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Introdução 02

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Introdução
MÓDULO PROGRESSO
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RECURSOS DA AULA
· Texto
DURAÇÃO
· Tempo médio de estudos da aula: 5 minutos
O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTA AULA
Nesta aula faremos a introdução a análise da turbulência em voo.
 
 
Conteúdo da Aula
Talvez um dos maiores medos dos passageiros que viajam de avião seja a famosa turbulência, geralmente retratada nos filmes como algo avassalador, onde máscaras de oxigênio caem, papeis e malas saem voando pela cabine, enfim, um cenário que ajuda a criar esse temor nos passageiros. Nós, como pilotos, devemos compreender a causa das turbulências, as maneiras de evitá-las ou minimizá-las. É também nossa responsabilidade tranquilizar os passageiros quando o voo numa área turbulenta é inevitável. Dentro da cabine de comando sabemos o que está ocorrendo, mas aquele passageiro que está voando pela primeira vez talvez não saiba o porquê de tanto balanço, e a primeira imagem que vem à cabeça dele é aquela do filme descrito no início desse parágrafo.
Numa busca rápida no dicionário encontramos a seguinte definição para turbulência: “Qualidade ou caráter de turbulento; inquietação; desordem, motim.”. Quando utilizamos esse termo em aviação podemos dizer que se trata da inquietação ou distúrbio do ar, caracterizado pela variação da corrente de ar numa pequena distância. A intensidade da turbulência vai variar de acordo com o grau de perturbação do ar.
Podemos fazer uma analogia com o mar, que por ser visível a olho nu torna a compreensão mais fácil. Imagine um mar calmo, sem ondas onde o barco navega tranquilo, pois bem, isso equivale ao ar calmo onde não há turbulência. Agora imagine um mar agitado, com ondas de vários metros de altura, jogando o barco de um lado para o outro! Isso equivale ao ar agitado, com grandes variações irregulares do fluxo de ar, resultando em turbulência forte. Cada aeronave irá reagir a turbulência de uma maneira particular, de acordo com o seu tamanho, peso, envergadura, velocidade, enfim, as reações são distintas de uma aeronave para outra. Assim como um barco de 30 pés reage a uma onda de 2 metros de maneira diferente daquela de um transatlântico sob as mesmas condições.
Mas afinal uma turbulência pode causar tanta perturbação ao voo, a ponto de afetar a segurança do voo? Em alguns casos específicos sim, podendo inclusive causar danos estruturais à aeronave e lesões aos passageiros. Claro, este tipo de turbulência não é comum, mas compete ao piloto saber identificar as possíveis áreas em que pode haver maior probabilidade de turbulência forte ou severa. Esse será um dos temas desse capítulo.
Um dado interessante obtido de um estudo da IATA (International Air Transport Association / Associação Internacional de Transportes Aéreos) revela que a turbulência é a maior causa de lesões a bordo de aeronaves em situações não caracterizadas como acidentes aéreos. Os comissários são os mais afetados, principalmente por trabalharem em pé na maior parte do tempo. E a fase do voo que mais resulta em lesões associadas à turbulência é a de cruzeiro.
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