EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

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EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS 
CONSTITUCIONAIS 
 
➢ EFICÁCIA SOCIAL X EFICÁCIA JURÍDICA: Esta diferença se dá no fato de 
que há normas que têm eficácia social e jurídica e outras somente jurídica. Nesse 
sentido: 
 
1. EFICÁCIA SOCIAL: É configurada quando a norma já produz efeitos nas 
situações concretas – nas relações; 
2. EFICÁCIA JURÍDICA: Ocorre quando a norma já está apta para produzir 
efeito nas relações de fato, mas já produzem efeitos jurídicos. 
 
➢ APLICABILIDADE DAS NORMAS: 
 
1. PLENA: As normas de caráter pleno são imediatas, diretas e integrais. Isso 
é, tais normas, a partir de sua entrada em vigor, já estão aptas a fazer efeito, 
pois não necessitam de nenhuma regulação por norma infraconstitucional. 
2. CONTIDA: São as normas de caráter pleno, imediato, mas, possivelmente, não 
integral. Isso porque tais normas podem ser limitadas por preceitos 
infraconstitucionais, ordem pública e outros. 
- Enquanto não for institucionalizado a restrição, a norma continua sendo 
plena 
- Ex: Art 5, XVIII da C/88: “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer” 
3. LIMITADA: Aqui são as normas que NECESSITAM de lei 
infraconstitucional para produzir seus devidos efeitos e, por isso são 
classificadas como indireta, mediata e reduzida. Estas normas produzem o 
mínimo de efeito. 
 
• NORMAS DE APLICABILIDADE ESGOTADA E EFICÁCIA 
EXAURIDA: Entram nessa classificação as normas que “já produziram seus 
efeitos”, ou seja, estão esgotadas. Porém, continuam tendo aplicabilidade 
jurídica caso uma lei futura violar o direito dessa norma. (Ex: ADCT CF/88). 
 
➢ APLICABILIDADE X APLICAÇÃO: APLICABILIDADE é o potencial da 
norma produzir seus efeitos. Porém, a norma só é aplicada se está provida de todos 
os elementos necessários para tal. 
 
➢ APLICABILIDADE DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: 
As normas que regulam os direitos e garantias individuais são de caráter imediato. Já 
as que cuidam dos direitos sociais e econômicos não são em sua totalidade, pois há 
situações que pedem a ação de uma lei integradora para gerar seus efeitos. 
 
- ADO: Ação direta de inconstitucionalidade por omissão – ação para fazer efetiva a 
norma constitucional em razão de omissão; 
- Mandado de injunção MI: remédio constitucional usado para realizar a 
concretização dos direitos fundamentais.