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NOÇÕES DE PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO

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NOÇÕES DE 
PERFURAÇÃO E 
COMPLETAÇÃO
Autor: Alfonso Humberto Celia Silva
Co-Autor: João Carlos Neves Calmeto
NOÇÕES DE 
PERFURAÇÃO E 
COMPLETAÇÃO
Autor: Alfonso Humberto Celia Silva
Co-Autor: João Carlos Neves Calmeto
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
• Reconhecer sistemas, equipamentos e métodos de perfuração;
• Descrever os processos de completação, identificando suas etapas e 
diferenciando equipamentos e métodos utilizados;
• Reconhecer os processos de intervenção de manutenção de poços, 
workover, equipamentos e barreiras de segurança apropriadas. 
NOÇÕES DE 
PERFURAÇÃO E 
COMPLETAÇÃO
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Programa Alta Competência
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATERRAMENTO 
DE SEGURANÇA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreasclassifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
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 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
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Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
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Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviçoscom eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
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Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> -Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) 
MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
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93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
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104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentadomais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
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94 2 horas e 15 minutos
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100 1 hora
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104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
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Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagemde pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
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89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
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92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMpORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
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MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
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92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
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102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
SumárioSumário
Introdução 15
Capítulo 1 - Perfuração 
Objetivos 17
1. Perfuração 19
1.1. Histórico da prospecção e produção do petróleo 19
1.2. Prospecção e sistemas de perfuração 23
1.3. Equipamentos da sonda de perfuração 27
1.3.1. Sistema de geração e transmissão de energia 28
1.3.2. Sistema de elevação de cargas 30
1.3.3. Sistemas de rotação da coluna de perfuração 32
1.3.4. Sistema de circulação de fluidos 34
1.3.5. Sistema de posicionamento 34
1.3.6. Sistema de segurança de poço 37
1.3.7. Sistemas de monitoramento e controle 38
1.4. Coluna de perfuração 40
1.4.1. Tubos e comandos 40
1.4.2. Acessórios e ferramentas 41
1.5. Brocas 42
1.6. Fluidos de perfuração e sistema de circulação de fluidos 43
1.7. Operações de perfuração 45
1.7.1. Plataformas de perfuração offshore 46
1.7.2. Operações rotineiras de perfuração 51
1.7.3. Perfuração direcional 57
1.8. Exercícios 62
1.9. Glossário 66
1.10. Bibliografia 70
1.11. Gabarito 71
Alta Competência
Capítulo 2 - Completação 
Objetivos 75
2. Completação 77
2.1. Tipos de completação 78
2.1.1. Operações de investimento 78
2.1.2. Operações de manutenção 80
2.2. Métodos de completação 83
2.2.1. Quanto ao posicionamento da cabeça dos poços 83
2.2.2. Quanto ao revestimento de produção 84
2.2.3. Quanto ao número de zonas explotadas 88
2.3. Etapas de uma completação 90
2.3.1. Fases da completação 90
2.3.2. Produção do reservatório ao poço 94
2.3.3. Condicionamento do revestimento e poço 95
2.3.4. Pesquisa da cimentação primária 95
2.3.5. Canhoneio 97
2.3.6. Indução de surgência 98
2.4. Principais componentes da coluna de produção (COP) 99
2.4.1. Alguns elementos da coluna de produção (COP) 100
2.4.2. Métodos de elevação 110
2.4.3. Barreiras de segurança 116
2.5. Equipamentos de superfície 118
2.5.1. Cabeça de poço 119
2.5.2. Árvore de natal seca ou convencional (ANS ou ANC) 120
2.5.3. Árvore de natal molhada (ANM) 122
2.5.4. Válvulas da árvore de natal molhada 125
2.6. Intervenções em poços - workover 126
2.6.1. Amortecimento de poços 128
2.6.2. Estimulação do reservatório ou restauração 
da produção - acidificação 132
2.6.3. Estimulação do reservatório - fraturamento hidráulico 133
2.6.4. Operações com arame 138
2.6.5. Operações com flexitubo 141
2.6.6. Operações com nitrogênio 142
2.6.7. Operações com cimento na completação e em workover 143
2.6.8. Perfilagem de produção 148
2.7. Procedimentos para recebimento ou partida de poços 152
2.8. Equipes a bordo da unidade marítima de intervenção em poços 156
2.9. Exercícios 165
2.10. Glossário 168
2.11. Bibliografia 176
2.12. Gabarito 178
15
Introdução
A perfuração de poços de petróleo no Brasil teve início em 1897, com o primeiro poço exploratório em Bofete, São Paulo. A cada dia novas áreas são pesquisadas, exigindo tecnologias 
mais avançadas. O processo de perfuração e completação de poços 
precisa acompanhar este desenvolvimento.
Em termos gerais, a indústria do petróleo divide-se em upstream e 
downstream para se referir aos segmentos da indústria do petróleo; e 
em onshore e offshore para se referir à localização em relação ao mar. 
O segmento upstream (atividades de exploração e produção) 
compreende o início da cadeia produtiva, ou seja, o fluxo de petróleo 
e gás nas rochas-reservatórios, passando pelo fluxo dentro do 
poço, nas linhas até as plataformas de produção, nos gasodutos e 
oleodutos ou navios tanque até os terminais marítimos ou estações de 
tratamento e de lá até as refinarias. Além disso, envolve as atividades 
de exploração sísmicas e geológicas.
Dentro desse segmento, a Engenharia de Poços participa desde o 
começo da criação de um campo, perfurando os poços exploratórios. 
Prossegue perfurando e completando os poços de desenvolvimento, 
inclusive em perfurações e completações adicionais. Atua, também, 
na manutenção dos poços e participa do encerramento de um campo 
nas operações de abandono definitivo de poços e do campo.
Nas plataformas de produção, os supervisores e técnicos de operação 
de produção recebem o poço construído pela Engenharia de Poços em 
um processo chamado de entrega do poço. Depois, voltam a recorrer 
à este setor da Engenharia, de tempos em tempos, para restaurar, 
melhorar a produção ou injeção dos poços ou para obter dados sobre 
os reservatórios de petróleo e gás. 
16
Alta Competência
Já o segmento downstream (atividades de refino do petróleo bruto, 
tratamento do gás natural, transporte e comercialização/distribuição 
de derivados) abrange desde as refinarias até o cliente ou consumidor 
final. Nos postos de abastecimento automotivo, os consumidores 
recebem óleo diesel, gasolina e gás automotivo fornecidos por 
diversas distribuidoras.A indústria petroquímica recebe nafta, gás 
e outros derivados; os domicílios recebem gás das concessionárias. 
Quanto à sua localização em relação ao mar, as atividades de 
perfuração podem ser em terra (onshore) e próximas da costa ou em 
alto mar (offshore). 
O trabalho offshore apresenta desafios tecnológicos e logísticos muito 
grandes, além dos impactos psicossociais de um modelo de vida 
diferente do da maioria das pessoas, decorrente do confinamento 
em alto mar.
Por isso, e por terem contato constante, remoto ou direto com 
poços de petróleo e gás, incluindo os poços de injeção (água, gás, 
descartes etc.), é preciso que os técnicos de operação de produção 
tenham um mínimo de conhecimento sobre poços de petróleo e 
sobre as unidades de intervenção.
C
ap
ít
u
lo
 1
Perfuração
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Identificar os sistemas de perfuração de petróleo e suas 
funções, bem como os equipamentos da sonda de perfuração;
• Descrever a estrutura da coluna de perfuração;
• Apontar medidas de prevenção ao blowout;
• Explicar os estágios das operações de perfuração e os testes 
realizados em cada etapa; 
• Identificar as finalidades dos diferentes tipos de poços.
18
Alta Competência
19
Capítulo 1. Perfuração
1. Perfuração
A evolução da perfuração se inicia no sistema de percussão, quando o principal esforço é a quebra da rocha, retirada do poço por elevação mecânica (caçambas), indo até o sistema 
de rotação e circulação, primeiro com a mesa rotativa (MR) e kelly e, 
posteriormente, com o top drive - com ou sem o motor de fundo. 
A circulação de fluido para remoção dos cascalhos permite 
perfurações mais profundas e controle da pressão das formações, 
além de evitar o desmoronamento das paredes dos poços.
1.1. Histórico da prospecção e produção do petróleo
Acompanhe o histórico do desenvolvimento da perfuração no 
mundo e no Brasil:
No mundo
347 aC
Poços perfurados na China 
até 240 m de profundidade 
utilizando brocas conectadas a 
hastes de bambu.
1264
Mineração de óleo superficial na 
Pérsia medieval testemunhada 
por Marco Polo em suas viagens 
por Baku (atual Azerbaijão).
1500
Óleo superficial coletado 
nas montanhas da Polônia 
e da Romênia utilizados em 
iluminações de ruas.
1594
Poços de petróleo são cavados à 
mão em Baku, Pérsia, até 35 m 
de profundidade.
1735
Areias oleosas são mineradas e 
o óleo extraído em campos da 
Alsácia, França.
1815
Petróleo é produzido nos Estados 
Unidos como um subproduto 
indesejável de poços de sal.
20
Alta Competência
1848
Primeiro poço moderno de 
petróleo é perfurado na Ásia, 
ao noroeste de Baku, por um 
engenheiro russo.
1858
Primeiro poço de petróleo é 
perfurado na América do Norte, 
em Ontário, Canadá.
1859
Primeiro poço de petróleo 
economicamente produtor, 
perfurado nos Estados Unidos com 
69 pés (21 m) de profundidade, 
em Titusville, Pensilvânia, pelo 
Coronel Edwin Drake. Uma 
sonda com sistema de percussão 
movido a vapor foi utilizada.
Fo
n
te: V
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m
an
 &
 Lag
ers, Fifty Years O
ffsh
o
re 1
9
9
9
.
 
Sonda de perfuração do Cel. 
Drake
1900
O americano Anthony Lucas en-
controu óleo a uma profundi-
dade de 354 m utilizando uma 
sonda rotativa, após ter desen-
volvido um sistema de circulação 
com fluido.
1915-1928
As sondas com sistema rotativo 
de perfuração começaram, 
gradativamente, a substituir as 
sondas com sistema percussivo 
de perfuração, tornando estas 
últimas obsoletas.
21
Capítulo 1. Perfuração
Campo de produção de Fier – Albânia
Fonte: (Veldm
an &
 Lagers, Fifty Years O
ffshore 1999)
No Brasil
1858 
O marquês de Olinda assina o 
decreto n.º 2.266, concedendo 
a José Barros Pimentel o direito 
de extrair mineral betuminoso 
para fabricação de querosene 
em terrenos situados às margens 
do rio Marau, na então província 
da Bahia.
1859 
Durante a construção da Estrada 
de Ferro Leste Brasileiro, o 
inglês Samuel Allport observa 
gotejamento de óleo em Lobato, 
subúrbio de Salvador.
1891
Primeiras pesquisas nos 
sedimentos argilosos 
betuminosos no litoral de 
Alagoas.
1897
Primeiro poço exploratório em 
Bofete–SP por Eugênio Ferreira 
Camargo a uma profundidade 
de 488 m, produzindo 500 litros 
de óleo.
22
Alta Competência
1919
Serviço Geológico e Mineralógico 
do Brasil perfura 63 poços 
nos estados do Pará, Alagoas, 
Bahia, São Paulo, Paraná, Santa 
Catarina e Rio Grande do Sul 
sem, no entanto, obter sucesso 
nas prospecções.
1938
Início do primeiro poço 
descobridor de petróleo no Brasil 
pelo Departamento Nacional de 
Produção Mineral (DNPM), em 
Lobato, a uma profundidade de 
210 m. A produção se mostrou 
antieconômica, porém foi um 
marco fundamental na exploração 
de petróleo no Brasil.
1941
Primeira descoberta comercial de 
óleo no município de Candeias, 
BA.
1953
Criação da Petrobras, com a 
instituição do monopólio estatal 
de petróleo pelo governo Vargas. 
A partir desta data, a história do 
petróleo no Brasil se confunde 
com a história da Petrobras.
Décadas de 50 e 60
Descoberta dos campos de 
petróleo de Tabuleiro dos 
Martins, em Alagoas; Taquipe, na 
Bahia; Carmópolis, em Sergipe; 
e Miranga, na Bahia. Primeira 
descoberta, no mar de Sergipe, 
do campo de Guaricema.
Décadas de 70 e 80
Descoberta dos primeiros campos 
na Bacia de Campos (primeiro o 
de Garoupa); campo de Ubarana, 
no litoral do RN; campos 
terrestres, em Mossoró; campo 
de Urucu, na selva amazônica; e 
campos marítimos de Marlim e 
Albacora, em águas profundas, 
que praticamente dobraram 
as reservas provadas de todo o 
Brasil.
23
Capítulo 1. Perfuração
Década de 90
Outros campos gigantes de 
Roncador e Barracuda.
Final dos anos 90 e início do 
século XXI
Grande impulso governamental 
e comercial com investimentos 
na exploração de novas áreas, 
campos do pré-sal e instalação de 
novos complexos de produção. 
Ampliação do parque de refino 
para atender à demanda futura 
de derivados.
1.2. Prospecção e sistemas de perfuração
A primeira etapa da prospecção de petróleo é a pesquisa que, 
através da sísmica e estudos geológicos, aponta as regiões de alta 
probabilidade de ocorrência de hidrocarbonetos. 
O petróleo é formado pela associação da decomposição incompleta 
dos restos mortos dos organismos depositados nos fundos dos 
mares ou lagos e a deposição simultânea de componentes de rochas 
argilosas. A esse conjunto denominamos de rocha geradora ou rocha 
matriz (rocha capaz de ter permitido a geração do petróleo). Para a 
gênese do petróleo é necessário, além da matéria orgânica, o efeito 
de elevada pressão e temperatura.
Devido à fluidez e menor densidade do petróleo em relação à 
água existente nos poros rochosos, ele se desloca em movimento 
ascendente, até encontrar um local onde o estacionamento do 
óleo se processa. O petróleo retido se armazena em rochas porosas, 
denominadas rochas-reservatórios, geralmente rochas sedimentares.
24
Alta Competência
Rocha
geradoraReservatório
Gás
Óleo
Água
Capeadora
ÓleoÀgua
Grãos da rocha
Exemplo de estrutura geradora e armazenadora de petróleo
A perfuração de poços é a segunda etapa necessária para uma possível 
extração de petróleo. Nessa fase, a existência real do petróleo na 
região prospectada se comprovará, pois nem toda área sedimentar 
pesquisada contém petróleo ou gás natural. Após a confirmação da 
existência de hidrocarbonetos com a perfuração, tem início a terceira 
etapa do processo, que consiste no desenvolvimento do campo, 
ou seja, no conjunto de operações destinado a perfurar e equipar 
poços de desenvolvimento do campo para produzir óleo ou gás. 
A etapa de equipar o poço e deixá-lo pronto para a produção chama-
se completação e precisa ser feita de forma segura e econômica, de 
preferência para durar toda a vida produtiva do poço. 
Atualmente, mais da metade das bacias sedimentares do mundo que 
oferecem probabilidade de encontrar petróleo ou gás natural estão 
localizadas offshore, ou seja, em ambiente marinho. 
25
Capítulo 1. PerfuraçãoNo Brasil, as bacias offshore são responsáveis por mais de 
70% de todo o óleo e gás natural produzido no país.
VOCÊ SABIA??
Para que essas perfurações ocorram, várias medidas são tomadas, 
dentre as quais, podemos citar, por exemplo: 
Seleção e pesquisa do local;• 
Estudos para minimizar o impacto ambiental.• 
Em alto mar, há a necessidade da determinação da jurisdição legal. 
Em terra, são feitos contratos de arrendamento e de servidão de 
vias de acesso, além da liberação ambiental. Após a obtenção das 
autorizações legais de utilização da locação e assinados os contratos, 
começam os trabalhos de perfuração. 
A perfuração em terra (onshore) tem início com o preparo da locação e 
acessos e com a verificação de fontes naturais de água ou perfuração 
de um poço de captação. No mar, a perfuração começa com a 
determinação geográfica do poço e o lançamento de sinalizadores 
sonoros (beacons) para posicionamento da sonda de perfuração. 
Em terra, antes da montagem da sonda, é preparado um dique ou 
montado um sistema de tanque para receber o fluido de perfuração 
e descarte dos sólidos produzidos durante a perfuração do poço 
de petróleo. Como esse descarte pode estar contaminado por óleo 
ou outros poluentes do fluido de perfuração, é necessário tratá-lo, 
reduzindo a toxicidade e o teor de óleo e graxa, para então descartá-
lo apropriadamente em locais autorizados pelos órgãos ambientais. 
Devido ao elevado custo das sondas de perfuração, o tubo condutor 
(primeiro revestimento do poço) é cravado com a utilização de bate-
estaca e a primeira fase pode ser perfurada com uma sonda menor e 
mais barata.
26
Alta Competência
Dependendo do local da perfuração e do seu acesso, o transporte 
dos equipamentos pode ser feito por caminhão, helicóptero, barco 
ou barcaça. Também nos lugares nos quais não há fundações para 
suportar uma sonda, tais como pântanos ou lagos, as sondas são 
construídas sobre barcos ou barcaças para trabalhar sobre águas 
interiores. No mar, as sondas são construídas em navios (navio sonda - 
NS), em plataformas flutuantes (sondas semi-submersíveis - SS) ou em 
plataformas auto-eleváveis (PA), que possuem estruturas (pernas), 
que apoiadas no fundo do mar, elevam a plataforma acima da água, 
formando uma ilha metálica artificial.
Podemos comparar a perfuração de um poço à abertura de uma 
estrada por onde se escoará o hidrocarboneto do reservatório para 
a superfície. 
A seqüência natural das operações para a identificação das 
possibilidades, descobrimento e produção do petróleo é a seguinte:
Exploração•	 : estudos sísmicos são feitos a fim de levantar 
dados para a escolha de locais mais propícios para a pesquisa da 
existência de hidrocarbonetos;
Perfuração•	 : escolhidas as locações, a perfuração tem o objetivo 
de alcançar os intervalos ou zonas produtoras no subsolo;
Avaliação•	 : são corridos perfis elétricos, que identificam as 
formações e os fluidos contidos. Após o revestimento e a 
completação do poço são feitos testes de produção e análise do 
potencial da jazida.
Essas operações fornecem subsídios para o desenvolvimento da 
produção, ou seja, estudos de reservatório que definem a locação 
mais apropriada dos poços para desenvolvimento do campo, sistemas 
e processos de elevação e escoamento do hidrocarboneto.
Por fim, há a completação do poço, isto é, as operações de acabamento do 
poço, de modo a equipá-lo e prepará-lo para produzir hidrocarboneto.
27
Capítulo 1. Perfuração
Os sistemas de perfuração são classificados quanto à maneira de 
quebrar o solo, a rocha, ou a formação, do seguinte modo: 
a) Por percussão: neste sistema, o solo e as rochas são quebrados 
por percussão de um trado e os cascalhos podem ser retirados por 
caçambeamento. Existem sistemas de percussão por martelete 
mecânico, hidráulico ou pneumático.
b) Por rotação: neste sistema, a rocha é perfurada através da 
aplicação de peso e rotação em uma broca que esmigalha a 
rocha. Em seguida, um sistema de circulação retira esse cascalho 
para a superfície. A rotação pode ser aplicada à broca através 
da rotação de toda a coluna de perfuração ou por motores de 
fundo posicionados logo acima da broca.
No método percussivo, os cascalhos podem ser retirados do poço por 
caçamba ou por elevação hidraúlica, enquanto no método rotativo a 
retirada dos cascalhos se faz por circulação de um fluido de perfuração 
com capacidade de carrear esses cascalhos.
1.3. Equipamentos da sonda de perfuração
A sonda de perfuração é, na verdade, um conjunto de equipamentos 
e acessórios utilizados para viabilizar a perfuração do poço. Observe 
cada um dos sistemas.
28
Alta Competência
Mesa
rotativaSistema de segurança 
contra erupção (BOP)
Fluído de perfuração 
e sedimentos
Bomba para circulação 
de fluídos
Torre
Comandos
Tubos sobressalentes
Coluna de perfuração
Revestimento
Gerador de
eletricidade
Broca
Equipamentos para perfuração de poço
1.3.1. Sistema de geração e transmissão de energia
A energia para funcionamento da sonda é gerada por grandes 
moto-geradores diesel. O acionamento dos equipamentos é feito 
por motores elétricos de corrente alternada ou de corrente 
contínua, a depender da potência e da funcionalidade de cada. 
Há também sondas mecânicas mais antigas, que funcionam com 
motores diesel, nas quais os geradores elétricos fornecem energia 
elétrica para iluminação e pequenos motores.
a) Fontes de energia 
A energia necessária para acionamento dos equipamentos de uma 
sonda de perfuração é normalmente fornecida por motores diesel e 
turbinas a gás. 
Nas plataformas marítimas em que há produção de gás, é comum e 
econômico utilizar-se turbinas a gás para geração de energia para 
toda a plataforma.
29
Capítulo 1. Perfuração
Uma característica importante dos equipamentos de uma sonda 
que afeta o processo de transmissão da energia é a necessidade de 
operarem com velocidade e torque variáveis.
Dependendo do processo de transmissão de energia para os 
equipamentos, as sondas de perfuração são classificadas em sondas 
mecânicas ou diesel-elétricas. 
Sondas mecânicas•	
Nas sondas mecânicas, a energia gerada nos motores diesel é levada 
a uma transmissão principal (compound) através de acoplamentos 
hidráulicos (conversores de torque) e embreagens (mecânicas ou 
pneumáticas). 
O compound é constituído de diversos eixos, rodas dentadas e correntes 
que distribuem a energia a todos os sistemas da sonda.
As embreagens permitem que os motores sejam acoplados ou 
desacoplados do compound, propiciando maior eficiência na utilização 
dos motores diesel.
Sondas •	 diesel-elétricas
As sondas diesel-elétricas geralmente são do tipo AC/DC, em que a 
geração é feita em correntes alternadas e a utilização é em corrente 
contínua. Motores diesel ou turbinas a gás acionam geradores de 
corrente alternada (AC) que alimentam um barramento trifásico de 
600 volts. Esse barramento, alternativamente, também pode receber 
energia da rede pública.
Pontes de retificadores controlados de silício (SCR) recebem a energia 
do barramento e a transformam em corrente contínua, que alimenta 
os equipamentos da sonda. Por utilizar motores de corrente contínua 
(AC), a velocidade e potência dos equipamentos é mantida sob 
controle pela freqüência aplicada aos motores.
30
Alta Competência
Os equipamentos auxiliares da sonda da plataforma, iluminação 
e hotelaria que utilizam corrente alternada recebem a energia do 
barramento após passarem por um transformador para a potência 
de cada equipamento.
1.3.2. Sistema de elevação de cargas
O sistema usado para descer e retirar as tubulações do poço é 
composto por:
Torre;• 
Guincho (guincho principal) com um grande • tambor de cabo 
de aço; 
Sistema de freio elétrico-mecânico;• 
Sistema de • moitão e talha; 
Carretel para armazenamento do cabo de perfuração.• 
Em uma sonda de petróleo, o sistema de elevação e sustentação de 
cargas é constituído de:
Base ou fundação (terraplenagem do terreno ou base de • 
concreto, ou aço,na qual é montada a sonda);
Subestrutura;• 
Torre ou mastro;• 
Guincho e cabo de perfuração;• 
Moitão• de elevação (bloco de coroamento e catarina).
31
Capítulo 1. Perfuração
A estrutura que surge em primeiro plano - a torre ou mastro - é uma 
estrutura metálica em treliças que tem, entre outras funções, a de 
sustentar o conjunto de tubos de perfuração denominado coluna de 
perfuração ou drill pipes. Esses são enroscados, um a um, com o uso de 
chaves hidráulicas ou de chaves flutuantes.
Na torre há um moitão formado por um conjunto de polias fixas 
(bloco de coroamento) e um conjunto de polias móveis (catarina ou 
bloco viajante), com um gancho (hook) em sua extremidade. 
Na subestrutura estão a base da torre, a área de trabalho (drill floor) e 
um guincho pelo qual passa um cabo de aço interligando-o ao moitão 
(bloco de coroamento/catarina). Esse guincho, movido a motores 
diesel ou elétricos, é comandado pelo sondador e se destina a elevar 
ou descer a coluna de perfuração.
No centro do drill floor está a mesa rotativa (MR), que possui um 
orifício central por onde passa a coluna de perfuração. A mesa 
rotativa e a coluna de perfuração tornam-se solidárias pelo encaixe 
da bucha da mesa. Assim, motores potentes acionam a mesa 
rotativa em velocidades reguláveis, transmitindo o movimento 
de rotação para a coluna de perfuração. Para sustentar a coluna 
na mesa durante as manobras de descida ou retirada da coluna 
no poço são usadas cunhas, de acordo com o tipo e diâmetro dos 
tubos em movimento no poço. Existem cunhas para drill pipes, para 
comandos e para revestimento.
32
Alta Competência
Fonte: Petrobras
Bloco de coroamento
Catarina
Gancho
Cabeça de
injeção
Guincho
Mesa rotativa
Bombas 
de lama
Alguns dos principais componentes de uma sonda
1.3.3. Sistemas de rotação da coluna de perfuração
Esses sistemas podem ser definidos como um conjunto de 
equipamentos compostos por:
Mesa rotativa•	 : transmite rotação à coluna de perfuração, 
permitindo que o kelly deslize livremente no seu interior. Em 
algumas situações, a mesa deve suportar o peso da coluna de 
perfuração. A mesa rotativa aliada à haste quadrada é mais 
convencional e representou uma evolução importante no 
sistema de perfuração, que passou de percussão a rotativo. 
Kelly•	 : transmite à coluna de perfuração a rotação proveniente 
da mesa rotativa. A seção transversal do kelly pode ser quadrada 
(comum em sondas de terra, mas obsoleta) e hexagonal (comum 
em sondas marítimas). Nas sondas mais modernas o conjunto 
mesa rotativa - kelly é substituído pelo top drive.
Swivel•	 ou cabeça de injeção: separa os elementos rotativos dos 
estacionários nas sondas de perfuração. Para tanto, a sua parte 
superior não gira e a sua parte inferior deve permitir a rotação. 
33
Capítulo 1. Perfuração
O fluido de perfuração é injetado dentro da coluna por esse 
equipamento.
Top-drive•	 : motor hidráulico de alta potência, que gira a coluna 
de perfuração. São imprescindíveis em poços horizontais. 
Permitem a retirada da coluna com circulação e rotação, 
perfurando por seção de três tubos de perfuração (drill pipes), 
conseqüentemente, com menor número de conexões, o que 
torna mais seguras e rápidas as operações.
Motor de fundo•	 : permite transmitir elevada rotação à broca, 
com baixa rotação da coluna. Como conseqüência, há menor 
desgaste e esforço nos tubos, o que viabiliza a perfuração de 
poços direcionais e horizontais e de poços mais profundos.
Esses dois últimos equipamentos, top-drive e motor de fundo, são 
sistemas alternativos de rotação da broca:
Top-drive•	 : quando um motor é conectado no topo da coluna, 
o uso da mesa rotativa e do kelly é dispensado. A vantagem é 
que permite perfurar o poço de 3 em 3 tubos, além de permitir 
que a retirada ou a descida da coluna seja feita tanto com a 
rotação como com a circulação de fluido de perfuração pelo 
seu interior.
Fonte: Petrobras
Top-drive
34
Alta Competência
Motor de fundo• : colocado acima da broca, é um motor 
hidráulico do tipo turbina. O giro é provocado pelo movimento 
do fluido de perfuração e ocorre na parte inferior, conectada à 
broca. É bastante usado na perfuração direcional, pois a coluna 
de perfuração não gira, logo não provoca desgastes nas paredes 
do poço.
1.3.4. Sistema de circulação de fluidos
Este sistema bombeia o fluido de perfuração sob pressão, por meio 
de bombas de alta potência, bombas de lama, manifold de injeção, 
tubulação de perfuração e colares de perfuração e broca. O fluido de 
perfuração pode ser uma mistura de água, argila, material adensante 
e produtos químicos estabilizantes e conservantes. As principais 
finalidades do fluido são manter a estabilidade do poço e as pressões 
da formação, além de levar os cortes de rochas e cascalhos da broca 
para a superfície. O sistema de circulação do fluido será melhor 
tratado junto ao fluido de perfuração. 
1.3.5. Sistema de posicionamento
O posicionamento da sonda de perfuração flutuante pode ser por 
ancoragem ou através do posicionamento dinâmico.
No sistema de ancoragem, um conjunto de 8 a 12 âncoras suporta 
a sonda, mantendo-a na posição. As âncoras são lançadas e pré-
tensionadas na locação, para posterior amarração na sonda. 
O conjunto é estável até com duas âncoras “escorregadas”.
O posicionamento dinâmico é mantido por possantes motores, que 
comandados por um sistema computacional, movimentam a sonda 
em sentido contrário às correntes marítimas e aos ventos. A região 
de estabilidade da sonda é mantida por triangulação de satélite 
ou por sistema acústico, com beacons (emissores de sinais acústicos) 
posicionados no fundo do mar, próximos ao poço.
35
Capítulo 1. Perfuração
Fonte: Petrobras
Fonte: Petrobras
Haste
Corda
Cepo
Cunha
Cilindro de
ancoragem
“Fair lead”
Berço de 
âncora
Bóia
Destorcedor
Cabo indicador
“pendant-line”
Mantilhas
Destorcedor
âncora
Cabo ou
corrente
BOP
Elos
“kenter”
Riser
Elementos de ancoragem de uma semi-submersível
36
Alta Competência
posição desejada
hidrofone emissor 
de sinal
distância 
linear entre o 
hidrofone 
receptor e o 
transmissor 
acústico de 
fundo
pulso sonoro 
de verificação
transmissor 
de repetição
centro geométrico 
entre transmissores 
de fundo
projeção da posição 
da embarcação no 
plano de verificação
hidrofone receptor / 
projetor ou emissor sonoro
transmissor acústico 
de referência
caminho acústico 
afastamento 
da vertical na 
direção X 
θVX – ângulo entre a vertical desejada e o 
afastamento da embarcação. O afastamento 
horizontal na direção X é proporcional ao 
seno de θVX 
Nota: o cálculo para o eixo Y 
é semelhante.
Nota: R = distância 
linear entre o 
hidrofone receptor e 
o transmissor de 
repetição. 
Sistema de posicionamento dinâmico com um transmissor acústico
posição desejada
hidrofone emissor 
de sinal
distância 
linear entre o 
hidrofone 
receptor e o 
transmissor 
acústico de 
fundo
pulso sonoro 
de verificação
transmissor 
de repetição
centro geométrico 
entre transmissores 
de fundo
projeção da posição 
da embarcação no 
plano de verificação
hidrofone receptor / 
projetor ou emissor sonoro
transmissor acústico 
de referência
caminho acústico 
afastamento 
da vertical na 
direção X 
θVX – ângulo entre a vertical desejada e o 
afastamento da embarcação. O afastamento 
horizontal na direção X é proporcional ao 
seno de θVX 
Nota: o cálculo para o eixo Y 
é semelhante.
Nota: R = distância 
linear entre o 
hidrofone receptor e 
o transmissor de 
repetição. 
Sistema de posicionamento dinâmico hidroacústico com um ou quatro beacons
37
Capítulo 1. Perfuração
GPS
GPS
GPS Satélite estacionário
Barco de serviço
Mensagem RTCM
(mensagem transmitida
em tempo real)
Estação
receptora/transmissora
para satélite
Base de
monitoramento terrestre
Sistema de posicionamento Geo-espacial
Estação
de repetição
Sistema de posicionamento por GPS
1.3.6. Sistema de segurança de poço
Durante a intervenção em poços são necessáriasduas barreiras de 
segurança para garantir que o poço não entre em fluxo. 
A primeira barreira é o fluido de perfuração ou de completação e a 
segunda é o sistema de segurança de cabeça de poço, composto pelo 
preventor de erupções (Blowout Preventor – BOP) e seus acessórios.
Unidade de
controle 
remoto
Unidade acumuladora
e acionadora
Sistema de estrangulamento
Desgaseificador
BOP
Sistema de BOP
38
Alta Competência
Fo
n
te: Petro
b
ras
Fo
n
te: Petro
b
ras
Fo
n
te: Petro
b
ras
BOP usado em poço com cabeça de poço não submersa – BOP 
anular e bloco de duas gavetas
1.3.7. Sistemas de monitoramento e controle
O sondador, além de supervisionar a equipe da sonda, controla as 
operações e equipamentos através de um painel (painel do sondador) 
que visualiza os diversos parâmetros operacionais, tais como: peso da 
coluna de perfuração sobre a broca, rotação e torque aplicado na 
coluna, velocidade da bomba de lama e vazão de fluido, nível de 
fluidos nos tanques de fluido e reserva e outros parâmetros, conforme 
podemos observar na ilustração a seguir:
39
Capítulo 1. Perfuração
Volume no trip
tanque
Retorno
de lama Totalizador
de CPM
Variação
do volume
de lama
Volume
total de lama
Peso sobre
a broca
Torque
elétrico
Torque
elétrico
Pressão de
bombeio
CPM
RPM 
da M.R.
Torque elétrico
Torque na
chave flutuante
CPM
da bomba de lama
Fo
n
te: Petro
b
ras
ATENÇÃO
Nos filmes já vimos o petróleo jorrando – o chamado 
blowout ou erupção – e talvez até mesmo um incêndio, 
quando a perfuração atinge o reservatório produtor. 
É bom ressaltar que essas condições são perigosas e 
indesejáveis. Para evitá-las durante a perfuração há 
a pressão do fluido de perfuração sobre a formação 
produtora e um sistema de segurança contra erupção 
(Blowout Preventor - BOP). 
Para evitar o blowout e incêndios, o fluxo do petróleo 
somente é iniciado após equipá-lo com tubos de 
produção e válvulas de controle e direcionamento de 
fluxo para uma plataforma ou estação coletora.
40
Alta Competência
1.4. Coluna de perfuração 
A coluna de perfuração é composta por tubos de perfuração (drill 
pipes - DP), tubos semipesados HW (intermediários) e tubos pesados 
ou comandos (drill collars - DC), cujas funções são aplicar peso sobre a 
broca (fornecido pelos DCs, preservando os tubos de perfuração de 
realizarem esse esforço), transmitir rotação para a broca e permitir a 
circulação de fluidos.
Outros elementos compõem a coluna, tais como: 
Estabilizadores; • 
Escariadores; • 
Alargadores (• underreamers);
Substitutos conversores de roscas (• X-over);
Equipamentos de medição e registro de inclinação e direção • 
Measuring While Drilling (MWD);
Equipamentos de • perfilagem e registro durante a perfuração 
Log While Drilling (LWD). 
1.4.1. Tubos e comandos
Alguns exemplos dos principais tubos e comandos de colunas de 
perfuração estão ilustrados a seguir:
Comando liso
Comando espiralado
Tool joint
Tool 
jointComando liso
Comando espiralado
Tool joint
Tool 
joint
Comando liso
Comando espiralado
Tool joint
Tool 
joint
Comando de perfuração (Drill Collar) Tubo de perfuração (Drill Pipe)
Tubo de perfuração pesado (HW)
41
Capítulo 1. Perfuração
1.4.2. Acessórios e ferramentas
Acessórios de coluna de perfuração são substitutos da coluna com 
funções específicas. Os alargadores, por exemplo, são acessórios que 
permitem perfurar os poços com diâmetro maior do que a broca, ou 
quando o poço perfurado com um diâmetro tem que ser alargado 
para um diâmetro maior a fim de permitir uma melhor cimentação. 
Já os estabilizadores são elementos de coluna com diâmetro igual 
ou próximo ao da broca, cuja função é manter o diâmetro do poço e 
garantir o seu alinhamento com a direção pretendida.
Alargadores Estabilizadores e underreamers
Fo
n
te: Petro
b
ras
Fo
n
te: Petro
b
ras
Equipamentos de elevação e manuseio da coluna são usados para 
permitir ou auxiliar no manuseio e na conexão dos tubos, comandos 
ou outros acessórios ou componentes da coluna de perfuração. 
São as cunhas de comandos e de drill pipes, que permitem segurar a 
coluna na mesa rotativa; colar de segurança, que são acunhados nos 
comandos e tubos de revestimento, para evitar que caiam no poço 
quando da conexão ou desconexão dos mesmos.
As chaves flutuantes permitem o aperto final e a desconexão dos 
tubos, comandos e revestimentos.
As chaves hidráulicas são chaves com motores hidráulicos usadas 
para enroscar tubos e revestimentos. Os comandos, por causa do 
seu peso, não podem ser enroscados ou desenroscados com as 
chaves hidráulicas. 
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Alta Competência
Fo
n
te: Petro
b
ras
Colar de segurança
Cunha para DP’s
Cunha para tubos
Chave flutuante
Chave de enroscar tubos
Equipamentos para manuseio de coluna de tubos
1.5. Brocas
As brocas são equipamentos que perfuram, lascam, quebram e 
trituram as rochas e formações. São colocadas na extremidade da 
coluna e podem ser de vários tipos e tamanhos, dependendo da 
profundidade e do tipo de rocha a ser perfurada.
A broca draga, perfura por raspagem e foi o primeiro tipo de broca 
usada, mas hoje está em desuso.
A broca de diamante é usada em formações duras e abrasivas e em 
operações de testemunhagem (coroa). Perfura por esmerilhamento.
43
Capítulo 1. Perfuração
As brocas tricônicas com dentes de aço ou de inserto de tungstênio 
são as mais versáteis, podendo ser fabricadas para operar em 
diversos tipos e durezas de formação. Nas formações mais macias 
e plásticas são usados dentes grandes; nas mais duras ou abrasivas, 
dentes curtos. 
A broca PDC (diamante policristalino compactado) perfura por ação 
de raspagem. É preferencialmente usada para perfurar formações 
homogêneas e, em geral, apresenta alta taxa de penetração.
Fo
n
te: Petro
b
ras
Brocas para perfuração
1.6. Fluidos de perfuração e sistema de circulação de fluidos
O elemento responsável por carrear os cascalhos perfurados, refrigerar 
e lubrificar a broca, conter as paredes do poço e evitar o influxo (kick) 
e a erupção de gás ou óleo é o fluido de perfuração, popularmente 
conhecido como lama. 
Esse fluido, recalcado por bombas de alta potência (bombas de lama), 
atinge a broca e passa por seus bordos, retornando à superfície pelo 
espaço anular compreendido entre a coluna de perfuração e as 
paredes do poço. 
44
Alta Competência
O sistema de fluidos é composto pela bomba de lama e linhas de 
recalque, que vão da bomba até a coluna de perfuração e pelo sistema 
de tratamento de fluido, composto dos extratores de sólidos, peneiras, 
desareadores, dessiltadores e tanques para preparo, armazenamento 
e manutenção do fluido.
O fluido de perfuração carreia os cascalhos cortados e triturados pela 
broca do fundo do poço para a superfície. Na superfície, o mesmo 
fluido é tratado para retirada desses sólidos e manutenção de suas 
qualidades reológicas e químicas. 
Sistema de circulação no 
fundo do poço
 
A extração de sólidos mais grosseiros ocorre nas peneiras, já os 
mais finos, nos dessiltadores e no mud cleaner. Se necessário, 
uma centrifuga de alta velocidade é usada para controle da 
densidade do fluido e para a eliminação do líquido restante no 
sólido descartado.
45
Capítulo 1. Perfuração
Tubo
Bengala
Mangueira
Swivel
Kelly
Peneiras Interior 
da 
coluna
Jatos
da
broca
Anular
Bomba
Tanque
de fluidos
Sistema de circulação de fluidos
Para as bombas
Do poço
Centrífuga
de alta velocidade
Centrífuga
Mud cleaner
Dessiltador
DesareiadorPeneira 
vibratória
Sistema de tratamento do fluido de perfuração
1.7. Operações de perfuração
A perfuração de poços consiste em posicionar uma sonda de 
perfuração na locação determinada pelo projeto geológico e de 
reservatório. Nas operações offshore, as sondas são montadas em 
plataformas, que podem ser flutuantes ou apoiadas no fundo 
do mar.
46
Alta Competência
As operações de perfuração têm os seguintes objetivos primordiais: 
Perfurar um poço com segurança:
Sem causar instabilidades nas rochas

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