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Soviéticos e a Segunda Guerra Mundial

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 Klaus Scarmeloto 
 
 
o 10 de jul. de 2020 
o 
o 4 min para ler 
Como os Soviéticos 
Construíram a Vitória 
na Segunda Guerra 
Mundial 
 
 
 
 
 
Por João Claudio Platenik Pitillo 
Pesquisador do NUCLEAS/UERJ. 
Doutorando em História Social – UNIRIO. 
Especialista em Segunda Guerra Mundial. 
 
 
 Em julho de 1943, ao fim da maior batalha de blindados da 
história (Batalha de Kursk) a URSS brindava sua vitória com a 
segurança de Moscou e a estabilidade de suas Frentes. 
 Em Kursk a URSS enfrentou 200 divisões alemãs, 
contabilizando cerca de 900.000 homens, enquanto os anglo-
estadunidenses no mesmo período, enfrentaram na Sicília 4 
divisões alemãs e algumas poucas italianas e na África 
defrontaram-se apenas com 200.000 homens do Eixo, enquanto 
os soviéticos lutavam em Stalingrado. Essa breve comparação 
demonstra o tamanho do desafio enfrentado pelo Exército 
Vermelho. 
 A vitória soviética na batalha de Stalingrado e as subsequentes 
operações ofensivas no Norte do Cáucaso, nos arredores de 
Leningrado, no Donbass e nas direções de Kursk e Kharkov, 
adquiriram importância mundial, tendo sido vitais para a 
derrocada da Wehrmacht em 1945. 
 Até novembro de 1942 o exército soviético teve inferioridade 
numérica e bélica nos embates com os fascistas. Sua capacidade 
de produção e logística era precária e a sua capacidade ofensiva 
deixava a desejar. Isso em uma conjuntura onde os 
estadunidenses e ingleses negavam-se a abrir uma segunda 
frente de batalha na Europa, preferindo atuar em cenários 
secundários na África e na Ásia. Período que o Exército 
Vermelho desenvolveu grandes operações para triunfar nas 
Batalhas de Moscou e Stalingrado. 
 Em 22 de julho de 1942 o governo inglês com a concordância 
dos estadunidenses decidiu renunciar à invasão do continente 
europeu. Em agosto o primeiro ministro inglês Winston 
Churchill comunicou oficialmente à Moscou o adiamento da 
invasão para a primavera de 1943, obrigando os soviéticos a 
carregar o maior fardo da Guerra por mais dois anos1 
 As operações Aliadas na África serviram muito mais aos 
interesses próprios dos anglo-estadunidenses do que 
contribuíram para a conjuntura geral da Guerra. Na batalha de 
El Alamein por exemplo (de 23 de Outubro a 4 de novembro de 
1942), participaram cerca de 80.000 soldados do Eixo, em 
Stalingrado os mesmo fascistas empregaram mais de 1.000.000 
de soldados. As perdas alemãs na África ficaram em torno de 
55.000 homens, em Stalingrado foram entorno de 800.000 
perdas.2 
 Os nazistas mobilizaram cerca de 50 divisões contra 
guerrilheiros comunistas e organizações clandestinas soviéticas, 
contra as tropas anglo-estadunidenses no fim de 1943 o Eixo 
usou somente 21 divisões ítalo-alemãs. 
 Em seus esforços para derrotar a URSS, a Alemanha nazista 
deslocou o grosso de seus homens e armas para o Leste. Além 
das 214 divisões, totalizando 8,5 milhões de homens, que a 
Alemanha tinha em junho de 1941, 153 divisões alemãs e 37 
divisões de seus satélites, totalizando de 5,5 milhões de homens, 
foram designados para operações militares contra o Exército 
soviético. [3] 
 O efetivo da Alemanha e seus satélites na frente germano-
soviética aumentaram durante a guerra. De dezembro de 1941 a 
abril de 1942, o Comando alemão foi forçado a transferir mais 
39 divisões, 6 brigadas e uma grande quantidade de tropas de 
reserva para o Leste, tentando conter os Exército Vermelho.[4] 
 Em maio de 1942, havia 226 divisões inimigas e em novembro 
do mesmo ano, 266, num total de cerca de 6,2 milhões de 
homens na frente germano-soviética. Este foi o número máximo 
de homens que os inimigos concentraram contra a URSS 
durante a guerra, ele é superior ao efetivo que os Aliados 
enfrentaram em toda Europa.[5] 
 Entre 19 de novembro de 1942 e 30 de março de 1943, em vista 
das enormes perdas sofridas durante a campanha de inverno de 
1942-1943; particularmente em Stalingrado, o inimigo foi 
forçado a transferir 33 divisões e 3 brigadas da Europa 
Ocidental para a Frente soviética. Durante os preparativos para a 
ofensiva de verão de 1943 os alemães conseguiram concentrar 
71% de suas forças, cerca de 4,8 milhões de homens contra a 
URSS.[6] Podemos observar que desde 1941 o grossos das 
tropas do Eixo eram enviadas para à URSS, tendo a mesma 
resistido a essa investida avassaladora, coisa que nenhum país 
da Europa conseguiu. 
 Tendo a URSS conseguido manter intacta a sua capital e 
resguardar reservas de petróleo e minério, foi capaz de 
empreender uma reação que nenhum outro país invadido pelos 
nazistas conseguiu. Cabe salientar a capacidade organizativa do 
PCUS e das entidades civis no deslocamento exitoso de todo o 
parque industrial soviético para depois dos Urais, onde a 
produção soviética foi retomada e ampliada para suportar a 
frente de batalha e mais adiante suportar as ofensivas. Cabendo 
um capítulo especial para o Komsomol, que foi responsável pela 
mobilização e organização de milhões de jovens para todos os 
tipos de tarefas. 
 As estruturas civis básicas sempre funcionaram, mesmo nos dias 
mais difíceis, o governo soviético não permitiu que os alimentos 
fossem distribuídos de forma desigual nem mesmo no auge dos 
racionamentos, as escolas e hospitais, mesmo sob bombardeios 
nunca fecharam e mesmo nas regiões sob domínio inimigo o 
governo soviético se fazia presente de forma clandestina 
organizando e estimulando as ações de sabotagem. 
 O tamanho do esforço canalizado pelos fascistas contra a URSS 
foi sem sombra de dúvidas o maior de toda a guerra, as forças de 
ataque usaram do melhor e do mais moderno contra a pátria 
soviética e tremendamente sinistra também foram as táticas de 
controle e extermínio das populações soviéticas, utilizadas pelos 
invasores. 
 Nas áreas ocupadas, os nazistas e seus satélites sistematizaram 
extermínios e progons[7] como ordens básicas de ocupação. Os 
filiados e simpatizantes de organizações comunistas eram 
sumariamente executados e os demais levados para campos de 
extermínios ou de trabalhos forçados. As crianças e idosos eram 
os mais atingidos, aldeias e vilarejos tiveram suas populações 
exterminadas, seus pertences saqueados e enviados para a 
Alemanha, famílias inteiras deixaram de existir por causa dos 
massacres nazistas. Novas pesquisas apontam que mais de 
40.000.000 de soviéticos morreu na guerra, a maioria civis.[8] 
 Com tudo, os soviéticos não se renderam, superaram todos esses 
desafios e a partir de medidas políticas, econômicas e militares 
exitosas, galgadas nos princípios socialistas puderam derrotar os 
fascistas e construir uma das nações mais prósperas de história. 
 1 O Exército Soviético na II Guerra Mundial, 2ª Edição, Editora 
Renavan, Rio de Janeiro, 1995. P.47. 
 2 A Verdade e a Mentira Sobre a Segunda Guerra Mundial, E 
Kulkov, O. RjechevskiI, e I.Tchelichev , Edições Avante, 
Lisboa, 1984. P.157. 
 [3] Missão Libertadora das Forças Armadas Soviéticas na 
Segunda Guerra Mundial, A. A. Grechko, Livraria Ciência e 
Paz, Rio de Janeiro, 1985. P.24 
 [4]Idem. 
 [5] Idem. 
 [6] Idem. 
 [7]Ataque violento e maciço a pessoas, com a destruição 
simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos). 
 [8] https://br.sputniknews.com/russia/201611216890981-urss-
segunda-guerra-mundial-danos-perdas/ - Acessado em 26/12/2-
17.

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