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Resumo - Segunda Guerra Mundial

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A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Resumo: o texto visa dar uma visão geral sobre os principais acontecimentos, conflitos e
consequências da Segunda Guerra. Além de apontar as causas que geraram o conflito, e
mostrar sobre o mundo pós-guerra.
Introdução
A Segunda Guerra Mundial foi o mais abrangente conflito militar da história, contando com o
envolvimento de todas as grandes potências da época. A guerra durou de 1939 a 1945, com uma
mobilização total de mais de 100 milhões de militares, organizados em duas alianças principais e
opostas: os Aliados e o Eixo. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda
sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a
distinção entre recursos civis e militares.
Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única
vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da
humanidade, resultando entre 60 a 80 milhões de mortes.
Para entendermos melhor o que deu origem à Segunda Guerra, temos que retomar à primeira. A
Primeira Guerra Mundial alterou radicalmente o mapa geopolítico da Europa, com a derrota dos
Impérios Centrais (Áustria-Hungria, Alemanha e Império Otomano) e a tomada do poder pelos
bolcheviques em 1917 na Rússia. Os aliados vitoriosos, como França, Bélgica, Itália, Grécia e
Romênia ganharam territórios, enquanto novos Estados foram criados a partir do colapso da
Áustria-Hungria e dos impérios russo e otomano. Apesar do movimento pacifista após o fim da
guerra, as perdas causaram um nacionalismo irredentista e revanchista em vários países europeus. O
irredentismo e revanchismo eram fortes na Alemanha por causa das significativas perdas territoriais,
coloniais e financeiras incorridas pelo Tratado de Versalhes, tal insatisfação essa, que viria a ser um
dos principais motivos que originaram a Segunda Grande Guerra.
● Grande Depressão:
A Grande Depressão, cujo estopim foi a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, marcou a
falência de quatro mil bancos somente nos Estados Unidos. O país registrou 14 milhões de
desempregados e a renda nacional caiu 50%. Os salários dos norte-americanos sofreram queda de
40%.
Os problemas financeiros dos Estados Unidos, núcleo duro da economia mundial, refletiram no
restante do mundo. Na Grã-Bretanha, que sofreu 70% de redução nas exportações, três milhões de
trabalhadores ficaram desempregados. Na Itália, foram 1,3 milhão e, na França, 3 milhões.
Duramente atingida, a Alemanha sofreu quebra de 39% na produção industrial e 7 milhões de
alemães ficaram desempregados. Igualmente, se registrou uma das inflações mais altas da história do
capitalismo.
● Tratado de Versalhes:
Paralela à crise, o governo alemão sentia os efeitos do reordenamento territorial imposto pela
Primeira Guerra e as diretrizes humilhantes do Tratado de Versalhes. Ao fim da Primeira Guerra
Mundial, a supremacia do poder mundial estava dividido entre Grã-Bretanha, França e Estados
Unidos. Cabia à Inglaterra e à França o domínio de centenas de colônias africanas e asiáticas; e aos
Estados Unidos 50% da produção capitalista mundial. Em contrapartida, Itália e o Japão estavam
insatisfeitos com a divisão territorial.
● Invasões japonesas e italianas:
O Japão, com 70 milhões de pessoas confinadas em um exíguo território, buscava solucionar a
oferta de minérios e petróleo. Segundo os japoneses, a solução estaria na invasão da Manchúria e
vários territórios chineses em 1931.
Já na Itália, sob o comando de Benito Mussolini, entre os anos de 1922 e 1943, houve invasão da
Abissínia, hoje Etiópia, na África.
Tratativas diplomáticas da França e Grã-Bretanha eram usadas para tentar evitar uma nova guerra.
As duas nações, porém, estavam satisfeitas com a redefinição territorial e, além disso, ditavam as
regras na Liga das Nações, órgão precursor da ONU (Organização das Nações Unidas).
Sem confronto armado, o órgão se limitava a repressões insignificantes e, no caso da invasão à
China, somente a apoio moral.
● Adolf Hitler e o nazismo:
Na Alemanha, o partido nazista, liderado por Adolf Hitler, procurou estabelecer um Estado nazista
no país. Com o início da Grande Depressão, o apoio doméstico aos nazistas fortaleceu-se e, em 1933,
Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha. A partir daí, o país passa por um processo de reforço do
exército, que chegou a 800 mil homens. Este número estava com 700 mil soldados acima do limite
definido no Tratado de Versalhes.
A primeira grande anexação pelos alemães ocorreu em 1936, quando a Áustria foi tomada sob a
justificativa de unir a raça ariana. Em seguida, ocorreria a anexação da região dos Sudetos,
pertencente à Tchecoslováquia, em 1938. Na Alemanha, este motivos estiveram combinados com o
Nazismo, que responsabilizava os judeus pelas mazelas sofridas pelo povo alemão.
Sob o patrocínio de Hitler, a guerra começou com a surpreendente invasão à Polônia em 1939. Na
Europa, só terminaria em 8 de maio de 1945 e na Ásia, com a rendição do Japão em setembro de
1945. A Segunda Grande Mundial terminaria com a morte de 45 milhões de pessoas.
Expansionismo alemão e a Conferência de Munique
A expansão territorial da Alemanha fazia parte da citada ideia do “espaço vital”, o espaço
territorial que os nazistas alegavam ser um direito inerente dos arianos (ideal de raça segundo a
ideologia nazista). Essa expansão territorial influenciou-os a ambicionar a Áustria, país vizinho de
população germânica.
A anexação da Áustria aconteceu em 1938 e ficou conhecida como Anschluss. Em seguida, os
nazistas voltaram-se para os Sudetos, região da Tchecoslováquia ocupada por população germânica. A
questão dos Sudetos levou a uma crise diplomática que resultou na Conferência de Munique, na qual
ingleses e franceses concordaram com a anexação dos Sudetos pela Alemanha.
A condição para isso era o fim das exigências territoriais dos alemães, o que foi aceito por Hitler.
No entanto, esse azeite era um blefe, e logo a Alemanha voltou-se para a Polônia, nação que surgiu de
território perdido pelos alemães na Primeira Guerra Mundial. O aumento das tensões entre Alemanha
e Polônia levou franceses e britânicos a ameaçarem a primeira de guerra caso a segunda fosse
invadida.
Hitler acreditava que franceses e ingleses não teriam coragem de sustentar suas ameaças e, assim,
ordenou a invasão à Polônia. As tropas alemãs entraram em território polonês em 1º de setembro de
1939, e dois dias depois, franceses e ingleses declararam guerra à Alemanha, marcando o início da
Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito que perdurou seis anos, período no qual dois lados
enfrentaram-se em ataques de dimensões gigantescas. Os envolvidos nessa guerra ficaram conhecidos
como Aliados e Eixo, sendo:
● Aliados: seus principais membros foram Reino Unido, França, União Soviética e Estados
Unidos;
● Eixo: seus principais membros foram Alemanha, Itália e Japão.
Os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial alcançaram escala global e contaram com a
participação de nações de todos os continentes habitados. O Brasil participou desse conflito, e, a partir
de 1942, declarou guerra ao Eixo, juntando-se, portanto, aos Aliados.
Fases da guerra, primeira parte
● Supremacia do Eixo (1939-1941): Fase marcada pela supremacia dos alemães sobre seus
adversários na Europa por meio do uso da blitzkrieg (“tática da guerra-relâmpago”). Na Ásia,
os japoneses expandiram seus territórios rapidamente pelo Sudeste asiático;
● Equilíbrio de forças (1942-1943): Fase do equilíbrio de forças iniciado com derrota dos
alemães na Batalha de Stalingrado. Na Ásia, os japoneses também tinham perdido
considerável força, e a situação nos dois continentes estava indefinida;
● Derrota do Eixo (1944-1945): Última fase do conflito caracterizada pela derrota do Eixo. A
Itália foi conquistada pelos Aliados, e Alemanha e Japão resistiram até a invasão e destruição
quase completa de seus países.
Um dos pontos muito importantes de entendera respeito da primeira fase da Segunda Guerra é a
utilização do blitzkrieg. Essa tática foi usada pelos alemães em locais como Polônia e França. A
guerra-relâmpago consistia em uma estratégia que coordenava ataques de artilharia e infantaria contra
as defesas adversárias, à procura de romper a linha do oponente. Quando isso acontecia, a infantaria e
os blindados alemães penetravam nessa brecha.
Até 1941, a blitzkrieg foi praticamente imbatível e permitiu aos alemães conquistar a Polônia,
Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, França, Iugoslávia e Grécia. Assim, os alemães passaram a
dominar grande parte do continente europeu e partiram para a conquista do seu grande adversário: a
União Soviética.
Fases da guerra, segunda parte
A invasão da União Soviética ocorreu em 22 de junho de 1941, por meio da Operação
Barbarossa. O domínio dessa nação era um objetivo central dos nazistas, que buscavam destruir o
bolchevismo, conquistar o território para formar colônias alemãs e, principalmente, apropriar-se das
riquezas naturais dos soviéticos — as reservas de ferro, carvão e petróleo.
A conquista da União Soviética deveria acontecer em oito semanas, conforme plano original dos
nazistas, porque eles sabiam que não possuíam recursos suficientes para sustentar uma guerra a longo
prazo contra os russos. Quando as tropas alemãs invadiram o país, elas partiram para a conquista de
alvos importantes.
Esses alvos eram Leningrado, no norte; Moscou, no centro; Kiev, Stalingrado e Cáucaso, no
sul. Leningrado chegou a ser cercada pelos nazistas durante quase 900 dias (o objetivo era deixar a
cidade morrer de fome), e as tropas alemãs ficaram a poucos quilômetros de Moscou, mas foram
forçadas a recuar.
O sul foi onde os nazistas tiveram grandes problemas. Após conquistarem Kiev, as tropas nazistas
foram divididas para tomarem Stalingrado e o Cáucaso ao mesmo tempo. A resistência em
Stalingrado, porém, foi gigantesca, e essa foi a maior batalha de toda a Segunda Guerra,
contabilizando mais de um milhão de mortos.
Fases da guerra, terceira parte
A derrota dos nazistas em Stalingrado consolidou-se com a Operação Urano e selou o destino do
país na guerra. Com a sua economia em ruínas, exércitos cansados e em número cada vez menor, os
nazistas foram empurrados de volta para a Alemanha, gradativamente, ao longo dos anos seguintes. A
última grande derrota dos nazistas na União Soviética aconteceu em Kursk, no que foi a maior batalha
de tanques da história.
Em 12 de julho de 1943, os soviéticos lançaram suas próprias contra ofensivas, afastando assim
qualquer esperança de vitória, ou até mesmo empate, para o exército alemão no leste. A vitória
soviética em Kursk anunciou a queda de superioridade alemã, dando à União Soviética a iniciativa na
Frente Oriental. Os alemães tentaram estabilizar sua frente nordeste ao longo da apressadamente
fortificada linha Panther-Wotan, no entanto, os soviéticos a romperam em Smolensk.
No início de setembro de 1943, os Aliados ocidentais invadiram a península itálica, após um
armistício com os italianos. A Alemanha respondeu ao desarmar as forças italianas, tomar o controle
militar das áreas até então controladas pela Itália e ao criar uma série de linhas defensivas. As forças
especiais alemãs resgataram Mussolini, que logo em seguida estabeleceu um novo Estado fantoche na
Itália ocupada pelos alemães chamado de República Social Italiana. Os Aliados ocidentais lutaram por
várias frentes até chegar à principal linha defensiva alemã, em meados de novembro.
O esfacelamento da força do Eixo também aconteceu devido aos seguintes acontecimentos:
Derrota no norte da África; Desembarque de tropas Aliadas na Itália; Dia D.
Fases da guerra, quarta parte
Em 6 de junho de 1944 (conhecido como Dia D), depois de três anos de pressão soviética, os
Aliados ocidentais invadiram o norte da França. Após atribuir várias divisões Aliadas da Itália, eles
também atacaram o sul da França. Os desembarques foram bem sucedidos e levaram à derrota das
unidades do exército alemão na França. Paris foi libertada pela resistência local, com o apoio das
Forças da França Livre em 25 de agosto e os Aliados ocidentais continuaram a forçar o recuo das
forças alemãs na Europa Ocidental durante a última parte do ano.
Em 1945, a Alemanha era um país encurralado por forças aliadas: soviéticos pelo leste e
americanos e britânicos pelo sul e oeste. Os últimos grandes esforços dos alemães nessa guerra foram
na Batalha das Ardenas e a resistência final realizada em Berlim.
O conflito na Ásia, também conhecido como Guerra do Pacífico, ficou conhecido pela luta
entre americanos e japoneses. A guerra na Ásia, porém, acontecia desde 1937 com o conflito entre
chineses e japoneses. O Japão era um país dominado por uma extrema-direita militarista que procurou
expandir a influência de seu país pela Ásia.
A China foi invadida em 1931, o que resultou no início da Segunda Guerra Sino-Japonesa em
1937. Os combates contra os chineses mesclaram-se com os da Segunda Guerra Mundial. Os
japoneses chegaram a lutar contra os soviéticos na região da Mongólia, em 1939, e foram derrotados.
Depois disso, passaram a priorizar a conquista do Sudeste asiático.
Entre 1940 e 1941, os japoneses invadiram uma série de locais nessa região e foram vitoriosos. A
entrada dos Estados Unidos nesse cenário de guerra deu-se quando os japoneses atacaram a base naval
de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, resultando em certa destruição material para a Marinha
americana e na morte de cerca de duas mil pessoas.
Holocausto e a solução final
Durante o desenrolar da guerra, na Europa, os alemães adotaram o holocausto para lidar com povos
indesejados. O holocausto, realizado pelo regime nazista de Adolf Hitler, foi o extermínio em massa
de cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração.
Para os alemães, eles eram os únicos descendentes puros dos arianos (os primitivos indo-europeus),
de modo que Hitler considerava seu povo uma "raça superior". Referindo-se como as "melhores
espécies da humanidade". Mesmo antes da guerra, durante os seis primeiros anos do nazismo (1933 a
1939), Hitler instalou sua ditadura pessoal.
Em 1935, foi assinada por ele a Lei de Nuremberg que criava a segregação imediata do povo
judeu. Essa lei proibia os judeus de serem atendidos em hospitais, determinava que os estudantes
universitários judeus não podiam mais fazer exames de doutorado, afirmava que nenhum judeu podia
ser considerado alemão, nem podiam trabalhar em qualquer agência governamental, além disso
determinava que era permitido que se relacionassem com os cidadãos.
Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial e as derrotas se acumulando, as perseguições aos
judeus “seres inferiores” se acentuaram. A partir de 1942, numa conferência realizada em Wannsee,
na periferia de Berlim, os nazistas adotaram a “solução final”. Ficou acordado uma diretriz de
massacre científico, principalmente dos judeus. Já existia na Alemanha e em outros países, campos de
concentração nazista, onde inimigos políticos, judeus e doentes mentais eram mantidos e muitos eram
mortos. Passou-se então à construção de campos de extermínio e para lá seriam levados prisioneiros
eslavos, ciganos, religiosos pacifistas e principalmente judeus.
Com as ofensivas militares na Alemanha pelas tropas aliadas, foram encontrados milhares de
prisioneiros nos campos de concentração. No dia 27 de janeiro de 1945, as forças soviéticas foram as
primeiras a chegar ao campo de Auschwitz, o maior de todos.
Forças norte-americanas libertaram mais de 20.000 prisioneiros em Buchenwald, também na
Alemanha. O campo de Majdanek, na Polônia, havia sido incendiado, para esconder as evidências do
extermínio. Somente após a liberação dos prisioneiros o mundo tomou conhecimento das atrocidades
nazistas. O dia 27 de janeiro é o "Dia Internacional de Lembrança do Holocausto".
Fim da guerra
A resistência japonesa prolongou o conflito até 1945, mas a sua situação foi deteriorando-se
progressivamente, e, em 1945, o país estavaencurralado e a economia em frangalhos. Em julho de
1945, os Aliados exigiram a rendição dos japoneses, mas, com a negativa japonesa, os americanos
optaram por planejar o lançamento das bombas atômicas em duas cidades japonesas.
No início de abril de 1945, os Aliados ocidentais finalmente avançaram na Itália e atravessaram a
Alemanha Ocidental, enquanto as forças soviéticas invadiram Berlim no final do mesmo mês.
Pode-se dizer que a Segunda Guerra Mundial teve fim na Europa após a Batalha de Berlim, que
aconteceu em abril de 1945, quando os soviéticos mobilizaram 2,5 milhões de soldados para atacar a
capital alemã. Os alemães, por sua vez, organizaram uma resistência final de maneira precária e que
contou com a presença de crianças e idosos nas fileiras de seus exércitos.
Poucas semanas depois, as tropas soviéticas conseguiram entrar no Reichstag (Parlamento alemão),
e, logo depois disso, Hitler e Eva Braun, sua esposa, cometeram suicídio. Outros membros da cúpula
nazista fizeram o mesmo, e o comando do país foi transmitido para Karl Dönitz, que realizou a
rendição oficial da Alemanha, em 8 de maio de 1945.
A guerra na Ásia perpetuou-se até setembro de 1945 e só teve fim quando as duas bombas
atômicas foram lançadas sobre território japonês. Os japoneses negaram-se a render-se quando os
Aliados emitiram a Declaração de Potsdam, e assim os Estados Unidos preparam as bombas atômicas
para lançarem sobre o Japão.
A primeira foi lançada sobre Hiroshima, no dia 6 de agosto, e a segunda, sobre Nagasaki, no dia
9 de agosto de 1945. O impacto da destruição causado pelas bombas forçou o imperador japonês,
Hirohito, a render-se incondicionalmente aos americanos no dia 2 de setembro de 1945.
Consequências da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial, como acontecimento marcante da história da humanidade, realizou
profundas transformações no mundo. A começar pela do extremismo autoritário das ideologias
conservadoras, a Segunda Guerra Mundial consolidou a influência da social-democracia e do Estado
de bem-estar social na Europa.
Os Aliados estabeleceram administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha. O primeiro se
tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O último foi dividido em zonas
de ocupação ocidentais e orientais controlada pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética,
respectivamente. A Alemanha perdeu um quarto dos seus territórios pré-guerra (1937); os territórios
orientais: Silésia, Neumark e a maior parte da Pomerânia foram assumidos pela Polônia; a Prússia
Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS, seguida pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas
províncias, bem como de 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha.
Organização das Nações Unidas
Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a Organização das Nações Unidas
(ONU), que oficialmente passou a existir em 24 de outubro de 1945, e aprovaram a Declaração
Universal dos Direitos Humanos em 1948, como um padrão comum para todos os Estados-membros.
A aliança entre os Aliados Ocidentais e a União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda
antes da guerra, a Alemanha havia sido dividida em dois Estados independentes, a República Federal
da Alemanha e a República Democrática Alemã.
O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviéticas. A maioria
dos países europeus orientais e centrais ficaram sob a esfera soviética, o que levou à criação de
regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades soviéticas de ocupação. Como
resultado, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Albânia e a Alemanha Oriental tornaram-se
Estados satélites soviéticos.
A divisão pós-guerra do mundo foi formalizada por duas alianças militares internacionais, a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de
Varsóvia, liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e militares proveniente
da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida
armamentista sem precedentes.
Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas japonesas no
Pacífico Ocidental, enquanto os soviéticos anexaram a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. A Coreia,
anteriormente sob o domínio japonês, foi dividida e ocupada pelos Estados Unidos no Sul e pela
União Soviética no Norte entre 1945 e 1948.
Na China, forças nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças
comunistas foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as
forças nacionalistas refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949 e fundaram a República da China.
Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade de seus impérios
coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos durante a guerra fracassou seus objetivos, levando à
descolonização da Ásia e da África.
Plano Marshall
Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econômica dos
EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano era reconstruir
economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com a
ocorrência da guerra.
O Plano Marshall recebeu esse nome em homenagem a seu idealizador George Catlett Marshall,
um general do exército estadunidense, e totalizou um aporte de 18 bilhões de dólares aos europeus,
utilizados para a reconstrução de edificações e indústrias, importação de alimentos e mercadorias
industrializadas, bem como no financiamento da agricultura.
Alguns órgãos foram criados para administrar os recursos financeiros, como a Administração de
Cooperação Econômica, pelos EUA, e a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECD).
O Plano Marshall vigorou entre 1947 e 1951, sendo o principal motivo para o rápido arranque
econômico dos países europeus. Os principais beneficiados foram a Inglaterra, a França e a Itália,
entre os europeus, e os EUA, que conseguiram criar as instituições de fortalecimento da
internacionalização dos capitais na segunda metade do século XX.
Outro objetivo do Plano Marshall era realizar uma propaganda maciça contra a URSS, estabilizar
a situação política e social na Alemanha e conter o avanço do poder de partidos comunistas na França
e na Itália. Com a vitória soviética na II Guerra Mundial, o prestígio da URSS estava em alta, além
das tropas do Exército Vermelho estarem estacionadas em países da Europa centro-oriental.
Os capitalistas dos EUA e da Europa Ocidental apostam na recuperação econômica e na melhoria
dos níveis de consumo material da população, além da criação de uma forte estrutura estatal de
oferecimento de serviços sociais, nas áreas de saúde, educação e emprego, por exemplo. Dessa forma,
eles pretendiam mostrar que o modelo de capitalismo ocidental era melhor que o capitalismo soviético
(erroneamente chamado de comunismo).
O Plano Marshall mostrou-se eficiente e garantiu altas taxas de crescimento econômico aos países
da Europa Ocidental nas décadas posteriores ao fim da II Guerra Mundial. O plano serviu ainda para
criar as bases do chamado Estado de Bem-Estar Social, que seria atacado a partir da década de 1970.
Além disso, o Plano Marshall possibilitou a transnacionalização do capitalismo ocidental, sendo um
dos motivos para a vitória da esfera de influência dos EUA na Guerra Fria.
Conferência de Bretton Woods
Acordo de Bretton Woods ou ainda "Acordos de Bretton Woods" é o nome com que ficou
conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de 1944, na
mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New Hampshire, no hotel
Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir os parâmetros que iriam reger a
economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados
Unidos, que dali em diante teria o controle de fatode boa parte da economia mundial bem como de
todo o seu sistema de distribuição de capitais. Os Estados Unidos finalmente tomaram as rédeas das
finanças mundiais, manobra que se recusaram a executar por pelo menos cerca de 25 anos, devido a
princípios da política externa do país, que advogam o não-envolvimento em questões
político-econômicas sensíveis às nações europeias.
O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte do
setor financeiro mundial e fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários de Bretton
Woods. Isso equivale dizer que todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar,
originalmente variando em uma margem de no máximo 1% (positivamente ou negativamente). Para
dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria ligada ao ouro a 35 dólares, o que
permitia ao portador de dólares (em teoria; na prática, pouco funcional) transformar as notas de
dólares que qualquer cidadão carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu equivalente
em ouro, de acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal conta seria impossível de
se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente controlada (como aconteceu na
realidade), servindo todo conceito mais como uma propaganda de consolidação do dólar em escala
mundial.
O acordo ainda previa a não menos importante criação de instituições financeiras mundiais que
se encarregaram de dar o sustento necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado para Banco Mundial, que
funciona até hoje como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer
capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI
(Fundo Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer
movimentações de dinheiro do caso necessitasse de injeção de capitais em sua economia, respeitando,
claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo.
Tal sistema duraria quase vinte anos, até que nos anos 70 o governo norte-americano fosse
forçado a abrir mão de alguns preceitos de Bretton Woods.
Consequências econômicas ao fim da guerra
Além das perdas humanas, o conflito custou 1 trilhão e 385 bilhões de dólares em perdas
monetárias. Do montante, 21% coube aos Estados Unidos, 13% à União Soviética e 4% ao Japão.
Todos os 72 países envolvidos acumularam perdas em diferentes proporções. Houve intensa queda
na produção industrial e os investimentos dos governos foram direcionados para a guerra, em
detrimento de outras áreas, gerando intensos problemas sociais.
A economia mundial sofreu muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra
Mundial tenham sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram muito mais ricos do
que qualquer outra nação; no país aconteceu o "baby boom" e em 1950 seu produto interno bruto
(PIB) per capita era maior do que o de qualquer outra potência e isso levou-o a dominar a economia
mundial. O Reino Unido e os Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento
industrial na Alemanha Ocidental entre os anos de 1945 e 1948. Devido à interdependência do
comércio internacional, este levou à estagnação da economia europeia e ao atraso, em vários anos, da
recuperação do continente.
A recuperação pós-1948 da Alemanha Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão.
Além disso, as economias italiana e francesa também se recuperaram. Em contrapartida, o Reino
Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em um relativo declínio econômico contínuo
ao longo de décadas.
A União Soviética, apesar dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um
rápido aumento da produção no pós-guerra imediato. O Japão passou por um crescimento econômico
incrivelmente rápido, tornando-se uma das economias mais poderosas do mundo na década de 1980.
A China voltou a sua produção industrial de pré-guerra em 1952.
Referências bibliográficas:
BEZERRA, Juliana.- Causas da Segunda Guerra Mundial. Toda Matéria, editado em 2019. Disponível
em: <https://www.todamateria.com.br/causas-da-segunda-guerra-mundial/>
NEVES SILVA, Daniel.-Expansionismo alemão e a Conferência de Munique. Alunos Online UOL,
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