto se deve porque o sistema de bomba de cavidades progressivas, durante sua operação, aplica um esforço de torção na coluna de hastes para que a bomba de fundo consiga elevar fluido do fundo até a superfície. Durante a ação de bombeio, a coluna de hastes permanece acumulando um torque elevado. Ao se desligar o motor elétrico, a aplicação de torque é interrompida e a tendência é de liberação imediata do esforço acumulado nas hastes. RESERVADO 116 Alta Competência atenÇÃo Este movimento contrário, chamado de reversão, pode causar danos materiais aos demais equipamentos e principalmente ocasionar um acidente grave às pessoas envolvidas na operação do bombeio de cavidades progressivas. Seguem os tipos de freios utilizados. 3.3.1. Freio mecânico O uso de freio mecânico tipo bloqueante ou trava na Petrobras está condenado. Trata-se de um sistema de frenagem onde uma superfície de atrito impede o movimento de reversão das hastes. Por essa característica, ele mantém acumulado o esforço de torção das hastes quando ocorre uma parada do poço, seja por desligamento intencional ou por falta de energia. Para liberar a energia, é necessário liberar o parafuso que mantém o freio acionado de forma manual, expondo o técnico de operação a um risco caso ocorra uma reversão descontrolada. Outro ponto fraco desse tipo de cabeçote é que a sua capacidadede frenagem pode ser ultrapassada, caso aconteça uma situação de rotor preso. Nesta situação, o torque máximo aplicado pelo motor pode atingir de duas a duas vezes e meia o torque nominal do motor. As principais características do freio mecânico são: Sistema de bloqueio acionado por catraca que evita rotação • reversa; Retém a energia no cabeçote até que o parafuso freio seja • liberado; Requer intervenção do operador para liberação da energia;• Energia é dissipada através de fricção dos componentes internos.• RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 117 Freio mecânico tipo trava Hoje trabalha-se exclusivamente com o controle da reversão, permitindo sempre que esta ocorra até o seu final. atenÇÃo O técnico de operação só deve se aproximar e atuar nos poços com bombeio de cavidades progressivas quando toda a energia associada à reversão tiver sido dissipada. 3.3.2. Freio a disco Este tipo de freio libera automaticamente o torque das hastes em caso de parada ou desligamento do motor. Quanto maior a rotação de reversão (back-spin), maior a pressão hidráulica freando o cabeçote. Dessa forma, o freio controla a velocidade de reversão dentro de valores aceitáveis. O princípio de funcionamento deste sistema é similar aos freios a disco automotivos. Quando a coluna de hastes começa a girar no sentido contrário, a bomba hidráulica começa a trabalhar automaticamente, ativando as pastilhas de freios por meio do incremento de pressão. RESERVADO 118 Alta Competência atenÇÃo O atrito da sapata de freio com o disco gera calor em excesso, sendo recomendados cuidados adicionais para reduzir o risco de incêndio. Freio a disco Bomba hidráulica Freio a disco 3.3.3. Freio hidráulico (orifício) O princípio de funcionamento deste de freio é a passagem forçada de fluido hidráulico através de um orifício calibrado que limita a rotação do cabeçote. Através da regulagem de uma válvula, pode- se ajustar a velocidade de reversão dentro do limite permitido para cada tipo de freio hidráulico. Normalmente, essas velocidades são baixas (<150 rpm). No sentido de operação normal, o sistema de freio permanece em repouso. No sentido reverso, uma catraca aciona o motor hidráulico, que passa a funcionar como bomba, transformando energia mecânica em hidráulica. O fluido é forçado a passar através do orifício de uma válvula, que pode ser regulado abrindo ou fechando a válvula e, assim, aumentando ou reduzindo a velocidade de retorno. A velocidade máxima de rotação reversa pode ser ajustada a partir de quase zero até 300 rpm, dependendo das condições do poço e da bomba. O ajuste da velocidade se realiza com o registro do manifold. Desbloqueando a porca de segurança e girando a alavanca no sentido horário diminui-se a velocidade de rotação reversa do cabeçote. Na posição de completa abertura esta velocidade será máxima. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 119 Freio hidráulico Entretanto, apontam-se alguns problemas no mesmo, podendo seu projeto ser melhorado. As principais falhas deste sistema são: • As conexões hidráulicas ficam expostas, podendo se partir, o que leva à inoperância do sistema de controle de reversão. Já houve caso em que a correia, após arrebentar, atingiu estas conexões, quebrando-as, provocando reversão descontrolada; • O sistema de catraca possui uma roda livre que gira sem transmitir movimento e torque em um sentido, transmitindo-os no sentido contrário. Se essa roda livre quebrar o sistema anti-reversão fica inoperante. O que se busca é um sistema robusto contra falhas mecânicas e vazamentos e os sistemas hidráulicos têm se mostrado deficientes neste aspecto. 3.3.4. Freio de palhetas Trata-se de um freio pouco utilizado em cabeçotes de bombas de cavidades progressivas e o princípio de funcionamento é a resistência à passagem de fluido através de restrições formadas entre as superfícies rotativas das palhetas. O torque resistivo é proporcional à velocidade de giro reverso, à viscosidade do óleo e às restrições projetadas. O orifício (restrições) se forma entre as superfícies rotativas inferior e superior das palhetas rotativas e a superfície estacionária da carcaça. RESERVADO 120 Alta Competência Palheta Carcaça Freio de palhetas 3.3.5. Freio hidrodinâmico O freio hidrodinâmico é semelhante ao conversor de torque automotivo, pois a rotação de um conjunto de pás em fluido viscoso gera uma resistência contrária à rotação reversa, diminuindo a velocidade de reversão das hastes. A frenagem é afetada pela distância entre as pás, a viscosidade do fluido e a velocidade do giro reverso do conjunto de hastes. Pá Freio hidrodinâmico 3.3.6. Freio centrífugo No freio centrífugo, sapatas de frenagem mecanicamente ativadas são projetadas para controlar a reversão. As forças centrífugas promovem a pressão da superfície de frenagem contra a parede interna da carcaça do cabeçote. A frenagem somente ocorre após atingir a rotação especificada para o cabeçote. Tem elevado torque de frenagem e as sapatas são imersas em óleo e agem mesmo quando em ausência de óleo ou quando este está contaminado. As sapatas de frenagem não atuam a baixas velocidades de reversão, não esquentando desnecessariamente o freio e parando mais rápido. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 121 Uma vez iniciada a reversão não é possível interrompê-la; deve-se aguardar até eliminar completamente o torque acumulado. A ilustração a seguir apresenta o esquema de funcionamento de um sistema de controle de reversão centrífugo: Carcaça Sapata de freio Direção de operação freio liberado Direção reversa freio acionado Freio centrífugo No sistema centrífugo, ainda não utilizado na Petrobras, mas em vias de ser usado. Operação normal Reversão RESERVADO 122 Alta Competência 3.4. Motor Os motores de acionamento são elétricos ou a explosão, sendo que estes só são usados quando os poços são isolados e distantes de áreas eletrificadas, sendo possível que o gás produzido pelo poço possa ser aproveitado, pois tem baixa eficiência e custo de operação maior que os motores elétricos e maior ruído. Uma desvantagem dos motores elétricos em relação aos de explosão é que aqueles só permitem variação de velocidade se providos de variadores de frequência. Todos os cabeçotes em operação em poços nas unidades operacionais da Petrobras são acionados por motores de indução trifásica do tipo “gaiola de esquilo”. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 123 Os motores de indução trifásica do tipo “gaiola de esquilo” são os motores mais utilizados na indústria atualmente. Têm a vantagem de serem mais econômicos em relação aos motores monofásicos, tanto na sua construção como na sua utilização. Além disso, escolhendo o método de arranque ideal, há um leque muito maior de aplicações. O rotor em “gaiola de esquilo” é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostos paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em alumínio, que curto- circuitam os condutores (ver ilustração). Anéis condutores Rotor gaiola de esquilo Barras de cobre O estator do motor é também constituído por um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas do qual são colocados os enrolamentos alimentados pela rede de corrente alternada trifásica. A vantagem deste rotor relativamente ao de rotor bobinado é que resulta numa construção do induzido mais rápida, mais prático e mais barato. VoCÊ SaBIa?? RESERVADO 124 Alta Competência A velocidade síncrona de rotação dos motores de indução (ns) depende do número de pólos (p) e da frequência da rede elétrica (f). ns = 120f p A frequência é, em geral, 60 hz, e o número de pólos 6 (são usados de 2 e 4 pólos também, porém fornecem rotações maiores, o que implica em necessidade de maior redução). Assim: ns= 120 x 60 6 = 1200rpm Para trabalhar com uma rotaçãode 100 a 200 rpm, o conjunto redutor e polias devem prover uma redução total de 12:1 a 6:1. As polias são fornecidas pelo fabricante juntamente com o cabeçote em combinações que permitem o ajuste de rotação manual de 100 a 500 rpm. Quando se utiliza VSD, o ajuste é feito pela variação da frequência de alimentação do motor, variando, conseqüentemente, a velocidade síncrona do motor de indução. RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 125 Na tabela a seguir os dados técnicos de um motor elétrico de 10 HP: Folha de dados Cliente: Nelson Linha de produto: Standart Potência 10,0 HP (cv) Altitude 1000m Carcaça 132M Temperatura ambiente 40º C Polaridade 6 polos Grau de proteção IP55 Frequencia 60 Hz Escorregamento 3,33% Rotação nominal 1160 rpm Corrente a vazio 8,00 A Tensão nominal 440 V Tempo de rotor bloqueado 6s Corrente nominal 15,0 A Momento de inércia 0,0526 Kgm2 Fator de serviço 1,15 Massa 72,00 Kg Corrente de partida 113 A Nível de ruído 56 dB (A) Ip/In 7,50 Classe de Isolação B Desempenho de carga: Elevação de temperatura 80º C Carga Cosø Rend (%) Conjugado nominal 60,55 Nm 100 % 0,75 85,80 Conjugado de partida 250% 75% 0,70 85,20 Conjugado máximo 300% 50% 0,58 84,00 Rolamento Interv de Lubrif. Quant de graxa Dianteiro 6308 ZZ Traseiro 6207 ZZ OBS: A escolha correta do motor é de fundamental importância numa instalação de BCP, pelos seguintes motivos: Um motor sub-dimensionado pode levar a um diagnóstico • incorreto de bomba presa, rotor aprisionado; Se o motor usado é superdimensionado existem os riscos • de quebra da coluna de hastes e até mesmo ultrapassar a capacidade de torque do freio do cabeçote, levando o sistema a uma falha perigosa; Nos casos em que é possível usar motores com rotação nominal • maiores, para uma dada potência. RESERVADO 126 Alta Competência 3.5. Codificação Na norma Petrobras, a codificação do cabeçote de BCP é dada por: T-XX-YY- WW/ZZ - F Onde: T - tipo de redução: D - direto; R - com redução ; A - angular; XX - capacidade de carga axial do mancal de rolamento (mil kgf); YY - código API da coluna de hastes; WW/ZZ - mínima e máxima potência do motor (HP); F - tipo do freio: H - Hidráulico; C - Centrífugo; D - Hidrodinâmico. Como exemplo, o cabeçote de acionamento p/ bomba de cavidades progressivas; tipo direto (sem redução); máx. capacidade de carga axial 4.000kgf; potência máxima de 20 HP @ 300 rpm; com freio hidráulico é codificado da seguinte forma: D-4-77-5/ 20 H. 3.6. Normas Normas Aplicáveis ISO 15136-2 - Petroleum and Natural Gas Industries - Progressing Cavity Pump Systems for Artificial Lift Part 2: Surface-Drive Systems - June 2006; API SPEC 11B - Specification for Sucker Rods. API SPEC 1B - Specification for oil-field V-Belt N-2659B - Norma Petrobras de Cabeçotes BCP RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 127 O cabeçote é um conjunto motriz de superfície destinado ao acionamento da bomba de cavidades progressivas através do movimento rotativo da coluna de hastes. Este conjunto consiste basicamente de motor, redutor de velocidade e/ou acoplamento por correias e polias e o sistema de controle da reversão. Além disso, o cabeçote inclui a caixa de engaxetamento (stuffing box), que faz a vedação na passagem da haste polida, e pedestal que permite a instalação do motor. O cabeçote do sistema de bombeio de cavidade progressivo tem as seguintes funções: • Suspender as hastes e suportar a carga axial; • Fornecer torque para a haste polida; • Girar a coluna de hastes na rotação adequada; • Fornecer escape seguro para a energia armazenada no sistema nas paradas; • Evitar o vazamento de fluidos para o ambiente. Sistema de transmissão de potência: redutor e sistema de polias e correias. Tipos de transmissão de potência: direto, angular e vertical. Sistema de vedação: gaxeta de teflon, gaxetas injetáveis e selo mecânico. Sistema de frenagem: mecânico, a disco, hidráulico, palhetas, hidrodinâmico e centrífugo. reSUmInDo... RESERVADO 128 Alta Competência Codificação (Norma Petrobras): T-XX-YY- WW/ZZ - F Onde: T - tipo de redução: D - direto; R - com redução ; A - angular; XX - capacidade de carga axial do mancal de rolamento (mil kgf); YY - código API da coluna de hastes; WW/ZZ - mínima e máxima potência do motor (HP); F - tipo do freio: H - Hidráulico; C - Centrífugo; D - Hidrodinâmico. reSUmInDo... RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 129 1) Marque a alternativa correta: a) Identifique o cabeçote no sistema da bomba de cavidades progressivas: 1 2 3 5 4 6 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 b) Identifique os principais componentes do cabeçote: 14 2 3 4 5 13 12 11 10 9 8 7 6 1 ( ) Proteção da polia ( ) Base ajustável ( ) Freio hidráulico ( ) Tanque de óleo ( ) Clamp ( ) Haste polida ( ) Motor elétrico ( ) Flange ( ) Correia ( ) Polia movida ( ) Caixa de vedação ( ) Redutor ( ) Válvula de agulha ( ) Polia motora 3.7. exercícios RESERVADO 130 Alta Competência 2) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os componentes de um cabeçote: ( 1 ) Podem ser do tipo coroa e pi- nhão ou de coroas dentadas e oferecem uma redução de 4 a 5 vezes de velocidade de rotação do motor elétrico. ( ) Clamp ( 2 ) Quando a coluna de hastes come- ça a girar no sentido contrário, a bomba hidráulica começa a tra- balhar automaticamente, ativan- do as pastilhas de freios por meio do incremento de pressão. ( ) Freio hidráulico ( 3 ) A frenagem é afetada pela dis- tância entre as pás, a viscosidade do fluido e a velocidade do giro reverso do conjunto de hastes. ( ) Motor ( 4 ) As sapatas de frenagem não atu- am a baixas velocidades de re- versão. ( ) Redutor ( 5 ) Permitem que o cabeçote pos- sa trabalhar com velocidade na haste polida de 150 a 400 rpm. ( ) Freio centrífugo ( 6 ) Suspende a haste polida. ( ) Freio mecânico ( 7 ) Resiste à passagem de fluido através de restrições. ( ) Freio hidrodinâmico ( 8 ) O rotor em gaiola de esquilo é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, sobre o qual são coloca- das barras de alumínio. ( ) Sistemas de polias e correias ( 9 ) Tipo de freio condenado pela Petrobras. ( ) Freio de palhetas ( 10 ) Dependendo das condições do poço e da bomba, a velocidade máxima de rotação reversa pode ser ajustar a partir de quase zero até 300 rpm. ( ) Freio a disco RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 131 3) Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afir- mativas: ( ) Cabeçote é um conjunto motriz de superfície destinado ao acionamento da bomba BCP através do movimento rotati- vo da coluna de hastes. ( ) Os motores elétricos operam em alta rotação (aproximada- mente 350 rpm) e a rotação das bombas de fundo de BCP trabalha na faixa de 1.000 a 4.000 rpm. ( ) Normalmente os redutores têm uma relação de redução de 1:4 ou 1:5 o que significa uma redução na velocidade de rotação do motor elétrico de 4 a 5 vezes. Ex.: se estamos usando um motor elétrico de 1.600 rpm, o redutor, por si só já promove uma redução para 300 ou 240 rpm, a depender do cabeçote. ( ) Os tipos de transmissão de potência são: direta, angular e vertical. 4) Marque a(s) alternativa(s) correta(s). a) O cabeçote do sistema BCP tem as seguintes funções: ( ) Frenagem do sistema BCP. ( ) Fornecer torque para a haste polida. ( ) Girar a coluna de hastes na rotação adequada. ( ) Permitir a troca rápida de polias. ( ) Regular a velocidade do VSD. ( ) Girar a coluna de hastes na rotação adequada. ( ) Obstruir a passagem do fluido. ( ) Manter o equilíbrio do sistema. ( ) Evitar o vazamento de fluidos para o ambiente. ( ) Suspender as hastes e suportar a carga axial. ( ) Perfurar poços não surgentes. ( ) Fornecer escape seguro para a energia armazenada no sis- tema nas paradas. RESERVADO 132 Alta Competência5) Identifique os tipos de cabeçote: + + + + ( ) Vertical ( ) Direto ( ) Angular RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 133 6) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os tipos de transmissão de potência: ( 1 ) Têm a facilidade de trabalharem com ta- xas de redução elevada, tornando dispen- sável o uso de VSD, além de permitirem a instalação em espaços relativamente menores quando comparado com outros cabeçotes. ( ) Direto ( 2 ) Têm como vantagem serem mais simples e de menor custo de investimento e de manutenção que os cabeçotes angulares, provendo a mesma taxa de redução. ( ) Angular ( 3 ) Os cabeçotes diretos têm o inconveniente de só trabalharem com taxas de redução relativamente baixas, da ordem de 4:1. Isto faz com que a bomba opere a cerca de 300 rpm, velocidade relativamente ex- cessiva para o acionamento de bombas de cavidades progressivas por causa do desgaste abrasivo que necessariamente ocorre devido à necessidade de uma in- terferência positiva entre o rotor e o elas- tômero do estator. ( ) Vertical RESERVADO 134 Alta Competência 7) Complete as lacunas e calcule a velocidade síncrona de rotação do motor com base nos dados técnicos abaixo: Folha de dados Cliente: Nelson Linha de produto: Standart ___________________ 10,0 HP (cv) Altitude 1000m Carcaça 132M Temperatura ambiente 40º C ___________________ 6 polos Grau de pro- teção IP55 ___________________ 60Hz Escorregamento 3,33% ___________________ 1160rpm Corrente a vazio 8,00 A Tensão nominal 440V Tempo de rotor bloqueado 6s Corrente nominal 15,0 A Momento de inércia 0,0526 Kgm2 Fator de serviço 1,15 Massa 72,00 Kg Corrente de partida 113 A Nível de ruído 56 dB (A) Ip/In 7,50 Classe de isolação B Desempenho de carga: Elevação de temperatura 80º C Carga Cosø Rend (%) Conjugado nominal 60,55 Nm 100 % 0,75 85,80 Conjugado de partida 250% 75% 0,70 85,20 Conjugado máximo 300% 50% 0,58 84,00 Rolamento Interv de Lubrif. Quant de graxa Dianteiro 6308 ZZ Traseiro 6207 ZZ OBS: 8) Marque a alternativa correta: a) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo direto (sem redução); má- xima capacidade de carga axial 4.000kgf; potência máxima de 20 HP @ 300 rpm; com freio hidráulico: ( ) R-4-00-0/30 D ( ) A-4-77-5/ 20 H ( ) D-4-77-5/ 20 H ( ) D-4-20-5/ 77 C RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 135 b) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo com redução; máxima ca- pacidade de carga axial 3000kgf; potência máxima de 10 HP @ 250 rpm; com freio hidrodinâmico: ( ) D-3-77-3/ 10 D ( ) A-3-77-3/ 10 D ( ) R-3-77-3/ 10 H ( ) R-3-77-3/ 10 D c) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo angular; máxima capaci- dade de carga axial 5000kgf; potência máxima de 35 HP @ 400 rpm; com freio centrífugo: ( ) A-5-77-5/35 C ( ) A-4-77-5/35 C ( ) A-5-77-5/35 H ( ) A-5-77-35/5 C RESERVADO 136 Alta Competência API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Back-spin - movimento de reversão da coluna de hastes. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. Carga axial - carga sobre um rolamento atuando ao longo do eixo da haste. Esse tipo de carga também é chamado de carga longitudinal. Para cargas axiais pesadas, deve-se usar um rolamento axial. Catraca - freio de contra recuo ou roda livre. Coroa - engrenagem (roda dentada) movida. Par do pinhão. Clamp - grampo utilizado para prender ou segurar objetos através de pressão, de modo a prevenir que se separem ou se movimentem durante um experimento. Dúctil - que se pode reduzir a fios, estirar, distender, sem se romper; flexível, elástico. Gornes - canaletas das polias para encaixe da correia em V. HP - O cavalo-vapor, de símbolo cv, é uma unidade de potência que equivale a 75 kgf·m·s-1. Um kgf.m por sua vez corresponde ao trabalho gasto para se elevar uma massa de um quilograma a um metro de altura ao nível do mar. Pouco utilizada no meio científico devido à existência de uma unidade específica para isso no Sistema Internacional de Unidades - o Watt. Porém, a sua utilização persiste, nomeadamente no meio da indústria automobilística, para classificar a potência máxima dos motores de combustão interna. Nos países anglo-saxónicos, utiliza-se o horse power, de símbolo HP, que é uma unidade de mesma escala de grandeza, mas com valores diferentes. O Horse Power define-se como sendo a potência necessária para elevar verticalmente a uma velocidade de 1 pé/min uma massa de 33.000 libras. 1 CV = 0,9863 HP 1 CV = 735,49875 W 1 HP = 1,0139 CV 1 HP = 745,6987158227022 W Inércia - resistência que todos os corpos materiais opõem à modificação do seu estado de movimento. 3.8. glossário RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 137 Mancal - suporte de apoio de elementos de máquinas. Manifold - equipamento composto de conexões de linhas de produção ou injeção e válvulas para direcionar o fluxo dessas linhas entre os dutos principais e de teste, podendo possuir outras funções de acordo com o tipo. Pinhão - engrenagem (roda dentada) motriz. Par da coroa. Polia - peça mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para transferir força e movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas outrora comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica a polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a outro objeto. Quando associada a outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza trabalho equivalente ao de uma engrenagem. Produção offshore - produção de petróleo no mar. Rolamento - elemento de máquina responsável pela redução do atrito nos mancais. Rpm - rotações por minuto (abreviado rpm, rpm, r/min, rot/min, ou r·min−1) é uma unidade de frequência, usada para medir a velocidade de rotação de um objeto sobre um eixo fixo e representa o número de rotações completas efetuadas por minuto. Tê de fluxo - elemento de ligação entre o cabeçote e a cabeça de produção que permite a derivação do fluxo da coluna para linha de produção. Teflon - marca registrada de propriedade da empresa estadunidense DuPont, conhecida mundialmente e que identifica um polímero, o Politetrafluoretileno (PTFE). Descoberto acidentalmente por Roy J. Plunkett (1910-1994) para a empresa DuPont, em 1938, e apresentado, para fins comerciais, em 1946, o PTFE é um polímero similar ao polietileno, onde os átomos de hidrogênio estão substituidos por fluor. Tensão de ruptura - tensão máxima da curva de tensão nominal (MPa) - extensão nominal (mm). Se ocorrer no corpo de prova (provete) um decréscimo na área da secção reta (estricção), o posterior aumento da extensão provoca uma diminuição da tensão nominal até ocorrer a fratura, já que a tensão nominal é determinada em relação à área inicial da secção reta do provete. Quanto mais ductil for o metal, maior será a estricção que precede a fratura e, por isso, maior será o decréscimo da tensão para além da tensão máxima. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Torque nominal - torque máximo suportado pelo cabeçote em operação contínua. VSD - variador de frequência. RESERVADO 138 Alta Competência ASSMANN, B. W., Apostila de Bombeio de Cavidades Progressivas. Petrobras - UN- RNCE, 2008. VIDAL, F. J. T. V.Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivas. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. 3.9. Bibliografia RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 139 1) Marque a alternativa correta: a) Identifique o cabeçoteno sistema da bomba de cavidades progressivas: 1 2 3 5 4 6 ( X ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 b) Identifique os principais componentes do cabeçote: 14 2 3 4 5 13 12 11 10 9 8 7 6 1 ( 4 ) Proteção da polia ( 10 ) Base ajustável ( 7 ) Freio hidráulico ( 5 ) Tanque de óleo ( 14 ) Clamp ( 2 ) Haste polida ( 11 ) Motor elétrico ( 9 ) Flange ( 13 ) Correia ( 3 ) Polia movida ( 8 ) Caixa de vedação ( 1 ) Redutor ( 6 ) Válvula de agulha ( 12 ) Polia motora 3.10. gabarito RESERVADO 140 Alta Competência 2) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os componentes de um cabeçote: ( 1 ) Podem ser do tipo coroa e pinhão ou de coroas dentadas e oferecem uma redução de 4 a 5 vezes de velocidade de rotação do motor elétrico. ( 6 ) Clamp ( 2 ) Quando a coluna de hastes começa a girar no sentido contrário, a bomba hidráulica começa a trabalhar automaticamente, ativando as pastilhas de freios por meio do incremento de pressão. ( 10 ) Freio hidráulico ( 3 ) A frenagem é afetada pela distância entre as pás, a viscosidade do fluido e a velocidade do giro reverso do conjunto de hastes. ( 8 ) Motor ( 4 ) As sapatas de frenagem não atuam a baixas velocidades de reversão. ( 1 ) Redutor ( 5 ) Permitem que o cabeçote possa trabalhar com velocidade na haste polida de 150 a 400 rpm. ( 4 ) Freio centrífugo ( 6 ) Suspende a haste polida. ( 9 ) Freio mecânico ( 7 ) Resiste à passagem de fluido através de restrições. ( 3 ) Freio hidrodinâmico ( 8 ) O rotor em gaiola de esquilo é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio. ( 5 ) Sistemas de polias e correias ( 9 ) Tipo de freio condenado pela Petrobras. ( 7 ) Freio de palhetas ( 10 ) Dependendo das condições do poço e da bomba, a velocidade máxima de rotação reversa pode ser ajustar a partir de quase zero até 300 rpm. ( 2 ) Freio a disco RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 141 3) Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( V ) Cabeçote é um conjunto motriz de superfície destinado ao acionamento da bomba BCP através do movimento rotativo da coluna de hastes. ( F ) Os motores elétricos operam em alta rotação (aproximadamente 350 rpm) e a rotação das bombas de fundo de BCP trabalha na faixa de 1.000 a 4.000 rpm. Justificativa: os motores elétricos operam em alta rotação (aproximadamente .3.500 rpm) e a rotação das bombas de fundo de BCP trabalha na faixa de 100 a 400 rpm. ( F ) Normalmente os redutores têm uma relação de redução de 1:4 ou 1:5 o que significa uma redução na velocidade de rotação do motor elétrico de 4 a 5 vezes. Ex.: se estamos usando um motor elétrico de 1.600 rpm, o redutor, por si só já promove uma redução para 300 ou 240 rpm, a depender do cabeçote. Justificativa: normalmente, os redutores têm uma relação de redução de 1:4 ou 1:5, o que significa uma redução na velocidade de rotação do motor elétrico de 4 a 5 vezes. Ex.: se estamos usando um motor elétrico de 1.600 rpm, o redutor, por si só já promove uma redução para 400 ou 320 rpm a depender do cabeçote. ( V ) Os tipos de transmissão de potência são: direta, angular e vertical. 4) Marque a(s) alternativa(s) correta(s). a) O cabeçote do sistema BCP tem as seguintes funções: ( ) Frenagem do sistema BCP. ( X ) Fornecer torque para a haste polida. ( X ) Girar a coluna de hastes na rotação adequada. ( ) Permitir a troca rápida de polias. ( ) Regular a velocidade do VSD. ( X ) Girar a coluna de hastes na rotação adequada. ( ) Obstruir a passagem do fluido. ( ) Manter o equilíbrio do sistema. ( X ) Evitar o vazamento de fluidos para o ambiente. ( X ) Suspender as hastes e suportar a carga axial. ( ) Perfurar poços não surgentes. ( X ) Fornecer escape seguro para a energia armazenada no sistema nas paradas. RESERVADO 142 Alta Competência 5) Identifique os tipos de cabeçote: + + + + ( 3 ) Vertical ( 1 ) Direto ( 2 ) Angular 6) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os tipos de transmissão de potência: ( 1 ) Têm a facilidade de trabalharem com taxas de redu- ção elevada, tornando dispensável o uso de VSD, além de permitirem a instalação em espaços relativamente menores quando comparado com outros cabeçotes ( 3 ) Direto ( 2 ) Têm como vantagem serem mais simples e de menor custo de investimento e de manutenção que os cabe- çotes angulares, provendo a mesma taxa de redução ( 1 ) Angular ( 3 ) Os cabeçotes diretos têm o inconveniente de só traba- lharem com taxas de redução relativamente baixas, da ordem de 4:1. Isto faz com que a bomba opere a cerca de 300 rpm, velocidade relativamente excessiva para o acionamento de bombas de cavidades progressivas por causa do desgaste abrasivo que necessariamente ocorre devido à necessidade de uma interferência po- sitiva entre o rotor e o elastômero do estator. ( 2 ) Vertical RESERVADO Capítulo 3. Cabeçote de BCP 143 7) Complete as lacunas e calcule a velocidade síncrona de rotação do motor com base nos dados técnicos abaixo: Folha de dados Cliente: Nelson Linha de produto: Standart Potência :10,0 HP (cv) Altitude : 1000m Carcaça :132M Temperatura ambiente : 40º C Polaridade :6 polos Grau de proteção : IP55 Frequência :60Hz Escorregamento : 3,33% Rotação nominal :1160rpm Corrente a vazio :8,00 A Tensão nominal :440V Tempo de rotor bloqueado : 6s Corrente nominal :15,0 A Momento de inércia : 0,0526 Kgm2 Fator de serviço :1,15 Massa :72,00 Kg Corrente de partida :113 A Nível de ruído : 56 dB (A) Ip/In : 7,50 Desempenho de carga: Elevação de temperatura : 80º C Carga Cosø Rend (%) Conjugado nominal :60,55 Nm 100 % 0,75 85,80 Conjugado de partida : 250% 75% 0,70 85,20 Conjugado máximo :300% 50% 0,58 84,00 Rolamento Interv de Lubrif. Quant de graxa Dianteiro 6308 ZZ Traseiro 6207 ZZ OBS: 8) Marque a alternativa correta: a) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo direto (sem redução); máxima capacidade de carga axial 4.000kgf; potência máxima de 20 HP @ 300 rpm; com freio hidráulico: ( ) R-4-00-0/30 D ( ) A-4-77-5/ 20 H ( X ) D-4-77-5/ 20 H ( ) D-4-20-5/ 77 C RESERVADO 144 Alta Competência b) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo com redução; máxima capacidade de carga axial 3000kgf; potência máxima de 10 HP @ 250 rpm; com freio hidrodinâmico: ( ) D-3-77-3/ 10 D ( ) A-3-77-3/ 10 D ( ) R-3-77-3/ 10 H ( X ) R-3-77-3/ 10 D c) Reconheça a codificação do cabeçote de acionamento para bomba de cavidades progressivas; tipo angular; máxima capacidade de carga axial 5000kgf; potência máxima de 35 HP @ 400 rpm; com freio centrífugo: ( X ) A-5-77-5/35 C ( ) A-4-77-5/35 C ( ) A-5-77-5/35 H ( ) A-5-77-35/5 C RESERVADO C ap ít u lo 4 Hastes de bombeio Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer os diferentes tipos de hastes e acessórios e seu princípio de funcionamento; • Identificar os principais componentes e arranjos; • Identificar os esforços na coluna de hastes; • Explicar o processo de operação (partida, parada e ajustes); • Reconhecer os problemas operacionais e os cuidados de conservação. RESERVADO 146 Alta Competência RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 147 4. Hastes de bombeio A coluna de hastes de bombeio é o elemento de ligação entre o acionador de superfície e a bomba de fundo, rotativa, do bombeio de cavidades progressivas. Sua função é transmitir o movimento de acionamento do equipamento de superfície (cabeçote de BCP) ao equipamento de fundo, bomba. Coluna de haste Coluna de haste do sistema BCP Num sistema de elevação BCP, a coluna de hastes, além de suportar as cargas axiais, deve transmitir torque para o rotor da bomba. Se o efeito combinado da carga axial e do torque produz uma tensão que excede o limite deescoamento das hastes, ocorre a falha das mesmas. É necessário, portanto, estudar os esforços a que estarão submetidas para definir o diâmetro e o grau do aço que os suportarão. RESERVADO 148 Alta Competência Entende-se por dimensionamento de uma coluna de hastes o procedimento capaz de definir o material constitutivo das mesmas, sua posição em relação à profundidade do poço e também seu comprimento. As hastes são constituídas por aços especialmente escolhidos para resistirem aos esforços presentes na região onde são inseridas. A composição do aço influencia diretamente as propriedades mecânicas finais passíveis de serem alcançadas. A associação de petróleo americano (API) desenvolveu uma classificação que pode ser de grande valia durante o processo de seleção do material. Classificação API Tensão de Escoamento (psi) Tensão de Ruptura (psi) Aplicações C 65000 90000 Ambientes não corrosivos, esforços pouco severos. D 65000 90000 Liga que possui 2% de Ni, o que confere maior resistência à corrosão. K 100000 120000 Poços mais profundos. Não deve ser usada onde tenha H2S T 160000 Diferentes aços de acordo com a classificação API A tabela anterior correlaciona três tipos diferentes de aços (composições distintas), com algumas de suas respectivas propriedades mecânicas e possíveis aplicações. Convém frisar que o dimensionamento deve contemplar, ainda, cargas inesperadas, como as resultantes da entrada de areia, inchamento do estator, e ou atrito de partida. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 149 4.1. Tipo de hastes As hastes podem ser de 3 tipos: a) Convencionais - são hastes fabricadas em padrões definidos segundo a norma API Spec 11B, em comprimentos de 25 pés, com pontas reforçadas tipo pino-pino. São montadas no poço em série por ligações rosqueadas por meio de luvas, formando a coluna de hastes em quantidade suficiente em função da profundidade em que a bomba está instalada. São fornecidas também hastes de comprimentos menores de um a dez pés para facilitar o balanceamento da coluna de hastes e estas hastes são chamadas de pony rods. Pino Haste convencional com aplicação em BCP As hastes de bombeio têm diâmetro padronizado pelo instituto API, de ½ pol a 1 1/8 pol. Alguns dados relacionados ao diâmetro das hastes podem ser contemplados na tabela a seguir. Diâmetro (in) Área (in2) Peso (lb/pé) ½ 0.196 0.72 5/8 0.307 1.13 ¾ 0.442 1.63 7/8 0.601 2.22 1 0.785 2.9 1 1/8 0.994 3.67 Diâmetros e áreas de hastes normais segundo a API Há, também, três tipos de luvas para conexão de uma haste convencional a outra: normal, delgadas, também denominadas sinholle, e oversize. RESERVADO 150 Alta Competência As luvas são padronizadas pela norma API Spec 11B e são confeccionadas com aço especial grau T, cuja tensão de ruptura apresenta um valor da ordem de 160.000 psi. Luva para haste de bombeio convencional b) Contínuas (Corod) - não possuem acoplamento, têm extensão de 3.000 pés e são cortadas ou soldadas a frio no caso de poços de maior profundidade. São confeccionadas com aço especial com tensão de escoamento superior a associada ao aço grau D. As hastes contínuas necessitam de equipamento especial para sua adequada instalação no poço, como pode ser visto na ilustração a seguir: Equipamento para instalação das hastes contínuas RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 151 Este tipo de haste ainda não foi empregado pela Petrobras por um lado em função do elevado custo de fabricação, e por outro lado em função dos elevados custos envolvidos no contrato de mão de obra de manutenção especializada, que é usualmente disponibilizada pelo fornecedor. c) Ocas - são hastes semelhantes à haste de bombeio convencional, porém construídas com um furo central que permite a circulação de fluidos. Este recurso permite a realização de operações de injeção de fluidos sem que seja necessário interromper a operação de produção. Visando melhorar o processo de elevação, fluidos podem ser injetados com diferentes objetivos, como a inibição de processos corrosivos ou ainda a inibição de qualquer processo que possa levar à formação de incrustações. Um exemplo de semelhante processo seria a parafinização, ou seja, a precipitação de hidrocarbonetos de elevado peso molecular na entrada da bomba. Além de permitir a circulação de fluidos, o uso de hastes ocas permite a redução da tensão de torção devido ao maior diâmetro externo e ainda a redução do peso, promovendo o alívio parcial da carga axial atuante sobre o mancal do cabeçote, reduzindo finalmente o custo deste. Alguns tipos de hastes ocas não têm ressalto nas luvas, promovendo em última instância a redução da carga de contato das hastes com os tubos. Isso permite a aplicação dessas hastes nos processos de elevação em poços direcionais. RESERVADO 152 Alta Competência A ilustração a seguir apresenta a secção transversal de uma luva usada no encaixe entre hastes ocas. Luva para a conexão entre hastes ocas Coluna de produção Haste oca tipo pino-pino Apoio da ferramenta de torque Nipple de conexão oca tipo rosca-rosca Petróleo produzido Fluido injetado Petróleo produzido Princípio de funcionamento de uma haste oca A ilustração anterior apresenta de maneira mais ampla a conexão entre duas hastes ocas. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 153 As hastes no bombeio de cavidades progressivas apresentam a função primordial de estabelecer o contato mecânico entre os controles de superfície e o rotor inserido na região onde se encontra o fluido a ser bombeado. A conexão entre duas hastes vizinhas é feita através de luvas. Os tipos de luvas empregadas nas opera- ções da Petrobras encontram-se descritas na norma API Spec 11B. As hastes podem ser contínuas ou não. No caso de hastes contínuas não é necessário utilizar luvas. No entanto, os elevados custos de aquisição e manuten- ção têm restringido o uso de hastes contínuas em aplicações de bombas de cavidades progressivas. A parafinização e processos oxidativos comprome- tem o rendimento do bombeio de cavidades progres- sivas. Visando ao aumento da vida útil do sistema de bombeio, pode ser interessante a injeção de fluidos. Para tanto, foram desenvolvidas as hastes ocas. Importante! Numa aplicação BCP, a tensão total aplicada sobre as hastes é resultado da carga axial e do torque e o alongamento é conseqüência da deformação decorrente da aplicação desses esforços. Se a tensão máxima nunca supera a tensão de escoamento do material das hastes, as deformações decorrentes são elásticas e desaparecem por completo assim que a tensão é removida. Por outro lado, se a tensão aplicada supera o limite de escoamento do material, as deformações serão de caráter permanente, ou seja, o material não recupera a forma original com o passar do tempo. RESERVADO 154 Alta Competência 4.2. Fadiga nas hastes É sabido que componentes mecânicos sofrem processo de fadiga quando submetidos a carregamentos cíclicos. Uma barra de aço tracionada durante um determinado intervalo de tempo e que logo após o término do referido intervalo é comprimida está sujeita a um carregamento desta natureza. Variações repetitivas de tensão tendem a causar o desenvolvimento de micro fraturas, que finalmente vêm a crescer, formando uma trinca. A trinca pode se propagar, resultando na falha do material. A fadiga pode ocorrer mesmo quando a tensão máxima a que está submetido o material é muito menor do que o limite de escoamento do mesmo. Isso ocorre porque as trincas se formam a partir da concentração de tensões em torno de defeitos microscópicos, como, por exemplo, imperfeições superficiais. A vida em fadiga depende da amplitude da flutuação de tensões, da tensão média e da frequência de oscilação das tensões. O acabamento superficial é muito importante na determinação da vida útil do equipamento em fadiga, pois as micro-fraturas tendem a se iniciar na superfície do material a partir das imperfeiçõesmicroscópicas existentes. Assim, uma peça de superfície mais lisa e polida tem uma maior vida útil em fadiga do que uma peça cuja superfície é rugosa e corroída. As flutuações de tensões em aplicações BCP decorrem da produção de gás, do aumento de atrito devido à produção de areia, ou até mesmo em virtude da ocorrência de “golfadas” de fluido. No caso de poços desviados podem ocorrer variações de carga em função de flutuações na velocidade de rotação das hastes. Essas flutuações são determinadas pela flexão imprimida, uma vez que as mesmas estão sendo inseridas de forma inclinada. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 155 4.3. Desgaste das hastes e tubos de produção O desgaste nas hastes e nos tubos em sistemas BCP depende dos seguintes fatores: Comprimento das hastes e dos tubos;• Magnitude das cargas de contato entre hastes e tubos;• Composição do fluido bombeado;• Velocidade de rotação das hastes.• As cargas gravitacionais estão sempre orientadas de cima para baixo. As cargas de torção, por sua vez, podem atuar de baixo para cima, fato este que depende diretamente da geometria do poço. Em trechos de ganho de ângulo, as hastes tocam a parte superior da coluna de produção e nas seções de perda de ângulo, as hastes entram em contato com a parte de baixo da coluna de produção. Mediante o emprego de centralizadores de hastes é possível reduzir as cargas de torção. Deve-se determinar adequadamente a quantidade de centralizadores visando à máxima redução das cargas de torção eventualmente presentes, pois quanto menor a carga aplicada, maior a vida útil das hastes. Centralizadores típicos para o BCP RESERVADO 156 Alta Competência A distribuição de tensões é ainda melhor quando se trata de hastes contínuas ou com luvas non-upset, tornando-as indicadas nos casos de poços desviados. Além de contribuírem para a redução da carga oriunda do contato entre as hastes e a coluna de bombeio, o uso de centralizadores permite reduzir o desgaste decorrente do contato entre as hastes e a coluna de produção, aumentando a vida útil do tubo, luvas, e das hastes propriamente ditas. Na maioria dos casos, o desgaste é localizado, pois no sistema BCP as hastes mantém um contato fixo com a coluna de produção, isto é, embora possam executar o movimento de rotação, a translação para cima ou para baixo é inibida. A evolução do desgaste pode aumentar o campo de tensões a que a haste está submetida, uma vez que o atrito reduz seu diâmetro externo. Com o aumento das tensões, se eleva também a probabilidade de propagação de trincas, aumentando o risco de falhas. Outra conseqüência do desgaste igualmente possível consiste na perfuração da coluna de produção. A figura a seguir ilustra o desgaste do tubo de aço de uma coluna BCP. Buraco Tempo Centralizador Corpo da haste Coluna de produção Coluna de produção Ranhura Desgaste de uma coluna BCP O processo de desgaste por cargas de contato é influenciado pelo teor de areia, velocidade de rotação, tipo de centralizador e intensidade da carga de contato. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 157 A taxa de desgaste cresce exponencialmente com o teor de areia e linearmente com a carga de contato. Dessa forma, pode-se dizer que a taxa de desgaste é muito mais sensível à areia presente no fluido bombeado do que ao contato entre hastes e a coluna de produção. A geometria do poço influencia diretamente no processo de desgaste. Costuma-se correlacionar a vida útil da coluna de produção em função da variação de ângulo do poço a cada 30 metros, também denominada dog-leg severity. Variações angulares superiores a 3o/30 m reduzem a vida útil da coluna para menos de dez meses, sendo, nesses casos, bastante recomendável a utilização de centralizadores. Para variações angulares superiores a 12o/30 m, a colocação de centralizadores não é capaz de evitar os danos associados ao desgaste. Devido ao movimento excêntrico do rotor, não é recomendável instalar a bomba (conjunto formado por estator e rotor) em um trecho com ganho de ângulo, pois o desgaste seria mais intenso logo acima da mesma. Nesses casos, convém colocar um ou dois tubos de maior diâmetro logo acima da bomba. Os centralizadores de hastes podem ser divididos em dois grupos: Centralizadores com revestimento plástico;• Centralizadores rotativos.• Os centralizadores com revestimento plástico são fixos às hastes e se movimentam junto com as mesmas durante a operação. No caso dos centralizadores rotativos, permanecem estáticos, permitindo que a haste gire livremente. RESERVADO 158 Alta Competência O sistema BCP apresenta uma vida útil limitada pela fadiga do material das hastes, e também mediante o desgaste da coluna de produção. A fadiga resulta principalmente da presença de defeitos superficiais e da atuação de flutuações no carregamento a que as hastes estão submetidas. A produção de gases, presença de areia e golfadas de fluido constituem fontes possíveis de flutuações de tensões durante a operação. O desgaste da coluna é decorrente do atrito ocasionado pelo contato entre as hastes e o tubo de aço da coluna. O desgaste é maior em poços desviados, uma vez que a coluna se encontra inclinada em relação à vertical e, neste caso, pode haver contato das hastes com a coluna. O desgaste pode ser minimizado em poços desviados com variações angulares inferiores a 12º/30 m mediante a inserção de centralizadores. Os centralizadores podem ser fixos (giram junto com as hastes), ou rotativos (hastes giram na parte interna do centralizador). Importante! 4.4. Instalação da coluna de hastes Para instalação das hastes no poço são utilizadas sondas de produção (work over) ou guindaste. A primeira haste é acoplada ao rotor da BCP e as demais hastes ligadas entre si até próximo à superfície. Nessa posição, inserem-se uma ou mais hastes curtas e, finalmente, a haste polida é acoplada a todo o conjunto. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 159 As hastes devem ser descidas preferencialmente uma de cada vez, principalmente quando se tratar de haste grau API especial, de modo a evitar trincas causadas por flexão durante a manobra. O aperto das juntas roscadas deve seguir a tabela de deslocamento circunferencial previsto no API RP 11BR. A tabela a seguir consiste em parte dos dados contidos na norma API RP 11BR. A faixa para o deslocamento circunferencial é determinada fixando-se o diâmetro da haste e a composição (grau API) do aço constituinte. Por exemplo, no caso de uma haste de diâmetro igual a 15.9 mm, constituída por um aço grau D, deve-se empregar um deslocamento diferencial, que varia na faixa entre 6.1 e 7.1mm. Valores de deslocamento circunferencial da conexão das hastes de bombeio Todas as dimensões em polegadas seguidas pelo equivalente em mm 1 2 3 Diâmetro da haste Haste nova Grau D Valores de deslocamento Haste reutilizada Graus C, D &K Valores de deslocamento Mínimo Máximo Mínimo Máximo 1/2 (12,7) 8/32 (4,8) 8/32 (6,3) 4/32 (3,2) 6/32 (4,8) 5/8 (15,9) 8/32 (6,3) 9/32 (7,1) 6/32 (4,8) 8/32 (6,3) 3/4 (19,1) 9/32 (7,1) 11/32 (8,7) 7/32 (5,6) 17/64 (6,7) 7/8 (22,2) 11/32 (8,7) 12/32 (9,5) 9/32 (7,1) 23/64 (9,1) 1 (25,4) 14/32 (11,1) 16/32 (12,7) 12/32 (9,5) 14/32 (11,1) 1 1/8 (28,6) 18/32 (14,3) 21/32 (16,7) 16/32 (12,7) 19/32 (15,1) Nota: os valores dos deslocamentos foram estabelecidos por meio de cálculos e testes com strain gage Deslocamento circunferencial segundo a norma API RP 11BR O deslocamento circunferencial é medido na prática como é apresentado na ilustração a seguir: RESERVADO 160 Alta Competência Linha vertical gravada Deslocamento circunferencial medido Medida de deslocamento circunferencial Após a inserção das hastes, deve-se ajustar o rotor na posição correta. Isso pode ser alcançado através de um procedimento denominado balanceamento. Durante o balanceamento empregam-se hastes curtas conectadas diretamente à haste polida. Deve-sea calcular o espaço morto e comparar com o somatório dos comprimentos de todas as hastes presentes. Na prática, o espaço morto pode ser definido como a distância entre a extremidade inferior do rotor e o pino-stop. 4.5. Problemas operacionais As dificuldades presentes durante a operação são usualmente dependentes da natureza do projeto. Em poços desviados, há risco de desgaste por atrito, tanto nas hastes como na coluna de produção, mesmo com aplicação de centralizadores. A própria utilização de centralizadores poderá ocasionar efeitos colaterais indesejáveis, como perda de carga excessiva ou o aprisionamento da coluna de hastes na coluna de produção. Problemas de corrosão podem ser previstos levando-se em conta a natureza química do ambiente do poço e a compatibilidade do material das hastes (grau API). RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 161 A utilização de procedimentos e ferramentas adequadas para a montagem da coluna de produção previne a falha por trincas nas luvas ou mesmo o desacoplamento das hastes fixadas durante a operação. Por esses motivos, hastes com roscas defeituosas, empenos ou ranhuras não devem ser utilizadas. 4.6. Segurança na operação O maior risco envolvendo o conjunto de hastes de bombeio está relacionado com o rompimento da coluna de hastes durante a operação. Em poços equipados com BCP em caso de rompimento da haste, há o risco da parte superior da coluna ser ejetado do poço, podendo atingir pessoas que se encontrem em suas proximidades. Por isso, os cabeçotes de BCP devem ter dispositivo anti-ejeção da haste polida. Durante a montagem da coluna no poço devem ser observados os procedimentos de segurança previsto nos padrões. A utilização de ferramentas adequadas e em boas condições como elevadores, ganchos, chaves especiais, entre outras, são fundamentais. Estas ferramentas devem ser inspecionadas regularmente e reparadas ou substituídas em caso de dano ou desgaste, principalmente elevadores e ganchos, para evitar a queda da coluna de haste no poço. 4.7. Cuidados e conservação Os principais cuidados a serem observados com hastes de bombeio são no manuseio, armazenamento e preservação. RESERVADO 162 Alta Competência As hastes são fornecidas em feixes, embalados em conjuntos de quatro a sete camadas, separadas entre si por espaçadores e fixadas por meio de suportes. Estas embalagens são normalmente feitas em madeira ou outro material macio, de modo a minimizar a possibilidade de danos mecânicos nas hastes. Para proteção das roscas são utilizados protetores feitos de plástico, especialmente fabricados para esta finalidade. É aconselhável que o transporte seja realizado nas caixas em cujas hastes foram fornecidas, ou ainda se tiverem que ser transportadas soltas, o feixe de hastes deverá ser colocado sobre espaçadores de madeira. As camadas de hastes também devem ser separadas através de suportes de madeira. Quando se transportam várias camadas de hastes empilhadas, devem ser observados que os suportes entre camadas estejam alinhados verticalmente entre si. Os suportes laterais não devem ter contato direto com as hastes. Usar para isto calços de madeira. Deve-se tomar especial cuidado ao cortar as amarras dos feixes para não danificar a superfície das hastes. Caso as hastes sejam armazenadas por longos períodos de tempo, é recomendável a retirada periódica dos protetores para limpeza das roscas e substituição da graxa de preservação, colocando novamente os protetores de roscas. As hastes devem ser despachadas sempre com protetores de roscas nas extremidades. Caso seja observada alguma extremidade sem protetor, deve-se realizar uma inspeção para detecção dos danos eventualmente causados e então re-lubrificar a rosca e colocar o protetor novamente. Se for observada uma rosca danificada ou golpeada, separar a haste oca para efetuar o reparo. As roscas e o corpo das hastes nunca devem sofrer impactos. Em movimentações utilizando-se o guindaste convém empregar o esquema apresentado na figura abaixo. Quando a movimentação for com empilhadeira, recomenda-se a utilização de caixas metálicas para dar rigidez ao conjunto, a fim de prevenir eventuais empenos nas hastes. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 163 A B B B B A Detalhes dos espaçadores montados no feixe, entre cada camada de hastes Feixe de hastes Suporte do feixe de hastes Ponto de içamento Entalhe circular Haste Linha de centro do conjunto Dispositivo metálico (balança) Centro de gravidade do feixe das hastes Cabo Ponto de içamento Esquema para a movimentação de feixes de hastes Preparação de feixes de hastes para movimentação com guindaste Fora desta embalagem, as hastes nunca devem ser apoiadas diretamente no solo. Pelo menos quatro suportes (barrotes de madeira) transversais devem ser colocados como apoio em piso plano. Eles servem adicionalmente para separar as camadas, devendo ser alinhados verticalmente. Os protetores de roscas das hastes e das luvas devem ser retirados somente no momento da conexão, para evitar danos por impacto, principalmente na rosca pino. As hastes retiradas ou ao serem descidas nos poços nunca devem ser colocadas diretamente sobre a terra, e sim em estaleiros protegidos por material anti-abrasivo. Neste contexto, é recomendável utilizar separadores entre as camadas para evitar o contato direto entre as hastes. RESERVADO 164 Alta Competência Adicionalmente, as hastes devem ser armazenadas isoladas sobre berços com madeiras para não causar marcas e nem deformações permanentes na superfície das hastes. Sempre que uma coluna de hastes for removida de um poço, deve ser acondicionada em caixas metálicas ou embalagens padronizadas (feixes) e enviadas para limpeza e inspeção. O elevador deve apresentar dimensões adequadas ao transporte das hastes. Todas as ferramentas utilizadas em cada tarefa devem ser organizadas de acordo com os padrões da Petrobras e devem estar sempre em bom estado. Devem ser inspecionadas periodicamente para verificar o desgaste e reparadas ou substituídas, caso necessário. Além disso, devem ser mantidas sempre limpas. Quando forem retirados os protetores de roscas, as roscas devem estar limpas e completamente secas. Deve-se evitar a queda das hastes. A colisão com uma das extremidades pode danificar a rosca. Neste caso, deve-se descartá-la. Durante a descida da coluna, atentar para que não ocorra a “montagem” dos fios de rosca. Durante a montagem da coluna de haste deve ser observado o perfeito alinhamento da conexão entre pinos e luvas, de modo a não danificar as roscas nesta operação. A vida útil em fadiga em uma coluna de hastes é drasticamente reduzida em casos de instalação, manuseio ou operação inadequada. Por esse motivo, antes da instalação da coluna de BCP é fundamental observar os cuidados descritos acima. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 165 Deve-se ter cuidado especial no manuseio das hastes e luvas para que não sofram danos mecânicos. Caso isso aconteça, pode levar à fratura das hastes durante a operação, podendo causar acidentes. Os cuidados com os elementos da coluna (hastes e luvas) devem estar presentes no transporte, manuseio, e instalação. Especial atenção deve ser dada para que as hastes não entrem em contato entre si. Por esse motivo, é comum empregar suportes de madeira. As hastes e luvas armazenadas, bem como as ferramentas empregadas em sua instalação, devem ser periodicamente inspecionadas. Durante a operação a etapa de balanceamento é crucial. Importante! 4.8. Haste polida A haste polida pode ser considerada como um acessório da coluna de hastes. Consiste em uma barra de aço com extremidades de conexão tipo pino-pino, padronizadas pela norma API Spec 11B. Sua principal função é prover a vedação na caixa de gaxetas, que contém os fluidos produzidos pela coluna de produção. A rugosidade da superfície deve apresentar um valor entre oito e trinta e duasmicro-polegadas. Esta qualidade de acabamento superficial pode ser alcançada por polimento simples, via revestimentos com deposição de cromo, ou através de revestimento metalizado por aspersão térmica. RESERVADO 166 Alta Competência Pelo fato de ser um componente único, a haste polida possui variações apenas de material e forma. Os diâmetros mais utilizados são 1 ¼” e 1 ½”, e os comprimentos empregados com mais frequência de magnitude entre 16’ e 22’. A tabela abaixo apresenta alguns materiais normalizados pela API. Tipo Especificação Tensão de Ruptura Aço carbono SAE 10XX (35≤XX≤50) 90.000 ≤ σr ≤ 120.000 Aço liga SAE 41XX (30 ≤ XX ≤ 40) 95.000 ≤ σr ≤ 160.000 Aço liga SAE 46XX (15 ≤XX ≤ 25) 95.000 ≤ σr ≤ 160.000 Especificações de material para hastes contínuas segundo a API As composições dos aços são apresentadas de acordo com as regras desenvolvidas pela sociedade americana de engenheiros automotivos (SAE). Essas regras descrevem quais elementos de liga são os mais importantes no aço e qual a composição em percentual mássico de carbono presente. A composição do carbono é indicada através dos dois últimos dígitos presentes na sigla. Um aço 1010, por exemplo, seria de acordo com a SAE um aço carbono (o carbono é o único elemento presente além do ferro), cuja fração mássica apresenta um valor igual a 0.10%. A tensão de ruptura está relacionada à ductilidade do aço. Aços mais dúcteis podem ser trabalhados com mais facilidade, sendo menos resistentes à deformação mecânica. Quanto maior a tensão de ruptura, mais resistente à deformação plástica é o aço. Os seguintes acessórios são utilizados junto com a haste polida: Luva de redução - utilizada para unir a haste polida à coluna • de hastes de bombeio; Grampo - utilizado para fixar a haste polida na mesa ou do • cabeçote de BCP. Serve de acoplamento entre o conjunto de acionamento e a coluna de hastes; Haste curta - utilizada para operação de manobra da coluna • de haste. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 167 A norma API Spec 11B padroniza as diversas variações de tamanho e comprimento, de acordo com a coluna de hastes utilizada, conforme a tabela abaixo. A haste polida é dimensionada e especificada durante a elaboração do projeto da coluna de hastes, sendo registrada no esquema mecânico do poço. Diâmetro da haste polida (OD) + 0,005 - 0,010 in (+0.127-0.254 mm) Comprimento (L) ft. ± 2 in. ( m,± 50mm) Diâmetro nominal do pino da rosca in (mm) Diâmetro externo do corpo do pino Df in (mm) Diâmetro das hastes de bombeio que podem ser acopladas in (mm) 1 1/8 (28.6) 8, 11, 16, 22, 24, 26 (2.438, 3.353, 4.877 6.707, 7.315, 7.925) 15/16 (23.8)PR 1 1/16 (27.0)PR 5/8 (15,9) 3/4 (19,1) 1 1/8 (28.6) upset 8, 11, 16, 22, 24, 26 (2.438, 3.353, 4.877 6.707, 7.315, 7.925) 15/16 (23.8)PR 1 1/16 (27.0)PR 1.250+ 0,005 - 0,010 (31.8, + 0,1270-0.254) 1.500 + 0,005 - 0,010 (38,1 + 0,127 - 0,254) 5/8 (15,9) 3/4 (19,1) 1 1/4 (31,8) 11, 16, 22, 24, 26, 30, 36 (3.353, 4.877, 6.707, 7.315, 7.925, 9.144, 10.973) 1 3/16 (30.2) PR - 7/8 (22,2) 1 1/4 (31,8) upset 11, 16, 22, 24, 26, 30, 36 (3.353, 4.877 6,707, 7.315, 7,925, 9.144, 10.973) 1 3/16 (30.2) PR 1.625 + 0,005 - 0,010 (41.3. + 0,127 - 0,254) 7/8 (22,2) 1 1/2 (38,1) 16, 22, 24, 26, 30, 36 (4.877, 6.707, 7.315, 7.925, 9.144, 10.973) 1 3/8 (34.9) PR - 1 (25,4) 1 1/2 (38,1)upset 16, 22, 24, 26, 30, 36 (4.877, 6.707, 7.315, 7.925, 9.144,10.973) 1 9/16, (39.7) PR 2.250 +0.015- 0,015 (57.2 + 0,381- 0,381) 1 1/8 (28,6) Dimensões da haste polida de acordo com a norma API Spec 11B RESERVADO 168 Alta Competência Sempre que por qualquer motivo a haste polida for retirada deve ser inspecionada, visando à identificação de ranhuras ou empenos. O desalinhamento da haste polida em relação à caixa de gaxetas ou ranhuras na superfície da haste poderá causar vazamentos de fluidos. Antes de dar partida no sistema de elevação, verificar o balanceamento da coluna de hastes, o alinhamento da haste polida em relação à caixa de gaxetas e o aperto no preme-gaxetas. Poderão ocorrer falhas nas ligações realizadas com os grampos, ocasionando o escorregamento da haste polida e, em última instância, a redução do espaço morto. Problemas de vazamentos pela caixa de gaxetas podem ser causados pela utilização de haste polida defeituosa (com riscos ou empenos) ou desalinhada. O desalinhamento ou o aperto excessivo do preme-gaxetas pode provocar a ruptura da haste polida principalmente em sistemas equipados com BCP. Em sistemas equipados com BCP, a haste polida deve estar fixada na mesa do cabeçote ou possuir algum outro tipo de proteção contra ejeção em caso de ruptura. Também deve ser observado o comprimento máximo de 300 mm na extremidade superior da haste, medindo-se após a fixação do grampo para evitar o dobramento em caso de velocidades de reversão elevadas. Utilizar somente hastes polidas normalizadas pelo API e em boas condições de uso para evitar rompimentos e vazamentos de fluidos. A haste polida é fornecida em embalagem especial e com protetores de rosca. Estas proteções devem ser retiradas apenas no momento da instalação. Durante o manuseio e armazenamento, todos os cuidados referentes à prevenção contra danos por empenos e choques devem ser tomados. RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 169 • As hastes são componentes fundamentais em siste- mas de BCP, pois realizam a transmissão do torque do motor na superfície para o rotor; • As hastes podem ser convencionais, ocas, ou contí- nuas. As hastes ocas e convencionais são empregadas juntamente com luvas apropriadas, que realizam a co- nexão entre duas hastes vizinhas; • A coluna de produção apresenta uma vida útil de- terminada pela possibilidade de fratura de algum de seus componentes, ou ainda o desgaste decorrente do atrito entre as hastes e o tubo de aço da coluna; • Problemas de falha mecânica podem ser evitados mediante a adequada seleção do aço que constitui as hastes. Este aço deve apresentar propriedades mecâ- nicas adequadas ao ambiente do poço, levando-se em consideração as cargas atuantes, bem como sua possí- vel natureza corrosiva; • A seleção do aço constituinte das hastes deve seguir a norma; • O dimensionamento deve contemplar, mediante fa- tores de segurança, cargas inesperadas como as resul- tantes da entrada de areia, inchamento do estator e ou atrito de partida. reSUmInDo... RESERVADO 170 Alta Competência • Outro fenômeno importante a se considerar é a vida em fadiga do aço escolhido. A falha por fadiga é con- sequência da flutuação no tempo das cargas atuantes. Essa flutuação tem origem na produção de gás, pre- sença de areia, ou ainda devido a “golfadas” do fluido bombeado; • O atrito entre hastes na parte interna da coluna de produção também contribui para a deterioração me- cânica das hastes. A redução do diâmetro gera um aumento na magnitude das tensões atuantes, aumen- tando a probabilidade de danos mecânicos dos com- ponentes; • O desgaste é usualmente localizado e é maior em poços desviados. Para minimizá-lo, o uso de centra- lizadores é indicado para minimizar o contato com a coluna de produção; • Os centralizadores são ineficientes em poços com va- riações angulares superiores a 12º/30 m. Nesses casos, as hastes contínuas devem ser empregadas; • Deve-se ter extremo cuidado no transporte, manu- seio e armazenamento das hastes e luvas para que ne- nhum dano mecânico superficial venha a ocorrer. Esses defeitos reduzem a vida em fadiga do componente; • As hastes devem ser conectadas uma a uma e inse- ridas cuidadosamente na coluna. Em seguida, hastes mais curtas são utilizadas para reduzir o espaço morto existente e realizar o balanceamento da coluna antes de entrarem em operação. reSUmInDo... RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 171 • Todas as ferramentas utilizadas, bem como os com- ponentes armazenados devem ser inspecionados pe-riodicamente e substituídos se não estiverem em bom estado; • Outro componente importante consiste na haste po- lida. Esta é fundamental, pois garante a vedação da caixa que comporta o fluido bombeado logo que sai da coluna de produção (caixa de gaxetas); • As hastes polidas são normalizadas e seu aço consti- tuinte é escolhido levando-se em consideração o diâ- metro e a geometria das hastes curtas que conectam a haste polida à coluna de hastes; • Da mesma forma que no caso dos demais compo- nentes, a haste polida deve estar livre de defeitos me- cânicos. Hastes polidas empenadas ou com defeitos superficiais podem romper, podendo, enfim, parar a produção; • Para evitar acidentes, convém fixar a haste polida na mesa do cabeçote ou empregar algum outro dis- positivo para evitar a sua ejeção em caso de falha mecânica. reSUmInDo... RESERVADO 172 Alta Competência 1) Qual a importância das hastes em um sistema BCP? ________________________________________________________________ 2) Complete as lacunas: Nas aplicações em BCP podemos encontrar hastes ____________, ____________ e ____________. As hastes ____________ são interessantes, pois permitem a injeção de fluidos e suportam menor carga. Já as hastes ____________ são apenas aplicadas em poços desviados de elevada variação angular. Nesses casos, o uso de ____________ se mostra ineficiente. 3) Qual a função da haste polida? Por que ela deve ser polida? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4) Complete as lacunas: Os ____________________ foram desenvolvidos visando à re- dução do desgaste da coluna de BCP. Existem dois tipos no mercado, ____________________ e ____________________. Os ____________________ giram junto com a coluna de hastes, ao pas- so que os ____________________ se mantém fixos, e permitem que a coluna de hastes gire em seu interior. 5) Preencha as lacunas abaixo conforme as informações dadas: ( a ) Falha ocasionada por flutuações no carregamento durante a ope- ração em BCP. ( ) luva ( b ) Elemento responsável pela cone- xão entre duas hastes vizinhas. ( ) balanceamento ( c ) Procedimento usado para o ajuste do espaço morto em sistemas BCP. ( ) haste polida ( d ) Elemento responsável pela veda- ção da caixa de gaxetas. ( ) centralizador ( e ) Elemento capaz de minimizar o desgaste da coluna de produção em poços desviados. ( ) fadiga 4.9. exercícios RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 173 6) Preencha as lacunas abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) Para a confecção de hastes polidas em aplicações em que a carga supera 120.000 Pa pode-se empregar um aço carbono convencional. ( ) Areia e gases produzidos são fatores responsáveis pela flutuação nas cargas atuantes na coluna de produção. ( ) Uma haste levemente danificada em sua superfície durante o transporte até a região de instalação pode ser utilizada sem problemas. ( ) O desgaste da coluna em poços desviados com variação angular inferior a 20o/30 m pode ser minimizado mediante a inserção de centralizadores. ( ) Hastes contínuas apresentam sua aplicação limitada pelos altos custos operacionais envolvidos. 7) Defina dois fatores determinantes para a vida em fadiga dos com- ponentes de uma coluna de BCP. _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 8) Em que consiste o balanceamento de uma coluna de BCP? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 9) Que cuidados se deve ter no transporte e manuseio de hastes e luvas? Por quê? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ RESERVADO 174 Alta Competência API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Aspersão térmica - termo geral que engloba diversos processos de recobrimento de superfícies. Balanceamento - o balanceamento consiste no procedimento capaz de ajustar o espaço morto entre o rotor e o pino-stop, localizado na extremidade do estator da bomba BCP. Essa ajuste fino é possível mediante a inserção de hastes curtas (pony rods), que estabelecem o contato entre a haste polida e a coluna de hastes. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Ductilidade - é a propriedade física dos materiais de suportar a deformação plástica, sob a ação de cargas, sem se romper ou fraturar Dúctil - que se pode reduzir a fios, estirar, distender, sem se romper; flexível, elástico. Incrustação - precipitados sólidos depositados no interior da coluna de produção. Mancal - suporte de apoio de elementos de máquinas. Parafinização - precipitação de hidrocarbonetos de elevado peso molecular (parafina) nas superfícies presentes no interior da coluna de produção. Pino-stop - equipamento instalado na coluna de produção que impede a passagem do rotor pelo estator. Poço desviado - poço perfurado de maneira não vertical. Pony rod - haste curta. Preme-gaxeta - equipamento da caixa de engaxetamento que permite aumentar ou diminuir a interferência entre as gaxetas e a haste polida. Rosca pino - rosca localizada na extremidade de uma haste de BCP e que permite que esta se conecte mecanicamente a uma haste seguinte mediante a presença de uma luva. SAE 10XX (35 ≤ XX ≤ 50) - classificação segundo a SAE para um aço carbono, cuja composição de carbono se encontra entre 0.35 e 0.50%. 4.10. glossário RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 175 SAE 41XX (30 ≤ XX ≤ 40) - classificação segundo a SAE para um aço cromo (Cr) – molibdênio (Mo), cuja composição de carbono apresenta um valor entre 0.30 e 0.40%. Valores reportados para os teores de Cr e Mo seriam: Cr – (0.50%,0.80%, ou 0.95%), Mo – (0.12%, 0.20%, 0.25%, ou 0.30%). SAE 46XX (15 ≤ XX ≤ 25) - classificação segundo a SAE para um aço níquel- molibdênio, cuja composição de carbono apresenta um valor entre 0.15 e 0.25 %. Valores reportados para os teores de Ni e Mo seriam: Ni – (0.85% ou 1.82%), Mo – (0.20% ou 0.25%). Tensão de Escoamento - tensão a partir da qual o material sofre deformação permanente. Tensão de Ruptura - tensão acima da qual o material sofre fratura devido à propagação de trincas que se originam em defeitos microscópicos inerentes à sua estrutura. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Velocidade de reversão - velocidade que a coluna de hastes atinge durante a reversão. RESERVADO 176 Alta Competência ALMEIDA BARRETO FILHO, Manual de Bombeio Mecânico em Poços de Petróleo. Apostila. Petrobras. Salvador, 2003. ARAUJO ANDRADE, Selma Fontes de. Bombeio Mecânico. Apostila. Petrobras. Aracaju, 2000. Catálogo Norris. Disponível em: <www.norrisrods.com>. Acesso em: 30 mar 2009. Catálogo Tenaris. Disponível em: <www.tenaris.com>. Acesso em: 30 mar 2009. Norma API Spec 11B - Especification for sucker rods. Norma API RP 11L - Design calculation conventional sucker rods pumping system. Norma API RP 11 BR - Recomended practicefor the care and handling for sucker rods. Norma Petrobras N-2366 - Produção de petróleo - Haste de bombeio. Norma Petrobras N-2404 - Produção de petróleo - Haste de bombeio - manuseio, movimentação e estocagem. OLIVEIRA COSTA, Rutácio de. Bomba de Fundo de Bombeio Mecânico. Apostila Petrobras. Natal, 2008. ROSSI, Nereu Carlos Milani de. Bombeio Mecânico. Apostila. Petrobras. Salvador, 2005. WALDEMAR ASSMAN, Benno. Relatório Sobre a Instalação de Coluna de Hastes Ocas e Operação para Desparafinação Térmica em Poço com Elevação por BCP. Relatório Petrobras. Natal, 2006. 4.11. Bibliografia RESERVADO Capítulo 4. Hastes de bombeio 177 1) Qual a importância das hastes em um sistema BCP? Transmitir o torque do cabeçote ao rotor. 2) Complete as lacunas: Nas aplicações em BCP podemos encontrar hastes convencionais, ocas e contínuas. As hastes ocas são interessantes, pois permitem a injeção de fluidos e suportam menor carga. Já as hastes contínuas são apenas aplicadas em poços desviados de elevada variação angular. Nesses casos, o uso de centralizadores se mostra ineficiente. 3) Qual a função da haste polida? Por que ela deve ser polida? Permite a vedação da caixa de gaxetas. Deve ser polida para lhe garantir uma maior vida útil, pois a falha deste componente pode causar acidentes durante a operação. 4) Complete as lacunas: Os centralizadores foram desenvolvidos visando à redução do desgaste da coluna de BCP. Existem dois tipos no mercado, centralizadores rotativos e centralizadores com revestimento plástico. Os centralizadores com revestimento plástico giram junto com a coluna de hastes, ao passo que os centralizadores rotativos se mantêm fixos e permitem que a coluna de hastes gire em seu interior. 5) Preencha as lacunas abaixo conforme as informações dadas: ( a ) Falha ocasionada por flutuações no carregamento durante a operação em BCP. ( b ) luva ( b ) Elemento responsável pela conexão entre duas hastes vizinhas. ( c ) balanceamento ( c ) Procedimento usado para o ajuste do espaço morto em sistemas BCP. ( d ) haste polida ( d ) Elemento responsável pela vedação da caixa de gaxetas. ( e ) centralizador ( e ) Elemento capaz de minimizar o desgaste da coluna de produção em poços desviados. ( a ) fadiga 4.12. gabarito RESERVADO 178 Alta Competência 6) Preencha as lacunas abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso). ( F ) Para a confecção de hastes polidas em aplicações em que a carga supera 120.000 Pa pode-se empregar um aço carbono convencional. Justificativa: para tensões acima de 120.000 Pa deve-se empregar aços especiais, que contém elementos de liga capazes de produzir uma microestrutura dura o suficiente, de maneira a gerar tensões de ruptura acima de 120.000 Pa. Exemplos de materiais para esse tipo de aplicação seriam aços Cr – Mo (SAE – 41 XX), ou aços Ni – Mo (SAE 46 XX). ( V ) Areia e gases produzidos são fatores responsáveis pela flutuação nas cargas atuantes na coluna de produção. ( F ) Uma haste levemente danificada em sua superfície durante o transporte até a região de instalação pode ser utilizada sem problemas. Justificativa: todas as hastes e luvas devem estar livres de defeitos superficiais, pois reduzem a vida útil dos componentes. Desta forma, hastes e luvas defeituosas devem ser prontamente substituídas e não devem ser, em hipótese nenhuma, utilizadas. ( F ) O desgaste da coluna em poços desviados com variação angular inferior a 20o/30 m pode ser minimizado mediante a inserção de centralizadores. Justificativa: centralizadores podem ser empregados em poços de variação angular inferior a 12o/ 30 m. Nesses casos, os centralizadores são eficientes na redução do atrito entre a coluna de hastes do tubo de aço da coluna de produção. ( V ) Hastes contínuas apresentam sua aplicação limitada pelos altos custos operacionais envolvidos. 7) Defina dois fatores determinantes para a vida em fadiga dos componentes de uma coluna de BCP. Flutuação das cargas atuantes e desgaste das hastes via contato com o tubo de aço da coluna de produção. 8) Em que consiste o balanceamento de uma coluna de BCP? O balanceamento consiste no procedimento capaz de ajustar o espaço morto entre o rotor e o pino-stop, localizado na extremidade do estator da bomba BCP. Essa ajuste fino é possível mediante a inserção de hastes curtas (pony rods), que estabelecem o contato entre a haste polida e a coluna de hastes. 9) Que cuidados se deve ter no transporte e manuseio de hastes e luvas? Por quê? Deve-se ter extremo cuidado para que não haja risco de danos superficiais nas hastes e luvas. Tais processos reduzem significativamente a vida útil dos componentes de BCP, pois defeitos superficiais funcionam como sítios potenciais para a nucleação e crescimento de trincas. RESERVADO C ap ít u lo 5 Instalação e retirada do BCP Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Explicar a instalação do sistema BCP e os processos que envolvem a sua implementação; • Explicar a retirada do sistema BCP e os processos que envolvem a sua implementação. RESERVADO 180 Alta Competência RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 181 5. Instalação e retirada do BCP Ao se programar uma intervenção em um poço de BCP, algumas providências são necessárias para garantir uma instalação bem sucedida. Em primeiro lugar, deve-se garantir que todos os adaptadores necessários estejam à mão para fazer as seguintes conexões: Estator à • coluna de produção; Coluna à cabeça de produção;• Rotor à coluna de hastes;• Coluna de hastes ao eixo do cabeçote.• Outra providência de suma importância é a de se ter em mãos algumas hastes curtas (pony rods) de comprimentos variados de modo que seja possível efetuar o adequado balanceamento da coluna de hastes para compensar as diferenças entre o comprimento da coluna de hastes e a de produção. A seguir serão apresentadas as principais etapas de uma intervenção de poços com BCP. 5.1. Descida da coluna de produção e estator Antes de se iniciar a tarefa de descida devem ser tomados alguns cuidados: Medir todas as partes que serão instaladas no fundo do poço • (estator, acoplamentos, tubos e tê de produção); Enroscar a • pino-stop na extremidade inferior do estator. O pino- stop é uma peça que tem a finalidade de impedir a passagem do rotor além da extremidade do estator; RESERVADO 182 Alta Competência As roscas dos tubos (pino e rosca) devem ser limpas e • engraxadas. Após estas medidas, conecta-se, então, o estator ao primeiro tubo da coluna de produção. Pode haver a necessidade da utilização de uma redução, caso ocorra uma das situações abaixo: A rosca do estator ser • EU e a do rotor ser NU; Os diâmetros serem diferentes.• Em casos de poços com grande profundidade é recomendável a utilização de âncora de torque. Em casos de poços com presença de gás, pode-se utilizar um separador de gás. Na sequência, efetuamos as seguintes operações: Conectar os tubos e descer no poço até alcançarem a • profundidade desejada para o assentamento da bomba; Montar o • tubing-hanger na cabeça de produção; Montar o • tê de fluxo na parte superior da cabeça, geralmente esta conexão é feita por adaptador do tipo flange-flange (é possível utilizar o adaptador do tipo roscado também, porém tem-se evitado a sua utilização em função de sua menor resistência); Assentar o cabeçote sobre o flange acima do • tê de fluxo. RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 183 5.2. Descida da coluna de hastes Para a operação de descida da coluna de hastes devemos efetuar os passos conforme descrito a seguir: Conectar o rotor à primeira haste, utilizando-se da redução • requerida, quando necessário; Descer as hastes enroscando-as uma a uma com o • torque recomendado pelo fabricante; Após a última haste ser conectada, descer lentamente, • observando a rotação das hastes, o que indica que o rotor está entrando no estator; Observar a carga suportada pelo guincho atéque esta diminua; • nesse momento o rotor terá atingido a parte de baixo do estator e encostou-se ao limitador de passagem do rotor (pino-stop); Eleve a haste lentamente e observando o ponto em que carga • deixa de crescer; neste momento toda a flambagem da coluna de haste foi retirada; Marque a haste no ponto adequado logo acima do • tê de fluxo; Repita esta operação várias vezes, de modo a garantir o ponto • de retirada da flambagem; Retire a haste superior e meça a distância da luva à marca.• RESERVADO 184 Alta Competência Retirada da flambagem da coluna de hastes (peso original da coluna é agora indicada na célula de carga) T de fluxo Cabeça do poço Coluna de hastes (com flambagem) Coluna de produção BCP Pino de paro (stop pin) Y Y Posicionamento do rotor Para determinar o correto espaçamento da coluna de hastes, é necessário levar em consideração a elongação das hastes, função do comprimento das hastes em repouso e da carga axial aplicada, dilatação térmica das hastes. As hastes sofrerão um alongamento adicional quando estivem suportando o diferencial de pressão máximo. O balanceamento deverá levar em conta também a distância que há entre o fim do estator e o limitador de passagem (pino-stop). RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 185 R a r Y Alturas + + Haste polida acima dos clamps Flange de arraste & clamps Cabeçotes T de fluxo Estator Flange Pino de paro “Stop Pin” Extremidade do rotor sem contato com o “stop pin” EspaçamentoY Posicionamento do rotor Além da deformação deve-se incluir a altura correspondente à haste polida, em sua porção que fica acima do clamps, o clamps e o flange, a distância do pino-stop à extremidade do estator (como já dissemos) e, caso a coluna esteja ancorada, a dilatação sofrida pelas hastes resultante da temperatura média do fluido. A dilatação térmica só será incluída se a coluna for ancorada. 5.3. Instalação do cabeçote Simultaneamente à instalação da bomba, o cabeçote e o acionador devem ser verificados e preparados para estarem prontos para instalação ao fim dos procedimentos de espaçamento do rotor. Baseado nos parâmetros hidráulicos da instalação, bem como na profundidade especificada para assentamento da bomba, certifique se o cabeçote é adequado às cargas que serão geradas em trabalho. Certifique, também, se a potência do acionador é compatível com a potência requerida pela instalação. Evite a utilização de cabeçotes superdimensionados desnecessariamente. RESERVADO 186 Alta Competência Verifique se o par de polias e correias está em conformidade com a velocidade requerida para obter a produção desejada. Se utilizar variador de frequência siga as instruções e recomendações do fabricante relativas à instalação elétrica. A instalação do cabeçote deve seguir procedimento determinado pelo fabricante. A seguir algumas etapas de procedimento de instalação para maior compreensão dos equipamentos do cabeçote. 1. Após proceder ao espaçamento do rotor, conectar a haste polida à coluna de hastes com o anel de junta já na posição; 2. Conectar clamp auxiliar à haste polida acima do T de fluxo e do anel de junta, de tal modo que aproximadamente 6 pés (180 cm) a partir desse clamps permaneça acima do T de fluxo; 18 0 cm ( 6’ ) Junta (anel) Clamp auxiliar T fluxo 150 - 400 mmClamp Instalação do cabeçote 3. Bombear um pouco de graxa dentro da caixa prensa-gaxeta do cabeçote; 4. Limpar as rebarbas e asperezas e lubrificar a haste polida, caso contrário, os mancais podem ser danificados no eixo do cabeçote; RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 187 5. Suspenda o cabeçote usando os pontos apropriados do centro de massa, de forma que o cabeçote permaneça na posição vertical quando suspenso e durante todo o processo de instalação. Assegure- se quanto à condição existente para selecionar os pontos de içamento recomendados; 6. Alinhe o eixo vazado no cabeçote com a haste polida e desça o cabeçote devagar; 7. Colocar o cabeçote sobre a haste polida com o auxílio de um guindaste ou guincho. Utilize uma linha de prumo para alinhar a haste polida e evitar que a rosca danifique a gaxeta da prensa-gaxeta; 8. Retirar a ferramenta de alinhamento da haste polida e colocar o clamp; superior; em seguida instale uma pony rod na haste polida; 9. Levantar coluna de hastes pela pony rod empregando elevadores de hastes e o cabeçote com o guindaste ou guincho simultaneamente; 10. Remover o clamp auxiliar da haste polida que segurava o peso das hastes; 11. Conectar o cabeçote ao tê. Ajustar todas as conexões do cabeçote ao máximo torque especificado. Observe, na figura a seguir, que este ajuste deve manter o paralelismo entre flanges; Flange do Cabeçote Flange do T de fluxo b1 = b2 Junta (anel) b1 b2 Ajuste dos flanges RESERVADO 188 Alta Competência 12. Retirar o guindaste ou guincho; 13. Apertar o clamp da haste polida. Desinstale o pony rod; atenÇÃo Não deixar mais do que 300mm da haste polida sobressaindo acima do cabeçote para garatir a segurança no caso de rotação reversa descontrolada. É necessário que a haste polida se sobressaia um pouco para poder prender a haste polida ao elevador, quando se extrai a coluna de hastes. 14. Prender firmemente o suporte do cabeçote ao tê de bombeio com a ajuda da corrente de segurança fornecida, para prevenir que o cabeçote recue durante o back-spin. Não há necessidade de utilização da corrente de segurança quando o suporte do cabeçote for flangeado; 15. Engraxar a caixa prensa-gaxeta antes de ligar; 16. Utilizar um suporte do tipo luneta quando verificado que a estrutura estiver em balanço ou quando a vibração resultante for excessiva; 17. Proceder com as conexões elétricas e procedimentos de operação. RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 189 Certifique-se que a instalação elétrica está devida- mente aterrada. Antes de finalizar as conexões elé- tricas, assegure que o sentido de rotação está como indicado no cabeçote a fim de evitar danos ao siste- ma de frenagem incorporado ao cabeçote e também para possibilitar o acionamento da bomba correta- mente. A haste polida deve girar no sentido horário. Antes de proceder a checagem do sentido de rotação deve-se afrouxar as correias. Importante! Vale lembrar que ao levantar a haste polida deve-se tomar uma série de precauções a fim de evitar danificar o eixo e a haste: Assegurar-se de que não haja marcas de chave na haste • polida; Utilizar a ferramenta de alinhamento na haste polida para • guiá-la através do eixo; Alinhar cuidadosamente o aparelho com o cabeçote antes de • levantar a haste; Fixar a haste enquanto está afastada do poço de maneira que • não se desvie e se arraste sobre o eixo; Extrair suavemente a haste do cabeçote;• Lubrificar a haste com graxa ou WD-40 quando for içado;• Deve-se usar um sistema de suporte para estabilizar o • cabeçote. RESERVADO 190 Alta Competência 5.4. Retirada do sistema BCP Na operação de retirada dos equipamentos do poço, além dos procedimentos convencionais para manobra de hastes e de tubos que não cabe aqui abordar, alguns cuidados especiais precisam ser tomados. É importante que a sonda de workover ou guin- daste receba o poço totalmente liberado de sua energia potencial, ou seja, a reversão já deverá ter terminado. Importante! A operação de parada e liberação da energia deve ser realizada pelo pessoal da operação do poço, responsável pelos procedimentos de parada e partida do sistema BCP e conhecedor das particularidades do poço como a intensidade de sua reversão. O poço deverá ser entregue à equipe de intervenção sem o clamp de arraste e sem a polia movida (ou do cabeçote). Isto mostra que o poço não tem mais energia contida. O procedimento de parada na operação deve seguir os seguintes passos. Desligar o poço no quadro de comandos;• Aguardar a parada total da coluna de hastes;• Instalar o • clamp de serviçona lanterna sempre que possível (algumas lanternas de cabeçotes antigos não permitem a sua instalação); Retirar as correias e a • polia do cabeçote. Após esses passos, não há mais qualquer possibilidade de movimento descontrolado das polias. RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 191 Durante o desencamisamento do rotor há a possibilidade de reversão da coluna de hastes. Isto porque a bomba pode conter certo diferencial de pressão residual por conta da selagem promovida pela interferência entre o rotor e estator. Quando se retira o rotor, a selagem começa progressivamente a diminuir e consequentemente, sua capacidade de resistir ao diferencial de pressão é eliminada. Para evitar que a reversão se prolongue, o rotor deve ser totalmente retirado em um único e contínuo movimento. Interromper o desencamisamento pode provocar a aceleração descontrolada da coluna de hastes ou seu prolongamento por um tempo excessivo. Na retirada, é importante verificar as condições dos equipamentos retirados, informando possíveis danos e a existência de corrosão, abrasão e incrustação. A posição relativa dos tubos e das hastes onde ocorrem esses eventos só pode ser observada durante a retirada. RESERVADO 192 Alta Competência Deve-se garantir que todos os adaptadores necessários estejam à mão para fazer as seguintes conexões: • Estator à coluna de produção; • Coluna à cabeça de produção; • Rotor à coluna de hastes; • Coluna de hastes ao eixo do cabeçote. Principais etapas de uma intervenção de poços com BCP • Descida da coluna de produção e estator; • Descida da coluna de hastes; • Instalação do cabeçote. Não deixar mais do que 300 mm da haste polida sobressaindo acima do cabeçote. É perigoso que sobressaia mais quando ocorre rotação reversa em alta velocidade. O procedimento de parada para retirada do sistema BCP: • Aguardar a parada total da coluna de hastes; • Instalar o clamp de serviço na lanterna sempre que possível (algumas lanternas de cabeçotes antigos não permitem a sua instalação); • Retirar as correias e a polia do cabeçote. reSUmInDo... RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 193 1) Identifique em numeração sequencial a operação de descida da coluna de hastes: ( ) Após a última haste ser conectada, descer lentamente ob- servando a rotação das hastes, o que indica que o rotor está entrando no estator. ( ) Eleve a haste lentamente e observando o ponto em que a carga deixa de crescer; neste momento toda a flambagem da coluna de haste foi retirada. ( ) Conectar o rotor à primeira haste, utilizando-se da redu- ção requerida, quando necessário. ( ) Marque a haste no ponto adequado logo acima do tê de fluxo. ( ) Retire a haste superior e meça a distância da luva à marca. ( ) Descer as hastes enroscando-as uma a uma com o torque recomendado pelo fabricante. ( ) Repetir esta operação várias vezes de modo a garantir o ponto de retirada da flambagem. ( ) Observar a carga suportada pelo guincho até que esta di- minua; neste momento o rotor terá atingido a parte de baixo do estator e encostou-se ao limitador de passagem do rotor. 2) Em relação à programação de uma intervenção em um poço de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( ) Não existe a necessidade de se tomar providências para ga- rantir uma instalação bem sucedida. ( ) Deve-se garantir que todos os adaptadores necessários para que se possa efetuar todas as conexões estejam à mão. ( ) As conexões a serem efetuadas são: Estator à coluna de produção; Coluna à cabeça de produção; Rotor à coluna de hastes; Coluna de hastes ao eixo do cabeçote. ( ) Para que seja possível efetuar o adequado balanceamento da coluna de hastes de modo a compensar as diferenças en- tre o comprimento da coluna de hastes e a de produção, é de suma importância ter em mãos algumas hastes longas. 5.5. exercícios RESERVADO 194 Alta Competência 3) Explique resumidamente os passos que devem ser seguidos pela operação durante o procedimento de parada para retirada do sistema BCP. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4) Complete as lacunas: Para determinação do correto espaçamento da coluna de ______________ é necessário levar em consideração a ______________ das hastes. As hastes sofrerão um alongamento adicional quando estiverem suportando o ______________ de pressão máximo. O ______________ deverá levar em consideração também a distân- cia que há entre o ______________ do estator e o ______________ de passagem (pin- stop). A dilatação______________ só será incluída se a _______________ for ancorada. 5) Marque a alternativa correta: a) Durante a retirada do sistema BCP a operação de parada e libe- ração de energia deve ser realizada pelo: ( ) pessoal da administração da Petrobras. ( ) pessoal da manutenção. ( ) pessoal da operação do poço. ( ) pessoal da equipe de intervenção. b) Para evitar que reversão da coluna de hastes se prolongue du- rante o desencamisamento do rotor, este deve ser: ( ) retirado em um tempo pré-determinado pela supervisão. ( ) parcialmente retirado em dois movimentos intercalados. ( ) parcialmente retirado em um único movimento. ( ) totalmente retirado em um único e contínuo movimento. RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 195 Abrasão - efeito de erosão provocado em equipamentos quando expostos ao contato de agente abrasivo, por exemplo, a areia. Os sedimentos produzidos do reservatório (principalmente areia) são carreados no fluido produzido, erodem as paredes dos dutos e dos outros equipamentos de coleta, como o choke. Assentamento - é medida a elongação residual após certo tempo de ter sido estirado a amostra. A elasticidade do elastômero cresce com o valor de resiliência e com o decréscimo das demais propriedades. Back-spin - reversão da coluna de hastes. Balanceamento - o balanceamento consiste no procedimento capaz de ajustar o espaço morto entre o rotor e o pino-stop, localizado na extremidade do estator da bomba BCP. Essa ajuste fino é possível mediante a inserção de hastes curtas (pony rods), que estabelecem o contato entre a haste polida e a coluna de hastes. Back-spin - reversão da coluna de hastes. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Clamp - grampo utilizado para prender ou segurar objetos através de pressão, de modo a prevenir que se separem ou se movimentem durante um experimento. Dilatação térmica - aumento do volume de um corpo ocasionado pelo seu aquecimento. Elongação - deformação longitudinal de uma barra metálica submetida ao esforço de tração. EU (External Upset) - nomenclatura API de rosca com ressalto, diâmetro externo da rosca maior que o diâmetro do tubo. Gaxeta - anel de borracha responsável pela vedação da caixa de engaxetamento. Incrustação - precipitados sólidos depositados no interior da coluna de produção. NU (non upset) - nomenclatura API de rosca sem ressalto, diâmetro externo da rosca igual ao diâmetro do tubo. Pin stop (pino topador) - equipamento acoplado à coluna de produção que impede que o rotor ultrapasse o estator. 5.6. glossário RESERVADO 196 Alta Competência Polia - peça mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para transferir força e movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas outrora comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica a polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a outro objeto.Quando associada a outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza trabalho equivalente ao de uma engrenagem.Pony Rod - uma haste mais curta que a habitual, normalmente colocada abaixo da haste polida e utilizada para fazer uma haste sequência de um componente desejado. Prensa gaxeta - equipamento da caixa de engaxetamento que permite aumentar ou diminuir a interferência entre as gaxetas e a haste polida. Tê de fluxo - elemento de ligação entre o cabeçote e a cabeça de produção que permite a derivação do fluxo da coluna para linha de produção. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Tubing hanger - equipamento que se apóia na cabeça de produção de alguns tipos de árvore de natal molhada ou na base adaptadora de produção de outros tipos de árvore, com a finalidade de suportar o peso da coluna de produção. Workover - interveção em um poço de petróleo. RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 197 5.7. Bibliografia ASSMANN, B. W., Apostila de Bombeio de Cavidades Progressivas. Petrobras - UN- RNCE, 2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivass. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. RESERVADO 198 Alta Competência 1) Identifique em numeração sequencial a operação de descida da coluna de hastes: ( 3 ) Após a última haste ser conectada, descer lentamente observando a rotação das hastes, o que indica que o rotor está entrando no estator. ( 5 ) Eleve a haste lentamente e observando o ponto em que a carga deixa de crescer; neste momento toda a flambagem da coluna de haste foi retirada. ( 1 ) Conectar o rotor à primeira haste, utilizando-se da redução requerida, quando necessário; ( 6 ) Marque a haste no ponto adequado logo acima do tê de fluxo. ( 8 ) Retire a haste superior e meça a distância da luva à marca. ( 2 ) Descer as hastes enroscando-as uma a uma com o torque recomendado pelo fabricante. ( 7 ) Repetir esta operação várias vezes de modo a garantir o ponto de retirada da flambagem. ( 4 ) Observar a carga suportada pelo guincho até que esta diminua; neste momento o rotor terá atingido a parte de baixo do estator e encostou-se ao limitador de passagem do rotor. 2) Em relação à programação de uma intervenção em um poço de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( F ) Não existe a necessidade de se tomar providências para garantir uma instalação bem sucedida. Justificativa: ao se programar uma intervenção em um poço de BCP, algumas providências são necessárias para garantir uma instalação bem sucedida. ( V ) Deve-se garantir que todos os adaptadores necessários para que se possa efetuar todas as conexões estejam à mão. ( V ) As conexões a serem efetuadas são: Estator à coluna de produção; Coluna à cabeça de produção; Rotor à coluna de hastes; Coluna de hastes ao eixo do cabeçote. ( F ) Para que seja possível efetuar o adequado balanceamento da coluna de hastes de modo a compensar as diferenças entre o comprimento da coluna de hastes e a de produção, é de suma importância ter em mãos algumas hastes longas. Justificativa: é de suma importância se ter em mãos algumas hastes curtas (pony rods) de comprimentos variados de modo que seja possível efetuar o adequado balanceamento da coluna de hastes para compensar as diferenças entre o comprimento da coluna de hastes e a de produção. 5.8. gabarito RESERVADO Capítulo 5. Instalação e retirada do BCP 199 3) Explique resumidamente os passos que devem ser seguidos pela operação durante o procedimento de parada para retirada do sistema BCP. • Desligar o poço no quadro de comandos; • Aguardar a parada total da coluna de hastes; • Instalar o clamp de serviço na lanterna sempre que possível (algumas lanternas de cabeçotes antigos não permitem a sua instalação); • Retirar as correias e a polia do cabeçote. 4) Complete as lacunas: Para determinação do correto espaçamento da coluna de hastes é necessário levar em consideração a elongação das hastes. As hastes sofrerão um alongamento adicional quando estiverem suportando o diferencial de pressão máximo. O balanceamento deverá levar em consideração também a distância que há entre o fim do estator e o limitador de passagem (pin-stop). A dilatação térmica só será incluída se a coluna for ancorada. 5) Marque a alternativa correta: a) Durante a retirada do sistema BCP a operação de parada e liberação de energia deve ser realizada pelo: ( ) pessoal da administração da Petrobras. ( ) pessoal da manutenção. ( X ) pessoal da operação do poço. ( ) pessoal da equipe de intervenção. b) Para evitar que reversão da coluna de hastes se prolongue durante o desencamisamento do rotor, este deve ser: ( ) retirado em um tempo pré-determinado pela supervisão. ( ) parcialmente retirado em dois movimentos intercalados. ( ) parcialmente retirado em um único movimento. ( X ) totalmente retirado em um único e contínuo movimento. RESERVADO RESERVADO C ap ít u lo 6 Acompanhamento operacional do sistema BCP Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Explicar o processo de acompanhamento operacional do sistema BCP; • Reconhecer as técnicas de diagnóstico de poço e as etapas de sua implementação. RESERVADO 202 Alta Competência RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 203 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP O acompanhamento da operação de poços BCP é normalmente feito através de testes de produção e de registros de nível dinâmico. 6.1. Teste de produção Os testes de produção permitem: Verificar se houve uma mudança súbita na eficiência de • bombeio, indicativa de problemas na bomba ou no sistema; Verificar se houve perda total de vazão indicando dano da • bomba, furo na coluna ou haste partida ou desenroscada; Acompanhar a evolução da eficiência de bombeio no tempo, • permitindo determinar se a bomba está inchando ou sofrendo algum tipo de desgaste. As atividades de acompanhamento que permitem avaliar o desempenho de um poço incluem a sistemática de diagnóstico. Os dados coletados no campo precisam ser adequadamente interpretados para que ações corretivas sejam tomadas ou que se possa alterar as condições operacionais de tal forma a otimizar um poço segundo um critério definido. Os critérios de otimização podem variar conforme as circunstâncias e as características do poço. Os critérios comumente mais utilizados são econômicos, tais como maximização da produção, maximização do tempo médio entre falhas (MTBF - Mean Time Between Failures) e maximização do retorno de capital. O mais comum, entretanto, é a estratégia de otimização combinada, ou seja, obter a máxima produção com o mínimo MTBF possível para se obter essa produção. Esta estratégia parte do princípio comum a grande parte dos poços de que o reservatório não é afetado pela produção do poço (o que RESERVADO 204 Alta Competência exclui aqueles casos em que pode se formar cone de água e/ou gás ou haver produção de areia em altas vazões) e que o preço do petróleo é tal que permite pagar os custos de produção sem afetar sensivelmente a rentabilidade do poço. Um critério aprimorado seria o da obtenção do máximo resultado econômico levando-se em conta, simultaneamente, ambos os fatores, entretanto o MTBF é amplamente variável e dependente de circunstâncias nem sempre controláveis. 6.2. Registro de nível A mais tradicional forma de acompanhar um poço bombeado é registrar o seu nível de líquido no espaço anular em condições de operação. Se o que se deseja é maximizar a produção com o menor MTBF possível, o que se quer é obter o menor nível dinâmico com a menor velocidade de rotação possível. Obviamente, é necessário acompanhar também a produção do poço através de testes de produção para se verificar as condições operacionaisda bomba. Faz-se o registro de nível e o resultado é comparado com a profundidade de assentamento da bomba. Se o nível de líquido registrado estiver acima da profundidade de assentamento da bomba, aumenta-se a rotação. Os limites a serem respeitados para se obter uma vida útil adequada do equipamento são os seguintes: A rotação da bomba não deve ser superior a 350 • rpm; O • diferencial de pressão na bomba - diferença entre a pressão de admissão e de descarga - não deve ser superior a 80% do nominal. A técnica é eficaz, porém não leva em conta a possibilidade de reduzir a rotação, coisa que sempre será necessária, em função da natural depleção do reservatório, queda da pressão estática. Assim, é comum encontrar poços com rotação desnecessariamente excessiva. Só uma adequada confrontação do rendimento da bomba permitiria se diagnosticar uma condição de bombeio ineficiente. RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 205 O sistema de controle automático eficaz deve, necessariamente, contemplar a detecção desta situação. O principal propósito de se medir o nível de líquido no anular é inferir a pressão de sucção da bomba. Quanto maior o nível, menor a submergência e menor a pressão de sucção. Tanto menor a pressão de sucção, menor a pressão de fluxo e maior o diferencial de pressão a que está submetido o reservatório. Assim, consegue-se obter a maior vazão possível para o poço quando se minimiza a submergência ou se maximiza o nível dinâmico. Para se obter o nível de líquido no anular, utiliza-se um registrador sônico de nível denominado sonolog ou echometer. Registrador sônico de nível Um impacto de pressão criado por um canhão de gás ou um cartucho de festim disparado contra a válvula de acesso ao anular do poço provoca um onda de som que viaja desde a superfície até o nível de líquido, sendo então refletida. Cada uma das reduções de seção do espaço anular resultante da existência de luvas de conexão entre os tubos de produção provoca reflexões de menor intensidade do que a reflexão provocada pela superfície de líquido. O intervalo de tempo que o som leva para percorrer o espaço entre as luvas está relacionado à velocidade do som no gás. RESERVADO 206 Alta Competência Uma maneira de determinar o nível de fluido no anular é calcular a velocidade do som no gás, que é função da pressão a que o gás está submetido e ao peso específico do gás, e multiplicar pelo tempo de- corrido entre o disparo e a reflexão principal. Outra maneira é contar o número de reflexões intermedi- árias e multiplicar pelo comprimento dos tubos de produção (padronizados em 9,3 metros). Importante! Resultado de um registrador sônico de nível Apesar das limitações, o método de registro de nível dinâmico é o mais utilizado e é certamente muito útil e prático. atenÇÃo Não há tanta necessidade de saber com precisão o nível, e sim saber se ele está mais alto ou mais baixo. A informação qualitativa é a mais importante. RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 207 6.3. Medição de pressão de sucção e de recalque da bomba Outra técnica de acompanhamento e diagnóstico de poço com elevação BCP é a medição direta da pressão de sucção e/ ou da pressão de recalque da bomba. Esta técnica elimina com vantagens as limitações referidas ao registro de nível, sendo, entretanto, bastante caro. Outra vantagem é a facilidade com que se pode utilizá-lo para otimizar automaticamente o poço, servindo o sinal de pressão ou o de diferencial de pressão através da bomba de entrada para o controlador. RESERVADO 208 Alta Competência 1) Quais são os processos de acompanhamento operacional do sistema BCP? ________________________________________________________________ 2) Os testes de produção permitem verificar e acompanhar o sistema BCP. Explique em quais condições operacionais isso é possível. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 3) Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( ) Os critérios de otimização comumente mais utilizados são econômicos, tais como maximização da produção, MTBF e maximização do retorno de capital. ( ) O MTBF é amplamente variável e independente de circuns- tâncias nem sempre controláveis. ( ) Os dados coletados no campo precisam ser adequadamen- te interpretados para que ações corretivas sejam tomadas ou que se possa alterar as condições gerenciais de tal for- ma a otimizar um poço segundo um critério definido. ( ) Se o que se deseja é maximizar a produção com o maior MTBF possível, o que se quer é obter o menor nível dinâ- mico com a maior velocidade de rotação possível. 6.4. exercícios RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 209 4) Marque a alternativa correta: a) A rotação da bomba não deve ser superior a: ( ) 300 rpm ( ) 530 rpm ( ) 350 rpm ( ) 315 rpm b) O diferencial de pressão na bomba não deve ser superior a: ( ) 90% ( ) 80% ( ) 70% ( ) 60% c) O principal propósito de se medir o nível de líquido no anular é: ( ) medir a pressão de sucção da bomba. ( ) reduzir a pressão de sucção da bomba. ( ) inferir a pressão de sucção da bomba. ( ) Inserir a pressão de sucção da bomba. RESERVADO 210 Alta Competência 5) Complete as lacunas: a) Quanto _______________________ o nível, _______________________ a submergência e ________________________ a pressão de sucção. b)Tanto ___________________ a pressão de sucção, _____________________ a pressão de fluxo e ____________________ o diferencial de pressão a que está submetido o reservatório. c) Consegue-se obter a ________________________ vazão possível para o poço quando se ________________________ a submergência ou se ________________________ o nível dinâmico. d) Uma maneira de determinar o ________________________ é calcular a velocidade do som no gás, que é função da ________________________ está submetido e ao peso específico do gás, e ______________________ pelo tempo decorrido entre o disparo e a reflexão principal. e) Outra técnica de acompanhamento e diagnóstico de poço com elevação BCP é ________________________. Esta técnica elimina com vantagens as limitações referidas ao registro de nível, sendo, en- tretanto,________________________. Outra vantagem é a facilidade com que se pode utilizá-lo para otimizar automaticamente o poço servindo o sinal de pressão ou o de diferencial de pressão através da ________ como entrada para o ________________. RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 211 Anular - espaço entre a coluna de produção e a parede do poço revestido. Assentamento - é medida a elongação residual após certo tempo de ter sido estirado a amostra. A elasticidade do elastômero cresce com o valor de resiliência e com o decréscimo das demais propriedades. Back-spin - reversão da coluna de hastes. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. Cone de água ou gás - fenômeno que ocorre no reservatório sobre a área de influência do poço que gera caminho preferencial de água e/ou gás e minimiza a produção de óleo. Depleção do reservatório - queda da pressão estática do reservatório. Echometer - equipamento que executa e analisa registro acústico. MTBF (Mean Time Between Failures) - tempo médio entre falhas. Nível dinâmico - distância medida entre a superfície e o topo da coluna de líquido que se forma no espaço anular quando o poço está em produção.Rpm - Rotações por minuto (abreviado rpm, rpm, r/min, rot/min, ou r·min−1) é uma unidade de frequência, usada para medir a velocidade de rotação de um objeto sobre um eixo fixo e representa o número de rotações completas efetuadas por minuto. Sonolog - equipamento que executa e analisa registro acústico. Submergência - comprimento da coluna de líquido em relação à posição dos canhoneados ou em relação à admissão da bomba. 6.5. glossário RESERVADO 212 Alta Competência ASSMANN, B. W., Apostila de Bombeio de Cavidades Progressivas. Petrobras - UN- RNCE, 2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivass. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. 6.6. Bibliografia RESERVADO Capítulo 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 213 1) Quais são os processos de acompanhamento operacional do sistema BCP? Teste de produção e registro de nível dinâmico. 2) Os testes de produção permitem verificar e acompanhar o sistema BCP. Explique em quais condições operacionais isso é possível. Quando houver mudança súbita na eficiência de bombeio, indicativa de problemas na bomba ou no sistema, é possível verificar com o teste de produção. Quando houver perda total de vazão indicando dano da bomba, furo na coluna ou haste partida ou desenroscada, é possível verificar com o teste de produção. Acompanhar a evolução da eficiência de bombeio no tempo, permite determinar se a bomba está inchando ou sofrendo algum tipo de desgaste; isso também é possível com o teste de produção. 3) Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( V ) Os critérios de otimização comumente mais utilizados são econômicos, tais como maximização da produção, MTBF e maximização do retorno de capital. ( F ) O MTBF é amplamente variável e independente de circunstâncias nem sempre controláveis. Justificativa: o MTBF é amplamente variável e dependente de circunstâncias nem sempre controláveis. ( F ) Os dados coletados no campo precisam ser adequadamente interpretados para que ações corretivas sejam tomadas ou que se possa alterar as condições gerenciais de tal forma a otimizar um poço segundo um critério definido. Justificativa: os dados coletados no campo precisam ser adequadamente interpretados para que as ações corretivas sejam tomadas ou que se possa alterar as condições operacionais de tal forma a otimizar um poço segundo um critério definido. ( F ) Se o que se deseja é maximizar a produção com o maior MTBF possível, o que se quer é obter o menor nível dinâmico com a maior velocidade de rotação possível. Justificativa: se o que se deseja é maximizar a produção com o menor MTBF possível, o que se quer é obter o menor nível dinâmico com a menor velocidade de rotação possível. 4) Marque a alternativa correta: a) A rotação da bomba não deve ser superior a: ( ) 300 rpm ( ) 530 rpm ( X ) 350 rpm ( ) 315 rpm 6.7. gabarito RESERVADO 214 Alta Competência b) O diferencial de pressão na bomba não deve ser superior a: ( ) 90% ( X ) 80% ( ) 70% ( ) 60% c) O principal propósito de se medir o nível de líquido no anular é: ( ) medir a pressão de sucção da bomba ( ) reduzir a pressão de sucção da bomba ( X ) inferir a pressão de sucção da bomba ( ) Inserir a pressão de sucção da bomba 5) Complete as lacunas: a) Quanto maior o nível, menor a submergência e menor a pressão de sucção. b) Tanto menor a pressão de sucção, menor a pressão de fluxo e maior o diferencial de pressão a que está submetido o reservatório. c) Consegue-se obter a maior vazão possível para o poço quando se minimiza a submergência ou se maximiza o nível dinâmico. d) Uma maneira de determinar o nível de fluido no anular é calcular a velocidade do som no gás, que é função da pressão a que o gás está submetido e ao peso específico do gás e multiplicar pelo tempo decorrido entre o disparo e a reflexão principal. e) Outra técnica de acompanhamento e diagnóstico de poço com elevação BCP é a medição direta da pressão de sucção e/ ou da pressão de recalque da bomba. Esta técnica elimina com vantagens as limitações referidas ao registro de nível, sendo, entretanto, bastante cara. Outra vantagem é a facilidade com que se pode utilizá-lo para otimizar automaticamente o poço servindo o sinal de pressão ou o de diferencial de pressão através da bomba como entrada para o controlador. RESERVADO C ap ít u lo 7 Segurança operacional do sistema BCP Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Explicar a reversão do sistema BCP; • Reconhecer os dispositivos de controle de reversão e seus componentes; • Identificar os riscos na operação de controle do BCP e os tipos de sistema anti-reversão; • Reconhecer as recomendações de segurança em cabeçotes e os procedimentos de segurança. RESERVADO 216 Alta Competência RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 217 7. Segurança operacional do sistema BCP Durante a operação normal, o cabeçote fornece o torque para mover a coluna de hastes, vencer o torque da bomba, o torque resistivo viscoso, o atrito na bomba, e no contato entre as hastes e o tubo. A coluna de hastes fica torcida e acumula energia potencial. Além disso, a diferença de pressão entre o recalque e a sucção, que representa a elevação efetiva de fluido, armazena energia potencial também. A energia cinética é desprezível se comparada à energia potencial no sistema. Quando o sistema de acionamento é desligado, o torque fica desbalanceado, levando à reversão. As causas dessa reversão são a torção nas hastes e a diferença de pressão na bomba. Motor Cabeçote Linha de produção Coluna de produção Coluna de haste Estator Rotor Sistema BCP RESERVADO 218 Alta Competência Existem dois tipos de reversão: a de parada normal e a de rotor preso. Na parada normal se combinam a torção nas hastes e o retorno de fluido. A reversão normal é de menor velocidade, porém é demorada. O fluido retorna até equalizar a pressão entre sucção e recalque. Rigorosamente, o sistema para de girar antes disso por conta da selagem promovida pela interferência. A reversão de rotor preso é mais curta, porém desenvolve velocidades muito maiores. É que a velocidade de reversão depende do desbalanceio de torque. Quando há rotor preso, o torque acumulado na torção é maior que o torque de operação normal, pois o torque pode atingir até o torque máximo do motor, cerca de duas vezes e meia o torque nominal do motor. A prisão do rotor pode armazenar energia na haste e provocar a reversão com efeitos descontrolados na haste e acessórios e a sobrevelocidade no conjunto de transferência de força (polia e caixa de redução/angular). Além disso, a prisão do rotor pode provocar o rompimento da coluna de hastes pelo excesso de torque, o que pode provocar a parada do sistema, porém sem provocar riscos operacionais. A reversão do rotor preso pode ser ocasionada por: Inchamento do • elastômero; Descolamento do • elastômero; Balanceamento• insuficiente; Quebra do topador (• stop-pin), pois impede o balanceamento da coluna de hastes; Falta de fluido na sucção da bomba;• Degradação química ou térmica do • elastômero. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 219 atenÇÃo Como conseqüências da reversão, pode haver fragmentação das polias e desenroscamento de hastes ou tubos e risco para o pessoal que se encontrar nas proximidades do poço. Uma reversão pode provocar altas velocidades nas partes girantes, o que causa elevada força centrífuga e elevadas tensões nas partes girantes, especialmente nas polias. A ruptura da polia ocorre quando a tensão atinge a tensão de ruptura do material. Há elevado potencial de dano neste caso, pois os fragmentos são projetado a elevadas velocidades. Tradicionalmente, eram utilizadas polias de ferro fundido. As polias podem se partirem velocidades menores se falhas internas decorrentes do processo de fundição ou danos provocados pelo manuseio estiverem presentes na polia. Nas polias de ferro fundido, isso ocorre porque o aço fundido é um material duro, porém pouco resistente a impactos. Por isso, o uso de polias de ferro fundido está proibido na Petrobras. As polias de liga alumínio ou aço de baixa liga têm sido preferidas atualmente por serem materiais mais dúcteis e resistentes. As polias de liga de alumínio se mostram, entretanto, inadequadas para uso em ambiente marinho, apresentando forte corrosão. Além disso, a reversão do coluna de hastes pode provocar o desenroscamento da própria coluna de haste, da coluna de produção e do cabeçote, se rosqueado. A norma N-2659 padroniza os sistemas de controle de reversão por sua capacidade de torque em função da potência nominal do cabeçote e da coluna de hastes que suporta esta potência. O cálculo deste torque se baseia no máximo torque que o sistema pode acumular, que é o torque máximo do motor ou a máxima capacidade de suportar torque da coluna de hastes baseado na máxima tensão de ruptura do material. RESERVADO 220 Alta Competência O torque normal de operação é sempre menor que o torque nominal do motor. Durante uma reversão, a rotação pode atingir valores maiores que 2500 rpm. A duração de uma reversão pode ser maior do que uma hora. 1.200 1.100 1.000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 -40 -20 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 2400 Tempo após parada (s) Rotação (rpm) Deslocamento da bomba = 1.10 m3/d/RPM Profundidade da bomba = 700m Submergência da bomba = 80m Viscosidade do fluido = 2cp Revoluções da reversão = 1,581 Exemplo de reversão típica O torque máximo instantâneo deve ser o máximo torque que pode ser acumulado no sistema. Este torque é o máximo do motor (2,5 o torque nominal do motor) ou o máximo torque de ruptura da haste, que atua, neste caso, como elemento fusível, partindo antes que o torque máximo do motor. O comportamento de torque fornecido em função da velocidade de reversão, juntamente com a dinâmica do poço estabelece a rotação de reversão controlada e o calor gerado. A capacidade de dissipação determina a temperatura máxima que será atingida pelo fluido hidráulico. Uma capacidade de dissipação insuficiente pode provocar a queima do fluido. Outra situação que se deve considerar na análise da reversão é a atuação de um sistema de controle de reversão. Para isso, é preciso conhecer diversos dados deste sistema, tais como o torque fornecido pelo sistema em função da velocidade de rotação e da temperatura, a capacidade térmica do sistema e sua taxa de transferência de calor em função da temperatura. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 221 O que se procurará determinar é a velocidade periférica máxima a que poderão ser submetidas as polias e se elas podem suportar tal velocidade sem se fragmentar. Os sistemas de controle de reversão devem ser dimensionados levando em consideração três aspectos principais: Torque• máximo instantâneo que devem suportar; Velocidade x • torque fornecido na reversão; Capacidade de dissipação de calor.• O variador de frequência ou VSD é um dispositivo que permite o ajuste de regime da bomba BCP para adequar sua vazão ao potencial do poço sem ser necessária a troca de polias. Eliminar a troca de polias por si só já reduz substancialmente os riscos de acidentes com um poço BCP. Além disso, o VSD controla a partida e a parada do sistema aumentando e diminuindo gradativamente a velocidade, a chamada partida e parada em rampa. O tempo de subida da velocidade é ajustável no VSD. Poços com maior inércia ou atrito devem ter um maior tempo de rampa. O ajuste deve ser feito empiricamente. O VSD também permite o controle da velocidade de reversão e pode atuar em conjunto com o sistema de reversão hidráulico. Entretanto, como ele não funciona na falta de energia, não dispensa o sistema hidráulico de controle de reversão. Além disso, o rompimento das correias durante uma reversão deixa que a coluna de hastes gire livremente, sem efeito do controle de reversão. O VSD também permite a limitação da corrente de operação, o que equivale a limitar o torque do motor, evitando a excessiva acumulação de torção na coluna de hastes, limitando, por sua vez, a intensidade e duração da reversão. RESERVADO 222 Alta Competência A coluna de produção pode desenroscar, provocando danos no rotor ou quebra do estator com perda de eficiência da bomba. Também pode haver furo na coluna, provocado pela abrasão entre hastes e tubo ou corrosão. Se a vazão através do furo for igual ou maior que a vazão da bomba, poderá haver a queima das gaxetas por falta de fluido e risco de poluição. O problema pode ser minimizado pela apropriada escolha do material da coluna, no caso de corrosão ou pela utilização de guias de hastes para minimizar a abrasão entre a coluna e as hastes. A coluna de hastes pode partir e, ejetada para cima, provocar poluição ou risco de atingir o técni- co de operação que estiver próximo ao sistema BCP. O problema pode ser evitado manuseando adequa- damente a haste polida sem provocar danos em sua superfície, que provocaria sua fadiga precoce, especificando haste polida com material suficien- temente resistente e com tratamento superficial adequado (metalização, cromagem ou polimento) e completamente evitado se for colado um sistema anti-ejeção como pino de fixação do clamps à porca de arraste ou mesa do cabeçote ou topador fixo à haste na lanterna do cabeçote. Importante! A instalação das hastes tem que ser feita de tal forma a que o stick-up (acima do clamps) ultrapasse 30 cm. O stick-up é o comprimento que a haste polida ultrapassa o clamps. Se o stick-up for maior, em uma reversão, o excesso de haste polida pode vibrar e dobrar com riso de quebra e ejeção, provocando poluição e risco para os técnicos de operação que estiverem na área. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 223 Clamps St ic k- up = 3 0c m Instalação das hastes O cabeçote pode ter a quebra dos dentes do pião provocando dano na coroa e nos rolamentos. Isto provoca a parada do sistema sem riscos ambientais ou ao pessoal. O problema pode ser minimizado com o adequado projeto da capacidade de torque do redutor e com um programa adequado de manutenção preventiva. Pode, ainda, haver o cisalhamento da chaveta com dano ao eixo e à bucha, com a parada do sistema. É possível, também, haver excesso de atrito entre o eixo do cabeçote e a polia, provocando superaquecimento e possível incêndio. O problema pode ser minimizado com o uso de freio anti-rerversão com capacidade de torque adequado ao projeto e suficiente coeficiente de troca de calor. A falta de ajuste adequado na válvula de controle do freio hidráulico pode provocar reversão excessiva e suas conseqüências já relacionadas. A inspeção visual das polias quanto a danos e trin- cas quando da manutenção preventiva pode evitar sua fragmentação. Importante! RESERVADO 224 Alta Competência O sistema de correias e polias pode se quebrar durante uma reversão descontrolada pelas causas já citadas. O sistema pode sofrer dano também por causa de seu próprio desgaste. As polias podem sofrer ao longo do tempo o desgaste dos canais promovendo um contato das correias com o fundo dos canais, acelerando o processo de desgaste das correias. O problema pode ser detectado pelo aumento da temperatura de operação das correias ou pela redução da sua vida útil. As polias, especialmente se forem de ferro fundido, podem sofrer danos, tais como trincas, facilitando a sua fragmentação durante uma reversão. As polias devem ser inspecionadas quando da manutenção preventiva dos cabeçotes para se minimizar o problema. As correias podem ficar superaquecidas ou se incendiarem se trabalharem folgadas com excesso de deslizamento provocando a parada do sistemaou a perda de eficiência. Além disso, provoca o desgaste prematuro das correias e polias. Para minimizar o problema, deve-se adotar procedimento adequado de tensionamento das correias, utilizar correias do mesmo lote de fabricação, adotar procedimento de alinhamento das correias e manter o protetor de correias instalado para evitar o acúmulo de poeira. O rompimento das correias pode provocar reversão da coluna de hastes. Caso o clamps esteja folgado, a coluna de hastes poderá escorregar, provocando a parada do sistema e o impacto sobre o topador. A quebra do topador leva o rotor ao fundo do poço. A folga no clamps na porca de arraste provoca um tranco na partida e o desgaste prematuro desta porca. Para evitar a folga no clamp no aperto das hastes, deve-se usar o torque adequado no aperto, usar clamp no padrão API e manter sempre instalada a luva de segurança. Para evitar a folga do clamp na porca de arraste, deve- se usar o clamp original. Se o acionador for superdimensionado, será maior a energia que a coluna de hastes acumulará em caso de prisão do rotor e maior a intensidade da reversão. Antes disso acontecer pode a coluna de haste romper devido ao excesso de torque. O superdimensionamento do motor deve ser evitado. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 225 Como já foi visto, o sistema BCP tem os seguintes riscos: Reversão descontrolada;• Ruptura das correias ou das • polias; Frenagem do motor: pode falhar pelo rompimento das correias;• As palhetas do motor podem se romper;• Ejeção da coluna de hastes;• Ruptura da cabeça de produção ou da linha de produção, • especialmente em cabeçotes roscados à cabeça de produção (deve-se dar preferência a cabeçotes flangeados). 7.1. Recomendações Especificar freio que permita liberação automática da energia potencial acumulada. A capacidade do freio deve ser compatível com o torque máximo a ser acumulado. Na opção de freio hidráulico, o sistema dever ser robusto quanto a vazamentos e falhas mecânicas. Limitar a acumulação de torque com uso de variador de frequência (VSD). Esse dispositivo deverá também proporcionar partida e parada em rampa. A vedação do cabeçote–poço deverá dispor de, pelo menos, duas barreiras e indicação de falha da primeira. O cabeçote deverá dispor de: Dispositivo de segurança contra ejeção de haste polida;• Protetor da extremidade da haste polida;• Protetor de correia com espessura mínima de 5 mm de fácil • manuseio. RESERVADO 226 Alta Competência Não poderão ser utilizadas polias de ferro fundido cinzento. Usar polias de aço SAE 4140 forjado ou material de maior resistência à fragmentação por força centrífuga. Os ventiladores do motor não podem ser metálicos e sua proteção deve ser robusta para conter possível desintegração. O menor diâmetro de hastes a ser utilizado é 7/8 polegadas. Não utilizar motores super–dimensionados. Utilizar apenas motores com potência adequada ao torque de operação. Estabelecer rotação mínima da haste em 180 rpm a 60hz utilizando os menores diâmetros possíveis de polias. O plano de giro da polia deve ser perpendicular à direção do quadro de comando elétrico para os poços equipados com cabeçotes angulares. Na parada do sistema, é importante manter afastado todo o pessoal da área. O técnico de operação que desligar a chave no quadro de comandos deve ficar protegido. Após o desligamento do motor, o técnico de operação deverá esperar o fim da reversão e parada completa das hastes, antes de se aproximar do poço. É importante que o quadro de comando fique fora do plano de giro das polias. Se as hastes não pararem de girar em 10 minutos, é possível que a válvula de retenção da linha de produção esteja dando passagem e se deve experimentar o fechamento da válvula de bloqueio. Após a parada das hastes, deve-se instalar o clamp de serviço e retirar as correias e polias (pelo menos a polia do cabeçote). Em caso de manobra do cabeçote, deve-se sempre retirar seus acessórios antes da manobra. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 227 1) Explique o processo de reversão em um sistema BCP. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Quais são os tipos de reversão? Explique suas diferenças. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 3) A reversão do rotor pode ser ocasionada por: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4) Cite 3 aspectos que devem ser considerados no dimensionamento dos sistemas de controle de reversão: 1. ______________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________ 7.2. exercícios RESERVADO 228 Alta Competência 5) Quais os riscos do sistema BCP? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 6) Reconheça as recomendações de seguranças marcando a alterna- tiva correta: a) A vedação do cabeçote-poço deverá dispor de quantas barrei- ras e indicação de falhas? ( ) 1 no mínimo. ( ) 2 no máximo. ( ) 2 ou mais. ( ) 3. b) No cabeçote não poderão ser utilizadas: ( ) Polias de aço SAE 4140. ( ) Correia com espessura mínima de 5 mm. ( ) Polias de ferro. ( ) Polias de ferro fundido cinza. c) Qual o menor diâmetro recomendado das hastes a serem uti- lizadas no sistema BCP? ( ) 1 7/8”. ( ) 7/8“. ( ) 7,8”. ( ) 7 1/8”. d) Qual rotação mínima recomendada da haste? ( ) 160 rpm. ( ) 80 rpm. ( ) 180 rpm. ( ) 60 rpm. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 229 Abrasão - efeito de erosão provocado em equipamentos quando expostos ao contato de agente abrasivo, por exemplo, a areia. Os sedimentos produzidos do reservatório (principalmente areia) são carreados no fluido produzido, erodem as paredes dos dutos e dos outros equipamentos de coleta, como o choke. API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Balanceamento - o balanceamento consiste no procedimento capaz de ajustar o espaço morto entre o rotor e o pino-stop, localizado na extremidade do estator da bomba BCP. Essaajuste fino é possível mediante a inserção de hastes curtas (pony rods), que estabelecem o contato entre a haste polida e a coluna de hastes. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. Cisalhamento - deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes. Clamp - grampo utilizado para prender ou segurar objetos através de pressão, de modo a prevenir que se separem ou se movimentem durante um experimento. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Coroa - engrenagem (roda dentada) movida. Par do pinhão. Dúctil - que se pode reduzir a fios, estirar, distender, sem se romper; flexível, elástico Elastômero - polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha. Elastômero - polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha. Energia cinética - trabalho fornecido a um corpo (sistema) através da aceleração desse corpo até uma determinada velocidade (depende de um referencial). É conhecida também como energia de velocidade. Estator - camisa de vedação da bomba de cavidades progressivas. Gaxeta - elemento de vedação usualmente utilizado em bombas. Inércia - princípio físico geral, descoberto por Isaac Newton, que diz que o estado de repouso ou movimento de um corpo não pode ser alterado a menos que outras forças ajam sobre o corpo. 7.3. glossário RESERVADO 230 Alta Competência Polia - peça mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para transferir força e movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas outrora comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica a polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a outro objeto. Quando associada a outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza trabalho equivalente ao de uma engrenagem. Rolamento - elemento de máquina responsável pela redução do atrito nos mancais. Rpm - Rotações por minuto (abreviado rpm, rpm, r/min, rot/min, ou r·min−1) é uma unidade de frequência, usada para medir a velocidade de rotação de um objeto sobre um eixo fixo e representa o número de rotações completas efetuadas por minuto. SAE 41XX (30 ≤ XX ≤ 40) - classificação segundo a SAE para um aço cromo (Cr) – molibdênio (Mo), cuja composição de carbono apresenta um valor entre 0.30 e 0.40%. Valores reportados para os teores de Cr e Mo seriam: Cr – (0.50%,0.80%, ou 0.95%), Mo – (0.12%, 0.20%, 0.25%, ou 0.30%). Sobrevelocidade - velocidade elevada. Stick-up - comprimento da parte da haste polida que fica acima do grampo. Tensão de ruptura - tensão acima da qual o material sofre fratura devido à propagação de trincas que se originam em defeitos microscópicos inerentes à sua estrutura. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Torque nominal - torque máximo suportado pelo cabeçote em operação contínua. VSD - variador de frequência. RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 231 7.4. Bibliografia ASSMANN, B. W., Apostila de Bombeio de Cavidades Progressivas. Petrobras - UN- RNCE,2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivass. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. RESERVADO 232 Alta Competência 1) Explique o processo de reversão em um sistema BCP. Durante a operação normal, o cabeçote fornece o torque para mover a coluna de hastes, vencer o torque da bomba, o torque resistivo viscoso, o atrito na bomba e no contato entre as hastes e o tubo. A coluna de hastes fica torcida e acumula energia potencial. Além disso, a diferença de pressão entre o recalque e a sucção, que representa a elevação efetiva de fluido, armazena energia potencial também. A energia cinética é desprezível se comparada à energia potencial no sistema. Quando o sistema de acionamento é desligado, o torque fica desbalanceado levando à reversão. As causas dessa reversão são a torções nas hastes e a diferença de pressão na bomba. 2) Quais são os tipos de reversão? Explique suas diferenças. Parada normal e a de rotor preso. Na parada normal se combinam a torção nas hastes e o retorno de fluido. Na reversão normal, o fluido retorna até equalizar a pressão entre sucção e recalque. Neste caso, o sistema pára de girar antes disso por conta da selagem promovida pela interferência. 3) A reversão do rotor pode ser ocasionada por: • Inchamento do elastômero; • Descolamento do elastômero; Balanceamento insuficiente; • Quebra do topador (stop pin), pois impede o balanceamento da coluna de hastes; • Falta de fluido na sucção da bomba; • Degradação química ou térmica do elastômero. 4) Cite 3 aspectos que devem ser considerados no dimensionamento dos sistemas de controle de reversão: 1. Torque máximo instantâneo que devem suportar; 2. Velocidade x torque fornecido na reversão 3. Capacidade de dissipação de calor. 7.5. gabarito RESERVADO Capítulo 7. Segurança operacional do sistema BCP 233 5) Quais os riscos do sistema BCP? • Reversão descontrolada; • Ruptura das correias ou das polias; • Frenagem do motor: pode falhar pelo rompimento das correias; • As palhetas do motor podem se romper; • Ejeção da coluna de hastes; • Ruptura da cabeça de produção ou da linha de produção, especialmente em cabeçotes roscados à cabeça de produção (deve-se dar preferência a cabeçotes flangeados). 6) Reconheça as recomendações de seguranças marcando a alternativa correta: a) A vedação do cabeçote-poço deverá dispor de quantas barreiras e indicação de falhas? ( ) 1 no mínimo. ( ) 2 no máximo. ( X ) 2 ou mais. ( ) 3. b) No cabeçote não poderão ser utilizadas: ( ) Polias de aço SAE 4140. ( ) Correia com espessura mínima de 5 mm. ( ) Polias de ferro. ( X ) Polias de ferro fundido cinza. c) Qual o menor diâmetro recomendado das hastes a serem utilizadas no sistema BCP? ( ) 1 7/8”. ( X ) 7/8 “. ( ) 7,8”. ( ) 7 1/8”. d) Qual a rotação mínima recomendada da haste? ( ) 160 rpm. ( ) 80 rpm . ( X ) 180 rpm. ( ) 60 rpm. RESERVADO 234 Anotações Anotações 235 Anotações 236 Anotações Anotações 237 Anotações 238 Anotações Anotações 239 Anotações 240 Anotações Anotações 241 Anotações 242 Anotações Anotações 243 Anotações